SOI I - 07.02.24 - Prof. Jefferson

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Sistemas Orgânicos Integrados I

(Anatomia, Fisiologia,
Bioquímica e Histologia)

Prof. Jefferson Caldeira – 2024


MEDICINA - UNIGRANRIO
Fisiologia é o estudo do funcionamento normal de um
organismo e de suas partes, incluindo todos os
processos físicos e químicos.

A FISIOLOGIA É UMA CIÊNCIA INTEGRATIVA

A integração de função ao longo de diversos níveis de


organização é um foco especial da fisiologia.
(Integrar significa juntar elementos variados para criar
um todo uniforme e ou coeso.)
Níveis de organização biológica

os átomos ( prótons, elétrons e neutrons) ligam-se → formando moléculas → os


conjuntos de moléculas formam as células ( menor unidade estrutural capaz de realizar
todos os processos vitais) → uma barreira constituída por lipídeos e proteínas,
chamada de membrana celular (ou membrana plasmática), separa as células do
meio externo.

“organismos simples são formados por uma única célula, porém os organismos
complexos possuem muitas células com diferentes especializações estruturais e
funcionais”.

→ os conjuntos de células que desempenham funções relacionadas são chamados de


tecidos → os tecidos formam unidades estruturais e funcionais conhecidas como
órgãos → os grupos de órgãos integram suas funções para formar os sistemas.
Homeostasia é a propriedade auto - reguladora de um sistema ou
organismo, que permite manter o estado de equilíbrio de suas
variáveis físicas e químicas.

Meio Interno e a Homeostasia: A expressão ―meio interno‖ significa


que mesmo sob fortes variações do meio externo, um organismo
vivo sempre tende a manter uma constância...

“A interpretação literal de “stase” na palavra homeostasia implica


um estado estático e imutável”...

“Em vez de homeostasia, deveria ser utilizada a palavra


homeodinâmica para refletir as pequenas mudanças que estão
ocorrendo constantemente em nosso meio interno...

Homeostasia x Homeodinâmica: o conceito que deve ser lembrado


é que o corpo monitora seu estado interno e toma medidas para
corrigir perturbações que ameacem a sua função normal.
O corpo humano é um sistema aberto que troca calor e matéria com o
ambiente externo.

Para manter a homeostasia, o corpo deve manter o balanço de massa.

A lei do balanço de massa


diz que a quantidade de
substância no corpo deve
permanecer constante...

“qualquer ganho deve ser


compensado por uma perda igual”
O que constitui um compartimento?
 Podemos pensar em alguma coisa totalmente fechada, como uma
sala ou uma caixa com uma tampa...

 Nem todos os compartimentos são totalmente fechados… Pense


nos cubículos modulares que existem em muitos locais de trabalho
hoje... E nem todos os compartimentos funcionais possuem
paredes… Pense no saguão gigantesco de um hotel, dividido pela
precisa colocação de tapetes e móveis apenas.

Os compartimentos biológicos apresentam o mesmo tipo de


variabilidade anatômica, variando de estruturas totalmente
fechadas como as células, a compartimentos funcionais sem
paredes visíveis.
O primeiro compartimento vivo → foi a célula simples cujo líquido
intracelular era separado do meio externo por uma parede constituída
por fosfolipídeos e proteínas → a membrana celular.

Lipídios: molécula orgânica, insolúvel em


água e solúvel em solventes orgânicos
( gordura e álcool), cuja função é
o armazenamento de energia.

Proteínas: são macromoléculas que possuem como unidade básica os


aminoácidos → são moléculas orgânicas que possuem um átomo de
carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.
Células são as unidades funcionais dos organismos vivos, e uma
célula individual pode executar todos os processos da vida.

→ as células evoluíram → adquiriram compartimentos intracelulares


separados do líquido intracelular por membranas → com o passar do
tempo, grupos de organismos unicelulares começaram a cooperar e
especializar suas funções → originando organismos multicelulares.

→ À medida que os organismos multicelulares evoluíram, tornando-se


maiores e mais complexos, seus corpos foram divididos em diversos
compartimentos funcionais.

A desvantagem dos compartimentos é que as barreiras entre


eles podem dificultar o transporte dos materiais necessários
de um compartimento a outro.
A água é essencialmente a única molécula que se move livremente entre as células e
o líquido extracelular.

Devido ao movimento livre da água, os compartimentos intracelular e extracelular


alcançam um estado de equilíbrio osmótico, onde as concentrações nos líquidos são
iguais dos dois lados da membrana celular.
Muitas vezes estamos interessados em compartimentos
funcionais do que em compartimentos anatômicos.

1. A maioria das células do corpo não está em contato direto com


o mundo exterior.

2. o seu ambiente externo é o líquido extracelular.

3. Se pensarmos em todas as células do corpo como uma unidade,


podemos dividir o corpo em dois compartimentos:
(a) o líquido extracelular (LEC), fora das células...
(b) o líquido intracelular (LIC), dentro das células.

4. A parede que divide o LEC e o LIC é a membrana celular.

O LEC subdivide-se ainda em plasma (porção fluida do sangue), e


em líquido intersticial que circunda a maioria das células do corpo.
Conjunto de São lipídeos Os carboidratos são
substâncias As proteínas
gorduras associados às são nutrientes
necessárias para o moléculas de encontradas
principalmente em essenciais ao organismo
organismo exercer Fosfato. A sua humano, que consistem
determinadas principal função alimentos de origem
vegetal. Sua em macromoléculas
funções, é manter a biológicas formadas por
estrutura da principal função é o
como a produção de uma ou mais cadeias de
membrana fornecimento de
alguns hormônios. aminoácidos.
plasmática. energia

bicamada lipídica é uma barreira para glicoproteínas são carboidratos ligados a


a permeabilidade da maior parte das proteínas e são de extrema importância para a
moléculas solúveis em água. manutenção de processos biológicos
→ Internamente, a célula é dividida em citoplasma e núcleo.
O citoplasma inclui todo o material envolvido pela membrana celular, exceto o núcleo.
Ele possui quatro componentes:

1. Citosol, ou líquido intracelular: é um líquido semigelatinoso separado do líquido


extracelular pela membrana celular.

2. Inclusões: são partículas de materiais insolúveis. Algumas são nutrientes


armazenados. Outras são responsáveis por funções celulares específicas. Essas
estruturas são, às vezes, chamadas de organelas não membranosas.

3. Proteínas fibrosas: insolúveis formam o sistema de sustentação interno da célula,


ou citoesqueleto.

4. Organelas: “pequenos órgãos” – são compartimentos delimitados por membrana


que têm papéis específicos a desempenhar na função geral da célula. Por exemplo, as
organelas denominadas mitocôndrias geram a maior parte do ATP celular, e as
organelas denominadas lisossomos agem como um sistema digestório da célula.
A água é essencialmente a única molécula que se move livremente entre as células e
o líquido extracelular.

Devido ao movimento livre da água, os compartimentos intracelular e extracelular


alcançam um estado de equilíbrio osmótico, onde as concentrações nos líquidos são
iguais dos dois lados da membrana celular.
o compartimento intracelular contém
2/3 (67%) da água corporal.

(33%) é dividido entre o líquido intersticial


(75% da água extracelular) e o plasma
(25% da água extracelular).
O movimento da água através
de uma membrana em resposta
a um gradiente de concentração
de um soluto é denominado
osmose.

Na osmose, a água move-se


para diluir a solução mais
concentrada.

Uma vez que as concentrações


são iguais, o movimento
resultante da água cessa.
Tonicidade é um termo fisiológico utilizado para descrever uma
solução e como esta afeta o volume de uma célula se a célula for
colocada nessa solução até o equilíbrio

• Se uma célula é colocada na solução e incha ao ganhar


água em equilíbrio, a solução é hipotônica para a célula.

• Se a célula perde água e murcha em equilíbrio, a solução


é hipertônica.

• Se a célula na solução não muda de tamanho em equilíbrio, a


solução é isotônica.
Ciclo Cardíaco
Potencial de Ação
Eletrofisiologia
Sistemas Orgânicos Integrados I
(Anatomia, Fisiologia, Bioquímica e
Histologia)
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MEDICINA - UNIGRANRIO
Pré e Pós cargas são medidas de tensão da fibra
ventricular.

Pré carga ―é o que o sangue provoca no coração‖... é a


força do sangue "empurrando" a parede ventricular ao
enchê-lo. → diástole ( relaxamento )

Pós carga ―é o que o coração faz com o sangue‖... é a força


que a parede ventricular exerce para ejetar o sangue para
fora dos ventrículos através
das artérias pulmonares e aorta.
→ sístole ( contração ).
A respiração fisiológica promove pressão intratorácica negativa
→ diminui a pressão no AD → gera efeito de sucção na VCI
→ aumenta o retorno venoso...
A pressão positiva muda essa fisiologia...
Provoca aumento da pressão no AD → diminui o retorno venoso
→ diminui a pré carga → provoca efeito duplo na redução do
débito cardíaco:
↓ sangue no VD → significa ↓ sangue ejetado ao VE ↓ menos
sangue bombeado → diminuição do débito cardíaco...

↓ pré-carga = redução do débito cardíaco → diminuição da PAM se


não houver uma resposta compensatória para aumentar a
resistência vascular sistêmica (RVS).
Potencial de Ação e Eletrofisiologia
do coração

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UNIGRANRIO
POTENCIAL DE AÇÃO
Pontos Chaves:
 Algumas células nervosas possuem diferenças de
voltagens entre um lado e outro da membrana
celular; ou seja dentro e fora da célula.

 A diferença de voltagem acontece pela


concentração de íons carregados positivamente
ou negativamente .

Quando a célula nervosa está em


repouso, o seu interior está
carregado de íons negativos e isto se
chama potencial de membrana ou de
repouso
 Na+ e k+ são dois íons importantes no processo de
potencial de ação.
 Ambos são carregados positivamente.

 No repouso ( sem estímulo elétrico) o interior da célula


tem maior concentração de íons K+ e no exterior Na+
 Esses íons são difusíveis pela membrana
 “ a capacidade dos íons de entrarem e sairem da célula
é que justifica o potencial de ação”.
Migração de
particulas +
carregadas para -
carregadas

Migração de
particulas
facilitadas por
canais

A proteína ― bomba Na+ e K+ ― existente na membrana é


a responsável pela manutenção do potencial de ação.

Realiza o transporte ativo ( gasto de energia vinda do


ATP) para bombear 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro
O potencial de ação ocorre devido a alterações na
membrana das células cardíacas relacionado a entrada e
saída de correntes iônicas.

Esse movimento ocasiona a mudança de polaridade,


levando a despolarização celular.

Os principais íons envolvidos nesse processo são o


sódio (Na+), potássio (K+) e Cálcio (Ca2+).

Existem dois tipos de potencial de ação no coração de


acordo com o tipo celular:
Fase 0 - Despolarização rápida.
Após a célula ser estimulada, os canais de
sódio são abertos com grande influxo de sódio
(Na+) para dentro. A polaridade que
inicialmente era -90mv vai se tornando
progressivamente mais positiva com a entrada
desses íons, chegando a +20mV.

Fase 1 - Repolarização rápida inicial. Nessa


fase ocorre inativação dos canais de sódio com
abertura dos canais de Potássio. A polaridade
cai de +20mV até aproximadamente 0mV com
a saída de Potássio da célula.

Fase 2- Platô. Fase marcada pelo equilíbrio,


com entrada de Cálcio na célula e saída de
potássio, mantendo a polaridade
aproximadamente em 0mV. A entrada de
Cálcio na célula nessa fase é responsável
pelo processo de contração muscular.
Fase 3- Repolarização Rápida.
Essa fase é marcada pelo fechamento dos
canais de Cálcio e permanência da saída
da célula dos íons Potássio, fazendo com
que a polaridade vá se negativando
progressivamente até -90mV.

Fase 4- Fase de Repouso.


Apesar do nome dessa fase ser repouso,
ocorre trocas de 03 íons de Sódio para
fora e 02 íons de Potássio para dentro da
célula as custas de gasto de energia
(ATP) através da Bomba de
Sódio/Potássio.
Despol. Repol. Platô Repol. Fase de
rápida rápida inicial rápida repouso
Fase 4- Despolarização espontânea.
Diferentemente da fase 04 do potencial de
resposta rápida, essa fase apresenta um aumento
lento e gradual da voltagem sem precisar de um
estímulo externo.
Quanto mais inclinado essa fase, maior a
frequência de despolarização da célula (maior a
frequência cardíaca). Quando a curva atinge o
valor de -40mV, acontece o potencial de disparo e
é gerado um novo potencial de ação.

Fase 0- Despolarização Ascendente. Essa fase é


marcada pela entrada de Cálcio na célula. As
correntes de sódio estão inativadas nessa fase.

Fase 3- Repolarização. É uma fase marcada pelo


aumento da condutância ao Potássio, com sua
saída da célula.
Ciclo Cardíaco e Ausculta Cardíaca

Prof. Jefferson Caldeira – 2023


Medicina - UNIGRANRIO
Relação entre os SONS e o bombeamento cardíaco

 Ao auscultar o coração com um estetoscópio, NÃO se


houve som na abertura das valvas. → pq o processo é
lento...
folhetos

 Quando as valvas se fecham,


os folhetos valvares e os líquidos
que as banham vibram sob
influência da variação abrupta
de pressão, originando sons
que se disseminam por
todo o tórax.
Como ocorrem a Primeira e Segunda Bulhas?

Primeira Bulha:
 Pensamento antigo: ― o encontro dos folhetos
valvares produziam vibrações‖... Isto caiu por terra
pq observou-se que o sangue amortecia os efeitos
deste choque e impedia a produção de som.

 Pensamento atual: é a vibração das valvas retesadas


imediatamente após o fechamento, junto com a
vibração das paredes adjacentes do coração e dos
grandes vasos em torno do coração que causam o
som.
Primeira Bulha: → 0,14 segundo
→ contração dos ventrículos
→ súbito refluxo de sangue contra as valvas A-V
→ fazendo com que elas se fecham e se inclinem em
direção aos átrios
→ processo este de ― protusão retrógrada‖ impedido ou
minimizado pelas cordas tendíneas
→ a elasticidade das cordas tendíneas e das valvas
fazem com que o sangue refluido retorne para os
ventrículos
→ este processo faz com que o sangue, as paredes
ventriculares e as valvas ― vibrem‖.
Segunda Bulha: → 0,11 segundo
→ fechamento súbito das valvas semilunares ao final
da sístole
→ inclinação valvar para trás em direção aos
ventrículos
→ estiramento elástico das valvas repuxam o sangue
para as artérias
→ reverberação de sangue para frente e para trás entre
as paredes das artérias e das valvas semilunares
→ ―as vibrações ocorrem nas paredes das artérias‖
→ ecoam na parede torácica e podem ser auscultadas...
Pressões Sanguíneas
Centro vasomotor no cérebro e seu controle do
sistema vasoconstritor.
Princípios básicos da função circulatória
Sistema Nervoso Autonômico

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Pressões sanguíneas

À medida que o sangue flui através da circulação sistêmica,


sua pressão média cai progressivamente para cerca de 0 mmHg no
momento em que atinge o fim das veias cavas superior e inferior,
onde deságuam no átrio direito do coração.
Pressões sanguíneas
Unidades padrão de pressão.
A pressão arterial quase sempre é medida em mmHg...
 porque o manômetro de mercúrio tem sido usado como
referência padrão desde sua invenção em 1.846 por Poiseuille.

 Se a pressão em um vaso for de 100 mmHg → significa que a


força exercida é suficiente para empurrar uma coluna de
mercúrio contra a gravidade até um nível de altura de 100
milímetros.

Ocasionalmente, a pressão é medida em cmH2O...


 Uma pressão de 10 cmH2O representa uma pressão suficiente
para elevar a coluna de água contra a gravidade a uma altura de
10 centímetros.
 1 mmHg de pressão equivale a 1,36 cmH20 de pressão.
Medida indireta da pressão arterial
 Colocar o manguito 2 a 3 cm da fossa ulnar centralizando
a borracha sobre a artéria braquial

 manter o braço na altura do coração

 Palpar o pulso radial e insuflar o manguito até seu


desaparecimento estimando assim a pressão sistólica...

 O estetoscópio deve ser colocado na parte anterior da


fossa ulnar.

 Inflar de 10 em 10 mmHg até o nível estimado de PA


 Proceder a deflação com velocidade baixa e constante

 Definir a PA sistólica no aparecimento do primeiro som


 Definir a PA diastólica no desaparecimento do som !!
Princípios básicos da função circulatória

O sistema circulatório tem um amplo sistema de controle da PA.

Ex. se a PA cair significativamente abaixo de 100 mmHg, uma descarga


de reflexos nervosos desencadeia em segundos alterações circulatórias
para aumentar a pressão.

 Os sinais nervosos agem especialmente:

(a) aumentando a força do bombeamento cardíaco


(b) provocando a contração dos grandes reservatórios venosos para
fornecer mais sangue ao coração
(c) provocando constrição generalizada das arteríolas, permitindo que o
sangue se acumule nas grandes artérias para elevar a pressão
arterial.
(d) para períodos mais longos (horas e dias) os Rins secretam
Hormônios para controle da pressão e regulação do volume
sanguíneo.
SISTEMA NERVOSO
AUTÔNOMO
O componente mais
importante do sistema
nervoso
autônomo para a regulação da
circulação é o sistema
nervoso simpático.
A estimulação simpática aumenta a frequência e a
contratilidade cardíaca.
A estimulação parassimpática diminui a frequência e
a contratilidade cardíaca.

Sistema vasoconstritor simpático e seu controle pelo


sistema nervoso central
Os nervos simpáticos carregam muitas fibras nervosas
vasoconstritoras e apenas algumas fibras vasodilatadoras.

As fibras vasoconstritoras são distribuídas para todos os


segmentos da circulação...

esse efeito vasoconstritor simpático é especialmente potente


sobre os rins, intestinos, baço e pele... e muito menos potente
sobre a musculatura esquelética, coração e cérebro.
 distribuição das fibras
nervosas simpáticas para
os vasos sanguíneos

 A inervação das pequenas artérias e arteríolas permite que


A estimulação simpática aumente a resistência ao fluxo
sanguíneo e reduza o fluxo sanguíneo através dos tecidos.

 A inervação dos grandes vasos, principalmente das veias,


permite que a estimulação simpática reduza seu volume...
Centro vasomotor no cérebro e seu controle do
sistema vasoconstritor.

Localizada bilateralmente na
substância reticular do bulbo e
no terço inferior da ponte

O centro vasomotor transmite


impulsos parassimpáticos através
dos nervos vagos para o
coração.

E impulsos simpáticos através da


medula espinhal e nervos
simpáticos periféricos para todas
as artérias, arteríolas e veias do
corpo.
Controle da atividade cardíaca pelo centro vasomotor

o centro vasomotor regula a quantidade de constrição vascular e


também controla a atividade cardíaca...

o quando há necessidade de aumentar a FC e a contratilidade,


as porções laterais do centro vasomotor transmitem impulsos
excitatórios através das fibras nervosas simpáticas para o
coração.

o quando há necessidade de reduzir o bombeamento cardíaco, a


porção média do centro vasomotor envia sinais para os núcleos
motores dorsais dos nervos vagos, que então transmitem
impulsos parassimpáticos através para o coração.

o portanto, o centro vasomotor pode aumentar ou reduzir a


atividade cardíaca.
Papel do sistema nervoso no controle rápido da
pressão arterial

A função mais importante do controle nervoso da


circulação é sua capacidade de provocar aumentos
rápidos na pressão
arterial.

Para isso, todas as funções vasoconstritoras e


cardioaceleradoras do SNS são estimuladas em
conjunto.

Ao mesmo tempo, há inibição recíproca dos sinais


inibitórios parassimpáticos vagais para o coração.
Papel do sistema nervoso no controle rápido da
pressão arterial

3 principais alterações que contribuem para elevar a


pressão arterial:

1. Constricção das arteríolas da circulação sistêmica aumentando


a resistência vascular periférica e aumentando a PA.

2. Constricção das veias deslocando e aumentando o sangue em


direção ao coração.

3. o coração é estimulado diretamente pelo sistema


nervoso autônomo, fortalecendo ainda mais o bombeamento
cardíaco.
Ventilação Pulmonar
Mecânica torácica – componentes elásticos
e resistivos
Expansibilidade de CX torácica
Pressões do sistema respiratório

Prof. Jefferson Caldeira – 2023


Medicina - UNIGRANRIO
Ventilação Pulmonar
A função principal da respiração é prover oxigênio aos
tecidos e remover o dióxido de carbono.
 a respiração pode ser dividida em quatro componentes
principais:

(1) ventilação pulmonar, que significa o influxo e o efluxo de ar


entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares

(2) difusão de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) entre os


alvéolos e o sangue;

(3) transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos


líquidos corporais e suas trocas com as células de todos os
tecidos do corpo;
(4) regulação da ventilação e outros aspectos da respiração.
Expansibilidade de caixa torácica

 O movimento do gradil costal ou da CX torácica pode


ajudar a expandir os pulmões por duas maneiras:

(1) Por movimentos de subida e descida do diafragma para


aumentar ou diminuir a cavidade torácica;

(2)por elevação e depressão das costelas para elevar e


reduzir o diâmetro anteroposterior da cavidade torácica.
Músculos
INSP: diafragma por contração concêntrica, int. externos,
porção paraesternal dos int. internos e escalenos

EXP: Recolhimento elástico alveolar e diafragma


por contração excêntrica

EXP. ATIVA ( ex. soprar uma vela): Porção interóssea dos int. i
e abdominais
Volume Corrente:
7 ml/kg de peso predito ou 500 ml VA = VC – EM
Espaço Morto anatômico: VA = 500 ml – 150 ml
2 ml/kg de peso predito ou 150 ml VA = 350 ml
Ventilação alveolar:
5 ml/kg de peso predito ou 350 ml
PRESSÕES QUE CAUSAM O MOVIMENTO DO AR PARA
DENTRO E PARA FORA DOS PULMÕES

Ptp = P. alveolar – P. pleural

Ptp = -1 – ( -7 )

Ptp = 6 cmH2o
Complacência pulmonar = Volume/pressão

Compl = 500 ml Compl = 350 ml


6 cmH2o 6 cmH2o
Compl = 83 ml/cmH2o Compl = 63 ml/cmH2o
A complacência está determinada pelas forças elásticas
dos pulmões:

1. forças elásticas do tecido pulmonar - são determinadas, pelas


fibras de elastina e de colágeno, entrelaçadas no parênquima
pulmonar.
 Na expiração, essas fibras estão no estado elasticamente contraídas
e dobradas;
 Na inspiração, as fibras são estiradas e desdobradas se alongando
e exercendo força elástica maior.

2. forças elásticas causada pela tensão superficial do líquido que


reveste as paredes internas dos alvéolos e outros espaços
aéreos pulmonares.

as forças elásticas teciduais ( 1.), representa colápso de um terço da


elasticidade total pulmonar, enquanto as forças de tensão superficial
líquido-ar ( 2.) nos alvéolos representam cerca de dois terços.
TENSÃO SUPERFICIAL
 Força gerada pela película de líquido que reveste
o interior dos alvéolos
 Contribui para a força de recuo elástico pulmonar
 Favorece ao colapso alveolar

 Secretado por células epiteliais alveolares do


SURFACTANTE
tipo II
 Reduz tensão superficial dos alvéolos
T
 Mantém os alvéolos mais “secos”

 Melhora a complacência pulmonar


P  Evita o colapso alveolar (atelectasia)

 Proporciona estabilidade alveolar

 Favorece troca gasosa adequada


Princípios Físicos da Troca Gasosa
Difusão de Oxigênio e
Dióxido de Carbono Através da
Membrana Respiratória

Prof. Jefferson Caldeira – 2023


Medicina - UNIGRANRIO
Ventilação, perfusão e difusão

 300 milhões de alvéolos em cada pulmão


 280 bilhões de capilares
Equação do gás alveolar – nível do mar

Prof. Jefferson Caldeira – 2023 - Medicina - UNIGRANRIO


depois que os alvéolos são ventilados com ar atmosférico

a próxima etapa da respiração é a difusão do oxigênio


(O2) dos alvéolos para o sangue pulmonar e a difusão do
dióxido de carbono (CO2) na direção oposta do
sangue para os alvéolos.

o processo de difusão é simplesmente o movimento


aleatório de moléculas em todas as direções, através da
membrana respiratória e dos líquidos adjacentes.
Física da Difusão Gasosa e das Pressões Parciais dos Gases

Base Molecular da Difusão Gasosa


Os gases da respiração contém moléculas simples, livres para se
moverem entre si por “difusão” para que ocorra a difusão é preciso
haver fonte de energia fonte de energia que é provida pelo
movimento cinético das próprias moléculas.

Difusão Efetiva de Gás em uma Direção — O Efeito do Gradiente de


Concentração.
Se uma câmara gasosa tem concentração elevada de um gás em uma
extremidade e baixa em outra, a difusão efetiva do gás ocorrerá da área
de alta concentração para a área de baixa concentração.
Difusão
Lei de “FICK”

―a quantidade de
gás que atravessa
uma superfície é
proporcional a sua
área e
inversamente
proporcional a sua
espessura‖
Efeitos dos desequilíbrios da relação V/Q
97% do O2 transportado dos
pulmões para os tecidos são O PAPEL DA HEMOGLOBINA NO
transportados pela hemoglobina TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
nas hemácias. Os 3% restantes
em estado dissolvido na água do
plasma e células sanguíneas.

Quando a Po2 é alta, o O2 se liga


à hemoglobina, mas quando a
Po2 é baixa, o O2 é liberado da
hemoglobina.

Curva de dissociação oxigênio-


hemoglobina, que apresenta
aumento progressivo da
porcentagem de hemoglobina
ligada ao O2. “percentual de
saturação de hemoglobina.
Fisiologia Muscular Respiratória

O sistema cardiorrespiratório é
constituído pelo coração, pulmões, órgãos
responsáveis pelas trocas gasosas e pela
parede torácica, responsável pelo
processo ventilatório.

Jefferson Caldeira
Normal
A interpretação da gasometria envolve quatro passos:

Passo 1: o pH
Passo 2: definir o DAB →→ avaliar a PaC02 e o Hco-3
Passo 3: observar sinais de compensação
Passo 4: avaliar a oxigenação a partir da Pa02 e da Sa02•

Passo I: O pH
O pH sanguíneo normal situa-se entre 7,35 e 7,45.
Acima de 7,45, denomina-se alcalose; e abaixo de 7,35, acidose.

é fundamental que esse seja o primeiro parâmetro a


ser analisado...
Passo 2: Definindo o DAB
Antes de introduzir esse passo, é importante rever alguns
conceitos:
 PaC02 = ácido (normal: 35-45 mmHg).
 HCO3 = base (normal: 20-30 mEq/L de plasma).

São duas as causas que levam à acidose (pH < 7,35):


a) aumento da quantidade de ácido no sangue (aumento da
PaC02)
b) redução de bases no sangue (queda do HCO3 ).

São duas as causas que levam à alcalose (pH > 7 ,45):


a) aumento da quantidade de bases no sangue (aumento do
HC03)
b) queda na quantidade de ácido (queda da PaC02) .
Outros importantes conceitos são:
 Os pulmões são responsáveis pelas variações da PaC02 no
sangue. A PaC02 relaciona-se com o componente respiratório.
 Os rins são responsáveis pelas variações do HC03 no
sangue. O HC03 relaciona-se com o componente metabólico.

Um aumento do pH pode se dar por dois motivos:


aumento da quantidade de bases no sangue ou queda de ácido. Ou seja, aumento
do HC03 ou queda da PaC02 •
Uma queda do pH pode se dar por dois motivos:
Aumento da quantidade de ácido no sangue ou queda da quantidade
de base.
Em outras palavras, queda do HC03 ou aumento da PaC02•
Equilíbrio Ácido/Base e distúrbios
ácido/básicos

Resposta Compensatória – tem como objetivo principal


normalizar o pH.
 Um distúrbio respiratório é compensado por uma alteração
metabólica, e vice-versa.
 Uma acidose é compensada por uma alcalose, e vice-versa.
Acidose mista

Alcalose mista
O termo DAB misto conceitua a presença de acidose e
alcalose simultaneamente.

A acidose mista, a alcalose mista e o DAB misto representam


a "presença de duas doenças em um mesmo paciente"
Insuficiência ventilatória
É definida como uma condição na qual os pulmões
encontram-se incapazes de satisfazer as demandas
metabólicas do corpo em termos de homeostase de dióxido
de carbono.
Insuficiência de bomba X pulmonar
Insuficiência Respiratória:

É a incapacidade do sistema Cardiovascular e pulmonar


de assegurar adequada troca gasosa.

Função do sistema respiratório:


. Suprir organismo com O2 e remover o CO2

Três mecanismos distintos:


1. Ventilação: entrega de ar aos alvéolos ...
2. Difusão: movimento do O2 e CO2 pelos alvéolos e
capilares
3. Circulação: Como o O2 é transportado do local da troca
gasosa às células do corpo ...
→ IRp aguda - de Oxigenação ou Tipo I:
Ex: PaO2 < 60 mmHg; PaCO2 < 40 mmHg;
pH < 7.30; HCO3: 26 mEq/L

→ IRp crônica – de Bomba ou Tipo II:


Ex: PaO2< 60 mmHg; PaCO2 > 50 mmHg;
pH: Normal; HCO3 > 28 mEq/L

→ IRp crônica agudizada:


. Ex: PaO2 < 55 mmHg; PaCO2 > 60 mmHg
pH < 7.30; HCO3 < 26 mEq/L (normal ou leve/ ↓)
Volumes e Capacidades Pulmonares
e
Mecanismo de Controle da Respiração

Prof. Jefferson Caldeira


A ventilação pulmonar pode ser estudada por meio do registro do
movimento do volume de ar para dentro e para fora dos pulmões.
o método chamado espirometria.
VOLUMES PULMONARES

1. O volume corrente é o volume de ar inspirado ou expirado,


em cada respiração normal. Aprox. 500 ml.

2. O volume de reserva inspiratório é o volume extra de ar


que pode ser inspirado, além do volume corrente normal,
quando a pessoa inspira com força total. Aprox. 3.000 ml

3. O volume de reserva expiratório é o máximo volume extra


de ar que pode ser expirado na expiração forçada, após o
final de expiração corrente normal. Aprox. 1.100 ml

4. O volume residual é o volume de ar que fica nos pulmões,


após a expiração mais forçada. Aprox.1.200 ml.
CAPACIDADES PULMONARES
1. A capacidade inspiratória ( CI): é o somatório do volume corrente mais
o volume de reserva inspiratório. CI = aprox. 3.500 ml

2. A capacidade residual funcional ( CRF): é o somatório do volume de


reserva expiratório mais o volume residual. CRF = aprox. 2.300 ml

3. A capacidade vital ( CV): é o somatório do volume de reserva


inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva
expiratório. CV = aprox. 4.600 ml.

4. A capacidade pulmonar total ( CPT) é o volume máximo que os


pulmões podem ser expandidos com o maior esforço.
CPT = aprox. 5.800 ml

Em geral, todos os volumes e capacidades pulmonares, nas mulheres, são


cerca de 20% a 25% menores do que nos homens.
VC: Volume corrente
CRF: Capacidade residual
funcional

VRE: Volume de reserva CV = VRI + VC + VRE


expiratório CV = CI + VRE
VR: Volume residual CI = VRI + VC
CPT = CV + VR
CI: Capacidade inspiratória
CPT = CI + CRF
VRI: Volume de reserva
inspiratório CRF = VRE + VR

CPT: Capacidade pulmonar total


CV: Capacidade vital
Ventilação alveolar e relação V/Q

VA = VC – EM DC = VS X FC
VA = 500 ml – 150 ml DC = 70 ml x 80 bpm
VA = 350 ml DC = 5.600 ml/min ou 5.6l

VA minuto = VA x FR Ventilação = 5.6 l


350 ml x 16 ipm Perfusão = 5.6 l
VA min = 5.600 ml/min ou 5.6l
Rel. V/Q = 1
VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES ESTIMADOS EM KG

Adultos 70/Kg

Capacidade pulmonar total 85 ml/Kg 5.950 ml

Capacidade vital 65 ml/Kg 4.550 ml

Capacidade inspiratória 50 ml/kg 3.500 ml


Capacidade residual funcional
35 ml/Kg 2.450 ml
Volume corrente
7 ml/Kg 490 ml
Ventilação alveolar (VC - EM)
5 ml/Kg 350 ml
Espaço morto
2,2 ml/Kg 154 ml
Mecanismo de Controle da Respiração

Regulação da Respiração

 O sistema nervoso ajusta a intensidade da ventilação alveolar


de forma quase precisa às exigências corporais.

 A Po2 e a PCo2 no sangue arterial pouco se alteram mesmo


durante atividade física intensa...

Prof. Jefferson Caldeira


agrupamentos principais de
Centro Respiratório compõe-se
neurônios:
por diversos grupos de neurônios
localizados bilateralmente no (1) Grupo respiratório dorsal:
bulbo e na ponte situado na porção dorsal do
bulbo, responsável pela
Inspiração.

(2) Grupo respiratório ventral:


localizado na parte ventrolateral
do bulbo, encarregado
basicamente da expiração.

(3) o centro pneumotáxico:


encontrado na porção dorsal
superior da ponte, incumbido,
do controle da frequência e da
amplitude respiratória.
GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL DE NEURÔNIOS —
SEU CONTROLE NA INSPIRAÇÃO E NO RITMO RESPIRATÓRIO

O grupo respiratório dorsal de neurônios se situa no interior do


núcleo do trato solitário (NTS).

O NTS corresponde à terminação sensorial dos nervos vago e


glossofaríngeo, que transmitem sinais sensoriais para o centro
respiratório a partir de:

(1) quimiorreceptores periféricos


(2) barorreceptores
(3) Vários tipos de receptores nos
pulmões.
Descargas Inspiratórias Rítmicas do Grupo Respiratório
Dorsal.
O ritmo básico respiratório é gerado, principalmente, no grupo
respiratório dorsal de neurônios

Sinal Inspiratório em ―Rampa‖.


Na respiração normal esse sinal ocorre com elevação
progressiva, na forma de rampa por cerca de até 2 segundos.

A interrupção é abrupta durante aproximadamente os 3 segundos


seguintes... desativando a excitação do diafragma e permitindo a
retração elástica dos pulmões e da parede torácica ( expiração).

A vantagem da inspiração em rampa está no aumento constante


do volume pulmonar
Existem duas qualidades da rampa inspiratória passíveis de
controle:

1. Controle da velocidade do aumento do sinal em rampa:


de modo que durante respiração mais intensa a rampa eleva com
rapidez promovendo rápida expansão dos pulmões.

2. Controle do ponto limítrofe da interrupção súbita da rampa:


que é o método usual de controle da frequência respiratória;
“ quanto mais precocemente a rampa for interrompida, menor
será a duração da inspiração e maior aumento da frequência
respiratória”.
O CENTRO PNEUMOTÁXICO LIMITA A DURAÇÃO DA
INSPIRAÇÃO E AUMENTA A FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
 Controla o ponto de “desligamento” da rampa inspiratória,
controlando a duração da fase de expansão do ciclo pulmonar.

 Quando o sinal pneumotáxico é intenso:


 a inspiração pode durar até 0,5 segundo, promovendo leve
expansão dos pulmões ( FR de 30 a 40 ipm)

 Quando esse sinal é fraco:


 a inspiração pode prosseguir por 5 segundos ou mais,
enchendo os pulmões com excesso de ar. ( FR de 3 a 5 ipm)

A função do centro pneumotáxico é basicamente a de limitar a


inspiração... Podendo até aumentar a frequência respiratória.
GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL DE NEURÔNIOS —
FUNÇÕES TANTO NA INSPIRAÇÃO QUANTO NA EXPIRAÇÃO

1. Os neurônios do grupo respiratório ventral permanecem quase


totalmente inativos durante a respiração normal.

2. Os neurônios respiratórios ventrais parecem não participar do


controle rítmico básico da respiração.

3. Contribui para o controle respiratório extra, quando o impulso


respiratório aumenta a ventilação pulmonar acima do normal.

4. A estimulação elétrica de alguns dos neurônios no grupo ventral


provoca inspiração, enquanto a estimulação de outros leva à
expiração durante atividade física intensa.
SINAIS DE INSUFLAÇÃO PULMONAR LIMITAM A INSPIRAÇÃO —
O REFLEXO DE INSUFLAÇÃO DE HERING-BREUER

1. Os sinais sensoriais neurais provenientes dos pulmões também


ajudam a controlar a respiração...

2. Quando os pulmões são excessivamente insuflados, os


receptores de estiramento situados nos músculos das paredes
dos brônquios e bronquíolos, transmitem sinais pelo nervo vago e
ativam resposta de feedback apropriada que “desativa” a rampa
inspiratória e, consequentemente, interrompe a inspiração.

Esse mecanismo recebe o nome de reflexo de insuflação de


Hering-Breuer.
O reflexo de Hering-Breuer não é ativado até que o volume corrente
aumente no mínimo três vezes o normal
(> que cerca de 1,5 litro por movimento respiratório).
Controle Químico da Respiração

O objetivo fundamental da respiração é manter concentrações


apropriadas de O2, de CO2 e de íons hidrogênio nos tecidos.

O excesso de CO2 ou de íons hidrogênio no sangue atua basicamente


de forma direta sobre o centro respiratório, gerando aumento da
intensidade dos sinais motores inspiratórios e expiratórios para os
músculos respiratórios.

O O2, por sua vez, não apresenta efeito direto significativo sobre o
centro respiratório no controle da respiração.

Ao contrário, o O2 atua quase exclusivamente sobre os


quimiorreceptores periféricos situados nos corpos carotídeos e aórticos,
que por sua vez, transmitem sinais neurais adequados ao centro
respiratório, para o controle da respiração.
Uma outra área neural,
muito sensível às
alterações sanguíneas da
Pco2 ou da
concentração dos íons
hidrogênio, chamada área
quimiossensível, se
encontra a apenas 0,2
milímetro da superfície
ventral do bulbo.

O CO2 apresenta pequeno efeito direto sobre a estimulação dos


neurônios na área quimiossensível. “tem efeito indireto potente”.
Em contato com a água dos tecidos, forma o ácido carbônico que se
dissocia em íons hidrogênio e íons bicarbonato. Os íons hidrogênio,
então, exercem intenso efeito estimulatório direto sobre a respiração.
Efeitos Quantitativos da
Pco2 do Sangue e da
Concentração Sanguínea
dos Íons Hidrogênio sobre
a Ventilação Alveolar
Sistema Quimiorreceptor Periférico
como controlador da atividade
respiratória – “o papel do O2

Outro mecanismo para controle da


respiração é o sistema
quimiorreceptor periférico

Os quimiorreceptores transmitem
sinais neurais para o centro
respiratório encefálico, para ajudar
a regular a atividade respiratória.

Controle respiratório promovido


pelos quimiorreceptores periféricos
nos corpos carotídeo e aórtico.
Redução do Oxigênio Arterial Estimula os Quimiorreceptores.
Quando a concentração de O2 no sangue arterial baixa até menos que a
normal, os quimiorreceptores são intensamente estimulados.

Os meios exatos pelos quais a baixa Po2 estimula as terminações


nervosas nos corpos carotídeos e aórticos ainda não estão esclarecidos
Efeito da baixa Po2 arterial sobre a ventilação alveolar...

A figura demonstra o estado ativo, apenas, do controle ventilatório decorrente do efeito


do baixo teor de O2 sobre os quimiorreceptores.
Conclusões
GRD:
 responsável pela inspiração
 Propicia o sinal inspiratório de rampa

GRV:
 Responsável pela expiração

CENTRO PNEUMOTÁXICO:
 Responsável pela frequência e amplitude respiratória
 Controla o desligamento da rampa
 Controla a expansão pulmonar
 Limita a inspiração
Conclusões

CONTROLE QUÍMICO DA RESPIRAÇÃO


CO2:
 Aumenta a intensidade dos sinais motores
inspiratórios e expiratórios para os músculos

PCO2 e H+ :
 Estimula os neurônios nas áreas quimiossensíveis

Baixa de O2:
 Estimula os quimiorreceptores aórticos e carotídeos e
controla a respiração
Digestão e Absorção no
trato digestivo e ou
gastrointestinal

Prof° Jefferson Caldeira


Digestão

“conjunto de transformações físicas e químicas sofridas pelos


alimentos para serem absorvidos pelo organismo”.

 Se inicia na boca e termina no ânus...

 A digestão é um processo de transformação física e química


pelo qual passam os alimentos para poderem ser absorvidos
pelo organismo.

Absorção

 ocorre no sistema digestório e consiste na passagem dos


nutrientes do interior do trato gastrointestinal para a corrente
sanguínea e, em seguida, para as células do corpo...
carboidratos, gorduras e proteínas

• Os principais alimentos dos quais o corpo vive são os


carboidratos, as gorduras e as proteínas.

(com exceção de pequenas quantidades de substâncias, como


vitaminas e minerais)

• Geralmente, eles não podem ser absorvidos em suas formas


naturais pela mucosa gastrointestinal... por isso, são inúteis
como nutrientes sem uma digestão preliminar.
Digestão
O que é Hidrólise?
• Reação de decomposição ou alteração de uma substância pela
água.
• Hidrólise é a quebra de uma molécula maior em moléculas menores
na presença de água.
O que é hidrólise e para que serve?
• Hidrólise é o nome dado ao processo ou reação química em que
moléculas de substâncias diferentes são fragmentadas em unidades
menores por meio da interação dos íons cátions ou ânions, atuantes
a partir da presença da água.

Cátion: átomo positivo, com mais


prótons do que elétrons;

Ânion: átomo negativo, com mais


elétrons do que prótons.

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