Aula 01

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Módulo 01
Introdução a Tecnologia LED

Entendendo a luz nos LEDs

As “coisas” em torno do LED

Vantagens da Tecnologia

Fica a dica...
Introdução a Tecnologia LED
LED (Light Emiting Diode) - Diodo Emissor de Luz.

O LED é um componente eletrônico semicondutor, mesma tecnologia utilizada


nos chips dos computadores, que tem a propriedade de transformar energia
elétrica em luz.

Nos LEDs, a transformação de energia elétrica em luz é feita na matéria, sendo,


por isso, chamada de Luz em Estado Sólido (Solid State Lighting).
O pesquisador da GE, Nick Holonnyak Jr., desenvolveu em 1962 o primeiro LED
que emitia luz visível (vermelho), baseado na tecnologia GaAsP (Gálio, Arsênio e
Fósforo).

Os LEDs se difundiram em 60 / 70 sendo utilizados na eletrônica como


indicadores de ligado / desligado, calculadoras e relógios.
Somente em 1993, o trio de cientistas, Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji
Nakamura (foto) inventam o primeiro LED azul de alto brilho.

Esta descoberta possibilitou a criação do LED branco e é considerado um marco


na indústria de iluminação.

Prêmio Nobel de Física 2014.

Link para a matéria nos Anexos do curso!


Em 1997/1998 surgem às primeiras luminárias de uso arquitetural produzidas em
larga escala. Os modelos foram apresentados em feiras especializadas nos EUA e
Europa (Light Fair e Light & Building) e eram do tipo balizadores de piso e luzes de
emergência.

Led 5mm Led Superflux


No ano 2000, a empresa Lumileds lançou o LED LUXEON I, elevando o patamar da
tecnologia aos nunca antes possíveis 25 lumens em um único emissor, com uma
plataforma que foi o grande divisor de águas (eficiência térmica).

Led Luxeon I Arquitetura Led Luxeon I


A Lumileds introduziu no mercado constantes inovações, sendo que em 2003
criou o LUXEON III, com emissão de até 80 lumens.

No mesmo ano ofereceu ao mercado LEDs LUXEON I na cor branca com


temperatura de cor de 3200K e IRC de 90.

Outras empresas que já atuavam no segmento de semicondutores e opto-


eletrônicos lançam seus LEDs de potência como a Edison, Cree, Lâmina Ceramics,
Everlight, entre outras.
Os LEDs estão na iluminação arquitetural desde 1998, mas somente a partir de
2003, com o “branco quente” é que tivemos um exemplo de que veio para ficar.

Desde Thomas Edison (1879) até hoje, já se vão 135 anos e tivemos mais avanços
em 15 anos com os LEDs do que toda a evolução da lâmpada.

A cada ano que passa, mais eficientes são os LEDs e os estudos não param, por
isso atualização é fundamental para quem não quer “perder o bonde”.

Felizes daqueles que participam e vivenciam esta revolução histórica.


Entendendo a luz nos LEDs
Semicondutores são materiais que não são nem condutores nem isolantes e
alguns elementos químicos têm esta propriedade. Quando combinados de forma
adequada formam o diodo semicondutor.
A obtenção da luz através de LEDs ocorre quando os mesmos são diretamente
polarizados, permitindo a passagem de uma corrente elétrica. Os elétrons se
movem através da junção PN do semicondutor e se recombinam com as lacunas
(cargas positivas). Essa recombinação exige que a energia recebida pelos elétrons
seja liberada, o que ocorre na forma de calor e/ou fótons de luz.
Assista o vídeo, clicando na tela escura abaixo.
Arquitetura 5mm – Ineficiente termicamente
Arquitetura Luxeon – Eficiente termicamente
Para iluminação efetiva, nos interessa a luz branca, seja ela fria, neutra, morna ou
quente.
A forma mais comum de obtenção de luz branca é a baseada em um LED azul e
um fósforo amarelo complementar. Esta tecnologia é a utilizada pela maioria dos
fabricantes e se tornou padrão em produtos de iluminação por razões de custo
razoável confiabilidade.
A camada de fósforo depositada em cima do LED azul pode variar e isso acarreta
muitas curvas espectrais diferente e muitas temperaturas de cor diferentes. O
processo de separação dos LEDs em lotes “iguais” chama-se BIN SELECTION.
Luminária composta de LEDs sem BIN SELECTION
Para minimizar o número de variações (46) devido a imprecisão no depósito da
camada de fósforo, surgiu a tecnologia do fósforo remoto que consiste em
produzir uma “placa” de fósforo com composição e espessuras controlada e
aplicada sobre o LED azul, obtendo assim menos variações (12).
O RGB também é um processo de obtenção de luz branca, porém menos
eficiente e pode trazer outros problemas com múltiplas sombras coloridas
decompostas.
Que tal uma pausa para o cafezinho???
As "coisas" em torno do LED
Drivers de Alimentação

O driver é uma fonte de alimentação eletrônica em corrente contínua regulada e


estabilizada. Um bom driver deve atender as seguintes especificações:

- Converter a corrente alternada em corrente contínua;


- Transformar a tensão da rede (127/220Vca) em um nível adequado a operação;
- Filtrar os "ruídos", reduzindo a ondulação na tensão retificada;
- Ter isolamento entre o circuito de saída em corrente contínua, da entrada de
rede elétrica em corrente alternada;
- Ser dotada de circuitos de proteção contra eventuais curtos-circuitos na saída;
- Ter a tensão de saída regulada e estabilizada, independentemente da variação
da tensão de entrada (90 a 240Vca);
- No caso de alimentação de múltiplos LEDs, prover a variação proporcional da
tensão, entretanto mantendo a corrente do circuito série constante.
Dissipadores de Calor

Dizem por ai que LEDs não emitem calor e o que vimos até aqui é que a luz
emitida pelo LED não irradia calor, mas seu chip sim e este calor precisa ser
retirado eficientemente do LED, pois a temperatura neste caso, é o vilão e
encurta sua vida útil.

Quanto maior a potência do LED, mais calor ele gera e consequentemente mais
calor a ser dissipado.

Até as fitas de LEDs, embora vendidas como resolvidas tecnicamente, geram calor
e que se não for dissipado, encurta a vida útil da mesma.
Esta preocupação está mais na área do fabricante do que nós consumidores, pois
quando adquirimos uma luminária, o dissipador já faz parte do pacote e foi (ou
deveria ser) projetado para garantir a temperatura de trabalho ideal para o LED.
Ótica

As lentes, também chamadas de colimadores, alteram o facho original do LED,


concentrando ou difundindo, mais ou menos a luz. Para cada tipo de LED, há uma
ótica específica.
Em uma luminária com a mesma estrutura (LEDs, Drive e Dissipador), apenas
intercambiando lentes, obtemos diversos fachos diferentes. Abaixo um exemplo
do efeito de controle de facho.
O conjunto ótico precisa ter qualidade para evitar manchas ou anéis e manter a
uniformidade da luz projetada.
Podem ocorrer efeitos indesejáveis dependendo do arranjo de LEDs e Lentes
(simples ou múltiplas)
Quando compramos uma lâmpada LEDs, estamos comprando uma solução
pronta com as questões de alimentação, dissipação e ótica resolvidas
tecnicamente e esperamos que baste apenas ligar à rede elétrica.

1 – Soquete GU10
2 – Driver Bivolt
3 – Capacitor
4 – Transformador
5 – Dissipador
6 – LEDs
7 - Ótica
Vantagens da Tecnologia
- 100.000 horas de vida útil
- Alta eficiência
- Baixo consumo de energia
- Ausência de radiações IR e UV
- Bom índice de reprodução de cor
- Disponibilidade de temperaturas de cor variadas
- Cores saturadas
- Dimerização
- Custos de manutenção reduzidos
- Controle de cores
- Diversidade de ângulos de abertura de facho
- Pequenas dimensões
- Aspectos ecológicos
- Robustez
- Design
- Baixa tensão de operação
- Acionamento instantâneo
- Custo benefício em equilibrado
- Convergência Digital
Fica a dica...

Os componentes em separado são de fundamental importância para quem vai


fabricar uma luminária e detalhes técnicos de compatibilidade entre Driver,
Dissipadores, Ótica e LEDs precisam ser verificados com os fabricantes de cada
item.

Hoje encontramos soluções prontas com driver integrado (Plug and Light), mas
pode haver ocasiões em que você vai adquirir a luminária de um fabricante e o
driver de outro.

Certifique-se que são compatíveis e ambos fornecedores lhe oferecem o suporte


técnico devido.
O LED é um componente eletrônico. O driver é composto por dezenas de
componentes eletrônicos. O que pode falhar primeiro?

Teste, não só o acendimento, mas também a qualidade da projeção da luz nas


lâmpadas de LED.

Se vai utilizar lâmpadas LED ou luminárias LED no mesmo ambiente, garanta que
sejam do mesmo lote. Se forem de lotes diferentes, separe-as e instale em
ambientes diferentes para não gerar comparação imediata de tons de branco.

Tome muito cuidado quando comprar LEDs para complemento de projeto, pois
podem vir com cores e tons diferentes do que o já instalado.
Até a próxima aula...

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