Aulão Gramática

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Gramática exigida na Redação - ENEM

Aprender a escrever é aprender a pensar


Aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente,
aprender a pensar, aprender a encontrar ideias e a concatena-las,
pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode
transmitir o que a mente não criou ou não aprovisionou.

Othon M. Garcia

Nas próximas páginas, você irá mergulhar no domínio da linguagem formal da língua
portuguesa e concatenará o conhecimento adquirido, ao longo de anos de vida escolar, com a
forma correta da escrita gramatical.
Saber se comunicar adequadamente, demonstrar sua opinião, fazer -se compreensível, é
tão importante quanto um repertório bem definido na redação. Você talvez já tenha ouvido a
expressão: “Ele escreve como fala.”, de fato, isso não é de todo ru im, quando há comunicação.
A maior questão é: como e onde escrever como se fala pode prejudicar seu futuro.
Sabemos que a conquista de uma vaga na Universidade, passa primeiro pela forma como
você se expressa e impõe a sua opinião na redação. Por esse motivo, a língua portuguesa dev e
ser sua aliada. Nesse sentido, acentuar e pontuar corretamente, saber as regras gramaticais,
concordar, relacionar, interpretar, fazer uso de técnicas linguísticas são essenciais para um texto
“limpo”.
Portanto, atente-se a gramática, receba-a como uma aliada e mergulhe de vez no mundo
da língua formal portuguesa. Aproveite o conhecimento oferecido e garanta a escrita de uma
redação digna dos 900+.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 1


SUMÁRIO
Parte 1. PONTUAÇÃO;
Parte 2. ACENTUAÇÃO;
Parte 3. CRASE;
Parte 4. USO DO HÍFEN;
Parte 5. O USO DOS PORQUÊS;
Parte 6. EMPREGOS DO S, SS, SC, C, Ç E Z;
Parte 7. G E J;
Parte 8. X E CH;
Parte 9. TERMINAÇÕES –SÃO; -ÇÃO; -SSÃO;
Parte 10. CONCORDÂNCIA NOMINAL USO DO MESMO;
Parte 11. CONCORDÂNCIA VERBAL;
Parte 12. REGÊNCIA VERBAL;
Parte 13. PRONOME RELATIVO;
Parte 14. PRÓCLISE / MESÓCLISE E ÊNCLISE;
Parte 15. USO DO SE NÃO X SENÃO;
Parte 16. A FIM DE X AFIM DE;
Parte 17. AO INVÉS DE X EM VEZ DE;
Parte 18. ATRAVÉS DE X POR MEIO DE;
Parte 19. HÁ OU A.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 2


• Parte 1 – Pontuação
Os sinais de pontuação são recursos de linguagem empregados na língua escrita e desempenham a
função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limites de estruturas sintáticas nos
textos escritos.
A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, contribuindo para tornar mais preciso o sentido
que se quer dar ao texto. O uso da pontuação depende da intenção do locutor no discurso, são os sinais
de pontuação que garantem a coesão e a coerência interna dos textos, bem como os efeitos de
sentidos dos enunciados.
Tipos de sinais de pontuação e como utilizá-los:
1. Vírgula
a. Emprega-se a vírgula para separar termos que exercem a mesma função sintática:
Ex.: O governo federal realizou políticas econômicas, sociais, culturais e trabalhistas para garantira
empregabilidade a todos os cidadãos brasileiros.
b. Para isolar o aposto (explicação do termo que vem antes):
Ex.: Embora esteja previsto na Constituição o princípio da isonomia, no qual todos devem ser tratados
igualmente, muitos cidadãos se utilizam da inferioridade religiosa para externar ofensas e excluir
socialmente pessoas de religiões diferentes.

c. Para isolar o vocativo (voz que chama, a pessoa em destaque):


Ex.: Senhor presidente, o Brasil, dos cidadãos comuns, quer seus direitos!
d. Para isolar o adjunto adverbial (termo acessório na oração, ou seja, não é essencial para seu
entendimento, mas especifica uma circunstância.):
Ex.1: À noite, faço o curso da EntreLetras Redação.
Ex2.: No Brasil hodierno, a sociedade carece de mais investimentos na educação.
Ex.3: A sociedade, no Brasil hodierno, carece de mais investimentos na educação.
Ex.4: A sociedade carece de mais investimentos na educação no Brasil hodierno.
e. Para isolar expressões explicativas (isto é, por exemplo, ou melhor, a saber, ou seja, visto que, pois):
Ex.1: Assim, ao analisar a sociedade pela visão de Lévi-Strauss, nota-se que tal deficiente não é valorizado
de forma plena, pois as suas necessidades escolares e a sua inclusão social são tidas como uma obrigação
pessoal, sendo que esses deveres, na realidade, são coletivos e estatais.

Ex.2: Em consonância com a realidade de Arthur, está a de muitos cidadãos, já que o estigma associado
às doenças mentais na sociedade brasileira ainda configura um desafio a ser sanado.
Ex.3: Isso porque, como afirmou Gilberto Dimenstein, em sua obra “Cidadão de Papel”, a legislação
brasileira é ineficaz, visto que, embora aparente ser completa na teoria, muitas vezes, não se concretiza
na prática.
f. Para isolar o nome de um lugar, anteposto à data:
São Paulo, 03 de março de 2018.
2. Aspas ( “ ” )
As aspas são utilizadas com as seguintes finalidades:

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a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, neologismos,
arcaísmos, expressões populares, além de títulos de obra (literária, filmes, séries, música, poema...):
Ex.1: No filme estadunidense “Coringa”, o personagem principal, Arthur Fleck, sofre de um transtorno
mental que o faz ter episódios de riso exagerado e descontrolado em público, motivo pelo qual é
frequentemente atacado nas ruas.
Ex.2: Entretanto, essas concepções segregam os indivíduos entre os “fortes” e os “fracos”, em que tais
fracos, geralmente, integram a classe em discussão, dado que não atingem essas metas estabelecidas,
como a estabilidade emocional.
Ex.3: Esse sentido, é lícito referenciar o filósofo grego Platão, que em sua obra "A República", narrou o
intitulado "Mito da Caverna", no qual homens, acorrentados em uma caverna, viam somente sombras na
parede, acreditando, portanto, que aquilo era a realidade das coisas.
Ex.4: A aula do professor foi “irada”.
Ex.5: Ele me pediu um “feedback” da resposta do cliente.
b) Indicar uma citação direta:
Ex.1: Contrariando a célebre frase de Simone de Beauvoir “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, a
cultura brasileira, em grande parte, prega que o sexo feminino tem a função social de se submeter ao
masculino, independentemente de seu convívio social, capaz de construir um ser como mulher livre.

ATENÇÃO: Caso haja necessidade de destacar um termo que já está inserido em uma sentença
destacada por aspas, esse termo deve ser destacado com marcação simples (‘), não dupla (“).
3. Ponto e vírgula (;)
Seu uso depende da organização sintática da frase e do estilo de quem escreve o texto. O ponto e vírgula
indica uma pausa mais longa sem ser um ponto final. Há três casos em que é recomendado esse sinal de
pontuação.
a. entre orações independentes que já apresentam muitas vírgulas (lembre-se de usar antes de alguma
conjunção ou expressão):
Ex.1: Posto isso, o Ministério da Cultura deve, por meio de um amplo debate entre Estado, sociedade civil,
Agência Nacional de Cinema (ANCINE) e profissionais da área, lançar um Plano Nacional de
Democratização ao Cinema no Brasil; a fim de fazer com que o maior número possível de brasileiros possa
desfrutar do universo dos filmes.
b. Para separar orações desde que a segunda contenha zeugma (supressão do termo já dito antes):
Ex.: A criminalidade anseia pela violência; o povo, pela paz.
c. para separar itens de leis, decretos, regulamentos e enunciados enumerativos (NÃO USAR NA
DISSERTAÇÃO):
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
Importação de produtos estrangeiros;
II. Exportação de produtos nacionais ou nacionalizados;
III. Renda e proventos de qualquer natureza;
IV. Propriedade territorial rural.

4. Ponto
Emprega-se no final de frases declarativas afirmativas ou negativas.
5. Ponto de interrogação

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Emprega-se no final de frases interrogativas diretas.
6. Ponto de exclamação (NUNCA USAR NAS DISSERTAÇÕES)
Emprega-se no final de frases declarativas, com a finalidade de indicar estados emocionais, como espanto,
surpresa, dor, alegria, súplica, etc.
Saia já daqui!
Oh Deus!
7. Dois-pontos
É usado para EXPLICAR palavras, expressões, orações ou citações que servem para enumerar ou
esclarecer o que se afirmou anteriormente.
Ex.1: Por conseguinte, presencia-se um forte poder de influência desses algoritmos no comportamento da
coletividade cibernética: ao observar somente o que lhe interessa e o que foi escolhido para ele, o indivíduo
tende a continuar consumindo as mesmas coisas e fechar os olhos para a diversidade de opções disponíveis.

Ex.2: Paralelamente, esse é o objetivo da indústria cultural para os pensadores da Escola de Frankfurt:
produzir conteúdo a partir do padrão de gosto do público, para direcioná-lo, torná-lo homogêneo e, logo,
facilmente atingível.

8. Parênteses
São empregados para separar, em um período, palavras ou frases explicativas (sem utilidade no texto) e
nas indicações bibliográficas.
“Depois do jantar (mal servido) Seu Dagoberto saiu do Grande Hotel e Pensão do Sol (Familiar) palitando
os dentes caninos.” (Alcântara Machado)
9. Reticências (Nunca usar na dissertação)
Indicam a interrupção da frase, feita com a finalidade de sugerir dúvida, hesitação, surpresa, prolongamento
da frase, interrupção de pensamento, destaque a uma palavra ou expressão e supressão de trechos em
textos.
Qualquer dia destes, embarco...pra China!
Naquele jardim havia de tudo: rosas, crisântemos, tulipas, violetas...
Depois de tantos anos, finalmente nos encontramos e...
De todas as minhas experiências, nada equivaleu a... ser pai!
“[...] jamais poderia imaginar, portanto, que aquelas decisões, tomadas sobre o impacto da crise, trariam
tantas transformações [...]”

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• Parte 2 – Acentuação
Acentuação é a tonicidade, entoação de voz que revela intenção ou sentimento de quem fala. Até 2008, as
regras de acentuação em vigor no Brasil datavam da reforma ortográfica de 1971. Em 2012, entraram em
vigor as novas regras gramaticais da língua portuguesa, a essa mudança foi dado o nome de reforma
ortográfica. E, como deveria ser, a acentuação foi uma parte da gramática que mais sofreu alterações.
Agora você vai aprender a acentuar as palavras de acordo com a nova regra gramatical.
1ª regra: Acentue todas as palavras monossílabas tônicas terminadas em:
A(s): má, pá, cá, vá e suas variantes no plural.
E(s): ré, pé, fé e todas as suas variantes no plural.
O(s): só, pó, dó e todas as suas variantes no plural.

ATENÇÃO: as vogais i / u não são acentuadas nas palavras monossílabas tônicas (ri, ti, nu, cru, mel, flor,
dor, etc).
2ª regra: Acentue todas as palavras oxítonas terminadas em:
A(s): cará, Xará, Pará e suas variantes no plural.
E(s): café, rapé, Tomé e suas variantes no plural.
O(s): coró e sua variante no plural.
Em(ens): parabéns, também, contém, amém (essas palavras não apresentam variantes no plural).

ATENÇÃO: as vogais i / u não são acentuadas nas palavras oxítonas (aqui, ali, tupi, infantis, Itu, Bauru,
angu, urubu, vez, talvez, xadrez, etc.).
AS PALAVRAS MONOSSÍLABAS E OXÍTONAS QUE TRAZEM OS DITONGOS ABERTOS ÉI / ÓI / ÉU
TAMBÉM RECEBEM ACENTO.
RÉIS PAPÉIS DESTRÓI CÉU CHAPÉU
3ª regra: Acentue todas as palavras paroxítonas terminadas em:
L, n, r, x, ã(s): útil, pólen, ímpar, tórax, ímã e suas variantes no plural.
I(s), us, um(uns), nos, os: júri(júris), vírus, fórum, fóruns, nêutrons, bíceps.
Ditongo seguido ou não de s: sítio, cárie, órgão e suas variantes no plural.
ATENÇÃO
Não se acentuam as paroxítonas terminadas nos encontros vocálicos eia ou oia abertos.
Ex.: ideia, geleia, Coreia, boia, jiboia, Troia.
As paroxítonas terminadas em oo também não se acentuam.
Ex.: voo, zoo, abençoo, etc.
Fique atento(a): as paroxítonas terminadas em ESSE são acentuadas, mas as terminadas em ENS não
recebem acento.
Ex.1: Percebêssemos / entendêssemos / inferíssemos / soubéssemos / notássemos / reparássemos /
apreendêssemos / verificássemos.
Ex.2: hífen – hifens.
4ª regra: Acentue todas as palavras proparoxítonas como árvore, médico, paralelepípedo, próximo,
música, bárbaro entre outras.

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5ª regra: Acentue o i e u tônicos, quando forem a segunda vogal do hiato:
Ex.: saída, saúde.
Nem o i nem o u recebem acento quando aparecerem antes de nh, ou quando estiverem na mesma sílaba
de l, m, n, r, u: ruim ainda sair saiu Saul rainha bainha
6ª regra: Til (~)
O til é um sinal diacrítico, ou seja, um sinal que se usa apenas para modificar o valor fonético de uma vogal.
É por esse motivo que a palavra órgão não tem dois acentos gráficos e, sim, um único acento o agudo na
vogal o.

• Parte 3 – CRASE
Crase é a fusão de duas vogais a + a = à, indicada pelo acento grave ( ` ). A crase pode ocorrer com a
junção da preposição a com:
1. o artigo feminino a ou as:
Fomos a a escola. – Fomos à escola
Preposição a + artigo feminino a = à
Lembre-se: Quem vai, vai a algum lugar, por isso que esse primeiro a é chamado de preposição.
2. O a dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo:
Entreguei os documentos a aquele senhor.
Preposição a + pronome demonstrativo aquele = àquele
Entreguei os documentos àquele senhor.
3. A regência de alguns verbos exige a preposição a que, seguidos pelo artigo a, vão formar a CRASE.
Veja alguns desses verbos:

• Chegar / ir
• Obedecer / desobedecer
• Preferir / Pedir / Referir-se
• Aspirar (no sentido de almejar, pretender)
• Assistir (no sentido de ver, presenciar, caber, pertencer)
• Visar (no sentido de ter em vista, objetivar)
• Querer (no sentido de estimar, ter afeto)
• Pagar / perdoar (se tiver por complemento uma palavra que denote pessoa)
Ex.: Perdoou a aquela mulher. – Perdoou àquela mulher.
• Custar (no sentido de ser custoso, difícil)

4. Casos em que NÃO ocorre a CRASE:


Antes de substantivos masculinos: Não assisto a jogos de futebol. (sem CRASE)
Antes de Verbos: Assim que cheguei em casa, começou a chover. (sem CRASE)
Antes de artigo indefinido: À noite iremos a uma festa. (sem CRASE)
Note que “À noite” é uma expressão feminina, por isso recebe crase!!
Antes do pronome indefinido: Desejo a todos boa viagem. (sem CRASE)
Antes de pronomes pessoais do caso reto, do caso oblíquo e de alguns pronomes de tratamento que não
admitem artigo:

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Dei um presente a ela. (ela – pronome pessoal do caso reto);
Todos se dirigiram a mim. (mim – pronome pessoal do caso oblíquo);
Contei meus planos a Vossa Majestade. (Vossa- pronome de tratamento).

5. Quando o a aparece antes de uma palavra no plural, dando um sentido genérico: “Ele se referiu a
mulheres estranhas. (sem CRASE)
6. Nas expressões formadas por palavras repetidas NUNCA TERÁ CRASE, NEM HÍFEN:
Ex.: cara a cara, frente a frente, passo a passo, dia a dia
7. Casos em que o uso da CRASE é OBRIGATÓRIO
Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas:
à parte em frente à
às vezes à espera de
à proporção que à medida que
EXCEÇÃO: locuções adverbiais femininas que indiquem instrumento, não levam o acento de crase.
A máquina – A carta foi escrita a máquina. (sem CRASE)
A bala – Ele foi ferido a bala. (sem CRASE)
8. Nas expressões à moda de e à maneira de, mesmo quando subentendidas:
Usava sapatos à Luís XV. (à moda de)
9. Nas indicações de horas exatas, exceto se o artigo definido feminino (a/as) estiver precedido das
preposições 'até', ' desde', 'após', 'entre' e 'para'.:
O avião chegará às quinze horas.
O início da prova será às 13h30.
Retornarei após as 17h.
O passeio está marcado para as 8h.
Estou esperando desde as 15h30.
Sairemos de São Paulo entre as 14h e as 18h.
O supermercado fica aberto até as 22h.

10. Casos em que o uso da Crase é FACULTATIVO


São os casos em que pode ou não ocorrer a crase:
1. antes de nomes femininos: Não conte isso a (à) Clara. (as duas formas, com crase ou sem, estão
corretas).
2. antes de pronomes possessivos femininos: Obedeço a (à) minha mãe. (as duas formas, com ou sem
crase, estão corretas).
3. depois da preposição até: Fui até a (à) escola. (as duas formas, com ou sem crase, estão corretas).
1ª REGRA: troca-se a palavra feminina por uma masculina, se antes da palavra masculina
Vou à feira. Vou ao sítio. / Vou à escola. Vou ao curso.
2ª REGRA: troca-se o a por para a:
Irei à Argentina. Irei para a Argentina. / Irei à Alemanha. Irei para a Alemanha.
Observe: Irei para Portugal. Irei a Portugal. (Nesse caso não haverá o uso da crase).

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• Parte 4 – HÍFEN
O hífen é usado, principalmente, nos seguintes casos:
1. Na separação das sílabas de uma palavra.
Ex.: es-co-la / di-re-to-ri-a.

2. Na maioria dos substantivos e adjetivos compostos.


Ex.: tira-teimas / camisa azul-claro / arranha-céu

3. Na separação do dia, mês e ano, nas datas, além do ano de nascimento e ano de morte.
Ex.: 27-04-1978 / Camões (1524-1580) / 10-03-2019.

4. Na união de certos prefixos a palavras.


Ex.: super-homem / sem-terra.

5. O emprego do hífen com prefixos e pseudoprefixos:


Os prefixos ou pseudoprefixos além, ex, recém, sem e vice continuam exigindo hífen antes de qualquer
letra.
Ex.: além-mar ex-governador recém-nascido sem-terra vice-presidente

6. Os prefixos ou os pseudoprefixos só exigem hífen se a palavra seguinte começar por h ou se


começar pela mesma letra que encerra tais prefixos ou pseudoprefixos. Ex.:

Prefixos ou Exemplos Prefixos ou Exemplos


pseudoprefixos pseudoprefixos

ante ante-histórico mini mini-hotel


anti-horário
anti anti-infeccioso multi multi-inseticida
neo-hebraico
arqui arqui-inimigo neo neo-ortodoxo
auto-hipnose pseudo-hermafrodita
auto auto-observação pseudo pseudo-apelido
semi-herbáceo
contra contra-ataque semi semi-interno
eletro eletro-ótica sobre sobre-humano

extra-hepático sub-hepático
extra extra-abdominal sub sub-base
hiper-humano super-homem
hiper hiper-realista super super-realista
inter-hemisférico supra-humano
inter inter-relação supra supra-axilar
intra-hepático
intra intra-auricular tele tele-educação
micro-habitat
micro micro-onda ultra ultra-humano
micro-ondas

7. Os prefixos tônicos pós, pré e pró continuam exigindo hífen, ao contrário do que ocorre com as
correspondentes formas átonas (sem acento), que se aglutinam com o elemento seguinte.

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Exemplos
Prefixos Forma tônica Forma átona

Pós / Pos pós-datar; pós-graduação; Posposto; pospor; pospasto.


pós-venda; pós-parto.

Pré / Pre pré-eleitoral; pré-história; Predeterminar; premeditado; preeminente;


pré-médico. pressupor.

Pró / Pro Pró-americano; pró-paz; Proembrião; propor; prossecretário.


pró-russo

O prefixo co não exige hífen mesmo no caso de a palavra começar por o:


Coobrigação / cooperação / coordenação
8. Omissão do hífen
Não se emprega o hífen nas formações em que o prefixo ou o pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo
elemento começar com r ou s, deve-se duplicar as consoantes.
Ex.: antirreformista / antirrevolucionário / antissemita / antisséptico / cosseno / antissocial / contrarregra
contrarrevolução / contrasselo / contrassenso / contrassinal / eletrossiderurgia / extrarregulamentar
extrassensorial / hidrossanitário / infrassom / microrradiografia / microssistema / minirrádio
minirrestaurante / pseudossigla / pseudossufixo / ultrarrealismo / ultrassom

9. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo elemento


começar por letra diferente não usaremos o hífen.
Aerobarco / aeroclube / aeroespacial / aeromodelismo / aerossondagem / aerotransporte / agroaçucareiro
/ agroecossistema / agroexportador / agroindústria / agrossocial / agrovia / anteato / anteaurora / antedatar
/ antediluviano / anteontem / antepenúltimo / anteprojeto / antiácido / antiaderente / antiaéreo / antialérgico
/ anticárie / anticaspa / antijogo / antieconômico / antiortopédico / antiplaca / antipólio / antitanque / antivírus
/ autoacusação / autoadesivo / autoafirmação / autoajuda / autoelogio / autoerotismo / autoestima /
autoestrada / autorrespeito / autorretrato / autossuficiente / autossugestão / hidroginástica / sonoterapia /
hidromassagem / radioamador / radiopatrulha / radiorreceptor / radiorrelógio / radiorrepórter / radiossonda
radiotáxi / radiovitrola.

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• Parte 5 – Porquês
1ª Por que (em duas palavras e sem acento) usa-se:
a) Nas interrogações diretas:
Ex.: Por que você não enviou o e-mail?

b) Quando equivale a motivo ou razão:


Ex.: Ninguém sabe por que ele não enviou o e-mail?

c) Quando equivale a pelo qual ou pela qual ou pelos quais ou pelas quais:
Ex.: É difícil a situação por que passa o nosso planeta.

d) Quando equivale a por qual:


Ex.: Ninguém sabe por que carreira ela optará.

2ª Por quê (em duas palavras e com acento) usa-se:

a) Em final de frases interrogativas:


Ex.: Você não enviou o e-mail, por quê?

b) antes de pausa forte, no meio da frase, quando a palavra motivo ou razão estiver subentendida:
Ex.: Ele não enviou o e-mail, por quê, se era fundamental para o fechamento do contrato?

3ª Porque (junto e sem acento) usa-se:

a) Nas respostas das perguntas diretas:


Ex.: Por que você não enviou o e-mail?
Porque eu estava doente.

b) Quando for conjunção (equivale a por causa de que):


O Brasil não avança nas questões econômicas porque corrupção não deixa.

4ª Porquê (junto e com acento) usa-se:


a) Quando substantivada, aparece um artigo antes do porquê:
Ex.: Aprendendo um porquê, podemos aprender todos os porquês.
Ex.: Ninguém sabe o porquê de seu transloucado gesto.

• Parte 6 – empregos do S, SS, SC, C, Ç e Z


Emprego do S
A letra S é usada nos seguintes casos:
a) Com som de /z/, se estiver entre duas vogais: miserável / roseira / casebre.
b) Com som de /s/, no início de palavras: sociedade / serpente / samba / simpatia.
c) Com som de /s/, antecedida por consoante: pensador / valsa / curso / corsário.
d) Nas palavras iniciadas por trans-, a letra s terá o som de /z/, como em: transação / trânsito / transição
e) Escreve-se com S palavras derivadas, cuja primitiva já tenha o S.
Ex.: análise – analisar / casa – casinha / liso – alisar / curso – cursar.
f) Escreve-se com S (-ês, -esa) os sufixos que indicam nacionalidade, origem ou procedência.
Ex.: francês – francesa / burguês – burguesa / calabrês – calabresa / chinês – chinesa / camponês –
camponesa.
i) Sempre escrever com S após ditongos.
Ex.: lousa / pouso / coisa / maisena / pausa / plausível / faisão / pousada.
j) Escreve-se com S nas formas dos verbos pôr e querer e seus derivados.
Ex.: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos / quis, quisemos, quiseram, quiser,
quisera, quiséssemos / repus, repusera, repusesse, repuséssemos.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 11


Emprego do SS
a) Em palavras derivadas, cuja primitiva já tenha o S.
Ex.: seco – ressecar.

b) Quando o substantivo relacionado a verbos tem como radical –prim; -tir; -gred; -met.
Ex.: imprimir – impressão / comprimir – compressão / reprimir – repressão / permitir – permissão /
regredir – regressão / agredir – agressão / prometer – promessa / comprometer – compromisso /
intrometer – intromissão.

c) Nas palavras derivadas dos verbos terminados em ceder.


Ex.: proceder – processo / conceder – concessão / exceder – excesso, excessivo / suceder – sucessão
/ exceder – excesso / ceder – cessão.

d) Com a substituição do hífen, depois do novo acordo ortográfico, nas formações de palavras em que o
prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com as consoantes s, a consoante deverá ser
duplicada.
Ex.: autossuficiência / contrassenso / antissocial / extrassensorial.

Emprego do SC
a) Palavras com SC (dígrafos) seguidas de e ou i:
Ex.: fascinante / descida / crescimento / adolescente / suscitar / ascensão / disciplina / remanescente.

b) Palavras com SC (encontro consonantal) seguidas de a, o , u, r ou L:


Ex.: esclarecer / descaso / pitoresco / escrever / discrição / escasso / ofuscar / discrição / obscuro / ascender
(elevar-se).

Emprego do C e Ç
A letra C só tem valor de /s/ quando combinada com as vogais e ou i, para todas as outras vogais a, o, u
usa-se o cedilha. O Ç nunca pode ser usado no início de palavras.
a) Nas palavras derivadas, cuja primitiva já tenha o C ou Ç.
Ex.: cebola – acebolado / caçar – caçador / macio – amaciante.

b) O Ç é utilizado nas palavras de origem árabe, tupi e africana.


Ex.: açúcar / açafrão / muçulmano / açaí / paçoca / miçanga.

c) Nas palavras derivadas em que se usaram os sufixos:


Ex.: –ação, -aça, -aço, -ecer, -iça, -ice, -iço, -nça, -uça, -uço.

Emprego do Z
A letra Z é empregada corretamente nos seguintes casos:
a) Quando tem o som de /z/ no início das palavras.
Ex.: zebra / zoológico / zabumba / zagueiro.

b) Quando inicia sílabas.


Ex.: azedo (a-ze-do) / beleza (be-le-za) / zona (zo-na).

c) No final das palavras representando o fonema /s/.


Ex.: luz / rapaz / capaz.

d) Em palavras derivadas de outras que já tenham /z/.


Ex.: dez – dezena – dezenove / cruz – cruzeiro – descruzar / raiz – enraizar – desenraizar / vazio – esvaziar
– esvaziamento.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 12


e) Em substantivos com os sufixos -ez / -eza derivados de adjetivo.
Ex.: fraco – fraqueza / natural – natureza / grande – grandeza / macio – maciez / fluido – fluidez / nítido –
nitidez.

f) Em verbos com o sufixo –izar derivados de substantivos e adjetivos.


Ex.: moderno – modernizar / consciência – conscientizar / real – realizar / parabéns – parabenizar / escravo
– escravizar / fértil – fertilizar / batismo – batizar.

g) Nas palavras que terminam com –triz.


Ex.: cicatriz / atriz / bissetriz / meretriz.

h) Nas formas dos verbos que empregam /z/.


Ex.: fazer / fiz / fazem / produzir / produz / produzem / dizer / diz / dizem.

i) Como consoante de ligação antecedendo os sufixos –ada, -al, -eira, -inha, -inho.
Ex.: mãozada / capinzal / avezinha / cãozinho.

j) Em diminutivos no plural formados por –zinho (s).


Ex.: cãezinhos / animaizinhos / florezinhas.

EVITE ERRAR
Sufixo –izar ou –isar?
Muito cuidado para não confundir o sufixo –izar com a terminação –isar.
–izar deriva verbos a partir de radicais que não apresentam a letra s. Ex.: colônia- colonizar / humano –
humanizar.

–isar deriva verbos a partir de radicais com a letra s. Ex.: pesquisa – pesquisar / improviso – improvisar /
aviso – avisar.

• Parte 7 – Empregos do G e J
Emprego do G
A letra G pode representar:
a) O fonema /g/, diante de a, o, u, consoantes e no final de sílabas.
Ex.: engatar / gota / agudo / grude / gleba / repugnância / água / aguentar / signos / guerra / sangue /
ignorância / vago / análoga.
b) Emprega-se a letra g em palavras derivadas de outras primitivas escritas com g.
Ex.: gelo – degelo – congelar / gesso – engessar – engessado / sugestão – sugestiva – sugestionável.
c) Em algumas palavras, o g transforma-se em j antes de a e o por causa do som.
Ex.: relógio –relojoeiro / fugir – fujão / coragem – corajoso.
d) Em palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio e –úgio.
Ex.: estágio / egrégio / vestígio / relógio / subterfúgio.
e) Em substantivos terminados em –gem.
Ex.: viagem / garagem / coragem / origem / vertigem.
ATENÇÃO: as palavras pajem, lambujem e viajem (do verbo viajar) são escritas com a letra j apesar
de apresentarem o som de /g/.
Emprego do J
A letra J sempre representa o fonema /j/. Ex.: Jade / ajeitar / joia / jumento / ajudar.
Emprega-se a letra j:

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 13


a) Em palavras derivadas de outras escritas com j.
Ex.: jeito – jeitoso – desajeitado / rijo – enrijecer – rijeza / majestade – majestoso – majestático.
b) Em palavras de origem tupi, árabe ou consideradas exóticas (não-latinas).
Ex.: jenipapo / jiboia / pajé / jipe / jiu-jitsu / alfanje (palavra de origem árabe que significa punhal).
c) Em palavras terminadas com –aje.
Ex.: traje / laje / ultraje.

• Parte 8 – Empregos do X e do dígrafo CH


Emprego do X

A letra X com som de:


a) X: deixar / xale / xícara.
b) Z: exército / reexaminar / exilar.
c) S: exportar / trouxe / auxílio.
d) K/S: fixo / saxofone / flexão.

A letra x compõe também os dígrafos xc e xs. Esses dígrafos representam sempre o som de S.
Ex.: exceção / excelente / exsudar.

Emprega-se a letra x:

a) Em palavras derivadas em que a primitiva já tenha x.


Ex.: faixa – enfaixar / graxa – engraxar / baixo – abaixar / luxo – luxuoso / bruxa – bruxismo.

b) Depois de ditongo.
Ex.: caixa / ameixa / frouxo.

Exceção: a palavra caucho (árvore derivada do látex) e suas derivadas escrevem com ch: recauchutagem
/ recauchutar.

c) Depois da sílaba me: mexerica / mexer / mexicano.


d) Depois da sílaba en: enxugar / enxoval / enxerido.

Exceção: encher e derivados (enchente, preencher); enchova (variante de anchova – um tipo de peixe)
são escritas com ch.

ATENÇÃO: QUANDO O PREFIXO EN- AGREGA-SE A UM RADICAL INICIADO POR CH, A PALAVRA
FORMADA CONTINUA COM CH.
Ex.: enchapelar (de chapéu) / encharcado (de charco) / enchiqueirar (de chiqueiro).

e) Em palavras de origem indígena, africana, árabe ou que vieram diretamente do inglês (que
originalmente são escritas com sh).
Ex.: xavante / abacaxi / xique-xique / xará / xerém / Xangô / Oxumaré / orixá / xiita / xeique / xarope /
xerife / xampu.

f) Em palavras com prefixo ex- que significa movimento para fora ou, por extensão, o que vai além.
Ex.: exportar / exceder / excursão / excremento / expandir / extensão / expedir / expelir / explanar /
explodir / expulsar / excluir / excomungar.

Emprego do Dígrafo CH

O dígrafo CH sempre representa o som de X.


Ex.: chover / machado / bichinho.

Emprega-se o dígrafo ch:

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 14


a) Em palavras derivadas em que a primitiva já tenha o ch.
Ex.: capricho – caprichoso / piche – pichar / cacho – cacheado / gancho – enganchar.

b) Em palavras cuja raiz latina se escreve com pl.


Ex.: cheio (do latim plenus) / chuva (do latim pluvial) / chumbo (do latim plumbum).

É com X ou CH?

Há palavras que se escrevem com x e/ou ch cuja escrita deve ser memorizada, pois não existem regras que
justifiquem o emprego de uma ou de outra forma.

a) Escreve-se com x: lixo / roxo / puxar / praxe / rixa / luxo / laxante / lagartixa / mixuruca / relaxar / xale /
xingar / vexame / xereta / faxina.

b) Escreve-se com ch: chifre / cochilar / debochar / estrebuchar / fachada / flecha / fechar / choque /
mochila / colchão / chuchu / chaminé / pechincha / carrapicho / salsicha / ficha.

• Parte 9 – Terminações –são, –ção e –ssão

Muitos substantivos formados a partir de verbos são escritos com essas três terminações.

a) Terminações em –são:
Se o verbo apresentar -nd-, a terminação do substantivo é grafada com –são.

Ex.: pretender – pretensão / ascender – ascensão / escandir – escansão / repreender – repreensão /


suspender – suspensão / compreender – compreensão / expandir – expansão.

b) Terminações em –ção:
Se o verbo se forma a partir do verbo ter, a terminação do substantivo é grafada com ç (-ção).

Ex.: reter – retenção / manter – manutenção / conter – contenção / abster – abstenção / deter – detenção.

c) Terminações em –ssão:
Se o verbo apresentar -ced-, -gred- ou -prim-, a terminação do substantivo é grafada com ss (-ssão).

Ex.: conceder – concessão / reprimir – repressão / deprimir – depressão / suceder – sucessão / ceder
– cessão / agredir – agressão / regredir – regressão / comprimir – compressão / exprimir – expressão.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 15


• Parte 10 - CONCORDÂNCIA NOMINAL

A concordância nominal é a adaptação em gênero e número que ocorre entre o substantivo e as palavras
a ele associadas (artigo, adjetivo, numeral e pronome). O substantivo “comanda” a concordância nominal.

Regras da concordância nominal:

1. Concordância do adjetivo com um ou mais substantivos

Se o adjetivo vier antes dos substantivos, o adjetivo SÓ CONCORDA com o primeiro substantivo.

EX.: O Brasil acelerou novas técnicas e métodos de infraestrutura.


O Brasil acelerou novos métodos e técnicas de infraestrutura.

Se o adjetivo vier posicionado depois dos substantivos, o adjetivo pode concordar com o último
substantivos ou com todos.

EX.: O governo enfrentou processos e críticas pesadas.


O governo enfrentou processos e críticas pesados.

2. Concordância das palavras meio, bastante, anexo, só e mesmo

Meio: quando significa metade, concorda com o nome a que se refere.


Ex.: Ela sempre foi uma mulher de meias palavras.

Entretanto quando significar um pouco é advérbio e, por isso, não tem feminino nem plural.
Ex.: A criança estava meio doente. (NÃO EXISTE MEIA DOENTE).

Bastante: quando é pronome indefinido, concorda com os substantivos a que se refere, podendo ir para o
plural.
Ex.: Todos temos bastantes amigos. (bastante no plural só quando puder ser trocada por muitos, muitas
ou suficientes).

Quando bastante funcionar como advérbio, será invariável.


Ex.: Os alunos estavam bastante cansados.

Anexo: Essa palavra é um adjetivo, por isso deve concordar com o nome a que se refere.
Ex.: Os documentos seguirão anexos.
Anexa à documentação, foi a fotocópia.

A expressão em anexo é sempre invariável e NÃO EXISTE EM ANEXO PARA E-MAIL.


Ex.: As cartas seguirão em anexo.

Só: quando for adjetivo, concorda com a palavra a que se refere. Tem o significado de sozinho (a).
Ex.: As crianças ficaram sós na rua.

Entretanto quando significar apenas, será invariável.


Ex.: Só os políticos pensam assim.

Mesmo: quando é pronome, concorda com a palavra a que se refere.


Ex.: As meninas mesmas promoveram a festa.
Os alunos mesmos corrigiram os exercícios.

Entretanto quando significar realmente é invariável.


Ex.: As meninas promoveram mesmo a festa.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 16


Atenção ao uso errôneo de MESMO

Observe o exemplo: “Foram conversar com o juiz e o mesmo reafirmou a sentença.”

Por que essa frase está gramaticalmente errada e pode prejudicar você na sua redação?

Você NUNCA pode usar “o mesmo” / “a mesma” / “os mesmos” / “as mesmas” como pronome
pessoal, elas NÃO SERVEM para substituir os pronomes pessoais do caso reto.

Neste caso, prefira SEMPRE, o uso de ele / ela / eles / elas.

Ex.: “Foram conversar com o juiz e ele reafirmou a sentença.”.

Então como usá-lo de maneira correta?

MESMO é um pronome demonstrativo. Por esse motivo você deve usá-lo quando:

1. Passar a ideia de “justamente; de fato; até; ainda.


Ex.: É aqui mesmo que você aprenderá redação. (de fato)

2. Passar a ideia da “mesma coisa já referida”:


Ex.: A mesma situação já lhe foi informada.

3. Usar como conjunção concessiva – passa a ideia de “ainda que”:


Ex.: Mesmo que eu não faça a prova continuarei estudando.

4. A única vez que “mesmo/a” será usado como pronome é quando se referir a “próprio” ou “exato”.
Ex.: Eles mesmos corrigiram as provas. (Eles próprios corrigiram as provas.).

• Parte 11 – CONCORDÂNCIA VERBAL

Concordância verbal é a variação de forma (flexão) que o verbo precisa apresentar para se ajustar ao
sujeito da oração. A adequação do verbo da oração leva em consideração dois aspectos:

1. O tipo de sujeito que a oração apresenta;


2. A regra de concordância para esse tipo de sujeito.

a) Concordância verbal com sujeito simples

Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito.


Ex.: Existem, nessa região, poucas matas nativas.

Verbo + se (pronome apassivador): o verbo concorda com o sujeito.


Ex.: Não se publicou o gabarito da prova.
Não se publicaram os gabaritos das provas.

Verbo + se (índice de indeterminação do sujeito): o verbo permanece na 3º pessoa do singular.


Ex.: Jamais se concordou com os resultados daquela eleição.

Expressões partitivas + nome no plural: verbo no singular ou no plural.


Ex.: Um grande número de pássaros dorme/dormem na velha mangueira.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 17


Expressões partitivas é toda expressão
que designa quantidade. As mais usadas
são:

A maior parte; grande número de; mais


da metade; a menor parte; boa parte;
menos da metade.

b) Concordância verbal com sujeito composto

Núcleos do sujeito ligados pela conjunção aditiva e:

Se o sujeito está antes do verbo, o verbo fica no plural.


Ex.: O verão e as férias chegaram.

Se o sujeito está depois do verbo, o verbo fica no plural ou concorda com o primeiro núcleo do sujeito.
Ex.: Chegaram o verão e as férias.
Chegou o verão e as férias.

Núcleos representados por pessoas gramaticais diferentes:

Eu ou Nós + outra pessoa gramatical: o verbo fica na 1º pessoa do plural.


Ex.: Nossos amigos, você e eu sabemos a verdade.

Tu ou Vós + 3º pessoa: o verbo fica na 2º ou 3º pessoa do plural.


Ex.: Nossos amigos e tu sabeis a verdade. (concordância pouco usada)
Nossos amigos e tu sabem a verdade.

Sujeito constituído por expressões: A maior parte de / uma porção de / grande número de / grande parte
de + substantivo no plural: o verbo pode ficar tanto no plural quanto no singular.
Ex.: A maioria dos jovens participaram da festa.
A maioria dos jovens participou da festa.

Sujeito representado pelo pronome relativo que o verbo deve concordar com a palavra que antecede o
que:
Ex.: Sempre fomos que decidimos tudo.
Foi o guarda que provocou toda a confusão.

Sujeito representado pelo pronome relativo quem o verbo pode tanto ficar na 3º pessoa do singular como
concordar com a palavra que antecede o que:
Ex.: Não somos nós quem mandamos aqui.
Não somos nós quem manda aqui. (3º pessoa do singular)

Sujeito representado por pronome interrogativo qual ou pronome indefinido algum, nenhum seguido de
nós; vós; dentre nós ou dentre vós: O verbo ficará obrigatoriamente na 3º pessoa do singular:
Ex.: Qual de nós fará o trabalho?
Nenhum dentre vós seria capaz de vencê-lo.

Sujeito representado por pronome interrogativo quais, quantos ou pronome indefinido alguns, poucos,
muitos seguido de nós; vós; dentre nós ou dentre vós o verbo pode ficar na 3º pessoa do plural ou
concordar com o pronome pessoal (nós/vós):
Ex.: Quantos de nós resolveriam o exercício? (verbo na 3º pessoa)

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 18


Quantos de nós resolveríamos o exercício?

Sujeito representado por nome próprio no plural o verbo fica no singular se o nome próprio não
apresentar artigo.
Ex.: Ilhéus localiza-se no litoral da Bahia. (nome próprio sem artigo)

O verbo concordará com o artigo que antecede o substantivo.


Ex.: Os Estados Unidos desrespeitam a vontade dos povos.

Observação: Se o artigo fizer parte de títulos de obras (livros, peças, etc.) o verbo poderá tanto ficar no
singular quanto ir para o plural.
Ex.: Os Sertões narra o massacre de Canudos.
Os Sertões narram o massacre de Canudos.

Verbos indicativos de horas os verbos que indicam horas (dar, soar, bater) concordam normalmente com
o seu sujeito.
Ex.: Deram três horas no relógio na matriz.
Deu três horas o relógio da matriz.

Sujeito constituído por expressões como Mais de ou Menos de, seguido por um numeral, o verbo concorda
com o numeral:
Ex.: Mais de um atleta desistiu da prova.
Mais de cinco atletas desistiram da prova.

Sujeito constituído por expressões como Um dos que ou Uma das que, o verbo pode ficar tanto no singular
como no plural:
Ex.: O professor foi um dos que não faltaram.
O professor foi um dos que não faltou.

Sujeito representado pelas expressões Um e outro, nem um nem outro, o verbo pode ficar tanto no
singular como no plural:
Ex.: Nem um nem outro teria condições de voltar.
Nem um nem outro teriam condições de voltar.

Quando o sujeito da frase for plural e o verbo PARECER apresentar-se seguido de outro verbo no infinitivo,
a concordância pode ser feita de duas maneiras:

1º concorda-se o parecer com o sujeito e deixar o outro verbo sem flexionar.


Ex.: As estrelas parecem brilhar mais.

2º deixa o PARECER sem flexionar e concordar o outro verbo com o sujeito.


Ex.: As estrelas parece brilharem mais.

Concordância do verbo ser.

1º Se o sujeito ou predicado designar pessoa/gente, o verbo ser concordará, obrigatoriamente, com esse
termo.
Ex.: Os moradores atingidos pela enchente eram a maior preocupação do prefeito.

2º Se nem o sujeito nem o predicado designarem gente/pessoa o verbo ser poderá concordar com qualquer
um desses dois termos.
Ex.: Meu sofrimento na escola sempre foi às aulas de matemática.
Meu sofrimento na escola sempre foram às aulas de matemática.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 19


Concordância dos verbos impessoais.

Os verbos impessoais são aqueles que não admitem sujeito, por isso apresentam-se na 3º pessoa do
singular.
1º Haver – empregado no sentido de “existir” ou “acontecer” permanece no singular.
Ex.: Não havia salas disponíveis, por isso não houve as aulas de recuperação.
2º Fazer – indicando tempo transcorrido ou a transcorrer, o verbo permanece no singular.
Ex.: Quantos anos já faz que ele trabalha nessa empresa?

• Parte 12 – REGÊNCIA

Regência verbal é a relação que se estabelece entre um verbo e seu complemento. Já a regência nominal
é a relação que se estabelece entre um nome e seu complemento. Os mecanismos de regência são, em
grande parte, responsáveis pela estruturação lógico-sintática dos enunciados linguísticos; daí a importância
de conhecê-los um pouco mais profundamente e de utilizá-los adequadamente nos textos que requerem o
emprego da variedade padrão do idioma.
Na língua portuguesa existem mais de dez mil verbos; e eles continuam nascendo...deletar, por exemplo,
é um verbo bem novinho na nossa língua. Regência de alguns verbos na variedade padrão:

Verbos Exemplos

Assistir (significando Hoje vou assistir ao jogo de vôlei.


“ver”) – pede preposição
a. Os dois filmes a que assistimos ontem são brasileiros.

Você vai à festa amanhã?


Ela vai ao cinema hoje.
Ir / Chegar - pede Já chegou ao porto o imenso navio espanhol.
preposição a Às vezes, ele ainda vai ao clube.
O homem foi à lua em 1969.

O motorista responsável obedece aos sinais de trânsito.


Obedecer / Desobedecer Quem desobedece às regras de trânsito deve ser punido.
– pede preposição a Ele desobedeceu ao regulamento.
As leis a que eles obedecem são rigorosas.

A maioria dos adolescentes sempre preferem o barulho ao


Preferir pede preposição silêncio.
a Ela preferiu partir a ficar aqui.
Quem prefere a tristeza à alegria?
Na TV, prefiro documentários a filmes de ação.

Pagar / perdoar pede A prefeitura ainda não pagou aos funcionários.


preposição a Ela tentou, mas não conseguiu perdoar ao amigo.
Quem pagará ao eletricista.

Visar (significando “ter Muitos treinadores visam ao cargo de técnico da seleção.


como meta”) pede Nem toda pesquisa cientifica visa ao progresso humano.
preposição a

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 20


Há alguns verbos que, na variedade padrão da língua, apresentam variação de transitividade associada a
mudanças em seu significado.

Verbo Sentido Exemplo

acariciar A jovem agradava o namorado.

Agradar
contentar pede Tua atitude agradou ao professor.
preposição a

Aspirei o ar puro da mata.


sugar
Aspirar
almejar pede
preposição a Você aspira ao cargo de diretor?

A enfermeira assistia o jovem recém-


auxiliar operado.

Assistir ver pede Quem assistiu a esse show?


preposição a

pertencer pede Esse direito assisti a todos.


preposição a

desejar Nosso time quer o título.


Querer

amar/gostar pede
preposição a Ela queria muito ao pai.

objetivar pede Suas ações visavam à tomada do


preposição a poder no país.

Visar mirar Vise o alvo e atire.

vistar/assinar Peço que você vise este comentário.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 21


• Parte 13 – PRONOME RELATIVO

São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais
se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas.
Ex.: O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.

O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada.

Os pronomes relativos "que" e "qual" podem ser antecedidos pelos pronomes demonstrativos "o", "a",
"os", "as" (quando esses equivalerem a "isto", "isso", "aquele(s)", "aquela(s)", "aquilo").
Ex.: Não sei o que você está querendo dizer.
Não sei isto.

Observe os pronomes relativos:

a) O pronome "que" é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode
ser substituído por "o qual", "a qual", "os quais", "as quais" quando seu antecedente for um substantivo.
Ex.: O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

c) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos, por isso, são utilizados
didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem ter várias
classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições.
Ex.1: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, QUE me deixou encantado. (O uso de "que"
neste caso gera ambiguidade).

O correto é: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado.

Ex.2: Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se pode usar "que" depois de
"sobre").

d) O relativo "que" às vezes equivale a "o que", "coisa que" e se refere a uma oração.
Ex.: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.

Obs.: os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência verbal dos
verbos da oração.
Ex.: Havia condições com que não concordávamos. (concordar com)
Havia condições de que desconfiávamos. (desconfiar de)

13.1 Como usar os pronomes relativos

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 22


Quem: Refere-se somente a pessoas, nunca a coisas. Vem sempre antecedido de preposição quando
tem um antecedente explícito.
Ex.: Este é o garoto a quem sempre amei.
É esta a professora de quem você falou?

Onde: É utilizado para indicar um lugar, podendo ser substituído por em que, no qual, na qual, nos quais
e nas quais. Pode ser utilizado juntamente com preposições, formando as palavras aonde e donde para
transmitir noções de movimento.
Ex.: Este é o apartamento onde vivi quando pequena.
O hotel onde ficamos era cinco estrelas.

NUNCA USE AONDE no lugar de onde. Aonde é usado para passar a ideia de movimento.

Onde é usado somente para lugar físico.


Ex.: “A teoria da modernidade líquida de Bauman, onde são demonstrados... ERRADO
“A teoria da modernidade líquida de Bauman, EM QUE são demonstrados... CORRETO

Qual e suas flexões: Vem sempre precedido de um artigo. Emprega-se depois de preposições com duas
sílabas ou mais e de locuções prepositivas.
Ex.: Pensei nisso naquela noite de tempestade, durante a qual não consegui dormir.
Li um livro sobre o qual nunca tinha ouvido falar nada.

Quanto e suas flexões: Aparece depois dos pronomes indefinidos tudo, tanto, todos, bem como suas
flexões.
Ex.: Compre tanto quanto for preciso.
Ele não fez tudo quanto havia prometido.

Cujo e suas flexões: Aparece entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, sendo equivalente
à do qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem.

Deve concordar em gênero e número com a coisa possuída.


Ex.: Escolheram os alunos cujas notas foram exemplares.
Preferem atletas cujo condicionamento físico está excelente.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 23


• Parte 14 – PRÓCLISE / MESÓCLISE / ÊNCLISE

1. Próclise

A próclise é usada quando o pronome oblíquo vem antes do verbo e deve ser usado nos seguintes casos:

a) Quando antes do verbo tiver uma palavra negativa: Não / jamais / nunca / nem / nada
Ex.: Jamais se viu uma pandemia tão politizada.

b) Quando antes do verbo tiver um advérbio: aqui / sempre / atualmente / agora / hodiernamente
Ex.: Hodiernamente se considerada o SUS um sistema falho de saúde.

c) Quando antes do verbo tiver um pronome relativo: onde / que / qual / quem
Ex.: A polícia está à procura do culpado que se evadiu do local.

d) Quando antes do verbo tiver pronomes indefinidos: tudo / ninguém / outros / algum
Ex.: Todos te ajudarão nesta importante tarefa.

e) Quando antes do verbo tiver pronomes demonstrativos: este / esse / aquele / aquela / isto / isso
Ex.: Esse se torna o principal motivo da problemática.

f) Em + gerúndio: “Em se tratando...”

2. Mesóclise

A mesóclise é o uso do pronome no meio do verbo.

Somente deve ser usada com verbos no FUTURO DO PRESENTE e FUTURO DO PRETÉRITO. O uso da
mesóclise é extremamente formal e deve ser usado somente na sua conclusão, para projetar um futuro.
Ex.: Desse modo, a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos brasileiros vencerão o desafio de
Zeus.

3. Ênclise

A ênclise é usada toda vez que seu período começar com verbo ou quando o verbo vem logo depois da
vírgula.
Ex.: Portanto, faz-se imprescindível que o governo estabeleça um pleno estratégico para o combate a
violência urbana.

NÃO EXISTE PRONOME OBLÍQUO DEPOIS DA VÍRGULA: “Portanto, se faz...” INCORRETO.

Não existe na língua formal (escrita) o uso de: “Me desculpe” / “Me liga” / “Me empresta”

• Parte 15 – SENÃO X SE NÃO

1. Senão (escrito junto) – estabelece uma oposição, algo contrário.


Ex.: A justiça nada fazia senão libertar os presos sem julgamento.

2. Se não (escrito separado) – estabelece uma condição.


Ex.: Se não houver justiça igualitária, o Brasil padecerá na desigualdade.

• Parte 16 – AFIM DE X A FIM DE

1. Afim de (escrito junto) – tem o significado de semelhante.


Ex.: Enfermagem é uma área afim da medicina.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 24


2. A fim de (escrito separado) – tem o significado de finalidade.
Ex.: O governo deve tomar providências a fim de conter a pandemia.

• Parte 17 – AO INVÉS DE X EM VEZ DE

1. Ao invés de – deve ser usado para expressar oposição.


Ex.: Ao invés de criar uma comissão popular para organizar a luta contra a covid-19, o governo estadual
preferiu trancar toda a população em casa.

2. Em vez de – deve ser usado para substituição.


Ex.: Em vez de prestar a FUVEST, preferi prestar a Vunesp.

• Parte 18 – ATRAVÉS DE X POR MEIO DE

1. Através de - é um advérbio e tem o significado de atravessar algo.


Ex.: A professora passou os livros através da janela.

2. Por meio de – é uma locução e transmite a ideia de executar uma ação. Pode ser substituída “por
intermédio de”.
Ex.: Urge, portanto, que o Ministério da Saúde crie uma plataforma, por meio de recursos digitais, que
contenha informações a respeito das doenças mentais e que proponha comportamentos e atitudes
adequadas a serem adotados durante uma interação com uma pessoa que esteja com alguma patologia
do gênero, além de divulgar os sinais mais frequentes relacionados à ausência de saúde psicológica.

• Parte 19 – há x a

1. Há – usado para indicar passado ou fazer referência ao verbo existir.


Ex.: A educação brasileira está defasada há 30 anos.
Ex.: Há dez anos que não se investe em educação de qualidade no país.

2. A - Usado para indicar futuro (NÃO ACENTUE).


Ex.: Daqui a 20 anos o Brasil será o país do futuro.

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 25


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• FERREIRA, M. Aprender e praticar. Ed. Renovada. São Paulo: FTD,2007.


• DALEFI, R.G; MARTINS, N.R.S.P; PAMPLONA, R.L.P. Gramática e linguística: história, regras e
usos da língua portuguesa. 1.ed. São Paulo: Moderna, 2008.
• AMARAL, E; Antônio, S; PATROCÍNIO, M.F. Português: redação, gramática; literatura e
interpretação de texto. Nova Cultural. São Paulo, 1996.
• CEREJA, W.R; MAGALHÃES, T.C. Português: linguagens, 3. 8.ed. São Paulo: Atual, 2012.
• SACONI, L. Antonio. Novíssima gramática ilustrada Sacconi / Luis Antonio Sacconi. São Paulo:
Nova Geração, 2008.
• MASSARANDUBA, E.M; CHINELLATO,T.M. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Coleção
Objetivo – sistema de métodos de aprendizagem – 2017.
• GARCIA, O.M. Comunicação em prosa moderna. 26.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2007.
• AMARAL, E; FERREIRA, M; LEITE, R; ANTÔNIO, S. Novas palavras, nova edição. 1. Ed. V.1.
São Paulo: FTD, 2010.
• AMARAL, E; FERREIRA, M; LEITE, R; ANTÔNIO, S. Novas palavras, nova edição. 1. Ed. V.2.
São Paulo: FTD, 2010.
• AMARAL, E; FERREIRA, M; LEITE, R; ANTÔNIO, S. Novas palavras, nova edição. 1. Ed. V.3.
São Paulo: FTD, 2010.
• PUNTEL, L. Oficina literária Puntel. São Paulo, 1994.
• Espelhos de redações corrigidas nos principais vestibulares do Brasil. Portaria do MEC. Guia do
estudante. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br
• Possíveis temas para redações 2018. Foco no ENEM. Disponível em: https://foconoenem.com/temas-
de-redacao-enem-2018/
• GAZOLA, A. Como fazer uma boa redação do ENEM. Disponível em: https://www.lendo.org

ATENÇÃO: TODO CONTEÚDO DESSE MATERIAL EXTRA


FAZE PARTE, NA ÍNTEGRA, DOS LIVROS JÁ MENCIONADOS
NAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
Esses ricos conteúdos, somados ao conhecimento e capacidade
profissional de nossos professores, é que formam o aprendizado de nossos
alunos. Nosso muitíssimo obrigado aos profissionais que
escreveram os livros que nos serviram de material base para a formação
das nossas apostilas e conteúdos extras.

Profª Michelle Orsi - Redação

MICHELLE ORSI – CONECTADOS NA REDAÇÃO 26

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