Trabalho Geografia
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JOÃO MONLEVADE
2023
O que são energias não renováveis?
Energias não renováveis são aquelas formas de energia que se encontram em quantidades
limitadas na natureza e que não podem ser naturalmente reabastecidas em um curto espaço
de tempo após serem consumidas. Essas fontes de energia são fundamentais para muitos
aspectos da sociedade moderna e incluem recursos como petróleo, carvão mineral e gás
natural.
O petróleo, por exemplo, é um líquido viscoso composto por hidrocarbonetos que é extraído
do subsolo por meio de perfurações profundas. Ele desempenha um papel crucial como fonte
de combustível para veículos, indústrias e geração de energia. O carvão mineral, por sua vez, é
um combustível fóssil que resulta da decomposição de matéria vegetal ao longo de milhões de
anos. Sua queima é utilizada principalmente na produção de eletricidade, devido à sua alta
concentração de energia.
Outra fonte significativa é o gás natural, uma mistura de hidrocarbonetos leves que ocorre
frequentemente junto a depósitos de petróleo. Ele é extraído e utilizado para geração de
energia, aquecimento e até mesmo como matéria-prima na indústria química.
A dependência das energias não renováveis, como o petróleo e o carvão mineral, é uma
realidade arraigada na nossa sociedade. Essas fontes de energia ocupam um papel central no
suprimento energético global, alimentando uma ampla gama de atividades econômicas e
sociais, desde o transporte até a produção industrial e a geração de eletricidade.
Atraídas pela alta densidade energética e disponibilidade imediata desses recursos, as nações
continuam a explorá-los extensivamente, mesmo diante das crescentes preocupações com os
impactos ambientais negativos que eles causam. O carvão mineral, por exemplo, é um dos
pilares da indústria energética, sendo uma fonte essencial para a geração de eletricidade em
muitos países. Da mesma forma, o petróleo é a espinha dorsal do setor de transporte,
fornecendo combustível para veículos e aviões que movem mercadorias e pessoas em escala
global.
No entanto, é crucial reconhecer que essa dependência das energias não renováveis é uma
estratégia insustentável a longo prazo. As reservas desses recursos são limitadas e esgotáveis,
e a sua exploração muitas vezes acarreta sérios impactos ambientais, como a liberação de
gases de efeito estufa, a contaminação do ar e da água, além de paisagens devastadas pela
mineração. A crescente conscientização sobre esses problemas tem impulsionado a busca por
alternativas mais limpas e sustentáveis.
A transição para fontes de energia renováveis, como a solar e a eólica, é cada vez mais
reconhecida como uma necessidade urgente para mitigar os danos ambientais e reduzir a
dependência das energias não renováveis. Além disso, o desenvolvimento de tecnologias mais
eficientes e o incentivo à conservação energética são passos essenciais para moldar um futuro
energético mais equilibrado, ambientalmente consciente e economicamente viável.
Vantagens das energias não renováveis
As energias não renováveis apresentam vantagens significativas que contribuem para o seu
papel crucial na sociedade moderna:
- As energias não renováveis possuem uma notável alta densidade energética, o que significa
que proporcionam uma quantidade substancial de energia por unidade de volume ou massa.
Essa característica torna essas fontes de energia eficientes na geração de eletricidade e no
fornecimento de energia para uma variedade de aplicações.
Eficiência Energética:
- Devido à sua alta densidade energética, as energias não renováveis oferecem uma eficiência
notável na produção de energia. Elas podem gerar grandes quantidades de eletricidade em um
curto período de tempo, atendendo à demanda energética crescente das sociedades
modernas.
Disponibilidade Imediata:
- Uma vantagem significativa das energias não renováveis é a sua disponibilidade imediata.
Assim que extraídas do solo ou retiradas de outras fontes naturais, essas fontes de energia
podem ser utilizadas diretamente, fornecendo energia de maneira ágil e sem a necessidade de
longos processos de armazenamento ou conversão.
Poluição do Ar:
- A queima de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural, libera poluentes
atmosféricos, incluindo dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio. Esses poluentes contribuem
para a poluição do ar e formam chuvas ácidas, afetando a qualidade do ar e prejudicando a
saúde humana.
Mudança Climática:
Danos à Biodiversidade:
Impactos Sociais:
- Além dos impactos ambientais, a exploração de energias não renováveis também pode ter
consequências sociais, como o deslocamento de comunidades locais, conflitos relacionados a
recursos e questões de saúde pública decorrentes da poluição.
Alternativas das energias não renováveis
Diversas alternativas estão sendo consideradas para diminuir a dependência das energias não
renováveis:
As energias renováveis, como a solar, eólica e hidrelétrica, estão ganhando destaque. São
limpas, renováveis e possuem baixo impacto ambiental. A energia solar converte a luz solar em
eletricidade, enquanto a eólica aproveita a força dos ventos e a hidrelétrica utiliza a água para
gerar energia.
A eficiência energética é outra opção crucial. Usar tecnologias e práticas que otimizem o uso
da energia, como lâmpadas LED e isolamento térmico, reduz o desperdício energético.
Essas alternativas não apenas mitigam os impactos ambientais das energias não renováveis,
mas também fortalecem a sustentabilidade e a segurança energética, rumo a um futuro mais
limpo e equilibrado.
Desafios da transição para as renováveis
Em resumo, a transição para energias renováveis é uma jornada complexa, mas necessária.
Requer a cooperação de diversas partes interessadas e um compromisso contínuo com a
pesquisa, inovação e investimentos em infraestrutura para garantir um futuro mais sustentável
e ambientalmente consciente.
O papel das políticas públicas na transição
As políticas públicas desempenham um papel central na transição para fontes de energia mais
sustentáveis e renováveis. Elas têm o poder de orientar e impulsionar a adoção de tecnologias
limpas e reduzir a dependência das energias não renováveis. Existem diversas abordagens para
alcançar essa transição por meio de políticas públicas:
Metas de Energia Renovável: Estabelecer metas ambiciosas para a participação das energias
renováveis na matriz energética é uma maneira eficaz de orientar a transição. Essas metas
podem ser acompanhadas por políticas de suporte, como subsídios para a produção e
instalação de tecnologias de energia renovável.
O destino das energias não renováveis está em meio a um cenário de incertezas. Enquanto
existe uma crescente pressão para substituí-las por alternativas mais limpas e sustentáveis,
como a energia solar e eólica, há setores econômicos que ainda são altamente dependentes
dessas fontes, como a indústria petroquímica e de aviação.
A transição para energias renováveis é promovida por preocupações com a mudança climática
e pela busca por formas mais sustentáveis de geração de energia. No entanto, a realidade
complexa da economia global significa que algumas áreas podem continuar a confiar nas
energias não renováveis por um período mais longo.
É plausível que as energias não renováveis encontrem um lugar em setores específicos, como a
geração de eletricidade em nações em desenvolvimento ou em processos industriais que
demandam altos níveis de energia. No entanto, mesmo nesses casos, é crucial priorizar a
mitigação dos impactos ambientais adversos associados a essas fontes.
A transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis é uma tarefa desafiadora.
Requer uma análise cuidadosa das implicações econômicas, tecnológicas e sociais, enquanto
se busca equilibrar as necessidades energéticas com a preservação do meio ambiente. Os
desafios incluem o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, a adaptação da infraestrutura
existente e a superação da dependência de fontes tradicionais.
A escolha entre as energias não renováveis e as alternativas mais limpas é um reflexo do nosso
compromisso com a saúde do planeta e com o bem-estar das futuras gerações. Enquanto
exploramos soluções para enfrentar os desafios do nosso tempo, é fundamental buscar um
equilíbrio que nos permita satisfazer nossas necessidades energéticas sem comprometer o
meio ambiente que nos sustenta.
Energia Sustentável #1: Matriz não renovável
“Mundialmente a maior parte da matriz energética provém de recursos não renováveis,
cerca de 81%”, afirma Fernando Caneppele
Dados do Instituto das Mudanças Climáticas da Universidade do Maine, nos EUA, indicaram
um novo recorde na temperatura global. No dia 4 de julho de 2023, a temperatura média do
planeta Terra atingiu 17,18°C, superando a máxima do dia 3 de julho, de 17,01°C, e o recorde
anterior de agosto de 2016, no qual a média global atingiu 16,92°C. Nesse cenário, atualmente,
81% da matriz energética mundial é composta de recursos não renováveis, em sua maioria
petróleo, carvão mineral e gás natural, o que contribui para o fortalecimento do efeito estufa.
De acordo com Fernando de Lima Caneppele, professor da Faculdade de Zootecnia e
Engenharia de Alimentos da USP, “para gerar qualquer tipo de energia é necessário que haja
uma fonte para transformá-la na forma desejada. O conjunto dessas fontes é o que denominamos
matriz energética”. Apesar do aumento da procura por modalidades energéticas renováveis,
como a energia solar, eólica e hidrelétrica, as fontes de energia não renováveis ainda ocupam
um papel importante na matriz energética mundial. Além de poluírem o meio ambiente, esses
recursos são limitados e eventualmente serão esgotados.
Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030 é “assegurar o acesso
confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos”. Segundo o
professor, esse esforço global para uma transição energética sustentável traz diversos benefícios.
“Essas fontes têm como características serem mais sustentáveis e gerar menos poluição,
tornando a matriz menos dependente de combustíveis fósseis, mais diversificada e, muitas
vezes, gerando custos mais baixos”, destaca.
Atualmente, a participação das fontes de energia renováveis na matriz energética é ascendente.
Dentre elas, as que mais se destacam são a biomassa e a hidrelétrica, representando,
respectivamente, 9,3% e 2,6% da energia global. Já a energia eólica, solar e geotérmica, em
conjunto, ocupam apenas 2% dessa matriz. Uma alternativa não renovável que pode ser
considerada limpa é a energia nuclear, que corresponde a 5% da produção energética mundial.
Fernando Caneppele explica que “quando comparado ao restante do mundo, o Brasil é um dos
países que mais fazem uso das energias renováveis. Em 2019, 46% da matriz energética
nacional era renovável, enquanto a média global era de 14%. Já em 2020, a contribuição das
fontes renováveis para a matriz energética brasileira subiu para 48,3%”. No País, a biomassa
derivada da cana-de-açúcar e as usinas hidrelétricas são as maiores responsáveis por esse
protagonismo. Já a ampliação dos parques eólicos e das usinas fotovoltaicas contribui com o
crescimento da participação de fontes renováveis na matriz energética.
No cenário mundial, o professor destacou a China como o país que mais investiu em energia
sustentável na última década. Seus esforços se concentraram na energia solar e na eólica. Por
exemplo, em junho de 2023 o país chegou a instalar a maior turbina eólica do mundo em alto-
mar. Outro destaque é a Índia, que aumentou consideravelmente sua geração de energia
renovável.
https://jornal.usp.br/podcast/energia-sustentavel-1-matriz-nao-renovavel/
JORNAL DA USP
APRESENTAÇÃO
Essas fontes de energia são amplamente utilizadas em todo o mundo devido à sua alta
densidade energética e disponibilidade imediata. No entanto, a sua exploração e uso têm
impactos ambientais significativos, como a poluição do ar e da água, o aquecimento
global e a degradação do solo.
As energias não renováveis, como o petróleo e o carvão mineral, são fontes de energia
fundamentais para a nossa sociedade. Elas são responsáveis por fornecer energia para
diversas atividades econômicas e sociais, desde o transporte até a produção de
eletricidade. Apesar da crescente preocupação com os impactos ambientais negativos
dessas fontes de energia, ainda dependemos delas devido à sua alta densidade energética
e à sua disponibilidade imediata.
No entanto, é importante lembrar que essa dependência não é sustentável a longo prazo.
As reservas de energias não renováveis são finitas e a sua exploração pode causar
graves danos ao meio ambiente e à saúde humana. Por isso, é fundamental investir em
alternativas mais limpas e renováveis, como a energia solar e a eólica, e em tecnologias
mais eficientes e sustentáveis.
As energias não renováveis têm como principal vantagem a sua alta densidade
energética, ou seja, a quantidade de energia que pode ser obtida por unidade de volume
ou massa é muito elevada. Isso faz com que essas fontes de energia sejam muito
eficientes e capazes de gerar grandes quantidades de eletricidade em um curto período
de tempo.
Existem diversas alternativas às energias não renováveis, que podem ser utilizadas para
reduzir a dependência dessas fontes de energia. Uma das principais alternativas são as
energias renováveis, como a solar, eólica e hidrelétrica. Essas fontes de energia são
limpas, renováveis e apresentam um baixo impacto ambiental.
Além disso, a eficiência energética também é uma alternativa importante. Isso envolve o
uso de tecnologias e práticas que permitem o uso mais eficiente da energia, como
lâmpadas LED e isolamento térmico. A eficiência energética pode reduzir
significativamente o consumo de energia e, consequentemente, a dependência de fontes
não renováveis.
A transição para energias renováveis não é uma tarefa fácil, pois ainda dependemos de
tecnologias em desenvolvimento e de investimentos em infraestrutura para que essa
transição seja viável.
Além disso, a dependência de fontes de energia não renováveis é um fator que dificulta
a transição, já que essas fontes são mais baratas e estão mais consolidadas no mercado.
É necessário, portanto, um esforço conjunto de governos, empresas e sociedade civil
para superar esses desafios e tornar a transição para energias renováveis uma realidade.
O papel das políticas públicas na transição para energias renováveis
O futuro das energias não renováveis é incerto. Por um lado, há a pressão crescente para a
substituição dessas fontes de energia por fontes mais limpas e renováveis, como a energia solar
e eólica. Por outro lado, ainda existem setores da economia que dependem fortemente das
energias não renováveis, como a indústria petroquímica e de aviação.
Apesar disso, é possível que as energias não renováveis continuem a ser utilizadas em setores
específicos, como a geração de eletricidade em países em desenvolvimento ou em processos
industriais que requerem alta densidade energética. No entanto, é importante destacar que
mesmo nesses casos, é necessário buscar formas de minimizar os impactos ambientais negativos
dessas fontes de energia.
Conclusão
Para fazer a transição para fontes de energia mais limpas, como as renováveis,
enfrentaremos desafios significativos, como a dependência de tecnologias ainda em
desenvolvimento e a necessidade de investimentos em infraestrutura. Políticas públicas,
como incentivos fiscais e regulamentações ambientais, podem desempenhar um papel
importante nessa transição.