WellingtonFelipedeCampos21 Poli-Integra
WellingtonFelipedeCampos21 Poli-Integra
WellingtonFelipedeCampos21 Poli-Integra
São Paulo
2021
WELLINGTON FELIPE DE CAMPOS
Versão Original
São Paulo
2021
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
Catalogação-na-publicação
Nos últimos anos, o “desempenho das edificações” tem figurado entre os temas
mais abordados no setor da construção civil. Após a publicação na ABNT NBR
15.575 – Desempenho – Edificações Habitacionais em 2013, engenheiros civis,
arquitetos, projetistas, a cadeia de fornecedores e os usuários finais dos edifícios
tem estado atentos à ele. Como a muito discutido, o alcance desse desempenho nos
edifícios habitacionais, é obtido através de vários processos durante as fases iniciais
do ciclo de vida das construções, porém o que ainda não é abordado com tanta
constância, é a sua manutenção ao longo da fase de uso e operação dessas
edificações. A responsabilidade da manutenção do desempenho nesse período,
recai principalmente sobre os usuários, e se tratando das áreas comuns e dos
edifícios como um todo, sobre os síndicos e administradores e tais profissionais
muita das vezes não possuem conhecimentos suficientes para gerir essa
manutenção de forma eficiente e eficaz, resultando em prejuízos às funcionalidades
e vidas úteis das edificações. Frente a esse cenário e com o intuito de disponibilizar
uma gama de informações que instruirão e ajudarão esses profissionais a cumprirem
com suas responsabilidades para com as edificações e seu desempenho, nesse
estudo, pretende-se abordar esse tema de forma didática, facilitando a sua
compreensão e reunindo todas diretrizes e recomendações das normas pertinentes
em um só lugar. Para o feito, procurou-se enfatizar todos os conceitos necessários
para compreensão do que é o desempenho das edificações, detalhar um roteiro
completo para a gestão da sua manutenção ao longo do tempo, e transformar todas
essas informações em um Guia Orientativo a ser disponibilizado digitalmente e de
forma gratuita.
In recent years, “building performance” has been among the most discussed topics in
the construction sector. After the publication of ABNT NBR 15.575 - Performance -
Residential Buildings in 2013, civil engineers, architects, designers, the supply chain
and the building’s end users have been paying attention to it. As discussed over the
time, the achievement of this performance in residential buildings is achieved through
many processes during the initial phases of the construction life cycle, but what is not
yet discussed with such constancy is their maintenance throughout the phase of use
and operation of these buildings. The responsibility for maintaining performance
during this period, falls on users, and in the case of common areas and buildings as
a whole, falls on the condominium manager and building's administrators and such
professionals, very often don’t have sufficient knowledge to manage this
maintenance efficiently, resulting in losses to building's functionalities and useful
lives. Faced with this scenario and in order to provide a range of information that will
instruct and help these professionals to fulfill their responsibilities to the buildings and
their performance, in this academic research, it’s intended to approach this topic in a
didactic way, facilitating the understanding and bringing all relevant policy guidelines,
recommendations and standards together in one place. For this purpose, it was
sought to emphasize all the concepts necessary to understand what building
performance is, detail a complete roadmap for managing the correct maintenance
over time, and transform all of this information into an Orientation Guide to be made
available digitally and for free.
Tabela 1 - VUP mínima estabelecida pela NRR 15575:2013 para os sistemas de uma
edificação ............................................................................................................................ 39
Tabela 2 - Custo de manutenção e reposição ao longo da vida útil ..................................... 44
Tabela 3 - Responsabilidades para atendimento do desempenho requerido ao longo do
tempo .................................................................................................................................. 47
Tabela 4 - Estruturação básica do Programa de Manutenção.............................................. 62
Tabela 5 - Documentação do programa de manutenção ..................................................... 71
Tabela 6 - Aspectos a serem considerados no planejamento anual..................................... 72
LISTA DE APÊNDICES
VU Vida Útil
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11
1.1. Justificativa ...................................................................................................... 13
1.2. Objetivo ........................................................................................................... 15
1.3. Materiais e Métodos de Pesquisa.................................................................... 15
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ..................................................................... 17
2.1. A busca pelo desempenho das edificações ao longo do tempo ...................... 17
2.2. O desempenho na fase de pós-ocupação da edificação ................................. 19
2.3. A manutenção do desempenho das edificações através da realização de
ações de manutenção ............................................................................................... 21
2.3.1. O conceito de manutenção de edifícios e sua importância .......................... 21
2.3.2. Histórico da manutenção.............................................................................. 24
2.3.3. A importância das normas NBR 15575:2013 e NBR 5674:2012 na
manutenção do desempenho das edificações .......................................................... 26
2.3.4. O papel dos síndicos e administradores na manutenção do desempenho das
edificações ................................................................................................................ 28
3. NBR 15575:2013 – EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS - DESEMPENHO ........... 31
3.1. A estrutura da Norma e seus conceitos aplicados à manutenção do
desempenho das edificações .................................................................................... 31
3.1.1. Durabilidade ................................................................................................. 34
3.1.2. Vida útil (VU) ................................................................................................ 36
3.1.2.1. Vida Útil de Projeto (VUP)......................................................................... 38
3.1.2.2. Dos materiais, componentes e sistemas................................................... 40
3.1.2.2.1. Efeito das falhas no desempenho.......................................................... 40
3.1.2.2.2. Categoria de vida útil de projeto para partes do edifício ........................ 42
3.1.2.2.3. Custo de manutenção e reposição ao longo da vida útil ....................... 44
3.1.2.3. VU da edificação ....................................................................................... 45
3.1.3. Sócios do desempenho ................................................................................ 46
3.1.4. Exigências e requisitos dos usuários ........................................................... 48
3.1.5. Exposição, uso e operação .......................................................................... 50
3.1.6. Manutenibilidade .......................................................................................... 52
3.1.7. Fiscalização, cumprimento da Norma e avaliação do desempenho ao longo
do tempo ................................................................................................................... 54
3.1.8. Garantias...................................................................................................... 55
4. NBR 5674:2012 – MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES – REQUISITOS PARA
O SISTEMA DE GESTÃO DE MANUTENÇÃO ......................................................... 58
4.1. A estrutura da Norma e seus conceitos aplicados à manutenção do
desempenho das edificações .................................................................................... 58
4.2. Requisitos para a manutenção ........................................................................ 60
4.2.1. Cumprimento do programa de manutenção ................................................. 61
4.2.1.1. Elaboração do programa........................................................................... 63
4.2.1.1.1. Manutenção rotineira ............................................................................. 64
4.2.1.1.2. Manutenção preventiva ......................................................................... 65
4.2.1.1.3. Manutenção corretiva ............................................................................ 67
4.2.2. Inspeção predial ........................................................................................... 68
4.2.2.1. Metodologia e conteúdo básico do relatório de inspeção ......................... 69
4.2.3. Documentação básica e registros ................................................................ 70
4.3. Planejamento anual das atividades ................................................................. 72
4.3.1. Considerações ............................................................................................. 72
4.3.2. Previsão orçamentária anual ........................................................................ 73
4.4. Sistema de gestão e controle da Manutenção ................................................ 75
4.4.1. Planejamento de manutenção ...................................................................... 75
4.4.2. Orçamento e contratação dos serviços ........................................................ 77
4.4.3. Controle e execução dos serviços de manutenção ...................................... 80
4.4.3.1. Indicadores gerenciais .............................................................................. 83
4.4.3.2. Registros e documentações...................................................................... 84
4.4.4. Incumbências ou encargos dos síndicos e administradores ........................ 86
5. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ÀS NORMAS ....................................... 88
5.1. Manual do síndico e das áreas comuns .......................................................... 89
5.2. Alterações e reformas ..................................................................................... 90
6. GUIA: MANUTENÇÃO DO DESEMPENHO DAS EDIFICAÇÕES –
ORIENTAÇÕES PARA SÍNDICOS E ADMINISTRADORES .................................... 92
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 94
8. REFERÊNCIAS .................................................................................................. 96
9. APÊNDICES ..................................................................................................... 100
APÊNDICE A – Guia Orientativo – Manutenção do Desempenho das Edificações:
Orientações para síndicos e administradores ......................................................... 100
1. INTRODUÇÃO
12
Manutenção) que serão aqui estudadas, são fundamentais na abordagem de tais
variáveis ao longo desse decurso e trazem uma luz às “necessidades das
edificações” que deverão ser supridas para que essa equação se satisfaça.
Em atenção separada à “NBR 15575:2013 - Edificações habitacionais –
Desempenho”, esta é norteadora, uma vez que apresenta orientações e conceitos
aplicáveis a todo o ciclo de vida de uma edificação, com enfoque em seu
desempenho. A Norma traz recomendações para as decisões de planejamento,
relativas à qualidade, diretrizes para a execução, para os materiais e sistemas e
outras mais, que tem como objetivo principal, garantir a justaposição desse conceito
a todo o ciclo de vida da edificação como citado e que consequentemente interferirá
também no processo de manutenção das mesmas (SANTOS, 2017).
Já a “NBR 5674:2012 - Manutenção de edificações - Requisitos para o
sistema de gestão de manutenção”, traz o conceito de manutenção como um serviço
técnico essencial, que pode e deve ser planejado, programado e executado como
forma de investimento na preservação das edificações. Ela aborda a gestão de um
sistema de manutenção adequado e conveniente que será fundamental para manter
e quando necessário recuperar os requisitos e níveis de desempenho propostos pala
“Norma de Desempenho” (ABNT, 2012).
Isto posto, mediante a definição dos meios para obtenção, conservação e
reposição do desempenho de uma edificação, a utilização em conjunto de ambas as
Normas por profissionais estritamente ligados a esse processo, convergem para
uma eficiente ferramenta para obtenção e garantia do melhor resultado que pode ser
entregue por qualquer edificação habitacional em relação a sua vida útil.
1.1. Justificativa
13
que esses mesmos usuários atendam as “necessidades” da própria construção ao
longo desse mesmo período (LASTE, 2012).
Segundo Mourthé, 2013, no Brasil os estudos e trabalhos voltados para o
aprofundamento da temática de gestão dos processos de manutenção predial e pós-
obra, embora hoje mais desenvolvidos, ainda não alcançaram a visibilidade devida e
merecida, mesmo estando ligados a uma fase de extrema importância para as
edificações e seus usuários.
Em adição a essa pequena deficiência ainda existente, quando tratamos
desse tema pela ótica do desempenho das edificações, ou seja, do desenvolvimento
de estudos que correlacionem sua manutenção com as ações de manutenção
predial, veremos que ainda há muito a se avançar.
Combinando essa realidade à percepção do autor em relação a forma como
a maioria dos condomínios é hoje administrada, por moradores eleitos como
representantes legais (síndicos) ou gestores que não possuem capacitação
adequada e que muitas das vezes não enxergam a relevância técnica, social e
econômica envolvida nesta etapa, evidencia a necessidade de uma mudança
cultural no que hoje entendemos por gerenciamento da fase de pós-obra das
edificações, ou seja, o período correspondente ao seu uso, operação e manutenção.
Essa mudança não necessariamente refere-se à substituição dos
profissionais envolvidos, mas sim da imprescindibilidade de que esses profissionais
conheçam os conceitos das normas pertinentes ao assunto, para que sejam
capazes de aplicar os preceitos de desempenho das edificações após a sua entrega,
e até o fim de sua vida útil.
A “Norma de Desempenho” para a Construção Civil, NBR 15.575:2013 e a
“NBR 5674:2012 - Requisitos para o sistema de gestão de manutenção” apresentam
conceitos e diretrizes relacionados às responsabilidades dos síndicos e
administradores de condomínios no que tange aos deveres, cuidados e ações de
manutenção do desempenho dessas edificações, que deverão ser atendidas durante
o período em que as mesmas estejam sob seus cuidados e que em muitas das
vezes não são conhecidos. O conceito de desempenho foi introduzido na indústria
da construção civil e trouxe com ele uma nova visão sobre os processos para se
projetar e se construir, mas deve também, tornar-se intrínseco aos processos de
manutenção.
14
Como forma de contribuir para que esse conhecimento alcance tais “agentes
da cadeia de manutenção”, tão significativos no ciclo de vida das construções, de
forma clara e concisa, se faz necessário uma análise das informações contidas nas
referidas normas técnicas para que haja uma elucidação dos pontos que ainda
possam trazer dúvidas no seu entendimento e para que se possam conectar as
diretrizes umas às outras, de ambas as normas, possibilitando assim suas
aplicações em conjunto na manutenção do desempenho das edificações.
Para que uma melhora nos processos ligados a essas ações de manutenção
em empreendimentos imobiliários seja alcançada, se faz necessário também que
após a análise e reunião destas informações normativas, o resultado desta pesquisa
seja apresentado e disponibilizado para acesso destes profissionais de forma
didática e gratuita.
Diante do exposto, segue a proposta norteadora da pesquisa:
1.2. Objetivo
15
e principalmente as normas alvo desta pesquisa, a NBR 15.575:2013 e NBR
5674:2012.
Será realizada uma pesquisa com características exploratórias para que se
reúnam as diretrizes e os conceitos que dizem respeitos aos procedimentos,
processos, ações e obrigações ligados à manutenção do desempenho das
edificações e que sejam de responsabilidades dos síndicos e administradores de
condomínios durante a fase de uso, operação e manutenção.
Ao longo do desenvolvimento da pesquisa, as informações coletadas serão
exploradas, exemplificadas e organizadas em uma estrutura que possibilite
posteriormente à elaboração de um guia didático contendo todos os referenciais
para a gestão dos processos de manutenção do desempenho das edificações de
forma satisfatória e alinhada às normas.
16
2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
18
2.2. O desempenho na fase de pós-ocupação da edificação
20
A Norma de Desempenho, da qual foi retirada a ilustração acima, traz que “é
necessário salientar a importância da realização integral das ações de manutenção
pelos usuários”, destacando que se os mesmo não as realizarem, é provável que a
construção não mantenha seus níveis de desempenho e também não atinja o tempo
de vida útil para qual foi projetada.
Além disso, as ações de manutenção não devem ser definidas somente com
o objetivo de manter o desempenho original da edificação construída, mas também o
de acompanhar as mudanças das necessidades dos usuários, incluindo também,
além das atividades de prevenção e correção, os aspectos de modernização e
desenvolvimento das edificações, como são os casos da redesignação de uso ou
das ações para que o desempenho original seja superado (POSSAN; DEMOLIER,
2008).
A partir disso, pode-se gerenciar a manutenção do desempenho das
edificações e conservação do ambiente construído como forma de otimização das
condições para atendimento das necessidades dos usuários.
21
Figura 2 - Representação do ciclo de vida de uma edificação
23
O conceito tem evoluído constantemente e hoje a finalidade da manutenção
não é somente o de corrigir os níveis de desempenho ou agir antes que a falha
ocorra, mas sim tem avançado para que se aja de forma que essas degradações
jamais ocorram (SANCHEZ, 2010).
24
Já no Brasil, tardiamente, como relata Mourthé (2013), o interesse pelo tema
começou a ganhar notoriedade com os trabalhos acadêmicos como os
desenvolvidos por LICHTENSTEIN (1986), HELENE (1988) E IOSHIMOTO (1988)
apresentando prioritariamente pesquisas sobre as manifestações patológicas ao
longo do tempo e suas causas. Os conceitos das pesquisas eram, sobretudo, tratar
da durabilidade dos materiais e componentes dos sistemas com o intuito de
melhorar as etapas do processo construtivo.
Mais tarde, já nos anos 90 foram publicados os primeiros trabalhos
puramente focados na manutenção predial, não mais somente como uma etapa
consequente do processo construtivo e sim como uma fase do ciclo de vida das
edificações e passível de gestão.
Com relação à normatização, alguns anos antes da publicação dos trabalhos
citados, na década de 70 foi elaborada a NBR 5674:1977, ou seja, a primeira versão
da norma hoje conhecida como Norma de Manutenção, porém a mesma limitava-se
a fornecer informações vagas e que se mostravam ineficientes na orientação para
criação e implementação de um programa de manutenção predial. Entretanto, com o
intuito de apresentar significativa melhoria na abordagem do assunto e avançar no
esclarecimento da metodologia de implementação desse programa, ela sofreu uma
completa revisão e atualização, sendo publicada a sua nova versão em julho de
2012, versão essa, vigente atualmente (MOURTHÉ, 2013).
Um ano mais tarde, em 2013, após anos de estudos e discussões a respeito
do tema, foi publicada a NBR 15575:2013 a “Norma de Desempenho” como é
conhecida atualmente, com a expectativa de estabelecer novos parâmetros de
eficiência para as edificações e contribuir diretamente para uma melhora na
qualidade e durabilidade das mesmas, se tornando um dos maiores marcos
regulatórios já promovidos no setor da construção civil no país, interferindo
diretamente no âmbito das manutenções das edificações (BORGES, 2008).
Hoje, as duas Normas, a NBR 5674:2012 e a NBR 15575:2013, juntas, são a
base para elaboração, implementação e gestão dos processos de manutenção do
desempenho predial, tanto por parte das empresas construtoras e incorporadoras
como também servindo de suporte para os profissionais da área de gestão dos
empreendimentos na fase de uso e operação. Desta forma, por contribuírem
diretamente para a aplicação de ações de restauração e manutenção do
25
desempenho das edificações ao longo de toda sua vida útil, mantendo suas
condições adequadas para atendimento das necessidades dos seus usuários ambas
serão tratadas com afinco ao longo da pesquisa.
Outros avanços importantes para a melhora do processo de gestão das
manutenções prediais foram às publicações da NBR 14037:1998 (Manual de
operação, uso e manutenção das edificações - Conteúdo e recomendações para
elaboração e apresentação) que traz as diretrizes para as empresas construtoras e
incorporadoras elaborarem seus Manuais de Uso e Operação das Edificações,
atualizada pela última vez no ano de 2012 e da Norma de Inspeção Predial criada
pelo IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia) em 2001 e
que terão parte de seus conteúdos também tratadas posteriormente de maneira
branda em capítulos específicos desta pesquisa.
27
com o passo a passo das etapas práticas das ações de manutenção definidos pela
NBR 5674:2012.
Ambas as Normas são “ferramentas”, e quando utilizadas de maneira
eficiente podem colocar as edificações em condição de produzir excelentes
resultados em termos de segurança, bem-estar, saúde, satisfação de seus usuários
e resultar em ganhos significativos para toda a cadeia envolvida.
28
Figura 3 - Incumbências dos síndicos e administradores para com a manutenção do desempenho
29
Todas esses responsabilidades colaborarão para a obtenção do melhor
desempenho das edificações durante o seu ciclo de vida e por esse motivo, ao longo
desta pesquisa essas incumbências, como atendê-las e outros muitos aspectos
fundamentais para a gestão da manutenção serão delineados de uma forma
explicativa e simplificada, para que possibilites aos síndicos e administradores
cumprirem com seu papel na manutenção do desempenho das edificações de forma
integral e adequada.
30
3. NBR 15575:2013 – EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS -
DESEMPENHO
32
Prefácio e Introdução;
1. Escopo;
2. Referências Normativas;
3. Termos e definições;
4. Exigências dos usuários;
5. Incumbências dos intervenientes;
6. Avaliação de desempenho;
7. Segurança estrutural;
8. Segurança contra incêndio;
9. Segurança no uso e operação;
10. Estanqueidade;
11. Desempenho térmico;
12. Desempenho acústico;
13. Desempenho lumínico;
14. Durabilidade e manutenibilidade;
15. Saúde, higiene e qualidade do ar;
16. Funcionalidade e acessibilidade;
17. Conforto tátil e antropodinâmico;
18. Adequação ambiental.
33
3.1.1. Durabilidade
34
Figura 4 - Ação da água e do cloro em um corrimão submerso
35
3.1.2. Vida útil (VU)
36
Trazendo tal conceito para nossa área de estudo, podemos mais uma vez
adotar um único sistema de uma edificação que nos possibilite uma clara
exemplificação:
Quando uma esquadria de alumínio é instalada em uma edificação,
acabamos por defini-la como um único produto. Mas, por mais que a tratemos dessa
forma, ela na verdade é uma combinação de diferentes componentes, que
desempenham diferentes papéis e que são fabricados de diversos tipos de
materiais. Embora devamos assumir um determinado desempenho do sistema como
um todo, não devemos esperar que tais componentes apresentem uma mesma vida
útil.
Devido aos seus diferentes materiais constituintes, é pressuposto que
estejamos cientes que o trinco, as roldanas e o puxador precisarão ser substituídos
por apresentarem diminuição de seu desempenho antes de outros componentes,
como a estrutura de alumínio e o vidro.
37
ele ou à edificação, isso não significa que ele possua a mesma confiabilidade de seu
estado inicial.
Desta forma, além das manutenções preventivas e corretivas, também é
importante que em cada sistema de uma edificação sejam realizadas as
substituições necessárias dos componentes após o fim do período previsto de vida
útil, antes que eles rompam a barreira da perda de confiabilidade de operação e
exponham a edificação ou seus usuários a riscos. Outro ponto de importância vital é
que, independente do produto ou componente, sejam eles os já citados acima, ou
outros, a vida útil desejada só será atingida, caso sua utilização esteja dentro das
condições de uso pré-estabelecidas e suas manutenções previstas sejam
realizadas, conforme já demonstrado na Figura 01 (ANTONOFF, 2016).
38
Segundo o autor, podemos encontrar tal preocupação em mostrar essa
correlação também na norma canadense CSA S478-95, onde a Vida Útil de Projeto
é descrita como sendo a “vida útil especificada pelo projetista de acordo com as
expectativas (ou requisitos) dos donos do edifício ou construção” (ANTONOFF,
2016).
Com a publicação da NBR 15575:2013, passou a ser necessário considerar
na elaboração dos projetos os prazos de VUP mínima, para que a definição destes
valores não esteja somente atrelada às decisões dos responsáveis pela concepção
do projeto e seus idealizadores, mas também, possa atender a um determinado
nível de desempenho por um período mínimo de tempo. Tal prazo é aplicável aos
diferentes sistemas da edificação, e como dito, possuem um valor mínimo
estabelecido pela norma, como demonstrado abaixo:
Tabela 1 - VUP mínima estabelecida pela NRR 15575:2013 para os sistemas de uma edificação
39
ser atendidos considerando que os processos de manutenção serão realizados
conforme diretrizes e periodicidades especificadas no “Manual de Uso, Operação e
Manutenção”, “Manual do Síndico” e “Manual das Áreas Comuns” entregues aos
usuários, síndicos e administradores, e que foram elaborados de acordo com as
normas ABNT NBR 14037:2012 e NBR 5674:2012.
41
Já no terceiro quadro da parte superior da Figura 8, está ilustrado um
exemplo de efeito das falhas inserido na categoria C, ou seja, aqueles que caso
venham a ocorrer apresentarão algum risco à saúde dos usuários da edificação.
Exemplos recorrentes desses efeitos seria o aparecimento de fungos por falhas nos
sistemas de impermeabilização ou vedação e até mesmo contaminações geradas
por vazamentos de esgoto
Ainda segundo a NBR 15575:2013, os riscos de interrupção da utilização de
uma edificação na sua totalidade, ou em partes, devido a uma falha no desempenho
de algum de seus sistemas, estão enquadrados na categoria D. Essa categoria
engloba casos como vazamentos de grandes proporções, rompimento de tubulações
de esgoto que afetam as áreas de vivência entre outros.
As duas últimas categorias, E e F são aquelas relacionadas mais ao não
cumprimento do desempenho esperado de algum sistema e elemento, mas que não
trazem sérios riscos. Essas categorias podem ser exemplificadas com uma falha no
funcionamento de uma maçaneta e um vazamento no sifão, respectivamente.
42
Figura 9 - Categoria de vida útil de projeto para partes do edifício
44
para com esses elementos no caso de ocorrência de falhas ao longo de toda vida da
construção.
3.1.2.3. VU da edificação
45
Figura 10 - Vidas úteis de sistemas, componentes e da edificação
46
agentes, também denominadas por ele de “sócios do desempenho”.
Empreendedores, projetistas, construtores e usuários dividem diferentes obrigações,
mas de igual importância, e que deverão ser cumpridas em momentos distintos no
ciclo de vida do edifício.
Abaixo será apresentado um quadro resumo das atribuições de cada “sócio
do desempenho” e a etapa do ciclo de vida em que deverá ser realizada:
Etapa do ciclo de
Agentes Incumbências
vida
- Concepção do empreendimento e definição do nível de
desempenho e vida útil;
Empreende- Concepção do
- Identificação dos riscos previsíveis;
dores / empreendimento
- Definição de soluções de projeto e técnicas para
Incorporadores / projeto
atingimento dos valores de VUP pré-definidos;
- Investimento de recursos.
- Concepção do empreendimento e definição do nível de
desempenho e vida útil;
- Contribuir com conhecimento técnico a respeito do
desempenho de cada material / componente / sistema;
Concepção do
- Analisar condições de operação e exposição da edificação;
Projetistas empreendimento
- Especificar os componentes de acordo com o desempenho e
/ projeto
vida útil de projeto em relação às condições de operação e
exposição;
- Orientar em projeto quanto aos procedimentos de
manutenção.
- Executar a obra seguindo rigorosamente os projetos e
especificações;
- Utilizar-se da boa engenharia e melhores técnicas
construtivas; Execução /
Construtores
- Elaborar o Manual de uso, operação e manutenção e Construção
repassá-lo ao usuário atendendo a NBR 14037:2014;
- Orientar os usuários quanto à utilização, operação,
conservação e manutenção após finalização da obra.
- Conhecer e aceitar a vida útil de projeto;
- Implementar e executar de forma correta os procedimentos
Usuários Uso e operação
de manutenção de acordo com a NBR 5674:2012 e manual;
- Atender aos cuidados de uso e operação.
FONTE: ABNT NBR 15.575:2013 – Adaptada pelo autor
47
De maneira simplificada, podemos resumir a tabela apresentada na
ilustração abaixo, onde podemos ver de forma intuitiva as delimitações das
responsabilidades dos “sócios do desempenho” ao longo de todo o ciclo de vida de
uma edificação:
Figura 11 - Responsabilidades dos intervenientes para com o desempenho ao longo do ciclo de vida
da edificação
48
Os requisitos e necessidades desses usuários também variarão de muitas
formas de acordo com o tipo de construção, modelo de negócio instalado, e também
de acordo com a expectativa de cada tipo de usuário a ela associada. Por exemplo,
residências, escolas, indústrias, áreas públicas entre outras, apesar de poderem ser
utilizadas por um mesmo usuário ao longo de um mesmo período de tempo (por
exemplo, ao longo de um dia), devido aos diferentes objetivos aos quais tais
edificações se destinam, as mesmas apresentarão diferentes requisitos para que as
exigências destes usuários sejam atendidas no momento de sua utilização conforme
exemplo simplificado, mostrado na imagem a seguir:
Figura 12 - Variação das necessidades e exigências de um usuário para com as edificações ao longo
do dia
50
variáveis ao longo desse período e devem ser consideradas distintas para cada
projeto.
Borges (2008) ilustra essa variação, para entendimento da complexidade da
questão, citando alguns dos agentes que, apesar de serem provenientes de várias
naturezas afetarão de forma significativa o desempenho da edificação. São alguns
deles: o clima, a incidência de chuvas, ruídos, ventos, fatores socioeconômicos de
onde as edificações serão construídas e até mesmo a cultura local (estes
denominados de agentes externos a edificação). Exemplos desses agentes já foram
apresentados nesta pesquisa na Figura 05.
A consideração de cada agente é de importante relevância para a
manutenção dos níveis de desempenho e, embora sua ponderação seja uma tarefa
complexa na concepção dos projetos e também na fase de uso e operação, o autor
supracitado afirma que ela já é de certa forma realizada por algumas normas
prescritivas, como é o caso da NBR 6118:2003 – Projetos de Estruturas de Concreto
– Procedimento que leva em conta a atuação de agentes agressivos ao concreto
relacionando-os as localizações dos edifícios ou a NBR 13818:1997 – Placas
Cerâmicas para Revestimentos que descreve os níveis de resistência das placas
cerâmicas à ação de produtos químicos ou absorção da água e que de certa forma
preveem o comportamento do desempenho desses sistemas ao longo do tempo.
Além dos agentes externos, existirão também os internos e ambos envolvem
caracteres sistêmicos e probabilísticos que dificultam na hora da mensuração de
suas interferências.
Na categoria de agentes internos, podemos citar o próprio usuário e suas
ações nas edificações. A utilização da edificação em desacordo com sua finalidade
para a qual foi projetada é uma das principais causas da diminuição do desempenho
esperado para a mesma (BORGES, 2008).
Podemos exemplificar o problema utilizando como exemplo uma unidade
habitacional autônoma em um condomínio vertical, que foi projetada para suportar
uma determinada carga por m2 de laje nas áreas dos banheiros e que já está com
essa capacidade de suporte parcialmente comprometida pelos aparelhos hidráulico-
sanitários existentes em projeto e que após as reformas feitas pelo novo proprietário
foi sobrecarregada com a adição de uma banheira. Tais alterações possivelmente
51
incorrerão na falha de diversos requisitos de desempenho, tais como segurança
estrutural, deformações excessivas, funcionalidades e conforto.
Ainda em referência aos usuários e como tratado extensivamente nessa
pesquisa, outro fator que interfere diretamente nas condições de uso e operação é a
realização, ou não das manutenções pré-definidas, preventivas e corretivas, que
também acarretarão na não obtenção ou diminuição dos níveis de desempenho
previstos para a vida útil da edificação.
3.1.6. Manutenibilidade
52
dois sistemas, se tornaria inviável a remoção do piso e da proteção mecânica para
realização desses procedimentos periodicamente.
É acertado afirmar que, embora o sistema se enquadre na categoria de
sistemas Manuteníveis, conforme definido pela norma, essa ação dispenderia um
elevado custo de manutenção, provavelmente superando seu custo inicial de
construção em cada situação que fosse necessária realizá-la.
Kelch (2016) nos traz que além das avaliações de desempenho que devem
ser realizadas através de investigações sistêmicas descritas em cada volume da
norma durante a construção e que devem ser documentados fazendo-se uso de
memoriais de cálculo, fotos, catálogos e quaisquer outros métodos convenientes
para comprovação do atendimento dos critérios e requisitos estabelecidos; além da
observância dos cumprimentos dos critérios citados em todos os capítulos anteriores
e a consideração de cada aspecto importante para o alcance dos níveis de
desempenho requeridos e sua manutenção ao longo do tempo, também se faz
necessário que o acompanhamento destes perdure ao longo de toda vida útil da
edificação.
Essa fiscalização, durante o período em que os edifícios estão “nascendo”,
cabe a todos os profissionais e colaboradores envolvidos independentemente de
haver cobranças ou não por parte dos órgãos públicos e deve ocorrer na atuação
diária de cada um.
Após o início do ciclo de uso e operação, essa responsabilidade é
transferida para cada um que faça uso dos imóveis, sobretudo para as empresas e
representantes legais (associações, síndicos, etc.) que os administram.
Faz-se necessário ressaltar que não há uma fiscalização formal dos órgãos
públicos quanto ao cumprimento da NBR 15575:2013, mas o não atendimento das
recomendações da norma pode trazer aos usuários riscos à saúde, integridade
física, dispêndios financeiros desnecessários ou precoces como também culminam
em ações jurídicas contra as incorporadoras e construtoras, resultando em prejuízos
54
tanto financeiros quanto à imagem dos envolvidos. Em caso de ocorrência de tais
processos cíveis, os profissionais, empresas e até mesmo os usuários poderão ser
responsabilizados em caso de negligência no cumprimento da norma (KELCH,
2016).
3.1.8. Garantias
Ao longo de todos os capítulos até aqui abordados por esta pesquisa, ficou
explícito que, todos os sistemas e elementos que compões uma edificação
habitacional só serão capazes de alcançar seu desempenho e vidas úteis previstas
se forem projetados, construídos, usados e, sobretudo, mantidos de acordo com as
recomendações da Norma de Desempenho.
Arendt (2015) considera que, no ato de entrega da obra quando finalizada,
na grande maioria das vezes ela aparentará estar em perfeito estado e em acordo
com o esperado e prometido. No entanto, com o passar do tempo é possível que
comecem a aparecer vícios construtivos, ocultos até então, estando estes
relacionados à falhas construtivas pré-existentes, devido ao não atendimento do
desempenho do sistema, alterações não previstas nos sistemas por parte dos
usuários, mau uso, vícios decorrentes da falta das manutenções previstas ou uma
combinação desses fatores.
Com exceção das falhas relacionadas à falta das manutenções, do
mau uso das instalações, de alterações não previstas nos sistemas ou alterações
ambientais e situações imprevistas, como é o caso de acidentes, que se qualificam
como excludentes de responsabilidade, se por ventura as edificações apresentarem
problemas precoces, seus usuários podem recorrer aos benefícios da garantia da
construção.
Por um aspecto legal, o prazo de garantia está associado ao período em que
os construtores, incorporadores e demais agentes envolvidos são responsáveis por
assegurar o desempenho promovendo as manutenções necessárias para tal ou
realizando a substituição do sistema, elemento ou material. Na legislação brasileira,
existem duas definições de garantias aplicáveis a construção civil, o prazo de
garantia legal e a garantia contratual ou também chamada de “certificada”. A NBR
55
15575:2013 aborda esses dois tipos de garantias em seu texto e as diferencia,
conforme transcrição abaixo:
Prazo de garantia legal: período de tempo previsto em lei que o
consumidor dispõe para reclamar dos vícios (defeitos) verificados na
compra de produtos duráveis.
57
4. NBR 5674:2012 – MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES –
REQUISITOS PARA O SISTEMA DE GESTÃO DE MANUTENÇÃO
58
eficaz, que cumpra com o papel de preservar as características originais das
construções e também mantenha e recupere, dentre dos limites possíveis, o
desempenho inicial de seus sistemas, componentes e equipamentos (VILLANUEVA,
2015).
À vista disso, Nour (2003) define como sendo a principal contribuição da
norma, o fornecimento de subsídios para que os profissionais envolvidos
diretamente no processo de manutenção das edificações, ou seja, síndicos,
administradores e proprietários, possam desenvolver e estabelecer um sistema de
manutenção com procedimentos e processos estruturados, com recursos e
periodicidades pré-estabelecidas, que atenda as demais normas relacionadas ao
tema e que minimize as interferências das ocorrências dessas ações nas condições
de uso das edificações ao longo de todo o seu ciclo de vida.
Para abranger todas as funções descritas, a NBR 5674:2012 foi dividida em
08 seções, onde são apresentados os conceitos e diretrizes, fornecendo quando
necessário, anexos relativos às questões apresentadas e contendo detalhamento e
descrição dos conteúdos e procedimentos.
Abaixo segue transcrição do sumário apresentado:
Prefácio e Introdução;
1. Escopo;
2. Referências Normativas;
3. Termos e definições;
4. Requisitos para a manutenção;
i. Organização;
ii. Conteúdo básico do relatório de inspeção;
iii. Programa de manutenção;
5. Requisitos para o planejamento anual das atividades;
i. Considerações;
ii. Previsão orçamentária anual;
6. Requisitos para controle do processo de manutenção;
i. Orçamento e contratação dos serviços de manutenção;
ii. Meios de controle;
7. Requisitos para a documentação;
59
i. Generalidades;
ii. Fluxo da documentação;
iii. Registros;
iv. Arquivo.
v. Indicadores gerenciais.
8. Incumbências ou encargos.
60
Esse conjunto de atividades, de acordo com Bezerra (2000) e Ferreira
(2010), englobam conhecimentos técnicos, procedimentos administrativos,
processos de acompanhamento e monitorização, necessários para que se conserve
as características de determinado sistema, componente ou elemento visando a
manutenção de sua operação em níveis satisfatórios de confiabilidade,
funcionalidade, higiene e para que esses, em conjunto, proporcionem segurança e
conforto no todo (edificação) em padrões próximos de quando o imóvel foi entregue.
Considerando essas atribuições e requisitos por si só, tais processos
ganham aspectos passíveis de gerenciamento e como já mencionado, avança-se
um patamar em comparação com as simples ações de reparo (VILLANUEVA, 2015).
Isto posto, podemos concluir que se cria a possibilidade de desenvolvimento
de um fluxo sistemático, cíclico e constante de atividades, que podem ser
detalhadas e agrupadas em um programa de manutenção.
Com o intuito de que esse programa atinja seu objetivo previsto e evite o
aparecimento de problemas de desempenho e deteriorações precoces nas
edificações e seus componentes, ainda fazendo-se possível a previsão de todos os
recursos (físicos, financeiros e humanos) necessários para sua execução, ele deve
ser atualizado periodicamente, sua execução deve ser adotada como prática regular
e ele também deverá estar sempre estar embasado em um planejamento contínuo
(ABNT, 2012).
Ele deve ainda considerar os documentos da edificação, como memoriais,
projetos, manuais, além das premissas já pré-definidas também pela NBR
5674:2012 e características da edificação conforme disposto a seguir:
61
Figura 15 - Considerações para elaboração do Programa de Manutenção
63
4.2.1. Manutenção rotineira
64
4.2.2. Manutenção preventiva
65
um histórico que auxiliará na elaboração de um planejamento otimizado e que
atenda às necessidades da edificação em questão e seus usuários (GOMIDE,
NETO, PUJADAS; 2006).
A Norma de Manutenção, traz em seus anexos bons modelos para
desenvolvimento do plano de manutenção preventiva, com o intuito de orientação
para síndicos, administradores ou gestores da manutenção, mas para simplificação
do que é requisitado, abaixo será apresentado uma estrutura mínima que deverá ser
considerada no planejamento:
66
4.2.3. Manutenção corretiva
67
manutenções, juntamente com um bom planejamento é uma das opções mais
eficazes.
68
Associação Brasileira de Normas Técnicas, baseada no texto criado pelo IBAPE,
publicou uma nova norma que passou a vigorar na data de 21 de maio de 2020, com
a nomenclatura, ABNT NBR 16747 Inspeção predial – Diretrizes, conceitos,
terminologia e procedimento. O novo texto acaba por encobrir algumas lacunas
deixadas pela NBR 5674:2012 relacionadas aos procedimentos de avaliação da
qualidade dos programas de manutenção, seus processos e também se alinha à
conservação dos níveis de desempenho e habitabilidade definidos pela Norma de
Desempenho.
As Inspeções Prediais devem fazer parte do programa de manutenção,
sobretudo após o término do período de tempo coberto pela garantia estabelecida
pela NBR 15575:2013 e oferecida pelas construtoras e incorporadoras. Como
resultado dessas ações serão elaborados relatórios e laudos que possibilitarão a
prevenção de gastos futuros com manutenções corretivas, uma vez que os
problemas poderão ser detectados ainda no início. Além de apresentar uma imagem
dos níveis de desempenho das edificações, dos seus sistemas e componentes, o
que possibilita essas intervenções descritas, tais laudos e relatórios podem ainda
serem utilizados sempre que houver a necessidade de comprovação do estado do
imóvel para efeito de contratação de seguros, negociações imobiliárias ou em
demandas judiciais (PINI, 2011).
Isto posto, é acertado afirmar que a Inspeção Predial é uma ferramenta
básica e indispensável que auxilia na manutenção do desempenho das edificações e
a leitura da norma que a regulamenta, se torna obrigatória para todos os síndicos e
administradores de edifícios, pois além de cumprir com o papel de detecção de
degradações precoces, ela ainda fundamentará o desenvolvimento e implantação do
programa de manutenção para que este por sua vez, não seja executado de
maneira improvisada e informal (SIQUEIRA, 2014).
71
4.3. Planejamento anual das atividades
4.3.1. Considerações
72
planeje as atividades anuais, além de se observar os prazos máximos para a
execução de cada atividade definidos pelas normas técnicas, manuais, preceitos
legais e ainda os resultados obtidos através das inspeções prediais para que se
tenha auxilio na identificação e priorização das ações.
O planejamento anual das atividades deve ser encarado como um novo
projeto a cada ano, pois nenhum ano será igual ao outro, as ocorrências diferirão
uma das outras, os custos dispendidos não serão os mesmos e as execuções
também trarão resultados diferentes.
73
Ferreira (2010) apud ABNT (2012) expõe que se deve ter ciência que a
definição do orçamento anual não é definitiva, pois ele deve ser flexível e ainda
contar com uma margem de erro em todos os recursos, sobretudo para as
manutenções corretivas. Por esse motivo, o cálculo dessas previsões normalmente
não se revela tarefa simples, mas há algumas considerações que podem tornar o
processo exequível e trazer ótimos resultados (RAMOS, 2010).
Para uma composição precisa do orçamento é necessário que se considere
primeiramente as condições de uso, operação e exposição da edificação, conforme
abordado na norma de desempenho, apresentado na primeira metade desta
pesquisa. Essa análise norteará a composição de uma lista de atividades que
deverão ser realizadas ao longo do ano através do prognóstico do comportamento
dos sistemas e componentes do edifício. O próximo passo após essa análise, será a
composição dos custos de todas as atividades listadas, englobando todos os
recursos que serão dispendidos no processo.
Ramos (2010) divide esses recursos em três categorias macros: a mão de
obra, os equipamentos e os materiais. E depois, subdivide essas categorias em
outros aspectos específicos que comporão o custo de cada atividade, conforme
detalhado na Figura 18:
74
A somatória dos três conjuntos de gastos apresentados, trará o custo de
cada atividade de manutenção; e a somatória de todas as atividades, mais o valor
definido como reserva e o custo de eventuais melhorias planejadas para o
condomínio, resultará no valor global que será dividido ao longo do período
compreendido pelo plano orçamentário anual (RAMOS, 2010).
76
Além dos requisitos básicos estabelecidos pela norma, Villanueva (2015)
ainda destaca a importância da incorporação do conceito de sustentabilidade, tanto
ambiental, quanto do próprio empreendimento nos processos de manutenção do
desempenho das edificações. Ela afirma que o uso racional dos recursos, a redução
da produção de resíduos e a conscientização de todos os agentes envolvidos quanto
a relevância desses aspectos, compõe ferramenta indispensável na obtenção da
melhoria contínua dos processos do planejamento anual, na composição
orçamentária e no planejamento das atividades, devendo esta ideia também ser
estendida para as próximas etapas do sistema de gestão e controle da manutenção
que se seguirão.
77
Figura 22 - Comparação entre mão de obra própria e terceirizada – Parte 02
78
Figura 23 - Conteúdo básico para as propostas comerciais
79
nos resultados e qualidade das atividades e também no custo global da
manutenção:
Por fim, caso se opte pela contratação de mão de obra própria para a
execução das atividades, é fundamental que se observe as legislações vigentes,
como é o caso da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e se adicione uma
etapa de estimação da quantidade de recursos (humanos, materiais e
equipamentos) ao planejamento anual das atividades do programa de manutenção.
80
Ferreira (2010) explana que durante esse processo de execução e controle,
os gestores da manutenção, sejam eles profissionais ou não, devem se certificar que
as empresas terceirizadas contratadas ou os executantes (quando se tratar de mão-
de-obra própria) estejam providos de todos os recursos necessários para a
realização das manutenções, garantam as condições ideais de execução, atendam
as normas técnicas e de segurança vigentes, cumpram o planejamento pré-
estabelecido e proporcionem aos usuários proteção adequada para eventuais riscos
ou prejuízos que estejam expostos decorrentes das atividades que serão realizadas.
Como forma de garantir que esses aspectos sejam cobertos pelo processo,
a NBR 5674:2012 define algumas exigências que devem ser respeitadas durante
essa etapa do ciclo, e embora as empresas executoras e os funcionários
encarregados da realização das manutenções sejam tecnicamente responsáveis
pelos serviços, sendo os síndicos e administradores corresponsáveis por todas as
atividades de manutenção e seus resultados, os mesmos deverão assegurar que a
os requisitos propostos sejam atendidos em sua totalidade.
A lista abaixo reproduzida pode ser utilizada como um checklist de
verificação a ser realizada antes do início e durante a realização de qualquer
atividade, possibilitando assim que os gestores garantam o cumprimento de cada
item:
81
Figura 27 - Meios de controle da execução dos serviços de manutenção – Parte 02
82
do desempenho das edificações, há ainda a necessidade de se adquirir e empregar
uma vasta gama de conhecimentos técnicos, multidisciplinares e outras ferramentas
que serão essenciais para a obtenção de bons resultados (VILLANUEVA, 2015).
84
manutenções, a norma recomenda um fluxo de informação a ser seguido para que
nada se perca e para que a retroalimentação de todos os processos aconteça de
forma mais simplificada (ABNT, 2012):
85
Informação da Manutenção que facilitam a manutenção desses registros e ainda
agilizam todas as demais etapas de gestão, ficando a cargo dos gestores a escolha
do método que mais se adequará às necessidades do programa de manutenção.
86
Vale lembrar, que caso a gestão da manutenção da edificação seja
terceirizada, os mesmos requisitos se aplicam ao profissional ou empresa
contratada.
87
5. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ÀS NORMAS
Embora não sejam o ponto focal desta pesquisa, há ainda outros três
aspectos fundamentais para a manutenção do desempenho das edificações e que
devem ser considerados pelos síndicos e administradores. Um deles é o Manual de
uso, operação e manutenção, já tanto citado ao longo desta pesquisa; a ABNT NBR
16280:2015 – Reforma em Edificações, que como o nome já diz, dispõe sobre a
gestão de todas as reformas em uma edificação; e a ABNT NBR 16747:2020 –
Inspeção Predial – Diretrizes, conceitos, terminologia e procedimento, já abordada
no capítulo 4.4.2 deste texto.
Juntas, essas normas completam o que podemos chamar de “ciclo da
manutenção” e seguir suas diretrizes e recomendações possibilita a obtenção dos
melhores resultados na manutenção do desempenho das edificações.
88
5.1. Manual do síndico e das áreas comuns
89
Figura 33 - Informações básicas sobre o Manual de Uso, Operação e Manutenção – Parte 02
90
Figura 34 - Informações básicas da NBR 16280:2015
91
6. GUIA: MANUTENÇÃO DO DESEMPENHO DAS EDIFICAÇÕES –
ORIENTAÇÕES PARA SÍNDICOS E ADMINISTRADORES
1. INTRODUÇÃO
2. CONTEXTUALIZAÇÃO
3. NBR 15575:2013 – A NORMA DE DESEMPENHO
3.1. Introdução à Norma de Desempenho
3.1.1. Exigências e requisitos dos usuários
3.1.2. Como essas exigências e necessidades serão atendidas?
3.2. Vida Útil
3.2.1. O que é vida útil
3.2.2. O que mais preciso saber a respeito?
3.2.3. Vida útil da edificação
3.3. Exposição, uso e operação
3.3.1. O que interfere e diminui o desempenho da edificação?
3.3.2. Durabilidade
3.3.3. Manutenibilidade
3.3.4. Garantias
3.3.5. Fiscalização, cumprimento da norma e avaliação de desempenho
4. NBR 5674:2012 – A NORMA DE MANUTENÇÃO
4.1. Introdução à Norma de Manutenção
4.1.1. Requisitos para a manutenção
92
4.2. Definição do Programa de manutenção
4.2.1. O que é o programa?
4.2.2. Objetivo do programa
4.2.3. Elaboração do programa
4.2.4. Conteúdo do programa de manutenção
4.2.5. Manutenção rotineira
4.2.6. Manutenção preventiva
4.2.7. Manutenção corretiva
4.2.8. Documentação inicial
4.2.9. Planejamento anual das atividades
4.2.10. Previsão orçamentária anual
4.3. Gestão e controle das manutenções
4.3.1. Planejamento da manutenção
4.3.2. Orçamento e contratação dos serviços
4.3.3. Controle e execução dos serviços de manutenção
4.3.4. Indicadores gerenciais
4.3.5. Registros e documentações
4.4. Incumbências e encargos dos síndicos e administradores
5. INFORMAÇÕES, AÇÕES E MATERIAIS COMPLEMENTARES
5.1. Inspeção predial
5.1.1. Metodologia e conteúdo básico do relatório de inspeção
5.2. Manual de uso, operação e manutenção
5.3. Alterações e reformas
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS
93
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
94
de forma mais eficiente, tenham mais segurança na contratação de serviços de
terceiros, controlem e monitorem os resultados obtidos e ainda diminuam as
interferências no dia a dia dos usuários das edificações a qual administram.
Ademais, espera-se que este trabalho e o guia orientativo resultante, possa
contribuir com todos os profissionais que estejam de alguma forma envolvidos na
manutenção do desempenho das edificações e que tenha despertado uma visão
diferente relacionada a cada etapa deste processo tão importante.
Como se buscou trazer todo o conteúdo de forma resumida e simplificada, é
recomendável que, para um bom aprofundamento na temática desenvolvida, se
proceda com a leitura de todas as normas abordadas e a observação ativa de suas
recomendações, bem como das demais referências bibliográficas citadas.
95
8. REFERÊNCIAS
96
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normas comentadas, manutenção X valorização patrimonial, análise de risco.
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https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/6384. Acesso em: 23 nov. 2020.
VILLANUEVA, Marina Miranda. A importância da manutenção preventiva para o bom
desempenho da edificação. 2015. 173 p. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado
em Engenharia Civil). Rio de Janeiro, 2015. Disponível em:
98
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10013451.pdf. Acesso em: 15 maio
2019.
99
9. APÊNDICES
100
Janeiro / 2021
Programa de Cursos de Extensão da Escola Politécnica da USP
2021
INTRODUÇÃO
1
ções. Todos os conteúdos aqui apresentados, tem veis de desempenho das edificações a qual
como obje vo fornecer de forma simplificada, administram. Contudo, este é complementar às
subsídios para que síndicos e administradores ou normas e bibliografias apresentadas, portanto a
quaisquer outros profissionais, possam elaborar, leitura das mesmas é fundamental para o aten-
planejar, implementar e controlar um sistema de dimento integral das “necessidades das edifica-
manutenção que mantenha e/ou recupere os ní- ções” e legislações vigentes.
3
condôminos, são também incumbidos de garan r Edificações habitacionais – Desempenho, a NBR
que todas as a vidades relacionadas à conserva- 5674:2012 - Manutenção de edificações - Requi-
ção e manutenção das edificações sejam realiza- sitos para o sistema de gestão de manutenção e
das. ainda, algumas outras normas complementares.
Neste processo, deve-se atender todas as legisla- Abaixo, veremos um resumo das incumbências
ções per nentes ao assunto, seguir todas reco- desses profissionais relacionadas à manutenção
mendações do manual de uso, operação e ma- do desempenho das edificações e que devem ser
nutenção, as normas brasileiras NBR 15575:2013 exercidas no dia a dia:
Subtítulo 02
Maximizar a disponibilidade e desempenho da edificação, seus
sistemas e componentes
Manutenção
Desempenho
requerido
Tempo
Vida útil sem
manutenção
Vida útil com manutenção
Em complemento, a Norma 5674:2012 descreve As duas normas e seus conceitos serão abordados
no seu texto, todos os processos para gestão da de forma mais detalhada nos próximos capítulos
manutenção a serem executados durante a fase deste guia, assim, podem se tornar “ferramentas”
de uso e operação dessas construções para que o para os síndicos e administradores a fim de que
desempenho criado anteriormente, nas fases de coloquem as edificações em condições de
planejamento e execução, seja man do ao longo produzir excelentes resultados em termos de
de toda a sua vida ú l. Desta forma, é prudente segurança, bem-estar, saúde e sa sfação de seus
que ambas sejam seguidas à risca, mesclando to- usuários.
8
ser u lizadas por um mesmo usuário ao longo de poderão apresentar diferentes requisitos para
um mesmo período de tempo (por exemplo, ao que as exigências destes usuários sejam sa s-
longo de um dia), devido aos diferentes obje vos feitas no momento de sua u lização (ARENDT,
as quais tais edificações se des nam, as mesmas 2015).
A F
B G D
BANCO
ESCOLA
A F CASA
A F B G A E F
B G D B H D
C G
DIA
Fonte: Elaborado pelo autor
Como forma de padronização e supressão da Figura 04 - Requisitos dos usuários segundo a norma
subje vidade que envolve esses fatores, a NBR SEGURANÇA SUSTENTABILIDADE
Figura 05 - Responsabilidades dos intervenientes para com o desempenho ao longo do ciclo de vida da edificação
VU
CONCEPÇÃO
VUP
CONSTRUÇÃO
SÓCIOS DO DESEMPENHO RESPONSABILIDADE
O D VIDA
PROJETISTAS COMPARTILHADA
ENTREGA ATENUADA
E
INCORPORADORES
CL
CONSTRUTORES CI COMPARTILHADA
PREDOMINANTE
USUÁRIOS
GARANTIA LEGAL
Fonte: Elaborado pelo autor
EXPECTATIVA DE
VIDA ÚTIL VIDA ÚTIL VIDA ÚTIL VALIDADE
VIDA
Fonte: Elaborado pelo autor
Quando trazemos esse conceito à nossa área de um todo, mas não podemos esperar que todos os
interesse, este se aplica também aos elementos seus diferentes componentes apresentem uma
de uma edificação. Entretanto, devemos assumir mesma vida ú l, pois tais componentes poderão
um determinado desempenho do sistema como ser fabricados de materiais e métodos diferentes.
O que mais preciso saber a A definição desses prazos acima mostrados, bem
respeito? como das vidas úteis dos demais componentes de
uma edificação, estão diretamente ligados a três
Após a publicação da NBR 15575 no ano de 2013,
aspectos inerentes a esses componentes. São
passou a ser necessário considerar na elaboração
eles:
dos projetos imobiliários, prazos de VU mínimos
(também denominados de VUP ou vida ú l de - Efeitos que suas falhas causarão ao sistema e/ou
projeto) que garantam o atendimento de níveis à edificação, bem como os riscos que os usuários
de desempenho considerados justos por um serão expostos se estas falhas vierem a ocorrer. A
período de tempo. Os prazos mínimos definidos Norma de Desempenho classifica o efeito dessas
para os principais sistemas das edificações, estão falhas em seis níveis diferentes (A - F), conforme
representados na Tabela 01. mostrado na ilustração a seguir:
A B C
D E F
SISTEMA A
SUBSTITUIÇÃO OU
DESEMPENHO SISTEMA B MANUTENÇÃO
ELEMENTO 1
UTILIZAÇÃO
EDIFICAÇÃO
MANUTENÇÕES
EXPECTATIVA
DO
USUÁRIO
PERDA RESIDUAL
DE DESEMPENHO
ESTADO
LIMITE DE
UTILIZAÇÃO
TEMPO
VUP VU
Fonte: ABNT NBR 15.575:2013, adaptado pelo autor
Durabilidade
Às vezes, o termo “durabilidade” pode ser con-
fundido com a vida ú l de um produto ou da edifi- Fonte: Júnior (2019) apud ABCP (2002) - Adaptado pelo autor
Garantias
Camada de
piso cerâmico Como explanado nos tópicos deste capítulo,
Camada de
impermeabilização todos os sistemas e elementos que compõem
Contrapiso uma edificação habitacional só serão capazes de
alcançar seu desempenho e vidas úteis previstas
Regularização Laje se forem projetados, construídos, usados e,
Fonte: Elaborado pelo autor sobretudo, man dos de acordo com as recomen-
19
minação das a vidades essenciais de manuten- sos ( sicos, financeiros e humanos) necessários
ção, sua periodicidade, responsáveis pela execu- para a execução dessas a vidades ao longo de um
ção, documentos referenciais, referências norma- período de tempo predefinido, sendo atualizado
vas e recursos necessários [...],” para suas periodicamente e seu cumprimento adotado
execuções. NBR 5674 (2012, p. 10). como prá ca regular. (ABNT NBR 5674, 2012).
PROGRAMA DE MANUTENÇÃO
1. Características 2. Componentes
3. Vida Útil
da edificação da edificação
1.1 Tipologia 2.1 Sistemas 3.1 Edificação
1.2 Complexidade 2.2 Materiais 3.2 Materiais
1.3 Regime de uso 2.3 Equipamentos 3.3 Sistemas
1.4 Idade 3.4 Equipamentos
4. Percepção
5. Histórico 6. Ambiente
dos usuários
4.1 Solicitações 5.1 Manutenções 6.1 Localização
4.2 Reclamações 5.2 Inspeções 6.2 Condições ambientais
5.3 Rastreabilidade 6.3 Condições climáticas
dos serviços
Ela é planejada previamente e deve ser embasada PARA GESTÃO DO PLANO DE MANUTENÇÃO
pelos históricos de manutenções realizadas Observações dos parâmetros dos fabricantes
quanto ao uso e operação dos sistemas
anteriormente, registros de falhas já ocorridas,
Dados sobre eventuais falhas na operação e/ou
nos resultados dos relatórios de inspeções deficiências nos procedimentos definidos e em uso
(VILLANUEVA, 2015).
Deve-se observar que a lista acima é apenas um
Ramos (2010) defende que um dos papéis mais referencial, podendo o gestor implementar
importantes deste po de manutenção é a ideia outros requisitos dependendo da estratégia de
de se evitar ou ao menos diminuir a ocorrência de manutenção que será implantada. Contudo,
falhas ou quedas de desempenho; e isso é alcan- deve-se acautelar que a aplicação de a vidades
çado através de paradas periódicas e programa- de manutenção preven va sem critérios e análise
das com o obje vo de subs tuição de peças ou real da necessidade, pode acarretar em subs -
partes de um sistema ou equipamento que esteja tuições e ações de reparação antecipadas o que
apresentando falhas, para que estes mantenham- trará elevação dos custos finais (GOMIDE, NETO,
se em pleno funcionamento. PUJADAS; 2006).
manutenção se torna a forma mais onerosa de d Planejamento da manutenção contendo o previsto e o efe-
tivo, tanto do ponto de vista cronológico quanto financeiro
reparação, pois demanda a contratação de e Contratos firmados
Catálogos, memoriais executivos, projetos, desenhos, pro-
empresas ou profissionais, bem como a aquisição f
cedimentos executivos dos serviços e propostas técnicas
de materiais de forma emergencial (VILLANUEVA, g Relatórios de inspeção
Documentos mencionados na NBR 14037 (ABNT, 2011) ,
2015). Desta forma, a escolha da manutenção h Anexo A, em que devem constar a qualificação do respon-
sável e os comprovantes da renovação
corre va como única metodologia aplicada à
i Registros de serviços de manutenção realizados
restauração do desempenho acaba por acarretar j Atas das reuniões de assuntos afetos à manutenção
na diminuição da vida ú l de componentes, siste-
k Documentos de atribuição de responsabilidade de serviços
técnicos, conforme NBR 5674 (ABNT, 2012)
mas e equipamentos, além de se expor ao risco de
Fonte: ABNT NBR 5674:2012 - Adaptada pelo autor
quebras e paradas destes, em momentos inopor-
tunos (VILLANUEVA, 2015 apud ARAUJO e CÂMA- Além da lista apresentada, os síndicos e adminis-
RA, 2010). tradores deverão considerar também os projetos
e desenhos técnicos, memoriais descri vos e de
Documentação inicial cálculo, as especificações, reformas e melhorias
realizadas posteriormente à entrega do edi cio e
A criação e manutenção dos registros e informa- ainda poderão adicionar quaisquer outras docu-
ções através de um acervo técnico é impres- mentações ou informações que julgarem per -
cindível para os processos de manutenção do nentes para auxiliar na gestão dos programas de
desempenho das edificações ao longo de suas manutenção (SANCHES, 2010).
A somatória dos três conjuntos de gastos apre- de eventuais melhorias planejadas para o condo-
sentados, trará o custo de cada a vidade de mínio, resultará no valor global que será dividido
manutenção; e, a somatória de todas as a vida- ao longo do período compreendido pelo plano
des, mais o valor definido como reserva e o custo orçamentário anual (RAMOS, 2010).
EMERGÊNCIAS
MAT MAT
MELHORIAS
M.O EQP M.O EQP
MARGEM
Para tal, esse planejamento deve incluir a data Como forma de traduzir esse planejamento de
específica da realização de cada a vidade, a lista forma simplificada e visual, as informações neces-
dos recursos que serão necessários para a realizá- sárias poderão ser organizadas em uma tabela ou
las, trazer informações e procedimentos para uma planilha conforme apresentado na Figura 17:
SISTEMA
A
ELEMENTO
B
COMPONENTE
C
Já após a escolha da empresa que prestará os Figura 20 - Características dos tipos de contratos
INÍCIO
Manual de uso,
operação e
manutenção
Programa de Registro de
manutenção contratação
RETR
OA
M Registro de
LI
EN
TA
ÇÃ
execução
O
Arquivo
FIM
Apesar da sugestão da norma, o próprio condo- Além das responsabilidades dos síndicos e admi-
mínio deve dispor de um fluxo escrito e aprovado nistradores, já citadas nesse guia anteriormente,
pelos responsáveis pela gestão da manutenção o a NBR 5674:2012 ainda ins tui, ou melhor, resu-
que deve ser também, um sistema adaptado para me todas as responsabilidades descritas no texto
a realidade da edificação e estratégia de manu- da norma na lista de encargos demonstrada na
tenção adotada. Tal documento, deverá ficar sob Figura 25.
cuidados dos síndicos e administradores enquan-
Cada uma dessas incumbências contribuirá para a
to desempenharem tal função e, caso venham a
maximização dos bene cios do programa de
ser subs tuídos, deve-se fazer a transferência for-
manutenção estabelecido e colaborará para a
mal desses registros aos sucessores (ABNT, 2012).
obtenção dos melhores resultados no quesito de
desempenho das edificações, além de contribuir
INCUMBÊNCIAS E ENCAR- para a sa sfação de todos os usuários que
GOS DOS SÍNDICOS E AD- venham fazer uso da edificação ao longo da sua
MINISTRADORES vida ú l.
É importante ressaltar que, caso a gestão da mesmos requisitos se aplicam aos profissionais
manutenção da edificação seja terceirizada, os ou empresas contratadas.
Há ainda outros três aspectos fundamentais para Predial – Diretrizes, conceitos, terminologia e
complemento do que pode-se chamar de ciclo da procedimento, que irá auxiliar os gestores no
manutenção do desempenho das edificações e diagnós co da situação das edificações através
que devem ser considerados pelos síndicos e de vistorias periódicas; e a ABNT NBR 16280:2015
administradores. São eles: o Manual de uso, – Reforma em Edificações, que como o nome já
operação e manutenção, já tanto citado ao longo diz, dispõe sobre a gestão de todas as reformas
do texto; a ABNT NBR 16747:2020 – Inspeção em uma edificação.
Subtítulo 02
ABNT NBR 15575:2013
NORMA DE DESEMPENHO
32
Figura 27 - Etapas da inspeção predial
INSPEÇÃO PREDIAL
Etapa 01: Levantamento da documentação e dados da edi-
ficação
Esta é uma ferramenta u lizada para atestar as Etapa 02: Análise dos dados e documentos disponibilizados
condições de uso, operação e manutenção das Etapa 03: Identificação das características da edificação e
análise do histórico disponível
edificações. Através de vistorias técnicas realiza-
Etapa 04: Vistoria da edificação de forma sistêmica conside-
das com periodicidades predefinidas. Ela funci- rando as informações obtidas
ona como meio de verificação do desempenho Etapa 05: Classificação das irregularidades obtidas
das construções e de comprovação da eficiência Etapa 06: Proposição das ações necessárias de restauração
e preservação do desempenho
ou não dos programas de manutenção adotados Etapa 07: Organização das prioridades em patamares de
urgência para a tomada das ações
e fornece subsídios para correções ou adaptações
Etapa 08: Avaliação da manutenção realizada, conforme a
destes (PINI, 2011; NBR 15575:2013). ABNT 5674:2012
*Sendo as informações obtidas com os processos acima,
o conteúdo que deverá estar contido no laudo ou relatório
A NBR 16747:2020 – Inspeção predial, diretrizes, da inspeção
conceitos, terminologia e procedimento, en- Fonte: ABNT NBR 16.747:2020 - Adaptado pelo autor
cobre algumas lacunas deixadas pela NBR 5674:
2012 relacionadas aos procedimentos de avalia- Além do roteiro estabelecido pela NBR 16747:
ção da qualidade dos programas de manutenção 2020, acima ilustrado, deve-se ainda considerar
e por essa razão, deve ser agregada a eles, sobre- as caracterís cas da edificação e os aspectos e
tudo após o término do período de tempo abrangência da vistoria que será realizada, con-
coberto pela garan a estabelecida pela NBR forme mostrado na Figura 28:
15575:2013 e oferecida pelas construtoras e
Figura 28 - Considerações para a inspeção predial
incorporadoras.
ABRANGÊNCIA DA INSPEÇÃO
SEGURANÇA SUSTENTABILIDADE
Metodologia e conteúdo bá- Estrutural
Contra incêndio Durabilidade
sico do relatório de inspeção No uso e operação Manutenibilidade
CONTEÚDO DO MANUAL
FINALIDADE DO MANUAL
- informar aos usuários as características técnicas - prevenir a ocorrência de falhas e acidentes
da edificação construída; decorrentes de uso inadequado;
ABNT, Comitê Brasileiro de Construção Civil. NBR 14037:2015: Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e
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Brasileira de Normas Técnicas, 2012. 1 - 6 p.
ABNT, Comitê Brasileiro de Construção Civil. NBR 15575:2013: Edificações habitacionais — Desempenho Parte 01 a 06. [S.l.]:
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2013. 1 - 312 p.
ABNT, Comitê Brasileiro de Construção Civil. NBR 16280:2015: Reforma em edificações — Sistema de gestão de reformas —
Requisitos [S.l.]: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2015. 1 - 11 p.
ABNT, Comitê Brasileiro de Construção Civil. NBR 16747:2020: Inspeção predial: Diretrizes, Conceitos, Terminologias e
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Realização: