Curso 275071 Aula 00 Be15 Completo
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Autor:
Gilmar Possati
15 de Janeiro de 2024
Gilmar Possati
Aula 00
Índice
1) Aspectos Introdutórios - Teoria
..............................................................................................................................................................................................3
APRESENTAÇÃO
Meus camaradas, é com enorme satisfação que apresento este curso, formatado com o que há de mais
recente em termos de Contabilidade Pública.
Antes de passarmos à apresentação do curso, responda à seguinte pergunta:
Vamos detonar Contabilidade Pública?
Se a resposta é não, desejo muita sorte... você irá precisar ☺!
Se a resposta é SIM, então você veio ao lugar certo! Vamos combinar o seguinte:
Se você realmente quer detonar as questões de Contabilidade Pública...
Se você não possui um desempenho bom nas provas de Contabilidade Pública...
Se você se perde em meio a todos os detalhes que são exigidos em provas...
Se você fica confuso(a) com toda essa quantidade de informações sobre Contabilidade Pública...
Se você está apavorado(a) com tanta mudança recente na Contabilidade Pública...
Então eu vou lhe ajudar a superar todas essas dificuldades e conquistar a sua sonhada aprovação!
Se você já sabe o básico de Contabilidade Pública – e deseja aumentar o seu desempenho e se atualizar –
mais uma vez, você está no lugar certo!
Como posso ajudar a “detonar” as questões de Contabilidade Pública...
Acredito que todos que pretendem serem aprovados devem ter foco e objetividade... dominar a arte de
fazer o simples de forma efetiva. Porém, com a quantidade enorme de informação disponível, como
encontrar técnicas práticas que você pode utilizar para resolver as questões de Contabilidade Pública com
maior facilidade? É aí que eu entro em cena!
Ao longo do tempo que estou aqui no Estratégia, já preparei centenas de alunos e tenho alcançado uma
excelente avaliação.
Minha metodologia de ensino é simples, prática, sempre buscando foco e objetividade, para que você
realmente consiga resolver as questões de Contabilidade Pública com facilidade e conquiste seu objetivo
maior: a aprovação!
Sobre o professor...
Sou Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU), aprovado no concurso
de 2012. Sou formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e
especializado em Finanças Públicas pela Escola de Administração Fazendária (ESAF) e em Auditoria Financeira
pela Universidade de Brasília (UnB) em convênio com o TCU. Minha carreira no setor público começou cedo
aos 17 anos, momento em que fui aprovado no meu primeiro concurso público para a Escola de Sargentos
das Armas (EsSA). Após ter me formado, logrei êxito no concurso para o Quadro Complementar de Oficiais –
Ciências Contábeis, da então Escola de Administração do Exército (EsAEx), atual EsFCEX, concurso que passei
em 2º lugar no âmbito nacional. Passados quase 10 anos no Exército, “larguei a farda” por ter sido aprovado
para Auditor Federal de Finanças e Controle da CGU. Nesse mesmo ano, passei em 1º lugar para Auditor de
Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) para a área organizacional –
Ciências Contábeis, mas acabei optando pela CGU. Em 2014 fui aprovado no concurso para Auditor Público
Externo (Contabilidade) do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), cargo que exerci até
7/2020, momento em que retornei à CGU.
Sobre o Curso...
Este é um curso de teoria e questões comentadas. Meu objetivo aqui é prepará-lo (a) de forma ampla para
resolver as questões de Contabilidade Pública da sua prova.
A metodologia das aulas contempla a exposição da teoria seguida da resolução e comentário de questões
anteriores sobre o assunto. Nos comentários, pode haver explicações novas. Assim, teoria e questões se
complementam. Ao final de cada aula será apresentado um resumo do conteúdo, na forma de esquemas,
para facilitar a revisão da matéria.
Caso reste alguma dúvida que não tenha sido esclarecida na aula, não hesite em postá-la no fórum de
dúvidas. Trata-se de uma excelente ferramenta disponível ao aluno. Nossa equipe estará pronta para
elucidar suas dúvidas, não deixe de utilizar essa importante ferramenta! Críticas ou sugestões podem ser
encaminhadas para o e-mail [email protected].
Dito isso, as características principais deste curso são:
→ Conteúdo atualizadíssimo;
→ Teoria aliada à prática por meio de questões comentadas;
→ Linguagem didática e descontraída proporcionando uma leitura leve e absorção efetiva do
conhecimento necessário à sua aprovação;
→ Foco total naquilo que é mais exigido;
→ Resumo para as revisões finais;
→ Fórum de dúvidas;
→ Videoaulas
Assim, o curso está formatado para que possamos realizar uma excelente prova de Contabilidade Pública.
Fique tranquilo, pois nosso curso proporcionará uma preparação objetiva, totalmente atualizada e focada
naquilo que é mais exigido. Trata-se de um curso bastante completo e dinâmico, com tudo que se tem
direito, voltado tanto para os iniciantes como para os concurseiros que já vêm se preparando há mais tempo
e que desejam revisar os temas e atualizar o conhecimento. Aqui no Estratégia temos o compromisso com
a qualidade de nossos cursos. Não é à toa que estamos alcançando altos índices de aprovação.
Enfim, espero que você aproveite o curso, tire suas dúvidas, estude bastante e, na hora da prova, resolva as
questões com confiança. Desse modo, todo o esforço empregado nessa fase preparatória será
recompensado com a alegria que acompanha a aprovação, a qual espero compartilhar com você.
Bons estudos!
Gilmar Possati
[email protected]
CRONOGRAMA
Nosso cronograma está disponível na área do aluno (para quem já se matriculou) ou na área de
vendas do curso (para quem ainda não é aluno).
REFLEXÃO
CONTABILIDADE PÚBLICA
Pessoal, esses aspectos introdutórios da disciplina de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) foram
impactados com o advento da NBC TSP – Estrutura Conceitual, a qual revogou algumas normas incluindo a
NBC T 16.1 que tratava justamente da conceituação, campo de aplicação, objeto e objetivos da CASP. Apesar
de a NBC T 16.1 ter sido revogada, muitos pontos da norma em essência são úteis para que possamos
entender algumas características desse ramo da ciência contábil. Nesse sentido, nossa estratégia será utilizar
alguns detalhes que estavam previstos na NBC T 16.1 apenas como apoio ao entendimento dos aspectos
introdutórios da disciplina, haja vista que os conceitos previstos na NBC T 16.1 não serão mais exigidos em
prova, pois a Norma foi revogada. Além disso, já vamos destacar alguns pontos da NBC TSP – Estrutura
Conceitual referentes aos aspectos introdutórios da disciplina. Avante!
Conceito
Meus camaradas, atualmente não existe um conceito oficial para a Contabilidade Aplicada ao Setor Público
(CASP) 1. O conceito que tínhamos previsto em norma era o seguinte:
Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo
gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao
controle patrimonial de entidades do setor público.
Esse conceito apesar de ter sido revogado, em essência é útil para entendermos o contexto no qual está
inserida a disciplina de Contabilidade Pública e, portanto, merece nosso estudo dentro dessa nossa aula
introdutória. Destaca-se que esse conceito não deve ser mais exigido em prova, pois a norma que o previa
foi revogada e a NBC TSP – Estrutura Conceitual não trouxe uma definição de Contabilidade Pública. Vamos,
então, entender melhor esse conceito?
Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil...
A Contabilidade é uma ciência social. Como tal, possui vários ramos (Contabilidade Societária, Gerencial,
Tributária, etc). Assim, entre essa subdivisão encontramos a Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP).
Pois bem... mas quais as características desse ramo que o distingue dos demais? É justamente essas
características que estão no conceito acima descrito. Vamos ver alguns detalhes de cada característica.
1
Esse é o nome mais correto tecnicamente. Porém, até hoje a disciplina é denominada de Contabilidade Pública ou, ainda, de
Contabilidade Governamental. Em nosso curso utilizaremos todas essas nomenclaturas.
Atualmente, os Princípios de Contabilidade foram revogados pela NBC TSP – Estrutura Conceitual. Porém, a
própria Norma trata direta ou indiretamente desses princípios, de maneira que ainda possuem
aplicabilidade. É perfeitamente natural o fato de o CFC ter revogado a Resolução CFC n. 750/93 que
estabelecia os princípios contábeis. Com a edição da Estrutura Conceitual específica para o Setor Público, a
qual abrange diversos conceitos, características, bases de mensuração e outras regras gerais, incluindo
diversos princípios contábeis, não havia mais espaço para uma resolução que estabelecia apenas os
princípios contábeis. Se ela permanecesse válida, conviveríamos com duas estruturas conceituais paralelas,
gerando alguns problemas (algo que vinha sendo enfrentado pelo setor privado que já possuía uma Estrutura
Conceitual em que alguns pontos entravam em conflito com a Resolução n. 750/93). Pois bem... assim, para
não restar mais dúvidas, devemos ter o entendimento de que embora a Resolução CFC n. 750/93 tenha sido
revogada, os princípios são tratados direta ou indiretamente no texto da NBC TSP – Estrutura Conceitual.
Superado esse ponto dos princípios contábeis, vamos prosseguir no detalhamento do conceito... Veja que a
Contabilidade Pública toma como base as Normas contábeis. E quais são essas Normas?
Uma das grandes dificuldades em entender a Contabilidade Pública reside justamente nesse ponto. São
inúmeras Normas que fornecem a base de sustentação da disciplina. Vamos destacar objetivamente as
principais a seguir:
▪ Lei n. 4.320/64: Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e
balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Trata-se de uma lei fundamental para o estudo da Contabilidade Pública. Apesar de ter sido publicada há um
bom tempo, essa lei possui diversos dispositivos importantíssimos que estudaremos na sequência. Vale
ressaltar que muitos dispositivos dessa lei atualmente não possuem aplicabilidade, tendo em vista a edição
de outras leis, a exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Essas leis trouxeram novos entendimentos de
alguns pontos que estavam previstos na Lei n. 4.320/64.
Trata-se de uma lei com um caráter eminentemente voltado aos aspectos orçamentários (princípios
orçamentários, execução orçamentária, controle do orçamento, etc). Na disciplina de Administração
Financeira e Orçamentária (AFO) ela é muito explorada. Porém, para a Contabilidade Pública ela também
possui dispositivos importantíssimos, a exemplo do seu Título IX que trata sobre aspectos inerentes à
Contabilidade (aspectos patrimoniais), entre os quais destacam-se as disposições referentes às
demonstrações contábeis.
▪ Lei 10.180/2001: Organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de
Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal,
e dá outras providências.
Observe que essa lei é importante pelo fato de ter estruturado os grandes sistemas relacionados às finanças
públicas: planejamento, orçamento, administração federal, contabilidade federal e controle interno. Assim,
para cada sistema a lei estabeleceu suas finalidades, organização e competências. Para a Contabilidade
Pública o mais importante dessa lei são as disposições referentes ao Sistema de Contabilidade Federal.
Vamos aproveitar o ensejo para disponibilizar esquematicamente o básico que você deve saber sobre o
Sistema de Contabilidade Federal, conforme disposições da Lei n. 10.180/2001:
▪ Lei Complementar n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal): Estabelece normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como é popularmente conhecida, veio regulamentar a Constituição
Federal, na parte da Tributação e do Orçamento, cujo Capítulo II estabelece as normas gerais de finanças
públicas a serem observadas pelos três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal. Em particular, a LRF
vem atender ao seguinte dispositivo constitucional:
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições
operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
Ademais, a LRF regulamenta o art. 169 da CF/88, o qual determina o estabelecimento de limites para as
despesas com pessoal ativo e inativo da União. Atende, ainda, ao previsto no art. 165 da CF/88 (inciso II,
§9º). Referido dispositivo preceitua que cabe à Lei Complementar estabelecer normas de gestão financeira
e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de
fundos. Por fim, veio atender à prescrição contida no art. 250 da Carta Magna que assim determina:
Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral de
previdência social, em adição aos recursos de sua arrecadação, a União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos
e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse fundo.
No início da década de 90, houve um forte desequilíbrio fiscal, provocando a exaustão financeira do
Estado, que impossibilitava o financiamento de novas políticas públicas e a promoção do desenvolvimento
social. Na segunda metade da década de 90 o quadro fiscal piora, principalmente entre os anos 1995 a 1998,
período em que as medidas para contenção dos gastos públicos se mostrou insuficiente, ou seja, houve um
regime de restrição orçamentária fraca, como consequência de uma política fiscal expansionista (aumento
das despesas públicas). No ano de 1999, devido em parte a imposições do Fundo Monetário Internacional
(FMI) por obtenção de metas do superávit primário, além claro da necessidade premente por uma reforma
fiscal, ocorre o início do processo de ajustamento fiscal. É nesse contexto que é enviado para o Congresso
Nacional o projeto da LRF, sendo publicada no ano 2000.
A LRF estabeleceu para toda a Federação, direta ou indiretamente, limites de dívida consolidada, garantias,
operações de crédito, restos a pagar e despesas de pessoal, dentre outros, com o intuito de propiciar o
equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos de transparência da gestão fiscal.
Conforme destaca o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), a LRF estabeleceu, ainda,
a exigência de realizar-se a consolidação nacional das contas públicas. Esta competência é exercida pela
Secretaria do Tesouro Nacional (STN) por meio da publicação anual do Balanço do Setor Público Nacional
(BSPN), congregando as contas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Assim como a Lei n. 4.320/64, a LRF possui grande relevância para a disciplina de AFO. Porém, muitos
dispositivos dessa lei são relevantes e objeto de estudo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público. É claro
que esses pontos serão abordados com os devidos detalhes.
▪ Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP/NBC TSP) → trata-se das
Normas “mãe” da atual Contabilidade Aplicada ao Setor Público. As NBCASP/NBC TSP surgem no contexto
de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais. Editadas pelo Conselho
Federal de Contabilidade (CFC) essas Normas estabelecem orientações específicas a serem observadas pelos
órgãos e entidades incluídos no campo de aplicação da CASP.
Atualmente, temos as seguintes Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, também conhecidas
como “NBC T’s” ou “NBCASP”:
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público
NBCT Estrutura Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de
Conceitual Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público
NBCT SP 01 Receitas de Transação sem Contraprestação
NBCT SP 02 Receitas de Transação com Contraprestação
NBCT SP 03 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes
NBCT SP 04 Estoques
NBCT SP 05 Contratos de Concessão de Serviços Públicos: Concedente.
NBCT SP 06 Propriedade para Investimento
NBCT SP 07 Ativo Imobilizado
NBCT SP 08 Ativo Intangível
NBCT SP 09 Redução ao Valor Recuperável de Ativo Não Gerador de Caixa
NBCT SP 10 Redução ao Valor Recuperável de Ativo Gerador de Caixa
NBC TSP 11 Apresentação das Demonstrações Contábeis
NBC TSP 12 Demonstração dos Fluxos de Caixa
NBC TSP 13 Apresentação de Informação Orçamentária nas Demonstrações Contábeis
NBC TSP 14 Custos de Empréstimos
NBC TSP 15 Benefícios a Empregados
NBC TSP 16 Demonstrações Contábeis Separadas
NBC TSP 17 Demonstrações Contábeis Consolidadas
NBC TSP 18 Investimento em Coligada e em Empreendimento Controlado em Conjunto
NBC TSP 19 Acordos em Conjunto
NBC TSP 20 Divulgação de Participações em Outras Entidades
NBC TSP 21 Combinações no Setor Público
NBC TSP 22 Divulgação sobre Partes Relacionadas
NBC TSP 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro
NBC TSP 24 Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações
Contábeis
NBC TSP 25 Evento Subsequente
NBC TSP 26 Ativo Biológico e Produto Agrícola
NBC TSP 27 Informações por Segmento
NBC TSP 28 Divulgação de informação Financeira do Setor Governo Geral
NBC TSP 29 Benefícios Sociais
NBC TSP 30 Instrumentos Financeiros: Apresentação
NBC TSP 31 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
(TJ-SE) A contabilidade aplicada ao setor público constitui ramo especializado da ciência contábil, com
sistema, legislação e princípios próprios, diferentes dos aplicáveis à contabilidade empresarial.
Comentários
Realmente a Contabilidade Pública é um ramo especializado da Ciência Contábil. Porém, os princípios,
sistema e a legislação em geral são os mesmos aplicáveis à Contabilidade Geral (Societária/Empresarial). O
que difere um ramo do outro é a sua aplicação. Assim, por exemplo, a Contabilidade Pública é aplicada no
controle patrimonial de entidades do setor público. Já a Contabilidade Societária está ligada ao controle
patrimonial de entidades privadas.
É claro que existem legislações específicas aplicáveis apenas a determinados ramos da Ciência, justamente
para que determinado ramo possa atender às necessidades específicas de informação dos seus usuários. No
entanto, vale reiterar que de uma maneira geral a essência da Ciência Contábil é aplicável a todos os ramos.
Gabarito: Errado
Pessoal, em nosso perfil do Instagram (@profgilmarpossati), você encontra diversas dicas sobre
Contabilidade. Siga nosso perfil e acompanhe para receber as atualizações. Uma das primeiras dicas que
inserimos em nossas redes sociais é justamente o conceito que acabamos de estudar.
Agora que já estudamos o conceito de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, chegou a hora de entender
qual o seu campo de aplicação.
Campo de Aplicação
Aspectos Introdutórios
O campo de aplicação é o espaço de atuação do Profissional de Contabilidade que demanda estudo,
interpretação, identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação de fenômenos
contábeis, decorrentes de variações patrimoniais em entidades do setor público.
Mas, afinal qual o campo de aplicação da Contabilidade Pública?
Aqui vamos fazer um paralelo com o que previa a NBC T 16.1 e o “novo” campo de aplicação previsto na
Estrutura Conceitual. Explico...
Se você está estudando a disciplina pela primeira vez, não há maiores preocupações com o campo de
aplicação “antigo” (permitam-me utilizar essa expressão para facilitar o entendimento). Apenas acompanhe
nosso raciocínio e saiba o que está previsto na NBC TSP – Estrutura Conceitual, ok?
Agora se você já havia estudado o assunto e está se atualizando, fique esperto para não se confundir em
prova, pois quando há alterações normativas, os examinadores gostam de inserir aquilo que já foi revogado
em suas exigências para verificar se o(a) candidato(a) está atualizado(a) e alerta às mudanças. É claro que
para quem está tendo o primeiro contato com a disciplina, cair nessas pegadinhas é mais difícil, mas vale
ficar alerta também.
Considerações à parte, vamos então ver como era previsto e posteriormente estudar o atual entendimento
a ser levado para a prova!
Campo de Aplicação “Antigo” (NBC T 16.1)
Conforme previa a NBC T 16.1,
O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor público.
As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade
Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:
(a) INTEGRALMENTE, as entidades governamentais, os serviços sociais e os conselhos profissionais;
(b) PARCIALMENTE, as demais entidades do setor público, para garantir procedimentos suficientes de prestação de contas
e instrumentalização do controle social. ==0==
Observe que a norma previa dois escopos de aplicação: INTEGRAL e PARCIAL. Não vamos entrar em detalhes
aqui, pois é algo que não será mais exigido em prova, a não ser as pegadinhas que vamos destacar na
sequência.
Quanto às empresas estatais, tínhamos o seguinte entendimento:
Empresa Estatal Dependente: escopo integral
Empresa Estatal Independente: escopo parcial
Esquematizando o campo de aplicação “antigo”, temos:
Campo de Aplicação “antigo” da Contabilidade Pública (NBC T 16.1)
Relembrado o campo de aplicação “antigo” (para quem já havia estudado) e apresentado como era (para
quem ainda não havia estudado), vamos ver como a NBC TSP – Estrutura Conceitual trata o assunto.
Especial atenção às empresas estatais. Veja que as empresas estatais dependentes obrigatoriamente estão
de dentro do campo de aplicação das normas aplicáveis à Contabilidade Pública. Já as empresas estatais
independentes podem aplicar facultativamente as normas aplicáveis ao setor público, desde que não
sejam obrigadas por determinação dos órgãos fiscalizadores/reguladores. Assim, por exemplo, a Petrobras
e o Banco do Brasil somente aplicam as normas da CASP se optarem ou algum órgão fiscalizador/regulador
determinar. O Tribunal de Contas da União, na qualidade de órgão fiscalizador (controle externo) pode, por
exemplo, determinar que a Petrobras siga determinada norma ou conjunto de normas aplicáveis ao setor
público. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na qualidade de órgão regulador do mercado
de capitais, pode, por exemplo, determinar ao Banco do Brasil que aplique determinada norma aplicável ao
setor público.
No quadro a seguir temos alguns exemplos de empresas estatais dependentes e independentes (você não
precisa saber empresa por empresa se é estatal dependente ou independente!):
Cabe anotar que as empresas estatais dependentes devem aplicar tanto a legislação societária (Lei n.
6.404/76) como a legislação aplicável ao setor público.
Vale destacar, ainda, que as pessoas físicas ou jurídicas prestadoras de serviços públicos para o Poder Público
não estão no campo de aplicação da CASP. O recurso público recebido por essas pessoas trata-se tão-
somente de remuneração por serviço prestado.
Nesse mesmo contexto estão as pessoas físicas ou jurídicas que recebem recursos decorrentes de
indenização ou sentença judicial, ou seja, também não estão no campo de aplicação da Contabilidade
Pública.
(ABIN) A respeito da estrutura conceitual que fundamenta a elaboração e a divulgação dos relatórios
contábeis de propósitos gerais das entidades do setor público (RCPGs), julgue o item que se segue.
A estrutura conceitual se aplica não somente aos governos federal, estadual, municipal e distrital, mas,
também, às autarquias e às fundações mantidas pelo poder público, aos fundos e consórcios públicos.
Comentários
Conforme estudado, a Estrutura Conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às
entidades do setor público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs.
Estão compreendidos no conceito de entidades do setor público: os governos nacionais, estaduais, distrital
e municipais e seus respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o Ministério
Público), órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo
poder público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das administrações
direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
Gabarito: Certo
Casos Especiais
Para finalizar o assunto “campo de aplicação”, destacamos alguns “casos especiais” que podem ser exigidos
em prova.
O primeiro caso são os Conselhos de regulamentação profissional. Diferentemente da norma revogada, a
Estrutura Conceitual não “fala” explicitamente dos conselhos profissionais. Hoje há divergência de
entendimento sobre essas entidades. Há interpretação no sentido de que na qualidade de autarquias, os
conselhos profissionais estariam dentro do escopo obrigatório. No entanto, segundo o MCASP os conselhos
profissionais aplicam facultativamente as normas aplicáveis ao setor público.
O segundo caso é o Sistema “S” (Serviços Sociais Autônomos). Novamente aqui a NBC TSP – Estrutura
Conceitual é silente. No entanto, segundo a interpretação do próprio CFC (responsável pela edição da
Estrutura Conceitual), os Serviços Sociais Autônomos não são obrigados a aplicar as normas aplicáveis ao
setor público. Por serem entidades sem fins lucrativos, aplica-se a essas entidades a ITG 2002 (R1) –
Entidades Sem Finalidade de Lucros.
Aqui é especialmente importante ficar alerta, pois pela norma revogada (NBC T 16.1) o Sistema “S” aplicava
integralmente as normas da CASP. Agora o cenário mudou e o Sistema “S” está dentro do escopo
facultativo. Logo, apenas por opção da entidade ou por determinação de órgão fiscalizador/regulador é que
as normas aplicáveis ao setor público serão aplicadas.
Ocorre que por opção da entidade ou por determinação de órgão fiscalizador/regulador as normas
aplicáveis ao setor público serão aplicadas.
Considerando o Acórdão TCU n. 1.567/2020, há determinação para que os Serviços Sociais Autônomos
apliquem as normas da CASP!
Um detalhe: anteriormente tínhamos uma decisão do TCU (Acórdão 991/2019) com determinação que não
abrangia todos os Serviços Sociais Autônomos (SSA), mas apenas o Sistema S. Porém, o TCU em 2020 ampliou
essa determinação aos demais SSA.
Logo, o entendimento mais atualizado é no sentido de que o Sistema S (e demais serviços sociais
autônomos) estão no escopo obrigatório da CASP, por determinação do TCU.
Bem... com isso fechamos o estudo do campo de aplicação da Contabilidade Pública.
Vamos ver como o assunto pode ser exigido em prova?
(INÉDITA) As entidades do setor público são abrangidas pelo campo de aplicação da Estrutura Conceitual
Aplicável ao Setor Público e demais Normas Brasileiras de Contabilidade do Setor Público. As entidades do
setor público, incluindo os tribunais de contas e as empresas estatais dependentes, devem observar o
escopo obrigatório, e as demais entidades do setor público devem observar o escopo facultativo, incluindo
as empresas estatais independentes.
Comentários
Perfeito! Para fixar vamos inserir novamente aqui o nosso esquema:
Campo de Aplicação da Estrutura Conceitual e NBC T SP
Gabarito: Certo
Bem... com isso fechamos o estudo do Campo de Aplicação. Chegou o momento de estudar o objeto da
Contabilidade Pública. Avante!
Objeto
O objeto da contabilidade Pública é o PATRIMÔNIO PÚBLICO. Simples assim!
Não caia na pegadinha clássica que informa ser o objeto da Contabilidade Pública o orçamento público. O
objeto da Contabilidade Pública não é o orçamento público. Para que a Contabilidade Pública consiga
controlar o patrimônio público e fornecer informações úteis aos seus usuários, ela necessariamente estuda
e processa as informações de natureza orçamentária, porém não podemos afirmar que seu objeto é o
orçamento público.
Enfim... qualquer outro termo relacionando o objeto da Contabilidade que não “patrimônio público” pode
considerar errado. Assim, reitero: o objeto da CASP não é o orçamento público, não é planejamento público,
etc.
OBJETO
PATRIMÔNIO PÚBLICO
Contabilidade Pública
Por incrível que pareça, somente esse conhecimento é suficiente para acertar questões de prova!
Mas, o que a Contabilidade Pública entende por patrimônio Público?
Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos,
formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador
ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à
exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
Esse conceito acima descrito estava previsto em norma que também já foi revogada. Mas, para fins didáticos,
ou seja, para que possamos entender melhor os aspectos introdutórios da disciplina, é perfeitamente
aplicável, afinal a NBC TSP – Estrutura Conceitual não nos informou um conceito de patrimônio público e,
portanto, temos que nos defender com o que temos (e hoje o que temos é isso ☺).
Veja que basicamente o conceito de Patrimônio Público segue a mesma linha do conceito de patrimônio que
estudamos na Contabilidade Geral: conjunto de bens, direitos e obrigações. No entanto, a norma dispôs um
conceito mais completo e correto tecnicamente, informando que os bens e direitos devem ser portadores
ou representar um fluxo de benefícios presentes ou futuros (característica fundamental para o
reconhecimento de um ativo). Além disso, inseriu a destinação social do setor público (prestar serviços
públicos) e a previsão de exploração econômica pelas entidades do setor público.
Para melhor entendimento do conceito, seguem algumas considerações sobre os bens, direitos e obrigações.
Assim, por meio da Contabilidade Pública podemos ter controle sobre o patrimônio público da entidade:
saber o quantitativo de mercadorias no estoque das entidades do setor público que exploram
economicamente seu patrimônio, a quantidade de veículos disponíveis, os bens imóveis administrados, as
despesas incorridas pela entidade etc.
Observe que no conceito acima estudado os bens podem ser tangíveis ou intangíveis.
Bens tangíveis: também conhecidos por bens materiais ou corpóreos. Como o próprio nome indica, eles
possuem substância física, ou seja, podem ser tocados. Exemplos: veículos, bens imóveis, etc.
Bens Intangíveis: também conhecidos por bens imateriais ou incorpóreos. Como o próprio nome indica, eles
não possuem substância física, ou seja, não podem ser tocados. Exemplos: marcas (a marca Petrobras, por
exemplo), patentes etc.
Além disso, o conceito informa que os bens podem ser onerados ou não. Onerar um bem significa deixá-lo
como garantia para o credor no caso de inadimplemento da obrigação. Como exemplo de bens onerados
temos as hipotecas e os penhores.
Por fim, o conceito informa que os bens podem ser:
▪ adquiridos (aquisição de um imóvel, por exemplo);
▪ formados, produzidos (gasolina produzida pela Petrobras, por exemplo);
▪ recebidos (bem imóvel doado à entidade pública, por exemplo);
▪ mantidos (imóvel mantido para aluguel, por exemplo); ou
▪ utilizados (veículo utilizado pela entidade, por exemplo)
Bens Públicos
Já que estamos tratando de bens, vale destacar a tradicional classificação dos bens públicos, conforme
estabelece o Código Civil em seu art. 99:
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal,
estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou
real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Os bens de uso comum do povo são aqueles que a sociedade como um todo usufrui (rios, mares, estradas,
ruas e praças).
Já os bens de uso especial são aqueles em que a Administração Pública utiliza para atingir seus fins. Como
exemplo temos os prédios públicos em geral (hospitais, bibliotecas, agências de atendimento, museus,
aquartelamentos das Forças Armadas etc.).
Os bens dominicais (também denominados de “dominiais), por fim, são bens de domínio do Poder Público.
São os bens que não possuem um fim específico.
Assim, um prédio público que não esteja sendo ocupado é um exemplo de bem dominical. Um exemplo mais
comum são os terrenos de posse do Poder Público que estejam sem um uso específico.
Todos os bens de uso especial e dominicais são controlados pela Contabilidade Pública.
Já para os bens de uso comum, apenas aqueles que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles
eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável
pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional.
Assim, somente os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos ou que foram
recebidos em doação é que sofrem controle pela Contabilidade Pública e, portanto, integram o patrimônio
público.
Exemplos de bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos: praças, ruas, pontes etc. Esses
bens consomem recursos para serem construídos, logo devem integrar o patrimônio público.
Exemplos de bens de uso comum que não estão sob controle da Contabilidade Pública: rios, mares, praias
etc. Esses bens não consomem recursos para serem construídos. Eles são bens naturais, o Poder Público não
precisou consumir recursos para construí-los. Logo, não devem integrar o patrimônio público.
Bens Públicos que integram o patrimônio público
Uma característica interessante que devemos saber para a prova é que, nos termos do Código Civil, os bens
públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma da lei. Os bens públicos dominicais, por sua vez, podem ser alienados, observadas as
exigências legais.
Além disso, todos os tipos de bens públicos não são suscetíveis a usucapião. Por fim, vale destacar que,
segundo o Código Civil, o uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído. Para provas de
Contabilidade Pública esse entendimento basta. Não vamos entrar em maiores detalhes, pois entraríamos
no escopo de estudo do Direito Civil e não é o caso, não é mesmo?
Vamos ver como o assunto já foi explorado em prova.
O objeto da contabilidade pública é o patrimônio público, que envolve os bens públicos: de uso comum do
povo, de uso especial e dominicais.
Comentários
Perfeito! A questão informa corretamente que o objeto da Contabilidade Pública é o patrimônio público.
Além disso, classifica corretamente os tipos de bens públicos existentes: de uso comum do povo, de uso
especial e dominicais.
Destaca-se que o fato de o item não ter informado que apenas os bens de uso comum do povo que absorvem
recursos públicos estão dentro do objeto da Contabilidade Pública, por si só, não o torna errado. Afinal, o
objeto da Contabilidade Pública envolve bens de uso comum do povo, os que absorvem recurso públicos,
não é mesmo? Lembre-se que o incompleto não é errado em itens de certo e errado.
A fim de complementar o estudo desses bens, veja o que dispõe o MCASP:
a. Bens de uso especial: compreendem os bens, tais como edifícios ou terrenos, destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual ou municipal, inclusive os de suas autarquias e
fundações públicas, como imóveis residenciais, terrenos, glebas, aquartelamento, aeroportos, açudes,
fazendas, museus, hospitais, hotéis dentre outros.
b. Bens dominiais: compreendem os bens que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Compreende ainda, não
dispondo a lei em contrário, os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha
dado estrutura de direito privado, como apartamentos, armazéns, casas, glebas, terrenos, lojas, bens
destinados à reforma agrária, bens imóveis a alienar dentre outros.
c. Bens de uso comum do povo: podem ser entendidos como os de domínio público, construídos ou não por
pessoas jurídicas de direito público.
d. Bens imóveis em andamento: compreendem os valores de bens imóveis em andamento, ainda não
concluídos. Exemplos: obras em andamento, estudos e projetos (que englobem limpeza do terreno, serviços
topográficos etc), benfeitoria em propriedade de terceiros, dentre outros.
Gabarito: Certo
Ponto superado, vamos partir para o estudo do objetivo da Contabilidade Pública.
Objetivo
Segundo a Lei n. 4.320/64,
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem
receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.
Perceba que o art. 83 relaciona-se ao campo de aplicação da Contabilidade Pública, já estudado. O art. 89
relaciona-se com o objetivo da Contabilidade Pública, estudado a seguir.
A NBC T 16.1, já revogada, estabelecia o seguinte objetivo para a Contabilidade Pública (grifou-se):
O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os
resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do
patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a
adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.
Apesar de a norma ter sido revogada esse objetivo não mudou. Claro que em prova o examinador não vai
mais exigir esse conceito de forma literal como era bem comum quando a NBC T 16.1 era vigente. No
entanto, reitero que o conceito é válido para o entendimento do contexto no qual está inserida a
Contabilidade Pública.
Beleza, professor... entendi o “espírito da jogada”! Mas, e a NBC TSP – Estrutura Conceitual... o que ela nos
fornece sobre o assunto?
Boa! A Estrutura Conceitual do Setor Público destaca que o objetivo principal da maioria das entidades do
setor público é prestar serviços à sociedade, em vez de obter lucros e gerar retorno financeiro aos
investidores.
A Estrutura Conceitual não nos informa expressamente o objetivo da CASP, mas deixa muito claro o objetivo
da elaboração e divulgação da informação contábil.
Para atender esse objetivo, o instrumento utilizado são os Relatórios Contábeis de Propósito Geral das
Entidades do Setor Público (RCPGs).
Observe que, em última análise, os RCPGs existem para atender ao principal objetivo da CASP que estudamos
acima: fornecer informações!
Vamos aproveitar para estudar um pouco mais os RCPGs, pois estão intimamente ligados ao objetivo da
Contabilidade Pública.
Relatório Contábil de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPG)
Nos termos da Estrutura Conceitual, os RCPGs são os componentes centrais da transparência da informação
contábil dos governos e de outras entidades do setor público, aprimorando-a e favorecendo-a. Os RCPGs são
relatórios contábeis elaborados para atender às necessidades dos usuários em geral, não tendo o
propósito de atender a finalidades ou necessidades específicas de determinados grupos de usuários.
A Norma explica que alguns usuários da informação contábil podem ter a prerrogativa de exigir a elaboração
de relatórios para atender às suas necessidades específicas. Mesmo que esses usuários identifiquem que a
informação fornecida pelos RCPGs seja útil aos seus propósitos, esses relatórios não são elaborados
especificamente para atender a essas necessidades.
Relatórios Contábeis (RCPGs) objetivam...
Ainda, segundo a norma, os RCPGs podem compreender múltiplos relatórios, cada qual atendendo a certos
aspectos dos objetivos e do alcance da elaboração e divulgação da informação contábil. Os RCPGs abrangem
as demonstrações contábeis (incluindo as suas notas explicativas) e também a apresentação de
informações que aprimoram, complementam e suplementam as demonstrações contábeis.
Esse esquema acima resume atualmente o objetivo da Contabilidade Pública segundo a Estrutura
Conceitual. Chegamos no ponto crucial. É isso que você deve saber se for perguntado algo sobre o objetivo
da CASP segundo a Estrutura Conceitual!
(ABIN) A respeito da estrutura conceitual que fundamenta a elaboração e a divulgação dos relatórios
contábeis de propósitos gerais das entidades do setor público (RCPGs), julgue o item que se segue.
Os RCPGs se prestam a dar publicidade à prestação de contas da aplicação de recursos públicos, mas são
desprovidos de poder comprobatório para a responsabilização de gestores.
Comentários
Conforme estudado, o objetivo da elaboração e divulgação da informação contábil é fornecer informações
úteis aos usuários dos RCPGs com a finalidade de prestação de contas e responsabilização (accountability)
e tomada de decisão.
Logo, os RCPGs se prestam a dar publicidade à prestação de contas da aplicação de recursos públicos, além
de prover poder comprobatório para a responsabilização de gestores.
Gabarito: Errado
Os RCPGs não são elaborados e divulgados para atender a necessidades de informações específicas ou
particulares.
Assim, uma questão que informe que os RCPGs são elaborados e divulgados para atender a necessidades de
qualquer desses usuários “secundários” estará errada. Veja a lista:
Analistas
Mídia
Consultores financeiros
Entidades de auditoria
* Aqui há um aparente conflito, não é mesmo? Em um primeiro momento a NBC TSP – Estrutura Conceitual
informa que os membros do Poder Legislativo são usuários primários. Depois informa que as comissões do
Poder Legislativo não são usuários primários. Enfim... não há qualquer lógica nesse ponto, mas vamos levar
para a prova o que está escrito.
(INÉDITA) Segundo a Estrutura Conceitual aplicável às Entidades do Setor Público, os Relatórios Contábeis
de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPGs) são elaborados e divulgados para atender a
necessidades de informações específicas de diversos usuários entre os quais estão os responsáveis pelas
estatísticas de finanças públicas e as agências de classificação de risco.
Comentários
Os RCPGs não são elaborados e divulgados para atender a necessidades de informações específicas ou
particulares.
Gabarito: Errado
...
Para “início de conversa” creio que está excelente o que estudamos acima. O objetivo dessa aula é
apresentar os aspectos introdutórios da Contabilidade Pública. Veja que nesta aula estudamos o conceito, o
campo de aplicação, o objeto, os objetivos e os usuários da informação contábil. São pontos básicos que
você deve saber para entender os pontos mais avançados que estudaremos em nosso curso.
QUESTÕES COMENTADAS
1. (FGV/Analista/TCE-TO/2022) Os Relatórios Contábeis de Propósito Geral (RCPG) das entidades do
setor público compreendem múltiplos relatórios que são os componentes centrais da transparência da
informação contábil dos governos e contribuem para aprimorá-la. Em decorrência da natureza geral do
propósito da sua elaboração, os RCPGs têm usuários primários, que podem ser exemplificados por:
a) entidades de fomento e membros do Poder Legislativo;
b) órgãos centrais de orçamento e controle;
c) provedores de recursos e agências reguladoras;
d) usuários da Lei de Acesso à Informação;
e) usuários dos serviços e seus representantes.
Comentários
a. Errado. Entidades de fomento são usuários secundários. Os membros do Poder Legislativo são usuários
primários.
b. Errado. São usuários secundários.
c. Errado. Provedores de recursos são usuários primários. As agências reguladoras se enquadram como
usuários secundários.
d. Errado. São usuários secundários.
e. Certo. Segundo a NBC TSP – Estrutura Conceitual,
2.4 [...] assim, para os propósitos desta estrutura conceitual, os usuários primários dos RCPGs são os
usuários dos serviços e seus representantes e os provedores de recursos e seus representantes [...].
Gabarito: E
2. (FGV/Assistente/TCE-PI/2021) De acordo com a Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de
Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público, as informações geradas por
essas entidades devem ser úteis aos usuários para fins de prestação de contas, e responsabilização
(accountability) e tomada de decisão. Os usuários primários dessas informações incluem:
a) partidos políticos com representação no Poder Legislativo;
b) provedores de recursos e partidos políticos;
c) provedores de recursos, usuários dos serviços e Receita Federal;
d) usuários dos serviços e Ministério Público;
e) usuários dos serviços, provedores de recursos e membros do Poder Legislativo.
Comentários
Segundo a NBC TSP EC, os usuários primários dos RCPGs são os usuários dos serviços e seus representantes
(membros do Poder Legislativo) e os provedores de recursos e seus representantes.
Gabarito: E
Observe que apenas a opção E não está entre as informações fornecidas pelos RCPGs.
Gabarito: E
5. (FGV/Analista/ALERO/2018) De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para
Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público, o
objetivo principal da maioria das entidades do setor público é o de
a) gerar retorno financeiro.
b) ser auto sustentável.
c) gerar empregos.
d) prestar serviços à sociedade.
e) contribuir para o desenvolvimento do país.
Comentários
Nos termos da NBC TSP – Estrutura Conceitual,
2. O objetivo principal da maioria das entidades do setor público é prestar serviços à sociedade,
em vez de obter lucros e gerar retorno financeiro aos investidores. Consequentemente, o
desempenho de tais entidades pode ser apenas parcialmente avaliado por meio da análise da
situação patrimonial, do desempenho e dos fluxos de caixa. Os RCPGs fornecem informações
aos seus usuários para subsidiar os processos decisórios e a prestação de contas e
responsabilização (accountability).
Gabarito: D
6. (FGV/Agente de Fiscalização/TCM SP/2015/Adaptada) A Estrutura Conceitual Aplicável ao Setor Público
segrega o escopo de aplicação das normas de Contabilidade Aplicada ao Setor Público em obrigatório e
facultativo. Das entidades a seguir, as que se enquadram no escopo de aplicação facultativo são:
a) autarquias;
b) consórcios públicos;
c) empresas estatais dependentes;
d) fundações públicas;
e) organizações da sociedade civil de interesse público.
Comentários
Conforme estudamos temos dois escopos de aplicação da CASP, segundo a Estrutura Conceitual:
FACULTATIVO
(ou por determinação dos órgãos ▪ Demais Entidades;
reguladores/ fiscalizadores) ▪ Estatais Independentes;
Quanto às empresas estatais, observe que somente aplicará obrigatoriamente a CASP se for uma empresa
estatal dependente.
Do exposto, percebe-se que apenas a opção “E” indica uma entidade que está no escopo facultativo de
aplicação da Contabilidade Pública.
Gabarito: E
7. (FGV/Técnico/DPE-RO/2015) A prefeitura de Porto Velho contratou por R$ 100.000,00 a Cia de Circo
do Palhaço Tiriri, uma fundação privada de filantropia, para animar a comemoração da Páscoa nas escolas
municipais pelos próximos 10 anos. A Cia de Circo do Palhaço Tiriri foi a única qualificada no processo
licitatório para concorrer a esse contrato. Em atenção ao que foi avençado com a prefeitura de Porto
Velho, a contabilidade da Cia de Circo do Palhaço Tiriri deverá:
a) reconhecer as receitas pelo regime de caixa e as despesas pelo regime de competência;
b) reparar integralmente as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público;
c) observar parcialmente as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público;
d) reconhecer as receitas pelo regime de competência e as despesas pelo regime de caixa;
e) ignorar integralmente as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
Comentários
Pessoal, veja que a Cia de Circo do Palhaço Tiriri é uma entidade privada e celebrou um contrato com a
prefeitura de Porto Velho. Trata-se de um contrato privado em que a Cia presta os serviços e recebe os
valores contratuais acordados. Assim, prestado o serviço ela receberá o recurso correspondente. Não
podemos afirmar, portanto, que ela recebe recursos públicos, pois ao prestar o serviço e receber por ele, os
recursos deixam de ser públicos e agora são privados. Veja que ela não recebe recursos públicos sem
contraprestação. Além disso, não se trata de um convênio em que a Cia deveria prestar contas para então
considerar os recursos privados.
Nesse sentido, no caso apresentado pela questão, a Cia de Circo do Palhaço Tiriri deverá ignorar
integralmente as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
Gabarito: E
8. (FGV/Analista Contábil/DPE-RO/2015/Adaptada) De acordo com a Estrutura Conceitual Aplicável ao
Setor Público, as entidades abrangidas pelo campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor
Público devem observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público. A
observância de tais normas pode ser facultativa pelos(as):
a) autarquias;
b) consórcios públicos;
c) fundações públicas;
d) estatais dependentes;
e) sociedades de economia mista independentes.
Comentários
Conforme estudamos, existem dois escopos de aplicação da CASP segundo a Estrutura Conceitual:
obrigatório e facultativo.
Atenção especial deve ser dado às empresas estatais. Lembre-se:
Empresa Estatal Dependente = aplica a CASP obrigatoriamente
Empresa Estatal Independente = aplica a CASP facultativamente
Nesse sentido, apenas a opção “E” inclui uma entidade que pode aplicar facultativamente a Contabilidade
Pública.
Gabarito: E
9. (FGV/Analista/Contador/DPE-MT/2015) Assinale a opção que indica o objeto da Contabilidade
Aplicada ao Setor Público.
a) Entidades públicas
b) Demonstrações contábeis
c) Resultado público
d) Ativos públicos
e) Patrimônio público
Comentários
O objeto da contabilidade Pública é o PATRIMÔNIO PÚBLICO. Simples assim!
Não caia na pegadinha clássica que informa ser o objeto da CASP o orçamento público. O objeto da CASP não
é o orçamento público. Para que a CASP consiga controlar o patrimônio público e fornecer informações úteis
aos seus usuários, ela necessariamente estuda e processa as informações de natureza orçamentária, porém
não podemos afirmar que seu objeto é o orçamento público.
Enfim... qualquer outro termo relacionando o objeto da Contabilidade que não “patrimônio público” pode
considerar errado. Assim, reitero: o objeto da CASP não é o orçamento público, não é planejamento público,
etc.
OBJETO
PATRIMÔNIO PÚBLICO
Contabilidade Pública
Gabarito: E
10. (FGV/Analista/Administrativo/TJ-SC/2015) Após receber solicitação de um cidadão acerca dos
empenhos relativos a obras de engenharia realizados pela entidade em um determinado período em um
órgão público, o contador informou que só iria disponibilizar tais informações no relatório bimestral. Essa
prática fere diretamente um dos objetivos da Contabilidade Aplicada ao Setor Público que é o(a):
a) controle de custos;
b) controle financeiro;
c) acompanhamento da gestão de recursos;
d) transparência da prestação de contas;
e) instrumentalização do controle social.
Comentários
Veja que o contador recebeu um pedido de um cidadão. Conforme estudamos, um dos objetivos da CASP é
fornecer informações para a instrumentalização do controle social.
Instrumentalização do Controle Social: a CASP deve fornecer instrumentos para que o controle social seja
exercido pela sociedade. Na prática, as informações da CASP são em grande parte utilizadas pela sociedade
civil organizada, ou seja, pelas diversas instituições privadas de fomento ao controle social.
Logo, ao não disponibilizar as informações solicitadas pelo cidadão, o contador fere esse objetivo.
Gabarito: E
11. (FUNDEPES/Auditor/TCE-AL/2022) A contabilidade pública é, na realidade, uma aliada da sociedade.
Por meio de normas, processos e procedimentos padronizados e requisitos mínimos de sistemas
informatizados, propicia que os recursos sejam aplicados de forma correta e, em consequência, que a
população seja atendida em suas necessidades básicas, contribuindo para uma qualidade de vida melhor.
Contabilidade pública: um caminho para a promoção do desenvolvimento sustentável. Disponível em:
<https://crcal.org.br/contabilidade-publica-um-caminho-para-a-promocao-dodesenvolvimento-
sustentavel/>. Acesso em: 06. Ago. 2022.
Quanto ao alcance da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, dadas as afirmativas,
I. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, estatal dependente, submete-se parcialmente às normas de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
II. O Conselho Federal de Medicina é exemplo de entidade que pode aplicar as normas de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público de maneira facultativa ou por determinação dos respectivos órgãos reguladores,
fiscalizadores e congêneres.
III. As normas estabelecidas no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público aplicam-se,
obrigatoriamente, aos órgãos da Administração Direta.
IV. A Petrobrás, estatal independente, submete-se obrigatoriamente às normas de Contabilidade Aplicada
ao Setor Público.
Verifica-se que está (ão) correta (s)
a) II, apenas.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Comentários
I. Errado. Por ser empresa estatal dependente, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) está
no escopo obrigatório de aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.
II. Certo. A banca seguiu o disposto no MCASP. Segundo a NBC TSP – Estrutura Conceitual, as autarquias – os
conselhos profissionais se enquadram neste conceito, estão no escopo obrigatório de aplicação das Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Entretanto, segundo o MCASP, os conselhos
profissionais estão no escopo facultativo.
III. Certo. Segundo à NBC TSP – Estrutura Conceitual, os órgãos da administração direta estão dentro do
escopo obrigatório de aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público
(NBCASP).
IV. Errado. Por ser uma estatal independente, a Petrobrás está no escopo facultativo e deverá aplicar Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP) por determinação dos órgãos
fiscalizadores/reguladores.
Logo, o mais adequado seria a banca anular a questão, pois a depender do entendimento aplicado na
assertiva II, havia duas possibilidades de resposta.
Gabarito: C
12. (FCC/Analista de Finanças e Controle/SEAD-AP/2018) As normas estabelecidas no Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público aplicam-se, obrigatoriamente, às
a) fundações instituídas e mantidas pelo setor privado.
b) empresas estatais não dependentes.
c) empresas de economia mista.
d) autarquias estaduais.
e) organizações sociais de saúde.
Comentários
Questão sobre campo de aplicação da Contabilidade Pública. As fundações instituídas e mantidas pelo
setor privado, as empresas estatais não dependentes, as empresas de economia mista e as organizações
sociais aplicam a Contabilidade Pública de modo facultativo. Já as autarquias se enquadram dentro do
escopo obrigatório de aplicação da Contabilidade Pública.
Gabarito: D
13. (FCC/Analista/PGE-BA/2013/Adaptada) O campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor
Público, segundo a Estrutura Conceitual Aplicável ao Setor Público, abrange obrigatoriamente
a) os Tribunais de Contas, as Defensorias e Ministério Público.
b) as organizações da sociedade civil de interesse público.
c) todos os órgãos e entidades da Administração pública direta e indireta, exceto as empresas estatais
dependentes.
d) as fundações privadas sem fins lucrativos.
e) as autarquias, parcialmente, e as empresas de economia mista, integralmente.
Comentários
Apenas a opção “A” está correta.
b. Errado. As OSCIPs estão enquadradas no escopo facultativo.
c. Errado. As empresas estatais dependentes obrigatoriamente devem aplicar as normas aplicáveis à CASP.
d. Errado. As fundações privadas estão enquadradas no escopo facultativo.
e. Errado. As autarquias estão no escopo obrigatório de aplicação. Já as empresas de economia mista,
depende da sua dependência ou não do setor público. Estatais dependentes estão no escopo obrigatório. Já
as estatais independentes estão no escopo facultativo.
Gabarito: A
14. (FCC/Analista/TRE-PR/2012) Sobre a contabilidade aplicada ao setor público, considere:
I. A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de
informações, os princípios fundamentais de contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle
patrimonial de entidades do setor público.
II. As demonstrações contábeis das autarquias devem seguir aos padrões estabelecidos pela Lei n. 6.404/76,
desde que não dependam de recursos do tesouro para seu funcionamento.
III. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo,
arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.
IV. O exercício financeiro coincide com o ano civil e, considerando o regime de competência, pertencem ao
exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele empenhadas.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) III e IV. e) I, III e IV.
Comentários
Vamos analisar as assertivas.
I – Certo. Conforme estudamos, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que
aplica, no processo gerador de informações, os Princípios de Contabilidade e as normas contábeis
direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público.
II – Errado. As demonstrações contábeis das autarquias devem seguir aos padrões estabelecidos pela Lei n.
4.320/64 e pelas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP/NBC TSP).
III – Certo. Segundo a Lei n. 4.320/1964,
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de
qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela
pertencentes ou confiados.
IV – Errado. Segundo o art. 34 da Lei n. 4.320/1964 o exercício financeiro coincidirá com o ano civil. O erro
do item está em sua segunda parte. Vamos estudar o assunto oportunamente em nosso curso. Por ora, saiba
que atualmente temos dois regimes contábeis: orçamentário (regime misto: caixa para receitas e
competência para despesas) e patrimonial (regime de competência integral). Assim, corrigindo o item,
temos:
O exercício financeiro coincide com o ano civil e, considerando o regime de competência misto
(orçamentário), pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele
empenhadas.
Gabarito: C
15. (FCC/Analista/TRT12/2013/Adaptada) De acordo com a NBC T SP – Estrutura Conceitual, uma autarquia
hospitalar municipal deve observar
a) as normas de contabilidade aplicadas às empresas de economia mista.
b) as normas de contabilidade aplicadas às empresas estatais não dependentes.
c) obrigatoriamente as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
d) facultativamente as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
e) integralmente as normas brasileiras de contabilidade contidas na Lei nº 6.404/76.
Comentários
Uma autarquia municipal é uma entidade governamental e como tal deve seguir obrigatoriamente as
normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
Gabarito: C
16. (FUNRIO/Analista/CM SJM/2018/Adaptada) O campo de aplicação da contabilidade pública abrange:
a) todos os órgãos da administração pública.
b) apenas os órgãos da administração indireta.
c) somente as autarquias e fundações.
d) todos os órgãos de administração direta.
e) autarquias, fundações e todos os órgãos da administração indireta.
Comentários
Vamos analisar as assertivas.
a. Errado. Nem todos os órgãos estão dentro do campo de aplicação (obrigatório) da CASP, a exemplo das
estatais independentes.
b. Errado. O campo de aplicação da CASP engloba todos os órgãos da administração direta e as entidades da
administração indireta dependentes (estatais dependentes).
c. Errado. Negativo! Conforme comentário da opção B.
d. Certo. De fato, o campo de aplicação da CASP engloba todos os órgãos da administração direta.
e. Errado. Apenas as entidades da administração indireta dependentes estão dentro do campo de aplicação
da CASP.
Gabarito: D
17. (AOCP/Perito/ITEP-RN/2018) O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos
usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica,
financeira e física do patrimônio da entidade do setor público. Qual é o objeto da contabilidade aplicada ao
Setor Público?
a) O orçamento público.
b) O balanço patrimonial do setor público.
c) As finanças do setor público.
d) O patrimônio público.
e) A dívida pública.
Comentários
Nessa altura do seu estudo creio que esse tipo de questão fica bem tranquila de resolver, não é mesmo? Até
os quero-queros do Guaíba* sabem que o objeto da CASP é o patrimônio público!
*Quero-Quero = ave símbolo do RS; Guaíba = rio que banha a capital gaúcha.
Gabarito: D
18. (VUNESP/Analista/IPSM SJC/2018) Assinale a alternativa que apresenta a resposta correta para a
seguinte questão: O governo, os acionistas, os gestores e a comunidade, representada por associações
profissionais e entidades de classe, dentre muitas outras entidades, são usuários da Contabilidade?
a) Não, pois, a comunidade não tem interesse na informação contábil das organizações.
b) Sim, no caso de acionistas e gestores apenas.
c) Sim, todas essas entidades são usuárias potenciais da informação contábil.
d) Sim, no caso do governo e acionistas apenas.
e) Não, pois, entidades de classe e da comunidade não tomam decisões que envolvam empresas.
Comentários
Todos os usuários citados utilizam as informações contábeis para diversos propósitos, de acordo com os seus
objetivos. Logo, são usuários potenciais da informação contábil.
Gabarito: C
19. (ESAF/Analista/DNIT/2013) Assinale a opção cujo conteúdo não indica um dos objetivos da
contabilidade aplicada ao setor público:
a) refletir o ciclo da administração pública.
b) fornecer informações para a instrumentalização do controle social.
c) demonstrar os resultados alcançados pela entidade do setor público.
d) apresentar os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da
entidade pública.
e) evidenciar as mutações do patrimônio.
Comentários
Conforme estudamos, o objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários
informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira
e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de
decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle
social.
Portanto, a única opção que não corresponde a um objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é
“refletir o ciclo da administração pública”.
Gabarito: A
20. (ESAF/Analista/DNIT/2013) Com base nos conceitos gerais da Contabilidade Pública, assinale a opção
correta.
a) A legislação brasileira inclui em seu campo de atuação as pessoas jurídicas de Direito Público tanto interno
quanto externo.
b) A execução das receitas e despesas do consórcio público constituído como pessoa jurídica de direito
privado é regida pelas normas do Direito Privado.
c) As sociedades de economia mista não estão sujeitas à adoção do plano de contas único da Administração
Federal.
d) Para a doutrina, não há distinção entre patrimônio público e contábil dos órgãos e entidades da
Administração Pública.
e) Das funções básicas da Contabilidade – planejamento e controle –, somente o segundo tem caráter
compulsório para os entes da Administração.
Comentários
Vamos analisar cada uma das opções...
a) A legislação brasileira inclui em seu campo de atuação as pessoas jurídicas de Direito Público tanto interno
quanto externo.
Não há inclusão de pessoas jurídicas de Direito Público externo.
b) A execução das receitas e despesas do consórcio público constituído como pessoa jurídica de direito privado
é regida pelas normas do Direito Privado.
Segundo a Lei n. 11.107/05, temos que
Art. 9º A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às normas de direito
financeiro aplicáveis às entidades públicas.
Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo
Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante
legal do consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos,
contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada um
dos contratos de rateio.
c) As sociedades de economia mista não estão sujeitas à adoção do plano de contas único da Administração
Federal.
Essa é a regra, porém existe exceção. As Empresas Estatais Dependentes devem utilizar. Veja o que dispõe o
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público,
O campo de aplicação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público abrange todas as entidades
governamentais, exceto as estatais independentes, cuja utilização é facultativa.
O PCASP deve ser utilizado por todos os Poderes de cada ente da Federação, seus fundos, órgãos, autarquias,
inclusive especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, bem como pelas empresas estatais
dependentes.
A questão foi alvo de inúmeros recursos, no entanto, a banca não acatou, mantendo gabarito!
d) Para a doutrina, não há distinção entre patrimônio público e contábil dos órgãos e entidades da
Administração Pública.
Há distinção sim! A doutrina é pacífica nesse sentido... há que se ter essa distinção, pois nem todo o
patrimônio público é controlado pela contabilidade. Do ponto de vista contábil, não são considerados os
bens, direitos e obrigações que não têm valor econômico, vale dizer, que não podem ser avaliados em
moeda.
e) Das funções básicas da Contabilidade – planejamento e controle –, somente o segundo tem caráter
compulsório para os entes da Administração.
Ambos são compulsórios para os entes da administração. A própria Constituição Federal indica isso em seu
art. 174:
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público
e indicativo para o setor privado.
Gabarito: C
21. (IDECAN/Técnico/AGU/2014/Adaptada) É correto afirmar que o objeto da contabilidade aplicada ao
setor público
a) são os bens públicos.
b) é o orçamento público.
c) é o patrimônio público.
d) é a prestação de contas.
e) é a execução orçamentária.
Comentários
OBJETO
PATRIMÔNIO PÚBLICO
Contabilidade Pública
Gabarito: C
22. (CESPE/Auditor/TC-DF/2021) Entre os usuários primários dos RCPG estão os membros do Poder
Legislativo.
Comentários
Segundo a NBC TSP EC,
2.4 Consequentemente, os RCPGs devem ser elaborados e divulgados, principalmente, para atender às
necessidades de informações dos usuários dos serviços e dos provedores de recursos, quando estes não detêm
a prerrogativa de exigir que a entidade do setor público divulgue as informações que atendam às suas
necessidades específicas. Os membros do poder Legislativo são também usuários primários dos RCPGs e
utilizam extensiva e continuamente esses relatórios enquanto atuam como representantes dos interesses dos
usuários de serviços e dos provedores de recursos. Assim, para os propósitos desta estrutura conceitual, os
usuários primários dos RCPGs são os usuários dos serviços e seus representantes e os provedores de recursos
e seus representantes [...].
Gabarito: Certo
23. (CESPE/Analista/PGDF/2021) Deverão aplicar os preceitos da estrutura conceitual no processo de
elaboração de seus relatórios contábeis, entre outras entidades, os governos estaduais, municipais, distrital
e federal, bem como as secretarias, autarquias e fundações mantidas pelo poder público.
Comentários
Segundo a NBC TSP EC,
1.8A Esta estrutura conceitual e as demais NBCs TSP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades do setor
público quanto à elaboração e divulgação dos RCPGs. Estão compreendidos no conceito de entidades do setor
público: os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus respectivos poderes (abrangidos os
tribunais de contas, as defensorias e o Ministério Público), órgãos, secretarias, departamentos, agências,
autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo poder público), fundos, consórcios públicos e outras
repartições públicas congêneres das administrações direta e indireta (inclusive as empresas estatais
dependentes).
Gabarito: Certo
d. Errado. O comprovante emitido pelo credor não é um requisito previsto nas normas para o
reconhecimento do passivo.
e. Errado. Segundo a Estrutura Conceitual, o objetivo da elaboração e divulgação da informação contábil é
fornecer informação para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de
decisão.
Gabarito: C
26. (CESPE/Oficial/ABIN/2018) A respeito da estrutura conceitual que fundamenta a elaboração e a
divulgação dos relatórios contábeis de propósitos gerais das entidades do setor público (RCPGs), julgue o
item que se segue.
Constantes dos RCPGs, as informações que podem subsidiar as decisões dos usuários incluem aquelas
relativas à situação patrimonial, de desempenho do ente e de seus fluxos de caixa.
Comentários
De fato, nos termos da NBC TSP – Estrutura Conceitual, os RCPGs fornecem informações sobre a situação
patrimonial, de desempenho e fluxos de caixa.
Situação Patrimonial: possibilita aos usuários identificarem os recursos da entidade e as demandas sobre
esses recursos na data de divulgação do relatório.
Desempenho: orienta as avaliações de questões, como, por exemplo, se a entidade adquiriu recursos com
economicidade e os utilizou com eficácia e eficiência para atingir os seus objetivos de prestação de serviços.
Fluxos de Caixa: contribui para as avaliações do desempenho e da liquidez e da solvência da entidade. Ela
indica como a entidade arrecadou e utilizou os recursos durante o período, inclusive os empréstimos
tomados e pagos, bem como as suas aquisições e vendas, por exemplo, do seu ativo imobilizado.
Gabarito: Certo
27. (CESPE/Analista/EBSERH/2018) Os relatórios contábeis de propósitos gerais abrangem as
demonstrações contábeis, mas não se limitam a estas.
Comentários
Os RCPGs podem compreender múltiplos relatórios, cada qual atendendo a certos aspectos dos objetivos e
do alcance da elaboração e divulgação da informação contábil. Os RCPGs abrangem as demonstrações
contábeis (incluindo as suas notas explicativas) e também a apresentação de informações que aprimoram,
complementam e suplementam as demonstrações contábeis.
Gabarito: Certo
28. (CESPE/Analista/MPU/2010) Com base na Lei n.º 4.320/1964, julgue o item que se segue, acerca de
contabilidade pública.
A contabilidade pública demonstra perante a fazenda pública a situação de todos quantos, de qualquer
modo, arrecadem receitas, realizem despesas ou guardem bens a ela pertencentes.
Comentários
Conforme comentamos na parte teórica da aula, alguns dispositivos da Lei n. 4.320/64 ainda são explorados,
apesar da edição das NBCASP/NBCs TSP. Um dos dispositivos que costuma frequentar as provas, dentro do
que estudamos nesta aula, é o art. 83:
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de
qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela
pertencentes ou confiados.
O item exige praticamente a literalidade desse dispositivo.
Gabarito: Certo
29. (CESPE/Oficial/ABIN/2010) As empresas públicas com personalidade jurídica de direito privado podem,
sob determinadas circunstâncias, estar sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública.
Comentários
Conforme estudamos, o que define se uma empresa estatal está ou não sujeita à aplicação (obrigatória) da
CASP é se ela é dependente ou independente.
Empresa Estatal Dependente = aplica a CASP obrigatoriamente
Empresa Estatal Independente = aplica a CASP facultativamente
Nesse sentido, podemos afirmar que sob determinadas circunstâncias, (a empresa receber recursos públicos
para pagamento de despesas) as empresas públicas com personalidade jurídica de direito privado podem
estar sujeitas ao campo de aplicação obrigatório da contabilidade pública.
Gabarito: Certo
30. (CESPE/Oficial/ABIN/2010) Entre os objetivos da contabilidade pública incluem-se a captação, o registro
e a interpretação dos fenômenos que afetam as situações orçamentárias das entidades de direito público,
bem como dos fenômenos que implicam operações de natureza sigilosa.
Comentários
O objetivo principal da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer informações aos usuários dos
RCPGs! Nesse sentido, tanto as operações de caráter ostensivo como as sigilosas devem ser alvo de registro
e controle pela Contabilidade Pública de maneira que as suas informações reflitam fidedignamente o
patrimônio público.
Gabarito: Certo
31. (CESPE/Analista/PREVIC/2011) Um requisito necessário para definir se uma entidade está ou não sob
controle da contabilidade pública é a origem pública das transferências necessárias à existência ou ao
funcionamento dessa entidade.
Comentários
O item está correto. Conforme comentamos na aula, se a empresa receber do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária, a empresa é dependente e,
portanto, aplica obrigatoriamente a CASP.
Logo, podemos afirmar que um dos requisitos para definir se uma empresa está ou não sob controle da
contabilidade pública é a origem pública das transferências necessárias à existência ou ao funcionamento
dessa entidade.
Gabarito: Certo
32. (CESPE/Analista/PREVIC/2011) Em um município que disponha de uma praça onde estejam instalados
diversos brinquedos comunitários fixos, a própria praça não integra o objeto de estudo da contabilidade
pública, mas os brinquedos instalados, sim.
Comentários
Uma praça é um bem de uso comum do povo. Logo, devemos verificar se esse bem absorve ou absorveu
recursos públicos. Caso positivo, esse bem deve ser ativado (reconhecido como ativo no balanço
patrimonial).
Como a praça não surge naturalmente, ou seja, demanda investimento público, ela absorveu recursos
públicos. Logo, essa praça deve ser incluída no patrimônio público. Lembre-se do seguinte:
Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos
em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administração ou
controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional.
Gabarito: Errado
33. (CESPE/Técnico/ANCINE/2012) O orçamento público, no qual se estimam as receitas e se fixam as
despesas, é o objeto da contabilidade pública.
Comentários
Conforme estudamos,
O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o patrimônio público.
Pessoal, na prática observamos que a Contabilidade Aplicada ao Setor Público não se limita a evidenciar as
alterações verificadas no patrimônio. Em uma análise mais estrita, verifica-se que os lançamentos passam
pela execução orçamentária das receitas e despesas e se estendem a situações que potencialmente possam
afetar o patrimônio, como a assinatura de contratos, por exemplo. Desse modo, o patrimônio público deve
ser entendido em sentido amplo, englobando fatos financeiros, orçamentários, contábeis e patrimoniais.
Entretanto, temos que deixar claro o seguinte:
OBJETO
PATRIMÔNIO PÚBLICO
Contabilidade Pública
Gabarito: Errado
34. (CESPE/Analista/TRE-RJ/2012) O bem intangível, como integrante do patrimônio público, é objeto da
contabilidade pública.
Comentários
Vamos ver novamente o conceito de Patrimônio Público...
Patrimônio Público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos,
formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador
ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à
exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
Observe que os bens intangíveis integram o patrimônio público e, portanto, são objeto da CASP.
Gabarito: Certo
a. Errada. O erro dessa opção está em afirmar que as estatais dependentes não constam do orçamento.
b. Errada. Ainda não estudamos os subsistemas de informações. O erro do item é que o subsistema de custos
não contém a referida conta.
c. Errada. A CASP não é um ramo independente da Ciência Contábil. Conforme estudamos, ela aplica os
princípios contábeis (e não orçamentários, conforme afirma o item) e as normas contábeis em geral.
d. Certa. Conforme estudaremos em nosso curso, o sistema contábil da CASP é estruturado em quatro
subsistemas: patrimonial, orçamentário, de custos e de compensação. Estudaremos oportunamente esses
subsistemas em nosso curso.
e. Errada. Pessoal, o objeto da CASP é o patrimônio público. Qualquer “historinha triste” diferente considere
errado, a exemplo desse item.
Gabarito: D
38. (CESPE/Contador/MJ/2013) A respeito dos princípios de contabilidade, do sistema de contabilidade
federal e da conceituação, objeto e campo de aplicação da contabilidade governamental, julgue o item
subsequente.
O objeto de estudo da contabilidade pública é o patrimônio público consubstanciado no conjunto de bens e
direitos, tangíveis e intangíveis, produzidos ou formados, com exceção dos que foram desenvolvidos
internamente ou recebidos em doação.
Comentários
Os bens desenvolvidos internamente e os bens recebidos em doação estão incluídos no conceito de
patrimônio público.
Gabarito: Errado
39. (CESPE/Contador/FUB/2015) Na qualidade de entidade governamental, a UnB deve observar todas as
normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.
Comentários
As Universidades são autarquias e, portanto, estão no escopo obrigatório da CASP, ou seja, devem observar
todas as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.
Gabarito: Certo
40. (CESPE/Analista/MPU/2015/adaptada) Cabe ao MPU fornecer informações úteis aos usuários da
informação contábil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de
decisão, sendo a ele facultativa a aplicação das técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.
Comentários
Realmente cabe ao MPU fornecer informações úteis aos usuários da informação contábil para fins de
prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão. No entanto, o MPU se
enquadra no conceito de entidade governamental que estudamos. Logo, deve aplicar obrigatoriamente a
CASP. Trata-se de uma obrigação e não uma faculdade.
Gabarito: Errado
d) As consequências, em longo prazo, das decisões tomadas e das atividades realizadas durante o exercício,
inclusive aquelas que possam impactar as expectativas sobre o futuro.
e) As decisões relacionadas a novas contratações.
5. (FGV/Analista/ALERO/2018) De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para
Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público, o
objetivo principal da maioria das entidades do setor público é o de
a) gerar retorno financeiro.
b) ser auto sustentável.
c) gerar empregos.
d) prestar serviços à sociedade.
e) contribuir para o desenvolvimento do país.
6. (FGV/Agente/TCM SP/2015/Adaptada) A Estrutura Conceitual Aplicável ao Setor Público segrega o
escopo de aplicação das normas de Contabilidade Aplicada ao Setor Público em obrigatório e facultativo. Das
entidades a seguir, as que se enquadram no escopo de aplicação facultativo são:
a) autarquias;
b) consórcios públicos;
c) empresas estatais dependentes;
d) fundações públicas;
e) organizações da sociedade civil de interesse público.
7. (FGV/Técnico/DPE-RO/2015) A prefeitura de Porto Velho contratou por R$ 100.000,00 a Cia de Circo do
Palhaço Tiriri, uma fundação privada de filantropia, para animar a comemoração da Páscoa nas escolas
municipais pelos próximos 10 anos. A Cia de Circo do Palhaço Tiriri foi a única qualificada no processo
licitatório para concorrer a esse contrato. Em atenção ao que foi avençado com a prefeitura de Porto Velho,
a contabilidade da Cia de Circo do Palhaço Tiriri deverá:
a) reconhecer as receitas pelo regime de caixa e as despesas pelo regime de competência;
b) reparar integralmente as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público;
c) observar parcialmente as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público;
d) reconhecer as receitas pelo regime de competência e as despesas pelo regime de caixa;
e) ignorar integralmente as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
8. (FGV/Analista/DPE-RO/2015/Adaptada) De acordo com a Estrutura Conceitual Aplicável ao Setor
Público, as entidades abrangidas pelo campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público devem
observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada ao Setor Público. A observância de tais
normas pode ser facultativa pelos(as):
a) autarquias;
b) consórcios públicos;
c) fundações públicas;
d) estatais dependentes;
b) A execução das receitas e despesas do consórcio público constituído como pessoa jurídica de direito
privado é regida pelas normas do Direito Privado.
c) As sociedades de economia mista não estão sujeitas à adoção do plano de contas único da Administração
Federal.
d) Para a doutrina, não há distinção entre patrimônio público e contábil dos órgãos e entidades da
Administração Pública.
e) Das funções básicas da Contabilidade – planejamento e controle –, somente o segundo tem caráter
compulsório para os entes da Administração.
21. (IDECAN/Técnico/AGU/2014/Adaptada) É correto afirmar que o objeto da contabilidade aplicada ao
setor público
a) são os bens públicos. b) é o orçamento público. c) é o patrimônio público.
d) é a prestação de contas. e) é a execução orçamentária.
22. (CESPE/Auditor/TC-DF/2021) Entre os usuários primários dos RCPG estão os membros do Poder
Legislativo.
23. (CESPE/Analista/PGDF/2021) Deverão aplicar os preceitos da estrutura conceitual no processo de
elaboração de seus relatórios contábeis, entre outras entidades, os governos estaduais, municipais, distrital
e federal, bem como as secretarias, autarquias e fundações mantidas pelo poder público.
24. (CESPE/Analista/TJ-AM/2019) Independentemente de sua personalidade jurídica, toda entidade que
emprega recursos públicos deve elaborar relatórios contábeis de propósitos gerais das entidades do setor
público.
25. (CESPE/Procurador/MPC-PA/2019) A respeito da contabilidade pública, assinale a opção correta.
a) Os bens públicos, independentemente de sua natureza, são controlados pela contabilidade pública.
b) Os procedimentos para apuração de resultado econômico devem ser excluídos da contabilidade pública.
c) A contabilidade pública necessita de, pelo menos, um órgão administrativo que pratique atos de gestão.
d) As obrigações públicas são incluídas no passivo somente quando acompanhadas de comprovante emitido
pelo credor.
e) O objetivo da contabilidade pública é apresentar uma situação líquida nula.
26. (CESPE/Oficial/ABIN/2018) Constantes dos RCPGs, as informações que podem subsidiar as decisões dos
usuários incluem aquelas relativas à situação patrimonial, de desempenho do ente e de seus fluxos de caixa.
27. (CESPE/Analista/EBSERH/2018) Os relatórios contábeis de propósitos gerais abrangem as
demonstrações contábeis, mas não se limitam a estas.
28. (CESPE/Analista/MPU/2010) Com base na Lei n.º 4.320/1964, julgue o item que se segue, acerca de
contabilidade pública.
A contabilidade pública demonstra perante a fazenda pública a situação de todos quantos, de qualquer
modo, arrecadem receitas, realizem despesas ou guardem bens a ela pertencentes.
29. (CESPE/Oficial/ABIN/2010) As empresas públicas com personalidade jurídica de direito privado podem,
sob determinadas circunstâncias, estar sujeitas ao campo de aplicação da contabilidade pública.
GABARITO
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
E E E E D E E E E E
11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.
C D A C C D D C A C
21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.
C C C E C C C C C C
31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.
C E E C C E D E C E