3 ARTE DE BRINCAR Resgatando As Brincadeiras Antigas ID
3 ARTE DE BRINCAR Resgatando As Brincadeiras Antigas ID
3 ARTE DE BRINCAR Resgatando As Brincadeiras Antigas ID
Resumo
O presente trabalho revela uma experiência vivenciada com crianças da turma do maternal I, do
CMEI Benevides Epaminondas, em Maceió. Que contou com o apoio das gestoras, coordenação
pedagógica e a estagiária de Psicologia Rosivalda Cajé. Esta experiência teve o objetivo de resgatar
as brincadeiras antigas que fizeram parte da nossa infância e dos nossos avós. Buscamos demonstrar
que o ato de brincar é de grande relevância para construção do desenvolvimento integral das
crianças, por permitir que a criança explore seu mundo interior e descubra o mundo. Visamos, desta
forma, valorizar as brincadeiras tradicionais em suas práticas cotidianas no contexto escolar na
Educação Infantil.
Introdução 35
Podemos entender a Educação Infantil como um processo de desenvolvimento cognitivo,
emocional, interagir com outras crianças. De acordo com a LDB é possível perceber que a primeira
etapa da Educação Básica, nesta fase da vida, o brincar é fundamental para a formação integral
deste pequeno ser humano. Visando a compreensão da necessidade de resgatar as brincadeiras
antigas para que as crianças do nosso CMEI, tenham conhecimento das brincadeiras que eram
facilmente encontradas nas ruas dos bairros durante anos.
O resgate se faz necessário visto que a tecnologia também está presente no dia a dia,
substituindo estas brincadeiras e brinquedos industrializados e eletrônicos. Dias (2006, p.422), que
nos jogos, brinquedos e brincadeiras as crianças, atualmente, vêm perdendo esta cultura produzida
pela humanidade ao longo dos tempos. Além disto, ela mesma vem se perdendo enquanto produtora
da sua própria cultura de jogos e brincadeiras. E o que se tem constatado é a grande influência da
indústria cultural neste processo.
¹ Professora Processo Seletivo –SEMED Maceió, graduada em Pedagogia, pela Universidade Estácio de Sá,
graduada em Serviço Social pela Universidade Federal de Alagoas, especialista em Atendimento
Educacional Especializado e especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Trabalha atualmente na
CMEI Benevides Epaminondas. [email protected]
A aplicação do resgate das brincadeiras foi um meio de estimular, analisar e avaliar
aprendizagens específicas das crianças. Além disso, o lúdico envolve motivação, interesse, e
satisfação, ativando aspectos referentes às emoções e à afetividade, componentes importantes no
processo de construção do conhecimento. Objetivo geral deste trabalho é socializar as brincadeiras
que eram realizadas no passado por meio da ampliação de seu círculo de brincadeiras incentivando
a participação. Estimular o resgate de brincadeiras antigas e brinquedos, com esse trabalho visa a
descoberta de outras formas de brincar estimulando o novo. Pode-se afirmar que, brinquedos e
brincadeiras tradicionais fizeram parte da vivencia das crianças da maioria das gerações, sendo
transmitidos de pais para filhos através da oralidade e vivencia dos mesmos. Ao decorrer das
brincadeiras podemos promover a socialização, incentivar movimentos do corpo, psicomotricidade
ampla, equilíbrio e lateralidade.
Justificativa
Ao brincar a criança cria conexões com o mundo social, sendo assim, o brincar vem da
própria criança. Brincando elas aprendem a interagir em si, deixando fluir sua imaginação. Desse 3
modo, aprende a lidar com o mundo formando sua personalidade e recriando situações do cotidiano.
É através das crianças que se perpetuam as brincadeiras tradicionais. Sendo estas, preservadas e
recriadas a cada nova geração. Portanto, resgatar a tradição das brincadeiras é uma forma de
ampliar o universo lúdico e cultural das crianças, além de promover uma interação com outras
gerações.
Carneiro (2007) retrata que a brincadeira é a representação da realidade, ela assume um
papel fundamental nas etapas do desenvolvimento da criança. Foi investigando o desenvolvimento
da inteligência que Piaget aprofundou seus estudos sobre o jogo. Ele mostrou as contribuições da
atividade lúdica para a aprendizagem das regras, a socialização da criança, o aparecimento da
linguagem e, sobretudo, o desenvolvimento do raciocínio.
Na contemporaneidade as tecnologias restringem as brincadeiras fazendo com que as
crianças passem muitas horas na frente do computador ou mesmo da televisão. Ficam ocupadas em
vencer obstáculos, disputar corridas, tudo isso sem a criança sair do lugar. Sendo assim resgatamos
as brincadeiras antigas, o brincar e o jogar que são atos indispensáveis à saúde física, emocional e
intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos.
Metodologia
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Figura 1- Cantigas de roda “A Linda Rosa Juvenil” Fonte: Arquivos do projeto, (2017)
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Figura 5 – As crianças em um momento de interação correm atrás das bolinhas
9º Momento – Futebol
Fomos para área externa do CMEI, colocamos improvisamos uma trave e partimos para
jogo.
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Resultados
Pode-se concluir, portanto, que o papel do educador é fundamental para manter a arte de
brincar sempre viva. Pois, cada etapa foi avaliada através do interesse, participação e
principalmente dos registros orais dos pequenos. Conseguiram refletir a respeito das brincadeiras
realizadas. Esse processo de aprendizagem permitiu o alargamento de horizonte para todos os
sujeitos envolvidos: crianças, professores, profissionais da própria instituição.
O registro das atividades na educação é um importante auxílio para avaliar as atividades
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desenvolvidas, promovendo a construção da identidade da criança, o desenvolvimento de
competências, oportunidades de crescimento, a movimentação do corpo, a estimulação dos
diferentes sentidos, sentimento de segurança, confiança e oportunidades para o contato com o outro.
Foi um trabalho que teve como objetivo resgatar a arte de brincar como uma forma lúdica de
conhecer as brincadeiras antigas. Para isso, a avaliação foi contínua, através da observação diária da
criança no seu desenvolvimento, atitudes, comportamentos e habilidades.
Referências
CARNEIRO, Maria Ângela Barbato e DODGE, Janine J. A descoberta do brincar. São Paulo:
Editora Melhoramentos / Editora Boa Companhia, 2007.
DIAS, Graziany Penna. O Papel da Animação Cultural. Niterói, 2006, p. 422.
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