Mostre-Me Seu Amor - A. K. Raimundi - 130917190806
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A.K. Raimundi
2017
Copyright © 2017 A.K. Raimundi
Capa: Amanda Raimundi
Revisão: Margareth Antequera
Diagramação Digital: Margareth Antequera
Esta é uma obra de ficção. Seu intuito é entreter as pessoas.
Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da
imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e
acontecimentos reais é mera coincidência.
Esta obra segue as regras da Nova Ortografia da Língua
Portuguesa.
Todos os direitos reservados.
São proibidos o armazenamento e/ou a reprodução de qualquer parte
dessa obra, através de quaisquer meios — tangível ou intangível — sem o
consentimento escrito da autora.
Criado no Brasil.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei n°.
9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Índice
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Epílogo
“A vida toda se resume em decisões.
Pequenas decisões que nos levam para
onde queremos, ou não, irmos. Ela é o
recomeço, superação no que for preciso.
E cada insignificante decisão tomada
muda cada momento do resto de sua vida.
”
A.K. Raimundi
Prólogo
Mason Lennox
04 de Outubro de 2015
Imbecil!
Esfreguei o rosto limpando as lágrimas estúpidas
que caiam pelo meu rosto. A raiva era muito bem-vinda
nesse momento, era como um tipo de droga anestesiando
todo meu corpo do que tinha restado da minha vida.
Se eu podia chamar isso de vida.
Na tentativa de me afastar de tudo a cadeira tinha
ficado presa entre os móveis pesados de madeira. E, tudo
piorou quando tentei arremessar um vaso de cristal que
estava perto de mim no aparador. Isso levou a minha
queda.
Nada pior poderia me acontecer.
Que ótimo, fui reduzido a uma merda de ser
humano, agora além de tudo ainda tinha caído de cara no
chão e mal conseguia me erguer.
Capítulo 1
Lisa Hope
12 de Junho de 2017
Mason...
Ele é a melhor coisa do mundo...Inclinei a cabeça
para trás quando sua boca foi para meu pescoço, suas
mãos agarradas em meus cabelos.
— Mason... – Gemi. Coloquei as mãos por dentro
de sua camisa tirando seu protetor, sentindo o peitoral, os
pelos na altura do umbigo e no peito... Deus, ele tinha
todo esse corpo escondido...
Nossos lábios se afastaram, ele me olhava duro.
Por um momento eu acreditei que ele fosse regredir, e
voltar a se trancar por suas camadas de dor e revolta.
— Diga Lis...
Eu olhei para seu rosto, analisando como
proceder.
— Diga que me quer...
Sua voz estava trêmula, conseguia ouvir receio por
trás da voz rouca. Mas também notei um sopro de
esperança. E eu queria aquilo, esperança... esperanças
para nós dois.
— Eu quero você, a cada dia, a cada maldita hora
que entrei nessa casa, ou quando você taca pedras em
minha janela.
— Mas eu não sei se consigo. – Ele olhou para seu
corpo, como se fosse quebrado, como se não fosse mais
útil por estar em uma cadeira de rodas. – Se eu falhar?
Dei um beijinho de leve em sua bochecha. – Aí
dormiremos de conchinha.
— Me deixe entrar em sua vida, mostre seu lado
mais feio, mostra para mim o que você esconde tanto.
Mostra onde dói. – Coloquei a mão sobre seu coração
sentindo as batidas fortes em meus dedos. – Mostre-me
seu amor.
O beijo começa tenso, sinto cada fibra de Mason
tensa com o que pode acontecer. Seu beijo vai ficando
confiante, tomando minha boca aos poucos.
Traço de volta o caminho por sua camiseta, Mason
permite que a retire. Espalho pequenos beijos por seu
pescoço, ombros, braços. Notando pela primeira vez
pequenas cicatrizes do que ficou como lembrança do
terrível dia do acidente.
Mason toma coragem tirando meu moletom,
deixando-me de sutiã.
Escuto sua respiração ofegante, ambos estamos
descobrindo algo novo, invadindo uma zona fora do
limite, fora do conforto. Ele me lança um olhar esfomeado
antes de destravar o fecho frontal da lingerie e tomar um
de meus seios na boca, fazendo-me arfar.
Meu corpo se contorce com a eletricidade que
passa por ele, deixando tudo sensível. Sei de suas
condições, mas mesmo assim vejo que ele não está com
dificuldade em me deitar ao seu lado, jogando um pouco
de seu peso em cima de mim.
Sinto sua ereção contra minha coxa, sua boca
chupa, beija meu seio como se ele tivesse beijando minha
boca. Sensual e ousado, capaz de me fazer explodir como
em mil cacos. Mostrando-me um lado seu que me faz
suspirar, seu lado faminto, seu lado homem. Um Mason
esfomeado por amor, por desejo.
Ele solta meu seio, dando atenção para o outro.
Sua língua habilidosa indo de um para o outro, para meu
pescoço. Mordendo minha boca.
— Livre-se de suas roupas.
Não espero um segundo pedido, quando ele volta a
se acomodar nos travesseiros me livro da calça jeans, da
calcinha assim como de minhas meias. Se chegamos ali,
não tem porque ter vergonha.
— Posso ajudar você?
— Por favor, Lis!
Mason me ajuda apoiando os braços na cama
erguendo seu quadril, não comento que ele está com mais
força que geralmente apresenta nas sessões, não quero
atrapalhar nosso momento com isso. Apenas livro ele da
calça e da cueca, vendo seu membro bater em sua cintura
duro e pesado.
Penso em todas as coisas e sonhos eróticos que
tive com ele, penso em tudo que quero fazer.
— Lis...
Olha para ele, vendo que ainda tinha um pouco de
receio em seus olhos. Sei também para onde os
pensamentos de Mason podem estar levando e pelo fato
dele ter fugido de minha casa quando sentiu sua ereção.
Sei de seu receio.
Muitos homens acham que por serem deficientes
não podem mais satisfazer suas mulheres, mas o que eles
não sabem é que tudo está na mente. Não quero prolongar
o momento...
Mason estendeu o braço abrindo a primeira gaveta
do criado-mudo. Tirou um preservativo debaixo de alguns
papéis. Ele voltou para sua posição apoiado nos
travesseiros com certa dificuldade, me analisando.
— Eu roubei do quarto de Clark. – Confessou.
Ele rasgou, desenrolando a camisinha sempre
olhando em meus olhos. Sua mão voltou a acariciar meu
rosto, puxando minha boca para a sua.
— Liz...
Passo uma perna sobre seu corpo, ficando em cima
de seu membro, a ansiedade domina meu corpo, quero que
seja bom, principalmente para Mason. Desço devagar
sobre seu membro, ele geme apertando minhas coxas,
sentindo minha entrada úmida abrindo espaço para seu
pênis.
— Me avise se você sentir algum tipo de dor. –
peço, louca para começar a me mexer.
— Lis, por favor... – ele suplica, suas mãos
deslizam para minha bunda apertando-me mais em seu
corpo, aumentando mais o contato, forçando seu membro
ir mais fundo dentro de mim, o que faz nós dois
estremecer.
Seus olhos estavam repletos de desejo, a sombra
constante que habitava seu olhar estava fraca, encolhida
em algum canto, não atrapalhando nosso momento.
Comecei a rebolar, enquanto subia e descia, minhas mãos
apoiadas em seus ombros. Mason me ajudava segurando
minha cintura, aumentando meus movimentos, entrando e
saindo com força, para depois alterar. Entrando com
força, sentindo-o todo dentro de mim, para sair devagar.
Eu tremia, meus olhos se fecharam, sentindo tudo
em volta desaparecer por completo.
— Não feche seus olhos, olhe para mim, Lis.
Meu corpo estremeceu com força, refletindo em
Mason que soltou um gemido baixo. Ele me puxou para
um beijo quente. Colando nosso corpo, fazendo nosso
movimento ficar ainda mais intenso pela posição, ambos
suávamos.
Eu sentia meu corpo a ponto de se despedaçar.
Eu estava a segundos de me entregar por inteira
para esse homem sombrio.
— Mason...
Mason intensificou nosso beijo ao mesmo tempo
em que apertou mais minha cintura, fazendo meu corpo se
chocar no seu, aumentando o ritmo e as estocadas.
Gemendo juntos quando nosso corpo desfaleceu no
orgasmo. Meu corpo vibrando junto com o seu.
Mason me mantém junto ao seu corpo, nossas
respirações se acalmando e por todo o tempo ele passa as
mãos em minhas costas, fazendo carinho em meu cabelo.
— Desculpe os apertões. – Ele sussurra em meu
ouvido. – Eu perdi o controle.
Sorrio ainda aninhada em cima dele. – Não tem
problema.
Ergo-me saindo de cima do seu corpo, sentindo o
meu rígido dos apertões, mas em completo êxtase.
Mason retira a camisinha, dá um nó na ponta e
coloca entre a cama e o criado-mudo no chão. Estou
prestes a vestir minhas roupas quando ele passa sua
camisa para mim com um sorriso. Jogo de lado a minha,
sentindo sua camisa escorregar pelo meu corpo, deixando
o cheiro dele em minha pele.
Naquela noite dormimos nos braços um do outro.
Suspirando feliz em entrar no sono profundo...
Capítulo 24
Mason Lennox
— Noite agitada?
Clark estava tomando café quando entrei na sala
de estar, a TV como sempre em volume baixo
denunciando meus movimentos.
— Um pouco.
Clark soltou uma risadinha baixa.
— Não quero nenhum comentário sobre isso. –
Praticamente rosnei como um cachorro para ele.
Clark se virou no sofá olhando para mim. – Você
está gostando dela?
— Eu... Acho que sim. – Senti meu rosto
esquentar. Eu Mason Lennox estava com vergonha? Isso
era novo.
Clark preferiu mudar de assunto. – Como você
está se sentindo hoje?
— Me sinto melhor.
Não queria que ele se preocupasse com uma febre
à toa, com certeza seria pela mudança de temperatura.
Uma verdadeira tempestade tinha passado por
aqui, fui até a varanda olhando o gramado castigado pela
chuva, as grandes poças. Deixei meus olhos vagarem, não
se fixando em nada, o céu nublado chamava minha atenção
e ali, com a mente vazia, a lembrança veio como um soco
em meu estômago.
Que dia.
Há muito tempo eu não sorria tanto como sorri
hoje, Lis tinha realmente acendido uma luz dentro de mim,
embora ainda me sentia culpado por sorrir, eu me sentia
bem. Pela primeira vez nesses dois anos, hoje eu tinha me
sentido bem.
Não me importava para o frio cortante que estava
nas ruas, como também não me importava para as velhas
curiosas que ficaram olhando pelas cortinas quando saía
da rua de Elizabeth.
Parei no cruzamento vendo uma sombra se mexer
mais adiante, tudo que eu não precisava era de um
cachorro correndo atrás de mim. Quando a sombra parou
alguns metros a minha frente notei que era apenas um gato.
Um grande gato preto vira-lata, seus olhos estavam
realmente me encarando.
Passei por ele, fazendo um barulho para ele sair
correndo, mas ele não fez, começou a andar do meu lado.
— Sai daqui bichano. – Tentei espantar o gato com
as mãos, mas nada disso o fez sair. Ele continuou me
seguindo até parar na esquina do casarão, soltou um
miado baixo sentando na calçada de frente para mim.
(Sia – To be human)
Fim.