V 2 C 05

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 9

Curso de

Física Básica
H. Moyses Nussenzveig

Resolução do
Volume II
Capítulo 5
Ondas
Grupo Física-Nussenzveig Capítulo - 5

1- Uma corda uniforme de 20m de comprimento e massa de 2 kg está esticada sob uma tensão
de 10 N. Faz-se oscilar transversalmente uma extremidade da corda, com amplitude de 3 cm e
freqüência de 5 oscilações por segundo. O deslocamento inicial da extremidade é de 1,5 cm para
cima.
a) Ache a velocidade de propagação v e o comprimento de onda λ da onda progressiva gerada
na corda.
b) Escreva, com função do tempo, o deslocamento transversal y de um ponto da corda situado à
distância x da extremidade que se faz oscilar, após ser atingido pela onda e antes que ela chegue
à outra extremidade.
c) Calcule a intensidade I da onda progressiva gerada. (Resolução)

2- A mesma corda descrita no Probl. 1 está com uma extremidade amarrada num poste. A
outra, inicialmente em repouso na posição de equilíbrio, é deslocada de 10 cm para cima, com
velocidade uniforme entre t = 0 e t = 0,5 s. A seguir, é deslocada para baixo, com a magnitude da
velocidade reduzida à metade da anterior, entre t= 0,5 s e t = 1,5 s, quando retorna à posição de
equilíbrio.
a) Desenhe a forma da corda no instante t = 1,7 s.
b) Desenhe a forma da corda no instante t = 2,6 s. (Resolução)

3 – Mede-se a velocidade v de propagação de ondas transversais num fio com uma extremidade
presa a uma parede, que é mantido esticado pelo peso de um bloco suspenso
da outra extremidade através de uma polia. Depois (fig.), mergulha-se o bloco
na água até os 2/3 da altura e verifica-se que a velocidade cai para 95,5 % da
anterior. Qual é a densidade do bloco em relação à água? (Resolução)

4- a) Mostre, diferenciando a expressão para a velocidade de propagação de ondas numa corda,


∆v ∆T
que a variação percentual de velocidade produzida por uma variação percentual da tensão
v T
∆v 1 ∆T
na corda é dada por = .
v 2 T
b) Um afinador de pianos faz soar a nota lá de um diapasão, de freqüência υ = 440 Hz, para
compará-la com a nota lá da escala média de um piano. Com ambos soando simultaneamente, ele
ouve batimentos cuja intensidade máxima se repete a intervalos de 0,5 s. Que ajuste percentual ele
deve fazer na tensão da corda do piano para afiná-la? (Resolução)

5– Desprezando efeitos de tensão superficial, pode-se mostrar que ondas na superfície da


água, com comprimento de onda λ muito menor que a profundidade da água, propagam-se com

velocidade de fase v ϕ = , onde g é a aceleração da gravidade. Mostre que a velocidade de

1
grupo correspondente é v g = v ϕ . (Resolução)
2

6– Duas ondas transversais de mesma freqüência ν = 100 s-1 são produzidas num fio de aço
de 1 mm de diâmetro e densidade 8 g/cm³, submetido a uma tensão T = 500 N. As ondas são
dadas por:
 π
y1 = A cos kx − ωt +  , y 2 = 2A sen ( ωt − kx ) , onde A = 2 mm.
 6
2
Grupo Física-Nussenzveig Capítulo - 5

a) Escreva a expressão da onda harmônica progressiva resultante da superposição dessas


duas ondas.
b) Calcule a intensidade da resultante.
c) Se fizermos variar a diferença de fase entre as duas ondas, qual é a região entre os valores
máximo e mínimo possíveis da intensidade da resultante? (Resolução)

7– A corda mi de um violino tem uma densidade linear de 0,5 g/m e está sujeita a uma
tensão de 80N, afinada para uma freqüência υ = 660 Hz.
a) Qual é o comprimento da corda?
b) Para tocar a nota lá da escala seguinte, de freqüência 880 Hz, prende-se a corda com
um dedo, de forma a utilizar apenas uma fração f do seu comprimento. Qual é o valor de f?
(Resolução)

8 – Uma corda de comprimento l está distendida, com uma extremidade presa a um suporte e a
outra extrremidade livre.
a) Ache as freqüências υn dos modos normais de vibração da corda.
b) Desenhe a forma da corda associada aos três modos de vibração mais baixos (em ordem
de freqüência crescente). A velocidade de ondas na corda é v. (Resolução)

9 – Considere novamente a corda do problema 8, com um extremo fixo e outro livre e de


comprimento l. No instante t = 0, um pequeno pulso de forma triangular está se propagando para a
direita na corda. Depois de quanto tempo a corda voltará à configuração inicial? (Resolução)

10 - Uma corda vibrante de comprimento l presa em ambas as extremidades está vibrando em seu
n-ésimo modo normal, com deslocamento transversal dado pela (5.7.10, ou seja,
 nπ   nπ 
y n ( x , t ) = b n sen(k n x ) cos(ωn t + δ n ) = b n sen x  cos vt + δ n )  , (n = 1,2,3,...). Calcule a
 l   l 
energia total de oscilação da corda.
Sugestão: Considere um instante em que a corda esteja passando pela posição de equilíbrio, de
modo que sua energia total de oscilação esteja em forma puramente cinética. Calcule a densidade
linear de energia cinética e integre sobre toda a corda. (Resolução)

11 – (modificada: acrescentou-se a letra 'a' à questão) Duas cordas muito longas, bem esticadas, de
densidades lineares diferentes µ1 e µ2, estão ligadas uma à outra. Toma-se a posição de equilíbrio
como eixo dos x e a origem O no ponto de junção, sendo y o deslocamento transversal da corda
(fig). Uma onda harmônica progressiva, yi=A1cos (k1x - ωt), viajando na corda 1 (x < 0), incide
sobre o ponto de junção, fazendo-o oscilar com freqüência angular ω. Isto produz na corda 2 (x > 0)
uma onda progressiva de mesma freqüência, yt=A2 cos (k2x - ωt) (onda transmitida), e dá origem, na
corda 1, a uma onda que viaja em sentido contrário, yr=B1 cos(k1x +ωt) (onda refletida). Dada a
B1
onda incidente yi, de amplitude A1, desejam-se obter a amplitude de reflexão ρ = e a amplitude
A1
A2
de transmissão τ = .
A1
a) Use sua intuição para prever quais devem ser os valores de ρ e τ para os casos em que: (i)
µ1 >> µ2; (ii) µ1 = µ2; e (iii) µ1 << µ2.
b) Dada a tensão T da corda, calcule as velocidades de propagação v 1 e v2 nas cordas 1 e 2,
bem como os respectivos números de onda k1 e k2. O deslocamento total na corda 1 é y i + yr, e na
corda 2 é yt.
c) Mostre que, no ponto de junção x = 0, deve-se ter yi + yr = yt.

3
Grupo Física-Nussenzveig Capítulo - 5

d) Aplicando a 3ª lei de Newton ao ponto de junção x = 0, mostre que, nesse ponto, deve-se
∂ ∂
ter também (y i + y r ) = yt .
∂x ∂x
e) A partir de (b) e (c), calcule as amplitudes de reflexão e transmissão ρ e τ em função das
velocidades v1 e v2. Discuta o sinal de ρ. (Resolução)

12 – No problema 11, a refletividade r da junção é definida como a razão da intensidade da onda


refletida para a intensidade da onda incidente, e a transmissividade t como a razão da intensidade
transmitida para a incidente.
a) Calcule r e t.
b) Mostre que r + t = 1, e interprete esse resultado. (Resolução)

Resolução

R-1) Dados: L = 20m ; m = 2 kg ; A = 3 cm = 0,03 m ; υ = 5 Hz ; T = 10N.

m
a) A densidade linear da corda vale: µ == 0,1 kg / m .
L
T 10
Logo, a velocidade será: v= = ⇒ v = 10 m/s
µ 0,1
E
v 10
λ= = ⇒ λ=2m
υ 5

b) Equação da corda:
y (x,t) = A cos (kx - ωt + φ) , onde A foi dado e ω = 2πυ = 10π rad/s , k = (v / ω) = π m-1

De acordo com o problema, temos, em t = 0 e x = 0, que y vale 1,5 cm = 0,015 m. Substituindo na


equação da corda:
y (0,0) = 0,015 = 0,03 cos (φ)
O que nos dá cos φ = (1/2). Logo φ = π/3 rad.
Portanto:
y(x.t) = 0,03 cos (πx - 10πt + π/3)

c) A intensidade I representa o fluxo médio de energia através de um ponto qualquer da corda, ou


seja, a intensidade é dada como o valor da potência média sobre um período. Assim:
I = (1/2).µ.v.ω².A² ⇒ I = 0,44W

R-3)
Notação:
µ: densidade linear da corda;
β = m / Vb: densidade do bloco;
ρ: densidade da água;
Vb: volume do bloco [A (área da base) x h (altura)];
Vl: volume do líquido deslocado;
4
Grupo Física-Nussenzveig Capítulo - 5

E = ρ.Vl.g : empuxo sobre o bloco.

Primeira situação:
T – P = 0 ⇒ µ.v² - m.g = 0 ⇒ µ.v² - β.Vb.g = 0 ⇒ µ.v² = β.A.h.g (I)

Segunda situação (bloco é colocado na água):


T+E–P=0
µ.(0,955v)² + ρ.Vl.g – m.g = 0 ⇒ (0,955)².µ.v² + ρ.Vl.g – β.Vb.g = 0 (II)
Substituindo (I) em (II), cancelando g e substituindo os termos Vb e Vl:
(0,955)².β.Vb.g + ρ.Vl.g – β.Vb.g = 0 ⇒ 0,0879.β.A.h = ρ.A.(2 / 3).h

β
= 7,58 ≈ 7,6
ρ

R-4)
T
a) v =
µ
dv 1 1 1 1 T 1 T 1 1 1
= . = . . = . . = .v.
dT 2 µ.T 2 µ.T T 2 µ T 2 T
Logo:
dv 1 dT ∆v 1 ∆T
= . ou = .
v 2 T v 2 T

b)

R5)
Seja uma onda na forma:
y = A cos(kx - ωt)

k=
λ
ω λ gλ
vϕ = = ω. =
k 2π 2π
λ 2π
ω = g. . , que pode ser escrito como
2π λ
2 1 2
λ  2π   λ  2  2π  2
ω = ( g) 2    
1
ω = g. .   ou
2π  λ   2π   λ 
−1 2
 2π  2
 2π  2
ω = ( g)
1
2
   
 λ   λ 
1
 2π  2
ω = ( g) 2   ω = ( g) ( k ) 12
1 1
⇒ 2
 λ 

vg =
dk
5
Grupo Física-Nussenzveig Capítulo - 5

1
1 1  λ  2
vg = ( g ) 2  
2  2π 
1
1  g.λ  2 1
vg =   = .vϕ
2  2π  2

R-6) Temos:
 π
y 1 = A cos kx − ωt +  ≡ A1 cos (θ + φ1)
 6
  π 
y 2 = 2A cos( ωt − kx ) ≡ A2 sen (-θ) ≡ A2.[-sen (θ)] ≡ A 2 cos θ +  −   ≡ A2 cos (θ +φ2)
  2 
Onde definimos:

A1 = A
A2 = 2A
φ1 = π/6 (I)
φ2 = - (π/2)

Em notação complexa, podemos escrever:


z1 = A1.e i ( θ+φ1 )
z2 = A 2 .e i ( θ+φ2 )
que representam, também, as equações das duas ondas. Logo:
z = z1 + z2 = A1.e i ( θ+φ1 ) + A 2 .e i ( θ+φ2 ) = A 1 .e i ( θ+φ1 +φ2 −φ2 ) + A 2 .e i ( θ+φ2 )
[
z = e i ( θ+φ2 ) A 1 .e i ( φ1 −φ2 ) + A 2
1442443
]
B.e iβ
em que
B.eiβ = A 1 .e i ( φ1 −φ2 ) + A 2 (II)

Para um dado complexo z, temos:


z = B.e iβ e seu conjugado será z* = B.e −iβ
z = B cosβ + iB senβ ⇒ z* = B cosβ - iB senβ
E
z.z* = B²
Como z é dado por (II):
B² = [A1cos (φ1 - φ2) + A2]² + [A1sen(φ1 - φ2)]²
= A1²cos²(φ1 - φ2) + 2.A1.A2cos (φ1 - φ2) + A2² + A1²sen²(φ1 - φ2)

A1²
B² = A1² + A2² + 2.A1.A2cos (φ1 - φ2) (III)

Basta substituirmos os valores na equação (III), lembrando que: A1 = 2mm = 2x10-3m; A2 = 2A1; φ1
e φ2 dados em (I). Com isso, obtemos:
B = 5,29x10-3 m

6
Grupo Física-Nussenzveig Capítulo - 5

Encontrando β:
De acordo com (II):
B.e iβ = B cos β + iB sen β = [A1cos (φ1 - φ2) + A2] + i[A1sen (φ1 - φ2)]
Aplicando a identidade de números complexos:
B cosβ = A1cos (φ1 - φ2) + A2 ⇒ A cos(φ1 − φ 2 ) + A 2
cos β = 1
B

Resolvendo, encontramos:
cosβ = 0,945 ⇒ β = 0,33

A onda resultante é a parte real de:


z = B.e i ( θ+φ2 +β)
y = (Re)z = B cos (θ + φ2 + β) =

R-11) Temos o seguinte esquema:


µ1 µ2

O v
 yi = A1 cos ( k1 x − ω t ) ( x < 0 )
 B1 A2
 yt = A2 cos ( k2 x − ω t ) ( x > 0 ) ρ= τ=
 y = B cos ( k x + ω t ) ( x < 0 ) A1 A1
 r 1 1

a)
(iii)
µ1 << µ 2 se µ1 < µ 2
B1 ≅ − A1 → ρ ≅ −1 −1 < ρ < 0
A2 ≅ 0 → τ ≅0 0 <τ <1

(ii)
µ1 = µ 2
B1 = 0 → ρ =0
A2 = A2 → τ ≅1

(i)
µ1 >> µ 2 se µ1 > µ 2
B1 ≅ A1 → ρ ≅1 0 < ρ <1
A2 ≅ 2 A2 → τ ≅2 0 <τ < 2

T T ω ω
b) v1 = ; v2 = ; k1 = ; k2 = .
µ1 µ2 v1 v2

c) Continuidade da corda, caso contrário ela estaria quebrada.

d) yi + yr = yt

7
Grupo Física-Nussenzveig Capítulo - 5

As derivadas no ponto de junção são iguais (a tangente é horizontal).


∂ ∂
( yi + yr ) ( 0 ,t ) = ( yt ) ( 0 ,t ) (*)
∂x ∂x

e)
A1 cos ( −ω t ) + B1 cos ( k1 x − ω t ) = A2 cos ( −ω t )
( A1 + B1 ) cos ( ω t ) = A2 cos ( ω t )
Pode-se cancelar cos(ωt), pois o termo é válido para qualquer t e há t que não zera o cosseno).
Logo:
A1 + B1 = A2 (**)

    
−k1 A1sen  k1 x − ω t  +  − k1 B1sen  k1 x − ω t   = − k1 A1sen ( −ω t ) − k1 B1sen ( ω t ) =
 EF    EF 
 =0    =0 
= k1 A1sen ( ω t ) − k1 B1sen ( ω t ) (***)


( yt ) ( 0 ,t ) = −k2 A2 sen ( k2 x − ω t ) = k2 A2 sen ( ω t ) (****)
∂x
Igualando (***) = (****):
k2 A2 sen ( ω t ) − k1 B1sen ( ω t ) = k2 A2 sen ( ω t )
( k1 A1 − k1B1 ) sen ( ω t ) = k2 A2 sen ( ω t )
k1 A1 − k1 B1 = k2 A2
B1 k2 A2
B1 A 1− =
k1 − k1 = k2 2 ⇒ A1 k1 A1
A1 A1 EF EF
ρ τ

k = ωv   1+ ρ = τ
 B1 A2 
k2 v1  De (**): 1 + =  v1
=
k1 v2 
A1 A1 1 − ρ = v τ
 2

Logo:

v1 − v2 2.v2
ρ= τ=
v2 + v1 v2 + v1

R-12)
Ir It
Dados: r= ; t= .
Ii Ii
a)
1
I= µ vω 2 A2
2
1 1 1
I i = µ1v1ω 2 A12 ; Ir = µ1v1ω 2 B12 ; It = µ 2 v2ω 2 A22
2 2 2
2
B 
r =  1  ⇒ r = ρ2
 A1 

8
Grupo Física-Nussenzveig Capítulo - 5

2
µv A  µv
t = 2 2  2  ⇒t = 2 2τ2
µ1v1  A1  µ1v1

b)

Você também pode gostar