Contribuicoes UFUe EPRI
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CONTRIBUIÇÕES TÉCNICAS
PARA A TOMADA DE SUBSÍDIOS
013/2022 DA ANEEL
Cálculo de Perdas na
Distribuição da Energia Elétrica
SUMÁRIO
1. Introdução 3
2. Contribuições técnicas 8
Questão 1 9
Questão 15 16
Questão 17 18
Questão 18 25
Questão 19 25
Questão 20 26
Questão 21 27
Questão 22 42
Questão 23 42
Questão 24 56
Questão 25 59
Questão 29 62
Questão 30 67
Questão 34 69
Questão 35 69
Apêndice A – Sistema Teste 72
Apêndice B – Sugestões para uso do OpenDSS 78
2
1. Introdução
A energia elétrica é transferida aos diversos consumidores através de meios
físicos representados por transformadores, linhas de transmissão, assim como
linhas e redes de distribuição de energia elétrica. Durante esse processo, uma
certa quantidade de energia é perdida, sendo que essa quantidade pode ser
estratificada em perdas de origem elétrica e perdas de origem magnética.
De uma outra forma, as perdas técnicas podem também ser estratificadas em
termos de perdas variáveis, proporcionais ao quadrado da corrente, e perdas
(quase) fixas, diretamente proporcionais ao quadrado da tensão.
Considerando-se, portanto, que as perdas técnicas representam quantidades
de energia inerentes ao ativo, ou seja, aos sistemas de transmissão e
distribuição (ambos pertencentes à União), resulta que esse montante de [1] Módulo 7 dos
Procedimentos de
energia deve ser repassado aos diversos consumidores, através dos processos Distribuição da ANEEL
de revisão e ajustes tarifários. Para esse propósito, faz-se necessária a
definição de critérios e parâmetros específicos que possibilitem o cálculo ou
a medição adequada das perdas nas redes elétricas. Dessa forma, em termos
de regulamentação no caso brasileiro, as disposições normativas relativas ao
cálculo de perdas na distribuição, especificamente, encontram-se descritas no
Módulo 7 dos Procedimentos de Distribuição – PRODIST [1]. Visando o
aprimoramento contínuo de tais procedimentos, a ANEEL publicou a Nota
Técnica no 0047/2022-SRD/ANEEL [2], a qual apresenta algumas questões para
debate com o objetivo de receber opiniões da sociedade acerca de possíveis
aprimoramentos na metodologia de cálculo das perdas técnicas na distribuição. [2] Nota Técnica
no 0047/2022-SRD/ANEEL
De modo a ilustrar a importância dos processos de cálculo das perdas técnicas
na distribuição, a Fig. 1 ilustra a estratificação das perdas técnicas por
distribuidora de energia elétrica, em termos dos montantes anuais de energia
perdida.
OBSERVAÇÃO:
Os QR Codes
direcionam o leitor
aos sites ou
documentos
indicados no texto.
Para acessá-los, basta
direcionar a câmera
do celular para o QR
Code desejado ou
clicar diretamente
sobre o mesmo.
Figura 1 – Estratificação das perdas técnicas anuais por distribuidora [2]
3
A Fig. 1 mostra que as perdas totais no processo de distribuição de energia
elétrica são da ordem de 65.839,22 GWh/Ano. A título de curiosidade, esse
montante tem a mesma magnitude de toda a energia gerada pela Usina
Hidrelétrica de Itaipu no ano de 2021. Desse montante de perdas totais, as
perdas técnicas da distribuição totalizam 34.862,15 GWh/Ano (53% do total).
A Fig. 2, por sua vez, mostra a estratificação das perdas técnicas da
distribuição, das quais 67,61% refletem as perdas técnicas nos sistemas de
média e baixa tensão das distribuidoras. Por esse motivo, a quase totalidade
das contribuições e sugestões apresentadas ao longo deste documento estão
diretamente relacionadas a esses dois segmentos específicos das redes de
distribuição.
4
Figura 3 – Fluxograma para alocação da parcela de perdas
não técnicas na carga do sistema (método ANEEL)
5
a parcela de perdas não técnicas e, finalmente, das perdas relacionadas à essa
última parcela de energia. Com base nessa metodologia, a energia injetada
pelo alimentador é quantificada conforme indicado em (2), através do
software OpenDSS para cada dia típico, a saber: dias úteis, sábados e domingos.
6
Figura 4 – Fluxograma para alocação da parcela de perdas
não técnicas na carga do sistema (método SIMPLIFICADO)
Finalmente, com base nas premissas apresentadas neste tópico, algumas das
35 questões apresentadas pela ANEEL na NT no 0047/2022-SRD/ANEEL [2] serão
amplamente discutidas nos tópicos seguintes, assim como serão demonstrados,
em cada contexto, os efeitos de cada uma das particularidades de
representação do sistema sobre o montante de perdas técnicas da distribuição.
7
2. Contribuições técnicas
A Nota Técnica no 0047/2022-SRD/ANEEL [2] apresenta algumas questões para
debate, de modo a orientar a discussão na Tomada de Subsídios n o 013/2022
e colher as opiniões da sociedade acerca da metodologia de cálculo das perdas
técnicas na distribuição. Nesse sentido, são apresentadas a seguir as
contribuições do LADEE/UFU e do EPRI para algumas dessas questões.
Ressalta-se, ainda, que tais contribuições são de caráter exclusivamente
técnico. A Tabela 1 apresenta o mapa das contribuições técnicas realizadas
para as questões apresentadas em [2], seja em conjunto, por parte do
LADEE/UFU e EPRI, ou de forma independente.
8
específicos, devidamente embasados à luz dos fundamentos elementares dos
sistemas elétricos de potência, assim como de avaliações práticas
relacionadas à realidade das distribuidoras de energia elétrica.
9
Todos os equipamentos e padrões utilizados nos testes foram devidamente
calibrados por laboratório metrológico e possuem certificados de calibração
válidos. Os resultados obtidos são apresentados nas Figs. 6(a) e 6(b).
“... sugere-se um
incremento de 25%
no valor das perdas
internas regulatórias
para os circuitos de
tensão dos
medidores ...”
Com base nessa realidade, fica evidente o fato de que as perdas internas
regulatórias, associadas aos circuitos de tensão dos medidores, necessitam de
uma revisão. Para esse efeito, e de forma a ainda manter o comprometimento
das distribuidoras na modernização do parque de medidores, sugere-se um
incremento de 25% no valor das perdas internas regulatórias para os
circuitos de tensão dos medidores, em relação ao que se encontra
atualmente estabelecido no módulo 7 do PRODIST.
10
B) Perdas técnicas associadas à circulação de correntes harmônicas nas
redes de distribuição
11
PT P1 Ph (3)
12
potência ativa, sendo que desse montante, 1.000,00 W são efetivamente
utilizados pela carga. A diferença entre esses valores converge para o total de
perdas técnicas quantificadas na linha, iguais a 20,85 W.
13
caso esse montante de perdas harmônicas não seja incorporado à parcela de
perdas técnicas, significa que o mesmo será automaticamente computado na
parcela de perdas não-técnicas das distribuidoras.
Os resultados obtidos são mostrados na Fig. 11, onde se observa que, na quase
totalidade dos casos, o valor registrado pelos diversos medidores é menor que
o montante de energia associada à frequência fundamental (P1). Isso significa
que esses medidores medem, em sua ampla maioria, o valor de energia
total líquida (PT). Adicionalmente, merecem destaque os erros de medição
obtidos nessas condições (sinais distorcidos de tensão e corrente), sendo
que para vários dos medidores considerados, os erros obtidos foram muito
maiores que a própria classe de precisão desses equipamentos (no caso,
igual a 1,0%).
14
60 Hz em conjunto com estudos de fluxo harmônico. Para o estudo de fluxo
harmônico, especificamente, foi utilizado o espectro de correntes mostrado
na Fig. 11, resultante de uma grande campanha de medições realizada em
uma determinada distribuidora de energia elétrica, contemplando a classe se
consumidores residenciais de baixa tensão, com consumo na faixa de 100 a
220 kWh. Ressalta-se que a referida campanha de medições produziu
tipologias de espectros harmônicos (em termos de amplitude e ângulo de fase)
para todas as classes de consumidores, e faixas de consumo estabelecidas no
[6] Conjunto de arquivos
módulo 2 do PRODIST [9], conforme mostrado no Quadro 1. associados com os estudos
de fluxo de carga e
Quadro 1 – Espectro de correntes harmônicas utilizado nos estudos de fluxo harmônico. harmônico para um
alimentador real de
distribuição.
New spectrum.espectro_cargas_BT NumHarm=7 harmonic=(1 3 5 7 9 11
13) %mag=(100.0, 13.46, 2.18, 5.56, 4.38, 1.62, 1.92) angle=(-
16.18, 116.98, -176.76, 70.55, -111.41, 74.64, 30.19)
15
QUESTÃO 15: A incorporação da microgeração e minigeração
distribuída ao modelo de cálculo de perdas é necessária?
16
Figura 14 - Comparação entre as perdas considerando dois cenários: (i) na ausência e
(ii) presença de geração distribuída por fonte fotovoltaica.
Conforme pode ser verificado na Fig. 14, no caso do circuito elétrico analisado,
as perdas técnicas devidas única e exclusivamente ao fluxo de potência ativa
de sequência positiva na frequência fundamental, totalizam um montante
diário de 4,872 MWh/dia sem a consideração da GD e um montante diário de
3,424 MWh/dia com a consideração da GD na modelagem do sistema. Ou seja,
no caso do circuito analisado, a presença da GD resultou em uma diminuição
de 29,92% no quantitativo de perdas técnicas. Importante destacar, contudo,
que esses resultados evidenciam apenas o impacto da GD no quantitativo
de perdas técnicas, uma vez que poderão existir situações (a depender da
localização e do montante de geração) nas quais a presença da GD
proporcionará um aumento (e não uma redução) no montante de perdas
técnicas no sistema.
Ainda, o impacto expressivo no cálculo de perdas técnicas devido a inserção
da GD é explicado pelo fato da minigeração conectada junto ao consumidor
MT na barra 2 do sistema teste. Nesse caso a geração é de 10 MVA, para as
cargas conectadas na BT a geração é de 35 kVA na Carga I e 50 kVA na Carga
D. Esses dados podem ser verificados no arquivo PVSystem.dss em [7].
Ressalta-se que o processo de alocação de cargas não técnicas descrito pela
Fig. 4 foi utilizado onde para a condição (i) foi de 225 MWh de energia injetada
para todo o dia, enquanto que para a condição (ii) foi de 173,32 MWh para a
energia injetada, visto que deve-se abater a energia injetada oriunda da
minigeração e microgeração distribuída, uma vez que a energia injetada
medida para o processo de alocação de cargas é a vista do alimentador.
17
cálculo, conforme abordado no próximo item, o qual responde à Questão 17
da NT 0047/2022-SRD/ANEEL [2].
QUESTÃO 17: Qual a melhor opção para se obter a energia mensal gerada
utilizando-se o OpenDSS como um estágio que precede o cálculo ou por
meio da formulação descrita anteriormente nessa seção? Existem outras
opções a serem avaliadas?
18
Figura 15 - Curva líquida de carga/geração.
19
New XYCurve.MyPvsT npts=4 xarray=[0 25 75 100] yarray=[1.2 1.0 0.8
0.6]
!definindo o pvsystem
New PVSystem.PV_C1_CargaI phases=3 bus1="C1_RBT_I.1.2.3.4" kV=0.22
kVA=35 irradiance=0.8 Pmpp=35 temperature=25 pf=1 effcurve=Myeff P-
TCurve=MyPvsT Daily=MyIrrad TDaily=MyTemp
New PVSystem.PV_C1_CargaD phases=3 bus1="C1_RBT_D.1.2.3.4" kV=0.22
kVA=50 irradiance=0.8 Pmpp=50 temperature=25 pf=1 effcurve=Myeff P-
TCurve=MyPvsT Daily=MyIrrad TDaily=MyTemp
New PVSystem.PV_C1_MT2 phases=3 bus1="barra3.1.2.3.4" kV=13.8
kVA=10000 irradiance=0.8 Pmpp=10000 temperature=25 pf=1
effcurve=Myeff P-TCurve=MyPvsT Daily=MyIrrad TDaily=MyTemp
20
Assim, tendo em vista o cálculo de perdas realizou-se a seguinte análise de
casos:
Para efeito de consideração do processo de cálculo de perdas do órgão [11] Conjunto de arquivos
regulador, todas as simulações relacionadas aos Casos 1 e 2 levam em conta a para simulação
metodologia iterativa de alocação de cargas não técnicas descrito na considerando dois cenários:
Caso 1 e Caso 2.
introdução desse documento. Assim, as simulações foram realizadas para um
dia inteiro (24 horas) a partir do modo daily e para os Caso 1 e 2 a energia
injetada medida assumida para o circuito foi de 180 MWh. Desse modo, as
análises e simulações podem ser realizadas garantindo que os dois cenários
são compatíveis para comparação de dados, resultados e erros percentuais.
No Caso 1, a geração proporcionada pela GD e o consumo das cargas são
apresentados pela Figura 16; ressalta-se que a curva de geração do PVSystem
é a mesma para todas as gerações fotovoltaicas, sendo alterada apenas a
potência da GD conforme definido no Quadro 1.
21
Considerando a aplicabilidade da proposta, o modelo se ampara em:
22
características energéticas em um nó do sistema elétrico, o processo de
cálculo de perdas deve permanecer inalterado e fornecendo os mesmos
resultados, salvo diferenças de modelagem dos elementos entre os dois
cenários.
23
modelos que consideram perturbações no domínio do tempo dispensam análise.
A partir dos resultados obtidos da Figura 18 constata-se que os modelos 1, 4 e
5 apresentam os mesmos erros percentuais para o cálculo de perdas conforme
Caso 1. Isso se deve ao fato da situação configurada pelo Caso 2 considerar as
unidades consumidoras e a geração fotovoltaica com fator de potência unitário.
Consequentemente, os modelos em questão se distinguem por meio das
diferentes abordagens para a parcela reativa de potência (Q), que nessa
situação não é aplicável (FP unitário), enquanto para a parcela ativa de
potência (P) os modelos são idênticos.
Por outro lado, os modelos 3 e 7 assumem o mesmo erro devido ao sistema
elétrico apresentado pela Figura 10 ser equilibrado, portanto as tensões entre
as fases são equilibradas e o modelo 3 (P e V constantes) se comporta, nesse
caso em especial, como o modelo 7 (P e Q constantes de sequência positiva).
Realizando uma análise física do sistema elétrico, os geradores a serem
utilizados para modelagem possuem injeção de potência ativa constante de
forma equilibrada entre as fases, ou seja, apenas componentes de sequência
positiva, sendo esse o modelo que se mostra mais aderente à realidade da
GDFV e que apresenta menor erro no processo de cálculo de perdas se
comparado à modelagem com PVSystem (Caso 1).
Figura 18 – Erro percentual das perdas diárias calculadas considerando diferentes modelos
de gerador, tendo como referência as perdas diárias obtidas pelo Caso 1 (PVSystem).
24
QUESTÃO 18: Existe outra base de dados que poderia ser utilizada para a
obtenção da irradiância solar, além da base de dados do Atlas Brasileiro de
Energia Solar desenvolvido pelo INPE?
25
QUESTÃO 20: Como considerar a irradiância e a temperatura tendo em
conta a localização geográfica da unidade com geração; i) usar a localização
geográfica com geração sem qualquer simplificação; ii) por conjunto de
unidade consumidora; iii) por área de concessão; iv) por região ou alguma
outra forma?
26
QUESTÃO 21: Qual das opções deve ser adotada para representar as
características elétricas das linhas do SDMT e SDBT? Existiria outra
forma não abordada nesse documento?
A fim de responder à Questão 21, os resultados de perdas para o caso ‘v’ são
considerados referência para a comparação com os outros casos, visto que as
impedâncias de sequência, assim como as capacitâncias, são calculadas por
meio de estudos de constantes de linha, tendo a premissa que os dados dos
cabos e a geometria da estrutura de rede são conhecidos. Entende-se que o
caso ‘iv’ é redundante ao caso ‘v’, não sendo necessária sua simulação.
27
[13] Conjunto de arquivos
para simulação dos casos
da questão 21.
Para o caso ‘v’ (caso base), a representação do SBT é feita por meio da
estrutura S1, constituída de três condutores de fase e um condutor de neutro,
conforme informações apresentadas na Fig. 20 e Tabela 2. Percebe-se que os
valores de resistência (RAC) dos condutores 2 AWG e 4 AWG utilizados estão
em consonância com o Anexo 7.B do Módulo 7 dos PRODIST [1]. O script
utilizado no OpenDSS para implementação do caso base é mostrado no Quadro
3. Todos os scripts do OpenDSS utilizados para a resposta da Questão 21 podem
ser baixados em [13].
28
Tabela 2 - Dados dos condutores do SBT considerados.
Altura Distância RMG DIAM RAC à 55 Ampacidade
Fase Condutor
(m) (m) (m) (cm) o
C (Ω / km) (A)
A 7.0 0.2 2 AWG 0.00269 0.741 0.975 190
B 6.8 0.2 2 AWG 0.00269 0.741 0.975 190
C 6.6 0.2 2 AWG 0.00269 0.741 0.975 190
N 7.2 0.2 4 AWG 0.00213 0.588 1.551 140
ClearAll
// Fonte ideal
New Circuit.Thevenin bus1=A pu=1.05 basekv=13.8 model=ideal
// Transformador ideal
New Transformer.TrafoTri phases=3 windings=2 xhl=0.00000001
~ %loadloss=0.00000001 %noloadloss=0.00000001
~ wdg=1 bus=A.1.2.3 kV=13.8 kva=1 conn=delta
~ wdg=2 bus=B.1.2.3.4 kV=0.22 kva=1 conn=wye
// Resistência de aterramento
New Reactor.R phases=1 bus1=B.4 bus2=B.0 r=15 x=0
// Condutor 2 AWG
New Wiredata.2AWG
~ GMR=0.00269 DIAM=0.741 RAC=0.975 normamps=190
~ GMRunits=m RADunits=cm Runits=km
// Condutor 4 AWG
New Wiredata.4AWG
~ GMR=0.00213 DIAM=0.588 RAC=1.551 normamps=140
~ GMRunits=m RADunits=cm Runits=km
Solve
Show Losses
29
A partir do caso base, cuja modelagem se apresenta de forma mais realística,
em relação aos outros casos, é possível obter as impedâncias e capacitâncias
de sequência positiva e zero a serem consideradas nos demais casos.
Primeiramente, ao se utilizar a geometria de rede e dados dos condutores no
OpenDSS, baseado nas equações de Carson, o segmento é representado por
uma matriz de impedância primitiva 4x4. Na sequência, conforme apresentado
em [14], o efeito do condutor neutro é introduzido nos condutores fase por
meio da redução de Kron, obtendo-se uma representação matricial 3x3 do
trecho SBT considerado. Na sequência, as impedâncias e capacitâncias de [14] Arquivo Line.
sequência positiva e zero do trecho SBT podem ser obtidas por meio do cálculo
das constantes de linha (LineConstants) disponível no OpenDSS. Tal
implementação pode ser observada no Quadro 4 e os respectivos valores de
componentes simétricas são apresentados na Tabela 3.
ClearAll
// Fonte ideal
New Circuit.Thevenin bus1=SourceBus pu=1.05 basekv=13.8 model=ideal
// Condutor 2 AWG
New Wiredata.2AWG
~ GMR=0.00269 DIAM=0.741 RAC=0.975 normamps=190
~ GMRunits=m RADunits=cm Runits=km
// Condutor 4 AWG
New Wiredata.4AWG
~ GMR=0.00213 DIAM=0.588 RAC=1.551 normamps=140
~ GMRunits=m RADunits=cm Runits=km
30
Obs: Ressalta-se que o valor calculado para a resistência de sequência positiva
se difere sutilmente do valor previamente utilizado, obtido do Anexo 7.B do
Módulo 7 dos PRODIST [1]. Dessa forma, nas análises seguintes os dois valores
serão considerados a fim de verificar seu impacto. Os casos que utilizam os
valores da Tabela 3 terão um índice ‘a’ e os que utilizam os valores do Anexo
7.B terão um índice ‘b’. Salienta-se, ainda, que o correto valor de X1 a ser
considerado deve ser proveniente de cálculos de constantes de linha, não
sendo adequado utilizar um valor tabelado do fabricante do condutor para
uma condição / arranjo pré-estabelecida(o). O mesmo se aplica aos valores
de R0, X0, C1 e C0.
Quadro 5 – Alterações no código OpenDSS para representação do SBT nos demais casos.
31
Tabela 4 – Resultados das simulações para o trecho do SBT considerado.
Diferença Percentual (%)
Caso
Carga Equilibrada Carga Desequilibrada
v - -
ia 0.082% -22.740%
ib 0.000% -22.803%
ii 0.082% -22.740%
iii 0.082% -22.740%
Pode-se perceber, ainda na Tabela 4, que, para este caso específico, em que
o valor calculado de R1 se manteve próximo do valor estabelecido no Anexo
7.B do Módulo 7 dos PRODIST [1], apresentou uma diferença percentual de
perdas desprezível.
32
Tabela 5 – Resultados das simulações para o SBT considerado, variando o valor de X1.
Carga Equilibrada
Diferença
Caso Energia Injetada (kWh) Perdas (kWh) Perdas (%)
Percentual (%)
v 25.00 2.10241 8.40962 -
i (X1 original) 25.00 2.10337 8.41348 0.046%
i (X1 = 90 %) 25.00 2.10103 8.40414 -0.065%
i (X1 = 110 %) 25.00 2.10572 8.42287 0.158%
Para o caso ‘v’ (caso base), a representação do RBT é feita por meio da
estrutura SI1 – BT Isolada, constituída de um condutor de fase e um condutor
de neutro, conforme informações apresentadas na Fig. 22 e Tabela 6. O valor
de resistência (RAC) do condutor Multiplex 35 mm² utilizado está em
consonância com o Anexo 7.B do Módulo 7 dos PRODIST [1]. O script utilizado
no OpenDSS para implementação do caso base é mostrado no Quadro 7.
33
Figura 22 – Característica da estrutura SI1 – BT Isolada
ClearAll
// Fonte ideal
New Circuit.Thevenin bus1=A pu=1.05 basekv=13.8 model=ideal
// Transformador ideal
New Transformer.TrafoTri phases=3 windings=2 xhl=0.00000001
~ %loadloss=0.00000001 %noloadloss=0.00000001
~ wdg=1 bus=A.1.2.3 kV=13.8 kva=1 conn=delta
~ wdg=2 bus=B.1.2.3.4 kV=0.22 kva=1 conn=wye
// Resistência de aterramento
New Reactor.R phases=1 bus1=B.4 bus2=B.0 r=15 x=0
34
Como este segmento é monofásico, as componentes de sequência não são
calculadas pelo LineConstanst do OpenDSS. Dessa forma, as impedâncias de
sequência positiva e zero são calculados conforme as equações (4) e (5), onde
Zs e Zm representam as impedâncias próprias e mútuas, respectivamente, da
matriz de impedâncias (6). As componentes de sequência calculadas são
apresentadas na Tabela 7.
𝑍1 = 𝑍𝑠 − 𝑍𝑚 (4)
𝑍0 = 𝑍𝑠 + 2. 𝑍𝑚 (5)
Quadro 8 – Alterações no código OpenDSS para representação do SBT nos demais casos.
35
apenas um ramal monofásico, observa-se que a diferença percentual entre os
casos é praticamente desprezível.
Para o caso ‘v’ (caso base), a representação do SMT é feita por meio da
estrutura N1, constituída de três condutores de fase, conforme informações
apresentadas na Fig. 24 e Tabela 9. O valor de resistência (RAC) do condutor
336,4 MCM utilizado está em consonância com o Anexo 7.B do Módulo 7 do
PRODIST [1]. O script utilizado no OpenDSS para implementação do caso base
é mostrado no Quadro 9.
36
Figura 24 – Característica da estrutura N1
ClearAll
// Fonte ideal
New Circuit.Thevenin bus1=A pu=1.05 basekv=13.8 model=ideal
// Estrutura da rede - N1
New Linegeometry.N1 nconds=3 nphases=3 reduce=No
~ cond=1 wire=336_4_MCM X=-1.1 h=8.4 units=m
~ cond=2 wire=336_4_MCM X=0.4 h=8.4 units=m
~ cond=3 wire=336_4_MCM X=1.1 h=8.4 units=m
37
New Line.L phases=3 bus1=A.1.2.3 bus2=B.1.2.3 geometry=N1
earthmodel=Carson length=0.5 units=km
Solve
Show Losses
ClearAll
// Estrutura da rede - N1
New Linegeometry.N1 nconds=3 nphases=3 reduce=No
~ cond=1 wire=336_4_MCM X=-1.1 h=8.4 units=m
~ cond=2 wire=336_4_MCM X=0.4 h=8.4 units=m
~ cond=3 wire=336_4_MCM X=1.1 h=8.4 units=m
Set earthmodel=Carson
Show LineConstants 60 km 100.0
38
Quadro 11 – Alterações no código OpenDSS para representação do SMT nos demais casos.
39
A fim de se ter uma sensibilidade sobre a conexão da carga no SDMT, assim
como a representação do condutor neutro e o desequilíbrio de carga, a Tabela
12 apresenta os resultados obtidos para algumas situações. O circuito utilizado
para a análise foi basicamente o circuito da Fig. 23, utilizado nesta seção,
porém, a conexão da carga, assim como o condutor neutro, foi substituída
conforme mencionado na tabela. Percebe-se que os resultados para a carga
em delta e estrela isolada apresentam diferenças percentuais desprezíveis,
pois não possuem caminho para a circulação da corrente de sequência zero.
Para a carga conectada em estrela aterrada, por estar alimentada à 3 fios,
tem seu segmento bem representado pelas impedâncias de sequência obtidas
por meio do cálculo das constantes de linha. Entretanto, como para o caso ‘i’
a impedância de sequência zero utilizada é a padrão do OpenDSS, sendo menor
do que os valores calculados, as perdas são reduzidas significativamente. Já
para os demais casos que têm a presença do condutor neutro, essa diferença
percentual se torna mais significativa pois, conforme já mencionado nos
resultados do item A) Segmentos de Baixa Tensão (SBT), há um erro inerente
à modelagem do condutor neutro (1/0 AWG), considerado nos exemplos com
uma bitola inferior aos condutores de fase (336,4 MCM).
40
D) Sistema Teste
41
QUESTÃO 22: A solução implementada para considerar o neutro com
a inserção do quarto condutor nas linhas do SDMT e SDBT é
adequada?
42
Carga desequilibrada
Figura 25 – Circuito utilizado para análise do condutor neutro / reator – Caso 1 (base).
Quadro 13 - Código OpenDSS para análise do condutor neutro / reator – Caso 1 (base).
ClearAll
! 556,550 26/7
New Wiredata.Phase GMR=0.0303 DIAM=0.927 RAC=0.1859
~ NormAmps=730
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
! 4/0 ACSR
New Wiredata.Neutral GMR=0.00814 DIAM=0.563 RAC=0.592
~ NormAmps=340
43
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
set voltagebases=[12.47]
calcvoltagebases
Solve
Dessa forma, seguindo a análise com base no Caso 1, visto que as duas
extremidades do SMT estão aterradas, pode-se aplicar a redução de Kron,
reduzindo essa matriz primitiva para uma matriz de impedância de fase 3x3,
onde o efeito da impedância do condutor neutro é inserido nas impedâncias
dos condutores fase. Assim, o Caso 2 apresenta uma implementação da
redução de Kron, eliminando o condutor neutro, conforme Fig. 26 e Quadro
14. Como o quarto condutor foi eliminado, toda a corrente que antes circulava
pelo condutor neutro, agora circula pela terra (118,43∠27,9° 𝐴), e, conforme
esperado, as perdas no segmento são iguais às do Caso 1 (76,8 kW).
44
Figura 26 – Circuito utilizado para análise do condutor neutro / reator – Caso 2.
ClearAll
! 556,550 26/7
New Wiredata.Phase GMR=0.0303 DIAM=0.927 RAC=0.1859
~ NormAmps=730
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
! 4/0 ACSR
New Wiredata.Neutral GMR=0.00814 DIAM=0.563 RAC=0.592
~ NormAmps=340
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
set voltagebases=[12.47]
calcvoltagebases
45
Solve
ClearAll
! 556,550 26/7
New Wiredata.Phase GMR=0.0303 DIAM=0.927 RAC=0.1859
~ NormAmps=730
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
! 4/0 ACSR
New Wiredata.Neutral GMR=0.00814 DIAM=0.563 RAC=0.592
~ NormAmps=340
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
46
New Linegeometry.PoleExample nconds=4 nphases=3 reduce=no
~ cond=1 Wire=Phase x= -4 h=29 units=ft
~ cond=2 Wire=Phase x= 3 h=29 units=ft
~ cond=3 Wire=Phase x= -1.5 h=29 units=ft
~ cond=4 Wire=Neutral x= 0 h=25 units=ft
set voltagebases=[12.47]
calcvoltagebases
Solve
47
Figura 28 – Circuito utilizado para análise do condutor neutro / reator – Caso 4.
ClearAll
! 556,550 26/7
New Wiredata.Phase GMR=0.0303 DIAM=0.927 RAC=0.1859
~ NormAmps=730
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
! 4/0 ACSR
New Wiredata.Neutral GMR=0.00814 DIAM=0.563 RAC=0.592
~ NormAmps=340
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
set voltagebases=[12.47]
48
calcvoltagebases
Solve
ClearAll
49
! 556,550 26/7
New Wiredata.Phase GMR=0.0303 DIAM=0.927 RAC=0.1859
~ NormAmps=730
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
! 4/0 ACSR
New Wiredata.Neutral GMR=0.00814 DIAM=0.563 RAC=0.592
~ NormAmps=340
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
set voltagebases=[12.47]
calcvoltagebases
Solve
50
respectivamente. Nota-se, portanto, que à medida em que todos os
aterramentos são considerados há uma tendência das perdas totais se
aproximarem dos valores obtidos no Caso 1 e no Caso 2 (76,8 kW).
ClearAll
! 556,550 26/7
New Wiredata.Phase GMR=0.0303 DIAM=0.927 RAC=0.1859
~ NormAmps=730
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
! 4/0 ACSR
New Wiredata.Neutral GMR=0.00814 DIAM=0.563 RAC=0.592
~ NormAmps=340
~ Runits=mi radunits=in gmrunits=ft
51
New Line.A_2 phases=4 bus1=A_2.1.2.3.4 bus2=A_3.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_3 phases=4 bus1=A_3.1.2.3.4 bus2=A_4.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_4 phases=4 bus1=A_4.1.2.3.4 bus2=A_5.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_5 phases=4 bus1=A_5.1.2.3.4 bus2=A_6.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_6 phases=4 bus1=A_6.1.2.3.4 bus2=A_7.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_7 phases=4 bus1=A_7.1.2.3.4 bus2=A_8.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_8 phases=4 bus1=A_8.1.2.3.4 bus2=A_9.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_9 phases=4 bus1=A_9.1.2.3.4 bus2=A_10.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_10 phases=4 bus1=A_10.1.2.3.4 bus2=A_11.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_11 phases=4 bus1=A_11.1.2.3.4 bus2=A_12.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_12 phases=4 bus1=A_12.1.2.3.4 bus2=A_13.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_13 phases=4 bus1=A_13.1.2.3.4 bus2=A_14.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_14 phases=4 bus1=A_14.1.2.3.4 bus2=A_15.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_15 phases=4 bus1=A_15.1.2.3.4 bus2=A_16.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_16 phases=4 bus1=A_16.1.2.3.4 bus2=A_17.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_17 phases=4 bus1=A_17.1.2.3.4 bus2=A_18.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_18 phases=4 bus1=A_18.1.2.3.4 bus2=A_19.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_19 phases=4 bus1=A_19.1.2.3.4 bus2=A_20.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_20 phases=4 bus1=A_20.1.2.3.4 bus2=A_21.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_21 phases=4 bus1=A_21.1.2.3.4 bus2=A_22.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_22 phases=4 bus1=A_22.1.2.3.4 bus2=A_23.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_23 phases=4 bus1=A_23.1.2.3.4 bus2=A_24.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_24 phases=4 bus1=A_24.1.2.3.4 bus2=A_25.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_25 phases=4 bus1=A_25.1.2.3.4 bus2=A_26.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_26 phases=4 bus1=A_26.1.2.3.4 bus2=A_27.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_27 phases=4 bus1=A_27.1.2.3.4 bus2=A_28.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_28 phases=4 bus1=A_28.1.2.3.4 bus2=A_29.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Line.A_29 phases=4 bus1=A_29.1.2.3.4 bus2=B.1.2.3.4
Geometry=PoleExample Length=0.1 units=mi EarthModel=Carson
New Reactor.A phases=1 bus1=A.4 bus2=A.0 r=2 x=0
52
New Reactor.A_1 phases=1 bus1=A_1.4 bus2=A_1.0 r=15 x=0
New Reactor.A_2 phases=1 bus1=A_2.4 bus2=A_2.0 r=15 x=0
New Reactor.A_3 phases=1 bus1=A_3.4 bus2=A_3.0 r=15 x=0
New Reactor.A_4 phases=1 bus1=A_4.4 bus2=A_4.0 r=15 x=0
New Reactor.A_5 phases=1 bus1=A_5.4 bus2=A_5.0 r=15 x=0
New Reactor.A_6 phases=1 bus1=A_6.4 bus2=A_6.0 r=15 x=0
New Reactor.A_7 phases=1 bus1=A_7.4 bus2=A_7.0 r=15 x=0
New Reactor.A_8 phases=1 bus1=A_8.4 bus2=A_8.0 r=15 x=0
New Reactor.A_9 phases=1 bus1=A_9.4 bus2=A_9.0 r=15 x=0
New Reactor.A_10 phases=1 bus1=A_10.4 bus2=A_10.0 r=15 x=0
New Reactor.A_11 phases=1 bus1=A_11.4 bus2=A_11.0 r=15 x=0
New Reactor.A_12 phases=1 bus1=A_12.4 bus2=A_12.0 r=15 x=0
New Reactor.A_13 phases=1 bus1=A_13.4 bus2=A_13.0 r=15 x=0
New Reactor.A_14 phases=1 bus1=A_14.4 bus2=A_14.0 r=15 x=0
New Reactor.A_15 phases=1 bus1=A_15.4 bus2=A_15.0 r=15 x=0
New Reactor.A_16 phases=1 bus1=A_16.4 bus2=A_16.0 r=15 x=0
New Reactor.A_17 phases=1 bus1=A_17.4 bus2=A_17.0 r=15 x=0
New Reactor.A_18 phases=1 bus1=A_18.4 bus2=A_18.0 r=15 x=0
New Reactor.A_19 phases=1 bus1=A_19.4 bus2=A_19.0 r=15 x=0
New Reactor.A_20 phases=1 bus1=A_20.4 bus2=A_20.0 r=15 x=0
New Reactor.A_21 phases=1 bus1=A_21.4 bus2=A_21.0 r=15 x=0
New Reactor.A_22 phases=1 bus1=A_22.4 bus2=A_22.0 r=15 x=0
New Reactor.A_23 phases=1 bus1=A_23.4 bus2=A_23.0 r=15 x=0
New Reactor.A_24 phases=1 bus1=A_24.4 bus2=A_24.0 r=15 x=0
New Reactor.A_25 phases=1 bus1=A_25.4 bus2=A_25.0 r=15 x=0
New Reactor.A_26 phases=1 bus1=A_26.4 bus2=A_26.0 r=15 x=0
New Reactor.A_27 phases=1 bus1=A_27.4 bus2=A_27.0 r=15 x=0
New Reactor.A_28 phases=1 bus1=A_28.4 bus2=A_28.0 r=15 x=0
New Reactor.A_29 phases=1 bus1=A_29.4 bus2=A_29.0 r=15 x=0
New Reactor.B phases=1 bus1=B.4 bus2=B.0 r=15 x=0
set voltagebases=[12.47]
calcvoltagebases
Solve
Show Losses
53
Line.A_9 61.7446 20.9 57.6416 35.4
Line.A_10 60.907 20.81 58.4794 35.3
Line.A_11 60.3935 20.72 59.0002 35.26
Line.A_12 60.2026 20.63 59.2067 35.3
Line.A_13 60.3343 20.56 59.0997 35.4
Line.A_14 60.7899 20.49 58.678 35.58
Line.A_15 61.5723 20.44 57.9383 35.84
Line.A_16 62.6856 20.41 56.8757 36.17
Line.A_17 64.1353 20.4 55.483 36.58
Line.A_18 65.9278 20.44 53.7511 37.07
Line.A_19 68.0713 20.53 51.6688 37.63
Line.A_20 70.5747 20.69 49.2225 38.27
Line.A_21 73.4484 20.92 46.3968 38.99
Line.A_22 76.7039 21.25 43.1734 39.79
Line.A_23 80.3543 21.67 39.5318 40.66
Line.A_24 84.414 22.19 35.4487 41.6
Line.A_25 88.8993 22.83 30.8982 42.63
Line.A_26 93.8285 23.6 25.8511 43.72
Line.A_27 99.2221 24.48 20.2752 44.89
Line.A_28 105.103 25.49 14.135 46.13
Line.A_29 111.498 26.63 7.39107 47.44
Por fim, visando fazer simulações em uma condição mais próxima da realidade,
e consolidar os resultados obtidos nas etapas anteriores, na sequência são
apresentados os resultados considerando o sistema teste (Apêndice A). As
simulações foram executadas utilizando o algoritmo de alocação de carga
apresentado na Introdução (Fig. 4).
54
Os resultados podem ser observados na Tabela 15. Pode-se perceber, que o
Caso 1 apresenta perdas superiores ao demais, visto que o condutor neutro
não é multiaterrado, implicando na circulação de toda a corrente de
desequilíbrio pelo condutor neutro. Para o Caso 2, como o sistema é
multiaterrado, se cria uma condição em que a corrente de desequilíbrio se
divide entre o condutor neutro e a terra, fazendo com que as perdas se
reduzam em relação ao Caso 1. Tal redução se torna mais significativa no Caso
3, em que se alteram todas as resistências de aterramento para 1 Ω.
Finalmente, no Caso 4, assume-se que o sistema é multiaterrado, uma prática
que é comum nos estudos feitos pelas distribuidoras, permitindo a aplicação
da redução de Kron.
55
QUESTÃO 24: A representação da reatância de magnetização se faz
necessária?
Dessa forma, para responder a esta questão, um alimentador real foi simulado
adicionando-se a reatância de magnetização em todos os seus transformadores,
visto que o modelo atual da ANEEL desconsidera a parcela reativa da corrente
de magnetização (%imag = 0).
56
QUESTÃO 24.2 (Extra): A representação da reatância de dispersão dos
transformadores com valores mais próximos dos reais se faz necessária?
Por fim, de forma a avaliar um cenário em que tanto o %imag quanto o valor
de XHL são definidos de acordo com a NBR 5440:2014, o mesmo alimentador
foi simulado com estes dois parâmetros alterados. Os resultados de perdas
obtidos são apresentados na Tabela 18.
57
Tabela 18 – Perdas com reatância indutiva de magnetização padrão e de acordo com a
NBR5440.
Caso Perdas (%) Diferença percentual (%)
Modelo atual (imag =0% e HXL = 7%) 5,29141 -
%imag NBR 5440 5,51374 4,2018
HXL NBR 5440 5,31305 0,4091
%imag e HXL NBR 5440 5,53314 4,5683
58
QUESTÃO 25: Para considerar essa reatância basta adicionar o
parâmetro %imag quando da definição do objeto Transformer?
. .
Pnúcleo I mag R V núcleo [W ] (7)
Onde:
Pnúcleo são as perdas no núcleo, em Watt;
ImagR é parcela real da corrente de magnetização, em Ampère;
Vnúcleo é a tensão no núcleo, em Volt.
59
Transformando as grandezas da equação anterior para pu, na base do
transformador, têm-se:
. .
Pnúcleopu I mag Rpu V núcleopu [ pu ] (8)
Onde:
Pnúcleopu são as perdas no núcleo, em pu;
ImagRpu é parcela real da corrente de magnetização, em pu;
Vnúcleopu é a tensão no núcleo, em pu.
2 2
Imag Imagtotal % Imag R% (13)
XL%
60
Como o termo ImagXL% é o parâmetro %imag a ser inserido no OpenDSS
e ImagR% tem o mesmo valor de %noloadloss, têm-se:
2
(14)
2
%ImagOpenDSS Imag5440% %noloadloss
Onde:
%ImagOpenDSS é o valor a ser implementado no OpenDSS no
parâmetro %imag para representação da reatância indutiva de
magnetização, em percentual;
Imag5440% é corrente de magnetização total, extraída da NBR
5440:2014, em percentual;
%noloadloss é o valor de perda percentual no núcleo, extraído do
Módulo 7 do PRODIST, em percentual.
255
%𝑛𝑜𝑙𝑜𝑎𝑑𝑙𝑜𝑠𝑠 = 𝑥 100% = 0,34 %
75000
(1260 − 255)
%𝑙𝑜𝑎𝑑𝑙𝑜𝑠𝑠 = 𝑥 100% = 1,34 %
75000
2,7 2 0,34 2
%𝑖𝑚𝑎𝑔 = √( ) −( ) 𝑥 100% = 2,68 %
100 100
3,5 2 1,34 2
√
𝑋𝐻𝐿 = ( ) −( ) 𝑥 100% = 3,23 %
100 100
61
QUESTÃO 29: Deve-se proceder à redistribuição das cargas entre as
fases do circuito quando o desbalanceamento ultrapassar um
determinado valor?
Nesse sentido, com base nas mesmas premissas apresentadas no item (B) em
resposta à Questão 1, o qual trata das Perdas técnicas associadas à circulação
de correntes harmônicas nas redes de distribuição, tem-se que em um sistema
hipotético perfeitamente equilibrado, as parcelas de perdas técnicas de
sequência negativa e zero seriam ambas inexistentes, restando tão somente a
parcela de perdas de sequência positiva, intrínseca aos processos de
transmissão e distribuição da energia elétrica. Contudo, sabe-se que o
desequilíbrio de carga nos sistemas de distribuição é bastante expressivo, em
parte por causa da própria dinâmica das cargas conectadas aos sistemas de
distribuição, em especial aos sistemas de baixa tensão. Assim, por mais
esmerados que sejam os esforços das distribuidoras visando o correto
balanceamento de cargas entre fases, sempre haverá uma parcela
considerável de desequilíbrio de carga nas redes de média e, principalmente,
de baixa tensão. Contudo, esse fato não deve, em nenhuma hipótese, eximir
as distribuidoras de seus esforços visando a minimização desse problema.
Ressalta-se, ainda, que tal parcela de desequilíbrio de carga será sempre
variável no tempo. Esse assunto ganha uma maior relevância (e preocupação)
no contexto da transição energética, com a disseminação de sistemas de
microgeração distribuída por fonte fotovoltaica, quase que totalmente
conectados de forma monofásica, seja entre fase e neutro, ou entre duas fases
de um mesmo circuito secundário de baixa tensão. Da mesma forma, as
questões de mobilidade elétrica proporcionarão, além do aumento das perdas
de sequência zero e negativa (P(0) LOSS e P(-) LOSS), um aumento da injeção de
potência harmônica nas redes de distribuição, incrementando ainda mais a
parcela de perdas relacionadas ao fluxo de potência harmônica (P (h) LOSS) nos
sistemas elétricos de distribuição. Diante do exposto, portanto, justifica-se
nesse momento uma ilustração do impacto dos desequilíbrios de carga no
incremento das perdas técnicas da distribuição (P(0) LOSS e P(-) LOSS). Para esse
propósito, considera-se o circuito elétrico simplificado mostrado na Fig. 32 [9],
o qual contempla tão simplesmente um sistema trifásico
constituído por uma fonte de tensão
62
perfeitamente equilibrada, uma linha constituída apenas por resistências e
uma carga trifásica conectada em estrela, constituída por diferentes
impedâncias.
Figura 32 – Circuito para análise do impacto do desequilíbrio de carga nas perdas técnicas.
63
Da análise da Fig. 33, além das perdas de sequência positiva, intrínsecas ao
processo de transmissão/distribuição da energia elétrica, observam-se dois
pacotes adicionais de perdas, um deles associado com a parcela de energia
devolvida ao sistema pela carga na forma de potência de sequência negativa,
assim como uma parcela de energia não utilizada pela carga e devolvida ao
sistema na forma de potência de sequência zero. Essa última, por sua vez,
pode ser dividida em duas parcelas, uma relativa ao fluxo de potência de [17] Conjunto de arquivos
sequência zero nas linhas e outra devido ao fluxo de potência de sequência para as simulações da
zero no neutro. Questão 29.
64
Vale destacar que desequilíbrios de carga na faixa de 30 a 60% são muito
comuns em circuitos secundários de baixa tensão. No caso do circuito didático
mostrado na Fig. 32, operando em configuração trifásica a quatro fios, as
perdas totais no circuito dobram para níveis de desequilíbrio de carga em
torno de 50% de amplitude.
B) Chaves S1 e S2 abertas
65
Nessa configuração, o circuito possui um caminho para as componentes de
corrente de sequência zero, produzindo, portanto, uma parcela de perdas de
sequência zero nas linhas (apesar da inexistência do neutro), da mesma
magnitude da parcela de perdas de sequência negativa, conforme resultados
mostrados na Fig. 36.
“A consideração do
condutor neutro na
modelagem das redes
de distribuição é
imperativa para uma
quantificação mais
assertiva das perdas
técnicas da
distribuição.”
“... a redistribuição
Fig. 36 – Impacto do desequilíbrio de carga no montante de física (em campo) das
perdas técnicas (chave S1 aberta e S2 fechada). cargas entre as fases
dos circuitos,
As análises referentes à Questão 29 da Nota Técnica no 0047/2022-SRD/ANEEL principalmente nas
[2] evidenciam, portanto, dois pontos importantes: redes de baixa tensão,
deve ser encorajada
pela ANEEL visando
i) A consideração do condutor neutro na modelagem das redes de a minimização do
distribuição é imperativa para uma quantificação mais assertiva efeito dos
das perdas técnicas da distribuição. desequilíbrios de
corrente no
quantitativo de
ii) Apesar dos desequilíbrios de carga serem uma condição intrínseca
perdas técnicas.”
às redes de distribuição, a redistribuição física (em campo) das
cargas entre as fases dos circuitos, principalmente nas redes de
baixa tensão, deve ser encorajada pela ANEEL visando a
minimização do efeito dos desequilíbrios de corrente no
quantitativo de perdas técnicas. Dessa forma, em termos de
modelagem no OpenDSS, sugere-se que seja definido um valor “... em termos de
máximo de desequilíbrio de corrente para efeito de cálculo das modelagem no
perdas técnicas na distribuição. OpenDSS, sugere-se
que seja definido um
valor máximo de
desequilíbrio de
Para uma abordagem mais próxima da realidade, utilizou-se o Sistema Teste corrente para efeito
(Apêndice A) da Fig. A1 no OpenDSS, controlado via Python (utilizando-se a de cálculo das perdas
biblioteca py-dss-interface), para comparar o efeito do desequilíbrio de carga técnicas na
distribuição.”
nas perdas. Como caso base, vamos definir a modelagem v para o sistema, em
que, que as impedâncias de sequência, assim como as capacitâncias, são
calculadas por meio de estudos de constantes de linha, tendo a
66
premissa que os dados dos cabos e a geometria da estrutura de rede são
conhecidos.
Tabela 20 – Resultado das perdas do Sistema Teste para diferentes desequilíbrio de carga.
Comparação Equilibrado x Desequilibrado
FDi % Perdas (%) Diferença Percentual (%)
0% 3.45548 -
10% 3.54780 2.672%
20% 3.76443 8.941%
30% 4.11380 19.051%
67
secundários de distribuição é bastante caótico, compreendendo desde valores
muito baixos, até níveis de desequilíbrio de corrente próximos a 100%. Para
uma melhor representação estatística do comportamento do desequilíbrio de
carga nesses circuitos, a Fig. 38 apresenta o histograma das 162 medições
realizadas, as quais totalizam um volume de 163.296 registros de 10 minutos
para o indicador de desequilíbrio de carga representado pela relação entre a
corrente de sequência negativa e a corrente de sequência positiva (I2/I1%).
68
Da análise da Fig. 39, ainda que considerando-se a pequena amostra de 162
medições, pode-se observar, por exemplo, que:
1. OpenDSS.exe
Versão com a interface gráfica.
2. OpenDSSEngine.dll
Versão que necessita da interface COM do Windows [18]. Conforme
o item 78 da seção III.11 da NT 0047/2022-SRD/ANEEL [2], a ANEEL
usa essa versão em seu programa chamado de ProgGeoPerdas
desenvolvido em linguagem C Sharp.
69
O DSS Extensions NÃO é uma interface a nenhuma das versões do OpenDSS
disponibilizadas pelo EPRI. De fato, o DSS Extensions é uma ferramenta
baseada em parte do código fonte do OpenDSS, no entanto, com alterações,
inclusive em partes importantes do cálculo de fluxo de potência, conforme
[19].
a) Carrega alimentador;
b) Configura a simulação;
c) Altera as cargas durante a alocação de carga/energia, conforme Fig. 4;
d) Lê os resultados dos registros dos medidores.
Os códigos em Python podem ser encontrados em [20].
[20] Arquivos para a
simulação das questões 33 e
Para o exemplo considerado, os resultados do tempo de simulação para o são 34.
apresentados na Tabela 21. As simulações foram realizadas em um
computador Dell Precision 3560.
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Tabela 21 – Comparação do tempo de simulação.
Programa Tempo de Simulação
OpenDSS 37,93 s
DSS Extensions 30,53 s
Por fim, sabe-se que o tempo de simulação é elevado para a versão atual do
ProgGeoPerdas. Dessa forma, o Apêndice B (Sugestões para uso do OpenDSS)
apresenta alternativas que podem ser utilizadas para diminuir o tempo de
simulação.
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APÊNDICE A
Sistema Teste
Alimentador
Elemento Line
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A representação do Seguimento de Baixa Tensão é feita por meio da estrutura
S1, constituída de três condutores de fase e um condutor de neutro, conforme
informações apresentadas na Fig. A.2 e Tabela A.2. Percebe-se que os valores
de resistência (RAC) dos condutores 2 AWG e 4 AWG utilizados estão em
consonância com o Anexo 7.B do Módulo 7 dos PRODIST [1].
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Fig. A.3 – Característica da estrutura SI1 – BT Isolada
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Tabela A.4 - Dados dos condutores do SMT considerados.
Altura Distância RMG DIAM RAC à 55 oC Ampacidade
Fase Condutor
(m) (m) (m) (cm) (Ω / km) (A)
A 8.4 -1.1 336.4 MCM 0.00807 1.883 0.195 590
B 8.4 0.4 336.4 MCM 0.00807 1.883 0.195 590
C 8.4 1.1 336.4 MCM 0.00807 1.883 0.195 590
Seguimento MT
Os parâmetros utilizados no OpenDSS são:
Seguimento BT
Os parâmetros utilizados no OpenDSS são:
Ramais BT
Os parâmetros utilizados no OpenDSS são:
Transformador
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vazio. Sendo assim, para o sistema teste, foi definido um transformador
trifásico de 75 kVA com seus parâmetros definidos na tabela a seguir.
Tabela A.9 – Valores de perdas para transformadores trifásicos com tensões máximas de 15 kV
[1].
Cargas MT
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Cargas BT
As cargas dos ramais BT são representadas na Tabela A.6.
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APÊNDICE B
Este apêndice tem como objetivo apresentar algumas sugestões para uso do
OpenDSS, visando otimização dos processos utilizados e redução de tempo de
processamento. Os códigos sobre cada sugestão podem ser acessados em [22]
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Uma alternativa que pode ser mais eficiente é utilizar as capacidades da
linguagem de programação para escrever um arquivo com todos os comandos
edits, e em seguida usar o comando redirect do OpenDSS. Um exemplo
apresentando esta alternativa pode ser visto em [22]. Nesse exemplo, os
tempos de simulação são praticamente os mesmos. No entanto, vale salientar
que se pode utilizar alternativas mais eficientes de escrever o arquivo com os
novos valores das cargas, e, portanto, reduzir o tempo de simulação.
A carga não-técnica também pode ser modelada como uma outra carga ZIP em
paralelo ou seu efeito ser adicionado na carga ZIP que representa a carga
técnica. Sendo a segunda opção a que apresentará o menor tempo de
simulação.
O exemplo em [22] apresenta dois arquivos cada com uma simulação diária
configurada. O arquivo run_serie.py roda cada alimentador de forma
sequencial e o arquivo run_paralelo.py, roda os dois em paralelo. Isso
comprova que com a versão OpenDSSdirect.dll é possível rodar mais de uma
instância do OpenDSS.
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Nesse caso, a redução de tempo de simulação quando a simulação é realizada
de forma paralela é de aproximadamente 40%.
Essa alteração não deve ser trabalhosa, dado ao fato que o ProgGeoPerdas
apresenta grande parte do controle utilizando o método/interface text.
Outros métodos que são utilizados pertencem as interfaces Circuit, Solution
e ControlQueue. Portanto, a alteração da OpenDSSengine.dll para a
OpenDSSdirect.dll será uma tarefa rápida.
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Créditos:
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