NT Citometria-De-Fluxo - HPN Final 491 2019-3 231116 103418
NT Citometria-De-Fluxo - HPN Final 491 2019-3 231116 103418
NT Citometria-De-Fluxo - HPN Final 491 2019-3 231116 103418
CITOMETRIA DE FLUXO
PARA DIAGNÓSTICO DE
HEMOGLOBINÚRIA
PAROXÍSTICA NOTURNA
Nº 491
Novembro/2019
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E INSUMOS ESTRATÉGICOS EM SAÚDE
DEPARTAMENTO DE GESTÃO E INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO EM SAÚDE
COORDENAÇÃO-GERAL DE GESTÃO DE TECNOLOGIAS NA SAÚDE
COORDENAÇÃO DE MONITORAMENTO E DE AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE
CITOMETRIA DE FLUXO
PARA DIAGNÓSTICO DE
HEMOGLOBINÚRIA
PAROXÍSTICA NOTURNA
Brasília – DF
2019
2019 Ministério da Saúde.
Elaboração do relatório
COORDENAÇÃO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO E DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE–
CMATS/CGGTS/DGITIS/SCTIE/MS
Elaboração de estudos
CENTRO COLABORADOR DO SUS PARA AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS E EXCELÊNCIA EM SAÚDE - CCATES
Revisão Técnica
Lays Pires Marra
Edison Vieira de Melo Junior
Clementina Corah Lucas Prado
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Estratégia de busca utilizada. ............................................................................................... 12
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Estimativa da população a ser diagnosticada por citometria de fluxo para HPN ...................... 15
Tabela 2. Estimativa da população a ser acompanhada por citometria de fluxo, de acordo com o PCDT da
HPN...................................................................................................................................................... 16
Tabela 3. Estimativa de impacto orçamentário decorrente da incorporação de citometria de fluxo para
diagnóstico da HPN e acompanhamento de pacientes com alta atividade da doença (em reais) ............ 16
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SUMÁRIO
1. CONTEXTO ...................................................................................................................................... 6
2. APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 8
3. RESUMO EXECUTIVO....................................................................................................................... 9
4. CONDIÇÃO CLÍNICA ....................................................................................................................... 11
5. ANÁLISE DA EVIDÊNCIA ................................................................................................................. 12
5.1 Metodologia e estudos selecionados ........................................................................................... 12
5.2 SUMÁRIO DOS RESULTADOS MAIS RELEVANTES ....................................................................................... 13
6. ANÁLISE DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO......................................................................................... 15
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................ 17
8. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR DA CONITEC.................................................................................. 18
9. CONSULTA PÚBLICA ...................................................................................................................... 18
10. RECOMENDAÇÃO FINAL ............................................................................................................ 20
11. DECISÃO ................................................................................................................................... 20
12. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 21
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1. CONTEXTO
Em 28 de abril de 2011, foi publicada a Lei n° 12.401 que dispõe sobre a assistência
terapêutica e a incorporação de tecnologias em saúde no âmbito do SUS. Esta lei é um marco
para o SUS, pois define os critérios e prazos para a incorporação de tecnologias no sistema
público de saúde. Define, ainda, que o Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional
de Incorporação de Tecnologias – Conitec, tem como atribuições a incorporação, exclusão ou
alteração de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição ou
alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica.
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bem como a emissão deste relatório final sobre a tecnologia, que leva em consideração as
evidências científicas, a avaliação econômica e o impacto da incorporação da tecnologia no SUS.
Todas as recomendações emitidas pelo Plenário são submetidas à consulta pública (CP)
pelo prazo de 20 dias, exceto em casos de urgência da matéria, quando a CP terá prazo de 10
dias. As contribuições e sugestões da consulta pública são organizadas e inseridas ao relatório
final da CONITEC, que, posteriormente, é encaminhado para o Secretário de Ciência, Tecnologia
e Insumos Estratégicos para a tomada de decisão. O Secretário da SCTIE pode, ainda, solicitar a
realização de audiência pública antes da sua decisão.
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2. APRESENTAÇÃO
Dentre tais critérios a serem definidos, o diagnóstico acurado dos pacientes a serem
tratados é de extrema importância, dada a gravidade da doença, os possíveis riscos associados
ao tratamento e o alto custo do medicamento ofertado. Para tal, esta nota técnica visa
esclarecer as evidências disponíveis sobre a citometria de fluxo (CF) - método atualmente
considerado por especialistas como padrão ouro no diagnóstico da HPN - e avaliar a sua
ampliação de uso, uma vez que a tecnologia já está incorporada no SUS.
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3. RESUMO EXECUTIVO
Tecnologia: Citometria de fluxo
Evidências científicas: A busca de evidências foi realizada no Pubmed, limitado para estudos em
humanos, e recuperou 437 artigos. Para a melhor tomada de decisão foram selecionados os
estudos mais relevantes na investigação da acurácia, sensibilidade e especificidade da citometria
de fluxo como método diagnóstico da HPN, como protocolos clínicos bem fundamentados e
estudos de metodologia robusta. A citometria de fluxo é recomendada para diagnóstico de HPN
pelas principais organizações de interesse (International Clinical Cytometry Society - ICCS,
European Society for Clinical Cell Analysis - ESCCA, International PNH Interest Group - IPIG).
Avaliação de Impacto Orçamentário (AIO): Foi realizada uma análise simplificada de impacto
orçamentário. Os custos assumidos nessa análise foram restritos aos de realização do
procedimento, de acordo com o Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos,
Medicamentos e OPM do SUS (SIGTAP). Estima-se um impacto orçamentário de R$ 5,8 milhões
ao final de cinco anos com a realização de citometria de fluxo para diagnóstico de HPN e
acompanhamento de pacientes com alta atividade.
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Considerações finais: Apesar do consenso sobre a utilização da citometria de fluxo, a ausência
de outros métodos de diagnóstico específicos para a HPN inviabilizou a elaboração dos estudos
iniciais de acurácia, sensibilidade e especificidade. Entretanto, vários estudos comparando
sensibilidade e especificidade entre diferentes metodologias para citometria de fluxo foram
encontrados, como comparações entre a CF convencional e de alta sensitividade, diferentes
reagentes, linhagens celulares e aparelhos. No contexto proposto neste documento, a
citometria de fluxo demonstrou-se um método de diagnóstico adequado, por isso o seu uso
deve ser considerado no sistema público de saúde.
Recomendação preliminar da Conitec: Pelo exposto, a CONITEC, em sua 81ª reunião ordinária,
nos dias 04 e 05 de setembro de 2019, recomendou a ampliação do uso da citometria de fluxo
no SUS, para o diagnóstico de Hemoglobinúria Paroxística Noturna. A matéria foi disponibilizada
em consulta pública.
Consulta pública: A Consulta Pública nº 56 foi realizada entre os dias 18/09/2019 e 27/09/2019.
Foram recebidas 17 contribuições, sendo quatro pelo formulário para contribuições técnico-
científicas e 13 pelo formulário para contribuições sobre experiência ou opinião. Todas as 13
contribuições sobre experiência e opinião concordaram com a recomendação da Nota Técnica
para ampliação do uso da CF para diagnóstico de pacientes com HPN, sendo 12 pessoas físicas
representadas por familiares, amigos ou cuidadores de paciente (50%) e interessados no tema
(25%), e uma pessoa jurídica (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia
Celular). Já o formulário para contribuições técnicas contou com quatro participações, todas de
acordo com a recomendação, sendo duas destas enviadas pela fabricante do medicamento
eculizumabe, Alexion Pharmaceuticals. Após apreciação das contribuições encaminhadas pela
Consulta Pública, o plenário da Conitec entendeu que não houve argumentação suficiente para
alterar a recomendação inicial.
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4. CONDIÇÃO CLÍNICA
A HPN pode ser classificada de acordo com a manifestação clínica da doença, ou pelo grau
de ausência de proteínas ancoradas ao GPI na membrana. Essa última forma de classificação pode
categorizar as células HPN em tipo I (apresenta níveis fisiológicos de GPI), tipo II (apresenta níveis
reduzidos) ou células tipo III (possuem ausência completa da proteína) (DEZERN; BRODSKY, 2015).
Clinicamente, o tipo II possui uma sensibilidade modesta à lise pelo complemento (3 a 5 vezes o
valor normal), enquanto o tipo III é pronunciadamente mais sensível à lise (15 a 25 vezes a normal)
(DEZERN; BOROWITZ, 2018).
Por se tratar de uma doença rara, o diagnóstico da doença dá-se por exclusão de outras
causas de hemólise, como, por exemplo, as anemias hemolíticas autoimunes ou reações
transfusionais tardias, que podem ser identificadas por meio do Teste de Coombs direto. Outros
testes, como o de Ham e o teste de hemólise com sacarose foram historicamente utilizados, embora
com baixa especificidade e sensibilidade para HPN. Apesar de terem contribuído na detecção de
casos da doença, tais métodos não são suficientes para definir um diagnóstico acurado e preciso. A
identificação de aspectos bioquímicos intimamente relacionados à patofisiologia da doença é de
fundamental importância para o diagnóstico definitivo da HPN. Dentre tais aspectos, podemos
ressaltar a identificação da diminuição ou deleção da proteína GPI da membrana das células
(KEENEY; ILLINGWORTH; SUTHERLAND, 2017). A partir dos anos 1990, a citometria de fluxo (CF) foi
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introduzida com sucesso para avaliação da expressão de GPI na superfície celular e das proteínas
ancoradas a ele (GPI-AP).
A citometria de fluxo é uma técnica criada a mais de três décadas que pode identificar
células sanguíneas. As células são marcadas com anticorpos específicos que emitem fluorescência
ao serem excitados por um feixe de luz. Por meio da técnica, as células são identificadas pelo
anticorpo, pelo tamanho e granulosidade (RILEY, 2017). No caso da HPN, os anticorpos monoclonais
empregados na citometria de fluxo possuem como alvo as GPI-AP das células sanguíneas, bem
como outras proteínas não ligadas ao GPI, que possibilitam a identificação do tipo celular (HILL et
al., 2017).
5. ANÁLISE DA EVIDÊNCIA
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5.2 SUMÁRIO DOS RESULTADOS MAIS RELEVANTES
Os primeiros estudos descrevendo o método diagnóstico datam do início dos anos 1990, os
quais utilizaram anticorpos monoclonais anti-GPI-AP (principalmente anti-CD55 e anti-CD59)
expressos tanto em hemácias quanto nos glóbulos brancos (VAN DER SCHOOT et al., 1990;
SCHUBERT et al. 1991; HALL e ROSSE, 1996). A citometria de fluxo para análise da expressão de
antígenos ligados à GPI em células vermelhas e granulócitos mostrou-se um método rápido,
sensível e específico para diagnóstico de HPN (RICHARDS e BARNETT, 2017). Entretanto, a utilização
de CD55/CD59 como marcadores demonstrou-se pouco precisa ou sensível nos pacientes que
apresentam tamanhos de clone entre 1 e 4% (KEENEY, ILLINGWORTH, SUTHERLAND, 2017).
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CD26 nos granulócitos, CD14 e CD48 nos monócitos, e CD48/CD3 nos linfócitos. Em 584 casos, foi
utilizada uma combinação de CD66b/CD24 e CD16 - considerados sensíveis e validados para análise
de granulócitos - e da toxina bacteriana modificada (FLAER). Os autores enfatizam a importância da
análise de reticulócitos, pois estes apresentaram superioridade em relação aos eritrócitos,
especialmente para pequenos clones, já que são menos afetados pelas transfusões e crises de
hemólise. Ademais, os reticulócitos se correlacionaram melhor com a proporção de leucócitos
deficientes em GPI. A análise adicional dos monócitos forneceu uma maior sensitividade à técnica
para clones menores que 10% de granulócitos (HÖCHSMANN, ROJEWSKI e SCHREZENMEIER, 2011).
Um reagente introduzido com grande sucesso na última década foi a aerolisina fluorescente
- FLAER (do inglês fluorescent-labeled aerolysin) (SUTHERLAND et al., 2007). Trata-se de uma
proteina derivada de toxina bacteriana conjugada com um fluorocromo, que se liga diretamente à
fração GPI de células normais causando lise celular. Devido à ausência da GPI nas células clone HPN,
estas apresentam resistência à lise mediada por aerolisina, podendo o FLAER ser utilizado então
para detectar clones de HPN com alta sensibilidade (RAHMAN et al., 2017). Brodsky e colaboradores
(2000) foram os primeiros a descreverem um método diagnóstico utilizando FLAER como reagente.
Os autores compararam a expressão de GPI em 8 pacientes, comparando FLAER com antígeno
marcado anti-CD59. Em todos os casos, FLAER detectou proporções semelhantes ou maiores de
clones em monócitos e granulócitos comparado ao anti-CD59, e foi capaz de detectar pequenas
populações anormais de granulócitos em pacientes tamanho de clone de cerca de 0,5%. Devido à
baixa probabilidade do aparecimento de células deficientes em GPI em indivíduos sem HPN, a
técnica apresenta alta sensibilidade e especificidade (BRODSKY et la., 2000). Sutherland e
colaboradores (2012) indicam que, embora os testes baseados em FLAER tenham melhor
sensibilidade e precisão do que os ensaios tradicionais baseados em CD55 e CD59, o teste com base
em CD33 de granulócitos e/ou monócitos é sub-ótimo para CF de alta sensibilidade de quatro cores
(SUTHERLAND, KEENEY,ILLINGWORTH, 2012).
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Morado e colaboradores (2017) avaliaram a eficiência da triagem diagnóstica da HPN por
consenso médico, confirmada pela CF em diferentes laboratórios, incluindo um grande laboratório
de referência em São Paulo (Brasil). O estudo avaliou 3.938 amostras de sangue periférico triadas
e evidenciou diferenças significativas quanto a freqüência de casos de HPN em relação ao consenso
médico aplicado, mas com tendências gerais semelhantes, confirmando a eficiência geral
relativamente alta da CF (MORADO et al., 2017).
Para calcular o número de pacientes com HPN a serem diagnosticados por citometria de
fluxo, foi considerada apenas a incidência de 1,3 casos por 1.000.000 de indivíduos por ano (HILL et
al, 2006), por se tratar de uma análise simplificada, com base em uma estimativa epidemiológica
de demanda. As estimativas de projeção da população brasileira foram retiradas do site do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019) (Tabela 01).
Tabela 1. Estimativa da população a ser diagnosticada por citometria de fluxo para HPN
Ano População Novos casos
Além do diagnóstico, o PCDT da HPN prevê o acompanhamento anual dos pacientes por
citometria de fluxo. Dessa forma, foi calculado o número de pacientes elegíveis à realização de
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citometria de fluxo durante o tratamento com eculizumabe. Para isso, foi considerada para o ano
de 2019 a prevalência de 1,6/100.000 indivíduos e, para os anos subsequentes, o número de
pacientes com HPN no ano anterior acrescido do número de novos casos, estimado com base na
incidência 1,3/1.000.000 de indivíduos por ano (HILL et al, 2006). Adicionalmente, uma vez que
apenas pacientes com HPN e alta atividade da doença serão elegíveis ao tratamento, considerou-
se uma taxa de apenas 30% de indivíduos com HPN receberá o tratamento com eculizumabe e será
submetido ao acompanhamento a cada 12 meses (Tabela 2).
Tabela 2. Estimativa da população a ser acompanhada por citometria de fluxo, de acordo com o
PCDT da HPN
Ano População Novos casos Total
Dessa forma, estima-se que os gastos com a realização de citometria de fluxo para
diagnóstico da HPN e acompanhamento de pacientes com alta atividade da doença poderão chegar
a R$ 5,8 milhões em 5 anos, o que corresponde a 0,19% do custo do tratamento com eculizumabe
para o mesmo período e população (Tabela 03). Cabe ressaltar que essa análise trata-se de uma
estimativa simplificada, com incertezas a serem identificadas por estudos posteriores.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma outra forma de confirmação da doença poderia ser realizada por meio da detecção da
mutação no gene PIG-A. Devido a dificuldades técnicas, essa forma de diagnóstico está limitada às
pesquisas laboratoriais. Entretanto, não se deve descartar a possibilidade do desenvolvimento de
tecnologias futuras que viabilizem a identificação de mutações no gene PIG-A para diagnóstico da
HPN (PARKES et al., 2005).
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8. RECOMENDAÇÃO PRELIMINAR DA CONITEC
Pelo exposto, a CONITEC, em sua 81ª reunião ordinária, nos dias 4 e 5 de setembro de 2019,
recomendou a ampliação do uso da citometria de fluxo no SUS, para o diagnóstico de
Hemoglobinúria Paroxística Noturna.
9. CONSULTA PÚBLICA
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“A ABHH é favorável à proposta de ampliação do uso da citometria
de fluxo para o diagnóstico de hemoglobinúria paroxística
noturna.”
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10. RECOMENDAÇÃO FINAL
11. DECISÃO
Art. 1º Fica ampliado o uso da citometria de fluxo para diagnóstico de hemoglobinúria paroxística
noturna no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.
Art. 2º Conforme determina o art. 25 do Decreto 7.646/2011, o prazo máximo para efetivar a oferta
ao SUS é de cento e oitenta dias.
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12.REFERÊNCIAS
BOROWITZ, Michael J. et al. Guidelines for the diagnosis and monitoring of paroxysmal nocturnal
hemoglobinuria and related disorders by flow cytometry. Cytometry Part B: Clinical Cytometry, v.
78, n. 4, p. 211-230, 2010.
FLETCHER, Matthew et al. Current international flow cytometric practices for the detection and
monitoring of paroxysmal nocturnal haemoglobinuria clones: A UK NEQAS survey. Cytometry Part
B: Clinical Cytometry, v. 92, n. 4, p. 266-274, 2017.
HALL, Sharon E.; ROSSE, Wendell F. The use of monoclonal antibodies and flow cytometry in the
diagnosis of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood, v. 87, n. 12, p. 5332-5340, 1996.
PARK, Sang Hyuk et al. Comparison of High Sensitivity and Conventional Flow Cytometry for
Diagnosing Overt Paroxysmal Nocturnal Hemoglobinuria and Detecting Minor Paroxysmal
Nocturnal Hemoglobinuria Clones. Annals of laboratory medicine, v. 39, n. 2, p. 150-157, 2019.
PARKER, Charles et al. Diagnosis and management of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria. Blood,
v. 106, n. 12, p. 3699-3709, 2005.
21
RAHMAN, K. et al. Fluorescent Aerolysin (FLAER)‐based paroxysmal nocturnal hemoglobinuria
(PNH) screening: a single center experience from India. International journal of laboratory
hematology, v. 39, n. 3, p. 261-271, 2017.
RICHARDS, Stephen J.; BARNETT, David. The role of flow cytometry in the diagnosis of paroxysmal
nocturnal hemoglobinuria in the clinical laboratory. Clinics in laboratory medicine, v. 27, n. 3, p.
577-590, 2007.
RILEY, Roger S. Laboratory Evaluation of the Cellular Immune System. In: MCPHERSON, Richard A;
PINCUS, Matthew R. Henry‘s Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. St. Louis,
Missouri, Estados Unidos: Elsevier, 2017.
SUTHERLAND, D. Robert et al. Diagnosing PNH with FLAER and multiparameter flow cytometry.
Cytometry Part B: Clinical Cytometry: The Journal of the International Society for Analytical
Cytology, v. 72, n. 3, p. 167-177, 2007.
SUTHERLAND, D. Robert; KEENEY, Michael; ILLINGWORTH, Andrea. Practical guidelines for the high‐
sensitivity detection and monitoring of paroxysmal nocturnal hemoglobinuria clones by flow
cytometry. Cytometry Part B: Clinical Cytometry, v. 82, n. 4, p. 195-208, 2012.
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