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Odontopediatria

Promoção da saúde em
odontopediatria
Odontologia neonatal: Envolver o paciente antes do nascimento, agindo na gestante e no
núcleo familiar como um todo.
• O acompanhamento do dente propriamente dito da criança ocorre em média nos 6 meses de idade ou
antes de um ano de vida. Caso até 1 ano de idade não tenha erupcionado nenhum dente, é necessário
investigar.

Odontologia para gestantes


• Durante a gestação a mulher está mais receptiva a adquirir novos conhecimentos, acrescentar hábitos
que poderão influenciar positivamente a saúde do seu bebe.

• Recomenda-se que a gestante marque consultas com o odontólogo logo no pré-natal.

• Pré-natal odontológico ocorre em 2 consultas. Uma no primeiro trimestre e uma no terceiro trimestre.
O primeiro é para orientar a gestante sobre os problemas de saúde oral que ela pode enfrentar e as
consequências que essas alterações podem interferir na gestação. No primeiro trimestre a gravidez é um
pouco instável, indicando-se que faça algum procedimento no início do segundo trimestre, que é muito
bom para atendimento odontológico em si, visto que a gravidez está estável neste período. No terceiro
trimestre inicia-se a orientação em relação a criança sobre amamentação, cuidados, prevenções, etc.

• Caso a mãe não consiga amamentar no peito, indica-se o uso da mamadeira como um recurso,
orientando como usar a fórmula.

• Havendo necessidade e sabendo dos riscos e benefícios, pode ser necessário indicar chupeta, a chupeta
correta, e orientar a maneira correta de utilizar.

Odontologia para bebês


• O campo da odontopediatria é vasto e envolve diferentes idades e fases do desenvolvimento.
• Embora a maioria dos bebes não tenham dentes até os seis meses de idade, o cuidado dental infantil é
importante desde o início.
• Nos dias de hoje, não se orienta que a mãe limpe a boca do bebê até os 6 meses que está em aleitamento
EXCLUSIVO. Caso a mãe use algum aditivo: fórmula, chá, açúcar... deve-se fazer a limpeza. A explicação
dos pediatras é que o leite humano possui imunoglobulinas que protegem a criança e por este motivo
não é necessário limpar a cavidade bucal em casos de aleitamento exclusivo.

Tratamento de crianças de um a três anos


• Todo atendimento nesta fase deve ser planejado e o clinico deve ter experiencia
• É interessante que os procedimentos sejam feitos por um odontopediatra, apesar de não haver restrição
ao clinico geral para realizar os atendimentos caso se sentir seguro.
• Esses atendimentos iniciais são feitos com o auxílio da mãe em algumas vezes
• São utilizados alguns artefatos que auxiliam no atendimento.

Educação e prevenção em odontopediatria


1- Educação quanto aos aspectos psicológicos: Atendimento sem traumas, mas consciente

2- Educação quanto a forma de ação no consultório: Manejo da criança

3- Informação aos pacientes a respeito dos dentes: Flúor, escovação, traumas, etc.

4- Higiene Bucodental: Como escovar os dentes

Higiene bucodental em odontopediatria


1- Objetivos
• Evitar e diminuir a contaminação de microrganismos que começam a se proliferar como o
nascimento dos dentes.

2- Motivação
• Procurar motivações para a criança achar o momento legal e aprender, para que aos poucos a
criança crie autonomia e entenda a importância.

3- Método de ensino de escovação


• Maneiras de ensinar a criança a escovar

4- Técnicas de escovação
• Posição de Starkey: Segura a criança por trás, estabiliza a cabeça com uma mão e escova com a
outra.
• Técnica de fones
• Técnica de Stilman modificado
• Técnica de Bass
5- Sequência de escovação
• Existe uma sequência e deve-se informar aos pais

6- Evidenciadores
• Uso doméstico orientado aos pais pelo dentista para controle por uma semana para observar
alguma melhora

7- Escovas dentais
• Macia, pequena, anatômica, cabeça pequena.
• Escova elétrica: Indicada em alguns casos, conduta individualizada: Criança que não colabora em
nenhum caso para a escovação habitual, idosos, pessoas que não possuem coordenação motora,
etc. Porém, apesar da escova ser elétrica, os movimentos devem ser os mesmos da escovação
manual.

8- Dentifrícios

9- Controle da placa bacteriana interproximal


• Uso de fio dental
• Individualizar conduta: quando a mãe não consegue passar ou a criança não colabora de jeito
nenhum, acrescenta primeiramente uma vez ao dia.
• O fio dental indicado é o que a mãe conseguir comprar e usar.

10- Hidroterapia
• Utilizado para quem tem próteses extensas ou aparelho ortodôntico

11- Bochechos
• Se a criança consegue cuspir, pode-se usar
• Mínimo de 1 minuto na boca e 30min sem beber e comer nada
• Fazer antes de dormir
• É um coadjuvante da higiene, não é fator principal
• Só funciona em superfícies limpas (dentes escovados)

12- Higiene para portador de aparelho ortodôntico


• Escovas interdentais para auxilio
Anatomia do dente decíduo e
cronologia de erupção
• Os dentes decíduos são tão importantes quanto os permanentes.

• Quem deve explicar que dente decíduo é importante, faz parte de um processo de
amadurecimento do sistema estomatognático da criança, é uma guia de erupção, etc, é o dentista.

Notação dentária

• Os quadrantes são divididos em 51, 61, 71 e 81 (continuação dos permanentes)


• Dentes decíduos não possuem pré-molares e nem terceiros molares.
• Os dentes decíduos são formados por 20 dentes na arcada.
• Formados por: Incisivo CENTRAL, incisivo LATERAL, Canino, 1° molar e 2° molar.

Tipos e funções dos dentes


• Incisivos: Cortar e guiar alimento
• Caninos: Segurar e rasgar os alimentos
• Molares: Moer alimentos.

Diferenças entre decíduos e permanentes –


Característica de decíduos
• Número: Permanentes: 32. Decíduos: 20.

• Coloração: A cor dos dentes decíduos é branca e opaca.

• Menor: Os dentes decíduos são menores que os permanentes em todas as dimensões.

• Raiz: Raízes dos dentes decíduos são mais estreitas, mais finas, menores e bastante claras.

• Esmalte: O esmalte dos dentes decíduos é mais permeável e mais facilmente desgastável

• Detalhes: Os detalhes dos dentes decíduos são mais pronunciados (cúspides mais pontudas, mamelos
e bossas evidenciadas, etc)
• Molares: A superfície vestibular e lingual dos molares decíduos converge para oclusal mais
acentuadamente, são bastante expulsivos.

• Câmara Pulpar: As câmaras pulpares dos decíduos são proporcionalmente mais amplas em relação
ao restante do dente e possui um formato diferente, cornos pulpares (especialmente os mesiais) são mais
altos/acentuados.

• Estrutura dentária: A estrutura dentária dos dentes decíduos tem menos estrutura dentária
(menos dentina, menos esmalte, formato menor) para proteger a polpa dentária.

Anatomia dos dentes decíduos – Diferenciais

Incisivo central superior


• A largura mésio-distal é maior que a medida
cervico-incisal
• Há um acotovelamento do terço apical para o
lado vestibular, devido à presença de germe do
dente permanente
• Canal contínuo com a câmara pulpar, sem
transição definida entre ambos
• Sulcos de desenvolvimento frequentes no
terço incisal
• Borda incisal quase sempre reta

Incisivo lateral superior


• Face vestibular é convexa, com os sulcos de
desenvolvimento menos pronunciados
• Ângulo disto-incisal é mais arredondado
• As cristas marginais e o cíngulo são menos
pronunciados
• O incisivo lateral é menor que o centra em
todas as dimensões
• Sua raiz é mais longa em relação à coroa do
que o incisivo central

Incisivo central inferior


• Dimensão cervico-incisal é maior que mésio-
distal
• Cristas marginais são menos pronunciadas
que nos incisivos superiores
• Na borda incisiva, os ângulos formados com as
superfícies proximais são vivos
• Raiz muito achatada no sentido mésio-distal
• Na superfície lingual pode apresentar leve
cavidade que corresponde à fossa lingual
Incisivo lateral inferior
• Menos simétricos
• O cíngulo é mais desenvolvido e ligeiramente
desviado para o lado distal
• A superfície distal é menor e mais convexa que
a mesial
• Raiz mais longa, mais afiada e mais estreita
• Canal radicular único e oval

Canino inferior
• No terço cervical da face vestibular possui um
tuber
• Na superfície lingual possui apenas uma fossa
lingual
• A borda mesial da cúspide é menor que a
borda distal
• Raiz pouco achatada no sentido mésio-distal e
mais curta que a raiz do canino superior
• Cavidade pulpar acompanha contorno externo
do dente e o canal radicular único

Canino superior
• São mais robustos que os incisivos decíduos
em todos os aspectos
• A coroa apresenta uma constrição na cervical
• Na face palatina, o cíngulo pode ser bipartido
• Um tubérculo pode se estender da ponta da
lateral da cúspide até o cíngulo dividindo a
superfície em fossa mesial e distal

Primeiro molar superior


• A superfície oclusal pode ter 3 ou 4 cúspides, a
4 sendo chamada de disto-lingual
• O sulco de desenvolvimento vestibular separa
as cúspides vestibulares e é evidente
• A presença de crista obliqua ocorre em cerca
de 80% dos casos
• As três raízes são bastante divergentes entre si
• As faces palatinas são trapezoidais e mais
largas no nível do colo
Segundo molar superior
• Possui um tamanho menor devido ao
isomorfismo entre o segundo molar superior e
o primeiro molar superior
• No ângulo mésio-vestíbulo-cervical há a
presença de tubérculo molar de Zuckerkandl
• Por vista lingual, apresenta cúspides distal,
mesial e o tubérculo de Carabelli

Primeiro molar inferior


• A face vestibular apresenta o seu lado distal
mais curto que o mesial
• Tubérculo molar de Zuckerkandl
• As faces proximais são irregularmente
trapezoides, com sua base maior na cervical
• A crista marginal mesial é mais desenvolvida
que a distal e tem uma inclinação no sentido
cervical
• As pontas das cúspides aproximam-se muito
no sentido vestibulo-lingual

Segundo molar inferior


• Possui 3 cúspides mésio-vestibular, disto-
vestibular e distal, ambas têm o tamanho
aproximadamente igual
• Sulco de desenvolvimento lingual curto, que
divide suas cúspides com dimensões
semelhantes
• Faces proximais tem formato de trapézio
irregular com base maior na cervical
• Costa marginal mesial é particularmente alta
• Bifurcação é imediatamente abaixo da cervical
do dente, tem uma inclinação característica no
sentido mésio-distal nos terços mésio e apical

Cronologia de erupção
• Com 5 meses de gestação já existe o começo do processo de formação dentária da criança.

• A sintomatologia de erupção começa aos 6 meses: salivação, estado febril, coceira.

• O estado febril é pequeno, intermitente, 3 dias no máximo e pouca elevação de temperatura.

• O processo do estado febril acontece pois o corpo ‘’acha’’ que é um corpo estranho e ‘’luta’’ contra aquilo,
depois percebendo que não é um corpo estranho o estado febril passa. Se a febre continuar e for muito
intensa, não deve estar relacionado a erupção dos dentes e é preciso procurar um pediatra.
Média na cronologia
1- 6 MESES • Incisivos centrais inferiores

2- 7,5 a 8 MESES • Incisivos centrais superiores

3- 7 MESES • Incisivos laterais inferiores

4- 9 MESES • Incisivos laterais superiores

5- 12 MESES (1 ano) • Primeiros molares inferiores

6- 14 MESES (1 ano e 2 meses) • Primeiros molares superiores

7- 16 MESES (1 ano e 4 meses) • Caninos inferiores

8- 18 MESES (1 ano e 6 meses) • Caninos superiores

9- 20 MESES (1 ano e 8 meses) • Segundos molares inferiores

10 - 24 MESES (2 anos) • Segundos molares superiores

Psicologia em Odontopediatria:
Manejo da criança
• A criança que nunca foi ao dentista não tem medo por bagagens próprias.

Princípios de psicologia e sua relação com a


odontopediatria
Teorias do desenvolvimento psicológico

1- Fase Oral
• De 0 a 1 ano ou 1 ano e meio
• Nesta fase, a boca é o órgão mais importante da criança, é onde ela estabelece sua relação com o
mundo.
• Até os 6 meses a criança não distingue limites entre si e a mãe, ela acha que são uma só.
• Dos 6 meses a 1 ano e meio a criança começa a entender a separação.
• Até o final dessa fase, a sucção é uma necessidade fisiológica e ela se desfaz dos 9 aos 12 meses.
Caso a criança continue a chupar chupeta, por exemplo, se tornou um hábito e é necessário
retirar.
2- Fase anal
• Primeira infância
• De 1 ano e meio aos 3 anos de idade
• A criança começa a desenvolver autonomia
• Começa a desenvolver o controle dos esfíncteres (desfralde, ir ao banheiro, etc)
• Começa a desenvolver maturidade para o atendimento odontológico começa nos 3 anos. A criança
pode ficar parada de 10 a 20 minutos.

3- Fase fálica (edipiana)


• Segunda infância
• 3 a 5 anos de idade
• A criança começa a perceber que não vai ser criança eternamente e começa a diferenciar os
gêneros feminino e masculino
• A criança se apaixona pelo adulto do sexo oposto (não da maneira carnal e sim de admiração)
• Nesta fase o tratamento pode durar até 30 minutos com a criança colaborando parada na cadeira

4- Fase de latência
• Dos 5 aos 12 anos de idade
• Fase pré-escolar
• Já entendeu que ela e a mãe não são um só
• Já entende que faz parte de um todo social, que a mãe não é a única pessoa importante em sua
vida
• A criança já estabelece contatos e relações sociais com outras pessoas
• Nesta fase a criança já tem uma visão mais real do tratamento e começa a entender os
procedimentos

5- Fase genital
• Início da maturidade sexual
• 13 a 19 anos de idade
• Busca pela identidade própria
• Relacionamentos emocionais
• No tratamento odontológico nesta fase já consegue ficar o tempo necessário na cadeira
• O lúdico já não funciona
• A vaidade nesta fase está muito exacerbada (manejo)

A relação humana
• A maneira com que a criança vai se relacionar com o profissional vai depender das fases da vida que ela
está
• Na anamnese é possível perceber como a criança se comporta e reage
• Não existe uma maneira certa ou errada e sim a maneira que você estabeleceu

Medo
• Nem todo mundo tem medo de dentista. É um sentimento natural e é necessário aprender a lidar.
• Quanto menos idade a criança tem, mais medo ela tem também.
• O que causa o medo é o desconhecido, mas que também pode vir do ambiente familiar
• Medo Objetivo: medo de experiencias negativas que a criança viveu
• Medo subjetivo: medo que a criança possui devido a bagagens que outra pessoa trouxe para ela.
Bastante difícil de reverter.

• Existem quadros clínicos de medo. Algumas pessoas possuem tanto medo que podem desmaiar (mais
comum em adultos)

• A ansiedade é quantitativa, vai aumentando devido ao medo do desconhecido.

• O choro pode ser devido ao medo, desconhecido, dor, chilique. Caso o choro fique muito alto e muito
intenso e a princípio não tem nenhum motivo, pode-se caracterizar como quadro de birra e neste caso é
teste de comportamento para o responsável da criança, ele deve se impor nestes casos.

Influencias familiares e conselhos aos pais


• Ansiedade da mãe
• Desajuste familiar (crônico e continuo)
• Preparo da criança para ir ao Cirurgião-Dentista
• Orientação aos pais e acompanhantes
• Comportamento dos pais no consultório
• Presença da mãe na sala de consulta (legalmente falando, a mãe tem o direito de acompanhar toda
consulta, porem em alguns casos é necessário que o responsável se retire do consultório e é necessário
explicar essa necessidade).

Métodos empregados
• Método da anamnese: Perguntas com a mãe, com a criança, etc.

• Método de observação: Observa o comportamento da criança e agir a partir daquilo que você
observou.

• Método da experimentação: Tentou uma técnica e não funcionou, tenta outra.

Técnicas específicas utilizadas em


odontopediatria

Diga-Mostre-Faça
• O intuito dessa técnica é moldar o comportamento através de explicações verbais
• Dizer e mostrar o que vai fazer, antes de fazer. Ex: ‘’vou pegar um espelhinho e examinar sua boca’’
• Indicado para todos os pacientes
• Contraindicação: se o paciente for deficiente auditivo ou deficiente visual.
Controle de voz
• É uma alteração controlada do volume, tom e ritmo de voz
• Não é gritar com a criança
• Falar um pouco mais alto, com um tom mais assertivo e com ritmo diferente (pausadamente)
• Os responsáveis da criança devem estar cientes desta técnica antes dela ser utilizada, precisam entender
o que vai ser feito.
• Esse é o tipo de situação que deve ter autorização por escrito do responsável
• Indicação: em qualquer paciente com comportamento negativo, com recusa de tratamento
• Contraindicação: paciente deficiente auditivo.

Comunicação não verbal


• Estabelecer uma comunicação com postura, expressão facial, linguagem corporal da criança e do
profissional
• Maneira como você recebe, recepciona o paciente interfere no atendimento
• Indicação: Qualquer paciente
• Contraindicação: Não há

Reforço positivo
• Não é barganha, chantagem ou suborno
• É um feedback apropriado a um comportamento positivo esperado
• ‘’Eu sei que você consegue, você é forte’’ ‘’Parabéns, você conseguiu’’
• Pode usar reforçadores sociais (voz, carinho, abraço, elogio) e não sociais (brinquedos, certificados de
coragem, etc)
• Explicar primeiro qual o comportamento que eu quero da criança para depois fazer o reforço positivo
• Não há nenhuma contraindicação

Distração
• Enfeitar o consultório
• Clima alegre, bonito
• Serve para desviar a atenção, tirar o foco negativo
• Objetivo: diminuir estimulo desagradável, evitar comportamento negativo e melhorar o ambiente
• Não há contraindicação
• Cuidados com biossegurança (não colocar coisas que não podem ser limpas)

Exame clinico, diagnostico e plano


de tratamento em odontopediatria

Exame clinico e diagnostico


Recolhe um número de dados bastante extenso
• Inspeção: Avaliação visual

• Palpação: Principalmente das cadeias ganglionares

• Percussão: Pode causar dor no paciente (tomar cuidado na fase de condicionamento psicológico)

• Auscultação

• Exame clinico geral: Estatura, idade, peso, etc.

• Exame extrabucal regional: Cabeça, olhos, ouvido, nariz, atm, etc

• Notação dentaria: 51, 61, 71, 81....

• Exame clinico intrabucal

• Exame dos tecidos moles: Lábio, palato, orofaringe, etc.

• Exame clinico dentário

• Exame de oclusão: Arcadas, espaços primatas, relação distal, dentição mista, etc.

• Exames complementares: Radiográficos quando detectar alguma alteração ou exame de controle


e laboratoriais quando haver cirurgias extensas para serem feitas ou lesões na cavidade oral

• Diagnóstico: Identificar doenças a partir dos seus sinais e sintomas. Reconhecer qualquer desvio de
padrão

• Prognóstico: Na maioria das vezes o prognostico de doenças de cavidade oral em crianças é positivo

Plano de tratamento
1- Urgência e Emergência: Controle somente a dor, considere a tolerância da criança

2- Tratamento médico-sistêmico: Nem todas as crianças precisam de avaliação médica antes de


tratamentos odontológicos, mas é interessante ter o contato do pediatra da criança para contato caso a
criança necessite realizar procedimentos mais invasivos, toma remédios controlados, possui restrições,
etc.

3- Educação do paciente: Prevenção, ensino de técnica de escovação, orientação de higiene oral

4- Tratamento preparatório: Eliminação de qualquer foco infeccioso e adequação do meio

5- Exodontia: Extração somente quando não há mais nada a ser feito no caso

6- Tratamento pulpar
7- Selante de fóssulas e fissuras: Diminuição de foco de infecção, índice de carie. A maioria dos
dentes que tem indicação de selantes são permanentes

8- Tratamento restaurador

9- Ortodontia preventiva

10- Profilaxia e ATF

Obs: Alterações na ordem do plano de tratamento pode ser feito, pois cada situação é individual e o controle
da criança colaboradora é feito de 6 em 6 meses, mas isso também pode alterar se necessário.

Radiologia
• Segundo o Guidelines EAPD a frequência de exames radiográficos pode ser resumida da seguinte
forme:
IDADE BAIXO RISCO ALTO RISCO
5 anos 3 anos 1 ano
8/9 anos 3/ 4 anos 1 ano
12/16 anos 2 anos 1 ano

Observa-se distúrbios de desenvolvimento dos dentes

• Supranumerário
Anomalias de número
• Agenesia
• Dentição pré-natal
• Dentes neonatais
• Etc.

Anomalias de estrutura • Amelogenese imperfeita


• Hipoplasia de esmalte
• etc.

Anomalias de forma • Fusão


• Geminação
• Concrescência
• Taurodontismo
• Dens in dente
• Tríade de hutchinson (molares em amora e
incisivo em chave de fenda, surdez e ceratite
ocular intersticial)
• Etc.
Anomalias de erupção e esfoliação • Erupção prematura ou retardada
• Anquilose (não tem ligamento periodontal e
gruda no osso, em casos de dente decíduo ele
não esfolia e o permanente não nasce ou não
esfolia).
• Etc

Tumores odontogênicos • Odontoma


• Ameloblastoma
• Perolas de esmalte, etc.

Manifestações bucais de doenças • Exemplo: Disostose Cleidocraniana, onde os


dentes permanentes não possuem força para
sistêmicas erupcionar

Alterações regressivas dos dentes • Reabsorções

Reações periapicais e inter-


radiculares

Cistos odontogênicos • Nódulos de Bohn (são auto resolutivas)


• Perolas de Epstein (são auto resolutivas)

Osteomielite

Perigos da radiação ionizantes


• Efeitos nocivos – proteção: as crianças estão em desenvolvimento, alta diferenciação de células
e a radiação afeta mais. Utilizar filmes de baixa exposição ou radiografia digital

Técnicas radiográficas em odontopediatria


• Técnicas intrabucais: Bissetriz, paralelismo, interproximal, oclusal
• Técnicas extrabucais: Panorâmicas e Telerradiografias

• Técnica de fazzi: É uma radiografia extrabucal para detectar relação de decíduo com o permanente
intruido.

Terapêutica medicamentosa
em odontopediatria
• HIPORREATIVAS: As crianças de 1 a 12 anos são hiporreativas, reagem menos ao medicamento e
precisam de mais quantidade para fazer efeito.
• O metabolismo das crianças é mais acelerado de 1 a 12 anos.

• HIPERREATIVAS: Até os 6 meses de idade a criança é hiperreativa (reage muito).

• NORMORREATIVO: A partir dos 12 anos, se tornam normorreativas (adulto).

• Obs: Criança se torna normorreativa com 30kg.

Mais utilizados em odontopediatria


• Antibiótico, analgésicos e antiinflamatórios e tranquilizantes ou ansiolíticos

Antibióticos em odontopediatria

Doses de Manutenção

MEDICAMENTO DOSE / HORA

INFECÇÃO LEVE A Amoxicilina 20mg/kg


MODERADA - 8 em 8h

INFECÇÃO LEVE A
MODERADA PARA Azitromicina 15 a 30mg/kg - a cada 24h
PACIENTES ALERGICOS A
PENICILINA
Claritromicina 7,5mg/kg – a cada 12h

INFECÇÃO SEVERA Amoxicilina + metronidazol 20mg/kg + 10mg/kg – 8 em 8 h


INFECÇÃO SEVERA PARA
PACIENTES ALERGICOS A Clindamicina 7,5mg/kg – a cada 6/8 h
PENICILINA

• Usados em média de 5 a 7 dias


• A partir de 5 a 7 dias deve ser feito uma reavaliação
• Precisando, pode-se postergar pra 10 ou 14 dias
• É sempre necessário que remova a causa da infecção

Dose de ataque
• É o dobro da dose usual
• Feito sempre de 30 minutos a 1 hora antes do procedimento

Profilaxia antibiótica
Indicação
• Preventiva a febre reumática, crianças com mecanismo de defesa imunodeprimidas, transplantadas,
com ferimentos bucofaciais traumáticos, síndrome de down com comprometimento cardiovascular,
prótese ortopédica, etc

Medicamentos
• Amoxicilina (primeira escolha)
• Clindamicina, azitromicina ou claritromicina para alérgicos a amoxicilina
• Ampicilina para impossibilidade de uso oral
• Clindamicina ou Cefazolina para impossibilidade do uso oral e alérgico

• De 30 minutos a 1 hora antes


• A dose é mais que o dobro, de 40 a 50mg/kg
Receituário

UNIGRAN
Para o menor José da Silva, 8 anos peso: 15 kg

Uso interno

• Amoxicilina 500mg/5ml_____________________ 1 FR
Tomar 3 ml, a cada 8 horas por 7 dias

Dourados-MS
00-00-0000
DRa. Fulana de Tal
CRO/MS 0000
Recebido: ____________
00-00-0000

Exemplo de prescrição para dose de ataque


• Tomar 6 ml às 8 horas da manhã, dia 01-01-2022.

Exemplo de cálculo da dose para crianças


• Dose de amoxicilina para crianças: 20mg/kg/dose
• Dose da amoxicilina na farmácia: 500mg/5ml
• A criança tem 15 kg
• Regra de três

20 --------- 1kg 500mg ------------5ml

X ----------15 kg 300mg----------------y

Y=3ml
x= 300mg

Resposta: 3ml
Antibióticos não recomendados para uso
infantil
• Tetraciclinas: Devido a pigmentação endógena, principalmente dos 5 aos 7 anos

• Cloranfenicol: Possui efeitos adversos severos, podendo causar aplasia de medula

• Aminoglicosídeos: Possui toxicidade quando associado a outro medicamento, por exemplo a


neomicina

Antibiótico NÃO causa cárie


• A cárie é uma doença multifatorial, causada principalmente pela falta de higienização e alimentação rica
em açúcar. Antibióticos infantis possuem muito açúcar.

• Geralmente o que acontece é que a criança precisa tomar medicamento a noite ou de madrugada e não
escova os dentes após.

Analgésicos e antiinflamatorios em
odontopediatria
• Duração de tratamento não mais que 3 dias
• Nunca ultrapassar a dose de adulto

Dor leve a moderada

MEDICAMENTO DOSE / HORA

Dipirona (500mg/ml) • 0,5 a 1 gota por kg, não excedendo 40 gotas –


6 em 6 horas

Ibuprofeno (50mg/ml) • 1 gota/kg, não excedendo 40 gotas – 6 em 6


horas

Paracetamol (200mg/ml) • 1 gota/kg, não excedendo 35 gotas – 6 em 6


horas

• O que muda em relação a 0,5 a 1 gota é a intensidade. De maior intensidade se aproxima de 1 gota, de
menor intensidade se aproxima de meia gota.
Dor de maior intensidade
• Dipirona, ibuprofeno e paracetamol
• Betametasona (intramuscular) 0,5mg/ml. De 1 a 2 gotas por kg.

OBS: O ibuprofeno receitado em maior quantidade em dores de maior intensidade se torna também anti-
inflamatório. É necessário ter cuidado na prescrição de antiinflamatórios para crianças.

OBS: Paracetamol possui o limite de 35 gotas, mesmo que o paciente tenha mais que 35 quilos. Pois pode
causar hepatotoxicidade.

Tranquilizantes ou ansiolíticos em
odontopediatria
• Usado quando a ansiedade não for controlada por meio alternativo (condicionamento psicológico,
contenção), atendimento de urgência/traumas, procedimentos muito longos (cirurgias), etc.

• A sedação pode ser feita por tranquilização verbal, hipnose, benzodiazepínicos, oxido nitroso.

• Duração de tratamento: Somente durante o atendimento

• A prescrição deve ser feita com a duração do tratamento (somente durante o procedimento) e em receita
de controle especial (azul)

Midazolan (Dormonid)
• 0,2 a 0,5mg/kg. Máximo de 15mg (dose adulta).
• Possui ação de tempo curta.
• Efeito rápido.
• Tem maior potencial hipnótico.
• Apresentação comercial de comprimido de 7,5 e 15mg

Clonazepam (Rivotril)
• Intermediário
• Difícil prescrição em odontologia

Diazepan (Valium)
• Efeito prolongado
• 0,2 a 0,5mg/kg. Máximo de 10mg (dose adulta)
• Menor ação hipnótica
• O efeito começa 1 hora após a administração, difícil em casos de urgência
Sedação em odontopediatria

Indicação
• Medo patológico
• Quando a ansiedade não é controlada por meio alternativa

• Feita com óxido nitroso ou anestesia geral

Anestesiologia em
odontopediatria
• Anestesia tópica tem efeito local e psicológico
• Anestesia tópica bem feita e injeção lenta
• Respeitar o período de latência (tempo que leva para fazer efeito)
• Em crianças o vasoconstritor mais indicado é a epinefrina e o anestésico é lidocaína

Aspectos psicológicos na anestesia


• A criança tem medo do dentista porque tem medo da dor
• Para uma anestesia ser bem aceita, deve ser o menos indolor possível
• Ser o mais lúdico possível

Anestésicos locais
Exemplo para cálculo de anestésico
BASE EXEMPLOS

• Lidocaína 2%= 20mg/ml • Paciente de 60kg


• 1 tubete= 1,8ml Dose máxima: 7mg/kg.
• 36 mg/tubete 7 x 60= 420mg

Max: 11.5 tubetes (arredonda 11 tubetes) – Sempre


arredonda para baixo

• Paciente de 15kg
Dose máxima: 7mg/kg.
7 x 15= 105mg

Max: 2,5 tubetes

• Paciente 4kg (RN)


Máx: 28mg
Máx: 0,77 tubetes ou 1,4ml.

Usa-se seringa de insulina e aspira exatamente os mls


necessários

Agulhas em odontopediatria
• Extra-curtas (10mm)
• Curtas (20mm)
• Longas (32mm)

• Não mostrar a agulha para a criança


• Realizar anestesia tópica previamente
• O osso da criança é mais poroso do que o do adulto, a anestesia infiltrativa dissipa mais do que em
adultos

Anestesias em odontopediatria

Anestesia infiltrativa
• Em crianças pequenas (4 a 5 anos) a anestesia infiltrativa é indicada para todos os dentes superiores e
inferiores
• Até crianças de 8 anos a infiltrativa também é indicada para inferiores anteriores

Anestesia inter-septal ou interpapilar


• Entra por vestibular isquemiando a papila para poder anestesiar o palato com menos dor
• Principio: levar a anestesia para o palato, entrando pela vestibular

Bloqueio (Anestesia regional pterigomandibular)


• A técnica é a mesma para a criança, porem possui diferença anatômica
• Quanto menor a criança, ramo da mandíbula mais curto e ângulo mais aberto
• O forame mandibular é mais baixo que o plano oclusal
• O ponto de punção é o mesmo, a diferença é que depois da punção deve-se inclinar a agulha levemente
para baixo
• É necessário fazer a palpação

Acidentes e complicações locais


• Ulcera traumática
• Injeção intravascular

• Crianças anestesiadas não podem ficar sem supervisão, pois mordem e traumatizam o lábio
• Em casos de ulcera traumática tratar com água morna e sal ou antisséptico. Lesões mais exacerbadas
precisam de laser-terapia
• Orientar os pais para que a criança não fique sozinha pois pode ficar mordendo e machucar os lábios

Cariologia em
odontopediatria
1. Diagnostico de carie dentaria
2. Nutrição e controle da dieta aplicada em odontopediatria
3. Métodos de controle mecânico e químico do biofilme dental
4. Uso de flúor na prevenção e no tratamento da carie dentaria
5. Remoção mecânico-química do tecido cariado

• A avaliação do risco de cárie é a determinação da probabilidade da incidência da doença, durante certo


período de tempo.

• A utilização do termo risco de cárie (possibilidade que o paciente apresenta de adquirir a doença cárie)
deve ser restrita aos pacientes livres da doença, uma vez que nos pacientes que já possuem lesões, o
termo adequado é atividade de cárie, e não risco.

• Baixo risco passou a se chamar risco não identificado

• Médio e alto risco passaram a se chamar em risco identificado


Diagnostico de cárie dentária
Diagrama 1
• Tempo
• Dieta
• Microorganismos
• Dente suscetível: que torna a evolução do
processo de cárie mais rapida em determinado
paciente.

Diagrama 2
• Além dos fatores iniciais, é incluso os
fatores modificadores, que são fatores
que aumentam o risco de cárie, mas
não alteram o processo carioso.

Carie precoce da Infância


Sinônimos: Cárie de acometimento precoce, cárie de mamadeira.
• É um desequilíbrio no fator dieta (muita sacarose, por muito tempo, em dentes recém erupcionados)

• Rampante, de evolução rápida

• Acontece dos 0 aos 4 anos de idade

• Afeta os dentes decíduos logo após a erupção

• Presente na superfície vestibular de dentes superiores

• O líquido (leite de mamadeira com achocolatado e adicionais) fica na face vestibular dos dentes,
posteriormente os dentes posteriores também são afetados

• A falta de higiene e não alteração dos hábitos alimentares potencializam a cárie precoce
• A criança não precisa parar de tomar mamadeira, mas é necessário ter cuidado com os aditivos colocados
junto com o leite (chocolate). Porém, é necessário retirar a mamadeira da madrugada, pois após a criança
tomar, não escova os dentes.

• Deve-se alterar todos os fatores antes da troca de dentes, se não, acomete também os permanentes

OBS: Somente leite materno (amamentação exclusiva) não causa cárie.

ICDAS
• É uma classificação brasileira de lesões cariosas, como a de black (classificação internacional)

Nutrição e controle da dieta aplicada em


odontopediatria
• Quanto mais industrializados os povos, com mais acesso à alimentos refinados (principalmente
carboidratos), maior o índice de carie naquela população.

• Ensaios dietéticos clínicos: mediram o impacto dos carboidratos refinados.

Importância dos hábitos alimentares em odontopediatria


• Os alimentos não devem ser forçados: isso pode resultar em aversão a eles
• Deve ser desencorajada a alimentação fora das refeições principais, a fim de que bons hábitos sejam
adquiridos

• As discussões devem ser eliminadas, o suborno não deve ser usado, principalmente no que se refere à
sobremesa

• Evitar o consumo excessivo de carboidratos refinados, que muitas vezes são dados para satisfazer a
fome da criança

• A hora das refeições deve ser um acontecimento familiar agradável, o alimento deve ficar situado em
segundo plano, isso resultará em benefícios nutricionais, relaxamento de tensões e melhora no
comportamento das crianças

Métodos de controle mecânico e químico do


biofilme dental
• Controle mecânico: esfregar
• Controle químico: uso de flúor

• O controle do biofilme previne cárie, periodontite, estomatite, etc.

Mecânico
• Escovação
• Limpeza interproximal (fio dental ou escova interproximal)
• Limpadores de língua
• Dentifrícios (abrasivos)
• Limpeza profissional (supra e subgengival – quando há cálculo)

Químico
• É um controle complementar, pois quem faz a limpeza bem feita é a parte mecânica
• São agentes químicos que vão conter/diminuir a proliferação bacteriana e aglomeração

• Flúor: Efeito antimicrobiano limitado/pequeno – maior efeito no processo DESRE –


desmineralização e remineralização, mas não ‘’mata’’ bactéria

• Cloreto de cetilpiridínio: Oral-B Complete – Profilática

• Triclosan: Colgate Plax – Profilática

• Clorexidina – Terapêutica

Profilática: Previne
Terapêutica: Trata - reestabelece o equilíbrio da microbiota
PRINCIPIOS CLASSE EFEITOS POSOLOGI
ATIVOS USO FARMACOLÓGICA AÇÃO ADVERSOS A

• Bactericida
• Bacteriostático
• Timol • amplo espectro
• Mentol • penetra em Bochechos
Óleos • Eucaliptol profundidade • Sem evidência sem diluir,
essenciais Diário • Salicilato no biofilme de efeitos 2x ao dia,
de metila dental adversos por 30
• neutraliza segundos
endotoxinas (20ml)
bacterianas

Compostos • Bactericidas • Manchamento Bochechos


Cloreto de quaternários de • Tensoativo extrínseco nos sem diluir
Cetilperinídeo Diário amônias • catiônico dentes e 2x ao dia, 1
• ação tecidos moles minuto
emulsificante (20ml)

• Bactericida • Manchamento
Clorexidina • Bacteriostático extrínsecos
Digluconato Esporádico Bis-biguanida • Amplo espectro dos dentes, Bochechos
de • Lise da mucoso e sem diluir
Clorexidina membrana materiais 2x ao dia
bacteriana restauradores por 30
• Alta • Altera a segundos
substantividade percepção do (15 ml)
• Penetra em paladar
profundidade • Favorece a
no biofilme formação de
dental cálculo
supragengival

Uso do flúor na prevenção e


no tratamento da cárie
dentária
• O flúor no processo de carie depende da quantidade
• Preventivo: Baixa quantidade e alta frequência. Exemplo: água, escovação, etc.
• Terapêutico: Quando em alta concentração e baixa frequência. Exemplo: Gel, verniz fluoretado, CIV,
etc.
• É importante administrar a quantidade adequada para não causar a doença fluorose, que pode ser
dentária ou óssea. Meios: água, tópico, bochecho escolar, etc, somados podem causar fluorose.
• Quando a criança já possui todos os dentes decíduos na boca, o uso indiscriminado de flúor pode causar
fluorose nos dentes permanentes.
• Flúor é remédio e tem posologia e prescrição adequada para cada caso

Suplementação pré-natal
• Suplementação de flúor tem efeito sistêmico

• Suplementação de flúor em época pré-natal: o flúor tem efetiva passagem pela placenta. Entretanto, os
resultados desse flúor na criança sendo gerida não possui comprovação científica de quanto passa, qual
o impacto, etc.

• Os polivitamínicos para gestante que contem flúor possui um pequeno problema, ionicamente o flúor e
o cálcio se ligam e formam o fluoreto de cálcio que não é absorvido pelo trato intestinal e essa substancia
sai na urina, ou seja, a mãe não absorve nem o cálcio nem o flúor. O problema é não absorver o cálcio e
ele não ser suplementado no final das contas.

Suplementação pós-natal
• Efeitos da suplementação sobre os dentes permanentes
1. Tópico: nos dentes presentes na boca
2. Sistêmico: sobre os dentes permanentes

• Coletivamente há suplementação de flúor quando a água de abastecimento não é fluoretada

Caso precise de suplementação, ela acontece da seguinte maneira


IDADE QUANTIDADE

• 0 a 2 anos • 1 comprimido para 1 litro de água

• 2 a 3 anos • 1 comprimido para 1 litro de água dia sim, dia


não

• Até os 12 anos • 1 comprimido para 1 litro de água, por dia

• Flúor na água e em outras bebidas: é importante fiscalizar o teor e a quantidade dessa medida.
• Água isenta de flúor é raro
• Cuidado com o consumo frequente de água mineral em bebes, que proporcionalmente ao tamanho deles
aquela água é hiperfluoretada.
• Outras bebidas que possuem flúor: tereré, refrigerante, chá mate, etc. Não possuem efeitos preventivos,
apenas paliativo.
Mecanismo
• Vem através da saliva por efeito tópico ou efeito sistêmico

Dentifrícios
• Uso de flúor é individualizado e específico conforme necessidade do paciente

0 a 3 ANOS 3 a 6 ANOS MAIS DE 6 ANOS

• Metade de um grão de • Um grão de arroz • Um grão de ervilha


arroz cru

• O dentifrício do adulto é mais acido do que o da criança, dentifrício infantil a acidez é baixa.
• Dentifrício sempre acima de 1000ppm de flúor
• Até os 3 anos, a criança não tem controle para cuspir, então é importante colocar em pouca quantidade
para não haver ingestão

Apresentações comerciais
IDADE APRESENTAÇÃO PPM

0 a 3 anos Sem flúor (criança não consegue


cuspir ou em condutas 0
educativas)

3 aos 7 anos Baixa quantidade de flúor 500-550ppm

A partir dos 7 anos Convencional 1000 a 1500


• Dose toxica: 5mg flúor/kg. Exemplo: criança com 10kg = 45g de pasta

• Dentifrício só funciona acima de 1000 ppm, então por que há apresentações com menos quantidade?
Quando não há controle da quantidade de pasta utilizada

• O dentifrício de adulto (mais ácido) pode ser usado a partir do estabelecimento de dentição permanente
completa

Géis fluoretados

• É de uso profissional

• É acidulado (FFA), induz uma


desmineralização para remineralizar na
presença do flúor

• Sua viscosidade é maior, tem maior


adesividade

• O FFN (flúor fosfato neutro) é usado quando


não tem necessidade de acidez, quando o
paciente é controlado, quando o paciente
acabou de fazer clareamento

Soluções
• INDICAÇÃO: NaF a 2% - 4x ao dia por 3
minutos. Quando há muita quantidade de
cárie.

• Solução de NaF não irrita a gengiva, não


mancha dente, dependendo da concentração
podem ser usados com tranquilidade.

• SEMANAL: 0,2%

• DIÁRIO: 0,05%

• Paciente que esquece muito: uso semanal, 1x


por semana

• Indicado quando há a necessidade de


‘’suplementar’’ por falta de flúor na água, por
exemplo.

• Não ingerir NADA após. Fazer antes de


dormir.
Musses
• Espumas fluoretadas com FFA

• Menor densidade = menos fluoreto = mais


segurança

• Bom para aplicação quando há uma grande


quantidade de crianças

Vernizes

• Alta concentração (5% de fluoreto de sódio)

• Indicado quando há alta atividade de carie e


controle de esmalte em bebes

• Aumenta o tempo de contato com a


superfície, pode ficar até 12h em contato

MODO DE USO
1. profilaxia
2. isolamento relativo
3. Superfície seca
4. Aplica o verniz com um pincel para selante
5. Umedecer a superfície após aplicado com uma bolinha de algodão molhada ou goteja água devagar
6. Remove isolamento relativo
7. Orienta o paciente a cuspir (não engolir), não ingerir alimentos duros neste período (até 12h), não
escovar a região.

Pasta profilática

• Uso profissional
• Tem de 0,1 a 1% de flúor
• Não funciona se há placa na superfície
• ‘’pasta de dente’’ de uso profissional
Remoção mecânico-química de tecido
cariado
• Remoção do tecido cariado utilizando instrumentos manuais em conjunto com um material de ação
química
• Indicação: ações sociais, áreas de difícil acesso, quando a dentina está cavitada, mas não há
envolvimento pulpar
• A anestesia pode ser, na maioria das vezes, dispensada.
• Vantagem: feito em casos em que o paciente tem medo

PAPACARIE CARISOLV

• Remove tecido cariado • Remove tecido cariado


• princípio ativo: papaína. • princípio ativo: hipoclorito de sódio.
• É brasileiro, barato. • Precisa ser armazenado em geladeira.
• Função bacteriostática, bactericida e • Tempo de ação: 30 segundos.
anti-inflamatória.
• Precisa ser armazenado em geladeira.
• Tempo de ação: 30 segundos.

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