Nº12 Yellostone

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Escolas | João de Araújo Correia DISCIPLINA: BIOLOGIA E GEOLOGIA

ESCOLA: Secundária Dr. João Araújo Correia


DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E
CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS CURSO: CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS TURMA 10º

GRUPO 520 - BIOLOGIA FICHA DE TRABALHO ANO LETIVO: 2013/14

NOME: ______________________________________________ Nº Assunto: Vulcanismo(Yellowstone)

Yellowstone: Um gigante adormecido

Foi possível aos geólogos, através do estudo dos registos geológicos presentes nas
rochas, verifica a existência, no passado, de erupções vulcânicas muito violentas e que
poderiam estar na base profundas alterações climáticas e serem responsáveis por extinções em
massa. Mas será que este perigo ainda existe? Será que a nossa espécie, num futuro próximo,
poderá ter que enfrentar um cataclismo desta natureza? As questões anteriores não possuem
uma resposta clara e objectiva mas os
estudos dos geólogos apontam para a
existência de diversos vulcões, capazes
de originar erupções muito violentas e
com impactes globais imprevisíveis.
Estes vulcões são vulgarmente
designados por supervulcões. Um dos
exemplos mais estudados corresponde
ao vulcão no parque de Yellowstone,
nos Estados Unidos da América. Este
parque nacional é um dos mais
visitados a nível mundial, pelo seu
património e paisagens naturais, mas,
acima de tudo, pelo elevado número de
géiseres (metade dos géiseres conhecidos concentra-se neste parque), pelas nascentes termais,
lagos de águas quentes, etc. No entanto, no passado, os geólogos tiveram dificuldade em
explicar a origem desta intensa actividade hidrotermal, pois nunca identificaram um aparelho
vulcânico típico.
Em 1960, Bob Christiansen, um geólogo americano, detectou a existência de grandes
depósitos de rochas as formadas por cinzas compactadas. Recorrendo a fotografias de satélite
fornecidas pela NASA (Agência Espacial Americana), detectou a existência de uma caldeira
gigante com 70 km de comprimento e 30 km de largura, no interior da qual se concentrava a
maioria da actividade vulcânica secundária. Esta descoberta permitiu a sua classificação como
supervulcão. Os depósitos de cinza revelam a ocorrência no passado de três erupções em larga
escala e violentas. A primeira terá ocorrido há 2 M. a., a segunda há 1,2 M. a. e a última há 600
000 anos. Seguindo este padrão, uma Erupção poderá estar eminente.
O mesmo investigador verificou que, em 1973, uma doca para barcos de pequena
dimensão num dos lagos se encontrava submersa, e que as árvores nas imediações do lago
estavam também a ficar submersas, indicando a subida no nível da água do lago. Comparando
com dados de 1920, concluiu que em 50 anos o nível da água subiu 0,74 metros, devido a uma
elevação do fundo do lago. Estas modificações no relevo da caldeira são sinais indicadores da
ascensão de magma e de uma possível erupção.
E no que respeita à actividade sísmica, em Yellowstone são registados milhares de
pequenos sismos anualmente. O estudo da propagação das ondas permitiu detectar a
existência de uma câmara magmática por debaixo da caldeira com 40-50 km de comprimento,
20 km de largura e 10 de espessura. Uma erupção deste vulcão será marcada por um aumento
da intensidade e frequência de sismos. A acumulação de magma muito viscoso (fig. 1),
originário de um ponto quente, ao longo de milhares de anos, altamente rico em gases,
provocará o aumento da pressão e causará uma explosão violenta. Uma erupção em
Yellowstone poderá ser 10 000 vezes mais explosiva que a do vulcão de Sta. Helena em 1980.
Terá efeitos devastadores em todo o continente norte-americano, devido à acumulação de
espessos mantos de cinzas e modificações climáticas globais.
Os impactes na espécie humana e no ambiente poderão ser semelhantes aos que
ocorreram há 74 000 anos, quando o vulcão Toba, na ilha Indonésia de Sumatra, sofreu uma
supererupção. A 2500 km do vulcão acumularam-se 35 cm de cinzas com efeitos catastróficos
nos nossos antepassados. As cinzas na atmosfera terão bloqueado parte das radiações solares
causando uma descida média de 5 ºC, o suficiente para se registar uma redução de 15 ºC
durante o Verão, nas latitudes mais altas. Estas alterações teriam provocado uma diminuição
significativa na população dos nossos antepassados, estimando-se que esta ficou reduzida a
apenas 10 000 indivíduos a nível global.
"Não é uma questão de se vai acontecer; é uma questão de quando, porque mais cedo
ou m tarde uma supererupção vai ocorrer" - Michael Rampino (Universidade de Nova Iorque).

1. Quais os dados apresentados que colocam a possibilidade de ocorrência de uma erupção?

2. Em que técnicas se baseiam esses dados?

3. Caracterize o tipo de erupção referido no texto, indicando a composição do magma e as


principais matérias emitidas.

4. Quais os principais impactes para a nossa espécie da ocorrência de uma supererupção?

5. Qual é a importância de monitorizar permanentemente os vulcões considerados mais


perigosos?

6. Aponte um exemplo do texto que exemplifique de forma clara a relação entre o


desenvolvimento tecnológico e científico.

7. Elabore uma listagem de vulcões actualmente activos, pesquisando para tal páginas Web
consideradas credíveis, e indicando se são erupções explosivas ou efusivas.
Resolução

1. Dados sismográficos e modificações na topografia da cratera.

2. Sismologia e Geografia (baseadas no uso dos Sistema de Posicionamento Global- GPS).

3. A erupção será altamente explosiva, pois o magma é muito viscoso e contém elevada
quantidade de gases, característico dos magmas riolíticos (ácidos).

4. A projecção de elevada quantidade de cinzas implica prejuízos graves para a agricultura, pois
aquelas podem acumular-se sob espessas camadas. Mas os impactes mais severos advirão das
alterações c1iimáticas,já que as cinzas que permanecem por longos períodos suspensas na
atmosfera provocarão um bloqueio parcial da radiação solar, levando à diminuição da
temperatura média global e dos rendimentos da agricultura.

S. A monitorização permanente permitirá prever com antecedência uma erupção vuleãnica e


implementar os planos de emergência e evacuação.

6. O desenvolvimento da tecnologia espacial permitiu pela primeira vez identificar em


Yellowstone uma cratera gigante, recorrendo a imagens de satélite.

7.Os endereços http://www.volcano. si.edu/reports/usgs/


e http:volcano.und.edu/vwdocs/current volcs/current,html podem ser fornecidos aos alunos,
depois de eles realizarem a sua pesquisa, pois trata-se de fontes credíveis. Estes sites contêm
actualizações mensais e semanais de erupções em todo o globo (os websites encontravam-se
activos em Agosto de 2006).

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