2007 DSC PEMM Roberto Da Costa Lima - Ferritas
2007 DSC PEMM Roberto Da Costa Lima - Ferritas
2007 DSC PEMM Roberto Da Costa Lima - Ferritas
Aprovada por:
________________________________________________
Prof. Tsuneharu Ogasawara, D.Sc.
________________________________________________
Dra. Magali Silveira Pinho, D.Sc.
________________________________________________
Profa. Maria Cecília de Souza Nóbrega, D.Sc.
________________________________________________
Profa. Renata Antoun Simão, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Luiz Carlos de Carvalho Benyosef, D.Sc.
________________________________________________
Prof. Ailton de Souza Gomes, D.Sc.
ii
Aos meus três amores: Carla, Pedro e João.
iii
"A coisa mais bela que o homem pode experimentar é o mistério. É essa emoção
fundamental que está na raíz de toda ciência e toda arte."
Albert Einstein
iv
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Tsuneharu Ogasawara por ter acreditado e confiado em mim e por sua
orientação.
Ao colega e amigo Júlio César dos Santos Leandro pela ajuda no laboratório.
Marta, Tadeu, Cassiano, Carlão, Guaracy, Geraldo,Luis, Neide, pelo apoio e incentivo.
v
Ao PEMM/COPPE/UFRJ, IPqM, CBPF, IF-UFRJ, IQ-UFRJ, IME, CTA,
trabalho.
vi
Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Doutor em Ciências (D.Sc.)
Dezembro/2007
Orientadores: Tsuneharu Ogasawara
Magali Silveira Pinho.
vii
Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Doctor of Science (D.Sc.)
December/2007
viii
ÍNDICE
1 - INTRODUÇÃO 1
1.1 - Objetivo 4
1.2– Justificativa e viabilidade 5
2 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 6
2.1 - Materiais absorvedores de radar (RAM) 11
2.1.1 - Tipos de RAM 13
2.1.1.1 - Absorvedores dielétricos 13
2.1.1.2 - Absorvedores condutivos 13
2.1.1.3 - Absorvedores magnéticos 14
2.1.2 - Propriedades dos RAM 15
2.2 – Magnetismo 18
2.2.1 - Origem 18
2.2.2 - Tipos 19
2.2.2.1 - Paramagnetismo 20
2.2.2.2 - Ferromagnetismo 20
2.2.2.3 - Antiferromagnetismo 21
2.2.2.4 - Ferrimagnetismo 21
2.2.2.5 - Diamagnetismo 21
2.2.3 - Domínios magnéticos 22
2.2.4 - Propriedades fundamentais 23
2.2.4.2 - Curva de histerese 23
2.2.4.3 - Anisotropia magnética 24
2.3 – Hexaferritas de bário 25
2.3.1 - Tipo Y 33
2.3.1.1 - Estrutura cristalina 38
2.4 - Métodos de obtenção de ferritas 40
2.4.1 - Sol-gel 42
2.4.1.1 - Método da combustão do gel de citrato 43
2.5 - Epoxi como matriz elastomérica 44
2.6 - Absorção de microondas 48
2.6.1 - Guia de ondas 50
2.6.2 - Sistema de medidas 53
2.6.3 - Espessura das amostras 56
3 - MATERIAIS E MÉTODOS 60
3.1 - Materiais 60
ix
3.2 - MÉTODO DE OBTENÇÃO DA Y-HEXAFERRITA 63
3.3 - Método de preparação dos compósitos poliméricos das Y-hexaferritas de bário 67
3.4 – Técnicas de caracterização 68
3.4.1- Microscopia eletrônica de varredura (MEV) 68
3.4.2 - Fluorescência de raios-X (FRX) 69
3.4.3 - Difração de raios-X (DRX) 70
3.4.4 - Determinação da superfície específica (BET) 73
3.4.5 - Análises térmicas 75
3.4.5.1 - Análise termogravimétrica (TGA) 75
3.4.5.2 - Calorimetria diferencial de varredura (DSC) 75
3.4.6 – Picnometria de hélio 76
3.4.7 – Magnetometria de amostra vibrante 76
3.4.8 - Espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) 78
3.4.9 - Ressonância ferromagnética (FMR) 78
4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO 81
4.1 - PÓS DAS Y-HEXAFERRITAS DE BÁRIO 81
4.1.2 – Análises termogravimétrica e calorimétrica diferencial de varredura 81
4.1.3 – Difração de raios-X 91
4.1.3.1 – Efeito da temperatura de calcinação na obtenção de Cu2Y-
95
hexaferrita de bário
4.1.3.2 – Tamanho médio de cristalito 96
4.1.4 – Fluorescência de raios-X 97
4.1.5 – Microscopia eletrônica de varredura 101
4.1.5.1 - Espectroscopia de energia dispersiva (EDX) 104
4.1.6 - Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) 107
4.1.7 – Massa específica dos pós 110
4.1.8 – Superfície específica (BET) 111
4.1.9 – Caracterização magnética pelo VSM 112
4.1.10 - Ressonância ferromagnética 116
4.2 - COMPÓSITOS DE Y-HEXAFERRITA DE BÁRIO E RESINA EPOXI 118
4.2.1 – Microscopia eletrônica de varredura 120
4.2.2 - Permissividade complexa na banda X 122
4.2.3 - Permeabilidade complexa na banda X 125
4.2.4 - Fator de dissipação dielétrica (tan δε) 130
4.2.5 - Fator de dissipação magnética (tan δµ) 131
4.2.6 - Energia absorvida 132
x
4.2.7 - Medidas de refletividade para os compósitos de Y-hexaferritas de
bário:epoxi
134
4.2.8 - Estudo da confiabilidade do método empregado 153
5 - CONCLUSÕES 160
6 - SUGESTÕES 163
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 165
ANEXO A 176
xi
ÍNDICE DE FIGURAS
xii
Figura 20 – Dimensões do corpo de prova para medidas de permissividade e
permeabilidade complexas de acordo com a quantidade da fase da onda
eletromagnética 57
xiii
Figura 38 - Difratograma de raios-X da Co2Y-hexaferrita de bário calcinada a 950 oC
por 4 horas (Y, Y-hexaferrita de bário) 93
xiv
Figura 61: Influência da concentração de Co2+ na magnetização de saturação (Ms),
magnetização remanente (Mr) e campo coercitivo (Hc) na Ba2Zn2(1-x)Co2xFe12O22.
Ba2Zn2(1-x)Cu2xFe12O22 114
Figura 63 – Perfil das curvas de ressonância magnética das Zn2, Cu2 e Co2Y-
hexaferrita de bário 116
Figura 64 – Perfil das curvas de ressonância magnética das ZnCu, ZnCo e CuCoY-
hexaferrita de bário 116
xv
Figura 83: Curvas do fator de dissipação dielétrica em função da freqüência 130
Figura 84 - Curvas do fator de dissipação magnética em função da freqüência 131
Figura 85 - Energia absorvida pelos compósitos de Y-hexaferrita de bário:epoxi 133
Figura 86 - Curvas de refletividade da Zn2Y-hexaferrita de bário obtidas na banda
X com diferentes espessuras: (a)=1,0mm, (b)=2,0mm, (c)=2,5mm, (d)=3,0mm,
(e)=3,5mm, (f)=4,0mm, (g)=4,5mm, (h)=5,0mm, (i)=6mm, (j)=7mm 134
xvi
Figura 95 - Curvas de refletividade do compósito Cu2Y-hexaferrita de bário:epóxi,
com espessura de 4,00mm, obtidas por medida direta e por intermédio da
simulação com os valores de permeabilidade e permissividade complexas. 155
Figura A . 1 175
xvii
ÍNDICE DE TABELAS
xviii
1– INTRODUÇÃO
mais fascinantes da engenharia de materiais embora ainda represente um grande desafio [1].
absorvida sob a forma de calor, inibindo a energia necessária para o sinal de eco de
podem ser utilizados, com bastante eficácia, para eliminação ou minimização desses
problemas.
No meio civil, os RAM podem ser efetivamente usados para eliminar ruídos que
1
e na telefonia celular. Outra aplicação na área médica consiste em utilização dos RAM
em marca passos.
também empregados para redução da seção reta radar (RCS - Radar Cross Section) de
plataformas navais. A medida da seção reta radar, também conhecida como assinatura
medida varia com a direção segundo a qual o feixe radar "ilumina" o alvo, podendo ser
fase, que podem variar com o campo magnético externo e com a freqüência [3]. Por
apresentarem uma elevada perda magnética, elas constituem materiais largamente utilizados
continuam atraindo a atenção dos pesquisadores envolvidos com esta área. As ferritas não
devem ser substituídas por outro material magnético, pois apresentam como vantagens o
fato de serem relativamente baratas, quimicamente estáveis e com uma enorme gama de
2
qualidade, circuitos de elevada (VHF) e super elevada freqüência (UHF) e dispositivos de
operação. As propriedades físicas das ferritas são controladas por suas condições de
substituições [4]. As ferritas, embora não sejam materiais condutores, têm sido geralmente
aplicadas na obtenção de compósitos. Podem também ser obtidas sob a forma de pigmentos
para formulações de tintas [5], que devem ser aplicadas por pistola, pincel ou rolo,
necessitando de uma agitação constante, uma vez que as partículas de ferrita são densas e,
dopada é outro exemplo que pode ser citado para a obtenção de RAM [6, 7]. As
representa um cátion divalente da primeira série de transição, a citar Zn, Cu, Co, Mg,
Mn [8].
um papel de destaque, pois vem sendo estudada em larga escala, enquanto as demais
microondas, tendo sido, inicialmente descobertas por Jonker in 1956 [4]. Devido à sua
3
1.1 – Objetivo
Esta Tese teve como principais objetivos o estudo da síntese de hexaferritas de bário
método de combustão do gel de citrato, que por sua vez foi otimizado pela utilização do
comparação com o método de combustão do gel de citrato tradicional, tem-se o estudo das
4
refletividade dos compósitos poliméricos para a faixa de freqüência de 8,2 a 12,4 GHz
nanométricos têm causado impacto relevante em diversas áreas, sendo úteis tanto para
conseqüentemente o controle dos níveis de radiação eletromagnética espúria por parte dos
Esta Tese torna-se viável, devido a enorme lacuna de conhecimento no que diz respeito
5
6
2 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
exaustivamente nessa área. O principal trabalho feito pelos alemães foi o de reduzir a seção
folhas de borracha carregadas com material magnético, projetado para ser ressonante na
freqüência de 3 GHz. O segundo projetado por J. Jauman era um material do tipo banda
larga, isto é, com absorção em uma faixa mais ampla de freqüência, com espessura de
plástico de baixo valor dielétrico. Esse tipo de absorvedor, conhecido como absorvedor de
freqüência de 2 a 18 GHz.
patenteado por Otto Halpern e nomeado Tinta Anti-Radiação Halpern (HARP). Sua patente
camadas, com as sucessivas camadas alinhadas a 90 graus umas das outras, para minimizar
6
aviões. Entretanto, esses materiais, funcionavam em uma faixa de freqüência muito estreita
na redução de RCS. Um outro produto também desenvolvido nesta época foi o absorvedor
de tela Salisbury, que também opera com base no princípio de 1/4 de onda ressonante. É
colocada uma folha fina, resistiva de 377 ohms/polegada quadrada separada de 1/4 do
patenteado consistia de uma face dianteira de lona grafitada, onde um espaçador de madeira
microondas utiliza uma folha frontal de fibra de vidro impregnada com grafite, um leve
equipe sob a orientação de Harold Stubbs, para fazer experiências inovadoras. Este trabalho
O primeiro produto bem sucedido foi um material ressonante. A matriz polimérica utilizada
foi a borracha natural (NR). Adicionou-se negro de fumo para obter a perda dielétrica
apropriada. Este material, DX1, foi usado no radar do bombardeiro Vulcam para impedir
danos ao radar, causados por reflexões provenientes do anteparo. Nos anos 50, a Marinha
ressonantes para uso em navios, projetados para a redução de falsos ecos e desordens
utilizados como base foram as borrachas de cloropreno (CR) e natural (NR). A estas
borrachas foram incorporadas ferritas e ferrocarbonila, para produzir uma linha de RAM
7
metálica, estes materiais reduziam reflexões em 10 a 30 dB. Devido ao sucesso destes
materiais, foram confeccionados RAM padrões para estoque da Marinha Britânica, até hoje
desenvolveu esta tecnologia para área de reduções de RCS. Porém, neste caso, tornou-se
necessário o uso de materiais do tipo banda larga. Desta forma, para esta aplicação, foi
anecóicos de banda larga, que adotaram a forma piramidal e proporcionaram uma mudança
gradual no valor da impedância. Essa pesquisa foi realizada para reduzir a freqüência de
O grande interesse da força aérea americana pela redução da seção reta radar,
foi realizado para materiais que operam em alta temperatura, tais como materiais estruturais,
companhias aeroespaciais, a maioria de natureza classificada como sigilosa. Nos anos 70,
(stealth technology) que poderia ultrapassar as defesas Soviéticas sem ser detectado. Desde
então, todas as áreas militares mostraram interesse em redução RCS pelo uso de materiais
8
Figura 1 – Corveta Israelense stealth da classe Eilat com superestrutura recoberta
com RAM
9
Figura 3 – Antena-radar revestida com RAM
navais são revestidas com material absorvedor de microondas para minimizar o efeito
freqüência
10
A câmara anecóica, dispositivo utilizado para medidas de absorção em radio
densidade, baixo custo, a abrangência de uma ampla faixa de freqüência e ser de fácil
tinta.
11
Tipo WF
Onde:
Γ = Coeficiente de reflexão
Γo = Coeficiente de reflexão limite
f = freqüência
fL = freqüência limite
do tipo WF.
mais freqüências específicas. Estes também podem ser chamados de absorvedor tipo
Tipo NF
fo = freqüência de ressonância
do tipo NF.
12
2.1.1 - Tipos de RAM
metálica por um espaçador de baixa constante dielétrica como, por exemplo, espuma ou
colméia (honeycomb). Por utilizar uma folha resistiva, este material opera apenas em
por fazer uso de múltiplas camadas, com valores decrescentes de resistividade, opera em
tipo NF.
negro de fumo (forma de carbono amorfo que tem uma área superficial extremamente
alta em relação ao volume). A sua espessura pode ser controlada pelo tipo de borracha e
absorção é estreita. Este absorvedor é útil para a banda Ku (12 - 16 GHz) sendo suas
13
Um outro tipo de absorvedor condutivo recentemente utilizado é à base de
descoberta nos anos 70, tanto pela importância científica no entendimento desse novo
fenômeno, como pelo seu potencial em diversas aplicações tecnológicas. Estes materiais
orgânicos” [13].
removidos ou adicionados para formar um íon polimérico, sem que ocorra a destruição
últimos anos, pela sua estabilidade química nas condições ambientais, fácil obtenção e
baixo custo de produção [15]. Estes polímeros têm sido investigados quanto ao emprego
14
com o campo magnético da onda eletromagnética incidente, ocorrendo, desta forma, a
matriz polimérica, quer em forma de placas, quer em forma de tintas para aplicação em
por reflexões radar dos próprios mastros e por partes de superestruturas de embarcações
navais e também para a redução da RCS. Estes materiais geralmente operam na faixa de
virtude a obtenção de eficientes RAM com baixa espessura. Este tipo de absorvedor
15
µ* = µ’ - j µ” (1)
onde
absorvida,
dissipada.
ε* = ε’ – j ε” (3)
onde:
16
A permissividade complexa de um determinado material está relacionada às suas
camada (Figura 7), com valores numericamente iguais de µ*, ε* e com elevados fatores
metal
Zx
Z0
cristalina.
2.2 – Magnetismo
O magnetismo pode ser definido como o fenômeno físico que consiste nas forças
de atração e repulsão exercidas por certos materiais, como, por exemplo, o ferro,
princípios e mecanismos básicos que explicam tal fenômeno são muito complexos,
Para que seja possível a compreensão das propriedades dos pós cerâmicos
2.2.1 - Origem
próprio eixo e ao mesmo tempo revolve em torno do núcleo atômico. Porém, o spin do
elétron não é explicado por essa figura simplória, mas sim, através da mecânica
quântica. Nos elementos comuns ferromagnéticos (tais como o ferro, níquel, e cobalto),
infinitesimal que transporta corrente. Esse movimento gera um campo magnético que é
18
chamado de dipolo magnético. Essa concepção possibilita a visualização do
magnético do elétron e desta forma, deve ser desprezado. Uma boa aproximação pode
eletrônica [20].
mecânica quântica.
2.2.2 - Tipos
19
Figura 8 - Principais tipos de magnetismo
2.2.2.1 - Paramagnetismo
dipolos atômicos e os momentos magnéticos são livres e independentes uns dos outros.
devida à agitação térmica dos átomos é tão grande que não se pode suprir uma energia
2.2.2.2 - Ferromagnetismo
20
relativamente fácil a magnetização destes materiais, pois esta interação ajuda
2.2.2.3 - Antiferromagnetismo
momentos magnéticos em sentidos opostos são iguais em módulo. Estes materiais são
2.2.2.4 - Ferrimagnetismo
materiais são facilmente magnetizados e têm muitas das características dos materiais
ferromagnéticos [19].
2.2.2.5 - Diamagnetismo
campo magnético aplicado age no movimento orbital dos elétrons em torno do átomo. O
efeito magnético dos materiais diamagnéticos é muito pequeno sendo o mesmo, oposto
21
2.2.3 - Domínios Magnéticos
regiões onde ocorre o alinhamento dos dipolos magnéticos em uma mesma direção,
limitadas por um volume finito do material. Estes domínios são separados dos domínios
materiais magnéticos moles. Materiais que são de difícil magnetização são denominados
domínios magnéticos destes materiais são muito pequenos e não são observados em
22
2.2.4 - Propriedades fundamentais
mesma direção do campo aplicado e causando uma diminuição de sua energia interna.
Para baixos valores de campo, este processo é reversível. Entretanto, para valores
Ms = Magnetização de saturação
Mr = Magnetização remanente
Hc = Campo coercitivo
Hs = Campo de saturação
ferrimagnéticos.
23
Figura 10 - Curva de histerese para um material ferromagnético
24
removido da direção de mais fácil magnetização para uma mais difícil, a energia deve
ser suprida por um campo magnético externo. A medida desta energia é expressa pela
Magnésia, na Tessália.
século XIII, a bússola, conhecida pelos chineses, pelo menos, desde o século XI. Foi
introduzida no Ocidente.
ciência, não foi um físico conhecido, mas, o médico particular da rainha Elizabeth I,
quando Hans Cristian Oersted relatou que campos magnéticos poderiam ser produzidos
por correntes elétricas [26, 27]. Tal descoberta abriu caminhos para as primeiras
Uma grande variedade de materiais magnéticos e suas propriedades tiveram sua origem,
25
As cerâmicas ferrimagnéticas, ou seja, as ferritas, consistem de um grupo de
materiais magnéticos cujo interesse em sua pesquisa tem se intensificado nos últimos 50
As ferritas são materiais complexos, uma vez que combinam duas áreas de
moles e duras em relação aos 1,7 bilhões de dólares referentes a 1989. Através dos anos
magnéticos encontram-se alinhados) e baixa perda por histerese. As vantagens das ferritas
26
As ferritas são materiais que absorvem a radiação eletromagnética na faixa de
freqüência de 100 MHz a 100 GHz, convertendo-a em energia térmica [30]. Ishino e
tamanho de partículas pode absorver a radiação de microondas, de forma mais eficiente [30].
óxido natural. A grande abundância destes materiais pode ser atribuída à estabilidade de
sendo quase suficiente a combinação de 3 cátions com uma carga total de 8 para que
ocorra o balanço entre as cargas dos ânions. Os respectivos sítios ocupados por cátions
são, contudo, influenciados por diversos fatores, incluindo, dentre outros, os efeitos de
do mineral garnet, Mn3Al2Si3O12, onde o silício (Si) e manganês (Mn) podem ser
substituídos pelo ítrio (Y) e alumínio (Al) por um mecanismo duplo de substituição,
27
Mn3Al2Si3O12 + 3Y3+ + 3Al3+ = Y3Al5O12 + 3Mn2+ + 3Si4+ (5)
raras ou de ítrio. A estrutura cristalina apresenta simetria cúbica e relativa complexidade [33].
outras aplicações. Tal diversidade pode ser atribuída ao baixo custo, alta anisotropia,
elevado campo coercitivo (2-6 kOe), alta magnetização de saturação (72 emu/g), além
28
cristalina é de suma importância para o entendimento do comportamento destes
100 0
90 10
M
X 20
80
Fe O .mol% W MeO.mol%
2 3
30
70 Z
T 40
60
B 50 S
40 30 20 10
BaO.mol%
Y= Ba2Me2Fe12O22 e Z=Ba3Me2Fe24O41
29
no movimento de precessão dos elétrons (semelhante ao movimento de um pião),
das ferritas é um fenômeno causado pelo momento do spin dos elétrons dos íons
magnéticos, e como qualquer corpo que gira em torno do seu próprio eixo, o elétron
individuais de cada elétron. Deste modo, o momento magnético total (magnetização) irá
dos momentos magnéticos atômicos (m) e do número de átomos por unidade de volume
Ms = nm (6)
30
A hexaferrita de bário pertence a uma classe de materiais ferrimagnéticos cujas
ferromagnéticos [36-38].
respeito à facilidade com que estes podem ser magnetizados. Se um pequeno campo
magnético (Oe) for suficiente para produzir uma saturação da magnetização, o material
ferromagnetos: ferro (Tc = 770 °C), níquel (Tc = 358 °C) e cobalto (Tc= 1131 °C), enquanto
alguns metais de terras raras também exibem o ferromagnetismo, tais como o gadolínio
(Tc = 293 K), disprósio (Tc = 85 K), térbio (Tc = 219 K), hôlmio (Tc = 19 K), érbio (Tc =
preferenciais e um campo finito torna-se necessário para alterar tais direções. Este
Néel [39], este material é formado por duas redes cristalinas interpenetrantes, cada uma
com seus momentos alinhados em paralelo, porém, as interações entre as duas redes
31
magnetização espontânea desaparece e estas tornam-se paramagnéticas. Uma diferença
reside no fato de que ferromagnetos são, normalmente, metálicos enquanto as ferritas são
não-metais.
alta pemeabilidade inicial (µi) e baixa coercividade, desta forma sendo facilmente
magnético oposto. A força deste campo denomina-se coercividade, que depende das
zero a partir da saturação. Com base nestas definições, a coercividade representa o valor
um metal de transição, tal como Co, Cu, Ni, Zn, etc.) apresentam propriedades
32
giromagnéticas satisfatórias; as hexaferritas do tipo Z (Ma3Me2Fe24O41) e Y
UHF.
2.3.1 - Tipo Y
objetivo de otimizar sua operação nesta faixa de freqüência. Esse material foi
33
Haijun e colaboradores [47] estudaram as propriedades magnéticas da Y-
convencional. Como, via de regra, as ferritas do tipo espinélio, só podem ser utilizadas
que é uma ferrita com característica mole, porém que apresentou boas propriedades
magnéticas em freqüências elevadas (VHF e UHF). Desta forma, este material pode ser
para valores menores (489 MHz), em relação aos anteriormente observados em 6 GHz,
magnético.
34
Chang e colaboradores [9] estudaram a presença de fases e propriedades
iguais a 0,6. Foram também observados dois picos de ressonância pela técnica de ESR
adição dos dopantes. Na hexaferrita dopada com cromo foram identificadas duas fases
cromo superior a 0,2. A quantidade de cromo utilizada não teve influência no campo
(32,1 emu/g), enquanto que a Ba2Zn2Fe12O22 apresentou valores mais baixos de Tc (373
máximo de σs surge em torno de x=0,75 sendo este de 34,9 emu/g. A presença de zinco
diminuiu a interação de supertroca sem modificar a direção dos spins dos outros cátions,
35
Abo El Ata & Attia [49] prepararam uma série de Y-hexaferritas policristalinas
com composição Ba2Ni2-xZnxFe12O22 (onde 0,0 < x < 2,0) pelo método cerâmico
alternada (ca) é influenciada pela dispersão em freqüências elevadas. Essa dispersão foi
também picos de relaxação dielétrica nas curvas de tangente de perda dielétrica (tan δε).
bário não estequiométrica (Ba2Zn0,6Co0,6Cu0,8Fe12-xO22-1,5x onde 0,0 < x < 2,0) preparada
formação da fase tipo-Y não foi prejudicada, contribuindo sim com o processo de
dielétricas.
36
Pramanik e colaboradores [51] estudaram a obtenção da Y-hexaferrita de bário
possuíam formato toroidal. Foram observadas perdas por reflexão de –38 dB em 11,8
GHz para amostra com x = 0, concentração de 75% p/p e tamanho médio de partícula de
1 µm. Foi observado também que a adição de Cu deslocou o pico de absorção para
freqüências maiores.
37
refletividade. Neste trabalho a Y-hexaferrita foi veiculada em parafina. Li e
por cabos coaxiais. Apesar da descoberta da Y-hexaferrita de bário (1956 por Jonker)
não ser recente, poucos foram os trabalhos publicados sobre este material. Observa-se
elevadas.
grupo espacial é R3m e os parâmetros de célula, expressos nos eixos hexagonais, são: a
≅5,9 Å, c ≅ 43,5 Å; nessa célula existem seis unidades de fórmula. A estrutura contém
38
(TS)’’|(TS)(TS)’(TS)”|(TS). onde as haspas significam uma rotação de 120o em torno
desse eixo [53]. A Figura 12 [53] ilustra o grupo (TS) da hexaferrita tipo-Y.
39
Bário
Oxigênio
Eixo c
43,5 Angstron
FeO4 ou CoO4
eO6ou CoO6
bário (Ba2Co2Fe12O22) .
dos óxidos ou carbonatos dos óxidos de interesse pela mistura/moagem dos mesmos,
com o intuito de promover uma melhor mistura. O pó, depois de seco, é calcinado na
40
temperatura de formação da fase cristalina da ferrita. Embora este seja o método mais
ele possui algumas importantes limitações como por exemplo: existe um limite no
empregados moinhos de bolas e à medida que estas esferas vão cominuindo o material
extremamente ampla. Para tentar superar as deficiências deste método têm sido
molecular. Em um dos grupos destas técnicas, é formada uma solução com os cátions da
interesse, na forma de hidróxidos, por exemplo. O tamanho das partículas pode ser
orgânico). Em todos estes casos, as partículas de ferritas são obtidas pelo aquecimento
do precipitado.
41
O método de preparação da Y-hexaferrita nesta tese tem como base a
metodologia sol-gel.
2.4.1 - Sol-gel
intermédio da formação de um sol, gerado por uma solução de precursores, que sofre
desse método é que o estado sólido pode ser alcançado em baixas temperaturas tendo
sido iniciado por uma solução. Esse fato expande enormemente a possibilidade de
sólidas, cuja dimensão se encontra na faixa de 1 – 1000 nm. Sendo assim, a interação
superficiais. Um gel pode ser definido como uma estrutura sólida contínua que contém
uma fase líquida contínua. Também pode ser descrito como uma macromolécula
- hidrólise do precursor
- condensação
42
- secagem
- calcinação
Todas essas fases têm uma enorme influência nas propriedades do produto
produzindo uma cinza volumosa contendo óxidos dos cátions desejados. Durante a
gases formados são o N2, H2O, e CO2 que favorecem a formação de uma cinza
43
esforço mecânico. As propriedades do produto final tais como tamanho de partícula,
derivados da hidrazina, com ligações N-N que propiciam uma combustão altamente
exotérmica. [56]. O método por combustão do gel de citrato utiliza como combustível o
ácido cítrico. A combustão do gel de citrato combina o método de Pechini com uma
combustão do gel para obter uma cinza volumosa e friável de óxidos precursores da Y-
de resina epoxi.
altamente corrosivos é o que sustenta o grande crescimento comercial das resinas epoxi.
Além disso, a indústria de revestimentos e tintas tem passado por grandes mudanças
tecnológicas, devido à grande demanda por produtos de alto desempenho. A procura por
44
durabilidade tem sido a força motriz para o desenvolvimento de compósitos à base de
resina epoxi.
corrosão, já mencionada.
um átomo de oxigênio ligado a dois átomos de carbono. Conforme ilustra a Figura 14, o
grupo epoxi mais simples é aquele formado por um anel de três elementos conhecido
como 1,2-epoxi, enquanto os termos 1,3 e 1,4-epoxi são aplicados aos óxidos de
heteroátomo.
Os epoxi podem ser designados como óxidos, como no caso do óxido de etileno
ciclohexano).
45
DIGlycidil Ether of Bisphenol A), cuja estrutura é ilustrada na Figura 15. As
contração após cura. Devido ao baixo custo, são amplamente utilizadas na forma
(processo de cura).
a geleificação e vitrificação.
transformação sólido gel → sólido vítreo. Nesta etapa do processo de cura ocorre a
46
densificação macromolecular devido ao aumento do número de ligações cruzadas,
a sua característica vítrea, que na maioria das vezes é otimizada por um processo de
tenacificação.
Os agentes de cura para resina epoxídica podem ser divididos em duas principais
Agentes de cura ácidos incluem: ácidos de Lewis, fenóis, ácidos orgânicos, anidrido,
menor custo, baixa viscosidade, são rapidamente miscíveis, não são higroscópicas e
47
alta temperatura e a ataques químicos e aumentam o tempo de manuseio, porém
aparelhagem sofisticada.
A técnica empregada nas medidas de refletividade (R), com base nos valores de
pode ser realizada em espaço aberto (câmara anecóica) [63-65], em guia de ondas [66-
A câmara anecóica consiste de um local cujas paredes, teto e piso são revestidos
obtidos, estas medidas consistem do método mais preciso. Nestas medidas a energia
(radiação) incidente pode ser absorvida pelas paredes, teto e piso impedindo a reflexão
da mesma por parte destas superfícies, minimizando desta forma, a interferência nos
refletidas por uma placa metálica limpa (isenta de material) e outra revestida com o
48
material cuja absorção deseja-se estudar. O emprego desta técnica de medição exige
técnicas [73].
(T/R), que pode ser conduzida em guia de ondas ou linhas coaxiais. Este método
apresenta a vantagem econômica sobre as medidas em espaço aberto por utilizar apenas
último tem efeitos mais prejudiciais quando adotam-se linhas coaxiais como meio
O método adotado nesta Tese utiliza guias de onda com características não
ressonantes, dispersão integral e medição por duas portas. Neste método a amostra
49
caracterização eletromagnética de materiais magnéticos. As simplificações adotadas por
este método consideram que os materiais a serem testados são isotrópicos, homogêneos
e encontram-se no estado desmagnetizado caso contrário, deverá ser realizada uma série
retangulares, circulares, ou elípticas, tal como ilustra a Figura 16. Os guias de ondas
ELÍPTICO
CIRCULAR RETANGULAR
a - Fácil usinagem da amostra sob teste, quando comparada com a de um cilindro oco
50
utilizado em medidas feitas em cabo coaxial;
c - O dielétrico usado no guia de ondas é o ar, que possui uma perda dielétrica muito
51
Ez é o campo elétrico na direção z
w é a freqüência angular
52
2.6.2 - Sistema de medidas
resposta das amostras sob teste pela comparação dos sinais incidentes com sinais
transmitidos pelas amostras e que refletem a partir de seu "input". O "set-up" para estas
As medidas são feitas por um sistema de analisador de redes tipo 8510 que
medidas de S11 e S21, podem ser alcançadas através de uma calibração eficiente.
53
Varredor
Sintetizado
8510C
ANA
8515A
Conjunto de
teste RF
Figura 18 - Montagem utilizada nas medidas de refletividade por guia de ondas, sendo: 1
o HP 8510, o porta amostras deverá acomodar a amostra bem moldada no seu interior.
possível, para que um bom contato seja obtido. A medida de calibração usa padrões
54
típicos: um λgm/4 "off-set" ("line"), um curto circuito ("reflect") e uma medida thru
geométrica).
e a seção de linha com extensão finita através da instalação do guia de ondas adequado.
Padrões como o PTFE (Teflon) e ferrocarbonila, devem ser utilizados uma vez que suas
55
41,4 φ= 4,255
22,86
16,26
41,4 10,16
15,49 8,0
(a) (b)
amostra.
da onda eletromagnética. A dimensão c do corpo de prova deve ser tal que contenha
56
no mínimo 20o (λ/18) da fase de um comprimento de onda λ (Figura 20 (b)), mas
eletromagnética.
(9)
57
onde:
Equação 10.
λx = c/fx (10)
onde:
λc =c/fc (11)
onde:
fc = 6,557 GHz
Devem ser obedecidos alguns critérios para confecção dos corpos de prova
58
medidas dos parâmetros S, devido à propagação da onda eletromagnética pelas
cancelamento provoca uma diminuição nos valores do parâmetro S11 ou S22 desta
59
3 - MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 - MATERIAIS
Foi utilizada a relação molar 1:1 de metais:ácido cítrico [75]. Sendo assim, de
Ba2Zn2Fe12O22
Ba2Cu2Fe12O22
Ba2Co2Fe12O22
Ba2ZnCuFe12O22
Ba2ZnCoFe12O22
Ba2CuCoFe12O22
Ba(NO3)2
Fe(NO3)3.9H2O
Zn(NO3)2.6H2O
60
Cu(NO3)2.3H2O
Co(NO3)2.6H2O
HO2CCH2C(OH)(CO2H)CH2CO2H.H2O)
NH4OH
O solvente utilizado no preparo das soluções dos nitratos e de ácido cítrico foi água
deionizada.
A resina epoxi utilizada para confecção dos compósitos poliméricos foi a EP 2100
com o agente de cura 46 à base de poliamina alifática da Epoxtec. Para agilizar a cura,
se na Tabela 1.
61
(e) Prensa hidráulica DAN-PRESSE, modelo Versa Tester 30 do Grupo de
Materiais/IPqM;
(f) Molde, em aço, para confecção dos corpos de prova poliméricos com
PEMM/COPPE/UFRJ;
Materiais/IPqM;
da UFRJ;
62
(o) Espectrômetro de ressonância paramagnética nuclear (ESR) Brucker, modelo
(q) Cabo Coaxial flexível tipo 85132F, marca Agilent Technologies com conectores
Technologies.
63
Nitrato férrico Nitrato de Me
Nitrato de bário
Solução Aquosa
Ácido cítrico
70oC
Hidróxido de amônio
80oC
Gel
450 oC/1h
Rampa de
Tratamento
1oC/min
Térmico
Calcinação
Ba2Me2Fe12O22 Pó
950 oC/4h Tratado
Os sais dos cátions de interesse foram pesados em balança analítica de acordo com os
preparadas soluções aquosas desses cátions e estas foram misturadas à solução aquosa de
64
O balão volumétrico contendo a solução resultante foi acoplado a um evaporador
rotatório e aquecido a aproximadamente 70 oC por 1 hora, sob intensa agitação magnética, tal
dissociação do ácido cítrico. Nesta etapa a mistura foi aquecida a 80 oC, sob vácuo e agitação
intensa até a formação de um gel viscoso. Mantendo-se o aquecimento a vácuo, este gel foi
Banho
Refrigerante
Evaporador
Rotatório
Bomba de vácuo
65
Figura 23: Complexo organo-metálico
previamente aquecida em torno de 250 oC, onde ocorreu a reação de auto-combustão. Devido
à liberação dos gases, ergueu-se um pó finamente dividido (cinza), como pode ser observado
aquecimento de 1oC/min para garantir a eliminação de quaisquer resíduos orgânicos. Por fim,
66
Figura 24: Produto da combustão do complexo organo-metálico (cinza)
de bário
67
Figura 25: Compósitos poliméricos de Y-hexaferritas de bário para medidas em guia de
ondas
observadas.
68
A composição química qualitativa pontual das amostras de Y-hexaferritas de bário
a 20.000 vezes.
composição.
dos elétrons das camadas próximas do núcleo. O átomo assim excitado é extremamente
pela diferença energética entre as posições inicial e final do elétron que ocupou a vaga
químicos que estão presentes na amostra. Além disto, ele também mede as intensidades
69
das energias emitidas, que são proporcionais às quantidades dos elementos presentes na
amostra [78].
fluorescência de raios-X da Rigaku, modelo RIX 3100, com tubo de ródio (Rh) de 4 kW
identificação de possíveis fases não reagidas. Pelo emprego desta técnica foi possível
cristalina de interesse.
Um feixe de raios-X incide sobre a amostra ao longo de uma ampla faixa angular
material analisado.
70
disponíveis em bibliotecas de difratogramas, sob a forma de software [82]. O aparelho
onde o feixe de raios-X incide sobre uma amostra e medem-se os ângulos das linhas
espelho do tipo Göbel para feixe paralelo de raios-X e detector de NaI de estado sólido,
(varredura de passo) foi de 0,02°, 2θ por passo com tempo de contagem de 1,0 segundo
fichas padrões JCPDS. Esta técnica possibilitou a identificação das fases cristalinas
para isso, o método de Scherrer. Este método é bastante simples e considera apenas o
71
(13)
instrumental. A partir dos valores de β medido dos perfis do padrão e da amostra pode-
ou Lorentziana:
maioria dos casos os perfis apresentam tanto uma componente Gaussiana quanto uma
[83].
72
3.4.4 - Determinação da superfície específica (BET)
consiste no emprego do método de BET (Braunner, Emmet & Teller). Esse método
determinada experimentalmente [84 - 86], onde os vapores e umidade das amostras são
[19]. Esta equação só deve ser aplicada para isotermas do tipo II e IV [87], assegurando-
seca. Com este intuito, torna-se necessário um pré-tratamento da amostra a ser analisada
[133]. Nesta Tese, as amostras foram pré-tratadas à 100 °C por 6 horas, sob vácuo
P 1 C−1 P
= + × (17)
V(P − P) V C V C P
o m m o
73
onde:
C = constante.
A curva P/ (V (Po -P)) versus P/ Po nos fornece uma reta do tipo y= a+ bx. A
SoVm
S = (18)
sp Ma
onde:
74
3.4.5 - Análises térmicas
ml/min.
temperatura.
75
Para a realização destas análises foi utilizado o equipamento Shimadzu DSC
10 °C/min.
Figura 26 [12].
76
Amostra de
referência Vibração
Bobinas de re-
rência
Bobinas de
captação
Campo magne-
tizante 5T
Amostra analisada
(VSM)
Nesta técnica, a medida é realizada utilizando uma caixa acústica, que faz
(freqüência fixa de 67 Hz). Uma vez que a amostra move-se próxima à bobina, o fluxo
saturação (Ms).
77
3.4.8 - Espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier
(FTIR)
potássio (KBr).
78
constitui o melhor ajuste para experimentos de ressonância uma vez que todos os spins
estão orientados em uma dada direção na amostra saturada e o campo em ca efetua uma
ser usadas para o cálculo da magnetização (M) e do constante anisotrópica (K) [88].
. A curva hachurada, apresentada na Figura 27, possui como eixo das ordenadas a
absorvida pela amostra por unidade de volume como mostra a Equação 19 [89].
79
Onde: ω = Freqüência angular
hx = Campo aplicado
susceptibilidade magnética imaginária com relação ao campo (dχ xx”/dH), eixo das
de ressonância ferromagnética que opera na banda X com freqüência de 9,5 GHz. Uma
80
4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
ocorreu a caracterização dos pós formados, tal como a identificação de possíveis fases
técnica de BET, da massa específica pela picnometria de hélio, etc. Na segunda etapa,
varredura
secagem, foi estudado por intermédio das técnicas de análise termogravimétrica (ATG)
hexaferrita de bário.
81
DSC
TGA
100
15
80
DSC/(mW/mg)
60
40 5
20
0
0
0 200 400
o
Temperatura ( C)
intervalo de 150o C a 190o C. Na faixa de temperatura de 190o C até 240 oC, ocorre
citratos metálicos aos óxidos metálicos e a CO2 mais fragmentos de carbono. Hong et
al. [91] afirmam que o pico exotérmico localizado na faixa de temperatura entre 215 oC
Mas, deve incluir também a retardada dissipação devido a oxidação dos metais. Em
torno de 300 oC carbono residual é oxidado a CO2, originando uma perda de massa de
6% [91]. Acima de 440 oC não há perda de massa significativa indicando que todo o
82
DSC
TGA
40
100
30
DSC/(mW/mg)
20
60
10
40
20 0
0 200 400
o
Temperature( C)
de bário
100 oC) e de voláteis (100 a 170 oC). A perda de massa na faixa de (170 a 190 oC) pode
ser atribuída ao ácido cítrico livre. Ocorre uma grande perda de massa de
aproximadamente 60%, entre 190 oC até 215 oC. Nessa faixa de temperatura, os citratos
83
A Figura 30 apresenta o comportamento térmico da Co2Y-hexaferrita de bário.
DSC
TGA
100 40
perda de massa (%)
30
80
DSC/(mW/mg)
20
60
10
40
0
20
-10
0 200 400
o
Temperatura ( C)
de bário
ser observada na faixa de 180 a 200 oC. Pode ser observada uma grande perda de massa,
em torno de 67%, entre 200 oC até 220 oC, atribuída à decomposição dos citratos
na curva de DSC pelo pico exotérmico localizado na faixa de temperatura entre 220 o C
e 250 oC, incluindo a contribuição da oxidação dos metais. Em torno de 300o C observa-
84
se uma perda de massa de aproximadamente 6% associada à oxidação do carbono
DSC
TGA
25
100
20
Perda de massa (%)
80
15
DSC/(mW/mg)
60
10
40
5
20 0
0 -5
0 200 400
o
Temperatura ( C)
hexaferrita de bário
água absorvida pelo material e de voláteis. A decomposição do ácido cítrico livre pode
ser observada na faixa de 190 a 200 oC. Posteriormente, ocorre uma grande perda de
massa, em torno de 67%, entre 200 oC até 220 oC, atribuída à decomposição dos citratos
metálicos aos óxidos metálicos e a CO2 mais fragmentos de carbono. Em seguida ocorre
pico exotérmico localizado na faixa de temperatura entre 220 oC e 250 oC, incluindo a
85
contribuição da oxidação dos metais. Em torno de 300 oC observa-se uma perda de
TGA
DSC
35
100
30
80
25
Perda mássica (%)
DSC/(mW/mg)
20
60
15
40 10
5
20
0
0 -5
0 200 400
o
Temperatura ( C)
hexaferrita de bário
massa devido à evaporação de água fisicamente absorvida pelo material (50 a 100 oC) e
de voláteis (100 a 150 oC). A perda de massa na faixa de 150 a 200 oC é atribuída a
pode ser observada a decomposição dos citratos metálicos ao óxidos metálicos e a CO2
mais fragmentos de carbono, com uma perda de massa em torno de 55%. Em seguida,
86
pelo pico exotérmico localizado na faixa de temperatura entre 210 oC e 250 oC,
DSC
TGA
25
100
20
80
Perda mássica (%)
15
DSC/(mW/mg)
60
10
40
5
20 0
0 -5
0 200 400
o
Temmperatura ( C)
hexaferrita de bário
87
metálicos e a CO2 mais fragmentos de carbono, seguida pela decomposição na faixa
três estados : (a) após o processo de combustão, (b) submetido a um tratamento térmico
88
%
hexaferrita de bário
convertido, juntamente com o óxido de ferro (alfa), a BaFe2O4, para o pó obtido após o
89
bário também se inicia em torno de 600 oC, como ilustra a Figura 35. A total
90
Tabela 2 - Temperaturas e calores de combustão dos géis precursores das Y-
hexaferritas de bário
(oC) (kJ/g)
descrito no item 3.2, o gel precursor foi colocado em estufa previamente aquecida a
250 oC. Observa-se, pela Tabela 2, que esta temperatura é suficiente para que o processo
bário.
91
600
Y
550
500
Zn2Y-hexaferrita de bário
450 Y Y
Intensidade (u.a.)
400
Y
350
300 Y
Y
250
200 YY Y
Y
150
Y Y
100 YY
YY Y Y Y
YY Y Y Y
50
20 30 40 50 60 70
2θ graus
500 Y
450 Y
Y Y Cu2Y-hexaferrita de bário
400
Intensidade (u.a.)
350
300 Y Y
250
YY Y
200
Y Y
150 Y
YY
100 YY YY Y Y Y
YY Y
YY Y
50
20 30 40 50 60 70
2θ graus
92
200 Y
Co2Y-hexaferrita de bário
150
Intensidade (u.a.)
Y
Y Y
100 Y
Y
Y
Y Y Y
50 Y Y
YY YY YY
Y Y Y
YY Y Y
0
20 30 40 50 60 70
2θ graus
250
Y
Y
200 ZnCuY-hexaferrita de bário
Y
Y
Intensidade (u.a.)
150
Y Y
100
YY
Y Y
Y
Y
50 Y YY Y
Y Y YY Y YY
YY Y
20 30 40 50 60 70
2θ graus
93
500
Y
450
Intensidade (u.a.)
Y
300 Y
250
Y
200 Y
Y
150 Y Y
Y
YY Y
100 Y
Y YY Y Y
YY YY
50 Y
20 30 40 50 60 70
2θ graus
250
Y
200 CoCuY-hexaferrita de bário
Y
Y
Y
Intensidade (u.a.)
150
Y Y
100 Y
Y Y
Y
50 YY Y Y
Y YY YY Y Y
Y
YY Y
20 30 40 50 60 70
2θ graus
94
Pelos resultados obtidos, observa-se a completa formação das Y-hexaferritas de
bário desejadas sem a presença de fases secundárias, o que pode ser comprovado pelas
Cu2Y-hexaferrita de bário
foi avaliado pela técnica de difração de raios-X., tal como ilustra a Figura 42.
YY
Y Y
Y Y
Y
Y Y
M
YM
YS Y YY Y
300
YY
280
260 YS MM M
240 M o
900 C
Y
220
YY
200
180 S
Y Y MM M o
850 C
Intensidade (u.a.)
160
M
140 Y M SS
S YY
120
S
100 M MM o
80 Y M 800 C
60 M SS
Y
40 S YY
20 o
0 750 C
-20
20 30 40 50 60 70 80
2θ
Ferrita espinélio)
95
bário origina-se das ferritas tipo espinélio e da hexaferrita tipo M. Bai e colaboradores
[93] afirmam que uma das etapas intermediárias da síntese da Y-hexaferrita de bário
Bai e colaboradores, em outro artigo [94], afirmam que a adição do cátion Cu2+
comprovado, nesta Tese, por intermédio da análise de difração de raios –X. Verificou-se
que a formação da Cu2Y-hexaferrita de bário ocorre a 900 oC. Porém, para que fosse
difração foi utilizada uma amostra padrão de silício. Os resultados de tamanho médio
de cristalito para o plano (110) dos pós das Y-hexaferritas de bário são apresentados na
Tabela 3.
96
Tabela 3: Tamanho médio de cristalito dos pós das Y-hexaferritas de bário.
Amostra Tamanho de
cristalito (nm)
Co2Y-hexaferrita de bário 70
cristalito e que a adição do cátion Cu2+ nas Zn2 e Co2Y-hexaferritas de bário teve como
97
Tabela 4 - Composição estequiométrica para a Zn2Y-hexaferrita de bário
% em peso
% em peso
Teórica Experimental
Óxidos
98
Tabela 6 - Composição estequiométrica para a Co2Y-hexaferrita de bário
Óxidos % em peso
Teórico Experimental
Óxidos % em peso
Teórica Experimental
99
Tabela 8 - Composição estequiométrica para a ZnCoY-hexaferrita de bário
Óxidos % em peso
Teórica Experimental
Óxidos % em peso
Teórica Experimental
100
referentes a cada Y-hexaferrita estudada praticamente coincidem com os valores
teóricos.
A morfologia dos grãos das Y-hexaferritas de bário foi estudada pela técnica de
101
Figura 45 - Fotomicrografia da Co2Y-hexaferrita Figura 46 - Fotomicrografia da ZnCuY-
flocos porosos. No processo de combustão ocorre grande liberação de gases que facilita
a formação de poros. Verificou-se, por intermédio da manipulação dos pós, que estes
102
são facilmente desaglomerados, apesar da característica magnética da Y-hexaferrita de
bário. Deste modo, estas hexaferritas de bário comportam-se como materiais de grande
compostas pelo cátion Cu2+ , de uma forma geral, possuem uma quantidade mais
elevada de poros. Verificou-se também, por intermédio da observação dos pós após a
em menor grau, para as demais Y-hexaferritas de bário com o cátion Cu2+. Autores [3,
temperatura de obtenção da mesma. Com base na literatura e nos resultados obtidos foi
103
É possível observar que a morfologia das partículas da Zn2Y e Cu2Y-
49, contornos de grão bem definidos porém, na Figura 50, as partículas mostram
104
Figura 52 - Espectro de EDX da Cu2Y-hexaferrita de bário
105
Figura 54 - Espectro de EDX da ZnCuY-hexaferrita de bário
106
Figura 56 - Espectro de EDX da CuCoY-hexaferrita de bário
de cada Y-hexaferrita de bário. Não foi observada a presença de impurezas nos pós
base para a deposição dos pós das Y-hexaferritas de bário e também a presença de ouro
Fourier (FTIR)
107
300
280
260
Transmitância (u.a.)
(c)
%
240
220
200
180
160
140 (b)
120
100
80
60
40
(a)
20
0
bário
O espectro do gel seco (Figura 57a) ilustra a banda de absorção na faixa de 3700
– 2700 cm-1, que pode ser atribuída ao estiramento vibracional de O-H do ácido cítrico e
N-O, ambas do NO3-. Desta forma, pode-se constatar a presença de NO3-, -CO2- e
esperado, a banda vibracional O-H não está presente no pó após tratamento térmico
108
(Figura 57b) e nem na Zn2Y-hexaferrita de bário (Figuras 57c). As bandas vibracionais
de absorção do –CO2- (1637 e 1400 cm-1) e NO3- (1384 cm-1) estão presentes, de forma
grupamento –COOH reagiu completamente e a maior parte dos grupos funcionais –CO2-
pode ser confirmada pela presença da banda de absorção a 590 cm-1, característica do
obtidos.
300
280
260
240 Cu2Y-Hexaferrita
220 Co2Y-Hexaferrita
200 ZnCuY-Hexaferrita
ZnCoY-Hexaferrita
Transmitância (%)
180
160 CuCoY-Hexaferrita
140
120
100
80
60
40
20
0
109
Para todos os pós é possível confirmar a obtenção das Y-hexaferritas de bário
Tabela 10 – Massa específica dos pós das Y-hexaferritas de bário pela picnometria
de hélio
apresentaram uma pequena variação (≅ 5,4 a 5,7 g/cm3). Verifica-se que os valores de
massa específica mais baixos são das Y-hexaferritas de bário compostas pelo cátion
Cu2+. Isto se deve ao fato desta técnica utilizar como volume dos corpos de prova, o
volume de gás hélio deslocado por adsorção e desorção do gás na amostra, que por ser
um gás inerte e de tamanho pequeno, é capaz de penetrar nos poros mais diminutos dos
110
compostas pelo cátion Cu2+ apresentam uma elevada quantidade de poros, deslocando,
desta forma, uma quantidade elevada de gás hélio, gerando assim, baixos valores de
massa específica.
composições estudadas.
Tabela 11 – Superfície específica dos pós das Y-hexaferritas de bário pela técnica
de BET.
composição o cátion Cu2+, podem ser obtidas em temperatura inferior àquela utilizada
superfície específica dessas Y-hexaferritas de bário são menores dos que as compostas
111
4.1.9 – Caracterização magnética pelo VSM
40
ZnCuY-Hexaferrita
ZnCoY-Hexaferrita
Cu2Y-Hexaferrita
Magnetização (emu/g)
Co2Y-Hexaferrita
20
Zn2Y-Hexaferrita
CuCoY-Hexaferrita
-20
-40
-10 -5 0 5 10
Campo Magnético Aplicado (kOe)
(a)
20
45
40
Magnetização (emu/g)
Magnetização (emu/g)
35
30
25
0
20
15
10
0
10 11 12 13 14 0.0 0.1 0.2 0.3
Campo Magnético Aplicado (kOe)
Campo Magnético Aplicado (kOe)
(b) (c)
Figura 59: (a) Curvas de histerese magnética das Y-hexaferritas de bário; (b)
112
Todas as curvas de histerese apresentadas possuem perfil característico de
45
0.30
40
35 0.25
30 0.20
Ms
M (emu/g)
Hc (kOe)
25
Mr
0.15
Hc
20
0.10
15
10 0.05
5
0.00
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
2+
Concentração de Cu
113
40
0.30
35
0.25
30
0.20
25
M (emu/g) Ms
Hc (kOe)
Mr
20 0.15
Hc
15 0.10
10 0.05
5
0.00
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
2+
Concentração de Co
35
0.30
30
0.25
25
0.20
Ms
M (emu/g)
Hc (kOe)
20
Mr
0.15
Hc
15
0.10
10
0.05
5
0.00
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
2+
Concentração de Co
114
Verifica-se, por intermédio da Figura 60, que a magnetização de saturação da
de Cu2+, passando por um máximo em x = 0,5. De uma forma geral ocorre uma redução,
não muito expressiva nos valores de Mr e Hc, com o aumento da concentração de Cu2+.
O cátion Co2+ possui uma forte anisotropia planar [94], desta forma, o aumento
cátion Co2+ possui magnetismo e anisotropia planar mais elevados que o cátion Cu2+.
Sendo assim, o aumento da concentração de Co2+ promove uma elevação nos valores de
forma geral, valores superiores aos das Y-hexaferritas de bário obtidas pelo método de
Co2+, que possui uma forte anisotropia planar, na elevação dos valores de campo
coercitivo das Y-hexaferritas de bário obtidas por intermédio dos dois métodos.
115
4.1.10 - Ressonância ferromagnética
4 H1
3
2
dχ''/dH (u.a.)
1
0
-1
-2
-3
H2
-4
Figura 63 – Perfil das curvas de ressonância ferromagnética das Zn2, Cu2 e Co2Y-
hexaferrita de bário
4
H1
3
dχ''/dH (u.a.)
2
1
0
-1
-2
-3
-4
CuCoY-hexaferrita de bário
116
As análises de FMR das Y-hexaferritas de bário geraram dois tipos distintos de
bário formadas pela introdução de apenas um cátion divalente (Zn2+, Cu2+ e Co2+)
(perfil ilustrado na Figura 63) e as curvas, de caráter não ressonante, geradas a partir das
(Zn2+ e Cu2+, Zn2+, e Co2+, Cu2+ e Co2+) (perfil ilustrado na Figura 64). A introdução
cátions de caráter não magnético e elétrico como Zn2+ e Cu2+, respectivamente. Tais
117
Braden [95] evidencia que valores elevados de linha de ressonância apontam
para materiais com altas perdas magnéticas. Esta característica é altamente desejável
média absorvida por unidade de volume. Sendo assim, uma curva de FMR que não
hexaferritas de bário formadas pela substituição simultânea de dois cátions (Figura 63),
ao campo externo aplicado (- dχ”/dH), possui seus valores de potência de absorção por
elevado. Para que isso aconteça, as perdas magnéticas desses materiais devem ser bem
utilizada no equipamento. Desta forma, pode-se atribuir, para estes materiais, valores de
ressonância.
EPOXI
118
percentual em peso de 80:20 (Y-hexaferrita de bário:resina epoxi). Como, as ferritas
obtidas por esta técnica possuem uma área superficial elevada, esta foi a concentração
máxima de Y-hexaferrita de bário que pôde ser incorporada à matriz polimérica, pois o
dos limites de espessura e com medidas bem próximas às espessuras ideais. A Tabela 13
apresenta os valores limites e ideais das espessuras para a confecção dos corpos de
prova poliméricos das Y-hexaferritas de bário calculados por intermédio das Equações
Tabela 13 - Valores limites e ideais das espessuras dos compósitos poliméricos das
Y-hexaferritas de bário
Amostra Esp. Mínima (mm) Esp. Máxima (mm) Esp. Ideal (mm)
119
4.2.1 – Microscopia eletrônica de varredura
hexaferrita de bário:epóxi 80:20 com ampliação hexaferrita de bário:epóxi 80:20 com ampliação
de 100 X de 100 X
120
Figura 69 - Fotomicrografia do compósito Figura 70 - Fotomicrografia do compósito
80% das Y-hexaferritas de bário. Desta forma, a matriz de resina epoxi atuou de forma
121
4.2.2 - Permissividade complexa na banda X
Permissividade imaginária
6.0
Permissividade real
0.1
5.5
0.0
5.0
-0.1
4.5
-0.2
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
0.2
Permissividade imaginária
6.0
Permissividade real
0.1
5.5
0.0
5.0
-0.1
4.5
-0.2
10 12
Freqüência (GHz)
122
0.3
Permissividade real
6.5 Permissividade imaginária
0.2
Permissividade imaginária
6.0
Permissividade real
0.1
5.5
0.0
5.0
-0.1
4.5
-0.2
10 12
Freqüência (GHz)
0.3
6.5
Permissividade real
Permissividade imaginária 0.2
Permissividade imaginária
6.0
Permissividade real
0.1
5.5
0.0
5.0
-0.1
4.5
-0.2
10 12
Freqüência (GHz)
123
Permissividade real
0.3
Permissividade imaginária
6.5
0.2
Permissividade imaginária
6.0
Permissividade real
0.1
5.5
0.0
5.0
-0.1
4.5
-0.2
10 12
Freqüência (GHz)
Permissividade real
Permissividade imaginária 0.3
6.5
0.2
Permissividade imaginária
6.0
Permissividade real
0.1
5.5
0.0
5.0
-0.1
4.5
-0.2
10 12
Freqüência (GHz)
124
A parte real da permissividade complexa, também chamada de constante
comportamento não foi observado para os compósitos à base do elemento Cu, pois a
substituição parcial e total por este elemento químico resultou em variação das
propriedades elétricas, devido ao seu caráter mais condutivo, em relação aos elementos
na obtenção de valores mais elevados de ε`. Deste modo, a adição do elemento Cu,
energia.
125
1.2 Permeabilidade real 0.6
Permeabilidade imaginária
1.0
0.5
Permeabilidade imaginária
Permeabilidade real
0.8
0.4
0.6 0.3
0.4 0.2
0.2 0.1
0.0 0.0
10 12
Freqüência (GHz)
1.0
0.5
Permeabilidade imaginária
Permeabilidade real
0.8
0.4
0.6 0.3
0.4 0.2
0.2 0.1
0.0 0.0
10 12
Freqüência (GHz)
126
1.2
0.6
Permeabilidade imaginária
Permeabilidade real
0.8
0.4
0.6 0.3
0.4 0.2
0.2 0.1
0.0 0.0
10 12
Freqüência (GHz)
1.2
Permeabilidade real 0.6
Permeabilidade imaginária
1.0
0.5
Permeabilidade imaginária
Permeabilidade real
0.8
0.4
0.6 0.3
0.4 0.2
0.2 0.1
0.0 0.0
10 12
Freqüência (GHz)
127
1.2 Permeabilidade real 0.6
Permeabilidade imaginária
1.0
0.5
Permeabilidade imaginária
Permeabilidade real
0.8
0.4
0.6 0.3
0.4 0.2
0.2 0.1
0.0 0.0
10 12
Freqüência (GHz)
1.2
Permeabilidade real 0.6
Permeabilidade imaginária
1.0
0.5 Permeabilidade imaginária
Permeabilidade real
0.8
0.4
0.6 0.3
0.4 0.2
0.2 0.1
0.0 0.0
10 12
Freqüência (GHz)
128
aproximadamente 10 GHz sendo que o compósito CoY-hexaferrita de bário:epóxi
possui valores mais elevados em toda a faixa de freqüência estudada. Segundo Naito
maior será a absorção de microondas [98]. Globus [99] afirma que mesmo no
bário:epóxi que contêm o cátion Co2+, para quase toda faixa de freqüência estudada.
129
4.2.4 - Fator de dissipação dielétrica (tan δε)
perda dielétrica, caracteriza o potencial de perda ôhmica de energia que está relacionada
bário:epóxi.
0,06
0,05
Zn
Fator de dissipação dielétrica
0,04
Cu
Co
0,03 ZnCu
ZnCo
CuCo
0,02
0,01
0,00
-0,01
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
dielétrica com valores superiores a 0,03. De uma maneira geral, os compósitos contendo
Cu apresentaram maiores valores para a tan δε. Todos os valores do fator de dissipação
dielétrica foram inferiores a 0,06 isto é, bem próximos de zero, indicando que a
130
significativa. Isto será comprovado por intermédio do estudo da energia absorvida
Zn
Cu
Co
0.6 ZnCu
ZnCo
CuCo
0.5
Fator de dissipação magnética
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
131
observa-se que os valores mais baixos para os fatores de dissipação magnética
Ei = Et + Er + Ea + Ed (21)
onde :
Er = Energia refletida, que representa a parcela da energia que é refletida pelo material;
material.
propriedade intrínseca do material que está relacionada com sua perda dielétrica e
magnética [101].
132
12
Zn2Y-Hexaferrita
Cu2Y-Hexaferrita
10
Co2Y-Hexaferrita
Energia absorvida/mm (%)
ZnCuY-Hexaferrita
8 ZnCoY-Hexaferrita
CuCoY-Hexaferrita
0
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
evidenciando sua maior contribuição para a energia absorvida dos materiais estudados.
magnéticas e dielétricas do material. Nohara [101], afirma que a energia absorvida está
relacionada com a absorção intrínseca do material isto é, depende da tan δµ e da tan δε.
bário:epoxi, que se manifesta entre 8,0 a 9,0 GHz. De forma sumária, os compósitos que
133
4.2.7 - Medidas de Refletividade para os compósitos de Y-
hexaferritas de bário:epoxi
explicado pelas alterações nos valores dos fatores de dissipação dielétrica (tan δε.) e
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(a) (b)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(c) (d)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(e) (f)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(g) (h)
135
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(i) (j)
próximas e inferiores a 8,2 GHz. Esse mesmo comportamento foi observado nas curvas
que esta maior atenuação se deve as maiores perdas magnéticas e aos maiores valores
de energia absorvida. O mau desempenho deste compósito como RAM pode ser
atribuído aos baixos valores de tan δµ (entre 0,05 e 0,2) e ainda mais baixos valores de
136
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(a) (b)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(c) (d)
137
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(e) (f)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(g) (h)
138
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(i) (j)
δe (entre 0,015 e 0,035) vem corroborar tais resultados. Verifica-se, por intermédio da
curva de absorção deste material, que este possui os mais baixos valores de energia
139
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(a) (b)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(c) (d)
140
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(e) (f)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(g) (h)
141
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(i) (j)
evidenciada pelo aumento gradativo dos valores de tan δµ. Dentre os demais compósitos
142
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(a) (b)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(c) (d)
143
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(e) (f)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(g) (h)
144
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(i) (j)
(Cont.)
Este compósito polimérico com espessura de 4,0 mm foi o único que apresentou
GHz, evidenciada pelos elevados valores da parte imaginária (µ” com valores de 0,4 a
145
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(a) (b)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(c) (d)
146
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(e) (f)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(g) (h)
147
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(i) (j)
74), não apresentou indício de freqüência de ressonância. Este compósito foi o que
apresentou os maiores valores para a tan δµ, em torno de 0,5 para toda a faixa de
de microondas do tipo banda larga, pois apresenta redução de reflexão para um ampla
o que contribuiu para uma absorção ao longo de uma ampla faixa de freqüência.
148
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(a) (b)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(c) (d)
149
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(e) (f)
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(g) (h)
150
5 5
Refletividade (dB)
Refletividade (dB)
0 0
-5 -5
-10 -10
-15 -15
-20 -20
-25 -25
-30 -30
-35 -35
-40 -40
-45 -45
8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12
Freqüência (GHz) Freqüência (GHz)
(i) (j)
(j)=7mm (Cont.)
tipo relaxação, corroborando uma absorção ao longo de uma ampla faixa de freqüência.
Os menores valores para a tan δµ, em torno de 0,35 para toda a faixa de freqüência
compensados pelo aumento dos valores de tan δε (maiores valores encontrados na faixa
151
Para efeitos comparativos, a Figura 92 apresenta as curvas de refletividade
eletromagnética incidente.
-5
-10
Refletividade (dB)
-15
-20
-25
-30
-35
8.5 9.0 9.5 10.0 10.5 11.0 11.5 12.0
Freqüência (GHz)
bário:epoxi com espessura de 4,0 mm, cujo valor de refletividade foi de –30,7 dB para a
freqüência de 8,7 GHz, indicando que 99,98% da onda eletromagnética incidente foi
atenuada.
freqüência de 10,8 GHz apresentou uma atenuação de –15,4 dB, que corresponde a uma
152
apresentou uma atenuação de –14,12 dB, que corresponde a uma atenuação de 96,13%
de bário apresentaram absorção do tipo banda larga, o que é muito desejável para a
eletromagnética na amostra em contato com uma placa metálica. Para avaliação dos
sistema fechado, com o porta amostra entre o adaptador e uma placa metálica. O corpo
de prova é posicionado em contato com a placa metálica, como mostra a Figura 93 [74],
sendo: (1) acoplador da porta 1; (2) porta-amostra; (3) placa metálica; (4) trecho de guia
153
(a) (b)
94 a 100.
154
0
-10
Experimental
Teórico
Refletividade (dB)
-20
-30
-40
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
-10 Experimental
Teórico
Refletividade (dB)
-20
-30
-40
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
155
0
-10
Experimental
Teórico
Refletividade (dB)
-20
-30
-40
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
-10
Experimental
Teórico
Refletividade (dB)
-20
-30
-40
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
bário:epoxi, com espessura de 3,70mm, obtidas por medida direta e por intermédio
156
0 Experimental
Teórico
-5
-10
-15
Refletividade (dB)
-20
-25
-30
-35
-40
-45
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
bário:epoxi, com espessura de 3,50mm, obtidas por medida direta e por intermédio
-10
Experimental
Teórico
Refletividade (dB)
-20
-30
-40
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
bário:epoxi, com espessura de 4,30mm, obtidas por medida direta e por intermédio
157
0 Experimental
Teórico
-5
-10
-15
Refletividade (dB)
-20
-25
-30
-35
-40
-45
9 10 11 12
Freqüência (GHz)
bário:epoxi, com espessura de 3,50mm, obtidas por medida direta e por intermédio
158
atenuação da onda eletromagnética muito elevada em comparação com as curvas
teóricas. Segundo Pereira [74], para as curvas de atenuação em “V”, pode estar
159
5 – CONCLUSÕES
Este trabalho fornece contribuições científicas de grande valia para o estudo das
Foram alcançados todos os objetivos propostos por esta Tese cujo principal deles
foi a síntese dos pós de Y-hexaferritas de bário pelo método de combustão do gel de
método convencional de mistura de óxidos (1100 a 1200 oC). A temperatura eleita para
de bário para 900 oC segundo a análise de DRX, o que vem corroborar as afirmações
realizadas na literatura sobre a adição de Cu2+ em hexaferritas, sendo que, neste caso,
resultado a elevação dos valores de Hc devido a forte anisotropia planar deste cátion.
160
Para as amostras de Ba2Cu2(1-x)Co2xFe12O22 esta elevação ocorreu de forma mais
pelo método de combustão do gel de citrato, atingem, de forma geral, valores superiores
de resina epoxi atuou de forma satisfatória como um meio dispersante para as partículas
formação de aglomerados.
superiores a 0,03 para toda a banda X. Porém, esta contribuição não foi significativa
dielétrico e fator de dissipação magnético, pôde-se inferir que o perfil das curvas da
desta forma, sua maior contribuição para absorção de energia dos compósitos
poliméricos estudados.
161
O compósito ZnCuY-hexaferrita de bário:epóxi com espessura de 4,0 mm
dos compósitos epoxídicos das Y-hexaferritas de bário foi corroborado pela medida
162
6 – SUGESTÕES
microondas;
163
obtenção de menores tamanhos de partícula sem a formação de fases
secundárias.
164
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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175
ANEXO A
Retangulares [12]
A Figura A.1 ilustra como é uma medição T/R através do emprego de um guia
de ondas retangular. A amostra é colocada no guia de onda e submetida a um campo
eletromagnético incidente [72]. As distribuições dos campos elétricos incidentes (inc) e
refletido (ref) são indicadas nas regiões I, II e III. As portas 1 e 2 denotam a calibração
das posições do plano de referência. Considera-se que:
• há uma direção de propagação no guia que é x ; e
x1 x2
I II III
E inc
E
E ref trans
1 2
Port 1 Port 2
Figura A.1: Medição T/R através do emprego de um guia de ondas retangular [12]
176
As equações utilizadas no método T/R, através do emprego de um guia de ondas
espacial dos campos elétricos EI , EII e EIII num guia de onda ( com tempo de
ω 2 µ *r ε *r 4π 2
γ= j − (A.4)
c2 λ2c
ω2 4π2
γ0 = j − (A.5)
c2 λ2c
j= −1 ,
c = veloc. da luz
177
ω = freqüência angular,
ε0 = permissividade do vácuo,
µ0 = permeabilidade do vácuo,
campo elétrico são a continuidade das componentes tangenciais nas interfaces. Estes
campo magnético requer que nenhuma corrente de superfície seja gerada, de tal forma
interface.
espalhamento (parâmetros S) são obtidas solucionando as equações A.1, A.2 e A.3 sob
as condições de contorno. É assumido que S12 = S21. Para uma amostra em um guia de
Γ(1 − z 2 )
S11 = R2
1
1 − Γ 2 z2 (A.8)
178
Γ(1 − z 2 )
S22 = R2
2
1− Γ z (A.9)
2 2
(
⎡ z 1 − Γ2 ⎤
S 21 = R1 R2 ⎢
) (A.10)
2 2 ⎥
⎣1 − Γ z ⎦
R1 = exp (- γ 0 x1 ) (A.11)
R2 = exp (- γ 0 x2 ) (A.12)
γ0 γ (A.14)
−
µ 0 µ∗
Γ=
γ0 γ
+
µ 0 µ∗
179
Considerando-se o fato que a amostra deve estar faceando o plano do flange do
Nicolson & Ross, 1970 e Weir, 1974, combinaram as equações para S11 e S12 e
Γ = X ± X 2 −1 (A.15)
1 − V1V2 (A.16)
X =
V1 − V2
Na solução de NRW, os parâmetros S devem ser rebatidos para o plano das faces
da amostra para que o retardamento do grupo correto seja calculado. A equação A.15 é
A.19.
180
S11 + S21 − Γ (A.19)
z=
1 − (S11 + S21) Γ
1+ Γ (A.20)
µ *r =
1 1
(1 − Γ ) Λ −
λ 20 λ 2c
corte.
⎡ 1 ⎛ 1 ⎞⎤
2
(A.21)
1
= − ⎢ ln ⎜⎜ ⎥
Λ2 ⎣ 2 πx ⎝ Z 1 ⎠⎦
λ2 1 1 1
2 (A.22)
ε = 0* 2 −
*
ln
r
µr λc 2 πx z
181