Lição 04 Jesus o Perdoador e Libertador
Lição 04 Jesus o Perdoador e Libertador
Lição 04 Jesus o Perdoador e Libertador
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1. Guardando os mandamentos. O apóstolo do amor afirma que
I JOÃO: OS FUNDAMENTOS DA FÉ CRISTÃ
guardar os mandamentos de Deus é uma demonstração de que
estamos nEle e igualmente Ele em nós (1 Jo 2.3,4; 3.24; 5.3; 2 Jo LIÇÃO 04: JESUS, O PERDOADOR E LIBERTADOR
v. 6). Essa é uma verdade muito bem relembrada na vida do povo
de Deus (Js 1.7,8; SI 1.1-3; 119.141,166). Para João, guardar os TEXTO ÁUREO: "Se confessarmos os nossos pecados,
mandamentos não significa escondê-los em algum lugar da memó- ele é fiel e Justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de
ria, mas, sim, vivê-los e fazer com que façam parte do nosso cotidi- toda injustiça". (I Jo 1.9).
ano, até que chegue o dia em que se possa dizer: "vivo, não mais
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1
eu, mas Cristo vive em mim" (Gl 2.20). Texto Base:
João 2.1,2; Efésios 1.6,7; Apocalipse
2. Vivenciando a Palavra. 5.8-10. 1 João 2
1 - Meus filhinhos, estas coisas
João, o apóstolo do amor, de modo enfático e claro, afirma que INTRODUÇÃO vos escrevo para que não pe-
queis; e, se alguém pecar, te-
quem alega que conhece a Deus, e não guarda (coloca em prática)
os mandamentos do Senhor, é mentiroso. Quem diz que conhece a O Senhor providenciou um meio de se mos um Advogado para com o
relacionar com os pecadores: Jesus Pai, Jesus Cristo, o Justo.
Deus, deve deixar claro, no seu viver e no seu agir, que guarda os 7 - E ele é a propiciação pelos
Cristo, que justifica a todos os que a-
seus mandamentos e anda de acordo com eles. Pois é nisto mes- nossos pecados e não somente
ceitam seu sacrifício (Rm 3.26). É im-
mo que certificamo-nos de que estamos nEle (1 Jo 2.5). pelos nossos, mas também pe-
possível pensar num cristianismo sem los de todo o mundo.
CONCLUSÃO a cruz, sem o sacrifício vicário de Je- Efesios 1
sus, sem a quitação da dívida humana 6 - para louvor e glória da sua
Cristo morreu pelos nossos pecados, para salvar-nos, santificar- com Deus através de seu Filho. Nesta graça, pela qual nos fez agradá-
nos e fazer-nos agradáveis a Deus. Não obstante, enquanto esti- lição, veremos mais uma vez o que o veis a si no Amado.
vermos no mundo, estamos sujeitos a pecar. Se isso acontecer, Senhor realizou pela humanidade (Jo 7 - Em quem temos a redenção
temos um Advogado, perante o Pai e a sua santa lei. Daí, nosso 3.16). Veremos ainda que a autêntica pelo seu sangue, a remissão das
propósito amoroso deve ser o de viver para agradá-lo. Isto é, uma ofensas, segundo as riquezas da
liberdade consiste em vencer o peca-
sua graça.
vida pautada pelo querer de Deus, segundo os mandamentos divi- do através do sacrifício de Nosso Se-
nos para um santo viver (1 Pe 1.16). Apocalipse 5
nhor Jesus Cristo Jo. 8.36), e por meio
8 - E, ha vendo tomado o livro, os
do Espírito Santo que em nós habita quatro animais e os vinte e qua-
(Rm 8.2-9). tro anciãos prostraram-se diante
do Cordeiro, tendo todos eles
I. A REALIDADE DO PECADO harpas e salvas de ouro cheias
de incenso, que são as orações
Os escritores da Bíblia estavam cien- dos santos.
tes da realidade do pecado e da força 3 - E cantavam um novo cântico,
que ele exerce sobre o homem. Paulo dizendo: Digno és de tomar o
colocou de forma clara e didática esta livro, e de abrir os seus selos;
porque foste morto, e com o teu
luta diária do cristão contra o pecado, sangue compras-te para Deus
quando escreveu aos gálatas (Gl 5.16- homens de toda tribo, e língua, e
21). Embora salvos, nascidos de novo, povo, e nação;
participantes da natureza divina, esta- 10 - e para o nosso Deus os
mos no mundo e num corpo humano fizeste reis e sacerdotes; e eles
rendido ao pecado (Rm 6.6). Como reinarão sobre a terra.
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filhos de Deus, queremos fazer sua vontade; como humanos, pode- 2.2). O crente que por fraqueza, falta de vigilância e desobediência,
mos falhar neste propósito (Rm 7.14-25). cometeu algum pecado, não pode e nem deve duvidar do amor de
Deus e do poder restaurador do Evangelho por meio de Jesus Cris-
1. A responsabilidade humana. O livre-arbítrio não nos foi dado to (Pv 28.13; Rm 1.16).
por Deus para escolhermos o mal, mas o bem. Compartilhando su-
as experiências, Paulo, pela graça de Deus teve uma vida moral 2. Porque Jesus pode perdoar. A santidade de Deus requer uma
exemplar e foi fiel ao Senhor até o fim (2 Co 6.4-10; 2 Tm 4.6-8). O punição para o pecado. Mas Cristo, amorosa e voluntariamente,
nosso alvo é a perfeição (Ef 4.13). Manter-se fiel a Cristo até o fim sofreu em nosso lugar, tomando sobre si a pena do pecado. Assim,
deve ser a decisão de todos os que experimentaram o novo nasci- toda exigência da lei divina quanto ao culpado, foi satisfeita plena-
mento, mediante o qual tornaram-se participantes da natureza divi- mente na cruz quando Ele efetuou a nossa redenção pelo seu san-
na, passando a gozar da comunhão com Deus (1 Jo 1.7). É o que gue (Ef 1.7). Por esse ato de amor, obtivemos o perdão dos peca-
se espera de quem se converteu a Cristo e que deixou de ser es- dos; assim, fomos salvos da perdição eterna (Cl 3.13,14).
cravo do pecado, tornando-se servo do Senhor Jesus (Rm 6.1-23).
III. A SATISFAÇÃO DA JUSTIÇA DIVINA
2. O ideal cristão (2.1). João adverte-nos contra os males do pe-
cado, com a expressão: "não pequeis" (2.1). Assim devemos todos O apóstolo do amor afirma que Jesus, além de Advogado, é tam-
conduzir-nos fiéis ao Senhor e às Santas Escrituras, determinados bém a "propiciação" pelos nossos pecados (1 Jo 2.2; 4.10). Propici-
a não pecar (1 Jo 2.1a). Por isso João alerta os irmãos a não peca- ar é satisfazer a lei divina violada pelo transgressor. Jesus, como a
rem, mostrando-lhes que evitar a transgressão deve ser o propósito nossa propiciação, cumpriu a pena do pecado em nosso lugar e
de todo crente (Rm 8.1 3; Cl 5.16,1 7). abriu o caminho para a nossa justificação (Rm 3.24,25; 5.1).
3. E se pecarmos? Embora o nascido de novo tenha recebido uma 1. Como e por que Cristo se tornou propiciação? Propiciação
nova natureza que aspira à santidade e repele o pecado, está su- era uma palavra utilizada para identificar o sacrifício vicário e expi-
jeito a dar lugar à carne, isto é, à natureza velha, da qual surge o ador com derramamento de sangue, aplacando a ira da divindade
desejo pecaminoso (Rm 7.5; Cl 5.17-21). O apóstolo do amor fala (Hb 10.10,14; Lv 6.24,25; 7.2). Como o Cordeiro escolhido por
da possibilidade de pecarmos quando diz, mas "se alguém pe- Deus desde a fundação do mundo para morrer em nosso lugar (Ap
car" (2.1). Todo o crente é passível de pecar, bastando para isso, 13.8), Jesus se fez oferta sacrificai por nós (Ef 5.2b). Isto realça o
não vigiar e negligenciar o hábito de orar (1 Ts 5.17; Lc 22.39,40; propósito do Senhor para garantir o nosso perdão.
ver também 1 Jo 1.8,10; Ec 7.20). 2. A abrangência da propiciação. Da mesma maneira, como o
II. O PERDÃO AO NOSSO ALCANCE pecado abrange o universo (Rm 8.19-23), somente Deus pode al-
cançar todos os homens de todas as gerações, culturas e circuns-
Quem pecar deve buscar imediatamente a Cristo Jesus que se tâncias (Jo 3.16). O sacrifício de Jesus foi único e por todos, indis-
compadece das nossas fraquezas e aceita-nos no trono da graça, tintamente (1 Jo 2.2).
desde que estejamos arrependidos e dispostos a confessar nossos
pecados (1 Jo 1.9). IV. LIVRES DO PECADO
1. "Temos um Advogado" (2.1). Ninguém que se diz seguidor de A reconciliação com Deus e o fato de sermos participantes de sua
Cristo e da sua Palavra vive contando com o perdão antecipada- natureza, só foi possível por sua misericórdia em enviar o seu Filho
mente e mantendo uma conduta de vida pecaminosa (Rm 6.1,2). para morrer em nosso lugar. Tendo em vista esta verdade, como
Entretanto, todo crente que, pecando, arrepender-se de seus peca- deve o crente honrar a Deus e ser-lhe sempre grato pela grandiosa
dos de coração, tem um Advogado junto a Deus que é fiel, justo e o dádiva da salvação?
conhece completamente — Jesus Cristo, Filho de Deus (1 Jo 1.9;