Nisia Floresta e A Luta Pela Educacao Feminina

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Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2

Diagramação: Camila Alves de Cremo


Correção: Maiara Ferreira
Indexação: Amanda Kelly da Costa Veiga
Revisão: Os autores
Organizador: Elói Martins Senhoras

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

P769 Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 /


Organizador Elói Martins Senhoras. – Ponta Grossa -
PR: Atena, 2022.

Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-258-0344-9
DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.449222906

1. Tecnologia. I. Senhoras, Elói Martins (Organizador).


II. Título.
CDD 601
Elaborado por Bibliotecária Janaina Ramos – CRB-8/9166

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escopo da divulgação desta obra.
APRESENTAÇÃO

O objetivo desta obra é apresentar a riqueza existente nos estudos de Ciência,


Tecnologia e Inovação a partir de uma abrangente agenda de estudos que valoriza a
pluralidade temática, metodológica e teórica para analisar a realidade empírica, partindo
do ambiente escolar até se chegar ao meio empresarial.
A proposta implícita nesta obra valoriza a pluralidade teórica e metodológica por
meio de um trabalho coletivo de pesquisadoras e pesquisadores de distintas formações
acadêmicas e expertises, o que repercutiu em uma rica oportunidade para explorar as
fronteiras do conhecimento sobre a Ciência, Tecnologia e Inovação.
Escrito por um conjunto diversificado de profissionais brasileiros advindos de
diferentes estados macrorregiões do país, o presente livro expressa uma rica pluralidade
de agendas de pesquisas construídas em diferentes instituições de ensino e pesquisa
públicas e privadas e com base em distintas realidades e experiências.
O livro oferece um total de doze capítulos que abordam distintas realidades
empíricas, por meio de estudos de caso que possibilitam um olhar multidisciplinar sobre
temas relevantes sobre Ciência, Tecnologia e Inovação a partir das contribuições analíticas
advindas dos campos epistemológicos de Educação, Administração e Engenharia de
Produção.
Com base nas discussões e resultados obtidos nesta obra, uma rica construção
epistemológica sobre Ciência, Tecnologia e Inovação fundamentada em relevantes
análises de estudos de casos que corroboram para a produção de novas informações e
conhecimentos sobre a realidade da escola à empresa.
A indicação deste livro é recomendada para um extenso número de leitores, uma vez
que foi escrito por meio de uma linguagem fluída e de uma abordagem didática, acessível,
tanto para um público leigo não afeito a tecnicismos, quanto para um público especializado
de acadêmicos ou de profissionais que lidam com Ciência, Tecnologia e Inovação.
Excelente leitura!

Elói Martins Senhoras


SUMÁRIO
CAPÍTULO 1.................................................................................................................. 1
A IMPORTÂNCIA DO CLIMA ORGANIZACIONAL PARA UMA GESTÃO EFICAZ DA
ESCOLA
Dirceu Fernando Belotto
Rosimeire Martins Régis dos Santos
https://doi.org/10.22533/at.ed.4492229061

CAPÍTULO 2................................................................................................................16
CULTURA POPULAR E EDUCAÇÃO POPULAR: UM OLHAR PARA O SISTEMA
EDUCACIONAL DE JOVENS E ADULTOS ABARCADO PELO EDUCADOR PAULO
FREIRE
Renata Maria Oliveira Mendes
Antônio Carlos Frasson
https://doi.org/10.22533/at.ed.4492229062

CAPÍTULO 3................................................................................................................27
NÍSIA FLORESTA E A LUTA PELA EDUCAÇÃO FEMININA
Bárbara Lúcia Takei Barbieri Azevedo
https://doi.org/10.22533/at.ed.4492229063

CAPÍTULO 4................................................................................................................40
PERCEPÇÕES SOBRE A PROGRAMAÇÃO E A ROBÓTICA EDUCACIONAL COMO
POTENCIAIS GERADORA DE SITUAÇÕES DIDÁTICAS
Clodogil Fabiano Ribeiro dos Santos
Nilcéia Aparecida Maciel Pinheiro
Jussara Rodrigues Ciappina
https://doi.org/10.22533/at.ed.4492229064

CAPÍTULO 5................................................................................................................58
A SEMIÓTICA PEIRCEANA, OS NÍVEIS DE COMPREENSÃO DO CONHECIMENTO
QUÍMICO E AS MÚLTIPLAS REPRESENTAÇÕES: UM ESTUDO ENVOLVENDO OS
TRÊS REFERENCIAIS E O CONTEÚDO SOLUBILIDADE QUÍMICA
Maysa de Fátima Moraes Frauzino
Elaine da Silva Ramos
Carlos Eduardo Laburú
https://doi.org/10.22533/at.ed.4492229065

CAPÍTULO 6................................................................................................................70
DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÃO IOT PARA SENSORIAMENTO HÍDRICO EM TEMPO
REAL
Jorge Otta Júnior
Leandro Augusto de Carvalho
Pedro Luiz de Paula
https://doi.org/10.22533/at.ed.4492229066

SUMÁRIO
CAPÍTULO 7................................................................................................................88
UMA APLICAÇÃO DE RANDOM SURVIVAL FORESTS NA AVALIAÇÃO DE DADOS DE
FALHA DE BOMBAS CENTRÍFUGAS SUBMERSAS
Ricardo de Melo e Silva Accioly
Rafael de Olivaes Valle dos Santos
https://doi.org/10.22533/at.ed.4492229067

CAPÍTULO 8..............................................................................................................102
RESEARCH OF 3D PRINTING TECHNIQUES WITH METALS
Rômulo da Costa Delmondes
Marcelo Antonio Adad de Araújo
https://doi.org/10.22533/at.ed.4492229068

CAPÍTULO 9.............................................................................................................. 119


APLICAÇÃO DE REDES NEURAIS CONVOLUCIONAIS EM LINHAS DE DISTRIBUIÇÃO
DE ENERGIA
Milena Lucas dos Santos
Fabiana Frata Furlan Peres
Valéria Nunes dos Santos
Claudio Roberto Marquetto Mauricio
https://doi.org/10.22533/at.ed.4492229069

CAPÍTULO 10............................................................................................................132
O TRABALHO DE CATADORES DE MATERIAL RECICLADO COMO INSTRUMENTO
PARA SENSIBILIZAR A PARTICIPAÇÃO NA COLETA SELETIVA
Paola de Cassia Ferreira Borges
Rosemari Castilho Foggiatto Siveira
https://doi.org/10.22533/at.ed.44922290610

CAPÍTULO 11............................................................................................................144
PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE
ATUAM EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Vanessa Paula da Silva Oliveira
https://doi.org/10.22533/at.ed.44922290611

CAPÍTULO 12............................................................................................................155
A GESTÃO FINANCEIRA E SUA IMPORTÂNCIA NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
Edivaldo Braga de Oliveira
Gabriel Babichi Siqueira
Moises da Silva Martins
https://doi.org/10.22533/at.ed.44922290612

SOBRE O ORGANIZADOR .....................................................................................167

ÍNDICE REMISSIVO..................................................................................................168

SUMÁRIO
CAPÍTULO 3
NÍSIA FLORESTA E A LUTA PELA EDUCAÇÃO
FEMININA

Data de aceite: 01/06/2022 metodologia escolhida para esta pesquisa foi


a de revisão bibliográfica. Conclui-se que Nísia
exerceu importante papel na conquista ao direitos
Bárbara Lúcia Takei Barbieri Azevedo
para mulheres no Brasil, onde se destaca a luta
Faculdade Adamantinenses Integradas
Licenciatura em História pela educação feminina.
PALAVRAS-CHAVE: Nísia Floresta; Educação;
Luta feminina.

Trabalho Acadêmico apresentado ao Departamento de ABSTRACT: This research has as its theme the
História da UNIFAI como requisito para conclusão do
curso de história sob orientação do Profº Drº Marcos life of Nísia Floresta and her struggle for female
Martinelli education. Considered a pioneer of feminism in
Brazil, the writer and educator Nísia Floresta,
was extremely important in the struggle for the
emancipation of women and in the defense of
RESUMO: Esta pesquisa possui como tema a
other minorities oppressed by the society of the
vida de Nísia Floresta e sua luta pela educação
time. At a time when the vast majority of women
feminina. Considerada uma pioneira do
were repressed and subdued, she ran schools
feminismo no Brasil, a escritora e educadora
for girls, collaborated in newspapers and wrote
Nísia Floresta, foi de extrema importância na
books defending the rights of women, Indians and
luta pela emancipação das mulheres e na defesa
the enslaved. In this sense, the general objective
de outras minorias oprimidas pela sociedade
of this research seeks to understand how women
da época. No tempo em que a grande maioria
had access to education, analyzing the feminist
das mulheres vivia reprimida e subjugada, ela
struggle in Brazil in the 19th century, from the
dirigia colégios para moças, colaborava em
point of view of Nísia Floresta, protagonist of
jornais e escrevia livros defendendo os direitos
that struggle at the time. Thus, the specific
das mulheres, dos índios e dos escravizados.
objectives seek to present the life story of Nísia
Neste sentido, o objetivo geral desta pesquisa
Floresta, describe the historical context that Nísia
busca compreender como se deu o acesso da
Floresta was inserted during her life, and finally,
mulher à educação, analisando a luta feminista
understand the entire historical and evolutionary
no Brasil do século XIX, partindo do ponto de
panorama of the struggle for female education.
vista de Nísia Floresta, protagonista dessa
The methodology chosen for this research was
luta na época. Assim, os objetivos específicos
that of bibliographic review. It is concluded that
buscam apresentar a história de vida de Nísia
Nísia played an important role in the conquest of
Floresta, descrever o contexto histórico que
rights for women in Brazil, where the struggle for
Nísia Floresta esteve inserida durante sua vida, e
female education stands out.
por fim, compreender todo o panorama histórico
KEYWORDS: Nísia Floresta; Education; Female
e evolutivo da luta pela educação feminina. A

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 27


wrestling.

1 | INTRODUÇÃO
O feminismo é um movimento que surgiu no contexto das ideias iluministas (1680-
1780), principalmente na Revolução Francesa (1789) e Americana (1775), reivindicando
direitos sociais e políticos para as mulheres.
Porém no Brasil, foi durante o Império (1822-1889), que essa luta feminina começou
a ganhar força. Muitas mulheres, inclusive da alta sociedade, influenciadas pelas ideias
inglesas e francesas, passaram a criticar a sociedade que dava aos homens mais direitos
que obrigações e às mulheres mais obrigações que direitos. Ainda assim, a repressão da
sociedade patriarcal, frustravam as aspirações de independência econômica e à cidadania
que essas mulheres ansiavam.
No campo da educação, as mulheres permaneciam nas escolas até os doze anos,
quando abandonavam os estudos para se casarem, e o ensino estava centrado em lições
de tarefas domésticas e boas maneiras, em uma sociedade onde a maioria das mulheres
eram analfabetas. Existia o pensamento de que era necessária a ênfase na formação moral
das mulheres, e não a instrução, que segundo muitos, servia de distração para o real
destino das mulheres, como esposa e mãe.
Esse contexto se faz relevante, ao escrever sobre Nísia Floresta (Dionísia Gonçalves
Pinto, 1819-1885), grande ativista pela emancipação feminina, que elegeu a educação
como instrumento pelo qual se possibilitaria moldar uma sociedade mais igualitária entre
homens e mulheres. Fundou escolas para meninas e revolucionou a metodologia de ensino
da época implantando métodos inovadores de pedagogia e introduzindo disciplinas nunca
antes contempladas na educação da mulher, como língua, ciência, arte e matemática.
Suas obras chamam atenção, tanto pela coragem revelada em seus escritos, como
pelo ineditismo e ousadia de suas ideias, que refletiam sobre a desconstrução da ideologia
vigente, no que diz respeito às diferenças entre os gêneros (homem x mulher). Além de ser
considerada pioneira na causa feminista por sua colaboração como educadora e escritora,
defendia também a liberdade religiosa, as campanhas abolicionistas e era uma forte crítica
da opressão colonial aos povos indígenas.
Apesar da conquista pelo direito à educação igualitária entre homens e mulheres,
resultado da incansável luta de mulheres como Nísia Floresta no século XIX. Partindo
deste cenário, esta pesquisa buscará responder: é possível afirmar que, nos dias atuais,
toda mulher possui a mesma oportunidade de ingressar na escola e se formar em um curso
superior?
Neste sentido, o objetivo geral desta pesquisa será compreender como se deu o
acesso da mulher à educação, analisando a luta feminista no Brasil do século XIX, partindo
do ponto de vista de Nísia Floresta, protagonista dessa luta na época. Assim, os objetivos

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 28


específicos buscarão apresentar a história de vida de Nísia Floresta, descrever o contexto
histórico que Nísia Floresta esteve inserida durante sua vida, e por fim, compreender todo
o panorama histórico e evolutivo da luta pela educação feminina.
A pesquisa presente, se faz pertinente ao contribuir para uma maior quantidade
de material acadêmico que faça menção a mulheres como Nísia Floresta, que dedicaram
suas vidas a lutar pelos direitos das mulheres, e que nos dias atuais são escassamente
recordadas ou citadas.
Também é justificada como uma forma de contribuir ao meio acadêmico em que
está inserido, além de ser possível enriquecer a temática sobre Nísia Floresta e a luta pela
educação feminina. Além disso, também pode ser uma forma de agregar conhecimento em
seu meio social, onde pretende-se apresentar um material concreto, possibilitando também
a compreensão dos leitores, mesmo que sem conhecimento técnico, que buscam maior
conhecimento sobre o tema.
O método que fora utilizado na elaboração do presente trabalho, consiste na pesquisa
e análise dos principais temas sobre Nísia Floresta e a luta pela educação feminina e da
prática de suas atividades, existentes na bibliografia já publicada. Por meio do método de
pesquisa, fora incluído temáticas que apresentem o tema em questão como um meio de
fornecer subsídios, incentivando os leitores a buscar um novo desenvolvimento sobre o
rema abordado em seu ambiente de influência.
Para o presente estudo, utilizou-se os critérios de citações, pesquisas relacionadas a
Nísia Floresta e a luta pela educação feminina, artigos que apresentam o tema em questão,
artigos que não apresentam o tema, teses, dissertações além de textos, artigos e citações
traduzidas. Por fim, as análises foram orientadas pelo objetivo geral e especifico do estudo,
evidenciando-as por três etapas: Pré-análise, Exploração do material e Tratamento dos
dados obtidos e interpretação, para uma melhor compreensão.

2 | A VIDA DE NÍSIA FLORESTA


Nísia Floresta Brasileira Augusta nasceu na cidade rural de Papari, no Rio Grande
do Norte, filha de pai português e mãe brasileira. O nome verdadeiro era Dionísia Gonçalves
Pinto, mas utilizou tão ativamente o nome Nísia que raramente é referida pelo nome de
batismo. O Brasil era um país politicamente volátil durante os anos 1800 e ela foi forçada a
se mudar com frequência na juventude (DUARTE, 2005).
Apesar disso, os pais promoveram nela uma educação forte, mas informal. A herança
portuguesa do pai contribuiu para muito da oferta de educação para ela, mas também
para a necessidade de se deslocar, pois havia animosidade na região por “interferência
europeia” no Brasil. Em 1823, aos treze anos, era casada com um vizinho proprietário
de terras, mas não se sabe se essa união foi com o consentimento dela (ALBERTON,
CASTRO e EGGERT, 2010).

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 29


Apesar disso, ele falhou e ela voltou para a família em poucos meses. Eles se
mudaram logo depois. A animosidade mencionada ficou mais evidente no momento em
que o pai foi assassinado em 1828 por uma elite pernambucana, ela tinha dezoito anos de
idade. Casou-se com um estudante de Direito chamado Manuel Augusto de Faria Rocha.
Embora essa relação possa ter parecido necessária para apoio financeiro, o amor dela por
Manuel Augusto fica evidente nas referências carinhosas a ele mais tarde (SILVA, 2014).
Após dar à luz a filha, Nísia publicou o primeiro trabalho Direitos das Mulheres e
Injustiça dos Homens(A Vindicação dos Direitos da Mulher) primeira obra feminista do
gênero no Brasil. Originalmente pensado como a tradução de um texto com o mesmo
nome da autora inglesa Mary Wollstonecraft, foi descoberto entre os últimos anos pela
historiadora Maria Lúcia Pallares-Burke ser na verdade uma tradução de “Woman Not
Inferior to Man”, um texto anônimo sobre feminismo publicado em Londres noventa e três
anos antes (OLIVEIRA e MARTINS, 2012).
A peça usou argumentos lógicos para defender a igualdade de capacidade das
mulheres com os homens na educação, em cargos públicos e, em geral, em todos os níveis
da sociedade. A conclusão do texto original aponta que não busca uma revolta contra os
homens, mas “apenas significa mostrar o sexo, que eles não são tão desprezíveis como os
Homens querem que eles próprios acreditem (DUARTE, 2005).
Para manter crenças aparentes na educação de mulheres, combinada com uma
necessidade crescente de sustentar a si mesma e aos dois filhos, ela começou a administrar
uma pequena escola para meninas. Em 1837, a Guerra Ragamuffin, considerada uma das
guerras civis mais sangrentas do Império Brasileiro, forçou ela a família (e mãe e irmã) a
se mudar para 1.500 km ao norte de Porto Alegre para o Rio de Janeiro (CAMPOI, 2011).
Na nova casa, Nísia Floresta recomeçou com a escola e inaugurou com sucesso o
Colégio Augusto, que leva o nome do falecido marido. Ela começou a escrever os próprios
textos, de natureza educacional. O primeiro deles foi Conselhos a minha filha em 1842.
O texto era principalmente informação sobre como criar os filhos e funcionava em certo
sentido como um livro de “autoajuda”, mas é abundante com um sentido de melhorar a
“condição das mulheres” e um reconhecimento que sempre será uma luta (CASTRO, 2010).
Mary Wollstonecraft mais uma vez aparece como uma inspiração, já que ela havia
escrito um texto semelhante em 1787. O resto da escrita de Floresta desta época serve
tanto como livros didáticos para os alunos quanto como propaganda para a escola. Grande
parte do roteiro segue as crenças sociais da época, para não atrapalhar as convenções
sociais patriarcais que financiavam a escola, mas com o incentivo para que os alunos não
“desperdicem a educação” (ALBERTON, CASTRO e EGGERT, 2010).
Conselhos até começa a insinuar que o falecido marido estabeleceu a educação que
ela ensina para a filha, em uma tentativa de insinuar que o currículo vem de um homem.
Escritos posteriores fazem menção a ele de maneira amorosa e trágica, em vez de maneira
autoritária, mostra o próprio crescimento na confiança e na escola como negócio (CAMPOI,

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 30


2011).
Depois de dirigir a escola por seis anos, Nísia e a família mudaram-se para Paris. As
razões para essa mudança não são claras, mas o movimento pelos direitos das mulheres
coincidentemente foi muito ativo em Paris durante o período em que um governo provisório
se formava (DUARTE, 2005).
Ela trouxe de volta muito desse idealismo no momento em que voltou ao Brasil e
publicou Opúsculo Humanitário. Para elevar os pontos de vista além da visão simplesmente
dos Direitos da Mulher, mas mais para os Direitos Humanos. Ela criticou o sistema
educacional do Brasil, o tratamento dado às mulheres, o uso da escravidão e os maus
tratos aos indígenas. Naquela época, EUA e Brasil eram os únicos países restantes que
perpetuaram a escravidão (CAMPOI, 2011).
Vários dos pequenos ensaios e peças de ficção foram publicados no periódico O
Brasil Ilustrado em 1855 e 1856, e inclui uma peça de ficção em prosa sobre um escravo
cristão devoto modelado na Cabana do Tio Tom de Beecher Stowe. Como se Nísia já não
tivesse tragédia suficiente na vida, em 1849 a filha sofreu uma grave queda de um cavalo,
e regressaram à Europa por sugestão dos médicos de que o “ar europeu” a ajudaria a
recuperar (OLIVEIRA e MARTINS, 2012).
Enquanto lia e escrevia sobre a dor, ela fez amizade com o fundador do positivismo,
Auguste Comte, a cujas palestras ela havia assistido na visita anterior. Os trabalhos
posteriores são muito influenciados por esse idealismo e fazem uma abordagem mais
científica e natural do feminismo, que assume uma visão do “papel natural” das mulheres
(SILVA, 2014).
Os ideais de Nísia relacionados ao feminismo se confundiam com os ideais do
catolicismo, o papel doméstico da mulher e as virtudes de ser mãe e esposa. Essas visões
eram necessárias para as condições econômicas da sociedade brasileira da época, e ela
parecia reconhecer isso. As mulheres eram tão capazes e iguais aos homens e, embora
ela acreditasse que elas deviam desempenhar o papel no sentido familiar, relegá-las a um
papel doméstico sem instrução era uma injustiça tanto para as mulheres quanto para os
filhos de uma civilização (ALBERTON, CASTRO e EGGERT, 2010).
Embora ela não tenha falado fortemente sobre a chamada “independência” das
mulheres, ela continuamente se manifestou contra a subjugação e a escassez de educação
disponível para as mulheres por toda a vida e publicou com sucesso no momento em
que nenhum outro brasileiro o fez. Parte da obra de Nísia Floresta pode ser encontrada
na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, obras como Direitos das mulheres e injustiça
dos homens (1832), Conselhos para minha filha (1842), Fany ou o modelo das donzelas
(1847), O rasgo de um Caeté (1849), Dedicação do amigo / Romance histórico (1850),
Livreto humanitário (1853), Itineraire d’un Voyage en Allemagne / Itinerário de uma viagem
à Alemanha (1857), Scintille d’un’Anima Brasiliana (Cintilações de uma alma brasileira,
1859), Trois Ans en Italie, Suivis d’un Voyage en Grèce (Três anos na Itália, seguido por

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 31


uma viagem à Grécia, 1864), Le Brésil (Brasil, 1871) (DUARTE, 2005).

3 | CONTEXTO HISTÓRICO
As mulheres do século XIX eram educadas para o casamento, a maternidade e o
respeito e aquiescência aos pais e maridos. As janelas das residências abriam perspectivas
ao mundo exterior, desde que usadas com discrição, evitava se a grande exposição. Nessa
cultura de submissão, as uniões matrimoniais eram acordadas entre os pais dos futuros
noivos e, muitas vezes, baseadas em critérios de conveniência (SILVA, 2014).
No início do século 19, as mulheres eram cidadãs de segunda classe. Esperava-se
que as mulheres restringissem a esfera de interesse ao lar e à família. As mulheres não
foram incentivadas a obter uma educação real ou a seguir uma carreira profissional. Após o
casamento, as mulheres não tinham o direito de possuir os próprios bens, manter o próprio
salário ou assinar um contrato (CASTRO, 2010).
Além disso, todas as mulheres tiveram o direito de voto negado. Só depois de
décadas de intensa atividade política as mulheres finalmente conquistaram o direito de
voto. Durante o início do século 19, as mulheres geralmente ficavam presas nas casas e
apenas desempenhavam o caos e as tarefas domésticas. A natureza e a sociedade deram-
lhes papéis de donas de casa, guardiãs éticos do lar e de toda a sociedade, bem como de
donas de casa para as famílias (ALBERTON, CASTRO e EGGERT, 2010).
Os papéis de donas de casa deviam exercer filhos, cuidem dos mais novos assim
como se submetam aos maridos. Socialmente, as mulheres eram consideradas mais
fracas, portanto, desiguais em relação aos homens. Algumas pessoas comparariam tal
condição como escravidão. As mulheres não tinham controle das vidas. Tudo era totalmente
controlado pelos homens da sociedade (OLIVEIRA e MARTINS, 2012).
Primeiro, os pais e irmãos iriam controlá-las se elas ainda fossem jovens e se elas
se casassem, os maridos finalmente as controlariam. O objetivo principal era procurar um
marido, dar à luz e cuidar dos maridos por toda a vida. Era um tabu para uma mulher
permanecer solteira, na verdade, as mulheres solteiras eram desprezadas e desprezadas
pela sociedade (LOURO, 2000).
Uma mulher possuía propriedade se ainda estava na casa do pai, mas depois que
ela se casou, a propriedade passou para o marido. O marido tinha direito ao acesso a tudo
que a mulher possuía, assim como o próprio corpo. Para essas mulheres, o casamento era
um compromisso para a vida toda. As mulheres não deveriam se divorciar, elas deveriam
viver com os maridos, mesmo que isso significasse viver em um casamento miserável
(HAHNER, 2003).
O divórcio era altamente punível e a mulher sempre seria vítima. Isso não apenas
minou os requisitos físicos, mas também destruiu as oportunidades de ter qualquer tipo de
liberdade. Ele subjugou a voz de influência, não lhes dava nenhuma esperança de alcançar

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 32


o reconhecimento social (CASTRO, 2010).
As mulheres não podiam se aventurar em outras atividades além de cuidar da
família. O marido era o único ganha-pão da família. A única fonte de financiamento era o
marido, portanto, a única chance para as mulheres serem economicamente protegidas era
se casarem com homens financeiramente seguros. Isso os tornava mais dependentes dos
homens e, se o homem morresse, eles ficariam sem nenhuma fonte de renda além das
economias do marido (SILVA, 2014).
A sociedade via as mulheres como seres assexuados; pessoas sem sentimentos e
sem vida própria. No entanto, durante os anos 1800, os movimentos de mulheres tornaram-
se tão eficazes que as mulheres começaram a desafiar os intelectuais sociais, tradicionais,
econômicos e políticos que os impediam por muito tempo. Esse foi o ponto de partida para
a virada dos papéis na sociedade (MORAES, 2016).
Ao longo da história, as mulheres tiveram menos direitos legais e oportunidades de
ocupação, portanto, menos representação em comparação com os homens. A maternidade
e a esposa foram consideradas as principais profissões. O movimento pela emancipação
das mulheres durou mais de 70 anos e envolveu três gerações e milhões de mulheres.
Cada geração de ativistas testemunhou a divisão do movimento sufragista em campos
moderados e radicais (DUARTE, 2005).
Ativistas do sufrágio passaram mais de 50 anos para educar o público e fazer
campanhas em estados e nacionalmente para estabelecer a legitimidade do “voto feminino”.
Os sufragistas empreenderam quase 20 anos de lobby direto, bem como ações militantes
dramáticas, não violentas, para reivindicar o voto (CAMPOI, 2011).
No final do século XIX, entretanto, a maioria das mulheres conquistou o direito ao
voto e aumentou as chances de acesso à educação e a outras profissões inicialmente
consideradas para os homens. O casamento era considerado muito essencial e significativo
para o bem da estabilidade da sociedade. Esperava-se, portanto, que as mulheres
fossem muito obedientes e submissas para ter um casamento feliz e estável (OLIVEIRA e
MARTINS, 2012).
Durante esses tempos, a educação era um tema discutível e foi o primeiro tema
que motivou as mulheres a protestar. Contudo, nenhuma feminista poderia propor um
meio pelo qual a educação seria igualada entre meninos e meninas. Somente as filhas de
pais ricos teriam educação formal. No entanto, meninas instruídas eram percebidas como
pouco atraentes sexualmente, portanto, conseguir casamento foi uma grande luta para elas
(ALBERTON, CASTRO e EGGERT, 2010).
A única matéria que as meninas aprendiam na escola era linguagem, leitura e
escrita. Outros cursos incluíam responsabilidades e atividades da esposa como tricô,
parteira, cozinhar e acenar, entre outros. As mulheres começaram a formar “movimentos
pelos direitos das mulheres” que as ajudaram a protestar contra a escravidão e também
contra as ditaduras dos homens (LOURO, 2000).

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 33


Esses movimentos levaram à revolução que consequentemente levou aos processos
de emenda constitucional que trouxeram a erradicação da escravidão. Essa foi uma grande
conquista na história das mulheres, já que elas podiam expressar livremente as opiniões.
Em meados de 1800, as mulheres tornaram-se resistentes à opressão dos homens e
queriam se tornar totalmente independentes (CASTRO, 2010).
Como resultado, eles protestaram por oportunidades iguais de educação e ativismo
religioso. Não foi tão fácil; as mulheres tiveram que lutar contra os homens e outras
mulheres. Os homens em geral negligenciavam as feministas e aquelas mulheres que ainda
se dedicavam ao modo de vida tradicional, não queriam ouvir nada sobre a independência
das mulheres. O único lugar em que as mulheres obtiveram total apoio foi na igreja, que
também tinha interesse próprio (CUNHA e SILVA, 2010).
As mulheres tiveram sucesso nesses movimentos de reforma e, pela primeira vez
na história, os homens foram desafiados pela dominação feminina. Assim, as mulheres
começaram a desempenhar tarefas fora de casa. Isso significava que eles cozinhariam,
cuidariam e educariam os jovens por um salário. Eles também se tornaram professores,
enfermeiras e secretárias; que eram os únicos empregos que a sociedade aceitava as
mulheres exercerem (HAHNER, 2003).
No entanto, uma mulher só deveria trabalhar enquanto não fosse casada, mas
uma vez casada, esperava-se que parasse de trabalhar e assumisse o papel de esposa
e mãe. Durante esse tempo, ser dona de casa exigia uma ampla gama de habilidades
multifacetadas, uma vez que quase todos os itens eram feitos em casa (CAMPOI, 2011).
No entanto, as oportunidades de emprego aumentaram durante o período da
revolução industrial. Muitas mulheres trabalharam nas novas indústrias para preencher as
vagas. O sistema escolar público também se expandiu, e levou a que muito mais mulheres
fossem empregadas como professoras. A enfermagem também se tornou um trabalho
altamente considerado para as mulheres em 1850, após a reestruturação dos hospitais e
da carreira de enfermagem (SILVA, 2014).
A guerra civil também contribuiu muito para a evolução do papel da mulher na
sociedade. O resultado foi que muitas mulheres conseguiram empregos no governo e
em outros cargos, que inicialmente eram ocupados por homens, de modo a preencher
os cargos evacuados pelos homens enquanto iam para a luta. Depois da guerra civil, as
mulheres continuaram a trabalhar no governo, pois provaram aos homens que realmente
podiam trabalhar. Outra coisa que encorajou as mulheres a trabalhar foi a descoberta de
uma máquina de escrever (OLIVEIRA e MARTINS, 2012).

4 | EDUCAÇÃO FEMININA
A educação sempre foi influenciada por gênero, classe, religião e nacionalidade.
Historicamente, a educação das mulheres foi projetada para ensinar as meninas da

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 34


classe média e alta o suficiente para torná-las um material de casamento atraente para os
homens, e as aulas eram frequentemente ministradas em casa por governantas com pouca
instrução (LOURO, 2000).
A educação era vista como uma forma de tornar as mulheres esposas e mães mais
adequadas, não como uma forma de transformar as vidas. Um relatório parlamentar do
século 19 disse que as meninas deveriam ser educadas para serem “seres decorativos,
modestos e casáveis”. As aulas frequentemente incluíam música, latim, grego e aulas
de boas maneiras sociais e etiqueta. Apenas uns poucos privilegiados eram ensinados
em alto nível em matérias como matemática, e isso geralmente acontecia com os irmãos
(MORAES, 2016).
A educação das mulheres sempre obedeceu às expectativas da classe. As meninas
da classe trabalhadora, se é que foram educadas, aprendiam o básico de leitura, escrita,
aritmética e habilidades domésticas, como costura. Eles foram ensinados em escolas
primárias, muitas vezes escolas de damas pequenas escolas dirigidas por mulheres da
classe trabalhadora nas próprias casas ou escolas dominicais administradas pela igreja ou
instituições de caridade (CUNHA e SILVA, 2010).
As mulheres não eram encorajadas a ter aspirações acadêmicas, caso isso
prejudicasse o apego ao lar, e se acreditava que o estudo acadêmico ia contra a natureza
das mulheres e que muito conhecimento poderia afetar a fertilidade das mulheres. Os
líderes da Igreja frequentemente eram contra a educação superior das mulheres porque
diziam que isso ia contra os ensinos da Bíblia (LOURO, 2000).
O processo dolorosamente lento de reforma educacional começou na década de
1840, depois que se reconheceu que, se as mulheres foram as primeiras educadoras
dos filhos, elas precisavam de uma educação sólida. A escritora e Educadora Nísia foi de
grande importância para a mudança na educação feminina (COELHO, 2002).
A autora Nísia inaugurou o Colégio Augusto em 1838, a inauguração do colégio
deu um ensejo a autora para posicionar em atividade a educação para as mulheres. A
Nísia introduziu ao ensino no Colégio Augusto várias disciplinas que até aquele momento
somente os homens poderiam estudar, disciplinas como Latim, Inglês, Ciências, Italiano
e Frances, com a literatura e gramatica, também introduziu ensinos da História do Brasil,
Geografia e o exercício de Educação Física (HAHNER, 2003).
Nísia também limitou o tamanho das turmas e diminui então o número de alunos na
sala de aula, pois essa atitude traria mais excelência e eficiência ao ensino. Nísia sofreu
diversos ataques por atitudes como essa, ataques esses que vinha das famílias tradicionais
que se apagavam ao modo como eram as coisas e não aceitavam a mudança, já que o
ensino nas escolas da época as mulheres eram para fins domésticos e âmbito familiar
(MORAES, 2016).
Porém Nísia não se deixou intimidar com os ataques, nem mesmo se os ataques
vinham através de publicações em jornais da época. Mesmo sob críticas a atora deu

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 35


segmento a disseminação da escola e foi destemida e valente para alavancar uma
recomendação pedagógica revolucionaria (LOURO, 2000).
Nísia sempre deixou claro a posição em ir contra os conservadorismos da época,
e respaldava um bom ensino as mulheres, ensino que era proibido na época, ela sempre
se posicionou sobre a importância que tinha a educação para as mulheres. Nísia foi até
acusada de manifestar conduta masculina, denuncia essa que submeteram a duras injurias
pessoais. Devido a posição de Nísia, as denúncias supuseram um traço primordial em
escritos (CUNHA e SILVA, 2010).
O que muitos não percebem é que, além de melhorar o bem-estar geral das mulheres,
o acesso à educação também é importante para a economia cada vez mais global. As
mulheres líderes participantes ativas tanto na economia quanto no negócio de ser mulher
têm uma responsabilidade especial de tratar da educação das mulheres em todo o mundo.
Ao longo dos anos nota-se a incrível mudança na educação feminina (COELHO, 2002).
Nos últimos vinte anos, as mulheres fizeram um progresso educacional substancial.
A grande diferença entre os níveis de educação de mulheres e homens que era evidente
no início dos anos 1970 praticamente desapareceu. As mulheres têm mais probabilidade do
que os homens de frequentar a faculdade após o ensino médio e também de se formar com
um diploma de mestrado. Esses ganhos de escolaridade se devem às lutas das mulheres
por esses direitos ao longo da história (HAHNER, 2003).
A educação constitui um importante setor que merece atenção especial no
enfrentamento desses obstáculos e desafios. Ele tem ajudado a reduzir a lacuna e
capacita as mulheres a ocuparem o lugar pleno no mundo do século 21, onde várias metas
de desenvolvimento acordadas internacionalmente devem ser alcançadas com ajuda
(MORAES, 2016).
A educação feminina evoluiu tanto que hoje em dia a mulher tem livre acesso aos
estudos e a faculdades também, a mulher decide o que estudar, o momento em que estudar,
como estudar, a mulher decide qual carreira pretende seguir e segue o curso dos estudos
para alcançar essa meta. A mulher do século XXI diferentemente da mulher dos tempos da
Nísia não pensam exclusivamente na família e em servir o lar. A educação feminina tem
efeito tão devastador que as mulheres já ultrapassam os homens em estudos e nível de
escolaridade (HAHNER, 2003).

5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
É difícil superestimar a importância da educação para o bem-estar dos indivíduos
em todo o ciclo de vida. Em geral, indivíduos com alto nível de escolaridade tendem a ter
um melhor domínio sobre os recursos, níveis mais altos de emprego e empregos mais bem
pagos, têm uma expectativa de vida mais longa e menos desigual, enfrentam menores
riscos de se divorciar, de serem pobres ou de se tornarem materialmente privados e

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 36


desfrutar de mais níveis de bem-estar subjetivo.
A criação de Nísia e da vida dela se contrapõe como ímpeto de conhecimento,
os ideais e o que Nísia acreditava para a posição da mulher, conjecturar a emancipação
feminina e acabar com a soberania masculina. Todo o oficio de Nísia se concentrou em
explorar o mundo, ter uma perspectiva diferente da maioria e usar isso a favor das mulheres
que pouco eram valorizadas na época.
O tradicionalismo da época denotava que as mulheres deveriam se dedicar
exclusivamente ao marido e aos filhos. Nísia em vários dos escritos cita conselhos
e recomendações a como as mulheres poderiam conservar o lar e a família em plano
equilíbrio e simetria, porém Nísia defendia que os deveres das mulheres não se limitava a
somente ser dona do lar.
Nísia defendia que a liberdade só iria acontecer no momento em que as mulheres
estivessem desprendidas de sujeitar-se. Nísia foi uma mulher muito à frente da época e
do que se acreditava ela revolucionou os estigmas da época. A autora chama a atenção
do governo para a educação da mulher brasileira. Questiona os ideais de civilidade,
progresso e liberdade tão preconizados pelos movimentos independentistas, mas negados
às mulheres que ainda preservavam a condição de submissa e incapaz.
A autora também é enfática nas críticas ao governo brasileiro, que diz não inova na
educação feminina. Defende a importância de uma educação feminina, moral, instrutiva
e igualitária para homens e mulheres. As reformas pelas quais passava o país exigiam
avanços na educação das mulheres, mas não foram observadas na vida pela autora.
Infelizmente, o progresso do Brasil não se baseou na educação das mulheres, o que para
ela era inadmissível.
Em toda essa árdua luta pela educação da mulher, pode se considerar Nísia Floresta
como uma das pioneiras não só do feminismo brasileiro e latino-americano, mas também na
divulgação e formulação do direito a uma educação que respeite a capacidade intelectual
da mulher e promove a igualdade de direitos, rompe preconceitos e supera a subordinação
historicamente imposta a eles, inclusive a educação.
A autora também contribui para a crítica ao colonialismo, e oferece elementos tanto
para compreender como a educação tradicional serviu para manter a colonialidade do poder
quanto para vislumbrar o papel da educação feminina na emancipação da sociedade. A
Nísia teve um papel importante em toda a luta e transformação no acesso à educação para
mulheres e meninas.
A análise educacional da escritora também revela o pensamento sobre as
especificidades das mulheres do terceiro mundo, Nísia Floresta vai muito além do
entendimento do âmbito da história da educação. As observações apresentam questões
epistemológicas que auxiliam a repensar o feminismo.
A educação feminina mudou drasticamente o papel das mulheres na sociedade. As
ocupações eram limitadas, mas as mulheres começaram a se infiltrar no mundo dominado

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 37


pelos homens. Depois de experimentar o ensino, as aspirações mudaram e, gradualmente,
as expectativas da sociedade também tiveram que mudar.
A educação gerou confiança e empoderamento. Com o empoderamento, veio
a constatação de que as mulheres não deveriam ser consideradas menos cidadãs do
que os homens e, portanto, deveriam ter os mesmos direitos dos homens. As mulheres
instruídas estavam mais aptas a desafiar o papel dos homens como ilustração dominante
e a justificativa falha para a negação do sufrágio. Antes dessa época, as mulheres não
tinham educação.
Nísia Floresta deixou um importante legado e em dias atuais a educação de
mulheres tem extrema importância não só para as própria, mais para a sociedade num
todo. Mulheres instruídas podem obter excelentes empregos e, portanto, ganhar mais
dinheiro. Consequentemente, beneficia a economia da comunidade e do pais.
Uma vez que as mulheres se tornam educadas, elas se sentem mais capacitadas
para sair de situações violentas e abusivas que podem estar. As sociedades ficam
totalmente mais sensata se valorizam a educação da população feminina. Se as meninas/
mulheres são educadas, as famílias, comunidades e nações prosperam.

REFERÊNCIAS
ALBERTON, M.; CASTRO, A. M. A.; EGGERT, E. Nísia Floresta A mulher que ousou desafiar sua
época: educação e feminismo. Poiésis - Revista de Pós-Graduação em Educação, Tubarão, v.3, n.5,
p.46-55, 2010.

CAMPOI, Isabela Candeloro. O livro “Direito das mulheres e injustiça dos homens”de Nísia
Floresta: literatura, mulheres e o Brasil do século XIX, História, São Paulo, v. 30, n.2, p. 196-213, 2011.

CASTRO, Luciana Martins. A contribuição de Nísia Floresta para a educação feminina: pioneirismo
no Rio de Janeiro oitocentista. Outros Tempos. Volume 7, número 10, dezembro de 2010.

COELHO, Mariana. A evolução do feminismo: subsídios para a sua história. 2. ed. Curitiba: Imprensa
Oficial do Paraná, 2002.

CUNHA, Washington.; SILVA, Rosemaria. A educação feminina do século XIX: entre a escola e a
literatura. Revista Gênero. Niterói, v. 11, n. 1, p. 97-106, 2. Sem. 2010.

DUARTE, Constância Lima. Nísia Floresta: a primeira feminista do Brasil. 1ª ed. Santa Catarina:
Mulheres, 2005. 144 p

HAHNER, June E. Emancipação do sexo feminino: a luta pelos direitos da mulher no Brasil: 1850-
1940. Florianópolis: Mulheres, 2003.

LOURO, Guacira L. Mulheres na sala de aula. In: PRIORE, Mary Del (Org.). História das mulheres no
Brasil. São Paulo: Contexto, 2000.

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 38


MORAES, Maria Lygia Quartim de. IN: WOLLSTONERAFT, Mary. Reivindicação dos direitos da
mulheres. Trad. Ivania Pocinho Morra. São Paulo, Boitempo, 2016

OLIVEIRA, Anna Olga Prudente de; MARTINS, Márcia A.P. Nísia Floresta e direitos das mulheres e
injustiça dos homens: uma tradução em busca do original. Scripta Uniandrade. 2012.

SILVA, Elizabeth Maria da. Mulheres, Emancipai-vos! Um estudo sobre o pensamento pedagógico
feminista de Nísia Floresta. Caruaru, 2014. 215 f. Dissertação (Mestrado e educação) - Universidade
Federal de Pernambuco, 2014

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Capítulo 3 39


ÍNDICE REMISSIVO

A
Administração 11, 156, 157, 160, 163, 164, 165, 166, 167
Água 65, 70, 71, 75, 76, 81, 82, 87, 91
Aprendizagem 4, 11, 14, 42, 44, 45, 48, 50, 51, 53, 54, 55, 56, 58, 59, 60, 61, 65, 66, 67,
68, 69, 87, 121, 132
B
Brasil 17, 18, 19, 20, 21, 22, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 35, 37, 38, 57, 68, 71, 86, 87, 116,
118, 120, 130, 133, 135, 136, 142, 153, 157, 158, 162, 165, 166

C
Catadores 132, 133, 134, 135, 136, 137, 139, 141, 142
Centrífugas 88, 90, 91, 99, 100
Ciência 16, 20, 28, 40, 56, 60, 61, 62, 87
Clima organizacional 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14
Colaboradores 2, 3, 6, 9, 10, 11, 12, 158
Coleta seletiva 132, 133, 134, 135, 136, 138, 141, 142, 143
Conhecimento 29, 35, 37, 43, 44, 45, 46, 48, 49, 52, 53, 55, 58, 60, 62, 63, 64, 65, 66, 67,
69, 129, 132, 157, 158, 160, 161, 162, 163
Consultoria 160, 161, 164, 165
Cultura popular 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26

E
Educação 1, 8, 12, 15, 16, 17, 19, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35,
36, 37, 38, 39, 49, 55, 56, 57, 58, 61, 68, 69, 132, 134, 138, 142, 143, 163, 164, 167
Empresas 2, 5, 7, 12, 116, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 163, 164, 165, 166, 167
Energia 13, 71, 110, 111, 113, 116, 119, 120, 122, 123, 124, 129, 130
Ensino 11, 13, 14, 15, 16, 19, 20, 28, 35, 36, 38, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 47, 48, 50, 52, 53,
55, 56, 58, 59, 60, 61, 62, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 116, 134, 136, 139, 142
Escola 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 23, 28, 30, 31, 33, 36, 38, 45, 46, 47,
49, 52, 55, 56, 68, 167
Estresse 144, 145, 146, 153

F
Fabricação 86, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 111, 112, 113, 115, 116, 117, 118
Ferramenta 2, 12, 41, 44, 55, 113, 125

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Índice Remissivo 168


Finanças 155, 157, 164
G
Gestão 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 116, 117, 155, 156, 157, 158, 159, 160,
161, 162, 163, 164, 165, 166, 167

I
Impressão 3D 105, 116
Inovação 13, 102, 158, 159, 162, 167
Instituição 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 147, 154

L
Liquidez 155, 160, 164
Lixo 133, 134, 136, 138, 141, 143

M
Material reciclado 132, 137, 142
Meio ambiente 133, 134, 140, 141, 142, 143, 146
Mercado 7, 10, 26, 104, 116, 118, 135, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 162, 163, 164
Metal 102, 105, 110, 111, 112, 114, 116, 117, 118
Mulheres 23, 25, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 150

N
Negócio 30, 36, 157, 159, 160
Nísia Floresta 27, 28, 29, 30, 31, 37, 38, 39

O
Organização 2, 3, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 17, 19, 20, 21, 45, 52, 55, 69, 139, 145, 150, 158,
160, 161

P
Paulo Freire 16, 17, 18, 20, 22, 23, 24, 25, 26
Planejamento 2, 14, 15, 54, 65, 143, 145, 155, 156, 160, 161, 162, 163, 164
Programação 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 52, 53, 54, 55, 56
Prototipagem 102, 104, 109, 118

Q
Química 58, 59, 60, 62, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 106, 107

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Índice Remissivo 169


R
Random survival forests 88, 89, 99, 101
Recursos humanos 2, 3, 8, 14, 145
Redes neurais 119, 120, 121, 123, 124, 129, 130
Robótica 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 52, 53, 54, 55, 56

S
Saúde 20, 22, 142, 144, 145, 146, 147, 149, 150, 151, 152, 153, 154
Semiótica 58, 61, 62, 63, 64, 66, 67, 68, 69
Sensibilização 132, 140, 141
Sensoriamento hídrico 70
Signo 58, 63, 64, 65, 66
Síndrome de Burnout 144, 146, 147, 149, 152, 153, 154
Sistema educacional 16, 20, 31
Solo 70, 71, 72, 73, 74, 75, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87
Solubilidade 58, 59, 60, 64, 65, 66, 67, 68

T
Tecnologia 4, 16, 40, 50, 56, 102, 105, 109, 110, 111, 113, 114, 116, 117, 165, 167
Trabalhador 144, 145, 152

U
Umidade 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 123
UTI 144, 145, 146, 148, 149, 150, 151, 152

V
Valores 3, 4, 5, 7, 8, 10, 11, 19, 21, 23, 24, 73, 75, 76, 77, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86,
92, 94, 97, 98, 134, 148, 154

Y
YOLOv3 119, 124, 129, 130

Políticas públicas para ciência, tecnologia e inovação 2 Índice Remissivo 170

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