Carcinoma Basocelular - MSD
Carcinoma Basocelular - MSD
Carcinoma Basocelular - MSD
MANUAL MSD
Versão para Profissionais de Saúde
Carcinoma basocelular
(Úlcera roedora)
Carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais frequente, com > 4 milhões de novos casos
anualmente nos Estados Unidos. Ele é mais comum em pessoas de pele clara com história de exposição
solar e é raro em pessoas com pigmentação escura de pele.
Os carcinomas basocelulares também estão associados a síndromes genéticas e podem surgir em um nevo
sebáceo. O xeroderma pigmentoso representa um defeito herdado no reparo do DNA que pode resultar em
melanoma e outros tumores de pele. A síndrome do nevo basocelular (síndrome de Gorlin) é uma doença
autossômica dominante que resulta em múltiplos carcinomas basocelulares, bem como em
meduloblastomas, meningiomas, câncer de mama, linfomas não Hodgkin e câncer de ovário. A síndrome de
Bazex é uma genodermatose rara que pode resultar no início precoce de múltiplos carcinomas
basocelulares.
Nodular (cerca de 60% dos carcinomas basocelulares): esses tipos são pequenos, brilhantes, firmes,
quase translúcidos a rosa com telangiectasias, normalmente na face. Ulceração e crostas são comuns.
Superficial (cerca de 30%): esses tipos são pápulas ou placas delgadas e marginadas, vermelhas ou
rosa, que comumente ocorrem no tronco e são difíceis de diferenciar da psoríase ou da dermatite
localizada.
Morfeiforme (5% a 10%): esses tipos são placas planas, parecidas com cicatriz e induradas que podem
ter eritema intenso ou claro e bordas indefinidas.
Outros: outros tipos são possíveis. Carcinomas basocelulares nodulares e superficiais podem produzir
pigmento (às vezes chamado carcinoma basocelular pigmentado).
Carcinoma basocelular
Mais comumente, o carcinoma inicia-se como uma pápula brilhante, aumenta lentamente e, após alguns
meses ou anos, apresenta uma borda perlácea brilhante, com vasos sanguíneos dilatados (telangiectasias)
na superfície e na região central da úlcera. Sangramento ou crostas recorrentes não são raros, e as lesões
continuam a crescer lentamente. Em geral, o carcinoma pode, de forma alternativa, formar crostas e
regredir, o que faz com que o paciente e o médico injustificavelmente diminuam a importância da lesão.
Biópsia
Na maioria das vezes, 25% dos pacientes com história de carcinoma basocelular desenvolvem um novo
carcinoma basocelular em 5 anos do carcinoma original. Consequentemente, os pacientes com história de
carcinoma basocelular devem ser examinados anualmente.
Se os pacientes tiverem doença metastática ou localmente avançada e não são candidatos a cirurgia ou
radioterapia (porque as lesões são extensas, recorrentes ou metastáticas), pode-se administrar vismodegibe
e sonidegibe. Os dois medicamentos inibem a via de sinalização hedgehog (uma via que altera a resposta
de alguns tumores à radioterapia ou à quimioterapia e sofre mutação anômala na maioria dos pacientes
com carcinoma basocelular). Cemiplimabe, um inibidor do receptor de morte programada 1 (PD-1), é uma
opção para pacientes que não toleram inibidores da via de sinalização hedgehog (1).
Evitar o sol: procurar a sombra, diminuir as atividades fora de casa das 10 h às 16 h (quando os raios
solares são mais intensos) e evitar banhos de sol e câmaras de ultravioleta
Usar roupas protetoras: camisas de manga longa, calças compridas e chapéus de aba larga
Uso de fotoprotetores: pelo menos com FPS 30 com proteção UVA/UBV de amplo espectro, usado
diretamente (isto é, reaplicados a cada 2 horas e depois de nadar ou suar); não deve ser usado para
exposição solar prolongada
Pontos-chave
Considerar o diagnóstico em caso de lesões típicas (p. ex., pápulas brilhantes que aumentam
lentamente, muitas vezes com uma borda brilhante e perolada) e lesões que sangram
facilmente ou formam alternadamente crostas e cicatrizam.
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