2010 - Imaculada, Marcelo Macedo António de
2010 - Imaculada, Marcelo Macedo António de
2010 - Imaculada, Marcelo Macedo António de
Faculdade de Economia
Declaro que este trabalho é da minha autoria e resulta da minha investigação. Esta é a primeira
vez que o submeto para obter um grau académico numa instituição educacional.
__________________________________
Aprovação do Júri
Este trabalho foi aprovado com _____ valores no dia ____ de ____________ de 2010 por nós,
membros do Júri examinador da Universidade Eduardo Mondlane.
_____________________________
(Presidente)
_____________________________
(Arguente)
_____________________________
(Supervisor)
i
ÍNDICE
Índice de tabelas...........................................................................................................................................iv
Índice de gráficos.........................................................................................................................................iv
Dedicatória.................................................................................................................................................... v
Agradecimentos ...........................................................................................................................................vi
Resumo ........................................................................................................................................................ix
1.1 Contextualização................................................................................................................................. 1
1.3. Hipóteses............................................................................................................................................ 3
ii
2.5. Exemplo do impacto económico das infra-estruturas de Transporte ............................................... 14
a) Produção ......................................................................................................................................... 19
b) Escoamento e Armazenamento....................................................................................................... 20
c) Processamento ................................................................................................................................ 20
e) Mercado Interno.............................................................................................................................. 21
5.1. Medidas tomadas pelo Governo local com vista a melhorar os índices de comercialização agrícola
e resultados esperados das mesmas......................................................................................................... 35
6.2. Recomendações................................................................................................................................ 38
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................... 39
I ANEXOS .................................................................................................................................................. 42
iii
Índice de tabelas
Tabela 1:Comparaçao dos custos das exportações (Brasil/EUA para Xangai)........................................... 15
Anexo 1-Tabela 4: Rede de Estradas na Província de Maputo e no País, 2004, 2005, 2006...................... 42
Anexo 5- Tabela 7: Resumo das respostas dadas pelos camponeses entrevistados, Matutuíne-2010 ........ 45
Índice de gráficos
iv
Dedicatória
À memória do meu pai, António Nataniel, do meu avô, Osório e da minha avó, Celina Lucas
Borges,
v
Agradecimentos
Um agradecimento especial a minha mãe, Elvira Osório, pelos anos de esforço e dedicação em
me educar como um ser humano com carácter, ética e honestidade.
De igual modo às minhas adoráveis irmãs, Belmira e Amélia, por acreditarem e apoiarem
a minha luta académica.
Aos meus amigos do curso, Nunes Sinoia, Hélder David, António Guilherme, José
Cardoso, Mauro Fernandes, pelo companheirismo exercido de forma gratuita desde o inicio desta
batalha até ao momento da elaboração do presente trabalho.
A todos aqueles que de forma directa ou indirecta contribuíram para a minha formação e
na elaboração do presente trabalho, em especial, o Ximene, que me acolheu em sua casa durante
os dias do estudo de campo.
Enfim, agradeço imensamente ao meu tutor, Dr. Elias Mataruca, não só pelo conteúdo e
experiências académicas comigo compartilhadas, mas principalmente pela pessoa que ele é que
de forma incansável e paciente me incentivou nos momentos de dificuldade e ajudou a seguir os
caminhos académicos e científicos sem se esquecer dos valores éticos. O agradecimento é
extensivo a todo corpo docente da Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane
por terem contribuído para a minha formação.
vi
Lista de siglas e abreviaturas
EN Estrada Nacional
ER Estrada Regional
hab Habitante
MT Mato Grosso
NC Não Classificada
PR Paraná
vii
SADC Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
sd Sem data
viii
Resumo
O principal aspecto que limitou a presente pesquisa é o estado defitário das vias de acesso
do distrito de Matutuíne, facto que dificultou a recolha de dados durante a pesquisa.
ix
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
Um estudo realizado pelo SIMA (2002) mostra que para o caso de Moçambique, um dos
maiores constrangimentos enfrentados no processo de comercialização agrícola é o mau estado
das estradas, pois devido ao mau estado das estradas, muitos comerciantes não se deslocam às
aldeias à procura de produtos, tendo os produtores que trazer os produtos até as estradas principais.
Isto significa que o estado das estradas eleva os custos de transacção no processo de comercialização
agrícola, ou seja, havendo estradas em péssimo estado de conservação os custos de expansão dos
mercados são altos. Por outro lado, numa situação em que os custos de transacção são elevados, a
distribuição dos ganhos entre os diversos agentes envolvidos no processo de comercialização é
desigual.
É dentro deste contexto que decorre a temática da presente pesquisa, cujo título é:
“Impacto das infra-estruturas de transporte na comercialização agrícola: caso do distrito de
Matutuíne.”
1
1.2. Problema de Pesquisa
Mas por outro lado, verifica-se que a maior parte dos distritos em Moçambique debate-se
com a situação de estradas em péssimo estado de conservação, facto que pode dificultar ainda
mais o aumento da competitividade e a acumulação da economia rural, pois para que a
comercialização agrícola seja capaz de aumentar a competitividade e a acumulação da economia
rural torna-se necessário investir na construção e melhoramento das estradas que ligam as zonas
produtoras e os respectivos mercados.
O distrito de Matutuíne é um dos distritos que apresenta grande parte das estradas em
péssimo estado de conservação e por outro lado, o mesmo apresenta baixos índices de
comercialização agrícola 1 , apesar deste possuir um alto potencial agrícola. Motivado por este
1
FDC (2006).
2
panorama, o presente trabalho procura investigar até que ponto as estradas afectam os níveis de
comercialização agrícola do distrito de Matutuíne. Mais especificamente: Qual é o impacto das
estradas na comercialização agrícola no distrito de Matutuíne?
1.3. Hipóteses
1.4. Objectivos
1.4.1Objectivo Geral
9 Analisar as medidas tomadas pelo Governo local com vista a melhorar e elevar os índices
de comercialização agrícola no distrito de Matutuíne.
1.5. Justificativa
3
Ao se falar de comercialização agrícola não se pode deixar de fora a questão das infra-
estruturas de transporte, pois estas são fundamentais na cadeia de valor da comercialização
agrícola. As estradas que são o foco do presente trabalho permitem a ligação entre as zonas
produtoras com os mercados consumidores dos bens agrícolas, sendo o estado destas o indicador
do custo com o qual esta ligação (produção-consumo) se efectua.
No entanto, o cenário acima descrito nos alerta sobre a necessidade de estudos frequentes
para o melhoramento das estradas que ligam os diversos pontos de produção com os respectivos
mercados, de modo que o processo de comercialização agrícola que é a principal fonte
rendimento da maioria da população rural 2 se efectue a um baixo custo de transacção.
2
Pois esta tem a agricultura como a principal actividade económica.
4
1.6. Estrutura do trabalho
5
1.7. Metodologia
A escolha deste método deve-se ao facto deste método de recolha dados permitir maior
profundidade dos elementos de análise, apesar das suas limitações e problemas, como a questão
dos Bias. Também utilizou-se o método observacional, como forma de procurar garantir a
autenticidade dos dados. As entrevistas com os camponeses decorreram nas suas próprias
6
machambas durante 12 dias, a entrevista com a “Asas que Curam” foi por via telefónica, com os
extensionistas foi em suas casas, com o supervisor técnico da agricultura e com os três técnicos
das obras públicas foi também nos seus gabinetes. As entrevistas com os camponeses foram em
Changana dado que a maioria não percebia a língua portuguesa, tendo se usado a língua
portuguesa para as restantes entidades.
A obtenção das análises, resultados e conclusões foram possíveis pelo uso da ferramenta
de estatística descritiva e como recurso técnico e didáctico preferiu-se pela aplicação da
amostragem não probabilística, tabulando os dados na planilha Excel e apresentando-os na forma
de tabela e gráficos. As respostas dadas pelas outras entidades acima indicadas serviram apenas
para confirmar ou rejeitar as informações dos camponeses.
7
CAPÍTULO II
REVISÃO DE LITERATURA
A seguir faz-se uma discussão sobre a infra-estrutura económica no geral para auxiliar o
entendimento do modo como as estradas podem afectar o funcionamento de uma determinada
actividade económica, em particular a comercialização agrícola que é o foco temático da
presente pesquisa, mostra-se ainda a relação entre os custos de transporte e os lucros do
agricultor, socorrendo-se do Modelo de Von Thünen.
2.1. Infra-estrutura
A infra-estrutura pode ser entendida como sendo o conjunto de instalações ou de meios
prévios para se pôr em funcionamento uma actividade económica. 3
Para discutir o carácter público da infra-estrutura, Castel Branco (2005) argumenta que
dada a capacidade instalada das infra-estruturas existentes, a introdução de novas actividades
sociais e económicas tem custo social marginal zero no que respeita ao seu uso até ao ponto em
que a capacidade infra-estrutural é completamente utilizada. A partir daqui, novo investimento
em infra-estruturas é necessário uma vez que o custo marginal da introdução de novas
actividades aumenta. Portanto, só se torna necessário investir em nova infra-estrutura quando a
plena utilização da capacidade instalada da infra-estrutura é atingida, ou seja, torna-se necessário
investir em nova infra-estrutura ou fazer manutenção da existente quando a introdução de uma
nova actividade económica cria pressões sobre a infra-estrutura. Isto significa que enquanto não
se atingir a plena utilização da capacidade da infra-estrutura existente, esta tem carácter de bem
público.
3
Dicionário de Língua Portuguesa, 6ª edição, Porto Editora.
4
Citado por Benitez (1999).
8
No entanto, a não intervenção do estado na provisão das infra-estruturas, pode criar
exclusão social, pois no caso em que a infra-estrutura é provida pelo privado, este cobra um valor
pelo uso desta como forma de compensar os custos de provisão, o que por um lado equivale a
dizer que o privado só faz a provisão da infra-estrutura quando os benefícios são maiores do que
os custos de provisão da infra-estrutura. Por outro lado, o privado só faz a provisão da infra-
estrutura na zona que lhe interessa, deixando as outras que não são do seu interesse, o que por
sua vez pode aumentar as disparidades regionais. Neste sentido, Santana (2008) sugere que haja
regulação do sector de infra-estruturas com vista a promover o aumento da oferta e da eficiência,
assim como a transferência dos ganhos de produtividade para os consumidores, na forma de
preços mais baixos e aumento da oferta e qualidade dos serviços.
5
Baseado em www.scribd.com>...>Essays & Theses. Acessado em: 11/01/2010.
9
consideravelmente reduzida por um equilíbrio nos investimentos entre os modais de transporte,
disponíveis de acordo com as condições geofísicas específicas da região. Isto quer dizer que o
investimento em outros modais pode reduzir a necessidade de fazer manutenção de uma
determinada infra-estrutura, dado que existindo vários modais a pressão exercida sobre uma dada
infra-estrutura é menor que reduzindo por outro lado o grau de depreciação das instalações
existentes.
Por exemplo, a existência do modal rodoviário e ferroviário numa dada região em bom
estado, funcionando em simultâneo reduz a dependência em relação ao uso de um modo
transporte, permite que haja um equilíbrio no uso, o que por sua vez reduz pressão sobre as
instalações de um dado modal do que quando apenas existe um único modal.
6
Ver GMD (2004).
10
GMD (2004), escreve que as infra-estruturas no seu conjunto são vitais para o aumento
da produtividade, consequente redução de custos de expansão dos mercados, viabilizando as
actividades económicas e elevando o bem-estar dos agentes económicos.
De uma forma sumarizada pode-se dizer que a importância econímica das infra-estruturas de
transporte é:
11
2.2. Comercialização agrícola
-uniformidade das condições naturais que nos redundaria mesmos custos de produção; existência
de uma única cidade-mercado na parte central do Estado, com a qual os agricultores
comercializavam, vendendo seus produtos agrícolas e comprando produtos industrializados.
7
BARROS (2007).
8
Baseado em PENHA (sd).
12
-uniformidade das condições sócio-culturais da População, que implicava mesma tecnologia e
utilização de recursos, repercutindo de maneira igual nos custos padronizados directamente
proporcionais à distância.
Deste modo, Von Thünen considerou que no mercado paga-se o mesmo preço para uma
determinada quantidade de um produto agrícola quer venha de perto ou de longe, e considerando
ainda que os custos de produção fossem os mesmos em qualquer parte do espaço, admitiu que os
lucros dos agricultores fossem uma função dos custos de transporte. Consequentemente a maior
vantagem locacional (e a mais alta renda locacional) é encontrada em locais adjacentes ao
mercado e esta vantagem declina com o aumento da distância do mercado. Isto significa que o
lucro do agricultor aumenta quanto mais próximo este estiver do mercado, ou seja, quanto menor
for a distância em relação ao mercado, menor será o custo de transporte que o produtor deve
suportar, permitindo-lhe obter maior lucro.
Há que realçar que os agricultores que se localizam perto da cidade, devido a vantagem
locacional resultante de baixos custos de transporte, podem usar estes recursos para mão- de -
obra e insumos que permitem o crescimento da sua renda, ou seja, podem usar estes recursos
para aumentar a produtividade da terra. Portanto, isto permite mostrar que a distância não é
somente importante na escolha do produto, mas também na escolha dos sistemas de produção a
serem empregados.
Em suma, o modelo de Von Thünen sugere que no processo de venda dos produtos pelo
agricultor, existe uma distância limite ideal até ao mercado, depois da qual continuar a vender
significa incorrer em prejuízos, devido aos custos de transporte, ou seja, o modelo sugere que a
distância ao mercado é directamente proporcional aos custos de transporte e estes inversamente
proporcionais aos lucros do produtor.
13
evitam o excesso da migração para centros urbanos, o que reduz a concentração produtiva em
determinado local e favorece a ampliação dos produtos ofertados 9 .
9
Oliveira e Silva (sd).
14
transporte criam uma disparidade dos custos de produção entre os dois países, na China
conforme mostra a Tabela 1 abaixo apresentada.
Origem E
BRASIL EUA
Segundo Nogueira et al (sd), este cenário deve-se ao facto de os EUA terem uma malha
rodoviária em bom estado, o que reduz os custos operacionais dos veículos e consequentemente
o frete rodoviário nos EUA fica mais barato em relação ao do Brasil que possui as rodovias em
estado precário de conservação.
Os dois parágrafos acima sugerem que embora o custo de produção da soja no Brasil seja
baixo relativamente ao dos EUA, devido aos custos de transporte a soja Brasileira torna-se
menos competitiva face- a soja dos EUA.
15
CAPITULO III
3.1. Antecedentes 11
As restrições em recursos fazem, por outro lado, eleger as questões de qualidade das
estradas, de tecnologia de construção e manutenção, fiscalização de obras, e engenharia
financeira, como elementos críticos dos programas de estradas.
10
Estratégia de Moçambique para o processo de integração regional na SADC (sd).
11
PARPAI.
16
A partir de 2001, o Programa ROCSII é sucedido pelo Programa ESTRADAS III, com
um horizonte temporal de 10 anos, e num valor de cerca 1200 milhões de USD. Nas prioridades
são também incluídas parte de estadas vicinais, e assistência aos municípios pela Autoridade
Nacional de Estradas, no que se refere a estradas urbanas. Sob o programa Estradas III, atenção
especial é dada a pontos críticos das vias, em particular as pontes.
O programa do Governo (2000-2004) tem uma secção sobre estradas que é composta de
elementos dos antecedentes acima mencionados.
Objectivos principais: contribuir para a expansão dos mercados, em particular dos mercados
agrícolas; garantir o acesso por estrada aos distritos de mais alto potencial económico (em
particular agro-silvo-pecuário), dando a devida prioridade às províncias mais populosas e de
maior concentração de pobres; estabelecer por estrada as ligações entre as principais regiões do
país e desenvolver os principais corredores; aperfeiçoar os mecanismos de definição de
prioridades do programa de construção e reabilitação de estradas, em particular ao nível das
17
províncias e local; melhorar a qualidade da construção, reabilitação e manutenção das estradas.
Acções principais a empreender 12 :
¾ Reduzir para 25% as estradas de má qualidade (realizando manutenção com uso intensivo
de mão de obra);
¾ Ligar os distritos (com maior potencial económico) às capitais provinciais (e/ou cidades
portuárias) através de estradas transitáveis todo o ano - (realizar a reabilitação e
manutenção previstas); ligar as localidades (com maior potencial económico) às sedes
distritais, através de estradas transitáveis todo ano - (reabilitação de estradas terciárias);
Outras acções chave incluem: melhorar a fiscalização das obras; tomar decisões sobre a
viabilização financeira da construção e reabilitação das estradas; materializar a decisão de
autonomizar a gestão do Fundo de Manutenção de Estradas.
Como forma de dar continuidade dos programas iniciados no sector de estradas, o governo
pretende continuar com a reabilitação e manutenção de estradas e pontes por forma a melhorar a
12
PARPAI.
18
transitabilidade, reduzindo os custos de operação dos veículos. A prioridade nacional recai sobre
o eixo norte-sul. 13
a) Produção
13
Baseado em PARPAII.
14
Idem.
15
ECAII.
19
exclusividade zonal, em que os concessionários “apoiam” os camponeses através do sistema de
fomento da agricultura.
O relacionamento entre os concessionários e os camponeses encontra-se regulado pelo
Governo, mas ainda apresenta conflitos que urge resolver, sob pena de afectarem a produção e a
qualidade dos produtos agrícolas.
b) Escoamento e Armazenamento
c) Processamento
20
A rede comercial moçambicana para produtos agrícolas é constituída maioritariamente
por lojas rurais, comerciantes licenciados e não licenciados, armazenistas, importadores e
exportadores. Muitas vezes, o mesmo comerciante realiza diversos tipos de comércio (a grosso e
a retalho) no mesmo estabelecimento. No campo, a comercialização agrícola é principalmente
assegurada pelos vendedores ambulantes. Nos produtos em que existe o sistema de
concessionárias ou de exclusividade zonal, estes utilizam a sua rede comercial.
e) Mercado Interno
f) Mercado Externo
O mercado externo pode ser dividido em duas áreas: mercado regional (SADC) e o resto
do mundo. A SADC estabeleceu diversos protocolos entre os quais o protocolo comercial que
define prazos para a retirada total de direitos de importação entre os países membros. Existem na
África Austral outros organismos de que Moçambique não faz parte como a SACU e a
COMESA e que aplicam tarifas elevadas para países não membros. Moçambique para além de
ser membro da SADC tem acordos bilaterais com diversos membros da COMESA.
21
Na área agrícola Moçambique exporta para a América e Ásia (amêndoa e castanha de
caju, gergelim, etc.), para a Europa (algodão) e para os países vizinhos, formal e informalmente,
diversos produtos agrícolas (milho, arroz, feijões e amendoim).
b) Escoamento e Armazenagem
22
c) Processamento (Agro-indústria)
e) Mercado interno
f) Mercado externo
23
¾ Baixa produção nacional na maior parte de produtos agrícolas.
¾ Informação sobre mercado externo não disponível ao nível dos operadores.
¾ Fraca organização das associações empresariais, principalmente nas províncias e nos
distritos.
¾ Falta de padrões de qualidade nacionais para a grande parte dos produtos agrícolas.
¾ Problemas de pesagem e de certificação dos produtos nacionais.
¾ O ambulante é um novo agente no mercado que não possui um lugar fixo para o negócio,
deslocando-se a áreas de produção obtendo ali produtos para a posterior revenda nos
centros populacionais.
16
Baseado em MINISTÉRIO DA AGRICULTURA (1990).
24
CAPÍTULO IV
APRESENTAÇÃO DO CASO
O distrito de Matutuíne possui a sua sede na vila de Bela Vista e está dividido em cinco
postos administrativos (Bela Vista ou Missevene, Catembe Nsime, Catuane, Machangulo e
Zitundo), que abrangem doze localidades (Madjuva, Missevene/Bela Vista-Sede, Salamanga,
Tinonganine, Mungazine, Nsime, Phazuimane, Manhangane, Ndelane, Nhonguane, Manhoca,
Zitundo-Sede). 18
17
Ver Anexo 3-Figura 1.
18
MAE (2005).
19
Idem.
20
Idem.
25
maior potencial em termos de contribuição para o sustento e economia do distrito numa área
estimada em 16000 hectares (MAE, 2005). Esta cultura é praticada e tem potencial de
desenvolver-se em grande escala nas localidades de Salamanga e Tinonganine (Posto
Administrativo de Bela Vista), principalmente nos povoados de Matsolo, Makassane,
Massohane, Caiado, Mudada, Santaca e Machia; e, nos lagos e locais húmidos situados no Posto
Administrativo de Zitundo. Paralelamente ao arroz, e nas mesmas condições, o distrito possui um
enorme potencial de produzir milho (Postos Administrativos de Zitundo, Catuane, Bela Vista e
Catembe Nsime) e hortícolas diversas (ex.: repolho, tomate, cebola, couve, alface, feijões, entre
outras.), sobretudo nas margens do rio Maputo e outros que atravessam o distrito.
Para além da cultura do arroz, milho e hortícolas o distrito produz o ananás, uma cultura
de regime sequeiro, cujo fomento é promoção recente pela Direcção Distrital de Agricultura
local que instalou pomares e controla cerca de 37.000 pés num programa que beneficia
simultaneamente privados, sector familiar disperso (camponeses) e centros escolares nos locais
do Posto Administrativo de Catembe Nsime (um privado com uma área de 5 hectares), Posto
Administrativo de Zitundo (outro empreendimento privado e comunidades de Gala) e Posto
Administrativo de Bela Vista (Centros Internato da Escola Secundária de Mabilibili e Escola
Primária Completa Missão Roque) 21 .
21
FDC (2006).
26
momento a ser objecto de fomento pelos serviços de agricultura no âmbito da introdução de
culturas resistentes à seca/estiagem. 22
A criação de gado (bovino e caprino) é a segunda maior actividade com maior potencial
para contribuir na economia do distrito. Segundo relatos sobre a história socioeconómica local,
Matutuíne foi um dos grandes criadores de gado no tempo colonial chegando a atingir efectivos
de mais 65.000 cabeças de gado bovino, número que foi diminuindo ao longo do tempo,
sobretudo devido à guerra, atingindo actualmente efectivos estimados em aproximadamente
13.000 cabeças de gado bovino (FDC, 2006).
A pequena indústria local (pesca, carpintaria, carvão, lenha e artesanato), a venda de sura
e o comércio com a África do Sul têm-se desenvolvido e surgem como alternativa imediata à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade (MAE, 2005).
22
FDC (2006).
23
Idem.
27
Os camponeses inquiridos apontam como principais factores que condicionam a
comercialização agrícola no distrito de Matutuíne o estado deficitário das estradas, armazenagem
deficitária, crédito, preços e acesso a insumos (Vide anexo 5: Tabela 7).
Fonte: Tabela 4
24
FDC (2006).
28
adquire os produtos na fonte, transportando com os seus próprios meios, como tem acontecido
com o arroz produzido em Makassane 25 .
25
FDC (2006).
29
De acordo com FDC (2006) o distrito de Matutuíne debate-se com falta de transporte,
tanto para passageiros como para mercadorias. Para o transporte de passageiros, existe um
sistema baseado na frota de mini-autocarros (capacidade máxima de 30) que fazem a ligação
Catembe (Ponte) – Matutuíne (Salamanga) e vice-versa; Catembe (Ponte) – Ponta d’Ouro (Posto
Administrativo de Zitundo) e vice-versa; Boane – Matutuíne (Salamanga); Bela Vista – ESG de
Mabilibili e Catuane – Boane. Os restantes percursos e/ou destinos são assegurados por viaturas
caixa abertas e não destinadas ao transporte de passageiros, cujos proprietários adquiriram-nas na
África de Sul, que as usam para transportar passageiros.
30
5. Apresentação e Discussão dos resultados da Pesquisa
Uma das implicações do referido no parágrafo acima é que o estado das estradas do
distrito de Matutuíne faz com que não exista um segmento de transporte especializado para os
produtos agrícolas que são comercializados, quer no mercado local, ou fora do Distrito. Portanto,
como resultado de falta de transportadores de carga agrícola os camponeses tendem a recorrer a
meios de transporte não eficientes, conforme ilustra a Tabela 3 abaixo apresentada.
Da Tabela 3 se depreende que raras vezes os camponeses (84,1%) usam o carro, 10,1%
dos camponeses usam a bicicleta e todos eles quase sempre usam o transporte à cabeça. Há que
realçar que nenhum dos camponeses entrevistados possui carro próprio, o que significa que os
carros que das poucas vezes conseguem para escoar os seus excedentes são carros alugados.
31
As constatações do parágrafo acima sugerem que a sazonalidade na disponibilidade de
transporte não permite que estes possam escoar boa parte dos seus excedentes, uma vez que os
meios alternativos não têm capacidade de transportar uma grande parte dos excedentes. Esta
constatação tem implicações sobre aquilo que é o destino dos excedentes que estes não
conseguem transportar, uma vez que os camponeses não possuem sistema de armazenagem que
permita que os produtos possam ser conservados para posterior venda. Isto significa que em
todas as campanhas agrícolas há sempre excedentes que se estragam.
Por outro lado, exceptuando o transporte de passageiros e as carrinhas que por vezes
alugam-se, os outros meios por eles utilizados não permitem chegar aos outros mercados mais
distantes, como os mercados da cidade de Maputo e nem em mercados dos distritos vizinhos e
consequentemente os camponeses ficam sem muitas alternativas de mercados para a venda dos
26
Devido a sua dupla função de transportar passageiros e cargas agrícolas.
27
Serviço Distrital das Actividades Económicas de Matutuíne.
28
exceptuando os camponeses da Associação Makassane que se encontram próximos da terminal dos autocarros
(Salamanga).
32
seus excedentes, sendo o mercado local a única alternativa. Por seu turno, o mercado local não
consegue absorver toda a produção programada para a venda numa determinada campanha
agrícola, conforme responderam os camponeses entrevistados (Vide anexo 5: Tabela 7). Este
cenário é confirmado pelo estudo realizado pela FDC (2006) e pela ONG- “Asas Que Curam”
que também produz produtos agrícolas para venda. Isto significa que no distrito de Matutuíne
devido ao estado das estradas, os custos de expansão dos mercados são altos. 29
Uma outra implicação dos elevados custos operacionais é como foi referido no inicio da
presente secção, a elevação dos custos de transporte suportados pelos camponeses e pelos
compradores.
Fonte: Tabela 7
29
Este cenário lembra o postulado teórico apresentado no capítulo 2, que diz que as infra-estruturas no seu conjunto
são vitais para a redução de custos de expansão dos mercados, viabilizando as actividades económicas e elevando o
bem-estar.
33
dados sugerem que a principal causa dos elevados custos de transporte é o estado deficitário das
estradas.
Por seu turno, mantendo tudo o resto constante, altos custos de transporte têm um
impacto negativo sobre os lucros do camponês, pois altos custos de transporte elevam os custos
totais de produção. Por outro lado, altos custos transporte representam uma barreira para a vinda
de novos compradores ao distrito (Vide anexo 5: Tabela 7). Isto significa que os custos de
transportes no Distrito de Matutuíne têm criado uma situação de monopsónio no distrito de
Matutuíne, ou seja, de acordo com 69 camponeses entrevistados, por vezes só aparece um único
comprador dos seus excedentes e em tais circunstâncias o tal comprador pede sempre uma
redução do preço, alegando ter suportado altos custos transporte para chegar até a fonte dos
produtos e assim os camponeses por falta de alternativas acabam aceitando porque caso não
aceitem, seria o mesmo que aceitar correr o risco de assistir os seus produtos deteriorando-se por
falta de compradores.
Uma implicação final dos altos custos de transporte é que estes reduzem a
competitividade dos produtos comercializados pelos camponeses, pois os custos de transporte
têm grande impacto sobre o custo global de produção 30 . Esta situação no caso do distrito de
Matutuíne segundo os camponeses entrevistados torna-se mais evidente em feiras que participam
fora do distrito, onde os seus produtos têm se mostrado menos competitivos em relação aos dos
outros produtores (Vide anexo 5: Tabela 7). Portanto, embora os dados sugiram que a principal
causa dos elevados custos de transporte seja o estado das estradas e o sugerido pelo modelo de
Von Thünen se verifique parcialmente, é consual (modelo de Von Thünen vs argumento que
defende que o estado das estradas é que eleva os custos de transporte) que os custos de transporte
têm impacto negativo na comercialização agrícola.
Em suma, pode-se dizer que o estado das vias de acesso dificulta o processo de
comercialização na medida em que põe em causa a acessibilidade de muitas zonas produtoras,
fazendo com que camponeses percorram longas distâncias a pé levando consigo uma parte
insignificante daquilo que produzem. Por outro lado, o estado das vias dificulta o processo de
30
A verificação desta hipótese foi constatada anteriormente no capitulo 2, onde notou-se que Brasil produzia a um
custo mais baixo em relação aos EUA, mas, como os EUA tinham uma infra-estrutura de transporte moderna e em
bom estado, conseguiam ter o custo global de produção mais baixo do que o do Brasil que possuía infra-estrutura de
transporte em estado precário.
34
comercialização agrícola por via dos custos operacionais dos veículos que por sua vez afectam os
custos de transporte que devem ser suportados pelos utentes deste serviço, camponeses ou
compradores, o que acaba originando uma situação de monopsónio e redução da competitividade
dos produtos agrícolas do distrito de Matutuíne.
5.1. Medidas tomadas pelo Governo local com vista a melhorar os índices de
comercialização agrícola e resultados esperados das mesmas
Por outro lado, na área de estradas estão em obra duas estradas de superfície terraplanada
que tem vista ligar duas zonas produtoras com os mercados locais, sendo nomeadamente,
Salamanga-Tchia-Paratane 31 (18,4 Km) que ainda está em obra, tendo iniciado em 2009;
Lihundo-Massohane (14,8 Km), em obra, mas actualmente parada, tendo também iniciado em
2009. 32
Segundo a maioria dos camponeses entrevistados a primeira medida não está sortir
efeitos desejados, ou seja, não está trazendo resultados que se esperavam, dada a escassez da
procura interna, assim como de fora do distrito, sendo a principal causa desta última o péssimo
estado das estradas que ligam o distrito com outros distritos ou cidade de Maputo. Ainda
segundo os camponeses inquiridos, mesmo o transporte disponibilizado não é suficiente para
todos eles.
A segunda medida também não é sustentável, porque a questão não é resolver apenas os
problemas das estradas que permitem a integração intra-distrital, dado estar comprovado que o
mercado local não absorve toda a produção programa para a venda. Seria sustentável se a
construção destas estradas fosse acompanhada pelo melhoramento (dando mais ênfase a questão
de pavimentação) das estradas que ligam o distrito com os outros mercados de Maputo província
(Bela-Vista-Boane) ou Maputo cidade (Bela-Vista-Catembe), porque melhorando estas estradas
31
Liga os produtores da associação Matchia e Tchia com Salamanga.
32
Dados fornecidos Direcção distrital das Obras Públicas do distrito de Matutuíne.
35
teríamos um aumento significativo da procura pelos produtos do distrito de Matutuíne resultante
da redução dos custos de transacção. Isto significa que haveria facilidade de os camponeses
poderem escoar os seus excedentes e de vinda de novos compradores ao distrito.
36
CAPÍTULO V
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
6.1. Conclusões
No entanto, tendo em conta os resultados encontrados rejeita-se a H2, pois estes sugerem
que o estado das estradas cria sazonalidade na disponibilidade de transporte, originando
isolamento de muitas zonas produtoras com os mercados consumidores e tal situação se agrava
em períodos chuvosos, dado que a maior parte das estradas do distrito de Matutuíne é de
superfície terraplanada. Como forma de fazer face à falta de transporte os camponeses acabam
usando meios alternativos (transporte a cabeça e bicicleta) no escoamento dos seus excedentes e
tais meios em contrapartida não são eficientes, pois não permitem escoar boa parte do que é
produzido até aos mercados. Por outro lado, o mercado local não absorve toda a produção
programada para a venda numa determina campanha agrícola, numa situação em que
armazenagem é também deficitária .Portanto, isto significa que muitos excedentes estragam-se
em quase todas as campanhas agrícolas.
37
poder de negociação do preço, aceitando preços baixos, dado que nestas circunstâncias os
compradores procuram sempre pressionar a redução do preço, alegando que os custos de
transporte que se suportam até a fonte dos produtos foram altos.
Contudo, por via dos mecanismos acima descritos, aceita-se a H1 de que o estado das
estradas do distrito de Matutuíne tem impacto negativo na comercialização agrícola. Há que
realçar que existem outros factores que afectam a comercialização agrícola, mas, o modelo de
análise do presente estudo considerou apenas as estradas, mantendo constante os diversos
factores.
6.2. Recomendações
Como forma de promover e aumentar a produção e comercialização agrícola no distrito
de Matutuíne, tendo em conta os resultados obtidos, o presente trabalho recomenda o seguinte:
• Que sejam melhoradas as estradas existentes e construídas mais estradas que interligam
os diversos centros produtores com os mercados consumidores, ou seja, construir e fazer
manutenção das estradas que ligam as machambas dos camponeses com os mercados os
principais mercados;
Um outro aspecto que limitou a pesquisa, é o estado deficitário das vias de acesso do
distrito de Matutuíne, facto dificultou a recolha de dados durante a pesquisa, ou seja, este factor
impossibilitou a inclusão de mais associações na amostra.
38
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENITEZ, Rogério Martin (1999). A infra-estrutura, sua relação com a produtividade total dos
factores e seu reflexo sobre o produto regional. Planeamento e Políticas Públicas.
FDC (2006). Análise Situacional do Distrito de Matutuíne. Maputo: Kula, Estudos e Pesquisas
Aplicadas, Outubro de 2006.
GIL, António Carlos (1999). Métodos e Técnicas de pesquisa Social. 5ª edição. São Paulo: Atlas.
39
GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2006)- Estratégia da Comercialização Agrícola para 2006-
2009 (ECAII). Conselho de Ministros, 11ª Sessão Ordinária. Maio de 2006.
GOVERNO DE MOÇAMBIQUE (2008)- Plano Económico e Social para 2009 (PES). Maputo,
Dezembro de 2008.
40
NOGUEIRA, M. Chalella et al (sd). Impacto da logística na competitividade agrícola do Mato
Grosso.
PENHA, Alexandre (sd). A localização das EBTS frente às teorias tradicionais de localização e
modelos de aglomeração nos anos 80. Universidade Federal Juiz de Fora, in Centro de Pesquisas
Estratégicas Paulino Soares de Sousa.
SIMA (2002). Expectativas dos Comerciantes Rurais de Pequena Escala no Norte e Centro de
Moçambique. MADER-Direcção de Economia. Maio de 2002
Website
41
I ANEXOS
Anexo 1-Tabela 4: Rede de Estradas na Província de Maputo e no País, 2004, 2005, 2006
Ano 2004 2005 2006
2-Por tipo de
Superfície 1539 28463 1758 34332 1759 34332
Estradas não
Classificadas 67 3124 163 4990 163 4990
Fonte: Adaptada do Anuário Estatístico, 2004, 2005, 2006
42
Anexo 3- Figura 1: Mapa da Província de Maputo
LOCALIZAÇÃO DO DISTRITO DE MATUTUÍNE
43
Anexo 4-Tabela 6: Principais culturas produzidas e comercializadas no distrito de
Matutuíne, 2010
44
Anexo 5- Tabela 7: Resumo das respostas dadas pelos camponeses entrevistados, Matutuíne-2010
Estado das vias BOM (1) 0
PÉSSIMO (2) 69
Disponibilidade de transporte Sim (1) 7
Não (2) 62
Factores que oneram o custo de transporte Estado deficitário das Estradas 43
Distância do Mercado 5
Estado deficitário das Estradas e Distancia 21
do Mercado
Infra-estruturas de transporte disponível (4) 69
(física e serviços)
Acesso a insumos (3) 57
Factores que condicionam a comercialização
Crédito (4) 63
agrícola
Armazenagem deficitária (4) 69
Acesso a informação -
Preços (4) 63
Impacto dos custos de transporte na Reduz o excedente do produtor e criam 69
comercialização barreiras para a vinda de novos
compradores
Meios Alternativos Carro pessoal 0
Carro Alugado 58
Uso bicicleta 7
Carrego na cabeça 69
Consegue escoar todos excedentes Na bicicleta: Sim=0
Não=7
Na cabeça: Sim=0
Não=69
Nível de procura no mercado local Forte 0
Fraco 69
Locais alternativos para a venda Cidade de Maputo 65
Boane 52
Já vendeu em feiras? SIM (1) 69
NÃO (2) 0
45
Anexo 6- Guião de Entrevista aos Camponeses
FACULDADE DE ECONOMIA
LICENCIATURA EM ECONOMIA
1. O que acha do estado das estradas usadas no escoamento dos excedentes agrícolas do distrito
de Matutuíne? (Coloque um Tick)
Bom (1) Péssimo (2)
2. O estado das estradas permite que haja disponibilidade de transporte para escoar excedentes
de produção? (Coloque um Tick)
SIM (1) NÃO (2)
4. Com que frequência usa o(s) meio(s) que seleccionou em 3? (Coloque um Tick) Legenda: 1-
Quase sempre; 2- Muitas vezes; 3-Raras vezes; 4-Praticamente nunca.
a) Carro ( )
b) bicicleta ( )
c) Outros (especificar) ( )
5. Caso não use carro, será que com os outros meios acima indicados consegue escoar todos
os excedentes programados para a venda numa determinada campanha agrícola? (Coloque
um Tick)
SIM (1) NÃO (2)
46
8. Na sua opinião, o que mais onera a composição dos custos de Transporte? (Coloque um
Tick) Legenda: 1-Sem importância; 2-Pouco Importante; 3-Importante; 4-Muito
Importante
b) Peso da carga ( )
9. Qual acha que seja o impacto dos custos de transporte na comercialização agrícola?
Legenda: 1-Concordo firmemente, 2-Tendo a concordar, 3- Tendo a discordar, 4-
Discordo firmemente
d) Nenhum ( )
10. Será que o mercado local consegue absorver toda produção programada para a
comercialização numa determinada campanha agrícola? (Coloque umTick)
11. Se respondeu NÃO, em que mercados alternativos tem comercializado os seus excedentes
e com que frequência?
47
13. Se respondeu SIM, onde?
14. Nas feiras que já participou fora do distrito, o que constatou quanto à competitividade dos
seus produtos face aos dos concorrentes?
a) Os meus produtos são menos competitivos devido aos elevados custos de transporte ( )
c) Os meus produtos são mais competitivos quer em termos do preço, assim como da qualidade
()
b) Acesso a insumos ( )
c) Crédito ( )
d) Armazenagem deficitária ( )
e) Acesso a informação ( )
f) Preços ( )
16. Comentários:
48
Anexo 7- Guião de Entrevista ao Serviço Distrital das Actividades Económicas de
Matutuíne
FACULDADE DE ECONOMIA
LICENCIATURA EM ECONOMIA
1. O que acha do estado das estradas usadas no escoamento dos excedentes agrícolas do distrito
de Matutuíne? (Coloque um Tick)
Bom (1) Péssimo (2)
2. O estado das estradas permite que haja disponibilidade de transporte para escoar excedentes de
produção? (Coloque um Tick)
SIM (1) NÃO (2)
b) Peso da carga ( )
49
d) Distância em relação ao fornecedor de insumos ( )
10. O que está sendo feito a nível do distrito para resolver os problemas ligados a
comercialização agrícola?
12. Comentários:
50
Anexo 8- Guião de Entrevista à direcção distrital das obras Públicas
FACULDADE DE ECONOMIA
LICENCIATURA EM ECONOMIA
1. Pode me disponibilizar a lista das principais estradas que ligam as zonas com potencial
agrícola com a vila de Bela-Vista e sua classificação?
2. Qual é o estado das estradas que ligam o distrito com Catembe e outros e distritos?
3. Existe algum projecto para a pavimentação das estradas que ligam as zonas produtoras e
para as que ligam o distrito de Matutuíne com outros distritos?
5. Existe alguma obra em curso para a abertura de estradas para as zonas com potencial
agrícola?
7. Comentários:
51