TCC - Cesar Dias Parentee
TCC - Cesar Dias Parentee
TCC - Cesar Dias Parentee
1.1 JUSTIFICATIVA
Do notório avanço tecnológico, até a elevada procura por embarcações de
conforto e segurança, motiva o mercado a direcionar maiores estudos e
investimentos a área. Segundo Moura e Botter (2010) a latente demanda por
embarcações gera não só a criação de novos modelos como também a
modernização de seus objetos de luxo, sendo essencial utilizar-se da criatividade
para melhorar métodos, assim como lançar novos produtos no mercado visando
adaptar-se às mudanças referente a tecnologia empregada no processo.
Logo, o projeto almeja alcançar a melhoria na direção da embarcação de
competição do Instituto Federal de Santa Catarina, utilizando das tecnologias
eletrônicas já existentes em mercado, desta forma criando um circuito eletrônico
microcontrolado.
Fonte: Autor.
2 OBJETIVOS
3.1.1 MOTOR DC
3.2.1 POTENCIÔMETRO
3.2.2 ENCODER
3.3 MICROCONTROLADORES
Fonte: www.arduino.cc
3.5 PONTE H
Há diversas soluções quanto ao controle do motor DC, a ponto H por sua vez
é a mais rotineiramente utilizada, já que realiza o controle de velocidade e de sentido
de giro.
A topologia do circuito tem como origem do nome, pois quando montado
lembra a letra H, como observa-se na figura 22 (SOUZA, 2010).
Figura 22 – Ponte H
Observando a Figura 22, nota-se que a topologia trabalha com quatro chaves,
podendo ser eletromecânicas (relê) ou eletrônicas, como os MOSFETs, transistores
bipolares e TRIACs. Com a atuação de um par de chaves, gera uma tensão nos
polos do motor, assim acionando o mesmo. Quando as chaves S1 e S4 estão
acionadas, o motor desloca seu eixo para um sentido e quando S2 e S3 são
acionadas, o motor desloca para o sentido oposto. Com essa configuração obtém-se
a inversão do motor quando necessário e o controle de velocidade aplicando em
uma das chaves do par acionado a modulação PWM.
4. METODOLOGIA
Fonte: Autor
Fonte: Autor
O conjugado (também chamado torque, momento ou binário) é a medida do
esforço necessário para girar o eixo do leme propulsor. Na prática verificou-se que,
com um processo muito utilizado em poços, conforme mostra à figura 25, a força
aplicada na manivela F depende do comprimento E da base da manivela. Quanto
maior a base, menor será a força necessária ne mesma. Dobrando o tamanho E da
base, a força necessária F será à metade (WEG, 2016).
Figura 25 – Exemplo de um poço.
Para calcular o torque produzido no eixo usa por definição que C = F . r , onde
C é o conjugado (torque) em N.m, F é força em Newtons e R é o raio da polia.
Fonte: Autor
O tempo total que o conjunto terá que se movimentar de um lado para o outro,
destaca-se como um ponto a ser analisado, já que idealiza ter um menor tempo
possível. Contudo , quando se precisa de um tempo menor, tem que ter um atuador
eletromecânico com uma potência elevada.
Fonte: Autor
Motor BOSCH, porém não possuía muitas informações do mesmo, com isso
realizou-se testes com eixo livre, verificando uma rotação de 70 RPM e com o motor
com o eixo trancado, chegou a uma corrente de alimentação em 38 Amperes. Com
essas informações procurou-se um datasheet mais próximo possível, como mostra a
figura 27.
Fonte: https://www.casaferreira.com.br/index.php/motores-bosch/motor-
bosch-cep-9-390-453-042-12v-75rpm.html.
Fonte: Autor
Sob a ótica da atuação do leme, a tecnologia dos servomotores nos deu uma
indicação de quais componentes poderiam ser utilizados, uma vez que são
compostos por atuador, sensor de ângulo e microcontrolador, conforme ilustra a
figura 29.
FIGURA 29 – Partes de um servo motor
Fonte: https://www.tecnis.pt/compra/potenciometro-linear-duplo-blindado-
5k%CF%89-3438.
Fonte: Autor
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: http://digistump.com
Fonte: http://arduinoecia.com.br.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Sob a ótica do problema, quando havia uma atuação da ponte H no motor
para um sentido de giro, o motor girava normalmente, porém quando era acionada
para o sentido oposto, a ponte H aquecia muito, e o motor gerava um barulho
diferente e pouca força. A ponte H, quando tinha uma atuação em um sentido estava
mandando energia tanto negativa quanto positiva, e fazia com que o motor não
girasse adequadamente. O problema mais facilmente visível com o osciloscópio,
como na figura 39 e figura 40.
FIGURA 39 – Sinal de saída da ponte H com defeito.
Fonte: Autor.
FIGURA 40– Sinal de saída da ponte H em funcionamento normal.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Frente ao exposto, foram observadas problemáticas a serem sanadas, sendo
ela a distância da comunicação I2C ficou em 7 metros, desafiando a literatura que
aponta sua maior distancia em 1 metro. Logo, houve a necessidade de iniciar um
novo projeto, com uma comunicação que se adequasse ao projeto.
Após o problema, resolveu gerar um projeto novo com outro modelo de
comunicação.
Fonte: Autor.
Fonte: www.baudaeletronica.com.br.
A Figura 45 representa o esquema elétrico composto do modulo da popa.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Para atuação do motor DC, o modulo de ponte H utilizado tem seu modelo
conhecido como IBT_2, que compõe de dois drivers BTS7960, sendo cada um
responsável por metade da ponte H. A figura 47 ilustra o real modulo utilizado.
Fonte: Autor.
7 – VCC –VCC 5 v
8 – Ground – Ground
FIGURA 48 – Esquema eletrico ponte H IBT_2
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
A programação foi gerada com possibilidades de ajustes, sendo da potência
do motor e ângulos do conjunto de leme e propulsor. Com possibilidades de
verificações de possíveis erros, retratados através da porta de comunicação serial
do microcontrolador (USB).
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
A Figura 52 mostra o diagrama de blocos do sistema.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Inicialmente a programação verifica se o modulo CAN, do modelo MCP2515,
esta inicializando normalmente, caso não, gera uma nova tentativa, até realizar a
conexão.
Determinou-se que o pino A2 é o pino de entrada do sensor acoplado
mecanicamente ao eixo do volante do piloto. A programação realiza uma media de
10 amostras, como o estipulado na programação através da variável “Nmedia”.
Com o valor médio do sensor, o próximo passo se da no mapeamento
proporcional do valor, que vai de 0 a 1022 para o valor entre 0 a 255. Para enviar a
informação para o modulo da popa, manda-se através do modulo CAN o valor
calculado somado ao ID do mesmo, sendo o ID em hexadecimal e seu valor de
0x60.
Ao final a programação recebe informações do microcontrolador da popa,
caso a mesma mande informação de erro. Em primeira partida, a programação não
está fazendo uso, pois não foi criado sistema de verificação de defeito.
A programação nos proporciona ajustes de direção, pelo fato de possuir um
mapeamento proporcional do sensor. Esse ajuste se dá na alteração inicial e final da
variável adquirida do sensor. Observa-se na Figura 54 o modo de escrita da
programação, sendo “varialvel de saída” a variável do que resultará o mapeamento,
“variável” é a variável de valor do sensor, “A” valor inicial do mapeamento, onde irá
alterar o ângulo inicial de atuação do sensor, “B” valor final do mapeamento, essa
alteração mudará o ângulo final no sensor, “C” e “D” são as variáveis fixas do valor
de saída, que sempre serão no intervalo entre 0 a 255.
Para ter uma proporção de ângulo por valor da variável, calcula-se:
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#$ %$& "
' (
'
')(
+1 $!- % %,%$"/
+&$" % %,%$"/
')(
+&$" % %,%$"/ 3
• Encontrar valor para o fim de curso
+&$" - 0 $/
+1 $!- 4% $"/
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+1 $!- 4% $"/ 2(
+1 $!- 4% $"/
+&$" 4% $"/ ' *5 6
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+&$" 4% $"/ ' * 3
+&$" 4% $"/ 2
Fonte: Autor.
Outro ajuste importante consistiu em centralização da direção, caso a direção
fique mecanicamente fora de ângulo com o sensor. O ajuste se dá na mudança de
posição do intervalo.
Pode-se exemplificar caso a direção esteja com 10° de erro, e seu curso
máximo de 180°, como se observa na figura 55.
Fonte: Autor.
O intervalo de 180° foi calculado anteriormente, tendo um valor inicial em 173
e o valor final em 851. Como há um problema de centralização em 10°, realiza-se a
mudança de início e fim de curso, encontrando o valor referente a 10°.
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#$ %$& "
!"
#$ %$& "
(
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')(
#$ %$& " 3
Calcula-se que 10° é igual a 38 pontos da variável, com isso subtrai do valor
inicial e do valor final.
+&$" % %,%$"/ 3*3
+&$" % %,%$"/ 32
+&$" 4% $"/ 2 *3
+&$" 4% $"/ 3
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Não podendo esquecer a fragilidade que um conector poderá gerar na
comunicação, optou pela escolha de um modelo resistente ao ambiente, sendo de
comum utilização em automóveis, tem seu nome conhecido como Superseal, na
figura 60 analisa-se que o mesmo possui uma vedação mais adequada.
FIGURA 60 – Conector Superseal
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
As conexões dos sensores com seus respectivos módulos constituem em
cabos de 3 vias e flexível. Para uma possível substituição, ou uma necessária
desconexão entre os módulos com seus respectivos sensores, utilizou-se conectores
de mesmo modelo utilizado no barramento CAN, com a diferença de ser somente 3
vias, como mostra a figura 62. O fio de cor preta, utilizado como referência, fio da cor
vermelha, alimentação 12 volts e a de cor amarela, sinal analógico do sensor.
Fonte : Autor
Fonte : Autor
Para não ter problema com as placas, módulo de microcontrolador e módulo
da rede CAN, por estar no ambiente hostil, empregou-se um material em resina
silicone bi componente transparente, ou seja, resina cristal de cura á temperatura
ambiente. A mesma possui uma boa rigidez e flexibilidade, protegendo as placas de
circuito impresso contra umidade e calor externo, além de fixar os componentes,
inibindo a ação de vibrações, diminuindo a probabilidade de problema com soldas e
conexões. Para a utilização da resina na placa, decidiu-se colocar os módulos dentro
de caixas herméticas de tamanho, 14 centímetros de profundidade por 10
centímetros largura e altura de 10 centímetros, como se verifica na figura 64.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
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9 : 9'
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9 : 9'
9'
9 : 9' 2
2
9 : 9' 3 9'
9 ' 9'
Onde:
Vin = Tensão da bateria (volts)
Vout = Tensão de entrada do pino analógico para digital (volts)
R1 = Resistor ( )
R2 = Resistor ( )
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
6. RESULTADO
No ano de 2015 a equipe foi campeã da categoria livre e nos anos de 2015,
2016, 2017 e agora em 2018 recebeu o prêmio Fernando Amorim de Inovação, por
apresentar projetos inovadores, sendo uma das poucas equipes a desenvolver suas
próprias soluções ao invés de utilizar equipamentos comerciais, onde 100% dos
elementos eletrônicos utilizados na embarcação são desenvolvidos pela equipe. A
figura 70 mostra a equipe durante o DSB.
FIGURA 70 – Equipe Zênite no DSB 2018
Os testes deram uma notória melhora na direção, sendo ela leve, traz ao
piloto uma facilidade e agilidade na direção. Podendo manter somente uma das
mãos na direção, o piloto poderá utilizar a outra no painel de controle, com isso
facilitando na mudança de velocidade da embarcação, acionamento das bombas e
entre outras funções existentes, melhor observados na figura 73. Outro ponto de
melhoria, comparada com a antiga direção utilizada, é a não presença de folga da
direção, desta forma aumentando a precisão e conforto na navegação. Na figura 74,
evidencia-se o piloto navegando com a embarcação Zênite Solar somente com uma
das mãos na direção, tendo a outra totalmente livre.
Após todos os testes, tanto à seco quando em água, o projeto estava pronto e
adaptado a embarcação. Logo, só restava a prova real no DSB- 2018, durante a
estadia no desafio a embarcação ficou em segundo lugar, com um tempo final de
prova de 4 horas 58 minutos e 8 segundos. Além de ser vice campeão a
embarcação alcançou o Prêmio Fernando Amorim – Melhor projeto de Inovação,
através do projeto de Direção Eletrônica discorrido no presente estudo, abaixo a
figura 75 demonstra esta conquista.
Fonte: Autor.
6.2 UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE SENSORIAMENTO NO PROTÓTIPO
NÁUTICO ZÊNITE SOLAR
Fonte: Autor.
Gráfico foi gerado com 30.361 medições, sendo que a cada segundo obtém-
se 46 medições em média, com isso tem-se um tempo total de 11 minutos. O
traçado de cor verde é referente à corrente do motor DC, onde mostra uma utilização
da direção nas medições entre 10.351 até 17.941, dando um tempo de 2 minutos e
45 segundos, com o resto do tempo a direção ficou sem atuação no motor DC.
Alcançou pico de corrente no motor de em média 22 Amperes.
Para calcular a corrente de pico no motor, primeiramente retira-se do gráfico o
valor, sendo ele 888 pontos. Retira-se 512 pontos, pois o valor que o sensor nos dá
é tento referente a corrente positiva quanto negativa, então assim restando um valor
de 376 pontos, cada um Ampere equivale a 17 pontos, chegando em um máximo de
22,11 Amperes de pico no motor.
O calculo de tensão da bateria se dá que o valor de 18 Volts representaria no
gráfico 1024 pontos, sendo ele o máximo possível medido através do modulo de
sensoriamento, retirando do gráfico um valor médio de 690 pontos, chega-se em um
valor de 12,13 Volts.
Para obtenção da temperatura, utilizou-se o calculo pré-existente para
utilização do sensor LM35, sendo ele:
7 -2
8
'3 ;
$7! $
Fonte: Autor.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
LIMA, Charles Borges de; VILLAÇA, Marco V. M.. AVR E ARDUINO: TÉCNICAS DE
PROJETO. 2. ed. Florianópolis: Ed. dos Autores, 2012. 632 p.