4-Monografia - Referencial Teórico3.Docx - Documentos Google
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4. Referencial teórico
Legislação Ambiental
- O CAR e o PRA (quando existente) são pré-requisitos para acesso à emissão das
Cotas de Reserva Ambiental (CRAs) e aos benefícios previstos nos Programas de
Regularização Ambiental – PRA e de Apoio e Incentivo à Preservação e
Recuperação do Meio Ambiente, ambos definidos pela Lei 12.651/12. Dentre os
benefícios desses programas pode-se citar:
● possibilidade de regularização das APP e/ou Reserva Legal que possuam vegetação
natural suprimida ou alterada até 22/07/2008 no imóvel rural, sem autuação por
infração administrativa ou crime ambiental;
Licenciamentos
Normas e certificações
Assim como no meio urbano, a gestão do meio ambiente rural deve extrapolar
os limites da propriedade, uma vez que o meio ambiente é um contínuo e os fatores
se comunicam e se interferem intensamente. Os já conhecidos impactos que a
agricultura tradicional apresenta, associada à emergência de atividades alternativas
não agrícolas da terra, levam às profundas alterações socioeconômicas e
ambientais, promovendo tanto perspectivas quanto ameaças ao desenvolvimento
local sustentável. Para um melhor planejamento dessas mudanças e
assessoramento dos produtores rurais e tomadores de decisão quanto às melhores
opções de práticas, atividades e formas de manejo a serem implementadas, torna-se
necessário inicialmente conhecer o histórico e cultura da região, as atividades
praticadas, a forma de manejo destas atividades e as suas razões e obviamente, o
impacto (negativo ou não) destas ações neste ambiente. (Rodrigues e Campanhola,
2003). Só assim será possível definir e planejar novas ações visando a melhoria do
meio físico, biológico, econômico e social do local em questão.
sofrem padrões diferentes de uso humano, até os que apresentam forte impacto da
ação e gestão humana.
Impacto Ambiental
4.2.1.4. Poluição
Poluição do ar
ocorre também pela decomposição anaeróbica de lixo, quando estes não são
depositados e tratados adequadamente, ou o gás não é aproveitado.
Segundo Vollet (2002), citado por Carvalho et al. (2006) o território é um lugar
construído pelo grupo social que identifica, no seu espaço físico de vida, uma
particularidade que lhes garante a produção de bens com características únicas.
Território, para o autor, “é um espaço de coordenação dos atores que em um dado
momento resolve um problema produtivo específico”.
“Imóvel Rural - o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua
localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola,
pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial.”
importante tanto para fins tributários de incidência de IPTU ou ITR, como para fins
de desapropriação e pagamento da indenização em metro quadrado ou hectare
(Chacpe, 2011).
A Federal no 8.171/91 sobre a Política Agrícola, em seu art. 1º, Parágrafo único,
conceitua “atividade agrícola” como:
III - como atividade econômica, a agricultura deve proporcionar, aos que a ela se
dediquem, rentabilidade compatível com a de outros setores da economia;
Agroecologia
Agricultura orgânica
1. O cultivo orgânico utiliza uma média de 30 por cento menos energia fóssil;
conserva mais água no solo; induz menos erosão; mantém a qualidade do
solo e conserva mais recursos biológicos do que a agricultura convencional.
A partir de meados dos anos 80, com a emergência cada vez maior das
dinâmicas geradoras de atividades rurais não agrícolas, e da pluriatividade no
interior das famílias rurais, observa-se uma nova conformação do meio rural
brasileiro, a exemplo do que já ocorre há tempos nos países desenvolvidos. Esse
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"Novo Rural" como vem o temos denominado, pode ser também resumido em três
grandes grupos de atividades:
O termo "novas" foi colocado entre aspas porque muitas dessas atividades,
na verdade, são seculares no país, mas não tinham até recentemente importância
econômica. Tal valorização também ocorre com as atividades rurais não agrícolas
derivadas da crescente urbanização do meio rural e, assim, crescente necessidade
de preservação do meio ambiente.
“...ser agricultor no limiar do século XXI guarda muito pouca relação com o que
significava a mesma opção duas ou mais gerações atrás. As implicações para a
forma de condução da vida eram muito mais rígidas do que hoje. Se, antes, ser
agricultor implicava uma opção por maior isolamento e pelo não acesso a certos
confortos tido como típicos da vida urbana, esta é uma restrição que pesa cada
vez menos nos tempos atuais. Se antes bastavam os conhecimentos relativos às
lidas com a terra, transmitidos informalmente de uma à outra geração, hoje é
necessário crescentemente mobilizar mais e novos recursos, introduzir técnicas de
produção e gestão e obter acesso a mercados que demandam novas
habilidades.”(Favareto, 2009)
•de regulação: os que afetam clima; proteção contra doenças; enchentes secas,
proteção contra degradação do solo ou erosão; manutenção da qualidade da água;
Bouzid et al. (2005) comenta ainda que vários estudos mostram que a
expansão da urbanização se faz essencialmente pelo desmatamento e pela
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Vários fatores levaram a este resultado, tais como a melhoria dos insumos
utilizados (sementes, adubos, máquinas), as políticas públicas de incentivo à
exportação, a diminuição da carga tributária (como, por exemplo, a redução do
imposto de circulação, em 1996), a taxa de câmbio real que permitiu estabilidade de
preços (a partir de 1999), o aumento da demanda dos países asiáticos, o
crescimento da produtividade das lavouras e outros componentes, como a
intercessão governamental junto à OMC para derrubar barreiras comerciais
existentes contra produtos brasileiros em países importadores.
O Estado de São Paulo foi historicamente colonizado pelo Café. Este produto
foi introduzido no país ainda no final do período colonial mas somente após a
independência que a produção se consolidou na região Sudeste, sobretudo no
Estado de São Paulo. A cultura era realizada em grandes latifúndios cultivados por
mão de obra escrava africana, cujos donos formaram a oligarquia dos chamados
“Barões do Café”. Com o fim da escravidão, o café apressou os movimentos de
imigração, com a vinda de diversas etnias como de italianos, alemães e japoneses.
Este fenômeno atingiu seu ápice nas chamadas “Política do Café-com-Leite” e
política dos governadores, no governo Campos Sales. A crise de 1929 encerrou o
ciclo e, na década de 1930, iniciou-se a industrialização do país, em parte com o
capital oriundo do excedente cafeeiro.
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Segundo Hiroshi Saito (citado por INCRA, 1978), entre 1908 a 1925, haviam
chegado ao Brasil cerca de 40mil japoneses destinados ao trabalho nas fazendas de
café do estado de São Paulo. Com o oferecimento de subsídios sendo oferecido a
partir de 1924, o número de imigrantes começou a crescer rapidamente. Em 1930,
após a Revolução Constitucionalista levada a cabo por Getúlio Vargas, foi decretada
a Lei de Restrição à Imigração e Apoio aos Desempregados, que previa restrições à
entrada de imigrantes que não viessem dedicar-se à agricultura. Como, porém, todo
imigrante japonês era, oficialmente, agricultor, somente os imigrantes japoneses
continuaram a entrar em grande número (o número de imigrantes autorizados
oscilava entre 12 e 27 mil imigrantes por ano). Entre 1925 e 1941, chegaram cerca
de 150mil japoneses (site: 100 anos imigração japonesa no Brasil, acessado em
28/02/2014), sendo parte ainda destinada às fazendas de café, mas também a
pequenos núcleos de colonização situados em São Paulo e outros estados,
destacando-se, segundo Handa (1987):
São Paulo
Colônia Bastos,
Tabela 1: Participação dos agricultores de origem japonesa na produção agrícola Brasileira (1964/65)
c) Associativismo e Cooperativismo
do mercado, eram presas fáceis de comerciantes inescrupulosos, fez com que eles
buscassem instrumentos capazes de colocar seus produtos sem as inconveniências
da intermediação. Passaram, então, a formar cooperativas agrícolas, que além de
comercializar a produção também buscavam no mercado os insumos necessários à
sua atividade agrícola, tais como fertilizantes, defensivos agrícolas, sementes,
máquinas e implementos. Muitas delas mantinham um setor de crédito rural para
financiar seus associados. O sucesso de tais cooperativas foi tamanho que o
governo, interessado em fomentar e divulgar este tipo de sociedade, baixou o
Decreto 22.239, em 1932, a primeira lei normativa das sociedades cooperativas,
cinco anos após a fundação da primeira cooperativa de imigrantes japoneses, em
1927. Pode-se afirmar, sem sombra de dúvida, que a comunidade japonesa foi a
grande introdutora do cooperativismo agrícola no Brasil (Utumi, 2008).
Grupo de
Formas de transmissão Principais doenças Formas de prevenção
doenças
feco-oral (não Contato de pessoa a pessoa ● poliomielite; ● implantar sistema de
bacterianas) quando não se tem higiene ● hepatite tipo B; abastecimento de água;
pessoal adequada (o ● giardíase; ● melhorar as moradias e as
organismo patogênico (agente ● disenteria amebiana; instalações sanitárias;
causador da doença) é ingerido ● diarréias por vírus. ● promover a educação sanitária;
feco-oral (bacterianas) Contato de pessoa a pessoa, ● febre tifóide e paratifóide; ● implantar sistema de
ingestão e contato com ● diarréias e disenterias abastecimento de água e de
alimentos contaminados e bacterianas, como a cólera. disposição dos esgotos;
contato com fontes de água ● melhorar as moradias e as
contaminadas com fezes instalações sanitárias;
● promover a educação sanitária.
Helmintos transmitidos Ingestão de alimentos ● ascaridiose (lombrigas) ● construir e manter limpas
pelo solo contaminados e contato da ● tricuríase instalações sanitárias;
pele com o solo contaminados ● ancilostomíase (amarelão) ● tratar os esgotos antes da
com fezes disposição no solo;
● evitar o contato da pelecom o solo
(andar calçado)
Helmintos associadas Contato da pele com o água ● esquistossomose ● evitar o contato de pessoas com
à água (uma parte do contaminada águas infectadas;
ciclo da vida do ● construir instalações sanitárias
agente infeccioso adequadas;
ocorre em um animal ● adotar medidas adequadas para a
aquático) disposição de esgotos;
● combater o hospedeiro
intermediário, o caramujo.
Tênias (solitárias) na Ingestão de carne mal cozida ● teníase; ● construir instalações sanitárias
carne do boi ou do de animais contaminados ● cisticercose adequadas;
porco ● tratar os esgotos antes da
disposição no solo;
● inspecionar a carne e ter cuidados
na sua preparação (cozimento)
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Tabela 3: Classificação do corpo d’água de acordo com seu uso, segundo a Lei Estadual no 997 de
31.05.76.
Classe do corpo
CARACTERÍSTICAS
d’água
Águas destinadas ao abastecimento doméstico,
1
Sem tratamento prévio ou com simples desinfecção.
Águas destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento
2 convencional, à irrigação de hortaliças ou plantas frutíferas e à recreação
de contato primário (natação, esqui-aquático e mergulho).
Águas destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento
3 convencional, à preservação de peixes em geral e de outros elementos da
fauna e da flora e à dessedentação de animais.
Águas destinadas ao abastecimento doméstico, após tratamento
4 avançado, ou à navegação, à harmonia paisagística, ao abastecimento
industrial, à irrigação e a usos menos exigentes.
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Captação subterrânea
rurais possuem coleta de esgoto ligada à rede geral e 20,3% possuem fossa séptica.
Outras soluções são adotadas por 56,3%, muitas vezes, inadequadas para o destino
dos dejetos, como fossas rudimentares, valas, despejo do esgoto in natura
diretamente nos cursos d’água. Além disso, 17,7% não usam nenhuma solução. Por
outro lado, 60,8% dos domicílios urbanos têm acesso à rede de esgotamento
sanitário.
seus contaminantes se infiltram pelo solo, tornando este sistema grande responsável
pela contaminação das águas subterrâneas e posteriormente podem retornar para
as residências através dos poços, trazendo a possibilidade de doenças de
veiculação hídrica.
Fossas sépticas
Figura 5: esquema de uma fossa séptica, e sua infiltração no solo e lençol freático.