Roteiro Ovino
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Por outro lado, a grande diversidade de carnes e derivados disponíveis torna o consumidor cada
vez mais exigente. Assim, para enfrentar a competitividade nos agronegócios da carne, a
ovinocultura de corte necessita encontrar soluções no âmbito da gestão dos sistemas
produtivos, com foco na qualidade dos produtos e na preservação do meio ambiente.
Bem-Estar Animal: Onde o manejo sanitário adequado contribui diretamente para o bem-estar
dos animais. Animais saudáveis são mais produtivos, crescem melhor e têm melhor qualidade
de carne e lã. Além disso, a prevenção e o tratamento de doenças asseguram uma vida mais
confortável para os ovinos.
Prevenção de Doenças: Ovinos podem ser suscetíveis a várias doenças infecciosas e parasitárias.
Um programa de manejo sanitário adequado ajuda a prevenir a disseminação de doenças,
controlar parasitas e reduzir a incidência de enfermidades no rebanho.
Qualidade dos Produtos: Ovinos saudáveis resultam em produtos de melhor qualidade, como
carne e lã. Consumidores estão cada vez mais conscientes sobre a origem e a qualidade dos
produtos, tornando essencial manter padrões elevados de sanidade para atender às demandas
do mercado.
Redução de Custos: Investir em um bom programa de manejo sanitário pode ajudar a reduzir os
custos relacionados ao tratamento de doenças. A prevenção é geralmente mais eficaz e
econômica do que lidar com surtos de doenças no rebanho.
Programa de Vacinação:
• Isolar novos animais por um período inicial para evitar a introdução de doenças no
rebanho existente.
• Realizar exames de saúde em novos animais antes de integrá-los totalmente ao rebanho.
• Certificar que os alimentos oferecidos aos ovinos estão livres de contaminações e são
apropriados para a espécie.
• Armazenar os alimentos adequadamente para evitar o crescimento de fungos e
bactérias.
Manejo de Água:
• Manter a qualidade da água fornecida aos ovinos, evitando a contaminação por agentes
patogênicos.
• Limpar regularmente os bebedouros para prevenir o crescimento de algas e bactérias.
Registro Sanitário:
Está em fase avançada os estudos realizados por pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos
em nove estados do Brasil para identificar o nível de infecção dos rebanhos de pequenos
ruminantes pelas principais doenças que afetam caprinos e ovinos.
Três das doenças são contempladas pelo Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos
(PNSCO), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA): Artrite Encefalite
Caprina (CAE), Maedi-Visna (MVV) e Brucelose Ovina.
Artrite Encefalite Caprina (CAE): A Artrite Encefalite Caprina (CAE) é uma enfermidade de curso
progressivo causada por um lentivírus e caracterizada pelo período longo de latência. Os
principais sintomas da CAE são artrite, pneumonia, mastite, emagrecimento progressivo e, nos
animais jovens, a encefalomielite.
2. Prepare as instalações
Antes de qualquer vacinação, faça uma revisão completa em currais e apriscos, providencie o
conserto de cercas, bretes e outras estruturas utilizadas para contenção dos animai e procure
manter o local limpo, seco e livre de obstáculos.
Para toda vacinação ter êxito, é necessário preparar todos os equipamentos obrigatórios para o
manejo: caixa térmica, gelo (de preferência seco, na forma de baterias), termômetros, frascos
de vacinas, seringas ou pistolas e agulhas.
A condução de caprinos e ovinos até o local da vacinação deve ser feita sempre com calma e
tranquilidade, sem correria, tumulto ou gritos. Inicialmente, agrupe os animais no canto do
curral ou aprisco.
Vacina contra raiva: Vacine todos os animais com idade acima de três meses, dose de reforço
após 30 dias e revacinação anual. Revacine anualmente (12 meses)
Vacina polivalente contra clostridioses: em crias de mães vacinadas: vacine aos dois meses de
idade, dose de reforço após 30 dias e revacinação anual. Crias de mães não vacinadas: vacine
aos 30 dias de idade, dose de reforço após 30 dias e revacinação anual. Revacine anualmente
(12 meses).
Vacina contra tétano: A doença está associada às cirurgias, castrações e feridas em geral. Fêmeas
gestantes: revacinação anual 30 dias antes do parto; Crias de mães vacinadas: vacine aos dois
meses de idade, dose de reforço após 30 dias e revacinação anual. Crias de mães não vacinadas:
vacine aos 30 dias de idade, dose de reforço após 30 dias e revacinação anual. Revacine
anualmente (12 meses).
Vacina contra ectima contagioso (boqueira): A vacina é aplicada em caprinos ou ovinos por
escarificação ou raspagem (raspaduras cruzadas). Aplique na área escarificada uma ou duas
gotas da vacina com auxílio de hastes flexíveis com algodão nas pontas. A vacina não deve ser
usada em propriedades onde nunca tenha ocorrido a doença. A vacina deve ser aplicada em
dose única.
Vacina contra linfadenite caseosa (mal do caroço): A vacina não garante proteção total contra a
formação de abscessos, mas há redução do número de lesões. Vacine os animais seguindo a
orientação do rótulo da vacina escolhida para aplicação no rebanho. Não vacine fêmeas
gestantes. Revacine anualmente (12 meses)
Manejo de Água: Acesso constante: Forneça acesso fácil e constante à água potável, garantindo
que todos os animais possam se hidratar adequadamente.
Cama e Limpeza: Mantenha o local de descanso seco e limpo, utilizando camas de palha ou feno.
Limpeza regular: Realize a limpeza regular das instalações para prevenir doenças e manter um
ambiente saudável.
Espaço Adequado: Área por animal: Certifique-se de que há espaço suficiente para todos os
animais se movimentarem confortavelmente, evitando superlotação.
Lembre-se de que as necessidades específicas podem variar de acordo com a raça, a região e o
sistema de produção. É importante adaptar as instalações às condições locais e às características
do rebanho. Além disso, consultar um profissional especializado em manejo de ovinos pode ser
valioso para otimizar as instalações e práticas de manejo.