A Ressurreição de Jesus
A Ressurreição de Jesus
A Ressurreição de Jesus
1º fato: Depois de morrer crucificado, Jesus foi sepultado num túmulo por
José de Arimatéia.
Essa tradição teria sido transmitida a Paulo durante sua visita a Jerusalém em
36 d.C., onde ele passou duas semanas com Cefas e Tiago, dois dos discípulos
mais próximos de Jesus. Esse encontro ocorreu apenas cinco anos após a
morte de Jesus, o que torna improvável que a tradição seja uma lenda. O
contato pessoal tão próximo com as testemunhas oculares é uma fonte
altamente confiável.
Essas são algumas das razões pelas quais a maioria dos especialistas em Novo
Testamento concorda que Jesus foi sepultado em um túmulo por um homem
chamado José de Arimatéia. O falecido John A. T. Robinson, da Universidade
de Cambridge, chegou a afirmar que o sepultamento de Jesus em um túmulo
é "um dos fatos mais antigos e mais bem atestados sobre Jesus".¹ Essa
unanimidade entre os estudiosos é uma importante indicação da historicidade
do evento e reforça a ideia de que Jesus de fato existiu e foi crucificado pelo
exército romano em Jerusalém durante o reinado de Pôncio Pilatos, como
afirmam diversas fontes. Portanto, o sepultamento de Jesus por José de
Arimatéia é um fato incontestável da história, que tem sido amplamente
estudado e discutido pela academia.
O relato do túmulo vazio também faz parte da antiga fonte sobre a paixão
usada por Marcos. A fonte sobre a paixão não termina em morte e derrota,
mas com o relato do túmulo vazio, formando uma única peça gramatical com o
relato do sepultamento.
Acredito que os dois primeiros fatos apresentados sejam suficientes para demonstrar
a razão pela qual muitos estudiosos aceitam a ressurreição como um fato histórico.
Como afirmou Jacob Kremer, especialista em ressurreição: “A grande maioria dos
exegetas acredita com firmeza na fidedignidade das declarações bíblicas acerca do
túmulo vazio”2. Essa crença é baseada em evidências sólidas e convincentes. O
professor de Estudos do Novo Testamento e Literatura Cristã Primitiva da
Universidade de Cambridge, Simon Gathercole, argumenta que "a ressurreição não é
apenas possível, mas também é altamente provável à luz das evidências
disponíveis"3. Esses especialistas sugerem que a ressurreição é um evento histórico
que deve ser levado a sério.
4º fato: Os discípulos originais acreditavam que Jesus ressuscitara dos mortos, apesar
de terem toda predisposição para não crer.
O líder deles estava morto. E os judeus não tinham nenhuma crença a respeito
de um Messias morto, muito menos ressurreto. Esperava-se que o Messias
expulsasse os inimigos de Israel, os romanos, e reinstaurasse o reino davídico
— e não que sofresse a morte vergonhosa de um criminoso.
Considerações Finais
Em suma, há quatro fatos com os quais a maioria dos estudiosos que estudam essas
questões concordam e que qualquer suposição histórica adequada deve levar em
conta:
A questão agora é: qual é a melhor explicação para esses quatro fatos? A maioria dos
estudiosos, permanece agnóstica sobre essa questão. Em contrapartida, os cristãos
afirmam que a hipótese que melhor explica esses fatos é: "Jesus ressuscitou dos
mortos". A importância da ressurreição de Jesus reside no fato de que não foi um
anônimo qualquer que ressuscitou dos mortos, mas Jesus de Nazaré — o Deus em
forma humana. Nossa fé não é vã! Nossa fé é baseada em fatos recheados de
evidências, e não em “fabulas engenhosamente inventadas” (II Pedro 2:16). E isso
traz propósito e esperança para nós, porque “se cremos que Jesus morreu e
ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele,
aqueles que nele dormiram” (I Tessalonicenses 4:14).
Em breve esse momento chegará, e aqueles que enquanto viviam dedicaram suas
vidas a Cristo, ressuscitarão para um vida imortal. Que extraordinária dádiva! A
imaginação se esgota ao se esticar para compreender a maravilhosa obra da
redenção. O plano da salvação é elevado demais para ser completamente atingido
pelo pensamento humano. É grande demais para ser totalmente abrangido pela
compreensão finita. Diz o apóstolo: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem
jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o
amam.” Será que fica difícil imaginar por que o céu se surpreende pelo homem agir
como se a dádiva de Deus fosse sem valor? Que será a eterna perdição daqueles que
rejeitam uma tão-grande salvação, oferecida gratuitamente mediante os méritos do
unigênito e bem-amado Filho de Deus!
[1]
John A. T. Robinson, The Human Face of God (Filadélfia: Westminster, 1973), p. 131.
[2]
[3]
Simon Gathercole, The Historical Jesus: Five Views (editora IVP Academic, 2009), p. 149.
[4]
Gerd Lüdemann, What Really Happened to Jesus?, trad. John Bowden (Louisville, Kent.:
Westminster John Knox Press, 1995), p. 80.
[5]
Luke Timothy Johnson, The Real Jesus (São Francisco: Harper San Francisco, 1996), p. 136.
[6]
N. T. Wright, “The New Unimproved Jesus”, Christianity Today (13 de setembro de 1993),
p. 26.
[7]
C. Behan McCullagh, Justifying Historical Descriptions (Cambridge: Cambridge University
Press, 1984), p. 19.
[8]
Pinchas Lapide, The Resurrection of Jesus, trad. Wilhelm C. Linss (Londres: SPCK, 1983).