LEI ORGANICA Atualizada em 2019
LEI ORGANICA Atualizada em 2019
LEI ORGANICA Atualizada em 2019
LEI ORGÂNICA
Índice
Preâmbulo
Capítulo VI - Do Patrimônio
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Subseção II - Do Plano Plurianual (art. 125)
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Seção II - Das Atribuições da Câmara Municipal (art. 170 e 171)
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Capítulo II - Da Saúde
PREÂMBULO
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
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livre, justa e solidária, erradicar a pobreza e a marginalização e superar as
desigualdades sociais e regionais, promover o bem de todos, sem preconceitos
e discriminações.
Art. 3° O Município, respeitados os princípios fixados no art. 4° da Constituição
da República, manterá relações internacionais, através de convênios e outras
formas de cooperação.
Art. 4° O Município, como entidade autônoma e básica da Federação,
desenvolverá uma administração norteada por:
I - transparência de seus atos e ações;
II - moralidade;
III - respeito mútuo entre os poderes;
IV - participação popular nas decisões;
V - descentralização administrativa.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Capítulo I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
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particularidade ou condição.
Art. 8° Ninguém poderá ser penalizado, especialmente com a perda do cargo,
função ou emprego, quando se recusar a trabalhar em ambiente que ofereça
iminente risco de vida, caracterizado pela respectiva representação sindical, não
se aplicando o aqui disposto aos casos em que esse risco seja inerente à
atividade exercida, salvo se não for dado a devida proteção.
Art. 9° É assegurado no município, o direito à educação, à saúde, ao trabalho,
ao lazer, à segurança, à previdência social, à proteção à maternidade e à
infância, ao transporte urbano condigno e acessível aos munícipes de baixo
poder econômico, à habitação e ao meio ambiente equilibrado.
Parágrafo único. Na impossibilidade comprovada de exercer imediata e
eficazmente a garantia descrita no caput deste artigo, o poder municipal tem o
dever de estabelecer programas e organizar planos para a erradicação da
pobreza absoluta, hipótese em que a exigibilidade do direito à existência digna
se circunscreve à execução tempestiva das etapas prevista nos aludidos planos
e programas.
Art. 10. Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido
prévio aviso à autoridade competente, que, no Município, é o Prefeito ou àquele
a quem for delegada a competência de o representar.
Art. 11. É dever do agente público, no exercício de suas atribuições e
independente da função que exerça, respeitar os direitos individuais e coletivos
previstos nas Constituições da República, do Estado, e nesta Lei Orgânica.
Parágrafo único. Será penalizado com a perda do cargo ou função de confiança,
o agente público municipal que infringir o disposto no caput deste artigo,
comprovado através de comissão de sindicância.
Art. 12. É direito de qualquer cidadão ou entidade legalmente constituída,
denunciar às autoridades competentes a prática, por órgão ou entidade pública
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ou delegatória de serviço público, de atos lesivos aos direitos dos usuários,
incumbindo ao Poder Público apurar sua veracidade e aplicar as sanções
cabíveis, sob pena de responsabilidade.
Art. 13. É assegurada a participação dos servidores nos colegiados dos órgãos
públicos municipais, através de representante credenciado, em que seus
interesses sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 14. É dever do cidadão, zelar pelos bens públicos, cabendo-lhe o direito de
imediata denúncia nos casos de vandalismos.
Capítulo II
DA SOBERANIA POPULAR
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II - O Prefeito Municipal;
III - um terço dos membros da Câmara.
§ 4° A realização do plebiscito ou referendo depende de autorização da Câmara
Municipal, aprovado por, pelo menos, a maioria absoluta dos seus membros.
§ 5° A decisão do eleitorado, através do plebiscito ou referendo, considerar-se-á
tomada, quando obtiver a maioria dos votos, desde que tenha votado, pelo
menos, mais da metade dos eleitores, e, tratando-se de emenda a Lei Orgânica,
a maioria absoluta dos votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 6° É permitido circunscrever plebiscito à área ou população diretamente
interessada na decisão a ser tomada, o que deve constar do ato de convocação,
cabendo recurso à instância judiciária competente, se alguma pessoa, física ou
jurídica, considerar-se excluída da decisão que possa lhe trazer conseqüência,
na forma da lei.
§ 7° Convocado o plebiscito e autorizado o referendo, caberá ao Prefeito
Municipal, manter, no prazo de trinta dias, entendimentos com a Justiça Eleitoral
para viabilizar o processo de votação. § 7º com redação dada pela Emenda nº
13, de 26.12.2001
§ 8° A ação fiscalizadora sobre a administração pública dar-se-á através do
exame e apreciação, por parte do contribuinte, das contas anuais da Prefeitura e
da Câmara Municipal, nas formas previstas nas Constituições da República e do
Estado, e nesta Lei Orgânica.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Capítulo II
DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA
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lei municipal, obedecidos os requisitos em lei complementar e dependerá de
consulta prévia, mediante plebiscito às populações diretamente interessadas.
Art. 23. A instalação de Distrito far-se-á perante o Juiz de Direito da vara
competente da Comarca, na sede do Distrito.
Capítulo III
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
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obedecerá os princípios de legalidade, moralidade, publicidade, impessoalidade
e eficiência.
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Parágrafo único. Cabe ao Município promover a modernização da administração
pública, buscando assimilar as inovações tecnológicas, com adequado
recrutamento e desenvolvimento dos recursos humanos necessários.
Art. 26. Para a organização da administração pública, direta e indireta, é
obrigatório o cumprimento das seguintes normas, além do disposto nos artigos
37 e 39 da Constituição da República, e artigo 42 da Constituição do Estado:
I - nas entidades da administração indireta, os órgãos de direção serão
compostos por um colegiado, com participação de, no mínimo, um diretor eleito
entre os servidores, na forma da lei;
II - os órgãos da administração direta, indireta e fundacional ficam obrigados a
constituir, nos termos da lei, comissões internas visando a prevenção de
acidentes e, quando assim o exigirem suas atividades, o controle ambiental para
assegurar a proteção da vida, do meio ambiente e as adequadas condições de
trabalho de seus servidores;
III - a investidura em Cargo ou Emprego Público depende de aprovação prévia
em Concurso Público de Provas ou de Provas e Títulos, de acordo com a
natureza e a complexidade do Cargo ou Emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para Cargos em Comissão, declarados em lei, de
livre Nomeação e Exoneração;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
IV - as funções de confiança são exercidas exclusivamente por Servidores
ocupantes de Cargo Efetivo, e os Cargos em Comissão destinados às
atribuições de Direção, Chefia e Assessoramento, serão preenchidos por
Servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei.
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Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1º Em caso de emergência e necessidade real, mediante autorização
legislativa, o Prefeito Municipal e o Presidente da Câmara, poderão contratar
trabalhadores por tempo determinado, em cargos especificados e em quantidade
especificada nas condições e prazos previstos na Lei ou Resolução Autorizativa.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º As despesas com Pessoal Ativo e Inativo do Município, nelas incluídas as
decorrentes da aplicação deste artigo, não poderão exceder os limites
estabelecidos em Lei Complementar Federal.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3º A Lei, referida no inciso IV deste Artigo, respeitará o percentual mínimo de
20% (vinte por cento).
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 27. O Poder Executivo publicará e enviará ao Poder Legislativo, no máximo
após o encerramento de cada trimestre, relatório completo sobre os gastos
publicitários da administração direta e indireta, para fins de averiguação do
cumprimento do disposto no § 1º, do art. 37, da Constituição Federal.
Caput com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 1º As empresas estatais que sofrerem concorrência de mercado, deverão
restringir sua publicidade ao seu objetivo social, sob pena de instauração
imediata de procedimento administrativo apuratório, sem prejuízo da imediata
suspensão da publicidade.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 2º Todas as compras e serviços contratados pelo Executivo, na administração
direta e indireta, serão objeto de publicação mensal no Diário Oficial do
Município, discriminando-se resumidamente, objeto, quantidade e preço.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 28. A criação, transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização ou
extinção das sociedades de economia mista, das empresas públicas, e, no que
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couber, das autarquias e fundações, bem como a alienação das ações das
empresas nas quais o Município tenha participação, depende de prévia
aprovação, por maioria absoluta, da Câmara Municipal.
Parágrafo único. Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas neste artigo, assim como a participação
de qualquer delas em empresas privadas.
Art. 29. A execução das ações do Município poderá ser descentralizada para:
I - outros entes públicos ou entidades a eles vinculados, mediante convênio;
II - órgãos subordinados da própria administração municipal, distinguindo-se o
nível de direção do nível de execução;
III - entidades criadas mediante autorização legislativa e vinculada à
administração pública municipal;
IV - empresas privadas, mediante concessão ou permissão.
§ 1° Cabe aos órgãos de direção o estabelecimento dos princípios, critérios e
normas que serão observados pelos órgãos e entidades públicas ou privadas
incumbidos da execução.
§ 2° O Município responsabilizará administrativamente os órgãos de direção;
pelo descumprimento dos princípios, critérios e normas gerais referidos no
parágrafo 1° deste artigo, comprovada a omissão dos deveres próprios da auto
tutela e da tutela administrativa.
Capítulo IV
DAS COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO
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Caput com redação dada pela Emenda nº 23/2007, de 08.01.2007
I - legislar sobre assunto de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e estadual, no que couber.
Parágrafo único. São ainda da competência do Município:
I - Desenvolvimento Econômico:
a) estabelecer diretrizes para o desenvolvimento econômico do Município,
buscando a superar as desigualdades locais e sociais e a preservação do meio
ambiente;
b) fomentar a produção agropecuária;
c) promover e incentivar o turismo, como fator de desenvolvimento social e
econômico;
d) incentivar o cooperativismo e associativismo.
II - Tributação e Finanças Públicas:
a) instituir e arrecadar os tributos de sua competência, fixar e cobrar preços, bem
como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e
publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
b) elaborar e aprovar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os
orçamentos anuais, observadas as normas complementares federais.
III - Administração Municipal:
1) constituir a Guarda Municipal destinada à vigilância e proteção aos bens,
serviços, equipamentos e instalações do patrimônio, do Município, incluindo vias,
logradouros, parques, jardins, balneários e colaborar com o Estado na
segurança da sociedade do município. (Emenda 018/2006-CMM)
a) organizar o quadro e instituir o Regime Jurídico Único e Plano de Carreira de
Servidores da Administração Direta e Indireta do Município;
b) organizar e prestar os serviços públicos de interesse local;
c) dispor sobre concessão e permissão de serviços públicos locais;
d) estabelecer encargos administrativos necessários aos seus serviços;
e) dispor sobre a criação, incorporação, fusão, organização, desmembramento e
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a extinção de distritos, sempre com a observância da legislação estadual e desta
Lei Orgânica;
f) conservar e gerir o patrimônio público;
g) dispor sobre a administração, aquisição, utilização e alienação dos bens
municipais, na forma da lei;
h) desapropriar bens por necessidade, utilidade pública ou interesse social;
i) firmar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com
outros municípios;
j) contratar obras e serviços de acordo com o procedimento licitatório
estabelecido em lei;
l) constituir a Guarda Municipal de Macapá – GMM, destinada à execução do
policiamento preventivo, ostensivo e armado, na proteção e defesa da
população, dos bens, serviços, instalações e logradouros públicos municipais, de
modo integrado com os demais órgãos de segurança do Estado do Amapá, nos
preceitos da Constituição Federal de 1988 e da Lei Federal nº 10.826 de 22 de
dezembro de 2003 e suas alterações.
Alínea com redação dada pela Emenda nº 23, de 08.01.2007
m) dispor sobre serviço funerário e de cemitérios, encarregando-se da
administração daqueles que forem públicos e de fiscalizar os explorados pelas
entidades privadas;
n) dispor sobre registro, vacinação, captura, guarda e destino de animais
apreendidos;
o) fixar os feriados municipais e datas comemorativas, de acordo com as
tradições locais.
IV - Atividades Urbanas:
a) fixar condições e horários para o funcionamento de estabelecimentos
industriais, comerciais, de prestação de serviços e similares, observadas as
normas federais e estaduais pertinentes;
b) dispor sobre espetáculos e diversões públicas;
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c) disciplinar a comercialização de bens e serviços;
d) regulamentar, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes e anúncios, bem
como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda;
e) disciplinar a utilização de vias e logradouros públicos;
f) disciplinar o comércio ambulante;
g) dispor sobre a prevenção de incêndio;
h) interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer
demolir construções que ameacem a segurança coletiva;
i) regulamentar a apreensão de semoventes, de mercadorias e móveis, e as
condições de venda, quando apreendidos no caso de transgressão de leis e
demais atos municipais.
V - Ordenamento do Território Municipal:
a) promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo;
b) elaborar o Plano Diretor, respeitadas as diretrizes federais, estaduais e
regionais e os procedimentos para sua elaboração, aprovação, revisão e
revogação;
c) estabelecer normas e parcelamento do solo urbano, de edificação, de uso e
ocupação do solo, bem como limitações administrativas convenientes à
ordenação de seu território e à preservação do meio ambiente;
d) delimitar a área urbana e de expansão urbana.
VI - Patrimônio Histórico-Cultural:
a) proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais e notáveis e os sítios
arqueológicos, em comum com a União e o Estado;
b) impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de
outros bens de valor histórico, artístico e cultural, em comum com a União e o
Estado.
VII - Meio Ambiente:
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a) proteger o meio ambiente, inclusive o do trabalho e combater a poluição e
qualquer de suas formas, em comum com a União e o Estado;
b) preservar as florestas, a fauna, a flora e os demais recursos naturais, em
comum com a União e o Estado;
c) definir áreas a serem protegidas ou conservadas;
d) estabelecer, controlar, fiscalizar e manter a população informada sobre
padrões de qualidade ambiental;
e) formular e implementar a política do meio ambiente, observadas as normas
federais e estaduais sobre a matéria;
f) exigir, para instalação de obra ou atividade, pública ou privada, potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade, garantidas audiências públicas na
forma da lei;
g) promover a educação ambiental em todos os níveis e modalidade de ensino e
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
h) promover medidas judiciais, administrativas e de responsabilização aos
causadores da poluição ou da degradação ambiental;
i) estimular e promover o reflorestamento com espécies nativas em áreas
degradadas, a recuperação da vegetação em áreas urbanas e das matas, em
especial as ciliares e as várzeas; e proteger os mangues e as encostas;
j) controlar e fiscalizar a produção, estocagem e a comercialização de
substâncias poluentes e a utilização de técnicas, métodos e instalações que
comportem risco efetivo ou potencial para a qualidade de vida e ao meio
ambiente natural e do trabalho;
l) disciplinar o transporte nas vias públicas, a carga, descarga, armazenamento
de materiais tóxicos, inflamáveis, radioativos, corrosivos e outros que possam
constituir fonte de risco de vida à população, bem como, disciplinar local de
estacionamento ou pernoite destes veículos;
m) registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
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exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;
n) estimular o melhor aproveitamento do solo através de defesas contra a
erosão, a voçoroca, queimadas, desmatamentos e outras formas de
esgotamento da sua fertilidade.
VIII - Abastecimento:
a) organizar o abastecimento alimentar prestando, entre outros, os serviços de
feiras o mercados e os de matadouros;
b) controlar, concorrentemente com o Estado, a qualidade dos alimentos
produzidos e distribuídos no seu território.
IX - Educação, Cultura e Desporto:
a) manter os programas de ensino fundamental para crianças e adultos,
educação infantil, inclusive o de creche, com cooperação técnica e financeira da
União e do Estado;
b) organizar, em colaboração com o Estado e a União, seus sistemas de ensino;
c) promover os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
d) fomentar as práticas desportivas formais e não-formais, de acordo com os
princípios constitucionais e incentivar o lazer, como forma de promoção social;
e) fomentar a prática do escotismo.
X - Saúde e Assistência Social:
a) cuidar da saúde e prestar assistência social;
b) integrar o Sistema Único de Saúde, implementando, no âmbito do Município,
as ações e serviços sob a sua responsabilidade, com a cooperação técnica e
financeira do Estado e da União;
c) coordenar e executar os programas de assistência social, observadas as
normas federais e estaduais.
XI - Saneamento:
a) formular e implementar a política municipal de saneamento, bem como,
controlar, fiscalizar e avaliar o seu cumprimento, observadas, em especial, as
diretrizes do desenvolvimento urbano;
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b) planejar, executar, operar e manter os serviços de drenagem pluvial, com a
cooperação técnica e financeira do Estado e da União;
c) estabelecer áreas de preservação das águas utilizáveis para o abastecimento
da população;
d) implantar sistema de alerta e defesa civil para garantir a segurança e a saúde
pública, quando de eventos hidrológicos indesejáveis, e outros eventos da
natureza;
e) fiscalizar o uso das águas destinadas ao abastecimento público e industrial e
de irrigação, assim como, promover o combate às inundações;
f) promover a limpeza das vias e logradouros públicos, bem como, a remoção
dos detritos, disciplinando o destino do lixo domiciliar e de outros resíduos de
qualquer natureza.
XII - Habitação:
a) elaborar e implementar a política municipal de habitação, de acordo com as
diretrizes do desenvolvimento urbano;
b) promover programas de construção de moradias, a regularização de posse de
imóveis e a melhoria das condições habitacionais para a população de baixa
renda.
XIII - Transporte e Vias Públicas:
a) planejar, gerenciar e fiscalizar o transporte coletivo e o trânsito, bem como,
dotá-los da infra-estrutura necessária ao seu funcionamento, respeitadas as
diretrizes da legislação federal e de desenvolvimento urbano;
b) operar e controlar o trânsito e o transporte coletivo dentro dos limites
municipais;
c) organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, o
serviço de transporte coletivo de passageiros por ônibus, o de táxis e o
transporte alternativo de moto-táxi, definindo percurso, localização, freqüência e
tarifas, na forma da lei;
Alínea com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
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d) prestar, direta ou indiretamente, o serviço de transporte escolar na zona rural;
e) organizar e gerenciar, quando for o caso, o transporte coletivo local de
passageiros por hidrovia ou via férrea;
f) estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito, em
comum com a União e o Estado;
g) organizar e gerenciar fundos de vendas de passes e vale-transporte;
h) administrar terminais urbanos de passageiros e cargas;
Alínea com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
i) administrar fundos de melhoria de transportes coletivos provenientes de
receitas de publicidade no sistema de aluguéis de lojas nos terminais, receitas
diversas, taxas de serviço de embarque rodoviário e outras taxas que venham a
ser estabelecidas por lei;
j) planejar o sistema viário e a localização dos pólos geradores de tráfego e
transporte, disciplinando e fiscalizando seu uso;
l) planejar a abertura, pavimentação e manutenção de vias urbanas e estradas
vicinais;
m) disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima
permitida a veículos que circulem em vias públicas municipais;
n) sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como, disciplinar e
fiscalizar a sua utilização.
Art. 31. O Município imporá penalidades por infrações a suas leis e
regulamentos.
§ 1° No exercício de poder de polícia administrativa, nos termos da lei, o
Município fará cessar as atividades que violem normas de saúde, sossego,
higiene, segurança, funcionalidade, estética, moralidade e outras de interesse da
coletividade.
§ 2° O Município aplicará sanções por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor histórico, turístico e paisagístico, resultante de
inobservância de norma ou padrão municipal estabelecido.
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Capítulo V
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
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IV - 01 (um) Membro Efetivo e 01 (um) Membro Suplente, representante do
Sindicato dos Servidores do Município de Macapá, escolhidos, por eleição direta,
pelos Servidores Sindicalizados;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
V - o Procurador Geral do Município e o Procurador Geral da Câmara Municipal,
terão assento no Colegiado, na condição de Membros Natos, com direito a
votarem e serem votados, sendo substituídos nos casos de impedimento pelos
respectivos subprocuradores nas mesmas condições.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º O Presidente, o Vice-Presidente e o Secretário Geral do COMPAR, serão
eleitos pelos Membros Efetivos do Colegiado e nomeados pelo Prefeito
Municipal.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3º As atribuições da Diretoria do COMPAR, serão estabelecidas em seu
Regimento Interno, a ser homologado pelo Prefeito Municipal para vigir após a
sua publicação no Diário Oficial do Município.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 34. Lei Municipal estabelecerá a relação entre a maior e a menor
remuneração dos Servidores Públicos.
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do
sistema remuneratório observará:
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos Cargos
componentes de cada carreira;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
II - os requisitos para investidura;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - as peculiaridades dos Cargos.
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Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º O Membro do Poder, o detentor de mandato eletivo, os Secretários
Municipais, Equivalentes ou Assemelhados, serão remunerados exclusivamente
por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou qualquer outra
espécie remuneratória.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3º Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão anualmente, até 30 (trinta)
de julho, os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos
públicos.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 4º A remuneração dos Servidores Públicos organizados em carreira poderá ser
fixada nos termos do § 2º.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 5º A remuneração e o subsídio dos ocupantes de Cargos, Funções e
Empregos Públicos da Administração Direta, Autárquica e Fundacional, dos
Membros de qualquer dos Poderes do Município, dos detentores de mandato
eletivo e dos demais Agentes Políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal, em espécie, do Prefeito Municipal.
§ 5º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 35. A administração pública municipal, na execução de sua política de
recursos humanos, atenderá ao princípio da valorização do servidor público,
investindo na sua capacitação, no seu aprimoramento e atualização profissional,
subsidiando cursos de nível superior, preparando-o para um melhor
desempenho e evolução funcional.
Caput com redação dada pela Emenda nº 18, de 19.12.2006
Parágrafo único. Lei Municipal disciplinará a aplicação de recursos
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orçamentários provenientes da economia com despesas ocorrentes em cada
Órgão, Autarquia e Fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas
de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de
adicional ou prêmio de produtividade.
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 36. Fica assegurado ao servidor público municipal:
I - gratificação de interiorização pelo exercício de cargo ou função em unidade
de trabalho na área rural do Município, na forma da lei;
II - percepção de 1% (um por cento) de adicional por tempo de serviço, por ano
de serviço público efetivo, incidente sobre o vencimento ou provento;
II – progressão funcional de dois por cento de uma referência para a
subsequente, na mesma classe de carreira por ano;
Inciso II, do art. 36, com redação dada pela Emenda à LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
III - cinqüenta por cento a mais de sua remuneração mensal, por ocasião do
gozo de férias;
III – gozo de férias anuais remuneradas com um terço a mais do que a
remuneração mensal;
Inciso III, do art. 36, com redação dada pela Emenda a LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
Inciso VIII, do art. 36, com redação dada pela Emenda à LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
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§ 3º com redação dada pela Emenda nº 18, de 19.12.2006.
§ 4º O não pagamento da remuneração das férias no prazo estabelecido no § 3º,
implicará a transformação da referida remuneração em pagamento de natureza
indenizatória, isento de desconto de Imposto de Renda.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 18, de 19.12.2006.
§ 5º O plano de saúde dos servidores deverá, no mínimo, oferecer cobertura
regional.
§ 5º com redação dada pela Emenda nº 18, de 19.12.2006
(REVOGADOS) Incisos IX e §§ 4º e 5º, do art. 36, revogados pela Emenda à LOM nº
047/2018-CMM, de 23.02.2019.
Art. 37. São estáveis após 03 (três) anos de efetivo exercício, os Servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de Concurso Público.
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1º O Servidor estável só perderá o Cargo:
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da
Lei Complementar, assegurada ampla defesa.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3° Extinto o Cargo ou declarada sua desnecessidade, o Servidor estável ficará
em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
29
adequado aproveitamento em outro.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 4° Aplica-se aos Servidores Estatutários não estáveis, com mais de 05(cinco)
anos de efetivo exercício, para fins de exoneração, as mesmas regras
estabelecidas nos parágrafos anteriores deste artigo.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 5° Como condição para aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por Comissão instituída para essa finalidade composta
por 05 (cinco) membros.
§ 5º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 38. O regime jurídico dos servidores públicos do Município, aí incluídas as
autarquias e as fundações municipais, é o estatutário.
Art. 39. A lei estabelecerá os Planos de Cargos e Carreiras do servidor público
municipal, de forma a assegurar aos servidores remuneração compatível com o
mercado de trabalho, oportunidade de promoção e acesso a cargo de escalão
superior, de crescimento profissional, através de programas de formação de
mão-de-obra, aperfeiçoamento e reciclagem.
Art. 39. A Lei estabelecerá os Planos de Cargos e Carreiras do servidor público
municipal, de forma a assegurar aos servidores remuneração compatível com o
mercado de trabalho, oportunidade de promoção e desenvolvimento na carreira
e de crescimento profissional, através de programas de formação de mão-de-
obra, aperfeiçoamento e reciclagem. (NR).
Art. 39, com redação dada pela Emenda à LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
Art. 40 e Incisos I, II, III, IV, V, VI e VII, com redação dada pela Emenda à LOM nº 047/2018-
CMM, de 23.02.2018.
32
II – compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição
aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma da Lei Complementar Federal;
(NR)
Inciso II, do art. 46, com redação dada pela Emenda à LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
34
é devido uma gratificação pelo seu exercício.
Parágrafo único. REVOGADO (Emenda nº 15, de 19.12.2002)
Art. 50. REVOGADO (Emenda nº 18, de 19.12.2006)
Art. 51. Observado o disposto no § 5º, do Art. 34, os proventos de
Aposentadoria e as Pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma
data sempre que se modificar a remuneração dos Servidores em atividade,
sendo também estendidos aos Aposentados e aos Pensionistas quaisquer
benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos Servidores em
atividade, inclusive quando decorrente da transformação ou reclassificação do
cargo ou função em que se deu a Aposentadoria ou que serviu de referência
para a concessão da Pensão, na forma da lei. Artigo com redação dada pela
Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 52. As gratificações decorrentes da natureza ou local de trabalho referente
a: insalubridade, periculosidade, interiorização, penosidade e risco de vida,
serão calculadas sobre o vencimento base do Servidor.
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1° As gratificações de insalubridade, periculosidade e penosidade serão
concedidas na forma da legislação federal sobre Medicina e Segurança do
Trabalho.
§ 2° O adicional de interiorização será objeto de lei municipal.
§ 3° A gratificação de risco de vida será paga aos Vigilantes, Guardas e
Inspetores Municipais em efetivo exercício da função, na forma da lei.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - Os Inspetores e Guardas Municipais pertencentes ao Quadro de Provimento
Efetivo da Guarda Municipal de Macapá - GMM, quando investidos em Funções
de Confiança, Cargos em Comissão ou de Natureza Especial de Direção, Chefia
e Assessoramento, estes pertencentes à Estrutura Organizacional da Guarda
Municipal de Macapá - GMM, continuarão a receber a Gratificação de que trata o
caput deste parágrafo.
35
Inciso com redação dada pela Emenda nº 22/2007-CMM, de 08.01.2008
Art. 52. As vantagens decorrentes da natureza ou local de trabalho referente a
insalubridade, periculosidade, penosidade, risco de vida e ajuda de custo serão
calculadas sobre o vencimento básico do servidor.
§ 2º A ajuda de custo de que trata o caput desse artigo será objeto de lei
municipal.
Capítulo VI
DO PATRIMÔNIO
Seção I
Disposições Gerais
Seção II
Dos Bens e dos Direitos Patrimoniais
Subseção I
Da permissão, da cessão e da concessão de bens
Art. 58. O uso de bens imóveis municipais, por terceiros, poderá ser feito
mediante permissão, cessão ou concessão, observado o interesse Público.
§ 1° A autorização de uso e a permissão, será dada exclusivamente para o
exercício de atividades econômicas, mediante remuneração, constituindo-se em
ato negocial, unilateral, discricionário e precário.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 2° A cessão de uso será feita a pessoa jurídica de direito público cujo fim
principal seja o de relevante interesse social, observado os demais requisitos da
lei.
§ 3° A concessão de uso, mediante remuneração e imposição de encargos, terá
por objeto apenas terrenos, para fins específicos de urbanização,
industrialização, edificação, cultivo da terra ou outra utilização de interesse
social, observados os demais requisitos estabelecidos em lei municipal.
Subseção II
Da alienação de bens
37
Art. 59. A alienação de bens municipais far-se-á por licitação pública, precedida
de autorização legislativa e avaliação.
§ 1° Quando se tratar de bem imóvel de uso dominial, a autorização deverá se
fundamentar na autorização legislativa prévia.
§ 2° Em se tratando de bens móveis ou semoventes, a lei autorizativa
dispensará a licitação nos seguintes casos:
I - doação para fins de interesse social;
II - permuta;
III - venda de ações.
§ 3° Será dispensada, com autorização legislativa, a licitação no caso de doação
com ou sem encargos, dos bens móveis que se tenham tornado obsoletos,
imprestáveis ou de recuperação antieconômica para o serviço público, a
benefício de pessoa jurídica de direito público ou privado, cujo fim principal
consistir em atividade de relevante interesse social.
§ 4° O Poder Executivo fica obrigado a proceder anualmente o levantamento dos
bens patrimoniais referidos nos parágrafos anteriores, e que serão objetos de
alienação ou doação.
§ 5º A cessão, concessão, alienação ou legitimação de posse, de terrenos do
patrimônio municipal, com área superior a 1.200m² (mil e duzentos metros
quadrados), somente poderá ocorrer, mediante prévia autorização legislativa.
§ 5º com redação dada pela Emenda nº 37/2012-CMM, de 03.01.2012
§ 5º A cessão, alienação e a concessão de terrenos do patrimônio fundiário
municipal, com área superior a 1.200m² (mil e duzentos metros quadrados),
somente poderão ocorrer mediante prévia autorização legislativa. NR
§ 5º, do art. 59, redação dada pela Emenda a LOM nº 046/2017-CMM, de 03.01.2017.
§ 6º acrescido ao art. 59, com redação dada pela Emenda a LOM nº 046/2017-CMM, de
03.01.2017.
38
§ 7º A legitimação de lotes urbanos do Município de Macapá com área de até
40.000m² (quarenta mil metros quadrados), será condicionada aos termos da
legislação municipal específica.
§ 7º acrescido ao art. 59, com redação dada pela Emenda a LOM nº 046/2017-CMM, de
03.01.2017.
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Subseção III
Da dívida ativa
Seção III
Da dívida pública
41
Capítulo VII
DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS
Seção I
Disposições gerais
Seção II
Da publicidade
Art. 72. A publicação das leis e atos municipais será feita no Diário Oficial do
Município e, na impossibilidade, no órgão oficial do Estado, podendo o Poder
Executivo Municipal, firmar convênio com o Governo Estadual, no sentido do
Diário Oficial do Município ser impresso na Imprensa Oficial do Estado.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 73. O Diário Oficial do Município terá tiragem suficiente para distribuição nos
órgãos públicos municipais e será exibido em local de fácil acesso à população
no Prédio da Prefeitura, vendido em bancas de jornais e revistas a preço de
custo e distribuído, no mínimo, um exemplar de cada tiragem aos gabinetes dos
Vereadores.
Caput com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 1° A não distribuição do órgão oficial do Município aos gabinetes dos
Vereadores, se constituirá em omissão de informação ao Poder Legislativo
Municipal.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 2° No órgão oficial do Município poderão ser veiculadas notícias de caráter
administrativo e informativo.
42
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Seção III
Das informações e das certidões
Art. 74. Todo órgão público, entidade municipal ou agente público, prestarão aos
interessados no prazo da lei e sob pena de responsabilidade, as informações de
interesse particular, coletivo ou geral, ressalvadas àquelas cujo sigilo seja
imprescindível.
Caput com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 1° As certidões serão fornecidas de acordo com a solicitação do requerente,
sob forma resumida ou de inteiro teor, de assentamentos constantes de
documento ou processo administrativo.
§ 2° A certidão poderá constituir-se de cópias reprográficas das peças indicadas
pelo requerente.
§ 3° O requerente, ou seu procurador, terá vista de documento ou processo na
própria repartição em que se encontre.
§ 4° Os processos administrativos somente poderão ser retirados da repartição
nos casos previstos em lei, e por prazo não superior a quinze dias.
§ 5° Será promovida a responsabilidade administrativa, civil e penal que couber,
nos casos de inobservância das disposições deste artigo.
Capítulo VIII
DAS OBRAS, SERVIÇOS E LICITAÇÕES
Art. 75. Nenhuma obra pública, sob pena de invalidação de contrato, será
realizada sem:
I - o respectivo projeto arquitetônico ou construtivo e os projetos
complementares necessários à correta interpretação e execução da obra;
43
II - o orçamento de seu custo;
III - a indicação dos recursos orçamentários e financeiros para atendimento das
respectivas despesas;
IV - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o
interesse público;
V - os prazos para o seu início e término;
VI - a indicação do plano, o programa ou outro instrumento em que esteja
prevista;
VII - a observância ao Plano Diretor e demais instrumentos legais pertinentes.
Art. 76. O Município investirá prioritariamente em:
I - obras essenciais de escoamento de água pluvial, iluminação pública, abertura
e pavimentação de vias, contenção ribeirinhas, implantação de estruturas
destinadas ao atendimento de saúde e educação.
II - manutenção do patrimônio urbano, garantindo a conservação de vias,
sinalização semafórica, iluminação, imóveis e prédios públicos.
Parágrafo único. Na aplicação dos investimentos para manutenção de edifícios
públicos, haverá prioridade para os destinados ao atendimento educacional e de
saúde.
Art. 77. Os serviços públicos municipais serão prestados pelo Poder Público,
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, nos termos desta lei.
§ 1° Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à
regulamentação, controle e fiscalização do município, incumbindo aos que o
executem, sua permanente atualização e adequação às necessidades dos
usuários.
§ 2° O não cumprimento dos encargos trabalhistas, bem como das normas de
saúde, higiene e segurança do trabalho e de proteção do meio ambiente pela
prestadora de serviços públicos, importará na rescisão do contrato sem direito à
indenização.
§ 3° A lei fixará e graduará as sanções a serem impostas às permissionárias ou
44
concessionárias que desatenderem o disposto no parágrafo anterior, prevendo,
inclusive, as hipóteses de não renovação da permissão ou concessão.
§ 4° O disposto neste artigo não impede a locação de bens ou serviços, por
parte da administração Direta ou Indireta, com o intuito de possibilitar a regular e
eficaz prestação de serviço público.
Art. 78. A paralisação das obras públicas iniciadas dependerá de prévia
autorização legislativa.
Art. 79. Lei Municipal disporá sobre:
I - o regime das concessões e permissões de serviços públicos, o caráter
especial do respectivo contrato ou ato, o prazo de duração e eventual
prorrogação, admitida esta excepcionalmente, bem como, as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão e da permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - a política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Parágrafo único. O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços a
que se refere o caput deste artigo, desde que constatado que sua execução não
atenda às condições estabelecidas no ato de permissão ou contrato de
concessão.
Art. 80. As licitações e os contratos celebrados pelo Município para compras,
obras e serviços serão disciplinados por lei, respeitadas as normas gerais
editadas pela União e por esta Lei Orgânica, os princípios da igualdade dos
participantes, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao
instrumento convocatório, do julgamento objetivo do interesse público e dos que
lhe são correlatos.
Parágrafo único. A legislação ordinária estabelecerá limites diferenciados para a
realização de licitações pelas unidades descentralizadas da administração
municipal, bem como os casos de dispensa e inexigência de licitação.
45
Capítulo IX
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E FINANCEIRA
Seção I
Disposições gerais
Art. 81. As finanças públicas do Município serão regidas por normas gerais que
disciplinem a receita, a despesa, os orçamentos e o crédito público.
Art. 82. Aplicar-se-ão, ao Município, as normas gerais de Direito Financeiro,
Tributário, Econômico e de Orçamento, baixadas por lei complementar, bem
como as baixadas por lei da União e do Estado, no âmbito de suas respectivas
competências.
Parágrafo único. O Município suplementará, no que couber, a legislação federal
e a estadual sobre as normas gerais a que se refere este artigo.
Art. 83. As receitas e as despesas orçamentárias serão movimentadas através
de caixa única, regularmente instituída.
Parágrafo único. A Câmara Municipal terá sua própria tesouraria, por onde
movimentará os recursos que lhe forem liberados.
Art. 84. As disponibilidades de caixa da administração direta, indireta e
fundacional do Município, inclusive fundos, serão depositadas em instituições
financeiras governamentais, ressalvados os casos previstos em lei.
Art. 85. Poderá ser constituído regime de adiantamento em cada uma das
unidades da administração direta, nas autarquias, nas fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público Municipal e na Câmara Municipal para atender as
despesas miúdas de pronto pagamento, definidas em lei.
Art. 86. A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de
suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores
administrativos, na forma da lei.
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Seção II
Da receita
Art. 87. A receita Municipal constitui-se do produto:
I - dos tributos de sua competência;
II - dos repasses financeiros transferidos de outras pessoas de direito público
interno;
III - das tarifas e preços públicos;
IV - dos rendimentos sobre o seu patrimônio;
V - das operações de crédito;
VI - da conversão em espécie, de bens e direitos;
VII - das doações, contribuições e auxílios;
VIII - das indenizações e restituições;
IX - das multas e juros.
Parágrafo único. As arrecadações das receitas do município poderão ser feitas
através de rede bancária, mediante designação do Poder Executivo Municipal.
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 88. O Município divulgará, até o último dia do mês subseqüente à
arrecadação, o total de sua receita, discriminando o montante de cada um dos
tributos arrecadados, bem como os repasses financeiros recebidos da União e
do Estado, nos termos da Constituição Federal e da Lei de Responsabilidade
Fiscal.
Caput com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Parágrafo único. A divulgação da receita se fará de forma a conter no exercício,
os valores do mês e até o mês, bem como, os percentuais da participação de
cada fonte da receita do total arrecadado.
Subseção I
Dos tributos
Art. 89. O Município instituirá os impostos, taxas e contribuições que lhe forem
47
outorgados pela Constituição da República.
Art. 90. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado
ao Município:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores, ocorridos antes do início da vigência da lei que
os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou.
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bem, por meio de tributos
intermunicipais, ressalvada a cobrança de meio de pedágio, pela utilização de
vias conservadas pelo Poder Público Municipal.
Art. 91. É vedado ao Município estabelecer diferença tributária entre bens e
serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
Art. 92. Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão
de crédito presumido, anistia ou remissão relativos a Impostos, Taxas e
Contribuições de Melhoria, só poderão ser concedidos mediante Lei Municipal
específica, aprovada por maioria absoluta dos Membros da Câmara Municipal.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 93. As Empresas Públicas e sociedades de Economia Mista não gozarão de
privilégios fiscais, ficando sujeitas a toda extensão da política tributária municipal
da mesma forma que as empresas privadas, excetuando-se os casos previstos
em lei.
48
Art. 93. As Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista não gozarão
de privilégios fiscais, não extensíveis às do setor privado. (NR)
Art. 93, com redação dada pela Emenda a LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
Art. 94. A administração tributária é atividade essencial vinculada ao Município e
deverá estar dotada de recursos humanos e materiais necessários ao fiel
exercício de suas atribuições, principalmente no que se refere:
I - cadastramento do patrimônio, atividades econômicas e sociais de
contribuintes e responsáveis por pagamento de tributos;
II - lançamento de tributos;
III - fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias;
IV - inscrição de devedores em Dívida Ativa e a respectiva cobrança amigável ou
encaminhamento para cobrança Judicial.
Art. 95. O poder Executivo manterá atualizada a base de cálculo dos impostos
imobiliários e taxas municipais.
Parágrafo único. A atualização durante o exercício obedecerá aos índices
oficiais de atualização monetária.
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 96. Ocorrendo decadência do direito de constituir o crédito tributário ou a
prescrição para cobrá-lo, instaurar-se-á processo administrativo disciplinar na
forma da Lei para apurar responsabilidade.
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Parágrafo único. A autoridade municipal, qualquer que seja seu cargo, emprego
ou função, e independentemente do vínculo que possuir com o Município,
responderá civil, criminal e administrativamente pela prescrição ou decadência
ocorrida sob sua responsabilidade, cumprindo-lhe indenizar o município do valor
dos créditos prescritos ou não lançados.
Art. 97. O Município poderá, mediante convênio com o Estado e outros
Municípios, coordenar e unificar os serviços de fiscalização e arrecadação de
tributos, bem como delegar à União, ao Estado e a Municípios, ou deles receber
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encargos da administração tributária.
Art. 98. Compete ao Município instituir imposto sobre:
I - a propriedade predial e territorial urbana;
II - a transmissão inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis,
por natureza ou a cessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição;
III - REVOGADO (Emenda nº 10, de 12.04.2000)
IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no Art. 155, II da
Constituição da República Federativa do Brasil, definidos em Lei Complementar
Federal.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ l° O imposto previsto no inciso I será progressivo nos termos da lei municipal,
de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.
§ 2° O Imposto previsto no inciso II:
a) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao
patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão
de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de
pessoa Jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do
adquirente for à compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;
b) compete ao Município, relativamente aos imóveis nele localizados.
Art. 99. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado a
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Art. 100. É vedado ao Município instituir imposto sobre:
I - patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e do Município;
II - templos de qualquer culto;
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III - patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da
lei;
IV - livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
§ 1° A vedação do inciso I é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.
§ 2° As vedações do inciso I e do parágrafo 1° deste artigo, não se aplicam ao
patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou
em que haja contra-prestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
nem exoneram o promitente comprador da obrigação de pagar o imposto,
relativamente ao bem imóvel.
§ 3° As vedações, expressas nos incisos II e III, compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais
das entidades neles mencionadas.
§ 4º A imunidade tributária assegurada no inciso II deste artigo atinge, não só ao
templo, especificamente, como também a todos os imóveis pertencentes ao
conjunto arquitetônico do culto religioso, incluindo os centros comunitários e as
casas paroquiais.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 04, de 15.03.1994
Art. 101. Compete ao Município instituir taxas em razão do exercício do poder
de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
§ 1º A taxa referente ao Alvará de Licença para localização, será cobrado uma
única vez, quando da instalação do Estabelecimento Industrial, Comercial ou de
Prestação de Serviços.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 09, de 12.06.1997
51
§ 2º A taxa de Licença para Funcionamento de Estabelecimentos Industriais,
Comerciais ou de Prestação de Serviços em Geral, será cobrada anualmente,
em razão do Poder de Polícia do Município, mediante a comprovação dos
requisitos exigidos, pelos órgãos competentes, para o seu pleno e regular
funcionamento.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 09, de 12.06.1997
Art. 102. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de imposto.
Art. 103. Serão isentas de taxas as matrículas na rede municipal de ensino.
Art. 104. Compete ao Município instituir contribuições de melhoria decorrente
de obras públicas.
Art. 105. O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores,
para custeio, em beneficio desses, de sistemas de previdência e assistência
social.
Art. 106. Constituem repasses financeiros os percentuais, pertencentes ao
Município, de impostos de competência do Estado e da União.
Subseção II
Das tarifas e dos preços públicos
Art. 107. O Município poderá cobrar preços públicos, visando obter o
ressarcimento da prestação de serviços de natureza comercial ou industrial ou
de sua atuação na organização e exploração de atividades econômicas.
Parágrafo único. Os preços devidos pela utilização de bens e serviços
municipais serão fixados de modo a cobrirem os custos dos respectivos serviços
e a serem reajustados para não se tornarem deficitários.
Art. 108. Os preços públicos não estarão submetidos à disciplina jurídica dos
tributos.
Parágrafo único. Lei Municipal estabelecerá outros critérios para fixação dos
preços públicos.
52
Subseção III
Dos rendimentos sobre o patrimônio
Subseção IV
Das operações de crédito
53
liquidadas até 30 (trinta) dias após o encerramento do exercício financeiro em
que for contraída.
Art. 112. É vedada a realização de operações de crédito que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovadas pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta.
Parágrafo único. Não poderão ser pagas comissões a intermediários na
realização de operações de crédito.
Subseção V
Das demais fontes de receita
54
Seção III
Da despesa
55
Art. 118. São competentes para autorizar despesas: o Prefeito Municipal, o
Presidente da Câmara, os Secretários Municipais e os titulares da administração
indireta e fundacional.
Art. 119. A despesa decorrente do pagamento mensal do pessoal dos Poderes
Legislativo e Executivo, bem como das autarquias e fundações do Município, far-
se-á, impreterivelmente, até o quinto dia do mês subseqüente.
§ 1° A falta do pagamento a que se refere este artigo, ainda que parcial,
implicará na atualização monetária dos vencimentos e vantagens em atraso, até
a data da sua efetiva quitação.
§ 2° A diferença, decorrente do disposto no parágrafo anterior, será paga até o
último dia útil do mês seguinte àquele em que era devido.
§ 3° Será responsabilizado administrativamente o agente que concorrer ou der
causa ao atraso de pagamento ou que, por sua decisão, causar prejuízo ao
servidor municipal.
§ 4º Até o dia 10 de julho, o Poder Executivo providenciará o pagamento de 50%
(cinqüenta por cento) do valor do 13º (décimo terceiro) salário, dos servidores
municipais.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 5º O descumprimento do disposto neste artigo, implicará em crime de
responsabilidade e ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública, nos termos da Lei nº 8.429 de 02.06.1992.
§ 5º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 5º O descumprimento do disposto neste artigo, implicará em ato de
improbidade administrativa que atenda contra os princípios da administração
pública, nos termos da Lei nº 8.429 de 02 de junho de 1992. (NR)
§ 5º do art. 119, com redação dada pela Emenda à LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
56
Seção IV
Dos planos e dos orçamentos
Subseção I
Disposições gerais
57
Art. 124. Os orçamentos que compõem orçamento anual serão
compatibilizados com o plano plurianual e com as diretrizes orçamentárias,
evidenciando programas e políticas do Governo Municipal.
Subseção II
Do Plano Plurianual
Art. 125. A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá de forma setorizada e
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
municipal direta e indireta, para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Caput com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
I - para as despesas de capital e outras decorrentes de execução plurianual;
II - para as despesas relativas aos programas de duração continuada.
Parágrafo único. O plano plurianual, cuja elaboração contará com a participação
de entidades representativas da sociedade civil organizada, e das Agências
Distritais, será aprovado até o encerramento da primeira sessão legislativa do
primeiro ano de cada mandato do Prefeito, devendo ser encaminhado á
apreciação da Câmara Municipal, até o dia trinta de setembro, sob pena de
crime de responsabilidade do Prefeito Municipal.
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Subseção III
Das Diretrizes Orçamentárias
58
tributária e estabelecerá os limites para a elaboração da proposta orçamentária
do Poder Legislativo.
Caput com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
I - as metas e prioridades da administração pública municipal direta e indireta,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente;
II - a orientação para a elaboração da lei orçamentária anual;
III - as disposições sobre as alterações da legislação tributária;
IV - a autorização para concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos e funções ou as alterações de estrutura de
carreiras, bem como a admissão de pessoal a qualquer título, pelas unidades
governamentais da administração direta ou indireta, inclusive as fundações
instituídas e mantidas pelo Município, ressalvadas as empresas públicas e as
sociedades de economia mista.
§ 1º Para fins de elaboração da proposta orçamentária do Poder Legislativo,
considerar-se-á a receita corrente líquida efetivamente realizada no exercício
anterior ao ano da execução orçamentária, por previsão (art. 12, § 3º, da Lei
Complementar nº 101/2000).
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 18, de 19.12.2006
§ 2º A dotação orçamentária do Poder Legislativo poderá ser alterada, após a
entrada em vigor da lei orçamentária anual, obedecido o disposto no parágrafo
anterior.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 3º O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado a Câmara
Municipal até o dia trinta de abril, para apreciação e votação, até o dia 17 de
julho.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 18, de 19.12.2006
Art. 127. As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão
ser aprovadas, quando incompatíveis com o plano plurianual.
59
Subseção IV
Do orçamento anual
60
encerramento da Sessão Legislativa.
§ 2° Se não receber o projeto de lei do orçamento no prazo fixado no § 1º, deste
artigo, o Poder Legislativo considerará como proposta a lei do orçamento
vigente, com valores atualizados através de índices oficiais.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 3° Ocorrendo à omissão no último ano de mandato, o novo Chefe do Executivo
Municipal terá o prazo de quarenta e cinco dias para encaminhar à Câmara
Municipal as alterações que julgar convenientes.
Art. 129. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
localizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia.
Art. 130. As emendas ao projeto de lei de orçamento anual ou aos projetos que
o modifiquem, somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesas, excluídas as que incidem sobre:
a) dotação de pessoal e seus encargos;
b) serviços da dívida.
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
Art. 131. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do
projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes,
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante abertura de créditos
suplementares ou especiais, com prévia e específica autorização legislativa.
Art. 132. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição, a autorização para
61
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito de
qualquer natureza e objetivo.
Art. 133. Os orçamentos fiscais e de investimentos, compatibilizados com o
plano plurianual, terão, dentre suas funções, a de reduzir desigualdades no
atendimento dos serviços públicos municipais.
Art. 134. É vedado ao Executivo Municipal:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos
orçamentos fiscais e de seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
déficit de despesas de capital das empresas, fundações e fundos, inclusive os
instituídos e mantidos pelo Poder Público Municipal.
Art. 135. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem
lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
Art. 136. Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses do exercício, caso em que, reabertos nos
limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro
subseqüente.
Art. 137. A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
calamidade pública.
§ 1° O ato de abertura de crédito extraordinário deverá ser submetido, pelo
Prefeito, de imediato, à Câmara Municipal que, estando em recesso, será
convocada extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.
§ 2° A Câmara Municipal decidirá sobre a aprovação do ato que abriu o crédito
extraordinário bem como sobre as relações jurídicas dele decorrentes.
Art. 138. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados ao Poder
62
Legislativo, ser-lhe-ão entregues até o dia 20 (vinte) de cada mês, observado o
que dispuser a Lei Complementar a que se refere o artigo 165, parágrafo 9° da
Constituição da República.
“Art. 138. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados ao Poder
Legislativo, ser-lhe-ão entregues até o dia 20 (vinte) de cada mês, observado o
que dispuser a Lei Complementar a que se refere o artigo 165, § 9º, da
Constituição da República.
Art. 138, com redação dada pela Emenda à LOM nº 049/2018-CMM, 24.12.2018.
Incluídos os §§§ 1º, 2º e 3º ao art. 138, com redação dada pela Emenda à LOM nº 049/2018-
CMM, de 24.12.2018. verificar Emenda Original faltou o § 3º
I – Receitas tributárias:
a) IPTU (Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), será
calculado sobre o valor bruto, para efeitos duodecimais do Poder Legislativo, de
acordo com os percentuais estabelecidos no § 1º e Incisos;
63
b) IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) será calculado sobre o valor bruto,
para efeitos duodecimais do Poder Legislativo, de acordo com os percentuais
estabelecidos no § 1º e incisos;
c) ITBI (Imposto Sobre a Transmissão de Bens Inter Vivos) será calculado sobre
o valor bruto, para efeitos duodecimais do Poder Legislativo, de acordo com os
percentuais estabelecidos no § 1º e Incisos;
d) ISS (Imposto Sobre Serviços)será calculado sobre o valor bruto, para efeitos
duodecimais do Poder Legislativo, de acordo com os percentuais estabelecidos
no § 1º e Incisos;
e) CIP (Contribuição para o custeio da Iluminação Pública Municipal), será
calculado sobre o valor bruto, para efeitos duodecimais do Poder Legislativo, de
acordo com os percentuais estabelecidos no § 1º e Incisos;
f) taxas decorrentes da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos,
específicos e divisíveis, prestados ou contribuintes ou postos a sua disposição
compreendendo também o efetivo exercício do poder de polícia administrativa,
incluindo a taxas arrecadadas pela Companhia de Trânsito e Transporte de
Macapá – CTMAC, que serão calculadas sobre o valor bruto, para efeito
duodecimais do Poder Legislativo, de acordo com os percentuais estabelecidos
no § 1º e Incisos;
g) Contribuições de Melhorias serão calculadas sobre o valor bruto, para efeitos
duodecimais do Poder Legislativo, de acordo com os percentuais estabelecidos
no § 1º e Incisos;
h) Juros e multa das receitas tributárias, serão calculados sobre os valores
brutos, efeitos duodecimais do Poder Legislativo, de acordo com os percentuais
estabelecidos no § 1º e Incisos;
i) Receita da Dívida Ativa Tributária, serão calculados sobre os valores brutos,
para efeitos duodecimais do Poder Legislativo, de acordo com os percentuais
estabelecidos no § 1º e Incisos;
64
j) Juros e multas da dívida ativa tributária, serão calculados sobre os valores
brutos, para efeitos duodecimais do Poder Legislativo, de acordo com os
percentuais estabelecidos no § 1º e Incisos.
II – Transferências da União:
a) FPM (Fundo de Participação dos Municípios);
b) ITR (Imposto Territorial Rural);
c) IOF OURO (Imposto Sobre Operações Financeiras);
d) ICMS DESONERAÇÃO (Lei Complementar nº 87/96 – Lei Kandir);
e) CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico); prevista no art.
177, § 4º, da Constituição Federal;
f) A Compensação aos Estados e Municípios Exportadores – CEX (Medida
Provisória nº 599/2012).
Art. 139. O Poder Executivo publicará até trinta dias após o encerramento de
cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
65
Seção V
Da contabilidade municipal
Subseção I
Disposições gerais
66
registro na contabilidade, mediante classificação em conta adequada.
Parágrafo único. Os débitos e créditos serão escriturados com individualização
do vendedor ou do credor e especificação da natureza, importância e data do
vencimento, quando fixada.
Art. 144. As operações das gestões dos negócios públicos do Município serão
escrituradas pelo método das partidas dobradas, em subordinação ao Plano de
Contas Único.
Subseção II
Do sistema orçamentário
Subseção III
Do sistema financeiro
67
Art. 149. As contas da contabilidade orçamentária e da contabilidade financeira,
nessa última no que se refere à execução orçamentária, obedecerão, nos seus
desdobramentos, às especificações constantes da lei do orçamento e dos
créditos adicionais.
Subseção IV
Do sistema patrimonial
68
Subseção V
Do sistema industrial
Subseção VII
Dos demonstrativos da gestão
69
Art. 158. As contas do exercício constituir-se-ão, fundamentalmente, dos
Balanços Orçamentário, Financeiro, Patrimonial e da Demonstração das
Variações Patrimoniais.
Art. 159. Integrarão, ainda, as contas do exercício:
I - relatório do órgão central de contabilidade;
II - os balanços gerais consolidados do Município, no tríplice aspecto
orçamentário, financeiro e patrimonial, resultantes da fusão dos balanços gerais
da administração direta com os balanços gerais das autarquias;
III - os quadros demonstrativos previstos em Lei Complementar à Constituição
da República.
Capítulo X
DO PLANEJAMENTO DO MUNICÍPIO
Seção I
Do processo de planejamento
70
§ 4° Os planos municipais serão redigidos em linguagem clara e simples de
maneira a possibilitar seu amplo debate pela população.
§ 5° Os planos integrantes do processo de planejamento deverão ser
compatíveis entre si e seguir as políticas gerais e setoriais segundo as quais o
Município organiza sua ação.
§ 6° Lei disciplinará a realização, a discussão, o acompanhamento da
implantação, a revisão e a atualização dos planos integrantes do processo de
planejamento.
Art. 161. Compete ao Município implantar e manter atualizado o sistema
municipal de informações sociais, culturais, econômicas, financeiras,
patrimoniais, administrativas, físico-territoriais, inclusive cartográficas e
geológicas, ambientais e outras de relevante interesse para o Município,
assegurada sua ampla e periódica divulgação, e garantido seu acesso aos
munícipes.
§ 1° O Sistema de Informações deve atender aos princípios da simplificação,
economicidade, precisão e segurança, evitando-se duplicação de meios e
instrumentos.
§ 2° Os agentes públicos e privados ficam obrigados a fornecer ao Município,
nos termos da lei, todos os dados e informações necessárias ao sistema.
Seção II
Dos instrumentos do planejamento
71
VI - plano de administração municipal.
§ 1° Os instrumentos de que trata este artigo serão determinantes para o setor
público, vinculando os atos administrativos à sua execução.
§ 2° Nos primeiros quatro meses do mandato, o Prefeito remeterá à Câmara
Municipal o Plano de Administração Municipal, do qual constarão:
I - diagnóstico sobre a situação administrativa do Município;
II - análise das necessidades municipais e dos recursos existentes e
mobilizáveis;
III - estabelecimento das necessidades e dos investimentos prioritários;
IV - fixação de objetivos e metas.
§ 3° A realização dos planos e programas do Município é de permanente
coordenação e revisão por parte dos órgãos responsáveis pela sua execução,
com a finalidade de assegurar eficiência e eficácia dos objetivos e metas fixadas.
§ 4° As decisões administrativas serão tomadas pela autoridade competente,
após o parecer de todos os órgãos interessados, ressalvados os casos de
emergência, caracterizados por situações que possam comprometer a
integridade de pessoas e bens.
Seção III
Dos conselhos
72
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2° Os Membros Titulares dos Conselhos Municipais serão remunerados,
exceto Parlamentar, Secretários Municipais e ocupantes de Cargo em
Comissão.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3º O processo eleitoral para a escolha dos 5 (cinco) membros e 5 (cinco)
suplentes do Conselho Tutelar, dar-se-á na sede do Município, solicitando-se
para tanto, a colaboração da justiça eleitoral e a fiscalização do Ministério
Público.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Seção IV
Da participação nas entidades regionais
TÍTULO IV
DO PODER MUNICIPAL
Capítulo I
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Art. 166. O Poder Municipal pertence ao povo, que o exerce através dos
73
Poderes Legislativo e Executivo, independentes e harmônicos entre si.
§ 1º É vedado ao Poder Municipal a delegação de atribuições, salvo os casos
previstos nesta Lei Orgânica.
§ 2° Investido em um dos poderes, o agente político não poderá exercer
atribuições de outro.
Capítulo II
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Da Câmara Municipal
74
§ 2º REVOGADO (Emenda nº 13, de 26.12.2001)
Parágrafo Único. Acima de 900.000 habitantes deverá ser cumprido o disposto
no Art. 29-A da Constituição Federal.
Parágrafo único acrescentado pela Emenda 025/2008-CMM, de 30.12.2008.
Art. 169. A Câmara Municipal reunir-se-á no dia 1º de janeiro do primeiro ano
de cada legislatura, em sessão solene de instalação, independente do número,
sob a presidência do vereador mais idoso entre os presentes, para dar posse
aos Vereadores, ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e eleger a Mesa Diretora.
§ 1° Os Vereadores presentes prestarão compromisso e tomarão posse após
seguinte juramento:
“PROMETO CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, A
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO, A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, E AS
DEMAIS LEIS, DESEMPENHAR O MANDATO QUE ME FOI CONFIADO,
TRABALHANDO PELO PROGRESSO DO MUNICÍPIO E DE SEU POVO.”
§ 2º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo, deverá
fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias, podendo tal prazo ser prorrogado, por
motivo justificado, a requerimento do interessado, por 10 (dez) dias, com
aprovação da Câmara.
§ 3° Durante o recesso, a posse referida no parágrafo anterior, realizar-se-á
perante o Presidente, em solenidade pública em seu gabinete, observada a
exigência da apresentação do diploma e da prestação do compromisso.
§ 4° Findo o prazo de 25 (vinte e cinco) dias, se o Vereador não tomar posse,
considera-se como renunciante ao mandato, sendo convocado o suplente.
§ 5° No ato da posse, o Vereador deverá desincompatibilizar-se, e apresentar o
diploma e sua declaração de bens, sendo ambos transcritos em livro próprio e
colocados à disposição pública.
Seção II
Das atribuições da Câmara Municipal
75
Art. 170. É atribuição da Câmara Municipal, deliberar sobre matérias de
competência do Município, especialmente sobre:
I - assuntos de interesse local;
II - tributos municipais e fixação ou alteração das tarifas cobradas pelos serviços
de transportes coletivos;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 29, de 28.05.2010
III - autorização de isenções, anistias fiscais e a remissão de dívida;
IV - plano diretor, orçamento anual, lei de diretrizes orçamentárias e plano
plurianual de investimentos;
V - autorização de abertura de créditos suplementares e especiais;
VI - obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem como a
forma e os meios de pagamentos;
VII - concessão de auxílios e subvenções de serviços públicos, de direito real,
concessão administrativa de uso de bens municipais e alienação de bens
imóveis;
VIII - criação, alteração e extinção de cargos públicos do município, bem como
sobre a fixação de remuneração;
IX - SUPRIMIDO (Emenda nº 09, de 12.06.1997)
X - educação, saúde pública, proteção das pessoas portadoras de deficiência,
da criança, do adolescente e do idoso;
XI - proteção de documentos, de obras e outros bens, de obras e outros bens de
valor histórico, artístico e cultural, como monumentos, paisagens naturais
notáveis e dos sítios arqueológicos do Município;
XII - evasão, destruição e descaracterização de obras de arte e outros bens de
valor histórico, artístico e cultural do Município;
XIII - abertura de meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
XIV - proteção do meio ambiente, combate à poluição e outros fatores que
impeçam a melhoria da qualidade de vida;
76
XV - medidas de incentivo ao desenvolvimento da indústria, do comércio e do
turismo;
XVI - criação de distritos industriais, observado o que dispõe o inciso XIV deste
artigo;
XVII - fomento da produção agropecuária e a organização do abastecimento
alimentar;
XVIII - promoção de programas de construção de moradias, melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico;
XIX - combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização;
XX - registro, acompanhamento e fiscalização das concessões de pesquisa e
exploração dos recursos hídricos e minerais em seu território;
XXI - estabelecimento e implantação da política de educação para o trânsito;
XXII - cooperação com a União e com o Estado, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem estar dos Munícipes;
XXIII - finanças públicas do Município;
XXIV - transferência temporária da Sede do Poder Executivo Municipal;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
XXV - guarda municipal, destinada a proteger bens, serviços e instalações do
município;
XXVI - sistema viário municipal;
Art. 171. São atribuições privativas da Câmara:
I - eleger os membros da Mesa Diretora, para mandato de dois anos;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
II - receber o compromisso dos Vereadores, dar posse ao Prefeito e ao Vice-
Prefeito, conhecer de suas renúncias e afastá-los temporariamente ou
definitivamente do cargo, de acordo com o disposto nesta Lei Orgânica e demais
leis;
III - elaborar o Regimento Interno da Câmara, e aprová-lo, mediante a maioria
absoluta de votos favoráveis;
77
IV - constituir comissões permanentes e especiais, assegurando, tanto quanto
possível, a proporcionalidade dos partidos e/ou blocos parlamentares;
V - a iniciativa de Lei Específica destinada a fixar os subsídios do Prefeito, do
Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, equivalentes ou assemelhados,
observado o que dispõe o art. 37, XI e 39, § 4º da Constituição da República
Federativa do Brasil, e art. 26 da Constituição do Estado do Amapá;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
VI - exercer, com auxílio do Tribunal de Contas, a fiscalização financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial do Município;
VII - julgar as contas anuais do Prefeito e apreciar os relatórios sobre a
execução dos planos de governo;
VIII - sustar os atos normativos de Poder Executivo que exorbitem do poder de
regulamentar, ou dos limites de delegação legislativa;
IX - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,
transformação ou extinção de cargos empregos e funções de seus serviços e a
iniciativa de Lei para a fixação da respectiva remuneração observado os
parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
X - autorizar ao Prefeito e o Vice-Prefeito a se ausentar do Município quando a
ausência exceder a 15 (quinze) dias, ou para o Exterior por qualquer tempo;
(trecho declarado inconstitucional)
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
XI - fiscalizar e controlar diretamente, os atos do Poder Executivo, incluídos os
da administração indireta e das fundações;
XII - proceder a tomada de contas do Município, quando não apresentadas no
prazo estabelecido nesta Lei Orgânica;
XIII - processar e julgar, Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores, Secretários
Municipais, equivalentes ou assemelhados, pela Legislação Federal pertinente;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
78
XIV - representar ao Ministério Público, mediante aprovação de 2/3 (dois terços)
dos seus membros, contra o Prefeito, o Vice-Prefeito e Secretários Municipais,
ou ocupantes de cargos em comissão, pela prática de crime contra a
administração pública;
XV - conceder licença a Prefeito, Vice-Prefeito, e aos Vereadores, para
afastamento do cargo;
XVI - criar comissões parlamentares de inquérito sobre fato determinado, e por
prazo certo, mediante requerimento apresentado por 1/3 (um terço) de seus
membros;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 14, de 02.08.2002
XVII - convocar os Secretários Municipais e demais ocupantes de Cargos em
Comissão, a fim de prestarem informações sobre assuntos inerentes às suas
atribuições no prazo de 15 (quinze) dias a contar do recebimento da
Convocação;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
XVIII - solicitar informações e requisitar documentos ao Poder Executivo, sobre
quaisquer assuntos referentes a administração municipal;
XIX - conceder título honorífico às pessoas que tenham reconhecidamente
prestado serviços relevantes ao Município, mediante decreto legislativo
aprovado por 2/3 (dois terços) de seus membros;
XX - propor juntamente com mais da metade das Câmaras Municipais, emenda
à Constituição do Estado;
XXI - autorizar a celebração de Convênios ou Consórcio de que o Município seja
parte, e que envolvam recursos municipais;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 09, de 12.06.1997
Parágrafo único. O não cumprimento do prazo estabelecido no inciso XVII,
implicará em infração político-administrativa, sujeito a julgamento pela Câmara
Municipal de Macapá.
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
79
Seção III
Da remuneração dos agentes políticos
Art. 172. Os subsídios dos Vereadores serão fixados por lei específica de
iniciativa da Câmara Municipal, obedecidos os seguintes limites máximos
estabelecidos na Constituição Federal:
Caput com redação dada pela Emenda nº 25, de 30.12.2008
I - enquanto o Município possuir de trezentos mil e um a quinhentos mil
habitantes, corresponderá a sessenta por cento do valor do subsídio dos
Deputados Estaduais;
Inciso I com redação dada pela Emenda nº 25, de 30.12.2008
II - quando o Município possuir mais de quinhentos mil habitantes,
corresponderá a setenta e cinco por cento do valor do subsídio dos Deputados
Estaduais.
Inciso II com redação dada pela Emenda nº 25, de 30.12.2008
§ 1° Nas Reuniões Extraordinárias, a Câmara Municipal, somente deliberará
sobre a matéria a qual foi convocada, vedada o pagamento de parcela
indenizatória em valor superior ao subsídio mensal.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2° Somente poderão ser realizadas 04 (quatro) Reuniões Extraordinárias por
mês, calculando-se o valor da parcela indenizatória de cada reunião no valor
máximo de 25% (vinte e cinco por cento) do subsídio mensal de cada Vereador.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3° O valor do subsídio do Presidente da Câmara será igual ao valor do
subsídio do Prefeito Municipal.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 4º Quando ocorrer convocação extraordinária da Câmara, com base no inciso I
do art. 191, desta Lei Orgânica, o Poder Executivo será responsável pelo
80
imediato pagamento da parcela indenizatória de cada reunião, devida aos
Vereadores e servidores convocados para os trabalhos de assessoramento às
Reuniões.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 5º O valor da parcela indenizatória dos servidores convocados para
assessoramento nas reuniões extraordinárias será equivalente a 20% (vinte por
cento), do valor da parcela devida aos Vereadores.
§ 5º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 6º As verbas de caráter indenizatório atribuídas aos vereadores em razão do
exercício do mandato parlamentar, serão estabelecidas por Ato da Mesa
Diretora da Câmara Municipal, obedecendo o percentual de até sessenta por
cento do valor que a mesmo titulo, for atribuído aos deputados da Assembléia
Legislativa do Estado.
§ 6º com redação dada pela Emenda nº 25, de 30.12.2008
§ 6º As verbas atribuídas aos vereadores em razão do exercício do mandato
parlamentar, obedecerão o percentual de 40% (quarenta por cento), em relação
a verba de gabinete e 60% (sessenta por cento), em relação a verba de caráter
indenizatório, do valor das verbas, que a mesmo título, forem atribuídas aos
Deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Amapá.
81
§ 6º do Art. 172, com redação dada pela Emenda à LOM nº 051/2019-CMM, de
27.08.2019.
§ 1º , do art. 173, com redação dada pela Emenda à LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
§ 2º, do art. 173, com redação dada pela Emenda à LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
Art. 174, com redação dada pela Emenda à LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
Seção IV
Dos Vereadores
Art. 175. Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos, no
exercício do mandato e na circunscrição do Município.
Parágrafo único. Os vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem
sobre as pessoas que lhes confiarem ou delas receberem informações.
Art. 176. É vedado ao Vereador:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com órgão da administração direta, fundação
instituída ou mantida pelo Poder Público Municipal, empresa concessionária de
serviço público, pessoa jurídica de direito público, sociedade de economia mista,
autarquia, empresa pública ou empresa que preste serviço público por
delegação, no âmbito e em operações de crédito, salvo quando o contrato
obedecer a cláusulas uniformes;
b) exercer cargos, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam
demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior, ressalvada a
posse em virtude de aprovação em concurso público.
II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou Diretor de Empresa que goze de favor
decorrente de contrato de pessoa de direito público no município, ou nela
exercer função remunerada;
b) patrocinar causa que seja de interesse de qualquer das entidades a que se
refere o Inciso I;
83
c) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Art. 177. Perderá o mandato o Vereador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer em cada Sessão Legislativa, a 1/3 (um terço) das
Reuniões Ordinárias da Câmara, salvo licença ou missão autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos ou direitos políticos;
V - quando o decretar a justiça eleitoral, nos casos previstos na Constituição
Federal;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;
VII - utilizar-se do mandato para prática de atos de corrupção ou improbidade
administrativa, ou atentatória as instituições vigentes;
VIII - que deixar de residir no Município;
IX - que deixar de tomar posse sem motivo justificado, dentro do prazo
estabelecido nesta Lei Orgânica;
§ 1° Os casos incompatíveis com o decoro parlamentar serão definidos pelo
Regimento Interno;
§ 2° Nos casos dos incisos I, II e VII, a perda do mandato será decidida pela
Câmara Municipal, em Reunião Extraordinária tornada pública para a sociedade,
através de voto aberto e maioria de dois terços (2/3) de seus membros,
mediante provocação da Mesa ou de Partido Político representado na Casa,
assegurada ampla defesa e o contraditório; (N.R. dada ao § 2º, do art. 177, pela
Emenda nº 042/2013-CMM, de 19.11.2013).
§ 3° Nos casos dos Incisos III, IV, V, VII, VIII e IX a perda será declarada pela
Mesa, de ofício, mediante provocação de qualquer de seus membros ou de
Partido Político representado na Casa, assegurada ampla defesa;
Art. 178. Extingue-se o mandato do Vereador:
I - por falecimento do titular;
II - por renúncia formalizada;
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Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - incidir nos impedimentos para o exercício do mandato estabelecidos em lei.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Parágrafo único. O Presidente da Câmara, nos casos definidos no caput deste
artigo, declarará a extinção do mandato.
Art. 179. Não perderá o mandato o Vereador:
I - investido em cargo de Secretário Municipal, Diretor de Autarquia ou
Fundação, Procurador Geral do Município, bem como em cargos equivalentes
em âmbito estadual, considerando-se automaticamente licenciado sem
remuneração, enquanto perdurar o impedimento.
I – Investido em cargo de Secretário Municipal, Diretor de Autarquia ou
Fundação, Procurador Geral do Município, bem como em cargos equivalentes
em âmbito estadual ou federal ou ainda cargo parlamentar, tais como Senador,
Deputado Federal e Deputado Estadual, desde que não seja na condição de
titular, considerando-se automaticamente licenciado sem remuneração,
enquanto perdurar o impedimento. (NR).
Inciso I, do art. 179, com redação dada pela Emenda à LOM nº 050/2019-CMM, de 15.01.2019.
Seção V
Da Mesa Diretora
Seção VI
Da renovação da Mesa Diretora
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Art. 185. A eleição para a renovação da Mesa Diretora realizar-se-á no 2º
Período da 1ª Sessão Legislativa, ano em que antecede as eleições para
Deputados Estaduais, empossando-se os eleitos no dia primeiro de janeiro para
mandato correspondente às duas últimas Sessões Legislativas.
Caput com redação dada pela Emenda nº 27, de 22.10.2009
§ 1° É permitida a reeleição para o mesmo cargo, na eleição imediatamente
subseqüente, na mesma legislatura.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 2° O processo eleitoral será o mesmo adotado para a eleição inicial da Mesa
Diretora.
§ 3° A não realização da eleição para renovação da Mesa Diretora na data
prevista neste artigo, em decorrência de motivo relevante, obriga ao Presidente
convocar reuniões diárias até que sejam eleitos os novos membros.
§ 4° Encerrado o mandato da Mesa Diretora e persistindo a indefinição dos
novos membros, assumirá, com plenos poderes, o Vereador mais idoso, que
convocará reuniões diárias para proceder a eleição, ou estando esta sub judice,
imediatamente após solucionado o impasse.
Art. 186. Qualquer membro da Mesa Diretora poderá ser destituído pelo voto
favorável de no mínimo 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, quando
negligente ou omisso no desempenho de suas atribuições regimentais.
Seção VII
Do presidente
Art. 187. Compete ao Presidente da Câmara, além de outras atribuições
estabelecidas no Regimento Interno:
I - representar a Câmara em juízo e fora dele;
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da
Câmara;
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III - cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV - promulgar resoluções e decretos legislativos, bem como as leis com sanção
tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário, desde que não
sancionadas e não promulgadas, em tempo hábil, pelo Prefeito Municipal;
V - fazer cumprir os atos da Mesa, bem como as Resoluções e os Decretos
Legislativos;
VI - apresentar ao Plenário até o dia 20 (vinte) de cada mês, o balanço relativo
aos recursos recebidos e as despesas realizadas no mês anterior, fornecendo
com antecedência cópia aos Vereadores;
VII - autorizar despesas e zelar pela regularidade dos repasses dos valores
orçamentários pela Câmara;
VIII- exercer, em substituição, a chefia do Executivo Municipal nos casos
previstos em lei;
IX - solicitar, ao Governador do Estado, por decisão da maioria absoluta dos
membros da Câmara, a intervenção no Município, nos casos admitidos pela
Constituição da República e pela Constituição do Estado.
X - designar comissões especiais nos termos do Regimento Interno, observadas
as indicações partidárias;
XI - declarar vagos os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, extintos os mandatos
de Vereadores, de acordo com a lei;
XII - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil organizada e
com membros da comunidade;
XIII - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia dez de abril de
cada ano, a prestação de contas do Município.
Art. 188. O Presidente da Câmara ou quem o substituir, somente manifestará o
seu voto nas seguintes hipóteses:
I - na eleição da Mesa Diretora;
II - quando a matéria exigir, para a sua aprovação, o voto favorável de 2/3 (dois
terços) ou da maioria absoluta dos membros da Câmara;
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III - quando, nas votações por maioria simples, ocorrer empate.
Seção VIII
Das reuniões
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Presidente da Câmara aos Vereadores.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 28, de 28.12.2009
§ 2° Na Reunião extraordinária, a Câmara Municipal deliberará exclusivamente
sobre matéria para a qual foi convocada.
Seção IX
Das comissões
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§ 2° Na constituição da Mesa Diretora e de cada comissão, é assegurado o
direito de representação proporcional dos partidos majoritários que integram a
Câmara.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 08, de 27.11.1996
§ 3° As comissões permanentes, em razão da matéria de sua competência,
cabe:
I - analisar e dar parecer nos projetos de lei de sua competência, na forma do
Regimento Interno;
II - realizar audiências públicas com entidades da saciedade civil;
III - convocar Secretários Municipais, Diretores de Empresas Públicas e de
Fundações, ou qualquer agente público municipal, para prestar informações
sobre assuntos inerentes às suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer
pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras e planos municipais de desenvolvimento e
sobre eles emitir parecer.
Art. 193. Qualquer entidade da sociedade civil organizada ou partido político,
poderá solicitar ao Presidente da Câmara a instalação de comissão especial e,
permissão para emitir conceitos ou opiniões.
Parágrafo único. A aprovação da solicitação será deliberada pelo plenário, pela
maioria absoluta de seus membros.
Seção X
Do processo legislativo
Subseção I
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Disposições gerais
Subseção II
Da emenda à Lei Orgânica
Subseção III
Das leis
93
III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de
servidores;
IV - criação, organização, transformação e atribuições das secretarias e demais
órgãos da administração direta, autárquica e fundacional do município;
V - Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Orçamento Anual e Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano e matéria tributária e orçamentária.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 198. Dependerão de voto favorável de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos
membros de Câmara, a aprovação e as alterações das seguintes matérias:
I - autorização para obtenção de empréstimos, inclusive para as autarquias,
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
II - rejeição do perecer prévio do Tribunal de Contas, referente às contas do
Prefeito e do Presidente da Câmara;
III - emenda à Lei Orgânica;
IV - concessão de título de Cidadão Honorário ou qualquer outra honraria ou
homenagem;
V - isenção de impostos municipais.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 09, de 12.06.1997
Art. 199. Dependerão do voto favorável da maioria absoluta dos membros da
Câmara a aprovação e as alterações das seguintes matérias:
I - matéria tributária;
II - ordenamento urbano, plano diretor e códigos;
III - regime jurídico dos servidores municipais;
IV - criação de cargos, funções e empregos da administração direta e indireta,
bem como sua remuneração;
V - concessão de serviço público;
VI - concessão de direito real de uso;
VII - alienação de bens e imóveis;
VIII - lei de diretrizes orçamentárias, plano plurianual, lei orçamentária anual e
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plano diretor de desenvolvimento urbano;
IX - aquisição de bens e imóveis por doação com encargos;
X - criação, organização e supressão de Distritos;
XI - criação, organização e atribuições das secretarias, agências distritais e dos
órgãos da administração pública;
XII - realização de operação de crédito para abertura de créditos adicionais,
suplementares ou especiais, com finalidade precisa;
XIII - rejeição de veto;
XIV - PASSA A FIGURAR COMO INCISO V DO ART. 198.
Alterado pela Emenda nº 09, de 12.06.1997
XV - aprovação ou alteração do Regimento Interno da Câmara.
XVI - A criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos da
administração direta e indireta, bem como, a fixação ou aumento da
remuneração dos servidores.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Parágrafo único. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da leitura de qualquer
projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal, seu Presidente, a
requerimento de qualquer Vereador, mandará incluí-lo na Ordem do Dia, para
ser discutido e votado, independente de parecer, exceto quando se trata de:
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
I - Projetos de Lei Complementar;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
II - Projetos de Lei do Plano Plurianual, das Diretrizes Orçamentárias e do
Orçamento.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 200. Não será permitida emenda cujo efeito implique em aumento da
despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvados àqueles que
disponham sobre o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentária e o
95
orçamento anual e suas alterações;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
II - nos projetos de iniciativa privativa da Câmara.
Art. 201. São objetos de leis complementares, além de outras, as seguintes
matérias:
I - plano diretor;
II - códigos;
III - regime jurídico de servidores;
IV - REVOGADO (Revogado pela Emenda nº 13, de 26.12.2001)
Art. 202. O Prefeito enviará à Câmara Municipal projetos de lei de sua iniciativa
e poderá solicitar urgência para apreciação, em qualquer fase de sua tramitação.
§ l° A solicitação do Prefeito para apreciação de matéria de sua competência
exclusiva, em regime de urgência, não necessitará de deliberação do Plenário.
§ 2° A matéria para a qual foi solicitada apreciação em Regime de Urgência,
deverá ser apreciada pela Câmara dentro de 15 (quinze) dias úteis contados da
data de seu recebimento.
(§ 2º Alterado pela Emenda nº 13, de 26 de dezembro de 2001)
§ 3° Esgotado o prazo determinado no parágrafo anterior, sem deliberação pela
Câmara, será esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se as demais
matérias, até que se ultime a votação.
§ 4° O Prefeito poderá solicitar à Mesa da Câmara, a devolução de projeto de lei
de sua autoria, em qualquer período de sua tramitação, excetuando-se a fase de
votação o Projeto de Lei do Orçamento.
§ 4º Alterado pela Emenda nº 09, de 12 de junho de 1997
Art. 203. O projeto de lei, aprovado pela Câmara, será enviado ao Prefeito que,
aquiescendo, o sancionará.
§ 1° Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de
quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de
96
quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto.
§ 2° Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito importará em
sanção.
§ 3° O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de
inciso ou de alínea.
§ 4° O veto será apreciado dentro de trinta dias, a contar de seu recebimento, só
podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos vereadores.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 5° Se o veto foi rejeitado, será a Lei enviada, para promulgação, ao Prefeito.
§ 6° Esgotado, sem deliberação, o prazo previsto no parágrafo 4°, o veto será
colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais
proposições, até sua votação final.
§ 7° Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito,
nos casos dos parágrafos 2° e 5°, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se
este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo, sob pena de
perda de mandato de membro da Mesa.
§ 7º com redação dada pela Emenda nº 14, de 02.08.2002
Art. 204. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá
constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.
Art. 205. É vedada a delegação legislativa.
Subseção IV
Dos decretos legislativos e resoluções
97
privativa da Câmara, que produza efeitos externos, não dependendo de sanção
ou veto do Prefeito.
Art. 208. O Processo Legislativo das Resoluções e dos Decretos Legislativos
dar-se-ão conforme determinado no Regimento Interno da Câmara, observando-
se, no que couber o disposto nesta Lei Orgânica.
Subseção V
Da fiscalização contábil, financeira e orçamentária
98
privativa do Prefeito, com solicitação de urgência.
§ 5° SUPRIMIDO (Emenda nº 09, de 12.06.1997)
§ 6° As contas do Município ficarão, durante sessenta dias, anualmente, a partir
de primeiro de abril, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e
apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 7° O Município divulgará, até o último dia do mês subseqüente ao da
arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos
recebidos, os valores de origem tributária, entregues ou a entregar, a expressão
numérica dos critérios de rateio e o total das despesas com pessoal.
§ 8º A não divulgação dos montantes previstos no parágrafo anterior, implicará
em Crime de Responsabilidade do Prefeito Municipal, sujeito ao julgamento do
Poder Judiciário, nos termos do disposto no art. 1º, do Decreto Lei nº 201/67, de
27 de fevereiro de 1967, e legislação pertinente.
§ 8º acrescentado com redação dada pela Emenda nº 09, de 12.06.1997
Art. 210. As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e
Estado serão prestadas na forma da Legislação Federal e Estadual em vigor,
podendo o Município suplementar essas contas, sem prejuízo de sua inclusão
na prestação anual de contas.
Art. 211. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, para atuar de forma
integrada, sistema de controle interno, a fim de:
I - criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao controle externo e
regularidade à realização da receita e despesa;
II - avaliar o cumprimento de metas privativas no plano plurianual, a execução de
programas de governo da lei de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos do
Poder Executivo e do Poder Legislativo;
III - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos da administração
direta e das entidades da administração indireta e da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
99
IV - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres do Município;
V - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional;
VI - avaliar os resultados alcançados pelos administradores e verificar a
execução de contratos.
§ 1° Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas
do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2° Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima
para, na forma da Lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o
Tribunal de Contas do Estado.
Seção XI
Da procuradoria jurídica da câmara
Capítulo III
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
100
Disposições gerais
101
§ 3° Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á nova eleição
noventa (90) dias após aberta a última vaga.
§ 4° Ocorrendo vacância de ambos os cargos no último ano de mandato, o
cargo será exercido pelo Presidente da Câmara Municipal.
Art. 217. No ato de posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito
farão Declaração Pública de seus bens, que serão transcritas em livro próprio e
colocadas a disposição pública.
Art. 218. As proibições e incompatibilidades dos Vereadores aplicam-se, no que
couber, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito.
Art. 219. O Prefeito e o Vice-Prefeito residirão no Município e dele não poderão
se ausentar durante o exercício do mandato, salvo se a ausência não
ultrapassar quinze dias, exigindo-se licença prévia da Câmara Municipal para
viagem ao exterior por qualquer tempo.
Art. 220. O Prefeito terá direito a percepção do subsídio mensal quando:
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - impossibilitado de exercer o cargo por motivo de doença devidamente
comprovada;
II - no gozo de férias;
III - a serviço em missão de representação do município.
Seção II
Das atribuições do Prefeito
Art. 221. Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a
competência da Câmara Municipal quanto àqueles utilizados em seus serviços.
Art. 222. Compete privativamente ao Prefeito:
I - representar o município em juízo e nas relações políticas, sociais, jurídicas e
administrativas;
II - nomear e exonerar os Secretários Municipais e demais auxiliares;
III - exercer, com o auxílio de seus auxiliares diretos, a administração municipal,
segundo os princípios desta Lei Orgânica;
102
IV - iniciar o processo legislativo, nos termos desta Lei Orgânica;
V - vetar projetos de lei, parcial ou totalmente;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
VI - solicitar auditoria ao Tribunal de Contas do Estado;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
VII - prover e extinguir cargos públicos municipais na forma da lei, ressalvada a
competência da Câmara Municipal;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
VIII - desapropriar bens, mediante a expedição de atos de declaração de
utilidade pública, ou necessidade pública, ou de interesse social;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
IX - solicitar o auxílio da Polícia Militar do Estado para garantia de seus atos;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
X - propor a criação, a organização e a suspensão de distritos, observada a
Constituição Estadual e legislação pertinente;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
XI - celebrar convênios, acordos, consórcios, ajustes e contratos de interesse
municipal, respeitado o disposto nesta Lei Orgânica;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
XII - contrair empréstimos e realizar operações de crédito, mediante prévia
autorização da Câmara Municipal;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
XIII - propor à Câmara Municipal alterações da legislação de parcelamento, uso
e ocupação do solo, bem como de alteração nos limites das zonas urbanas e de
expansão urbana;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
XIV - propor sobre a estrutura, a organização e o funcionamento da
administração municipal, na forma estabelecida nesta Lei Orgânica;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
103
XV - decretar estado de calamidade pública, na existência de fatos que a
justifiquem;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
XVI - propor ação de inconstitucionalidade de lei ou de ato municipal;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
XVII - delegar a seus auxiliares, funções administrativas que sejam de sua
competência exclusiva;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
XVIII - convocar extraordinariamente a Câmara Municipal;
Parágrafo único. É dever do Prefeito, sob pena de crime de responsabilidade e
ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública, nos termos do disposto na Lei nº 8.429, de 2 de junho de
1992:
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
I - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
II - remeter mensagem e plano de governo à Câmara Municipal, por ocasião da
abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Município e solicitando
as providências que julgar necessárias;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
III - prestar, dentro de 30 (trinta) dias, no máximo, as informações requeridas
pelos Vereadores através da Câmara Municipal, enviando cópias dos
documentos porventura solicitados; Inciso com redação dada pela Emenda nº
13, de 26.12.2001.
IV - encaminhar à Câmara Municipal, até o dia 31 de março do ano
subseqüente, a prestação de contas do Município.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
V - repassar a Câmara Municipal, até o dia vinte de cada mês, as parcelas das
104
dotações orçamentárias que devam ser dispendidas por Duodécimo.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
VI - elaborar e remeter a Câmara Municipal, o plano plurianual, o projeto de lei
de diretrizes orçamentárias e o projeto de lei orçamentária anual, nos prazos
estabelecidos nesta Lei Orgânica.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
VII - apresentar a Câmara Municipal, projeto de lei dispondo sobre o regime de
concessão ou permissão de serviços;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
VIII - apresentar, semestralmente, a Câmara Municipal, relatório sobre o
andamento das obras e serviços municipais;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
IX - cumprir o disposto no art. 119 e arts. 8º e 9º, do Ato das Disposições
Transitórias, desta Lei Orgânica;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
X - dar publicidade aos atos oficiais.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001.
Seção III
Da responsabilidade do Prefeito
105
I - pelo Tribunal de Justiça do Estado nos crimes comuns e de responsabilidade,
nos termos da Legislação Federal aplicável;
II - pela Câmara Municipal nas infrações político-administrativas nos termos da
Lei, assegurados, dentre outros requisitos da validade, o contraditório, a
publicidade, ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, e a decisão
motivada que se limitará a decretar a cassação do mandato do Prefeito.
§ 1° O Prefeito ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Amapá;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Amapá.
§ 2° Se no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do Prefeito, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.
Art. 225. São infrações político-administrativas do Prefeito, do Vice-Prefeito,
Secretários Municipais, Equivalentes ou Assemelhados, sujeitas ao julgamento
da Câmara Municipal e sancionadas com a perda do mandato ou do cargo:
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000.
I - impedir o funcionamento regular da Câmara Municipal;
II - impedir ou colocar entraves ao exame de livros e documentos que devam
constar dos arquivos da Prefeitura;
III - não atender, sem motivo justo e justificado no prazo de 15 (quinze) dias, às
convocações ou os pedidos de informações feitos pela Câmara Municipal;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 34, de 14.06.2011.
IV - retardar, sem motivo justo, a publicação ou deixar de publicar as leis e atos
sujeitos a essa formalidade;
V - deixar de apresentar, em tempo hábil, à Câmara Municipal, as propostas de
diretrizes orçamentárias, dos orçamentos anuais e do plano plurianual;
VI - deixar de cumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;
106
VII - omitir-se ou negligenciar na defesa do patrimônio público e dos interesses
do Município;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000.
VIII - ausentar-se do município sem autorização da Câmara de Vereadores, por
tempo superior a 15 (quinze) dias;
IX - ter postura incompatível com a dignidade e o decoro do cargo;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000.
X - retardar ou deixar de praticar indevidamente, ato de ofício;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000.
XI - ausentar-se do Território Nacional por qualquer tempo sem autorização da
Câmara Municipal de Macapá.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000.
Art. 226. O Prefeito e o Vice-Prefeito perderão o mandato, por extinção,
declarada pelo Presidente da Câmara, quando:
Caput com redação dada pela Emenda nº 09, de 12.06.1997.
I - sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, nos termos
da Legislação Federal;
II - perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
III - decretado pela Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição da
República;
IV - renunciar por escrito, considerada também como tal o não comparecimento
para a posse no prazo estabelecido nesta Lei Orgânica.
V - incidir nos impedimentos para o exercício do mandato previsto em lei.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 09, de 12.06.1997.
Seção IV
Dos auxiliares do Prefeito
107
maiores de dezoito (18) anos, de reputação ilibada e no exercício de seus
direitos políticos.
Parágrafo único. Os auxiliares diretos do Prefeito, quando da nomeação e da
exoneração, terão de apresentar suas respectivas declarações de bens, cujas
cópias deverão ser encaminhadas à Câmara Municipal de Macapá e ao Tribunal
de Contas do Estado.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 09, de 12.06.1997.
Art. 228. Além de outras atribuições fixadas em lei, compete aos auxiliares
diretos do Prefeito:
Art. 228. São auxiliares do Prefeito os Secretários e os titulares de cargos
equivalentes ou assemelhados.
Art. 228, com redação dada pela Emenda a LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
§ 5º e seus incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, do art. 228, com redação dada pela Emenda à
LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
109
VI – comparecer à Câmara Municipal sempre que convocados para prestar
informações sobre assuntos inerentes as suas contribuições;
VII – zelar e fazer zelar pelo patrimônio público;
VIII – delegar atribuições, por ato expresso, aos seus subordinados. (NR)
§ 5º e seus incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII, do art. 228, com redação dada pela Emenda à
LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
Seção V
Da transição administrativa
Art. 229. Até trinta dias antes da posse do Prefeito eleito, o Prefeito Municipal
deverá preparar, para entregar ao sucessor e para publicação imediata, relatório
da situação da administração municipal que conterá, entre outras, informações
atualizadas sobre:
I - dívidas do município, por credor, com as datas dos respectivos vencimentos,
inclusive das dívidas a longo prazo e encargos decorrentes de operações de
crédito de qualquer natureza;
II - medidas necessárias a regularização das contas municipais perante o
Tribunal de Contas do Estado;
III - prestação de contas de convênios celebrados com organismos da União e
do Estado, bem como do recebimento de subvenções ou auxílios;
IV - situação dos contratos com concessionárias e permissionárias de serviços
públicos;
V - estado dos contratos de obras e serviços em execução ou apenas
formalizados, informando sobre o que foi realizado e pago e o que há por
executar e pagar, com prazos respectivos;
VI - transferências a serem recebidas da União e do Estado por força de
mandamento constitucional ou convênios;
110
VII - projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em curso na Câmara
Municipal, para permitir que a nova administração decida quanto à conveniência
de lhes dar prosseguimento, acelerar seu andamento ou retirá-los;
VIII - situação dos servidores do Município, seu custo, quantidade e órgãos em
que estão lotados e em exercício.
Art. 230. É vedado ao Prefeito Municipal assumir, por qualquer forma,
compromissos financeiros para a execução de programas ou projetos após o
término do seu mandato, não previstos na legislação orçamentária.
§ 1° O disposto neste artigo não se aplica nos casos comprovados de
calamidade pública.
§ 2° Serão nulos e não produzirão nenhum efeito os empenhos e atos praticados
em desacordo com este artigo, sem prejuízo de responsabilidade do Prefeito.
Art. 231. Aplica-se, no que couber, ao Presidente da Câmara, os dispositivos
constantes da transição administrativa do Poder Executivo.
Seção VI
Da procuradoria geral do município
111
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 20/2007-CMM, de 08.01.2008
§ 2° Os Procuradores Municipais serão organizados em carreira, mediante
investidura em cargo público de natureza efetiva e regime jurídico estatutário
após prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos,
realizado pelo Poder Executivo Municipal, assegurada a participação de Ordem
dos Advogados do Brasil-Seccional do Amapá (OAB-AP), em todas as fases do
processo seletivo, observados os requisitos estabelecidos em Lei
Complementar.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 20/2007, de 08.01.2008
§ 3º A Procuradoria Geral atuará, obrigatoriamente, no controle interno da
legalidade dos atos do Poder Executivo, e exercerá a defesa dos interesses
legítimos do Município de Macapá, incluídos os de natureza financeiro-
orçamentário, sem prejuízo das atribuições dos Ministérios Públicos Estadual,
Federal, do Trabalho e do Tribunal de Contas do Estado do Amapá;
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 20/2007, de 08.01.2008
§ 4º Os cargos de Procurador Geral do Município e de Sub-Procurador são de
indicação privativa e de livre nomeação do Prefeito Municipal.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 20/2007, de 08.01.2008
§ 5º Os cargos de chefia de Procuradorias Especializadas são privativas de
detentores de cargo efetivo de Procurador e Advogado Municipal e os das
Assessorias Jurídicas Setoriais por Procurador e Advogado Municipal.
§ 5º com redação dada pela Emenda nº 20/2007, de 08.01.2008
§ 6º Lei Complementar disciplinará sobre a organização e o funcionamento da
Procuradoria Geral, bem como sobre o plano de carreira, remuneração e regime
jurídico dos Procuradores e Advogados do Município.
§ 6º com redação dada pela Emenda nº 20/2007, de 08.01.2008
§ 7º A Procuradoria Geral do Município poderá patrocinar medidas judiciais a
promover a aquisição de área urbana no Município de Macapá, onde se
configure as condições objetivas para usufruto coletivo, nos termos do art. 183,
112
da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
§ 7º com redação dada pela Emenda nº 20/2007, de 08.01.2008
Seção VII
Do assessoramento jurídico
TÍTULO V
DO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO
Capítulo I
DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Capítulo II
DA POLÍTICA URBANA
114
Art. 240. A Política de desenvolvimento urbano, a ser formulada e implementada
pelo Município, em conformidade com as diretrizes gerais fixadas pela União e
pelo Estado, tem por objetivo assegurar o desenvolvimento das funções sociais
da cidade em consonância com as políticas sociais e econômicas do Município.
Parágrafo único. As funções sociais da cidade compreendem o direito da
população à moradia, transporte público, saneamento básico, água potável,
serviços de limpeza urbana, drenagem das vias de circulação, energia elétrica,
abastecimento de gás, iluminação pública,saúde, educação, cultura, creche,
lazer, segurança, preservação, e recuperação do patrimônio ambiental, histórico
e cultural.
Art. 241. Para cumprir os objetivos e diretrizes da política urbana, o Poder
Público poderá intervir na propriedade, visando ao cumprimento de sua função
social e agir sobre a oferta do solo, de maneira a impedir sua retenção
especulativa.
Parágrafo único. O exercício do direito de propriedade e do direito de construir
fica condicionado ao disposto nesta Lei Orgânica, no Plano Diretor e à legislação
urbanista aplicável.
Art. 242. O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento
básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, servindo de
referência a todos os agentes públicos e privados.
§ 1° A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 2° As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
§ 3° É facultado ao Município, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não
edificado, sub-utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
115
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovado pelo Senado Federal, com prazo de resgate de
até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
da indenização e os juros legais.
§ 4º O Plano Diretor deverá ser revisto e atualizado a cada 5 (cinco) anos.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 5º São partes integrantes do Plano Diretor as leis que dispuserem sobre:
§ 5º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
I - Código de Posturas;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
II - Código de Edificações e Instalações;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
III - Código de Meio Ambiente;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
IV - Lei do Parcelamento e Uso do Solo Urbano;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
V - Lei do Perímetro Urbano.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 243. A política urbana terá como base, a participação popular e a
descentralização administrativa.
Art. 244. A política de desenvolvimento urbano respeitará os seguintes
preceitos:
I - provisão dos equipamentos e serviços urbanos em quantidade, qualidade e
distribuição espacial, garantindo pleno acesso a todos os cidadãos;
II - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
Urbanização;
III - ordenação e controle do uso do solo de modo a evitar:
a) a ociosidade, sub-utilização ou não utilização do solo edificável;
116
b) o estabelecimento de atividades consideradas prejudiciais à saúde e nocivas
à coletividade;
c) espaços adensados inadequadamente em relação à infra-estrutura e aos
equipamentos comunitários existentes ou previstos;
IV - compatibilização de usos, conjugação de atividades e estímulo à sua
complementaridade no território municipal;
V - urbanização, regularização fundiária e titulação de áreas faveladas e de
Baixa Renda, sem remoção dos moradores, salvo quando as condições físicas
da área ocupada imponham risco de vida aos seus habitantes, hipótese em que
serão seguidas as seguintes regras:
a) laudo técnico do órgão responsável;
b) participação da comunidade interessada e das entidades representativas na
análise e definição das propostas;
c) se necessário o remanejamento, o assentamento dar-se-á em local próximo a
moradia;
VI - regularização de loteamentos irregulares abandonados, não titulados e
clandestinos em áreas de baixa renda, através da urbanização e titulação,
sem prejuízo das ações cabíveis contra o loteador;
VII - preservação das áreas de exploração agrícola e pecuária;
VIII - utilização dos recursos naturais, mediante controle da implantação e da
implementação de atividades industriais, comerciais, residenciais,
agropecuárias e extrativas;
IX - a climatização da Cidade;
Art. 245. Para assegurar as funções sociais da cidade e da propriedade, o Poder
Público poderá valer-se dos seguintes instrumentos, além de outros que a lei
definir:
I - de caráter fiscal e financeiro:
a) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana, progressivo e
diferenciado por zonas, e outros critérios de ocupação e de uso do solo;
117
b) taxas e tarifas diferenciadas por zonas, segundo os serviços oferecidos;
c) incentivo e benefícios fiscais;
d) contribuições de melhoria;
e) recursos públicos destinados especificamente ao desenvolvimento urbano.
II - de caráter jurídico-urbanístico:
a) desapropriação por interesse social ou utilidade pública;
b) servidão administrativa e limitações administrativas;
c) tombamento de imóveis;
d) declaração de área de preservação ou proteção ambiental;
e) concessão real de uso ou domínio;
f) concessão de direito real de uso resolúvel;
g) lei de parcelamento do solo urbano;
h) lei de perímetro urbano;
i) códigos de obras e edificações;
j) código de posturas;
l) lei do solo criado;
m) código de licenciamento e fiscalização.
III - de caráter urbanístico-institucional:
a) programa de regularização fundiária;
b) programas de reserva de áreas para utilização pública;
c) programas de assentamentos de população de baixa renda;
d) programas de preservação, proteção e recuperação das áreas urbanas;
IV - de caráter administrativo:
a) subsídios à construção habitacional para a população de baixa renda;
b) urbanização de áreas faveladas e loteamentos irregulares e clandestinos,
integrando-os aos bairros onde estão situados.
Art. 246. O processo para desapropriação por interesse social e utilidade
pública, para o atendimento da política urbana e das diretrizes do plano diretor,
adotará como valor justo e real da indenização do imóvel desapropriado, o preço
118
do terreno como tal sem computar os acréscimos da expectativa de lucro ou das
mais-valias decorrentes de investimentos públicos na região.
Art. 247. O Poder Público, para área incluída no Plano Diretor, poderá exigir do
proprietário do solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado que
promova seu adequado aproveitamento, sob pena sucessivamente de:
I - parcelamento ou edificação compulsória, no prazo máximo de um (01) ano, a
contar da data de notificação pela Prefeitura ao proprietário do imóvel, devendo
a notificação ser averbada no Registro de Imóveis;
II - imposto progressivo no tempo, exigível até a aquisição do imóvel pela
desapropriação, cuja ação deverá ser proposta no prazo de dois anos contados
da data do primeiro lançamento do imposto;
III - desapropriação por necessidade ou utilidade pública efetuada mediante justa
e prévia indenização em dinheiro, admitida a indenização em títulos da dívida
pública somente nos casos de interesse social relevante, previstos na
Constituição Federal.
Parágrafo único. O imposto progressivo, a contribuição de melhoria e a
edificação compulsória não incidirão sobre terreno de até 800 (oitocentos)
metros quadrados cujos proprietários não tenham outro imóvel.
Art. 248. A alienação do imóvel, posterior à data de notificação, não interrompe
o prazo para parcelamento e edificação compulsórios.
Art. 249. As terras públicas não utilizadas ou sub-utilizadas serão
prioritariamente destinadas a assentamento de população de baixa renda e à
instalação de equipamentos urbanos de uso coletivo.
Parágrafo único. Nos assentamentos em terras públicas e ocupadas por
população de baixa renda, ou em terras não utilizadas ou sub-utilizadas, o
domínio ou a concessão real do uso será concedido ao homem, ou à mulher, ou
a ambos, independentemente de estado civil, nas formas e condições previstas
em lei.
Art. 250. Nos processos de regularização fundiária, o Município proporcionará à
119
população de baixa renda assistência jurídica através de órgãos próprios, ou de
convênios com entidades, cuja experiência seja reconhecida pela comunidade.
Art. 251. Incumbe ao Poder Público elaborar e executar programas de execução
de moradias populares e garantir condições habitacionais e de infra-estrutura
urbana, em especial às de saneamento básico e transporte.
Parágrafo único. Para esse fim, o Poder Público apoiará:
I - a criação de cooperativa e outras formas de organização que tenham por
objetivo a realização de programas de construção de moradias populares;
II - a pesquisa e a aplicação de soluções tecnológicas e urbanísticas
alternativas.
Art. 252. O orçamento do Município incluirá, obrigatoriamente, dotações
destinadas aos programas de moradia popular.
Art. 253. O Município adotará os procedimentos criminais e cíveis cabíveis
contra àqueles que, proprietário ou não, de áreas ou glebas urbanas,
parcelar a terra, abrir ruas, construir, vender ou receber qualquer tipo de
pagamento de terceiros pela ocupação do lote ou da construção, sem
autorização da autoridade competente.
Art. 254. A autorização para implantação de empreendimentos imobiliários e
industriais com a instalação de equipamentos urbanos e da infra-estrutura
modificadores do meio ambiente, por iniciativa do Poder Público ou de iniciativa
privada, será precedida de realização de estudos e avaliação de impacto
ambiental e urbanístico.
§ 1° A responsabilidade administrativa para a realização de estudo é do órgão a
quem compete a autorização.
§ 2º O relatório será submetido à apreciação técnica da administração do
Município.
§ 3° É garantido o direito de acesso ao relatório, em audiência pública, e de sua
contestação às entidades representativas da sociedade civil, bem como a
qualquer cidadão.
120
Art. 255. Qualquer projeto de edificação multifamiliar ou destinados a
empreendimentos industriais ou comerciais, de iniciativa privada ou pública,
encaminhado aos órgãos públicos, para apreciação e aprovação, será
acompanhado de relatório de impacto de vizinhança.
Capítulo III
DA HABITAÇÃO
Art. 256. Compete ao Município formular e executar a política habitacional,
visando à ampliação de oferta de moradia destinada, prioritariamente, à
população de baixa renda, bem como a melhoria das condições habitacionais
nos termos do disposto no Artigo 199 da Constituição do Estado.
Parágrafo único. Para o cumprimento do disposto neste artigo, o Município
buscará a cooperação financeira e técnica do Estado e da União.
Art. 257. A política habitacional do Município, integrando às do Estado e União,
objetivará a solução da carência habitacional de acordo com os seguintes
princípios e critérios;
I - ampliação e acesso a lotes mínimos dotados de infra-estrutura básica e
servidas de transporte coletivo;
II - estimular e assistir, tecnicamente, projetos comunitários e associativos de
construção de habitação e serviços.
Capítulo VI
DO TRANSPORTE URBANO
121
§ 1º O Transporte Coletivo é de competência exclusiva do Município, nos termos
do disposto no artigo 30 da Constituição da República Federativa do Brasil.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º O Município, na Prestação de Serviços de Transporte Público, diretamente
ou através de Terceiros, atuará com respeito às seguintes regras básicas:
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - utilização de Veículos adequados aos Serviços e que ofereçam aos Usuários
segurança, higiene e conforto, e permitam o acesso e condução de Pessoas
portadoras de deficiência física, com dificuldade de locomoção, bem como o de
Mulheres em estado de gravidez;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
II - prioridade a Pedestres e Usuários dos Serviços;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - tarifa que remunere de forma justa o serviço, corrigida sempre que houver
desequilíbrio econômico-financeiro na sua prestação, mediante autorização
legislativa, através de lei;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 36, de 03.01.2012
IV - proteção ambiental contra a poluição atmosférica, sonora e hídrica,
mediante critérios estabelecidos pelo Órgão Municipal competente;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
V - compatibilização entre o Transporte e o uso do solo Urbano.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 259. O Município de Macapá, através da Prefeitura de Macapá, instituirá os
Conselhos Municipais de Trânsito, de Transportes Coletivos e de Transportes
Individual, composto paritariamente por Representantes do Poder Público e da
Sociedade Civil Organizada, sendo de caráter consultivo, destinado a realizar
estudos e emitir Pareceres que objetivem avaliar os Sistemas de Transportes
que compõem o Trânsito no Município de Macapá.
Caput com redação dada pela Emenda nº 19, de 10.07.2007
122
Parágrafo único. O Transporte Coletivo Urbano é direito fundamental do
Cidadão, cabendo ao Município de Macapá assegurar as condições de uso,
acesso e qualidade do Serviço, garantindo a interligação entre os Bairros da
Cidade de Macapá.
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I – Os membros indicados aos Conselhos deste artigo, deverão ser sabatinados
e aprovados pela Câmara Municipal de Macapá.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 045, de 19.11.2015.
Art. 260. O Município disporá, mediante lei, sobre a exploração dos Serviços de
Transporte Coletivo, regulamentando a forma de sua Concessão ou Permissão e
determinará os critérios para a fixação de Tarifas, de acordo com o disposto no
artigo 175 da Constituição da República Federativa do Brasil.
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1º É assegurado, a continuidade do Contrato de Concessão ou Permissão até
o prazo do seu vencimento nos seguintes casos:
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - transferência de propriedade ou do controle acionário da operadora, sob
qualquer das formas permitidas pela Legislação;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
II - fusão ou cisão de Empresas;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - incorporação de Empresas.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º Implicará em caducidade e transferência de concessão ou do controle
societário da concessionária, sem prévia anuência do Poder concedente, para o
que será exigido:
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 19, de 10.07.2007
I - demonstração da capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade
jurídica e fiscal para a assunção do serviço; e
123
Inciso com redação dada pela Emenda nº 19, de 10.07.2007
II - compromisso de cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor e do Edital
de Licitação. Inciso com redação dada pela Emenda nº 19, de 10.07.2007
Art. 261. Os Sistemas de Trânsito e Transporte Urbano deverão ser
administrados e gerenciados pela Empresa Municipal de Transportes Urbanos -
EMTU, ou o que sucedê-la na Administração Municipal.
Caput com redação dada pela Emenda nº 29, de 28.05.2010
Parágrafo único. Os recursos arrecadados pela entidade gestora do transporte,
como decorrência da cobrança do preço público instituído pelo Executivo
Municipal, para custear as despesas de gerenciamento, serão aplicados de
acordo com a previsão orçamentária anual da referida entidade.
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 262. A lei que dispuser sobre as normas gerais de exploração dos Serviços
de Transporte Coletivo conterá, obrigatoriamente, dispositivos que regulem o
acesso das Pessoas Deficientes, dos Idosos, das Crianças, dos Estudantes, das
Gestantes e o controle da poluição ambiental.
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1º O gozo da Gratuidade de uso do Transporte Coletivo, instituído em
benefício de determinadas categorias, fica condicionado ao Cadastramento
prévio dos beneficiários e a isenção de pagamento das passagens fica restrita
às viagens para o trabalho, para o estudo e para o tratamento de saúde.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º A instituição de novas gratuidades de uso do Sistema de Transporte
Coletivo Urbano correrão às expensas dos programas sociais da
Entidade/Autoridade que instituir o benefício.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3º Compete a Empresa Municipal de Transportes Urbanos a venda de
passagens de qualquer tipo, antecipadas ou não, para as linhas de ônibus
urbanos em operação, sendo sua competência privativa à venda de créditos
124
eletrônicos, respeitada a Legislação Federal pertinente, lhe sendo facultado
explorar diretamente ou por terceiros, operadores ou não através de licitação.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 19, de 10.07.2007
§ 4º Constitui fonte de receita da Empresa Municipal de Transportes Urbanos, a
exploração de quaisquer formas de publicidade veiculadas tanto nos ônibus
quanto nas paradas, podendo explorar, diretamente ou por terceiros, operadores
ou não, através de procedimento licitatório.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 19, de 10.07.2007
§ 5º Ao acompanhante de Pessoa Deficiente, desde que acompanhado desta, é
garantido o gozo da gratuidade de uso do Transporte Coletivo.
(§ 5º com redação dada pela Emenda 031/2011-CMM, que acrescentou o § 5º
ao Art. 262. Mod. em 09.01.2013).
§ 6º Aos idosos a partir de sessenta anos é garantida a isenção de pagamento
de tarifas no uso do Transporte Coletivo.
(§ 6º acrescentado pela Emenda 039/2012-CMM, de12.06.2012).
Art. 263. O Sistema local de Transporte deverá ser planejado, estruturado e
operacionalizado de acordo com o Plano Diretor, respeitadas as
interdependências com outros Municípios.
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1° O Sistema Municipal de Transportes Urbanos de Passageiros compreende:
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - Serviço de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
II - Serviço de Transporte Público Alternativo Urbano de Passageiros;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - Serviço de Transporte Escolar;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
IV - Serviço de Transporte de Passageiros por Fretamento e de Turismo;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
125
V - Serviço de Transporte Individual em Automóvel de Aluguel - TÁXI;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
VI - Serviço de Transporte Individual em Motocicleta de Aluguel - MOTO – TÁXI.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2° No planejamento e na implantação do Sistema de Transportes Urbanos de
passageiros, incluídas as vias e a organização do tráfego, terão prioridade a
circulação do pedestre e o transporte coletivo.
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3º O Plano Diretor deverá prever tratamento urbanístico para vias e áreas
contíguas à rede estrutural de transporte com o objetivo de garantir a segurança
aos Cidadãos e do patrimônio ambiental, paisagístico e arquitetônico da Cidade
de Macapá.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 264. O Município poderá intervir em Empresas Privadas de Transporte
Coletivo, para regularizar deficiências graves na prestação dos serviços ou
impedir-lhes a descontinuidade, ou rescindir a Concessão ou Permissão, com
observância do disposto nos parágrafos seguintes deste artigo.
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1º Decretada a Intervenção por prazo não excedente a 90 (noventa) dias o
Poder Público ou seu Delegado poderá intervir na operacionalização do Serviço,
assumindo-a total ou parcialmente, através do controle dos meios materiais e
humanos vinculados ao mesmo, como Veículos, Oficinas, Garagens, Pessoal e
outros.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º A rescisão da Concessão ou Permissão poderá ocorrer por:
§ 2º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - extinção da Pessoa Jurídica Concessionária ou Permissionária;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
II - comprovado estado de insolvência, atestado por Perícia Contábil Financeiro
126
realizada por Comissão designada pelo Poder Concedente, composta de
técnicos de nível superior nas áreas de contabilidade, administração e direito;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - decretação de concordata ou falência;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
IV - renúncia dos termos contratuais;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
V - manifesta deficiência a que a concessionária ou permissionária der causa;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
VI - suspensão dos serviços a qualquer título, quando devidamente comprovada
a responsabilidade da concessionária ou permissionária;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
VII - sentença judicial, transitada e em julgado.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3º Para a rescisão do contrato, de conformidade com os incisos V e VI do
parágrafo anterior a Administração Municipal procederá previamente com:
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - notificação expressa da deficiência e prazo até 90 (noventa) dias para
regularização;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
II - notificação e multa nos Termos Contratuais nos casos de reincidência ou em
que perdure a causa inicial, com prazo de 30 (trinta) dias para regularização;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - intervenção, por prazo de até 90 (noventa) dias, restrita a administração
operacional, para restabelecimento da normalidade da prestação do serviço.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 4º O Poder Concedente poderá modificar, alterar e rescindir Contratos de
Concessão ou Permissão, se o interesse público o exigir, mediante comunicação
e justa indenização nos Termos Contratuais, aqui incluídos o ressarcimento dos
127
compromissos relativos aos Contratos firmados até a data da comunicação e
que se destinarem, especificamente, à instrumentalização da Empresa para a
Prestação do Serviço.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 265. O Poder Executivo elaborará o plano viário de transporte do Município,
o qual deverá ser aprovado pela Câmara Municipal.
Art. 266. O Município exercerá poder de polícia sobre o tráfego de suas vias e
rodovias, cabendo-lhe a arrecadação das multas decorrente desse exercício.
Capítulo V
DO MEIO AMBIENTE
128
IV - controlar a produção, comercialização e emprego de técnicas, métodos ou
substâncias que comportem riscos para a qualidade de vida e para o meio
ambiente;
V - proteger o patrimônio cultural, artístico, histórico, estético, paisagístico,
faunístico, florístico, turístico, ecológico e científico, promovendo a sua utilização
em condições que assegurem a sua conservação;
VI - proibir o uso dos rios, lagos, mangues, ressacas, como escoadouro de
produtos nocivos à vida e ao meio ambiente;
VII - incentivar as atividades de conservação ambiental;
VIII - estabelecer a obrigatoriedade de reposição da flora nativa, quando
necessária à preservação ecológica;
IX - proibir a derrubada irracional, em toda a área do Município, de palmeiras
alimentícias do gênero Euterpe spp e madeiras nobres;
§ 1° Aquele que explorar recursos naturais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente, se o degradar, de acordo com a solução técnica estabelecida pelo
órgão competente, na forma da lei.
§ 2° As condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores
às sanções administrativas, estabelecidas em lei, e com multas diárias e
progressivas no caso de continuidade da infração ou reincidência, incluída a
redução do nível de atividade, a interdição, a cassação, independente da
obrigação de os infratores restaurarem os danos causados, e sem prejuízo da
sanção penal cabível;
§ 3° Os recursos oriundos de multas administrativas e condenações judiciais por
atos lesivos ao meio ambiente e das taxas incidentes sobre a utilização de
recursos ambientais, serão destinados a um fundo gerido pelo Conselho
Municipal do Meio Ambiente, na forma da lei.
Art. 270. O Poder Municipal criará, na forma da Lei, a Comissão de Defesa do
Meio Ambiente do Município de Macapá, constituída paritariamente, por
representantes do Poder Público e da sociedade civil organizada, tendo como
129
finalidade discutir, oferecer propostas para a preservação e recuperação do meio
ambiente, além de acompanhar e fiscalizar as atividades de saneamento.
Art. 271. Não é permitido o uso de agrotóxicos não autorizados pelo órgão
competente.
Parágrafo único. O Poder Público controlará e fiscalizará a produção, a
estocagem, o transporte, a comercialização, a utilização de técnicas e métodos,
e as instalações relativas a substâncias que comportem risco efetivo ou
potencial para a saudável qualidade de vida, de trabalho e do meio ambiente
natural.
Art. 272. O Município, através de lei, determinará os casos e locais em que
poderá ser depositado o lixo ou rejeito atômico, produzido exclusivamente no
Município e resultante de atividade não bélica.
§ 1° Fica proibido no Município de Macapá o transporte e o depósito de resíduos
nucleares e outros resíduos tóxicos, inclusive rejeitos minerais contaminados
com substâncias venenosas provenientes de qualquer parte do território
estadual, nacional ou de outros países.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
§ 2° Fica proibida a instalação de reatores nucleares em território municipal, com
exceção daqueles destinados unicamente à pesquisa científica e ao uso
terapêutico, cuja localização e especificação sejam definidos em lei, sem a qual
não poderão ser instalados.
Art. 273. O Município editará, no prazo de seis (06) meses, após a promulgação
desta Lei Orgânica, Lei de Defesa do Meio Ambiente, que estabelecerá critérios
de proteção ambiental e de manutenção do equilíbrio ecológico, com previsão de
infrações e respectivas sanções.
Capítulo VI
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL
E POLÍTICA PESQUEIRA
130
Seção I
Da política agrícola
Art. 274. A política agrícola a ser implantada pelo Município, dará prioridade à
pequena produção e ao abastecimento alimentar, através de sistema de
comercialização direta entre produtores e consumidores cabendo ao Poder
Público:
I - incentivar a pesquisa agropecuária que garanta o desenvolvimento do setor
de produção de alimentos, com o progresso tecnológico voltado para os
pequenos e médios produtores, as características regionais e os ecossistemas;
II - planejar e implementar a política de desenvolvimento agropecuário
compatível com a política agrária e a preservação do meio ambiente e
conservação do solo, estimulando os sistemas de produção integrados, a
policultura, a agricultura orgânica e a integração entre agricultura, pecuária e
aqüicultura;
III - apoiar o desenvolvimento de programas de irrigação e drenagem,
eletrificação rural, produção e distribuição de mudas e sementes e de
reflorestamento, bem como de aprimoramento de rebanhos;
IV - instituir programas de ensino agropecuário associado ao ensino não formal e
a educação para a preservação do meio ambiente;
V - utilizar seus equipamentos, mediante convênios com cooperativas
agropecuárias ou entidades similares, para o desenvolvimento das atividades
agrícolas dos pequenos produtores e dos trabalhadores rurais;
VI - fiscalizar a produção, comercialização, armazenamento, transporte e uso de
agrotóxicos e biocidas em geral e exigir o cumprimento de receituários
agronômicos;
VII - garantir a preservação da diversidade genética tanto vegetal quanto animal;
VIII - manter barreiras sanitárias a fim de controlar e impedir o ingresso, no
território municipal, de vegetais e animais contaminados por pragas e doenças;
131
IX - adotar, quando necessário, instrumentos capazes de intervir no sistema de
abastecimento local, no sentido de garantir a oferta de alimentos básicos;
X - elaborar o plano de desenvolvimento agropecuário para o Município de
Macapá.
Art. 275. A conservação do solo é de interesse público em todo o território
municipal, impondo-se à coletividade e ao Poder Público o dever de preservá-lo
e cabendo a este:
I - estabelecer regime de conservação e elaborar normas de preservação dos
recursos do solo e da água, assegurando o uso múltiplo desta;
II - orientar os produtores rurais sobre técnicas de manejo e recuperação do
solo;
III - desenvolver infra-estrutura física e social que garanta a produção agrícola e
crie condições de permanência do homem no campo;
IV - desenvolver e estimular pesquisas de tecnologia de conservação do solo;
V - proceder à ordenação do território municipal, observados os objetivos e as
ações da política agropecuária, previstos neste Capítulo.
Art. 276. O Poder Público, através de ações integradas de seus órgãos
competentes promoverá:
I - levantamento de terras ociosas e inadequadamente aproveitadas;
II - cadastramento das áreas de conflito pela posse da terra e adoção de
providências que garantam e solução dos impasses;
III - levantamento de áreas agrícolas ocupadas por posseiros a pelo menos cinco
anos, garantindo-lhes o apoio jurídico;
IV - elaboração do cadastro geral das propriedades rurais do Município com
indicação de usos do solo, produção, cultura agrícola e grau de desenvolvimento
científico e tecnológico das unidades de produção;
V - regularização fundiária dos projetos de assentamento de lavradores em área
de domínio público;
VI - utilização de recursos humanos, técnicos e financeiros destinados à
132
implementação dos planos e projetos especiais de assentamento nas áreas
agrícolas;
VII - levantamento de terras agricultáveis próximas às áreas urbanas e adoção
de medidas com objetivo de preservá-las dos efeitos prejudiciais da expansão
urbana;
VIII - obras de infra-estrutura econômica e social para consolidação dos
assentamentos rurais e projetos especiais de reforma agrária;
Art. 277. A regularização de ocupação, referente a imóvel rural incorporado ao
patrimônio público municipal, far-se-á através de concessão do direito real do
uso, segundo critérios estabelecidos em lei complementar.
Parágrafo único. A concessão do direito real de uso de terras públicas
subordinar-se-á, obrigatoriamente, às cláusulas seguintes:
I - da exploração da terra, direta, pessoal ou familiar, para cultivo ou qualquer
outro tipo de exploração;
II - da residência permanente dos beneficiários na área objeto de contrato;
III - da indivisibilidade e intransferibilidade das terras pelos outorgados e seus
herdeiros a qualquer título, sem autorização expressa e prévia do outorgante;
IV - de manutenção de reserves florestais obrigatórias e observância das
restrições de uso do imóvel, nos termos da lei;
V - de direito de preferência do Poder concedente, em caso de alienação, a ser
exercido pelo pagamento do valor da aquisição corrigido monetariamente.
Art. 278. As ações de apoio à produção pelos órgãos oficiais somente atenderão
a função social da propriedade, quando observado o disposto no artigo 250,
desta Lei Orgânica.
Art. 279. A política agropecuária utilizará de recursos da ciência e da tecnologia
e propiciará a infra-estrutura necessária à promoção de desenvolvimento
econômico e à preservação da natureza, buscando alcançar dentre outros, os
seguintes objetivos:
I - justiça social;
133
II - manutenção do homem no seu local de trabalho;
III - acesso à formação profissional;
IV - direito à educação, à cultura e ao lazer.
Seção II
Da criação animal
134
reincidência, às seguintes sanções:
I - multa pecuniária;
II - interdição da exploração;
III - apresamento dos animais e sua venda em hasta pública.
§ 2° São passíveis de sanção referida no inciso III do parágrafo anterior os
animais encontrados em logradouros públicos e em vias de uso coletivo, em
bairros ou favelas.
Seção III
Da atividade pesqueira
135
produção e um modo de vida, no qual, os pescadores são autônomos e
participam diretamente da captura, sozinhos ou em parcerias; são detentores de
seus meios de produção; utilizam tecnologia não depredatória que permite a
pesca racional e seletiva; retiram da pesca a maior parte de sua renda, ainda
que, sazonalmente, possam exercer atividades complementares.
Art. 285. O Município, dentro de sua competência, organizará e fiscalizará
centros de comercialização primária da pesca, observada a legislação federal e
estadual.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a criação e regulamentação dos centros de
comercialização primária da pesca.
Art. 286. É vedada e será reprimida, na forma da lei, a pesca predatória, sob
qualquer de suas formas.
Art. 287. O Município assistirá às comunidades pesqueiras locais e suas
organizações legais, objetivando proporcionar-lhes, entre outros benefícios,
meios de produção e de trabalho.
Art. 288. As atividades relacionadas à aquicultura serão regulamentadas na
forma da lei.
Capítulo VII
DA POLÍTICA MINERAL E HÍDRICA
136
I - registrar e acompanhar, bem como fiscalizar as concessões de direito de
pesquisa e exploração de recursos minerais e hídricos do Município;
II - definir a ocupação do solo e sub-solo e o uso das águas, através de
planejamento que englobe diagnóstico, análise técnica e definição de diretrizes
da gestão do espaço;
III - controlar periodicamente, através de visitas das autoridades municipais, as
áreas ocupadas por empresas de exploração do sub-solo, objetivando adoção
de medidas cabíveis no sentido de defender os interesses do Município;
IV - autorizar na forma da Lei, a exploração de jazidas ou depósitos de bens
minerais de emprego na construção civil.
Parágrafo único. A exploração de jazidas ou depósito de bens minerais de
emprego na construção civil que trata o Inciso IV, somente será autorizada pelo
Poder Público Municipal, mediante aprovação prévia de estudo de impacto
ambiental e das condições de restauração do Meio Ambiente degradado, bem
como dos efeitos sócio-econômicos da atividade.
Art. 291. O Município destinará o uso dos recursos hídricos naturais, na forma
da lei, prioritariamente a:
I - abastecimento de água;
II - produção de energia elétrica;
III - irrigação;
IV - dessedentação de animais;
V - via de transporte de passageiros e cargas.
Parágrafo único. Os usos secundários respeitarão os princípios estabelecidos
neste artigo.
Capítulo VIII
DO TURISMO
137
desenvolvimento econômico e social, bem como divulgação, valorização e
preservação do patrimônio cultural e natural da cidade, assegurando sempre o
respeito ao meio ambiente, às paisagens notáveis e à cultura local.
Parágrafo único. O Município considerará o turismo atividade importante para a
cidade e definirá política com o objetivo de proporcionar condições necessárias
ao seu pleno desenvolvimento.
Art. 293. Para assegurar o desenvolvimento do turismo no Município, o Poder
Público promovera:
I - o inventário e a regularização do uso, ocupação e fruição dos bens naturais e
culturais de interesse turístico;
II - a criação de infra estrutura básica necessária à prática do turismo, apoiando
e realizando investimentos na produção, criação e qualificação de
empreendimentos, equipamentos, instalações e serviços turísticos;
III - o fomento ao intercâmbio permanente com outras regiões do país e do
exterior;
IV - a implantação de albergues, diretamente, ou em convênio com o Estado e
outros Municípios;
V - A adoção de medidas específicas para o desenvolvimento dos recursos
humanos para o turismo;
VI - a proteção e a preservação do patrimônio histórico, cultural, artístico,
turístico e paisagístico;
VII - a organização de calendário de eventos de interesses turísticos;
VIII - a reciclagem de recursos humanos, pesquisas, planejamentos e estudos
de marketing turístico, além de exercer o controle das atividades turísticas.
Art. 294. É obrigação do Município, criar em seu território condições que
facilitem a participação e o acesso das pessoas portadoras de deficiência à
prática do turismo.
Art. 295. O Município poderá celebrar convênios:
I - com entidades do setor privado para promover recuperação e conservação de
138
monumentos, logradouros de interesse turístico, obras de arte e pontos
turísticos;
II - com as entidades e os órgãos competentes para a utilização da Fortaleza de
São José de Macapá, em atividades de caráter turístico e cultural.
Capítulo IX
DA DEFESA DO CONSUMIDOR
139
processamento de substâncias ou produtos para alimentação;
VI - ação coordenada com o Estado e a União.
Art. 298. O Município criará órgão de defesa que deverá proteger, aconselhar e
encaminhar todas as questões relativas aos direitos dos destinatários e usuários
finais de bens e serviços.
§ 1° A Lei assegurará mecanismos de participação da sociedade civil organizada
nas atividades do órgão de defesa do consumidor.
§ 2° O Município divulgará as informações de interesse à comunidade, sobre os
direitos do consumidor.
§ 3° O Município garantirá assistência judiciária para o consumidor
comprovadamente carente.
Capítulo X
DA POLÍTICA INDUSTRIAL, COMERCIAL E DE SERVIÇOS
140
I - redução de tributos e obrigações acessórias municipais;
II - habilitação sumária e procedimentos simplificados para participação em
licitações públicas, bem como preferenciais na aquisição de bens e serviços de
valor compatível com o seu porte;
III - obtenção de incentivos especiais, vinculados à absorção de mão-de-obra,
portadora de deficiência ou constituída de menores carentes.
Art. 300. O exercício do comércio ambulante e do comércio eventual, em vias de
logradouros públicos do Município, dependerá sempre de licença da Prefeitura.
§ 1° Considera-se comércio ambulante aquele que é exercido por pessoas
autônomas, sem localização fixa, em vias e logradouros públicos, ou de porta a
porta.
§ 2° considera-se comércio eventual o que é exercido em instalações
removíveis, com localização fixa, colocadas nas vias e logradouros públicos,
como carros-de-reboque, balcões, barracas, mesas, tabuleiros e assemelhados,
inclusive o comércio feirante, e o exercido em determinada época, por ocasião
de festejos e comemorações, em locais autorizados pela Prefeitura.
Art. 301. O Poder Executivo deverá observar os seguintes critérios para a
regulamentação do exercício do comércio ambulante e eventual:
I - fica vedada a utilização de espaços físicos das vias e logradouros públicos,
circunvizinhos à área destinada a sua localização;
II - deve ser levado em consideração o tipo de mercadoria a ser comercializada
de forma a não concorrer com o comércio estabelecido;
III - o horário a que está sujeito;
IV - a lista de mercadorias comercializáveis, da qual poderão ser, a qualquer
momento, no interesse público, excluídos determinados produtos.
Capítulo XI
DA CULTURA E DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
141
Art. 302. O Município de Macapá estimulará a produção, a valorização e a
difusão da cultura em suas múltiplas manifestações.
Art. 303. Constituem direitos garantidos pelo Município na área cultural:
I - a liberdade de criação artística;
II - o acesso à educação artística e ao desenvolvimento da criatividade;
III - o acesso a todas as formas de expressão cultural, das populares às eruditas
e das regionais às universais;
IV - o apoio e o incentivo à produção, difusão e circulação dos bens culturais;
V - o apoio e o incentivo ao intercâmbio cultural com outros Países, Estados e
Municípios;
VI - o acesso ao patrimônio histórico e cultural do Município.
Art. 304. Para efeito de cumprimento dos Incisos I, II, III e VI do artigo anterior, o
Município manterá quadro permanente de animadores culturais.
Parágrafo único. A função do animador cultural compreende o desenvolvimento
de trabalhos culturais ligados a comunidades, grupos sociais específicos,
associações de moradores, praças, escolas, clubes e blocos carnavalescos,
mantendo o vínculo funcional com a Secretaria Municipal de Cultura.
Art. 305. O Município criará bibliotecas municipais, que desempenharão a
função de centro cultural da localidade onde se situarem e terão por atribuição
orientar, estimular e promover atividades culturais e artísticas.
Parágrafo único. Competirá a Secretaria Municipal de Cultura a coordenação
das ações executadas pelas bibliotecas.
Art. 306. O Poder Público com a colaboração da comunidade, protegerá o
patrimônio histórico e cultural do município por meio de inventários,
tombamentos, desapropriações e outras formas de acautelamento e
preservação.
§ 1° Os proprietários dos bens tombados pelo Município receberão nos termos
da lei, incentivo para preservá-los e conservá-los.
§ 2° Os danos e ameaças ao patrimônio histórico e cultural serão punidos, na
142
forma da lei.
§ 3° O plano diretor incluirá a proteção ao patrimônio histórico e cultural.
Art. 307. É dever do Poder Público:
I - criar áreas destinadas à montagem e apresentação de espetáculos teatrais
circenses;
II - manter mecanismos institucionais, na forma da lei, e garantir incentivos
materiais e fiscais para atividades relacionadas à cultura, às artes e à
preservação do patrimônio histórico e cultural;
III - promover o ensino da cultura popular regional nas escolas públicas
municipais;
IV - criar, na forma da lei, escola Municipal de Arte, para o ensino de artes
plásticas, teatro, arte circense, música e artesanato;
V - criar, na forma da Lei, sistema único de arquivamento e conservação de
documentos públicos oficiais;
VI - implantar um sistema de captação, guarda, fluxo e uso de informações
relativas à cultura, de modo a organizar a memória cultural do Município.
Art. 308. O Município terá o Conselho Municipal de Cultura, composto
paritariamente por órgãos municipais e entidades representativas da sociedade
civil organizada, com as atribuições que a lei lhe conferir.
Art. 309. Integram o patrimônio cultural do Município os bens móveis, imóveis,
públicos ou privados, de natureza ou valor histórico, arquitetônico, arqueológico,
documental ou qualquer outro existente no território municipal, cuja conservação
e proteção sejam do interesse público.
TÍTULO VI
DA ATIVIDADE SOCIAL DO MUNICÍPIO
Capítulo I
DA EDUCAÇÃO
143
Art. 310. A educação é direito de todos e dever do Município, tendo como
objetivo o pleno desenvolvimento da pessoa e da formação do cidadão, segundo
os princípios estabelecidos nas Constituições da República e do Estado.
Art. 311. O Município, através da Secretaria Municipal de Educação, definirá as
normas gerais de educação, a partir da discussão entre as instituições
municipais e as organizações representativas da população.
Art. 312. Será responsabilidade do Poder Municipal de Macapá, ministrar a
educação, com base nos princípios estabelecidos nas constituições da
República e do Estado, e nesta Lei Orgânica, mediante sistema que garanta a
universalização do ensino fundamental e da educação infantil.
Art. 313. O sistema municipal de ensino, no âmbito de sua competência,
abrangerá os níveis fundamental e de educação infantil, estabelecendo normas
gerais de funcionamento para as escolas públicas municipais e particulares.
Art. 314. Fica criado o Conselho Municipal de Educação, órgão colegiado
consultivo, normativo e deliberativo da política de educação no Município, e terá
composição, estrutura administrativa, funcionamento e atribuições definidos em
Lei Municipal.
Art. 315. O Plano Municipal de Educação previsto no Art. 284 da Constituição
Estadual será elaborado pelo Executivo em conjunto com o Conselho Municipal
de Educação, consultados os órgãos representativos da comunidade e
consideradas as necessidades das diferentes regiões do Município.
Art. 316. Na organização e manutenção do seu sistema de ensino, o Município
atenderá o disposto no Art. 211 e parágrafos da Constituição da República e
garantirá gratuidade e padrão de qualidade de ensino.
§ 1° A educação infantil, integrada ao sistema de ensino, respeitará as
características próprias dessa faixa etária, garantindo um processo contínuo de
educação básica.
§ 2° A orientação pedagógica da educação infantil assegurará o
desenvolvimento cognitivo, psicomotor, sócio-cultural e as condições de garantir
144
a alfabetização.
§ 3° Será garantido às crianças, o atendimento de higiene, saúde, assistência e
sua guarda e proteção durante o horário escolar.
§ 4° É dever do Município, através de sua própria rede de ensino, com a
cooperação do Estado, o provimento de vagas em número suficiente em todo o
território municipal, para atender a demanda do ensino fundamental obrigatório e
progressivamente da educação infantil.
§ 5° O disposto no parágrafo anterior deste artigo, não acarretará a transferência
automática dos alunos da rede estadual para a rede municipal.
§ 6° Compete ao Município recensear os educandos do ensino fundamental,
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais e responsáveis, pela freqüência e
pontualidade à escola.
Art. 317. O Município garantirá:
I - ensino fundamental, obrigatório, inclusive para os que não tiveram acesso na
idade própria;
II - o ensino especial a todas as crianças que apresentem dificuldades de
aprendizado dos conteúdos programáticos, constantes na proposta curricular do
ensino fundamental;
III - educação dos povos indígenas, adaptada à realidade específica de cada
grupo, de modo a possibilitar conteúdos mínimos indispensáveis ao domínio da
leitura e da escrita;
IV - em cooperação com o Estado e a entidade representativa de transporte
coletivo, transporte gratuito através de vale-transporte escolar, aos estudantes
matriculados e freqüentando regularmente, estabelecimentos de ensino situados
no Município, na forma da Lei.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 09, de 12.06.1997
Parágrafo único. Equipe técnico-pedagógica deverá ser formada por supervisor,
orientador, psicólogo e assistente social, tantos quantos forem necessários,
selecionados entre profissionais de ilibado conceito.
145
Art. 318. Os currículos escolares serão adequados às peculiaridades do
Município e valorizarão sua cultura e seu patrimônio histórico, artístico, cultural e
ambiental;
Parágrafo único. É obrigatório nos estabelecimentos de ensino municipal, a
inclusão dentro das disciplinas afins, no currículo escolar:
I - Estudo do Meio Ambiente;
II - Educação para o trânsito
III - História do Amapá
IV - História e Cultura afro-brasileira e História da África.
Incisos com redação dada pela Emenda nº 26, de 17.03.2010
Art. 319. O Município não manterá escolas de Ensino Médio até que estejam
atendidas todas as crianças de idade até catorze (14) anos, bem como, não
manterá nem subvencionará estabelecimentos de ensino superior, salvo firmar
convênios e/ou parcerias com as Escolas Famílias Agrícolas que trabalham com
a pedagogia de alternância, instaladas no Município de Macapá.
(Nova Redação dada ao art. 319, pela Emenda 041/2013-CMM, de 19.11.2013).
Art. 320. O Município definirá proposta educacional, respeitando o disposto na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação e legislação aplicável.
§ 1° É dever do Município, implantar a política educacional e proceder a
integração dos recursos financeiros dos diversos programas em funcionamento.
§ 2° O Município fica obrigado a definir normas quanto à autorização de
funcionamento, fiscalização, supervisão, direção, coordenação pedagógica,
orientação educacional e assistência psicológica escolar, das instituições de
educação integrantes do sistema de ensino no Município.
§ 3° O Município apresentará as metas anuais de sua rede escolar em relação à
universalização do ensino fundamental e da educação infantil.
Art. 321. Fica garantido o ensino fundamental gratuito a partir de 7 (sete) anos
de idade, ou para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
§ 1° A matrícula no ensino fundamental, a partir dos 6 (seis) anos de idade,
146
poderá ser aceita desde que plenamente atendida a demanda constante no
caput deste artigo.
§ 2° Para cumprimento das metas de ensino fundamental e da educação infantil,
o Município diligenciará para que seja estimulada a cooperação técnica e
financeira com o Estado e a União, conforme estabelece o art. 30, inciso VI, da
Constituição da República.
Art. 322. O órgão municipal competente deverá elaborar, em conjunto com os
trabalhadores da educação e representantes da classe estudantil, o Regimento
Comum das Escolas.
Parágrafo único. Assegura-se o direito de organização e de representação
estudantil no âmbito das escolas municipais, a ser definido no Regimento
Comum das Escolas.
Art. 323. O Município aplicará, anualmente, no mínimo 25% (vinte e cinco por
cento) da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e da
educação infantil, nos termos da art. 212, parágrafo 5°, da Constituição da
República.
Parágrafo único. A lei definirá as despesas que se caracterizam como
manutenção e desenvolvimento do ensino.
Art. 324. O Município desenvolverá planos e diligenciará para o recebimento e
aplicação dos recursos adicionais, provenientes da contribuição social do
salário-educação e de outros recursos conforme o Art. 212, parágrafo 5°, e Art.
211 parágrafo 1° da Constituição da República, respectivamente.
Art. 325. Com a colaboração técnica e financeira, da União e do Estado, o
Município implantará o Programa BOLSA ESCOLA, destinado a atender as
necessidades básicas dos alunos reconhecidamente carentes, inclusive com o
fornecimento de uniformes e material didático, na forma da lei.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 326. É dever do Município:
147
I - promover a dignificação dos trabalhadores de ensino, a partir de um plano de
carreira, salários condizentes, reciclagem profissional e intercâmbio de
experiências;
II - participar na erradicação do analfabetismo e proporcionar meios necessários
para elevar a qualidade do ensino;
III - prover o ensino fundamental noturno, regular e adequado às condições de
vida do aluno que trabalha, inclusive para aqueles que a ele não tiveram acesso
na idade própria.
Art. 327. O Poder Executivo Municipal fica obrigado a prestar ao Poder
Legislativo Municipal, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada
semestre, informações completas sobre receitas arrecadadas, transferências e
recursos recebidos e destinados à educação nesse período, bem como, a
prestação de contas das verbas utilizadas, discriminadas por programas.
Art. 328. A lei do Estatuto do Magistério Municipal disciplinará as atividades dos
profissionais do ensino.
Capítulo II
DA SAÚDE
Seção I
Disposições gerais
148
transportes, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais;
II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;
III - acessibilidade a todos os habitantes do Município, às ações e serviços de
promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação.
Art. 330. As ações e serviços de saúde, são de relevância pública, cabendo ao
Município dispor sobre sua regulamentação, planejamento e fiscalização,
devendo sua execução ser feita preferencialmente, através de serviços públicos,
que se expandirão, proporcionalmente ao crescimento da população, e,
complementarmente, através de serviços de terceiros.
Seção II
Do sistema municipal de saúde
149
VII - assistência integral à saúde, utilizando-se do método epidemiológico para o
estabelecimento de prioridades, alocação de recursos e orientação
programática;
VIII - integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio ambiente e
saneamento básico;
IX - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos do
Município, com os do Estado e da União, na prestação de serviços de
assistência à saúde da população.
Art. 332. O Município garantirá o direito à saúde, mediante:
I - ações políticas que visem ao bem estar físico, mental e social do indivíduo e
da coletividade, a redução e a busca da eliminação do risco de doenças e outros
agravos, abrangendo o ambiente natural, os locais públicos e do trabalho;
II - acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, em todos os
níveis de complexidade;
III - atendimento integral do indivíduo, abrangendo a promoção, preservação e
recuperação da saúde.
§ l° O Sistema Municipal de Saúde deverá expandir a sua cobertura, de modo a
prover unidades de saúde em todas as comunidades rurais com mais de cem
habitantes.
§ 2° É vedado a destinação de recursos municipais para auxílios e subvenções a
instituições privadas com fins lucrativos.
§ 3° As entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos têm preferências aos
contratos de direito público ou convênios, para participar do Sistema Municipal
de Saúde, podendo a lei conceder isenções, em especial, às que prestem
serviços de atendimento específico às gestantes de alto-risco, às crianças
desnutridas e aos portadores de deficiência.
Art. 333. Cabe ao Município, através do Sistema Municipal de Saúde, além de
outras atribuições:
I - proceder articulações com a Fundação Nacional de Saúde (FNS) para
150
estender à todos os distritos do Município, os postos de diagnóstico e tratamento
da malária;
II - promover a interiorização da saúde assegurando, pelo menos, um
profissional da saúde, devidamente treinado, nas comunidades dos Distritos,
Vilas e Povoados;
III - criar serviço médico-odontológico especializado no atendimento de crianças
portadoras de deficiências;
IV - a identificação e o controle dos fatores determinantes e condicionantes da
saúde individual e coletiva do trabalhador, do idoso, da mulher, da criança, do
adolescente e dos portadores de deficiência, mediante ações referentes à
vigilância sanitária e epidemiológica, saúde mental, odontológica e zoonoses;
V - permitir aos usuários o acesso às informações de interesse de saúde, e
divulgar, obrigatoriamente, qualquer dado que coloquem em risco a saúde
individual ou coletiva;
VI - participar da fiscalização e inspeção de alimentos, compreendido, inclusive,
o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e água para o consumo
humano;
VII - participar da fiscalização e controle da produção, armazenamento,
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
teratogênicos, bem como de outros medicamentos, equipamentos
imunobiológicos, hemoderivados e insumos;
VIII - assegurar à mulher a assistência condigna no pré-natal, no parto e pós
parto, bem como nos termos da lei federal, o direito de evitar e interromper a
gravidez, sem prejuízo para a saúde, garantindo o atendimento na rede pública
municipal de saúde;
IX - fomentar, coordenar e executar programas de atendimento emergencial;
X - criar e manter serviços e programas de prevenção e orientação contra
entorpecentes, alcoolismo e drogas afins;
XI - garantir a destinação de recursos materiais e humanos, para a assistência
151
às doenças crônicas e as da terceira idade;
XII - prover a criação de programa suplementar de medicação às pessoas
portadoras de necessidades especiais, no caso em que seu uso seja
imprescindível à vida;
XIII - criar e instalar postos de atendimento ao idoso, garantindo-lhes
atendimento e assistência condigna.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 334. É de direito do paciente todo resultado de exame laboratorial e de
outros meios auxiliares de diagnóstico, realizados em sua pessoa, nas unidades
de saúde da rede pública ou privada, devendo-lhe ser dado a conhecer ou
entregue, a simples manifestação oral.
Art. 335. O Município elaborará o Plano Municipal de Saúde, em consonância
com o Plano Plurianual de Saúde do Estado.
Art. 336. É vedada a nomeação ou designação, para cargo ou função de chefia
ou assessoramento na área de saúde, em qualquer nível, da pessoa que
participe na direção, gerência ou administração de entidade ou instituição que
mantenha contrato com o sistema único de saúde, ou seja, por ele creditada.
Art. 337. Para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias,
decorrentes de situação de perigo iminente, de calamidade pública ou de
ocorrência de epidemias, o Município poderá requisitar bens e serviços, de
pessoas naturais e jurídicas, sendo-lhes asseguradas, justa indenização.
Art. 338. Assegura-se ao munícipe, no âmbito do Sistema Municipal de Saúde:
I - atendimento digno e cortês, pelos profissionais de saúde, devendo ser
relevadas as instabilidades emocionais do doente e de seus familiares;
II - atendimento domiciliar aos enfermos que não tenham condições físicas de se
locomoverem, nos casos definidos pela equipe médica como viáveis de
tratamento domiciliar;
III - transporte gratuito a enfermos graves na circunscrição do Município.
Art. 339. O Executivo Municipal, com autorização legislativa, criará o Fundo
152
Municipal de Saúde, de natureza contábil-financeira e vinculado aos objetivos do
Sistema Único de Saúde.
Parágrafo único. O Fundo Municipal de Saúde será gerido pela Secretaria
Municipal de Saúde, fiscalizado pelo Conselho Municipal de Saúde, e a
aplicação de suas receitas far-se-á através de dotação na Lei Orçamentária ou
em crédito adicional.
Art. 340. Aos serviços de Saúde de natureza privada, que descumpram as
diretrizes do Sistema Municipal de Saúde ou os termos previstos nos contratos
firmados com o Município, aplicar-se-ão as sanções previstas em lei.
Art. 341. O Sistema Municipal de Saúde priorizará as ações preventivas,
visando reduzir a mortalidade de crianças menores de cinco (5) anos, norteando-
se pelos métodos epidemiológicos.
§ 1° O Sistema deverá organizar um setor de informações em saúde capaz de
fornecer dados confiáveis à elaboração dos Planos de Saúde.
§ 2° O Sistema deverá organizar-se ambulatorialmente para o atendimento da
criança com risco de desnutrir, assim como da gestante com risco de parto
prematuro.
Art. 342. O Município implantará o atendimento domiciliar das crianças e
gestantes, através dos Agentes de Saúde, visando o diagnóstico precoce dos
casos de desnutrição, a captação do grupo de gestantes de alto-risco, além de
outras ações consideradas relevantes à saúde pública.
Art. 343. O Sistema Municipal de Saúde desenvolverá ações preventivas e
curativas dirigidas ao grupo de alto risco de contrair doenças sexualmente
transmissíveis, evitando qualquer forma de discriminação.
Art. 344. É vedado, na circunscrição do Município, recusar o atendimento de
doentes, de exames e/ou outros meios de diagnóstico, inclusive de
medicamentos, sob qualquer pretexto, especialmente inadequabilidade de
impressos ou inexistência de documentos.
153
Seção III
Do controle do sistema
Art. 345. A lei criará, no âmbito do Município, sem prejuízo das funções do
Poder Legislativo, duas instâncias colegiadas:
I - a Conferência Municipal de Saúde;
II - o Conselho Municipal de Saúde.
§ 1º A Conferência Municipal de Saúde reunir-se-á a cada dois anos, com
representação dos vários seguimentos sociais, para avaliar a situação da saúde
e propor as diretrizes para formulação do Plano de Saúde do Município,
convocada pelo Poder Executivo, ou, extraordinariamente, por este ou pelo
Conselho Municipal de Saúde.
§ 2° O Conselho Municipal de Saúde, órgão colegiado de caráter permanente e
deliberativo, com autonomia administrativa para o pleno funcionamento, dotação
orçamentária e autonomia financeira, atuará na formulação de estratégias e no
controle da execução da política de saúde no município, inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo Chefe do
Executivo Municipal.
(N.R. dada ao § 2º, pela Emenda 043/2014-CMM, de 09.12.2014).
§ 3° O Conselho Municipal de Saúde será integrado por 25% de trabalhadores
de saúde, através de seus sindicatos, 25% de gestores públicos e privados, e
50% por usuários escolhidos em fórum democrático, organizados por entidades
sindicais e populares;
§ 4° A Conferência Municipal de Saúde e o Conselho Municipal de Saúde terão
sua organização e normas de funcionamento definidos em regimento próprio,
aprovados pelo respectivo Conselho.
Art. 346. É vedado às instituições privadas que integram o Sistema Municipal de
Saúde, ainda que mantidas por sociedade de economia mista federal ou
estadual, selecionar o atendimento, recusando a prestação de assistência à
154
população, a qualquer pretexto.
Parágrafo único. O Poder Público, a partir da indicação do Conselho Municipal
de Saúde, poderá intervir, descredenciar ou desapropriar os serviços de
natureza privada que contrariem as diretrizes do Sistema Municipal de Saúde ou
os termos previstos nos contratos firmados com o Poder Público.
Art. 347. É vedada a transferência de recursos para financiamento de ações não
previstas nos planos de saúde do Município, exceto em situações emergenciais
de calamidade pública, que serão objeto de avaliação posterior pelo Conselho
Municipal de Saúde.
Art. 348. Ao Sistema Municipal de Saúde compete a celebração de consórcios
administrativos intermunicipais, com vistas a articulação e integração da
assistência à saúde da população, quando houver indicação técnica e consenso
das partes, com a aprovação do Conselho Municipal de Saúde.
Art. 349. Ao Sistema Municipal de Saúde compete orientar, no âmbito municipal,
programas e projetos estratégicos para enfrentamento das prioridades e
situações emergenciais, com a aprovação do Conselho Municipal de Saúde.
Seção IV
Dos recursos humanos
155
promoção de recursos humanos e de desenvolvimento científico e tecnológico,
condizente com as necessidades de qualificar e ampliar os serviços públicos de
saúde.
Parágrafo único. Na formação de recursos humanos, o serviço público de saúde
dará condições para que as instituições públicas de ensino, ou privadas sem fins
lucrativos, desenvolvam suas funções formativas e de pesquisa.
Seção V
Das práticas médicas e odontológicas
156
Seção VI
Da pesquisa e da informação na saúde
157
Seção VIII
Da saúde da mulher e da criança
Seção IX
Da política de medicamentos
158
Art. 363. O Sistema Municipal de Saúde garantirá o acesso de toda a população
aos medicamentos básicos, através da elaboração e aplicação da lista
padronizada dos medicamentos essenciais.
§ 1° O Município estimulará os estudos de aplicabilidade da fitoterapia.
§ 2° O Sistema definirá postos de dispensação de medicamentos, que
fornecerão aos usuários, independente do local onde foi consultado o doente,
mediante receituário médico.
§ 3° Ao Poder Público compete fiscalizar a produção e distribuição de insumos
farmacêuticos, medicamentos e correlatos, imunológicos, produtos
biotecnológicos e químicos, essenciais às ações de saúde, de materiais de
acondicionamento e embalagens, de equipamentos e de outros meios de
preservação, de tratamento e de diagnóstico.
Seção X
Do sangue e derivados
Seção XI
Da doação de órgãos
159
a:
a) remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante,
pesquisa e tratamento, vedada a sua comercialização;
b) cadastramento de receptores, segundo critérios científicos, proibida qualquer
espécie de discriminação;
c) incentivo à implementação de recursos técnicos que possibilitem tais práticas.
Capítulo III
DA SEGURANÇA NO TRABALHO E SAÚDE DO TRABALHADOR
160
§ 4° O auto de vistoria de segurança deverá ser renovado periodicamente, para
verificação de obediência ao disposto no parágrafo anterior.
Art. 367. O Sistema Municipal de Saúde editará normas que, além de dispor
sobre a fiscalização e coordenação geral na prestação de serviços, disciplinarão
sobre a recuperação do licenciado, sobre os mecanismos de eliminação de
riscos de acidentes e doenças profissionais e que, ainda, ordenem o processo
produtivo de modo a garantir a saúde e a vida dos trabalhadores, integrando
para esse fim, sindicatos e associações.
Art. 368. A todos os trabalhadores são garantidas informações a respeito de
atividades que comportem risco à saúde e dos métodos para o seu controle,
especificando condições ambientais e processos de trabalho.
Art. 369. Os ambulatórios médicos dos órgãos e empresas públicas e privadas
deverão notificar, compulsoriamente, os agravos à saúde do trabalhador,
conforme as normas de vigilância epidemiológica estadual e municipal.
Art. 370. Compete à autoridade municipal, de ofício ou mediante denúncia de
risco à saúde, proceder à avaliação das fontes de riscos no meio ambiente ou no
ambiente de trabalho e determinar a adoção das devidas providências para que
cessem os motivos que lhes derem causa.
Parágrafo único. O Município intervirá, com poder de polícia, em qualquer
empresa, para garantir a saúde e a segurança dos empregados nos ambientes
de trabalho.
Art. 371. O Município assegurará a participação de representantes dos
trabalhadores nas decisões em todos os níveis em que a segurança do trabalho
e a saúde do trabalhador sejam objeto de discussão e deliberação.
Capítulo IV
DO SANEAMENTO BÁSICO
161
saneamento básico, compreendendo o sistema de abastecimento de água
tratada, rede de esgotamento sanitário, coleta e tratamento do lixo domiciliar e
hospitalar, drenagem urbana de águas pluviais, limpeza pública, controle dos
vetores de doenças e vigilância sanitária dos alimentos.
§ 1º Compete ao Município, em colaboração com o Estado e a União, dar
destino adequado ao lixo domiciliar e hospitalar.
§ 2° Fica vedada a deposição do lixo a céu aberto, por prejudicar o meio-
ambiente e os cidadãos.
§ 3° Todos os sistemas de esgotos, bem como os efluentes líquidos de origem
industrial deverão ser previamente tratados, antes de serem despejados nos
cursos d’água, lagoas ou mares, de maneira a assegurar a sua não nocividade.
Art. 373. O Poder Executivo do Município, em consonância com a legislação
federal e estadual de proteção ao meio ambiente negará alvará de
funcionamento para estabelecimentos industriais de qualquer porte, em
logradouros do município, quando a empresa fizer uso de matéria-prima,
maquinário ou ferramentas que produzam gases, pó que fiquem em suspensão
na atmosfera, exalação fétida ou passível de criar estado alérgico ou cujas
atividades promovam desconforto ou produzam ruídos excessivos.
Art. 374. É dever do Município, com a colaboração do Estado, implantar ações
de saneamento básico, em consonância com as diretrizes do programa
congênere estadual.
Art. 375. Caberá à Secretaria Municipal de Saúde coordenar e fiscalizar as
ações de saneamento básico do Município.
Art. 376. O Município promoverá a saúde preventiva, instituindo programas
simplificados de saneamento básico urbano e rural suplementando as ações do
Estado.
Art. 377. É vedada a criação de aterros sanitários à margem de rios, lagoas e
junto a mananciais.
162
Capítulo V
DA PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL
163
II - a criação e a manutenção de abrigos para as mulheres, crianças e
adolescentes vítimas de violência doméstica;
III - estágio supervisionado, de iniciação ao trabalho e aprendizagem, ao
adolescente em situação irregular, que tiver seus direitos fundamentais
ameaçados ou violados.
Art. 384. O Município assegurará a integração dos idosos na comunidade,
defendendo sua dignidade e seu bem-estar, na forma da lei, especialmente
quanto:
I - ao acesso a todos os equipamentos, serviços e programas culturais,
educacionais, esportivos, recreativos, bem como a reserva de áreas em
conjuntos habitacionais destinados à convivência e lazer;
II - a assistência médica geral e geriátrica;
III - a gratuidade do transporte coletivo urbano; para os maiores de 65 (sessenta
e cinco) anos;
IV - a criação de núcleos de convivência para idosos;
V - o atendimento e orientação jurídica, no que se refere a seus direitos.
Art. 385. O Município garantirá à pessoa portadora de deficiência sua inserção
na vida social, cultural e econômica, através de programas que visem o
desenvolvimento de suas potencialidades.
Art. 386. O Município deverá garantir aos idosos e pessoas portadoras de
deficiência, o acesso a logradouros e a edifícios públicos e particulares de
freqüência aberta ao público, com a eliminação de barreiras arquitetônicas,
garantindo-lhes a livre circulação, bem como, a adoção de medidas
semelhantes, quando da aprovação de novos projetos de construção e a
adaptação ou eliminação dessas barreiras em veículos coletivos.
Art. 387. O Município estimulará, apoiará, e, no que couber, fiscalizará as
entidades e associações comunitárias que mantenham programas dedicados às
crianças, aos adolescentes, aos idosos e aos portadores de deficiência.
Art. 388. O Poder Executivo Municipal fará constar na Lei Orçamentária,
164
dotação destinada a atender às necessidades da assistência social do
Município.
Art. 389. O Município fica obrigado a promover assistência integral à criança e
ao adolescente, cumprindo e fazendo cumprir, na circunscrição do Município, os
postulados do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Art. 390. A entidade criada para gerir o regime de previdência de Servidores
Municipais, deverá manter uma estrutura previdenciária eficiente à prestação
dos benefícios previdenciários, de conformidade com os princípios estabelecidos
na Constituição da República Federativa do Brasil e do Estado do Amapá.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Capítulo VI
DO ESPORTE, LAZER E RECREAÇÃO
Art. 391. É dever do Município, apoiar e incentivar, com base nos fundamentos
da educação física, o esporte, a recreação, o lazer, a expressão corporal, como
formas de educação e promoção social e como prática sócio-cultural e de
preservação da saúde física e mental do cidadão, com a cooperação do Estado,
conforme dispõe a art. 297 da Constituição Estadual.
Art. 392. As unidades esportivas do Município deverão estar voltadas ao
atendimento esportivo, cultural, da recreação e do lazer da população,
destinando atendimento específico às crianças, aos adolescentes, aos idosos e
aos portadores de deficiência.
§ 1° Fica criado o Conselho Municipal de Esportes, órgão colegiado de caráter
permanente e deliberativo, que atuará na formulação de estratégias e no
controle da execução da política dos esportes no Município, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
Chefe do Poder Executivo Municipal.
165
§ 2° Os serviços municipais de esporte e recreação articular-se-ão entre si e
com as atividades culturais do município, visando a implementação e ao
desenvolvimento do turismo.
§ 3° O Poder Público Municipal incentivará os clubes e equipes amadoras, assim
como assegurará a presença de representantes destes, no Conselho Municipal
de Esportes.
Art. 393. É dever do Município:
I - Construir áreas de lazer aproveitando as praças públicas, ruas específicas,
logradouros públicos junto aos rios, lagoas e afins;
II - promover programas esportivos destinados aos portadores de deficiência,
cedendo equipamentos fixos em horários que lhes permitam vencer as
dificuldades do meio, principalmente nas unidades esportivas;
III - destinar recursos orçamentários para a criação e manutenção de espaços
próprios e equipamentos condizentes às práticas esportivas, recreativas e de
lazer da população;
IV - elaborar e divulgar programa técnico-pedagógico e calendário de eventos de
atividades esportivas competitivas, recreativas e de lazer do órgão e de suas
unidades educacionais;
V - incentivar os clubes desportivos municipais, com a finalidade primordial de
promover o desenvolvimento das atividades comunitárias no campo desportivo,
da recreação e do lazer, em áreas de propriedade municipal.
Parágrafo único. É vedado ao Município a subvenção de entidades desportivas
profissionais.
Art. 394. Lei definirá a preservação, utilização pela comunidade e os critérios de
mudança de destinação de áreas municipais ocupadas por equipamentos
desportivos, de recreação e de lazer, bem como a criação de novas.
TÍTULO VII
166
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
167
§ 1° Na elaboração do estatuto, será garantida a participação do funcionário
municipal, através de suas entidades representativas.
§ 2° Fará parte integrante do encaminhamento da proposta do Estatuto, a
manifestação expressa e formal das entidades representativas dos servidores.
Art. 401. Os direitos dos servidores públicos municipais serão automáticos, não
dependendo de requerimento do titular do direito, para sua concretização, salvo
expressa disposição legal.
§ 1° Havendo exigência legal de requerimento, fará jus o servidor ao direito
requerido, a partir da data de entrada no protocolo geral do órgão municipal
competente.
§ 2° O processo de aposentadoria serão decididos definitivamente dentro de
noventa dias, contados da data de apresentação do respectivo requerimento.
§ 3º A Administração Pública Municipal, tem o prazo de cinco anos para anular
ato administrativo gerador de efeitos favoráveis para os destinatários, salvo
comprovada má fé.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 33, de 14.06.2011
§ 4º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-
se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 4º com redação dada pela Emenda nº 33, de 14.06.2011
Art. 402. Ficam assegurados os benefícios, direitos e vantagens, já concedidos
por atos dos Poderes Executivo e Legislativo aos servidores ativos e inativos
com base na legislação municipal editada até a data da promulgação desta Lei
Orgânica, respeitado o disposto nas Constituições da República e do Estado.
Art. 403. O Município de Macapá deverá, por iniciativa do Poder Executivo,
promover a demarcação de suas linhas divisórias atualmente indefinidas ou mal
definidas, podendo para isso fazer alterações e compensações de área que
atendam aos acidentes naturais, critérios históricos, conveniências
administrativas e comodidade das populações limítrofes, nos termos do disposto
168
no art. 12 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição
da República.
Art. 404. Até a promulgação da Lei Complementar referida no art. 169 da
Constituição da República, o Município não poderá despender com pessoal mais
do que sessenta e cinco por cento do valor da receita corrente.
Parágrafo único. Quando a despesa de pessoal exceder o limite previsto neste
artigo, deverá retomar àquele limite, reduzindo o percentual excedente à razão
de um quarto por ano.
Art. 405. O Poder Executivo elaborará e encaminhará à Câmara Municipal de
Macapá, no prazo máximo de 6 (seis) meses, as seguintes matérias codificadas:
I - Código de Postura do Município;
II - Código de Obras e Edificações;
III - outros códigos previstos nesta Lei Orgânica.
Parágrafo único. As matérias codificadas permanecerão em vigor até a sua
substituição ou adequação dentro do prazo legal, salvo as disposições que
contrariem no todo ou em parte esta lei.
Art. 406. Estendem-se ao Prefeito, Vice-Prefeito e aos Vereadores os
benefícios dispostos no art. 348 da Constituição do Estado. REVOGADO
Art. 406, Revogado pela Emenda à LOM nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018.
169
regionalizado.
Art. 411. O Município, em articulação com o Estado, facilitará estágio nas
escolas públicas municipais, aos alunos dos cursos profissionalizantes.
Art. 412. O agente político pertencente ao sexo feminino terá direito a licença-
gestante não superior a 120 (cento e vinte) dias, sem perda da remuneração.
Art. 413. As fundações e associações beneficiadas com a concessão de
subvenções ou transferências à conta do orçamento municipal ou de outros
auxílios de qualquer natureza por parte do Poder Público, ficarão sujeitas à
prestação de contas.
Art. 414. Ao Servidor Público Municipal é assegurado, nos termos da
Constituição Federal, o direito à livre associação sindical e os seguintes direitos,
entre outros, dela decorrentes:
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - de ser representado pelo Sindicato, inclusive como substituto processual;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
II - de inamovibilidade do dirigente Sindical, até 01 (um) ano após o final do
mandato, exceto se a pedido;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical, o valor das
mensalidades e contribuições definidas em Assembléia Geral da categoria.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1º O direito de descontar em folha as mensalidades e contribuições é aplicável
também as Associações dos Servidores de qualquer dos Poderes.
§ 1º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º Os valores das mensalidades e contribuições serão repassados ao
Sindicato e à Associação dos Servidores em até 5 (cinco) dias úteis à data em
que se processar o pagamento do Servidor. § 2º com redação dada pela
Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 415. Os servidores não estáveis assim os considerados no art. 33 na
170
Emenda Constitucional n.° 19/98, de 04 de Junho de 1998, somente poderão ser
exonerados, para atender o previsto no § 3º, do art. 169, da Constituição Federal
e Lei Complementar Federal, após a redução das despesas com cargos em
comissão, funções de confiança e Contratos Administrativos, sendo,
obrigatoriamente, precedido de Ato Normativo motivado dos Chefes de cada um
dos Poderes, onde especificará:
Caput com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
I - a economia de recursos e o número correspondente de servidores a serem
exonerados;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
II - a atividade funcional, o órgão ou a unidade administrativa onde é lotado o
servidor;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
III - o critério geral impessoal escolhido para identificação dos servidores a
serem desligados dos respectivos cargos;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
IV - prazo de pagamento da indenização devida pela perda do cargo;
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
V - os créditos orçamentários para o pagamento das indenizações.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 1º Os cargos vagos em decorrência do disposto neste artigo serão extintos,
ficando proibida a criação de novos cargos nas mesmas funções, órgãos ou
unidades pelo prazo mínimo de 04 (quatro) anos.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 2º O prazo máximo para pagamento das indenizações é de 04 (quatro) meses.
Inciso com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
§ 3º O valor da indenização do Servidor será calculado à razão de 01 (um) mês
de remuneração por ano de efetivo exercício.
§ 3º com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
171
ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
172
Aposentadoria.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 10, de 12.04.2000
Art. 8º Os servidores municipais do Poder Executivo e do Poder Legislativo, que
comprovadamente encontravam-se no exercício regular de suas funções na data
da transformação do Território Federal do Amapá em Estado, que passaram a
constituir, a partir de 1º de janeiro de 2001, o Quadro Especial em Extinção do
Poder Executivo.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 24/ 2007-CMM, de 08.01.2008
Parágrafo único. Os servidores do Quadro Especial em Extinção do Poder
Executivo que pertenciam ao Poder Legislativo, continuarão prestando serviços
à Câmara Municipal de Macapá, na condição de cedidos.
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 24, de 08.01.2008
Art. 9º O Poder Executivo repassará ao Poder Legislativo a título de
compensação financeira, o total do valor despendido com despesas de pessoal
do Quadro Especial em Extinção, a que se refere o artigo anterior, referente aos
meses em que essas despesas foram assumidas pela Câmara Municipal, a
contar de 1º de janeiro de 2001.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 10. O Poder Executivo Municipal incluirá na Lei Orçamentária anual para o
exercício de 2002, previsão de receita para atender as despesas correntes da
aplicação do disposto no parágrafo único de art. 32, desta Lei Orgânica.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 11. Ficam reconhecidas pelo Município as Escolas Agrícolas existentes em
todo seu território, sendo garantidos seus princípios e sua metodologia.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Parágrafo único. O Município estimulará a criação de Escolas Famílias
Agrícolas, garantindo-lhes apoio necessário para o pleno êxito de seu
funcionamento, inclusive subvencionando-as com previsão de dotação própria
no Orçamento.
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Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 13, de 26.12.2001
Art. 12. É extinta a incorporação da gratificação pelo exercício de função de
direção, chefia ou assessoramento e cargo de provimento em comissão, a que
se refere o art. 49, da Lei Orgânica.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 15, de 19.12.2002
Parágrafo único. A extinção de que trata o caput deste artigo, não terá efeito
sobre os servidores ocupantes dos cargos de Inspetores e Guardas Municipais,
pertencentes ao Quadro de Provimento Efetivo da Guarda Municipal de Macapá
– GMM, no período de 10 de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2008,
quando investidos em Função de Confiança, cargos em Comissão ou de
Natureza Especial de Direção, Chefia e Assessoramento, todos pertencentes a
estrutura organizacional da Guarda Municipal de Macapá – GMM; cuja
incorporação, dar-se-á na forma do art. 13 do Ato das Disposições Transitórias
da Lei Orgânica do Município de Macapá.
Parágrafo único com redação dada pela Emenda nº 21/2007, de 08.12.2008
Art. 13. Fica resguardado o direito à percepção dos quintos já incorporados aos
vencimentos do servidor, para todos os fins, até a data da entrada em vigor
deste artigo, tendo como base de cálculo a retribuição do cargo exercido, em
sua composição plena, ou seja, vencimento acrescido da representação mensal.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 16, de 01.11.2006
Art. 14. É assegurado o direito à incorporação ao vencimento, para todos os
fins, de parcelas de quintos ao servidor que já tiver cumprido os requisitos legais
para sua concessão.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 16, de 01.11.2006
Art. 15. O Poder Executivo terá o prazo de 18 (dezoito), meses contados a partir
da promulgação do presente dispositivo, para enviar ao Poder Legislativo para
apreciação e votação a Lei Complementar que cria o quadro de cargos e
salários da Guarda Municipal, respeitando os dispositivos da Lei Complementar
Federal Nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
174
Artigo com redação dada pela Emenda nº 17, de 01.11.2006
Art. 16. Promulgada Emenda Constitucional dispondo sobre alteração do
número de Vereadores, fica autorizada a Mesa Diretora a dar cumprimento ao
disposto no art. 168 desta lei Orgânica, convocando os suplentes de acordo com
o coeficiente eleitoral fixado pela Justiça Eleitoral.
Artigo com redação dada pela Emenda nº 25, de 30.12.2008
OBSERVAÇÕES:
Redação da Emenda nº 047/2018-CMM, de 23.02.2018, em seu art. 9º.
“Ficam assegurados os benefícios, direitos e vantagens, já concedidos por atos dos Poderes
Executivo e Legislativo aos servidores ativos e inativos, bem assim a continuidade de sua
incorporação às respectivas remunerações, com base nos dispositivos da Lei Orgânica do
Município de Macapá ou na legislação municipal editada até a data de promulgação desta
Emenda à Lei Orgânica, respeitado o disposto nas Constituições da República e do Estado.
Parágrafo único. Os dispositivos alterados por esta Emenda à Lei Orgânica serão aplicados, a
partir da sua vigência, aos servidores que venham a ser investidos em cargos públicos ou
empregos permanentes do Município de Macapá.
OBS.: A Emenda à LOM nº 049/2018, de 24.12.2018, em seu art. 4º. Diz: “Os efeitos financeiros
relativos as receitas que compõe a base de cálculo para o duodécimo do Poder Legislativo,
serão recalculados aos últimos 05 (cinco) anos contados na data de promulgação desta
Emenda, sendo débitos relativos a encargos sociais e quaisquer suplementações extra
orçamentárias e financeiras à Câmara Municipal de Macapá.”
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037/2012, 038/2012, 039/2012 e 040/2012 - CMM. 041/2013-CMM, de
19.11.2013; 042/2013-CMM, de 19.11.2013; 043/2014-CMM, de 09.12.2014;
044/2013-CMM, de 09.12.2014; 045/2015-CMM, de 19.11.2015; 046/2017-
CMM, de 03.01.2017; 047/2018-CMM, de 23.02.2018; 048/2018-CMM, de
24.12.1018-CMM, republicada em 22.02.2019 (DO 3512); 049/2018-CMM, de
24.12.2018; 050/2019-CMM, de 15.01.2019 (DO 3540), 051/2019-CMM, de
27.08.2019.
ACÁCIO FAVACHO
Presidente da Câmara Municipal de Macapá
DIEGO DUARTE
1º Vice-Presidente
ALDRIN TORRINHA
2º Vice-Presidente
MARCELO DIAS
1º Secretário
NEUZA VELASCO
2ª Secretária
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