Agencias de Turismo Receptivo
Agencias de Turismo Receptivo
Agencias de Turismo Receptivo
Receptivo
Expediente
Presidente do Conselho Deliberativo
Roberto Simões
Diretor-Presidente
Luiz Eduardo Pereira Barreto Filho
Diretor Técnico
Carlos Alberto dos Santos
Diretor de Administração e Finanças
José Claudio Silva dos Santos
Gerente da Unidade de Capacitação Empresarial
Mirela Malvestiti
Coordenação
Nídia Santana Caldas
Equipe Técnica
Carolina Salles de Oliveira
Autor
Silvio Oliveira Filho
Projeto Gráfico
Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.
http://www.staffart.com.br
Apresentação do Negócio
As agências de turismo receptivo atuam de forma
intermediária entre clientes e prestadores de serviços turísticos
com o objetivo de recepcionar os viajantes, tanto os que viajam
a lazer quanto a negócios, dar apoio em deslocamentos e
vender produtos e serviços relacionados ao turismo a preços e
condições especialmente atrativas em relação ao que se
poderia obter ao dirigir-se diretamente a esses provedores. Os
serviços de receptivo também são ofertados por profissionais
autônomos que trabalham por conta própria ou são contratados
como freelancers por agências de viagens. A partir da Lei
Complementar 128/08, estes empreendedores autônomos
podem ser legalizados como Empreendedores Individuais (EI).
Este material faz parte da Série Ideias de Negócios para 2014,
que tem como objetivo explorar oportunidades para que os
Pequenos Negócios se apropriem dos investimentos
programados para os megaeventos que ocorrerão no Brasil,
bem como para o maior volume de movimentação econômica
antes, durante e após esses eventos. Este material não
substitui a elaboração de um Plano de Negócio. As informações
contidas aqui fazem parte de pesquisas e entrevistas com
especialistas e empreendedores, com o objetivo de oferecer
uma visão estratégica da atividade de Agência de turismo
receptivo. A decisão de investir em determinada atividade
exige uma análise mais aprofundada de informações e
alternativas com o intuito de diminuir os riscos e incertezas.
Quando são realizadas projeções, para aumentar a precisão da
análise, são consideradas variáveis como tamanho de
mercado, preços, custos de capital, custos operacionais, entre
outras. Caso o empreendedor decida promover investimentos
neste ou em qualquer ramo de atividade, sugere-se que seja
elaborado um Plano de Negócio e que o mesmo procure
orientações na unidade do Sebrae mais próxima da sua região.
Mercado
Tendências e Oportunidades Só em 2012, o setor de
turismo mundial será responsável por mais de 100 milhões de
empregos e 2 trilhões de dólares de impacto econômico direto.
Somada toda a contribuição, direta e indireta, do setor,
estima-se que 6,6 trilhões de dólares serão injetados na
economia global. A Organização Mundial de Turismo – OMT –
estima que a chegada de turistas internacionais em todo o
mundo deve chegar a 1,6 bilhões em 2020. Segundo
estimativas do Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC
– World Travel & Tourism Council), a participação da indústria
de viagens e turismo no PIB do Brasil, incluindo os impactos
econômicos indiretos, deve passar de 4,5%, em 2011, para
9,5% até 2022. Até o fim da próxima década, aproximadamente
9% da população brasileira deve estar empregada em
atividades características do turismo. No Brasil, o crescimento
do turismo doméstico e a incorporação do hábito de viagem
pelo brasileiro, decorrente do crescimento da renda das
famílias, são elementos que têm contribuído para a ascensão
do setor. Os megaeventos esportivos, Copa do Mundo FIFA
2014 e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, aumentarão
a visita de estrangeiros e a circulação de pessoas pelo País.
Nesse contexto, é indispensável ficar atento para o surgimento
de oportunidades ligadas ao setor. Segundo o Ministério do
Turismo, objetivando a Copa do da FIFA de 2014 o governo
Localização
Esse tipo de negócio não demanda localização em
pontos com grande circulação de pessoas como, por exemplo,
em shoppings centers e centros comerciais. O empreendedor
deve avaliar a viabilidade de possuir estruturas em locais com
concentração de turistas. Por exemplo em aeroportos, centros
de convenções, pontos de visitação turística e regiões de
grande concentração de hotéis, bares e restaurantes. Lojas
Estrutura
Os pequenos negócios desse ramo de atuação
necessitam de estruturas simples para o setor administrativo.
As atividades principais são relacionamento com parceiros,
clientes e fornecedores, gestão financeira, recursos humanos e
logística. Uma sala de 50 m² é suficiente para o bom
funcionamento das atividades administrativas. Estes escritórios,
geralmente alugados, localizam-se em centros comerciais de
fácil acesso, próximos a aeroportos e hotéis. O empreendedor
deste ramo de atuação deve analisar a relação custo benefício
de manter uma estrutura física dentro dos aeroportos das
regiões onde atua. Esse expediente aproxima a empresa do
cliente, que pode oferecer serviços diferenciados e maior
conforto, oportuniza a geração de negócios e facilita questões
relativas a prestação dos serviços. É preciso estar atento à
capacidade de pagamento da empresa e ao valor do aluguel ou
da prestação do financiamento do imóvel. Vale destacar que
nos primeiros meses de atividade é muito comum que as
receitas geradas pelo empreendimento não sejam suficientes
Pessoal
A necessidade de mão de obra vai depender do porte
da empresa. Os profissionais que trabalham diretamente com
receptivo são, em geral, contratados pelas agências de
receptivo. Esses profissionais devem ter habilidades no
relacionamento interpessoal, para receber os turistas com
atenção, simpatia e cuidado. Com os grandes eventos
esportivos, se faz ainda mais necessário que estes
profissionais dominem outros idiomas, de preferência inglês e
espanhol. As sazonalidades de curto prazo são supridas com a
contratação de funcionários temporários e estagiários, em
geral, estudantes de hotelaria e turismo que buscam um
primeiro contato com o setor. Ainda para prestação dos
serviços de receptivo, são necessários motoristas devidamente
habilitados e treinados para lidar com o público. Muitos desses
profissionais também são terceirizados e contratados
juntamente com o aluguel dos veículos. Nos passeios turísticos,
viagens e cities tours faz-se necessário a presença de guias
devidamente capacitados e cadastrados pelo MTur. Estes, em
geral, são Empreendedores Individuais autônomos contratados
para prestação de serviços. Os agentes que realizam as
vendas de pacotes e passeios também costumam ser
profissionais autônomos que recebem comissões sobre suas
Equipamentos
A prestação de serviços de receptivo demanda
principalmente veículos. São carros de passeio, vans,
micro-ônibus e ônibus. Os pequenos negócios costumam
terceirizar a maior parte da frota utilizada, mas, a depender da
estrutura da empresa, é importante possuir veículos próprios.
Utilizar veículos novos e mantidos sempre limpos é essencial
para as empresas que pretendem destacar-se no mercado. As
empresas desse ramo de atividade devem possuir sistema de
comunicação eficiente, com telefones celulares, rádios e
computadores com acesso a internet rápida. Agilidade no
atendimento às demandas dos turistas e na resolução de
imprevistos são fatores estratégicos para a satisfação dos
clientes.
Automação
A tecnologia é uma importante aliada para as empresas
do setor de turismo. Atualmente, as informações básicas de
roteiro, reservas e tarifas, já estão, em sua grande maioria,
disponíveis na residência do consumidor, através da Internet. O
diferencial é utilizar estas ferramentas para se comunicar e
entender o comportamento dos viajantes. Os pequenos
negócios podem, através da internet, acessar seu público
diretamente e oferecer produtos personalizados. As redes
sociais, quando bem geridas, são formas eficientes de fixar a
marca da empresa na mente do cliente, comunicar-se
diretamente com o consumidor final, contribuir através de dicas
e informações sobre a região de destino, fazendo parte da
construção do sonho da viagem, fidelizando e percebendo
quais as necessidades dos diferentes perfis de consumidores.
Canais de distribuição
Os empreendimentos desse setor atuam em parcerias
com operadores de turismo e agências de viagem que operam
como agentes de captação de clientes em torno de uma ampla
oferta de destinos e pacotes turísticos. Outro canal de
comercialização é a abordagem direta a turistas em pontos de
visitação e em terminais rodoviários e aeroportos. Nesses
casos, deve-se adotar uma postura não ofensiva ao turista,
cujos efeitos podem ser negativos tanto acerca dos serviços
prestados quanto em relação à hospitalidade local.
Investimentos
Capital de giro
O capital de giro são os recursos financeiros, próprios
ou de terceiros, necessários para manter as atividades
operacionais da empresa. A gestão do capital de giro é que vai
determinar a capacidade de saldar os compromissos de curto
prazo, como pagamento de financiamentos, alugueis, a
concessão de crédito, o pagamento de salários, impostos e
demais encargos. Alguns fatores contribuem para a redução
da necessidade de capital de giro das empresas. Entre eles,
podemos destacar aumentos dos prazos para pagamento de
fornecedores e redução dos prazos de recebimentos de
clientes. A necessidade de recursos para capital de giro pode
ser satisfeita por recursos próprios ou de terceiros. As
instituições financeiras oferecem uma extensa variedade de
produtos financeiros com taxas e prazos diferenciados. É
importante que o empreendedor tenha conhecimento dos
custos destas operações para que esteja apto a negociar e
obter melhores condições no financiamento. Para isso, é
importante pesquisar junto às diversas instituições financeiras
públicas e privadas, promovendo visitas constantes e consultar
os balcões de atendimento do Sebrae da região. Existe ainda
uma particularidade que deve ser mencionada na prestação de
serviços de receptivo. Oscilações na economia fazem diminuir
sensivelmente o fluxo de turistas, reduzindo bastante o número
de contratos de prestação de serviços. Pelo elevado número de
funcionários, os empreendedores deste ramo de atividade
devem estar atentos ao passivo trabalhista. Fatores climáticos
também exercem influencia importante. Essas particularidades
exercem pressões sobre a demanda da empresa por recursos
financeiros para arcar com seus compromissos de curto prazo.
Divulgação
O planejamento de marketing é uma ferramenta
estratégica para posicionamento da marca no mercado e
definição dos diferenciais competitivos. A utilização das
ferramentas de comunicação para buscar diferenciar-se dos
concorrentes é uma estratégia importante num setor onde os
serviços e preços praticados são muito parecidos entre as
empresas concorrentes. Os pequenos negócios que têm obtido
sucesso no setor são aquelas que aproveitam-se do seu menor
tamanho e estrutura de custos mais enxuta para oferecer
Eventos
ABAV – Associação Brasileira de Agências de
Viagens
http://www.abav.com.br/texto.aspx?id_area=25&id=41; Salão
do
Turismohttp://www.salao.turismo.gov.br/salao/sobre_evento/principal/; E
Associação de Agências de Turismo Operadoras de
Eventos www.eventpool.com.br AVIESTUR; Eventos diversos
relacionados ao turismo receptivo
http://www.braziltour.com/site/br/evento; Encontro Comercial
Braztoa – BRAZTOA (Associação Brasileira dos
Operadoras de Turismo); ABEOC - Associação Brasileira
de Empresas Organizadoras de Congressos
www.abeoc.org.br; EVENTPOOL - Associação de Agências
de Turismo Operadoras de Eventos
www.eventpool.com.br; CBGTUR - Congresso Brasileiro de
Guias de Turismo http://www.fenagtur.org.br/.
Entidades em Geral
Normas Técnicas
Glossário
MERCHANDISING - É qualquer técnica, ação ou
material promocional usado no ponto de venda que proporcione
informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou
serviços, com o propósito de motivar e influenciar as decisões
de compra dos consumidores. Corresponde ao conjunto de
atividades de marketing e comunicação destinadas a identificar,
controlar, ambientar e promover marcas, produtos e serviços
em canais de comercialização de determinado bem, produto ou
serviço. TRAVEL CHECK - São títulos financeiros que
apresentam equivalência a um cheque internacional. Podem
ser trocados por dinheiro ou mesmo utilizados diretamente para
aquisição de produtos e serviços em estabelecimentos
comerciais, mediante incidência de taxa administrativa ou taxa
de câmbio relativa à operação de conversão do título em
moeda local. TRADE TURÍSTICO - Corresponde ao conjunto
de equipamentos da superestrutura constituinte do produto
turístico. É caracterizado por meios de hospedagem, bares e
restaurantes, centros de convenções e feiras de negócios,
agências de viagem, empresas de transporte, lojas de
souvenires e todas as atividades comerciais periféricas ligadas
direta ou indiretamente a atividade turística. CONCIERGE -
profissional responsável em hotéis por assistir aos hóspedes
em pedidos diversos, dos mais extravagantes aos mais simples
como chamar um táxi, fornecer informações sobre o próprio
Dicas do Negócio
O fortalecimento do turismo local exige a
especialização dos profissionais do setor e a diferenciação dos
serviços oferecidos. Os serviços de receptivo antes eram
utilizados apenas como apoio às agências de viagens. Hoje,
são responsáveis, entre outros, por estimular as vendas e
aumentar o nível de conscientização dos consumidores a
respeito do turismo local e regional. Para comercializar seus
produtos de maneira competitiva, as empresas que realizam
serviços de receptivo devem preocupar-se com a concepção do
produto, que deve ser desenvolvido para atender a demanda
do mercado, deve gerar valor para o cliente, precisa ser bem
distribuído, com parcerias estratégicas com agências de
viagens e hotéis entre outros e deve ser acessível ao turista,
através de uma estrutura de comercialização eficiente. As
empresas deste ramo de atividade devem estar atentas às
opiniões dos clientes, realizando pesquisas de mercado e de
opinião, como questionários entregues ao final dos serviços
prestados para medir o grau de satisfação e o posicionamento
da empresa na mente do turista. É importante estar atento aos
preços cobrados pela concorrência e manter uma relação
equilibrada entre preço e qualidade. As empresas devem ter
especial atenção a experiência do viajante. Rapidez e cortesia
no atendimento, ter uma equipe esperta, atenta, amável e
informada, manter instalações e veículos limpos e confortáveis
e monitorar as impressões dos clientes são diferenciais
competitivos significativos e determinantes para o sucesso na
atividade de serviços de receptivo.
Bibliografia Complementar
ASNIS, Z. Guia Criativo para o Viajante
Independente na América do Sul. Ed. O Viajante, 2010.
BARBOSA, Lívia; CAMPBELL, Colin. Cultura, consumo e
identidade. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2006. BENI, Mario
Carlos. Análise estrutural do turismo. 10° ed. São Paulo:
Senac, 2004. BOULLÓN, Roberto C. Planejamento do
Espaço Turístico. Tradução Josely Vianna Baptista. Bauru,
SP: EDUSC, 2002. CARNEIRO, Rosa Janaina Britto.
Sinalização Turística: diretório e sistemas nacionais e
internacionais. São Paulo: 2001. Banco de Teses USP – São
Paulo, 2001. DIAS, Reinaldo e AGUIAR, Marina R. de.
Fundamentos do turismo: conceitos, normas e definições.
Campinas: Alínea, 2002. DIAS, Célia Maria de Moraes...[et al.].
Hospitalidade: reflexões e perspectivas. São Paulo: Manole,
2002. COOPER, C. Turismo, princípios e prática. Porto Alegre:
Bookman, 2001. IGNARRA, Luiz Renato. Fundamentos do
Turismo. São Paulo: Pioneira, 2002. EMBRATUR. Ministério
do Turismo. Guia Brasileiro de Sinalização Turística. São
Paulo, 2001. GONÇALVES, F. Inglês Instrumental/Turismo,
Porto Seguro: ISED, 2007. HIMENTI, S.; TAVARES, A.M. Guia
de Turismo: o profissional e a profissão. São Paulo: SENAC
São Paulo, 2007. JACOB, Miriam; STRUTT, Peter. English for
international tourism. Harlow: Longman, 2000. JONES, L.
Welcome! English for the travel and tourism industry.
Cambridge University Press, 1998. KOTLER, Philip;
HERMAWAN, Kartajaya; IWAN, Setiawan. Marketing 3. As
forças que estão definindo o novo marketing centrado no