Drogas Vasoativas
Drogas Vasoativas
Drogas Vasoativas
Definição:
O que é:
Classes
Vasoconstritores:
Substâncias que promovem a contração dos vasos sanguíneos, aumentando assim a
resistência vascular periférica e elevando a pressão arterial.
Vasodilatadores:
Substâncias que promovem a dilatação dos vasos sanguíneos, reduzindo a
resistência vascular periférica e, consequentemente, diminuindo a pressão arterial.
Exemplos: incluem o nitroprussiato de sódio e a nitroglicerina.
Inotrópicos:
Drogas que afetam a força de contração do músculo cardíaco (miocárdio),
influenciando o débito cardíaco.
Inotrópicos Positivos:
Mecanismo de Ação: Essas drogas aumentam a força de contração do músculo
cardíaco, o que resulta em um aumento do débito cardíaco. A digoxina, por exemplo,
atua inibindo a bomba de sódio-potássio nas células cardíacas, aumentando assim a
concentração intracelular de cálcio, o que melhora a contratilidade.
Inotrópicos Negativos:
Mecanismo de Ação: Essas drogas diminuem a contratilidade do músculo cardíaco.
Os betabloqueadores, por exemplo, bloqueiam os receptores beta-adrenérgicos,
reduzindo a ação do sistema nervoso simpático e diminuindo a frequência cardíaca e
a força de contração.
Pontos Importantes:
Perfusão tecidual:
Controle da Pressão Arterial: São frequentemente utilizadas para controlar a pressão
arterial, otimizando assim a perfusão de órgãos vitais.
Oxigenação Celular:
Influência no Débito Cardíaco: Drogas inotrópicas afetam a força de contração do
músculo cardíaco, influenciando o débito cardíaco. Isso pode ter um impacto direto
na oferta de oxigênio aos tecidos.
• Volume circulante
Contratilidade (Inotropismo):
Definição: A contratilidade refere-se à força de contração do músculo cardíaco
(miocárdio).
Pós-carga:
A pós-carga refere-se à resistência que o ventrículo esquerdo (ou direito) do coração
precisa superar durante a fase de sístole para ejetar o sangue para a circulação
sistêmica (ou pulmonar). (resistência vascular periférica).
Agentes Simpatomiméticos:
São substâncias que mimetizam ou potencializam os efeitos do sistema nervoso
simpático, o sistema nervoso simpático é uma parte do sistema nervoso autônomo,
responsável pela resposta de "luta ou fuga" do corpo em situações de estresse. As
drogas vasoativas atuam sobre os receptores adrenérgicos, que são receptores para
neurotransmissores como a norepinefrina e a epinefrina
Agonistas Alfa-adrenérgicos:
Essas drogas estimulam os receptores alfa, o estímulo desses receptores leva à
vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos), aumentando a resistência vascular
periférica e, consequentemente, a pressão arterial. Exemplos: fenilefrina e
norepinefrina.
Agonistas Beta-adrenérgicos:
Agonistas beta-1: aumentam a frequência cardíaca (cronotropismo) e a força de
contração do coração (inotropismo). Exemplos incluem dobutamina e isoprenalina.
Catecolaminas:
São ligadas a 3 receptores: alfa, beta e dopa:
Explicação:
Receptores Alfa:
• Os receptores alfa estão subdivididos em alfa-1 e alfa-2.
• Os receptores alfa-1 estão principalmente presentes em vasos sanguíneos
periféricos, e sua ativação leva à vasoconstrição (contração dos vasos
sanguíneos), aumentando a resistência vascular periférica.
• Os receptores alfa-2 estão localizados em várias áreas, incluindo o sistema
nervoso central. Sua ativação pode levar à inibição da liberação adicional de
norepinefrina, resultando em efeitos reguladores.
Receptores Beta:
• Os receptores beta também estão subdivididos em beta-1 e beta-2. Os
receptores beta-1 predominam no coração, e sua ativação aumenta a
frequência cardíaca (cronotropismo) e a força de contração cardíaca
(inotropismo).
• Os receptores beta-2 estão principalmente presentes nos brônquios e em
alguns vasos sanguíneos. A ativação desses receptores leva à
broncodilatação e, em alguns casos, à vasodilatação.
Receptores Dopa:
• Os receptores dopaminérgicos, ou dopa, são ativados pela dopamina.
• A dopamina tem uma variedade de efeitos, dependendo da dose
administrada.
• Em doses mais baixas, a dopamina pode ativar receptores dopaminérgicos
específicos, enquanto em doses mais altas, ela também pode ativar receptores
beta e alfa, resultando em efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos, bem
como vasoconstrição.
Noradrenalina
Éuma substância química naturalmente produzida no corpo, elas funcionam como um
neurotransmissor no sistema nervoso simpático e desempenha um papel
fundamental na regulação da pressão arterial e da resposta ao estresse.
Principais Funções:
• Aumento da Pressão arterial
• Vasoconstrição
• Aumento da Frequência Cardíaca
• Aumento da Pós-Carga Cardíaca
Efeito inotrópico e vasopressor (alfa 1 e beta 1)
Explicação: A noradrenalina é uma substância química naturalmente produzida no
corpo, elas funcionam como um neurotransmissor no sistema nervoso simpático e
desempenha um papel fundamental na regulação da pressão arterial e da resposta
ao estresse.
Mecanismo de ação:
A noradrenalina atua estimulando os receptores adrenérgicos, que são encontrados
em vários tecidos do corpo, incluindo o coração e os vasos sanguíneos. Seu
mecanismo de ação envolve a ligação aos receptores alfa e beta-adrenérgicos.
Indicações
Choque vasoplégico: é uma condição grave em que há uma dilatação generalizada
dos vasos sanguíneos.
Choque Séptico: é uma condição grave causada por uma resposta imunológica
excessiva do corpo a uma infecção.
Dosagem
• Dose inicial: 0,05 – 0,1 ug/kg/min
• Dose máxima: 1,5 – 2 ug/kg/min
Preparo:
Associação com dobuta em sepsis": A sepse é uma resposta do corpo a uma infecção
que pode levar a uma inflamação generalizada e a uma série de efeitos sistêmicos
graves.
Cuidados
• Evitar administrar com soluções alcalinas
• Administrar sempre em bomba de infusão
• Atualizar peso diário para cálculo correto
• Controle rigoroso da PA e Hemodinâmico
• Dê preferência ao acesso central
• Atentar ao extravasamento -> necrose isquêmica e descamação dos tecidos
superficiais
• Avaliar a perfusão das extremidades
• Nunca administrar medicamentos em bolus pela via da droga
• O uso puro não é recomendado.
Dopamina
É um neurotransmissor que desempenha várias funções no corpo, incluindo a
transmissão de sinais no sistema nervoso central. Ela também pode ser usada como
uma droga para afetar a pressão sanguínea e a função cardíaca em situações clínicas.
Principais funções:
• Inotropismo Positivo: estimula os receptores beta-1 localizados no coração.
• Cronotropismo Positivo: aumenta a frequência cardíaca ao agir nos recep.
Beta-1.
• Vasodilatação Coronariana: vasodilatação das artérias do coração
• Vasodilatação Renal
Mecanismo de ação
Receptores Alfa:
Receptores Beta:
Atenção:
• Uso como proteção renal é discutido
• Se precisar de efeito B ---> Dobutamina (aumenta a frequência cardíaca)
• Se precisar efeito alfa → Noradrenalina (aumenta a P.A)
Preparo
• Diluição padrão: 5 Amp em 200ml de solução (SF 0,9% ou SG5%)
• 1ML=5mg/ml
• Solução padrão: 1mg/ml
• Incompatível com solução alcalina
Dobutamina
É uma amina simpaticomimética, o que significa que ela mimetiza as ações do sistema
nervoso simpático. Ela é utilizada principalmente para aumentar a contratilidade do
músculo cardíaco, resultando em um aumento do débito cardíaco
Principais Funções:
• Aumento da contratilidade cardíaca (inotropismo positivo)
• Estimulação dos receptores beta-1
• Aumento do Débito Cardíaco
Aumenta a frequência Cardíaca
Vasodilatação periférica
Mecanismo de ação
O mecanismo de ação da dobutamina envolve a ativação dos receptores beta-1-
adrenérgicos localizados principalmente no músculo cardíaco.
A dobutamina tem uma ação seletiva nos receptores beta-1, o que a torna mais
específica para o coração.
Medicamento
• Dose 2 – 20uq/kg/min (em dose 15uq/kg/min, melhora DC em pacientes em
sepsis)
• Meia-vida: 2 minutos.
• Em pós operatório a dobutamina
Em pós operatório a dobutamina é melhor que a dopamina e deve-se evitar em
pacientes hipotensos.
Preparação
• 1AMP – 20ml – 250mg
• 1ml =12,5mg
• Diluição: (1 Amp em 230ml solução SF0,9% ou SG5%)
• Concentração final: 1mg/ml
• Evitar diluição solução alcalina
• Nome comercial: Dobutrex
Considerações Finais
• A infusão e a monitorização das drogas são de competência do enfermeiro,
desde o preparo, manipulação de equipamentos, infusão e controle das
respostas individuais de cada paciente.
• As drogas vasoativas devem ser empregadas de preferência em acesso central
• Controle rigoroso em bomba de infusão.
• Pesar diariamente para ajuste da dose ideal.
• Desmame das drogas (forma gradual e supervisão rigorosa).
• Troca da solução 24 horas (atentar risco de hipotensão).
• De preferência monitoramento invasivo PA e medidas hemodinâmicas.
• Controle rigoroso da PA e ECG.
• Atenção a incompatibilidade das drogas
• Atenção a drogas periféricas
• Atenção a efeitos adversos
• Evitar medicações em bolus pelas vias das drogas
• Vasoativas seguir orientação de preparo
• Identificação das drogas
• Avaliar perfusão periférica