A mídia teve um papel central na política brasileira ao longo da história, sendo usada por governos autoritários para controle ideológico e manipulação. Mais recentemente, as redes sociais e aplicativos de mensagens como o WhatsApp tornaram-se influentes na decisão de voto, contribuindo para as vitórias de políticos como Bolsonaro e Trump.
A mídia teve um papel central na política brasileira ao longo da história, sendo usada por governos autoritários para controle ideológico e manipulação. Mais recentemente, as redes sociais e aplicativos de mensagens como o WhatsApp tornaram-se influentes na decisão de voto, contribuindo para as vitórias de políticos como Bolsonaro e Trump.
A mídia teve um papel central na política brasileira ao longo da história, sendo usada por governos autoritários para controle ideológico e manipulação. Mais recentemente, as redes sociais e aplicativos de mensagens como o WhatsApp tornaram-se influentes na decisão de voto, contribuindo para as vitórias de políticos como Bolsonaro e Trump.
A mídia teve um papel central na política brasileira ao longo da história, sendo usada por governos autoritários para controle ideológico e manipulação. Mais recentemente, as redes sociais e aplicativos de mensagens como o WhatsApp tornaram-se influentes na decisão de voto, contribuindo para as vitórias de políticos como Bolsonaro e Trump.
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Mídia e Eleições
CONTEXTO HISTÓRICO DA MÍDIA BRASILEIRA
• Em 1931, o presidente Getúlio Vargas criou o Departamento Oficial de
Propaganda (DOP), cujo objetivo era o controle da imagem pública do presidente vigente na época e a divulgação das ações governamentais por meio das rádios. • Esse departamento foi substituído pelo Departamento de propaganda e Difusão Cultural em 1934, mas seu funcionamento tornou-se obsoleto e fraco. • Dentro desses departamentos a fotografia tornou-se importante fonte de informação e divulgação. • Conforme Ana Maria Mauad, "a fotografia pública é produzida por agências de produção da imagem que desempenham um papel na elaboração de uma opinião pública (meios de comunicação, estado etc.)” • A história brasileira é repleta de exemplos do uso político dos meios de comunicação. Nos governos autoritários, a mídia foi mobilizada como um instrumento de persuasão e controle ideológico do regime, em que governantes cercearam a liberdade de imprensa e fizeram uso da repressão para controlar o conteúdo veiculado nos noticiários. Nestes períodos, a comunicação serviu como um instrumento de manipulação e alienação das massas para garantir a soberania dos grupos dominantes.
"A IMPRENSA FAZ E DESFAZ UM PRESIDENTE"
• Em 1960, o Brasil era um país de pouco mais de 70 milhões de habitantes
e menos de 15 milhões de eleitores. A televisão era uma novidade cara, acessível a poucos e indisponível na maior parte das cidades. A campanha dependia em grande medida do “corpo a corpo”, dos comícios, das redes de cabos eleitorais. • Em 1989, era outro país que ia às urnas.O esforço da ditadura em gerar um sistema nacional de telecomunicações dera resultados. Mais de 90% da população tinha acesso à televisão, que se tornara o principal meio de informação e entretenimento. As eleições deram a vitória a um político jovem,estranho aos círculos mais importantes do poder, cuja principal distinção era o uso extremamente competente e profissional dos meios de comunicação. • Fernando Collor construiu sua candidatura a partir de golpes de marketing e da obtenção da simpatia dos grandes grupos de mídia; e destacou-se, na campanha, pelo uso mais moderno dos recursos de televisão. Três anos depois, o mandato de Collor foi interrompido por um impeachment provocado por denúncias de corrupção que partiram dos mesmos veículos de imprensa que, antes, haviam promovido sua ascensão à presidência. • Essa experiência marcou toda a primeira fornada de estudos • sobre mídia e política no Brasil. O pressuposto era que, como dizia o título de um livro sobre a trajetória de Fernando Collor, “a imprensa faze desfaz um presidente”
A ATUAL MÍDIA BRASILEIRA E SEU IMPACTO NAS ELEIÇÕES
• Com o avanço da democracia no País, as práticas comunicativas também
evoluíram, retomando-se a liberdade de imprensa como um instrumento de defesa do cidadão, de fiscalização do Estado e de visibilidade pública do poder. • Mesmo nos governos democráticos, o uso estratégico da comunicação continuou sendo essencial para a estabilidade do mandato e a busca do consenso político e da transparência administrativa. • No contexto atual, um político precisa saber usar os meios disponíveis, para expor suas propostas governamentais, se não souber, isso acarretará numa possível “desclassificação” à concorrência do cargo público. Uma das “armas” que mais estão sendo utilizadas para a adesão facilitada na área política são de que o candidato torne-se celebridade ou já seja uma celebridade, do âmbito televisivo, como exemplo atores / apresentadores. • Uma pesquisa de opinião do Instituto DataSenado aponta a influência crescente das redes sociais como fonte de informação para o eleitor, o que pode em parte explicar as escolhas dos cidadãos nas eleições de 2018. • Quase metade dos entrevistados (45%) afirmaram ter decidido o voto levando em consideração informações vistas em alguma rede social. E a principal fonte de informação do brasileiro hoje é o aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, segundo o levantamento.
DONALD TRUMP E JAIR BOLSONARO (EUA E BRASIL)
• Na campanha presidencial que ocorria nos Estados Unidos em 2016, a
chegada de Donald Trump ao cargo de presidente demonstrava o que viria a acontecer mais tarde no Brasil em 2018. Trump conquista sua vitória após uma virada em sua campanha: Steve Bannon assume sua direção, levando o candidato das grandes chances de derrota à presidência. Posteriormente, os panos de fundo dessa vitória vieram à tona com o escândalo de uso político de dados do Facebook pela empresa Cambridge Analytica, a qual Bannon presidia à época. Os dados foram usados para influenciar o eleitorado através de conteúdos direcionados favoráveis ao candidato Donald Trump. Bannon, que segundo Alexander[132] se tornou um herói da cultura pop, a primeira celebridade intelectual da direita alternativa, encontra Eduardo Bolsonaro em agosto de 2018 e se compromete a ajudar de maneira informal na campanha à presidência de seu pai. • A campanha de Jair Bolsonaro em 2018, alinhada ideologicamente a Bannon, tinha como um de seus pilares o ataque à imprensa profissional. O que Alexander constata ideologicamente em Bannon, aparece de maneira quase que idêntica no eixo bolsonarista: “o jornalismo é falso, as pesquisas de opinião pública são fraudulentas, a justiça é tendenciosa, o voto não é conclusivo e o cargo não é vinculativo” • Essas redes autônomas de comunicação horizontal e em massa vem sendo utilizadas no Brasil tanto pela esquerda quanto pela direita como alternativa aos meios de comunicação tradicionais. Entretanto, mesmo com as críticas do campo de esquerda à parcialidade da mídia, por sua postura abertamente antipetista, a posição da extrema direita bolsonarista é de repulsa e ataques à mídia, com um claro caráter anti-democrático. Esse fomento ao ataque à imprensa aparece na realidade concreta já em 2018, ano em que ameaças e assassinatos a comunicadores aumentou em 30% no Brasil [136].A deslegitimação desses meios de comunicação por parte da campanha bolsonarista dá sustento ao seu canal prioritário de comunicação, as redes sociais, determinantes para sua vitória nas urnas. Diferentemente do caso de Trump com o Facebook, o WhatsApp, um aplicativo de mensagens instantâneas e ligações, foi a rede que protagonizou a construção do eleitorado bolsonarista. • Esses fatores funcionam como uma arma para estratégias criminosas, tal qual a disseminação de fake news, que ocorreu massivamente nas campanhas de Trump e Bolsonaro.
A mídia é um fator central da vida política contemporânea e não é possível mudar
este fato, os políticos sem mídia serão pouco votados, porque é nela que eles tornam-se conhecidos. A política não consegue mais se desligar dos meios de comunicação, e isso é evidente, pois a política no mass media cresceu de uma forma estrondosa que acabou transformando o comportamento da classe política que teve que se adaptar e aprender a usar os meios para então desenvolver suas campanhas, onde a imagem/fala/propostas são necessárias para o político ser considerado pela população votante apto a exercer determinada função/cargo público. O avanço das técnicas publicitárias é uma das características mais visíveis das disputas eleitorais das últimas décadas. Nos regimes democráticos, o povo mantém a prerrogativa de decidir quem exercerá o poder político
As estratégias da assessoria de comunicação e marketing nas disputas presidenciais brasileiras: Um estudo do impacto da comunicação entre as eleições presidenciais no Brasil pós diretas, verdades x ilusões