Batista Trabalho
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1. Introdução ............................................................................................................................... 2
2.1.1. Refrigeração...................................................................................................................... 3
2.2.3. Esterilização...................................................................................................................... 5
3. Conclusão ............................................................................................................................. 14
Conservação é a arte que consiste em manter o alimento o mais estável possível, mesmo em
condições nas quais isso não seria viável. A conservação de alimentos envolve três
características: físicas, químicas e biológicas.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender a conservação dos alimentos.
1.1.2. Específicos
Definir conservação dos alimentos;
Identificar métodos de conservação dos alimentos;
Exemplificar a planta de modo a fazer o seu estudo de campo (exploratório).
1.2. Metodologias
Para a efectivação do presente trabalho, baseou-se com base na pesquisa bibliográfica. A
pesquisa bibliográfica é primordial na construção da pesquisa científica, uma vez que nos
permite conhecer melhor o fenómeno em estudo. Os instrumentos que são utilizados na
realização da pesquisa bibliográfica são: livros, artigos científicos, teses, dissertações,
anuários, revista, leis e outros tipos de fontes escritas que já foram publicados.
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2. Conservação de alimentos
Todos os microrganismos têm temperaturas ideais para seu crescimento e proliferação, sendo
assim, o princípio básico da conservação pelo frio é manter a temperatura abaixo do ideal para
evitar a disseminação microbiológica. Da mesma maneira, as reacções enzimáticas ocorrem
em temperaturas ideais, sendo assim o princípio para minimizá-las é o mesmo, manter a
temperatura abaixo da ideal (LINO, 2014).
2.1.1. Refrigeração
Define-se como refrigeração o abaixamento da temperatura do alimento entre -1,5° C a 10°C,
como forma temporária até que se aplique outro método ou até quando o alimento seja
consumido. Neste método não há eliminação de microrganismos, porém inibe seu ciclo de
reprodução e, consequentemente, retarda a deterioração dos alimentos quando atacados,
impedindo assim que, de certa forma, eles se desenvolvam de maneira a não provocar danos
nos alimentos, mantendo a qualidade original do alimento e prolongando um pouco mais a
sua vida útil. (LINO, 2014)
Alguns alimentos são sensíveis ao frio, como é o caso de muitas frutas e hortaliças, onde pode
causar danos pela baixa temperatura (entre 10°C e 13°C), afectando a estrutura da membrana
plasmática destes alimentos, causando alterações como murchamento das folhas, lesões
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superficiais e alterações da cor. Pode ocorrer também a liberação de produtos voláteis nos
alimentos como a cebola, alho, pescados e frutas, enquanto outros são suscetíveis a absorvê-
los como leite e derivados, podendo incluir outras alterações neste processo como perda de
firmeza e crocância em frutas e hortaliças, envelhecimento de produtos de panificação e
aglomeração dos produtos em pó (AZEREDO, 2012).
2.1.2. Congelamento
O congelamento consiste na diminuição do nível da temperatura para valores de -40º C a -
10ºC, e para que haja um perfeito congelamento, é recomendado que 80% da água livre seja
transformada em gelo, havendo assim uma redução ou estabilização da actividade metabólica
dos microrganismos. Uma vez que ocorridas as condições favoráveis novamente, os mesmos
passam a ter actividade metabólica normal (CESAR, 2008).
O congelamento pode causar danos em alimentos em tecidos estocados abaixo de seu ponto
de congelamento, perdendo geralmente rigidez e se tornando pegajosos após seu
descongelamento; algumas verduras e frutas podem ser susceptíveis a danos causados pelo
congelamento, bem como no seu estado de refrigeração como citado no tópico anterior. A
severidade do dano por congelamento é afectada pela combinação de tempo e temperatura,
assim como ocorre o dano pelo frio (AZEREDO, 2012).
2.2.1. Branqueamento
O branqueamento é o tratamento térmico usualmente aplicado no processamento de vegetais
(frutas e hortaliças), e consiste em mergulhar os alimentos em água fervente, sendo a
temperatura determinada pelo vegetal utilizado, e então retirá-lo imediatamente, mergulhando
o mesmo em água fria, para o seu resfriamento.
Tem como objectivo fixar a cor, reduzir a carga microbiana, inactivar enzimas que podem
causar deterioração, causando modificações no alimento como escurecimento. Além disso,
pode melhorar características sensoriais, como o amaciamento dos alimentos (LOPES, 2007).
2.2.2. Pasteurização
Tem como objectivo principal a destruição de microrganismos patogénicos associados ao
alimento em questão (AZEREDO, 2012). É considerado também um tratamento térmico que
eleva a temperatura a mais de 100°C e posteriormente resfria-o. Como os microrganismos
patogénicos não resistem a altas temperaturas, é um método eficaz para segurança alimentar e
preservação de características naturais dos alimentos; o processo atua também inactivando
enzimas e destruindo bactérias vegetativas, bolores e leveduras sem modificar
significativamente o valor nutritivo e as características sensoriais do alimento submetido a
esse tratamento. Além disso, é capaz de prolongar a vida de prateleira dos alimentos, em
função da redução das taxas de alterações microbiológicas e enzimáticas (LOPES, 2007).
2.2.3. Esterilização
A esterilização é um tratamento térmico que inactiva todos os microrganismos patogénicos e
deterioradores que possam crescer sob condições normais de estocagem. Ressaltando que, os
alimentos comercialmente estéreis podem conter pequenos números de esporos bacterianos
termo resistentes, que normalmente não se multiplicam no alimento (AZEREDO, 2012).
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2.2.4. Secagem
A secagem de alimentos é um processo de conservação que permite a obtenção de produtos de
baixo valor de humidade de água e tem por vantagem aumentar a vida útil do produto e ter
baixo custo por necessitar apenas de uma bandeja e redes protectoras contra insectos.
Por sua vez, na secagem artificial são utilizados equipamentos específicos, no qual o alimento
é colocado e o processo de desidratação ocorre por um dado período de tempo, sendo
denominada batelada. Usa-se, geralmente, ar quente com uma velocidade de 0,5 m/s a 3 m/s e
baixa humidade quando se tratado de transferência de calor por convecção; mas podem
ocorrer também através de transferência de calor por condução e radiação. Vale ressaltar que
a retenção de vitaminas em alimentos secos com a secagem artificial é superior à dos
alimentos secos ao sol (CELESTINO, 2010).
2.2.5. Apertização
É definida pelo aquecimento do produto, anteriormente preparado, em recipientes
hermeticamente fechados, usando o vácuo, submetido um tempo à temperatura alta até a
destruição dos microrganismos, sem modificação do resultado final dos alimentos (FILHO,
2010; ESTELLES, 2003).
2.2.6. Tindalização
O processo implica em submeter o alimento a altas temperaturas que podem ser de 60° C a
90° C, durante alguns minutos por várias vezes intercalados por períodos de resfriamento.
Logo após, o produto é aquecido e em sequencia refrigerado por 24 horas, período em que os
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esporos tomam a forma vegetativa. Em sequencia, procede-se um novo aquecimento, sendo
variável entre 3 a 12 aquecimentos para obtenção do nível de esterilização desejado. As
vantagens do método estão em preservar as qualidades organolépticas do produto. (CESAR,
2008)
a) Desidratação
Os princípios dos métodos de desidratação baseiam-se na remoção controlada da água e/ou
sua interacção com outros compostos, de forma que se reduza a actividade de água, reduzindo
assim as taxas de alterações microbiológicas. Além disso, tem por objectivo a redução de
alterações químicas, facilidade de transporte e distribuição, redução de custos com
embalagens e praticidade.
b) Liofinização
Neste processo, ocorre basicamente a retirada da água do alimento por sublimação, no qual o
alimento congelado é colocado no liofilizador sob vácuo, em pressão de 1 mmHg,
promovendo a desidratação. A vantagem desse processo são as perdas mínimas de nutrientes
e uma rápida reidratação do produto seco (CELESTINO, 2010).
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A maioria dos compostos responsáveis pelo aroma é mais volátil do que a água. Com a perda
de alguns voláteis durante a evaporação, a qualidade sensorial do produto pode ser
comprometida (AZEREDO, 2012).
a) Ácido cítrico
Constituinte natural de muitos frutos, este aditivo é preparado comercialmente pela
fermentação de melaços com certas estirpes fungos. Uma das suas utilizações é a de
intensificar a capacidade antioxidante de outros aditivos, evitando a descoloração de frutos e
desenvolvimento de sabores estranhos e contribuindo para a retenção de vitamina C. É ainda
estabilizador da acidez de constituintes alimentares, aromatizante e ajuda a dar consistência à
geleias.
b) Nitratos e nitritos
Os nitritos (NO2-) e nitratos (NO3-) (tabela 1) têm sua acção antimicrobiana dirigida,
exclusivamente, contra bactérias. A principal razão de seu uso é a inibição da bactéria
Clostridium botulinum, atacando os grupos aminos do sistema desidrogenase das células
microbianas inibindo o sistema e, além disso, os nitritos exercem uma acção inibitória
específica contra enzimas bacterianas que catalisam a degradação de glicose (AZEREDO,
2012).
Os nitritos e nitratos são muito utilizados em carne e derivados, sendo associados à obtenção
de cor, sabor e textura, além de servir como antioxidante. Reagem com o pigmento da carne, a
mioglobina, para formar a cor característica da carne curada (DOSSIÊ, 2012).
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c) Sulfitos
Essa classe é composta por dióxido de enxofre (SO2), e sua actividade antimicrobiana
depende diretamente da penetração de moléculas de SO2 nas células. Além de sua acção
antimicrobiana, os sulfitos (tabela 2) atuam como antioxidantes e inibidores de escurecimento,
enzimático e não enzimático, inibindo a polifenolxidase (PPO) e reagem com compostos
intermediários do processo de escurecimento enzimático. Contudo, reagem também com
compostos carbonílicos intermediários da reacção de Maillard, prevenindo a acção de
melanoidinas (AZEREDO, 2012).
Este tipo cultivar formou-se por selecção a partir de espécies silvestres, mais semelhantes às
couves-de-folhas do grupo Acephala (sem "cabeça"), originárias da região em torno do mar
Mediterrâneo, cerca do ano 100 d.C.. Entre as variedades que, por sua vez, comporta,
podemos citar a couve-roxa (considerada também como fazendo parte de outro grupo:
Capitata Rubra) e a couve-lombarda (que também se pode considerar do grupo Sabauda). A
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chamada couve-chinesa, semelhante ao repolho, pertence a uma espécie diferente, do género
Brassica (Brassica rapa, var. pekinensis).
O sumo da couve-roxa (ou o caldo onde foi cozida) pode ser utilizado como indicador de pH,
ficando vermelho em soluções ácidas e azul em soluções alcalinas.
Cultivo
Existem diversas variedades, com exigências de cultivo diferentes, tempo de maturação
diferentes e que implicam também um consumo diferenciado. Enquanto que algumas
variedades atingem o ponto de colheita em 50 dias, produzindo cabeças reduzidas, a sua
conservação é mais difícil, devendo ser consumidas rapidamente depois de colhidas. Outras
variedades são colhidas cerca de 80 dias depois do seu transplante, produzindo cabeças de
maiores dimensões e mais duradouras.
O repolho pode ser semeado directamente, ainda que o normal seja o plantio em canteiros,
fazendo-se, posteriormente, mudas que são transplantadas definitivamente, com o devido
espaçamento entre as plantas, para que se possam desenvolver de forma adequada.
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Fonte: Foto extraída pelo autor do trabalho no campo de estudo na horta, 2023.
Fonte: Foto extraída pelo autor do trabalho no campo de estudo na lavagem de repolho, 2023.
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Fonte: Foto extraída pelo autor do trabalho no campo de estudo na secagem de repolho na
peneira, 2023.
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Fonte: Foto extraída pelo autor do trabalho no campo de estudo antes de ferver, 2023.
Fonte: Foto extraída pelo autor do trabalho no campo de estudo (verdura de repolho fervendo
ao lume), 2023.
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3. Conclusão
Em síntese, os métodos convencionais de conservação de alimentos resultam em
modificações que melhoram condições sensoriais dos mesmos, além de aumentar a
estabilidade dos produtos, aumentando sua vida de prateleira e promovendo a segurança
alimentar aos consumidores.
4. Referências Bibliográficas
AZEREDO, H.M.C. Fundamentos de estabilidade de alimentos. Brasília: Embrapa,
2012.
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BRASIL. Portaria nº 540, de 27 de Outubro de 1997. Aprova o Regulamento Técnico:
Aditivos Alimentares - definições, classificação e emprego. ANVISA, 1997.
CARNEIRO, H. Comida e saciedade: uma história da alimentação. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.
CELESTINO, S.M.C. Princípios de secagem de alimentos. Planaltina: Embrapa
cerrados, 2010.
CESAR, L. Métodos de conservação de alimentos: Uso de Calor. 2008.
CESAR, L. Métodos de conservação de alimentos: Uso do frio. 2008.
CINTRA, P. Métodos de conservação de alimentos. 2014.
DOSSIÊ. Conservação de alimentos. Food Ingredients Brasil: São Paulo, 2012.
ESTELLES, R.S. Importância do controle de temperatura e do tratamento térmico na
preservação dos nutrientes e da qualidade dos alimentos. Brasília: UnB, 2003.
LINO, G.C.L.; LINO, T.H.L. Congelamento e refrigeração. Londrina: UTFPR, 2014.
LOPES, R.L.T. Dossiê técnico: conservação de alimentos. Fundação tecnológica de
Minas Gerais- CETEC, 2007.
NESPOLO, C. R. et al. Práticas em tecnologia de alimentos. Porto Alegre: Artmed,
2015.
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