Números - Parte 1

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Números

Perguntar quem já leu e quem gosta.


Perguntar a quem não gosta o motivo
Introdução

Números é o quarto livro da Bíblia e uma continuação da história começada em Gênesis e Êxodo.
Não é um livro muito popular, fazendo com que algumas pessoas acabem pulando algumas partes ou todo ele.

É um livro sobre o povo em marcha. O povo caminhando. Ele registra o povo no Sinai, 13 meses após a saída do
Egito, e decorre 39 anos de história, até o povo chegar nas planícies de Moabe, pouco tempo antes de entrarem na
terra prometida.

Título

O título hebraico “bemidbar” significa no deserto. Números é o título grego, por causa dos censos que contêm no
livro. O título em hebraico se relaciona mais com o livro, já que temos várias experiências do povo no deserto.

Gênero

O livro é uma narrativa teológico-histórica, que serve de ensino para as gerações futuras.

O que veremos

É um livro com muito conteúdo diferente. De censos a leis. De histórias a genealogia. De deveres dos levitas a ofertas.

Veremos que aquela mentalidade egípcia e escrava não saiu tão facilmente da mente deles. Viram as pragas no Egito,
a manifestação de Deus no Sinai, receberem as leis, mas na hora de viver como um povo separado, falharam diversas
vezes.

A caminhada pelo deserto foi necessária para que eles pudessem adquirir uma nova mentalidade.

Divisões

O livro é divido em 3 partes principais:


1. O povo ainda parado no Sinai (1:1-10:10)
2. A marcha do povo do Sinai até as planícies de Moabe (10:11-25:18)
3. Preparativos para entrar na terra (26:1-36:13)

Temas

 A santidade que vimos em Levíticos, continua aqui, porém de uma forma mais prática. No dia a dia do povo
caminhando. Eles falham.
 Fé que Deus supriria as necessidades e daria a terra.
 Autoridade é um tema importante e sempre levado a prova.
 Perseverança, e a falta dela, também tem um destaque em toda narrativa.
 Fidelidade de Deus em contraste com a infidelidade do povo serão recorrentes aqui.

É um livro que mostra o juízo de Deus, através de Israel e contra Israel. Mas também é um livro que mostra o perdão,
paciência e amor de Deus.
Aprendizados gerais

1. O povo de Deus (Israel e a Igreja), deve ser um povo consciente do seu chamado e propósito em movimento (não
parado), rumo ao cumprimento do propósito de Deus em sua vida. – Isto tem relação direta com o que vimos sobre
missões na EBD.

2. O povo de Deus caminha muitas vezes pelo deserto e mesmo no deserto Deus sustenta, sacia, ensina e santifica.

3. O povo de Deus não está sem rumo e sem propósito no mundo. Ele está caminhando rumo a um destino.

4. O povo de Deus (Israel e a Igreja), não está sem comando no deserto (mundo). Deus está no controle e dá ordem.
A frase: “falou o Senhor a Moisés”, aparece mais de 80 vezes.

Por que ler?

- Muitas pessoas acabam não gostando do livro, porque quando começam se deparam com uma contagem de homens
para a guerra, uma arrumação militar e uma outra contagem dos levitas.

- Tem bastante revelação direta sobre Deus. Sobre o caráter de Deus.

- É um livro que aponta para Jesus, como toda a Bíblia, mas vemos Jesus tipificado e profetizado.

- É um livro muito citado no Novo Testamento. I Cor. 10 – Paulo cita várias partes de Números.
Conhecemos bem João 3:16, mas no contexto (vv.14) Jesus cita Números.
Balaão que veremos em Números, é citado em II Pedro, Judas e Apocalipse.
O escritor de Hebreus fala sobre a rebelião e os 40 anos no deserto, que veremos aqui.

Se toda escritura é inspirada por Deus e é a Palavra de Deus, então devemos ler até o que não entendemos.

Ler I Cor. 10:6;11-12


Parte 1

Últimos ajustes antes da partida (1:1-10:10) = 19 dias

Capítulo 1: O censo

O livro começa no primeiro dia, do segundo mês do segundo ano após a saída do Egito = 13 meses

Ex. 19:1 diz que chegaram no deserto do Sinai, 3 meses após saírem do Egito.

Nos meses seguintes, até o início de Números, é quando decorre toda aquela parte que vimos em Êxodo, com o
recebimento dos dez mandamentos e a ordem para construção do tabernáculo.

Ex. 40:2 mostra que o tabernáculo foi erguido um mês antes de Números.

Deus ordena que seja feito um censo de todos os homens de 20 anos para cima capazes de guerrear – v. 2-3
Já tinha sido feito um Êxodo, de forma geral. Aqui, além da questão militar, deveria ser por família.

Nominalmente. Isto é importante. Somos um só corpo, um só povo, de todas as tribos, línguas e nações, mas Deus
conhece cada um de nós pelo nome. Cada um individualmente. II Tim. 2:19

Moisés, Arão e um cabeça de cada tribo fizeram esta contagem, totalizando 603550 homens v.45-56.
Este é um número muito expressivo. Se cada um deles tivesse uma mulher e cada casal somente um filho, já chegaria
perto de 2000000 de pessoas.

- Alguns acreditam que a palavra ‘elep, traduzida como mil, seria na verdade uma unidade tribal. Então, 46500, seria
na verdade, 46 unidades tribais e 500 soldados, totalizando assim 5550.

Um dos motivos de nem todos acreditarem que este é um número exato, porque só são usados números redondos.
Outros ainda criticam, pois seria impossível toda esta gente sobreviver no deserto. – Tudo depende da fé para crer em
Gn. 1:1

Os levitas não foram contados v.47-49


O dever deles era cuidar do tabernáculo v.50-53

O povo começou bem v.54 – Em um livro com tantas atitudes ruins do povo, isto chama a atenção.
O que é mais importante começar bem ou terminar bem?

Aplicação 1

Um pensamento que podemos ter a respeito deste capítulo, é sobre a importância da descendência.

Você acha que algum judeu tinha dúvida da sua linhagem?

O que importava não é se o homem se vestia igual um judeu. Não é se ele falava hebraico. Não é se aquilo que era
externo.

Era uma questão sanguínea que o ligava ao povo de Israel e é uma questão sanguínea que nos liga ao povo de Deus.

Se você não tem fé em Jesus, e não foi coberto por Seu sangue, não pode declarar tua descendência (Gl. 3:36).
Capítulo 2: A organização das tribos

O tabernáculo ficava no centro do arraial, com sua entrada voltada para o oriente (leste) onde o sol nasce.

Os levitas ficavam acampados imediatamente ao redor dele, quase como uma barreira para não chegar um desavisado.

Todas as tribos deveriam armar suas tendas com as portas em direção ao tabernáculo, em 4 grupos de 3 tribos e
quando partissem, deveriam seguir a mesma organização.

Deus é organizado.

Judá é a primeira tribo, mencionada, ficava em frente ao tabernáculo, ao leste. Era uma posição de honra. Era a tribo
que ia a frente.

Isto aponta para a benção de Jacó sobre ele em Gn. 49:9-10, que na verdade aponta para Jesus (Ap. 5:5). Ele lidera.

v. 17 Parados ou marchando, o tabernáculo ficava no meio.

Novamente há o relato que o povo obedeceu v.34

Aplicação 2

Deus habita no meio do seu povo resgatado.

A redenção era e é indispensável para Deus habitar no meio dos homens e o povo que não tinha sido resgatado sofria
com a presença de Deus. – Os filisteus com a arca.

Se pensarmos no tabernáculo tipificando Cristo, vemos como, isto é, Cristocêntrico. Jesus é o centro da igreja.
Nossos olhos e vidas devem estar voltados para Ele.

É uma ideia do céu.

O tabernáculo também era uma tenda, que apesar de ser mais alta, ainda assim lembrava as outras tendas, mas por
baixo do texugo e outras coberturas havia muita riqueza. Como Jesus, que se fez como homem e quem só olha por
fora, não vê toda sua riqueza.

Havia uma pluralidade (várias pessoas de várias tribos), com uma unidade (um só povo), assim como na igreja.

Ef. 6:12 – Estamos em uma guerra, e ela não pode ser guerreada por aqueles que nem sabem se fazem parte do Reino.

Tem gente querendo guerrear as guerras do Senhor, sem ter nascido de novo – John Wesley.
Você não pode tomar uma posição no arraial, enquanto tiver dúvidas sobre isso.
Capítulos 3 e 4: Os levitas, seu censo e suas responsabilidades

Este capítulo trata da divisão do serviço entre os levitas, que deveriam auxiliar os sacerdotes, além de cuidar do
tabernáculo, desmontando, transportando e montando.

Não há uma explicação porque eles foram escolhidos.

Alguns acreditam que por causa do seu tamanho e outros por causa do que aconteceu em Êxodo 32. Quem é do
Senhor? Mas, provavelmente, a melhor explicação, é que foi por graça.

O texto começa falando de Arão e seus filhos, como sacerdotes ungidos e fala rapidamente sobre Nadabe e Abiú que
morreram por oferecer fogo estranho, como vimos em Levítico 10.

O Júnior já falou aqui sobre chamar os músicos de levitas. Sem dúvida no chamado inicial esta parte musical dos
levitas nem consta e isto parece ter sido algo mais tardio, nos dias de Davi. Em II Cr. 17:8-9, vamos ver que Josafá os
colocou como professores da lei nas cidades de Judá.

Os descendentes de Levi foram separados para o serviço no tabernáculo, mas para ser sacerdote tinha que ser de Arão.

São contados de um mês para cima, diferente dos homens de guerra do capítulo 1

Deus “troca” os primogênitos pelos levitas (v.12 – Ex. 13:2)

Gérson (gersonitas) = 7500 (v.22)


Deviam carregar e montar o tabernáculo (tenda e cobertura), o véu da porta, as cortinas do pátio (átrio), a
cortina da porta do átrio e as cordas.

Coate (coatitas) = 8600 (v.28) - Moisés e Arão era desta linhagem


Deviam carregar a arca da aliança, a mesa dos pães, o candelabro, o altar do holocausto e o altar de incenso, o
véu e utensílio do santuário.

Merari (meraritas) = 6200 (v.34)


Deviam carregar as tábuas do tabernáculo, as travessas, as colunas do tabernáculo e do átrio, as bases e as
estacas.

O total dá 22300 mas no vv.39 fala 22000. Alguns levitas não entraram na contagem final, talvez por serem
primogênitos.

22000 levitas x 22273 primogênitos (v.43) > Resgate 5 ciclos (60 gramas)

Tudo pertence a Deus, assim como entregavam uma parte das coisas a Deus, deveriam entregar o primogênito, mas
Deus trocou por uma tribo.

Capítulo 4: Detalhamento do trabalho dos levitas e censo com idade de trabalho

Aqui há uma repetição e detalhamento do trabalho dos levitas.

Quando fossem partir, primeiro Arão e seus filhos cobririam tudo (v.5-14), só depois os coatitas poderiam carregar
(v.15)
Não poderiam entrar e ver as coisas santas (v.20).
A arca, era coberta com o véu, depois com couro (texugo) e um pano azul por fora.
A mesa dos pães, com um pano azul, depois um pano vermelho (carmesim) e o couro (texugo) por fora.
O candelabro e o altar de ouro eram cobertos com pano azul e texugo.
O altar de bronze era coberto com um pano roxo (purpura) e texugo.

O azul aponta para o divino, o celestial.


O carmesim representa o esplendor humano, que deveria ser visto nas 12 tribos (12 pães)
Muitos vêem o texugo representa a natureza humana de Cristo.
O roxo aponta para realeza.

Aquele que foi coroado com espinhos, seria coroado em glória.

Inicialmente, eles estavam uns 300 quilômetros de Canaã e teriam que transportar o tabernáculo por poucos dias.
Mesmo tendo demorado muito mais, o trabalho de transporte era temporário.

8580 levitas entre 30 e 50 anos (v.48).

Cada um faz uma coisa. Como no Reino de Deus. Cada um tem um dom, uma capacitação. E o Reino avança assim.

Aplicação 3 e 4

Nós precisamos, urgentemente, de mais pessoas que sejam pelo Senhor (Ex. 32:26). E que sejam completamente do
Senhor (3:45b). Isto tem um preço muito alto.

Pessoas que abrem mão de si por causa de Cristo e do Evangelho.

Pessoas que não tem outra herança além do Senhor. Que de fato negam a si mesmos.

Servos úteis.

Fomos libertos do Egito e chamados a servir, levando o tabernáculo, que é Jesus por este mundo.

Cada um tinha o seu trabalho e não devia invejar o do outro, mas servir no que foi chamado.
Capítulo 5 – A pureza do arraial

O início do capítulo fala rapidamente sobre pessoas impuras deveriam ficar fora do arraial. Isto é mais bem explicado
em Levítico.

A questão principal é espiritual. Deus é Santo. Ele está no meio do arraial. Ali tem que ser um lugar santo para que Ele
possa estar presente.

Depois há a lei da restituição.


Quando alguém prejudicasse outra pessoa deveria primeiro confessar e depois restituir com mais 1/5.

Por exemplo, roubei 100 reais, deveria restituir 120. Se a pessoa tivesse morrido e não tivesse parente, o dinheiro seria
dado ao sacerdote.
Esta lei também está em Levítico.

Todo o restante do capítulo fala sobre um teste para mulher com suspeita de adultério.

Era uma parada meio estranha aos nossos olhos.

A mulher seria colocada diante do Senhor e beberia uma água amarga, misturada com pó do chão do tabernáculo. Ela
deveria jurar que era inocente para o sacerdote. Se fosse infiel a barriga incharia e ficaria estéril ou abortaria.

Muitos veem isto como uma proteção para a mulher e ajudava a ter um bom nível de pureza conjugal.

Aplicação 5

Israel colocou os impuros pra fora. Não falaram: - Não podemos julgar os outros! Julgaram de acordo com a Palavra.

Antigamente disciplina era usada na igreja muitas vezes de forma errada. Hoje não é mais usado.

Não somos Deus para julgar coração. Mas palavras e atitudes sim.

Outra lição importante, é sobre o perdão. Aprendemos com Jesus, como devemos perdoar os que nos ofendem. E
perdoar 70 x 7.

Mas aqui também demonstra o lado daquele que errou e tem uma consciência cristã. Ele vai atrás. Vai confessar. Vai
pedir perdão. Vai restituir, ainda que lhe custe.

Imagine estes dois lados do perdão nos casamentos e nas igrejas.

Por fim, o teste de fidelidade, apontava para o relacionamento de Deus com Israel e de Cristo com a Igreja.

O pó era uma figura da morte e a água figura da Palavra.

Se o coração é infiel, não resiste ao poder da Palavra, mas se for fiel, o fato de ser provado o torna ainda melhor.
Capítulo 6 – Voto nazireu e benção sacerdotal

O que é um nazireu?

O voto nazireu, era uma dedicação especial e voluntária que um israelita podia fazer, normalmente, por um período.

O termo “neizir” significa separar.

Precisava renunciar coisas para se consagrar a Deus.

Sansão foi nazireu desde o ventre. Paulo fez este voto (At. 18:18)

Ao abrir mão da uva, ele estava mostrando que abria mão de prazeres físicos e da alegria terrestre.

Já o cabelo grande, era sinal de uma abstenção de adorno humano. Ele também tinha um símbolo da própria vida, pois
ao fim do voto era queimado como oferta ao Senhor.

Aplicação 6 – Nazireu

Uva é pecado?

O escritor de Hebreus diz que devemos deixar todo embaraço e o pecado que nos rodeia.

Para uma completa dedicação, precisamos deixar o pecado, mas também coisas que não são pecado.

É pecado ver uma série? –Depende. É pecado ouvir uma música? –Depende. É pecado ver fotos no Instagram? -
Depende

No final do capítulo (v.24-27) temos a benção sacerdotal. A benção aarônica, não foi inventada por Arão, veio de
Deus.

É um texto lindo, no estilo poético.

É uma benção tríplice, mostrando plenitude e para nós que vivemos depois de Cristo aponta ao Deus-Trino.

Nós precisamos da benção de Deus. Para o judeu ela tinha um direto sentido de fecundidade. Mas também precisamos
da Sua proteção.

O “resplandecer o rosto” tem o sentido de bem-estar e felicidade. De alguém que está na luz. E aqui a luz é o próprio
Senhor. É alcançar o favor e misericórdia do Senhor.

O “levante o rosto sobre ti”, é no sentido de um governante, cheio de poder e autoridade, olhando em favor de um
súdito.

O sentido da paz, é uma vida que funcione bem em todos os aspectos. Se Ele voltar o rosto contra, significa
destruição.

Quando o sacerdote declarava a benção, era o nome do Senhor, como um representante. E Deus abençoaria.
Capítulo 7 – Ofertas

Por causa do transporte do tabernáculo, os líderes de cada tribo trouxeram a oferta de seis carros e doze bois (v.3)

Não foi pedido. Eles ofertaram.

Foram dados aos gersonitas e meraritas.

Os coatitas iam levar no ombro (v. 9), porque eles cuidavam das coisas mais santas.

Depois relata uma outra oferta, esta ordenada pelo Senhor.

Cada dia uma tribo trouxe uma oferta. Então há o relato dos doze dias.

Mesmo tribos menores, trouxeram a mesma oferta e são vistas de igual modo.

Há uma repetição do texto, só mudando as informações da tribo e líder, fazendo que este seja o segundo maior
capítulo da Bíblia.

Cada tribo conta.

O último versículo (v. 89) traz uma informação interessante.

Aplicação 7

Precisamos de um coração como aqueles líderes, que viram a necessidade do reino e trouxeram uma oferta, sem ser
pedido.

Novamente vemos como Deus se importa com cada um. É um só povo, mas ele conhece cada um individualmente.

Cada um teu seu lugar especial na lista de Deus.

Aquilo foi algo agradável ao Senhor. Tanto que ele deixou os nomes dos líderes gravados na Sua palavra.

O que fazemos pra Deus, através de Jesus e debaixo de Sua palavra, tem um grande valor pra Ele.

Cada príncipe e tribo, tinha o seu dia. Assim, a igreja tem atravessado séculos, desde a igreja que nasceu em Jerusalém
e que cada obra tem o seu valor para Deus.

Ler II Cor. 9:7


Capítulo 8 – Candelabro e consagração dos levitas

O capítulo inicia com uma rápida explicação sobre o candelabro, que vimos com bem mais detalhes em Êxodo.

Aqui vemos seu uso.

É um texto que parece deslocado, entre as ofertas e a consagração dos levitas.

Aplicação 8 – Candelabro

Talvez o motivo principal de estar aqui, é que toda a liberalidade e todo serviço devem estar debaixo da completa e
perfeita (sete) luz da revelação de Deus.

A luz de Cristo deve brilhar através dos seu povo.

Todo o resto do capítulo fala sobre a consagração e aposentadoria dos levitas.

Os levitas pertenciam ao Senhor, no lugar dos primogênitos, mas eram devolvidos por Deus a Arão, para servirem no
tabernáculo. (v.17-18).

Deveriam passar navalha em todo corpo, lavar as vestes, serem aspergidos com água da expiação (v.7).

Era uma limpeza cerimonial, que aponta para a obra de Cristo na igreja (Ef. 5:25-26).

Quando pensamos em Levi, o filho de Jacó em Gen. 34, alguém tão obstinado e cruel, eram purificados, pelo lavar,
que tipifica a purificação pela Palavra de Deus e o cortar o que a carne produz, com a navalha.

O ensino de propiciação e substituição é confirmado na cerimônia (v.12). Ambos os sacrifícios apontavam para Cristo.

Os v.24-26 explicam o período em que eles deveriam servir.

Provavelmente, os primeiros cinco anos era de treinamento e aprendizado, antes de começarem o ofício aos 30.

Aplicação 8 – Levitas

Não somos levitas, mas os levitas nos tipificam.

Jo. 17:6-10 – Éramos degradados, como o Levi de Gênesis, mas fomos lavados pelo sangue de Cristo, purificados pela
sua palavra.

Deus deu os levitas a Arão, fomos dados a Seu Filho.

Não podemos servir sem ser purificado. E só somos purificados, pelo Espírito através da obra de Jesus.

Sem o sacrifício de Jesus por nós, nunca podemos ser sacrifícios agradáveis a Deus.
Capítulo 9 – A Páscoa e a Nuvem

Em Êxodo nós vimos a instituição da Páscoa e todo seu simbolismo de libertação e do cordeiro pascal, apontando para
Cristo.

Em Levíticos, vemos a Páscoa sendo legalizada, como uma das festas oficiais de Israel.

Aqui em Números 9 estamos um ano depois da primeira Páscoa.

Em Êxodo a Páscoa foi celebrada no Egito. Aqui ela é celebrada no deserto e em Josué veremos ela em Canaã.

v.5 Até aqui a coisa ainda está indo bem. Eles obedeceram.

Alguns não puderam participar, por terem tocado num cadáver e chegaram até Moisés perguntando o que deveriam
fazer.
- Moisés não sabia o que fazer. Não se envergonhou disso, mas foi consultar ao Senhor.

Deus permite que os que estivessem impuros ou viajando, pudessem participar um mês depois.

Deus demonstra flexibilidade. Ele entende a necessidade humana. Mas isto não significa que podemos ignorar, ou
fazer de qualquer maneira (v. 13). A graça de Deus não permite que baixemos o padrão.

Aplicação 9 – Páscoa

O sangue do cordeiro encontrou Israel na degradação do Egito e libertou-os. Encontrou no deserto os guiou através
dele. Encontrou-os em Canaã e os estabeleceu ali.

Assim, entendemos que tudo em nossa vida está baseado no Sangue do Cordeiro da Nova Aliança. Do início ao fim.

A Páscoa aponta para redenção e a unidade do povo, isto é muito valioso para Deus, por isso deveria ser feito do jeito
Dele.

Há também uma relação da páscoa com a ceia. I Co. 5:7.

A páscoa era um memorial da redenção de Israel da escravidão e a ceia um memorial da redenção da igreja da
escravidão.
Um judeu não podia deixar de celebrar a páscoa, tanto como um cristão não deve deixar de celebrar a ceia.

É interessante que tanto em Êxodo como aqui, uma ordem é colocada sobre os ossos do cordeiro (v.12) (Sl.
34:20/Jo.19:33;36)

A segunda parte do capítulo fala sobre a nuvem e a coluna de fogo.

Parte do texto está falando de algo que ainda não tinha acontecido, porque eles ainda não tinham começado a
caminhar.

Alguns acreditam que esta parte pode ter sido colocada em um ponto errado. Outros acham que está falando sobre o
futuro, já que o tempo dos verbos no hebraico não é muito simples.

Esta repetição é uma forma de enfatizar a importância. Além de ajudar a gravar.


O movimento da nuvem era a ordem de Deus.

Aplicação 9 – A Nuvem
Era um exército de peregrinos, totalmente sem recursos.
Não tinham agenda, ou planos. Não sabiam quando iam parar ou quando iam partir.
Tinham que olhar o tempo todo para cima (nuvem) para saber o que fazer.

Precisavam esperar no Senhor, com submissão.

Isto é estranho para o homem que quer ser independente. Dono de si.
Requer renúncia da própria vontade.

Vemos que em todos os testes feitos com o homem, o homem sempre falha. Somente Um Servo foi completamente
dependente de Deus em tudo.
Capítulo 10 – As trombetas/cornetas de prata

Até o v.10 temos o fim da primeira parte do livro.

Além da nuvem, Deus manda Moisés fazer duas trombetas de prata para convocar a congregação para a partida.

Um sinal divino e um humano. Um visível e um audível.

A trombeta também deveria ser tocada ao saírem para a batalha e nas festas.

Todo movimento no acampamento tinha que ser resultado do som da trombeta.

Provavelmente Paulo tinha esta ideia, quando falou que a trombeta soará.

Aplicação 10

A Nuvem e a Trombeta, apontam para o Espírito e a Palavra, que nos direcionam.

Nenhum salvo está desorientado no mundo.

O povo deveria estar sempre preparado para o toque da trombeta. Podia ser qual hora. Nós também precisamos.

As trombetas são como o Evangelho, que reúne o povo de Deus e ordena sua marcha.

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