E-book | Como tocar violão de ouvido em 10 passos

Escrito por Gustavo Fofão

Fala, violonista, tudo certo?! Aqui é o Gustavo Fofão e eu te dou as boas-vindas ao

início dos seus estudos para tirar músicas de ouvido no violão. Esse é o nosso e-book
com 10 passos essenciais para você mandar ver nessa técnica. Bora?

Vou te guiar através de conhecimentos progressivos que ajudam muito no

desenvolvimento de músicos que ainda não têm tanta intimidade com o processo
de escutar, memorizar e executar músicas de ouvido.

É uma oportunidade e tanto de evoluir essa habilidade, certo!?

Os conhecimentos listados aqui estão ordenados de forma gradativa. Isso quer dizer
que as primeiras dicas são fundamentais para que você prossiga e já chegue
preparado nas dicas finais. Não deixe de seguir a ordem!

Neste e-book, reuni uma parte do conteúdo, técnica e exercícios que preparei
para o curso "Como Tocar Violão de Ouvido", do Cifra Club Academy.

Se você quer chegar ainda mais longe, não deixe de conferir o curso! Por lá,
aprofundo em todas essas questões e estudo com você, te guiando por cada
etapa. Conheça a ementa completa aqui. →
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Escrito por Gustavo Fofão

1 - Começando pelo ouvido, sempre

O primeiro passo é o que considero o mais importante para você melhorar a maior
parte do conjunto de habilidades necessárias para tirar uma música de ouvido: ouvir
muito a música que você quer tirar… E, quando eu digo muito, quero dizer muitas e
muitas vezes.

O segredo? Ouvir a música com bastante atenção e calma!

Busque escutar a cada vez com o foco em um dos instrumentos que aparecem na
música, especialmente a bateria e o baixo, pois muito provavelmente eles vão guiar
toda a base e facilitar seu entendimento da harmonia e dos ritmos que acontecem
nela.

Bora conferir alguns exemplos de músicas com o baixo e bateria com volumes
ajustados? Dessa forma, os instrumentos aparecem mais na mixagem e facilitam a
percepção. Depois, você vai ouvir exemplos com o volume correto, mais musical e
dentro da proposta de mixagem original.

O objetivo aqui é te familiarizar um pouco mais com o timbre e com a função que
esses instrumentos ocupam na música. Após ouvir a primeira versão, concentre-se e
busque perceber as mesmas informações musicais de baixo e bateria quando der
play na música com o volume e mixagem corretos:
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EXEMPLOS:

Knockin’ on heaven's door Don't look back in anger

(Baixo e bateria com volumes ajustados.) (Baixo e bateria com volumes ajustados.)

(Mixagem padrão.) (Mixagem padrão.)

Uma outra dica é procurar ouvir de forma isolada o instrumento que você está
aprendendo. Se você toca violão, por exemplo, e percebe que o instrumento está
presente na música que está usando para treinar seus ouvidos, procure escutar
várias vezes, prestando atenção exclusiva no violão.

Agora, vamos de prática: Nessa atividade, você deve ouvir um áudio que possui o
violão dentro da mixagem. Depois, vamos isolar o violão quase que completamente
para que você possa perceber com mais clareza:

Knockin’ on heaven's door (mixagem padrão)

Knockin’ on heaven's door (violão isolado)

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Uma outra forma de praticar é pesquisar por versões diferentes que possuam o seu
instrumento em destaque, como uma versão ao vivo ou um acústico. Quanto mais
você entender sobre o seu instrumento musical, melhor.

Se você conseguir encontrar uma versão ao vivo que mostre o seu instrumento com
detalhes no vídeo, sem edições, terá encontrado uma mina de ouro para seus
estudos!

Confere só esses exemplos em que dá pra observar direitinho o violão:

Diferentes versões da música Knockin’ on heaven's door

E então, o que achou dessa primeira dica? Tudo isso é importantíssimo para você
melhorar a sua percepção e o seu ouvido musical, permitindo observar detalhes e
nuances que serão traduzidos depois na hora de tocar e interpretar a música.
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2 - Analisando a estrutura da música

Agora, vamos para o segundo passo do nosso e-book: estrutura!

É importante entender o básico sobre a estrutura da música, a ordem das partes que
vão ser trabalhadas e quais informações precisam ser completadas. Só depois disso,
você poderá partir para uma nova seção da música até conseguir unir todas as
seções e praticar a música inteira.

No caso da música “Knockin’ on heaven’s door”, que estamos usando de exemplo,

temos:

- A introdução

- Uma estrofe, que é mais extensa, parece até que a melodia da voz se repete
no meio dela - o que é uma informação muito relevante.

- O refrão

- A repetição da estrofe, com letra diferente

- A repetição do refrão, que volta de forma estendida, até terminar a música

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Depois de identificar as partes principais da música, você deve escolher a parte inicial
em que vai trabalhar com mais detalhes. Geralmente, o ideal é começar pela
primeira parte que aparece, ou pela primeira parte cantada.

No caso dessa música, podemos começar pela estrofe, por exemplo. Nessa parte,
podemos perceber que a melodia cantada pela voz se repete, o que facilita muito a
assimilação de um trecho relevante da música. Basta encontrar o ponto de repetição
das informações musicais e, assim, você conseguirá avançar mais rapidamente no
trecho.

Usando essa análise para a música inteira, você entenderá cada etapa que será
estudada e concluída de forma linear. Além disso, também perceberá quais são as
informações repetidas ao longo da música para trabalhar de forma eficiente.

3- Isolando ritmos com sua percepção

Agora, vou te dar uma dica sobre como começar a isolar alguns sons para aprender
sobre dois elementos principais da música: o ritmo e a mudança dos acordes. Isso vai
ser aplicado para o entendimento de como a harmonia dessa música funciona.
Demais, né?!

Você se lembra do primeiro passo, em que isolamos os sons da bateria e do baixo? Os

sons desses dois instrumentos podem te ajudar demais a entender como funciona a
troca dos acordes e, além disso, como interpretar o ritmo em uma levada no
instrumento.

Pra começar, sugiro que você escute a música e procure entender a pulsação dela,
para ganhar uma noção sobre o básico do ritmo. Você pode bater palmas ou até
fazer alguns toques no instrumento. Além disso, é interessante buscar perceber a
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pulsação da música a partir de uma levada de bateria ou dos outros instrumentos

que compõem a banda. Agora, bora escutar um trecho com dois exemplos
diferentes. O primeiro mostra a pulsação bem destacada, enquanto o segundo
apresenta a bateria isoladamente para que possamos reconhecer a pulsação sem a
ajuda do metrônomo. Ouça:

Pulsação acompanhando trecho de “Boulevard Of Broken Dreams”.

Trecho da música Knockin’ on heaven’s door com a bateria isolada.

Depois de escutar, podemos continuar observando a bateria, por exemplo. Vamos

procurar um padrão nela e tentar passar esse padrão para o violão.

Uma forma bem simples de fazer isso é aprender a cantarolar o que está sendo
tocado nesse instrumento de forma lúdica, mas que consiga reproduzir os sons mais
importantes do instrumento. Essa é uma habilidade essencial, mas que é
desenvolvida aos poucos.

Ah, e lembre-se que você não precisa ser um cantor ou cantora profissional, mas é
muito importante conseguir interpretar esses sons com o objetivo de
compreendê-los de maneira bem internalizada e natural. Essa é uma das melhores
formas de desenvolver esse domínio!

Vamos conferir mais um exemplo de como acompanhar a bateria de forma bem

lúdica em um dos trechos de “Knockin’ on heaven’s door”:
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Trecho da bateria junto da voz acompanhando.

Após perceber como iniciar esse entendimento do ritmo, podemos começar o

processo de levar o ritmo para o violão. Inicialmente, você pode abafar as cordas e
procurar acompanhar com esse som mais percussivo:

Tocando o ritmo da bateria no violão com toques abafados.

Depois, você pode treinar com algum acorde que já sabe, lembrando que ainda
vamos descobrir os acordes certinhos da música. Nesse exemplo, vou tocar com um
Sol Maior:

Tocando o ritmo no violão com um acorde estático.

Nesse passo, o nosso objetivo é encontrar um padrão de levada que se repete. No

caso dessa música, conseguimos identificar dois padrões:

Tocando os padrões rítmicos no violão.

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Para quem já toca violão há algum tempo, fica bem fácil identificar esses padrões e
desenvolver uma coleção de recursos que você pode usar quando a música mostrar
que eles se adéquam e fazem sentido.

Para quem está começando, o caminho é ir assimilando com calma e seguindo as

dicas que deixei nesse passo.

E então, deu pra pegar direitinho? Se precisar, não deixe de reler o conteúdo e assistir
novamente os trechos das músicas. Vamos prosseguir!

4 - Encontrando o baixo dos acordes

Para entender quais são os acordes da música, recomendo começar procurando

como posicionar esses acordes na progressão, mesmo que ainda não consigamos
determinar quais são eles. Para isso, sugiro que você treine a sua habilidade de
perceber o movimento dos sons, ou seja, a mudança entre as notas.

Identificando a mudança de acordes na música.

A nossa gravação de “Knockin’ on heaven’s door” tem a progressão de acordes com

mudanças mais óbvias e regulares, o que ajuda bastante a começar a perceber esses
padrões de movimentações entre eles.

Após perceber essas transições, a dica que dou é procurar ouvir as notas do baixo,
pois isso vai ajudar bastante a encontrar os acordes em função dessa nota mais
grave. Procure usar fones de ouvido para deixar o som das frequências graves mais
perceptível.
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Em muitas situações, a própria nota do baixo vai ser a nota principal do acorde, ou
seja, a sua nota fundamental. Não é uma regra imutável, mas serve como um ótimo
atalho pra você começar, especialmente em músicas mais fáceis.

Para encontrar a nota do baixo, continue com a sugestão que já trouxe por aqui:
cantarole esses sons. A partir disso, experimente tocá-los com o violão, tentando
aproximar o som que você toca das notas que estão acontecendo na música.

Dica extra: Vale a pena começar essa procura nas cordas mais graves, partindo da
nota Mi grave, na sexta corda, até o Ré sustenido da quarta corda, na primeira casa.

Se as trocas de notas estiverem muito rápidas, para que você consiga perceber e
registrar cada uma, sugiro que mude a velocidade de reprodução do seu player e
deixe a música mais lenta. O YouTube tem essa função e você pode experimentar
colocar a velocidade em 0.75x, por exemplo.

Confira um exemplo simples de como procurar o baixo do acorde no violão:

Procurando as notas do baixo.

5 - Definindo os acordes da música

O próximo passo é procurar e definir os acordes, sugerindo com base nas notas do
baixo, e iniciando a busca sempre pelo mais simples. Aqui, vamos permanecer com a
música “Knockin’ on heaven’s door” como exemplo.

Então, para o primeiro baixo, que é a nota Sol, podemos testar o Sol Maior e o Sol
Menor e, em seguida, procurar o que faz mais sentido.
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Nesse caso, quem se aproxima mais é o Sol Maior.

G
Mama, take this badge off of me
Gm
Mama, take this badge off of me

Podemos fazer o mesmo com o acorde de Ré para a segunda nota, testando entre
Ré Maior e Ré Menor:

G D
Mama, take this badge off of me
G Dm
Mama, take this badge off of me

Da mesma forma, podemos seguir com a nota Lá:

G D A
Mama, take this badge off of me
G D Am
Mama, take this badge off of me

A partir daí, é possível perceber que acontece uma repetição dos primeiros acordes
(Sol Maior e Ré Maior). Além disso, também existe um novo acorde que ocupa a
posição do Lá Menor, com uma outra nota no baixo, que, nesse caso, é a nota Dó:

G D Dó
Cause I can't use it anymore
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O processo aqui é o mesmo: vamos testar com o Dó Maior e com o Dó Menor.

G D C
Cause I can't use it anymore
G D Cm
Cause I can't use it anymore

O resultado ficou:

G D Am
Mama, take this badge off of me
G D C
Cause I can't use it anymore

Continuando, para fechar a estrofe inteira, vamos repetir essa parte, pois já
analisamos a estrutura e é possível ver que existe essa correspondência na harmonia.

Se você ainda não percebeu isso, não se preocupe! É só testar novamente e conferir
se está funcionando, seguindo os mesmos passos que já estudamos: escutar e
identificar os baixos, testar os sons dos acordes, comparar com a gravação, e praticar
com o ritmo.

Além disso, certifique-se de que cada parte está bem estudada e firme para partir
para a próxima.

6 - Adicionando o ritmo

Agora, vamos somar o ritmo que descobrimos para a música aos acordes que foram
validados, sempre procurando sincronizar com a movimentação e mudança dos
sons. Para a estrofe da música que estamos usando de exemplo, teremos:
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Escute aqui

7 - Tirando melodias no violão

Para aprender as melodias de um trecho instrumental ou de uma voz cantada, o

processo passa pelos mesmos passos que descrevemos anteriormente. Isso significa
que você deve:

1. Escutar bastante a música, procurando isolar o instrumento que faz a melodia

– até entender como funcionam os ritmos dentro dela;

2. Saber separar partes menores que façam sentido musical e sejam simples de
memorizar;
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3. E, principalmente, desenvolver a habilidade de cantarolar os sons, de maneira

a conseguir memorizar partes da informação musical ao ponto de conseguir
testar com o instrumento.

Então, é como se fosse um novo nível para os mesmos processos que já estudamos.
Nesse caso, quanto mais recursos você tem para conseguir cercar as possibilidades
sonoras mais recorrentes para cada situação, melhor.

Por isso, é muito importante aprender solos em aulas específicas para ganhar
domínio técnico e de percepção sobre essa forma de tocar. Além disso, desenvolver
técnicas de como perceber e encontrar sons mais graves e mais agudos no seu
instrumento e até estudar o básico da teoria musical, como a formação dos acordes,
intervalos musicais, escalas mais comuns, é essencial para conseguir tocar violão de
ouvido.

Tudo isso é muito útil para adiantar seus resultados. No entanto, o processo ainda é o
mesmo: ouvir, aproximar, validar e seguir adiante. Lembre-se desses passos na hora
de praticar, combinado?

Vamos ouvir como ficaria esse processo para o início da melodia da estrofe de
“Knockin’ on heaven's door" no violão, tocada de forma bem simples:

Tocando a melodia de Knockin’ on heaven’s door.

8 - Tirando solos de violão e guitarra

No caso dos solos específicos do instrumento em questão, a principal dica é ouvir

muito o solo que quer aprender, coletando todo tipo de informação sobre aquele
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vocabulário musical e descobrindo as formas de tocar. Assim, você se ambienta

melhor antes de começar a tentar e inicia o processo de encontrar os sons com
maior preparo.

Novamente, esse processo segue etapas muito semelhantes às anteriores, mas deve
ser considerado que os solos, muitas vezes, vão utilizar recursos técnicos e
expressivos que estão dentro do vocabulário do instrumento musical, sendo muito
importante estudar esses recursos.

Então, é importante saber, de antemão, o que são ligados, bends, vibratos, slides e as
formas de se palhetar e dedilhar no instrumento. Assim, quanto maior seu
vocabulário para isso, mais facilmente você percebe quando cada elemento aparece
em um trecho da música.

Eu recomendo que você estude com aulas específicas de músicas que

correspondam ao gênero musical e ao instrumento que está aprendendo.

Por exemplo, no caso da “Knockin’ on heaven’s door”, existe uma versão da banda
Guns N’Roses que tem solos de guitarra. O primeiro desses solos pode ser adaptado
para o violão, com um resultado muito legal.

Para chegar ao ponto de entender esse solo e passar para o instrumento, você pode
treinar com outras aulas de músicas que exploram recursos semelhantes. Um
exemplo seria a aula de “Wish You Were Here”, do Pink Floyd. Assim, você já começa
a se inteirar sobre esses tipos de recursos aplicados ao violão.

Se tocarmos o solo da versão do Guns N’ Roses aplicado na versão acústica que

produzimos, uma das possibilidades seria essa aqui:
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Versão do solo da música Knockin’ on heaven’s door no violão.

TAB DO SOLO

[Parte 1 de 7]

E|----------------------------------------------------|
B|----------------------------------------------------|
G|-----------------7---/7\5\4-4-----------------------|
D|-5---9r8p7p5-7-------/9\7\5-5-----------------------|
A|----------------------------------------------------|
E|----------------------------------------------------|

[Parte 2 de 7]

E|----------------------------------------------------|
B|----------------------------------------------------|
G|-------7/9---7~\------------------------------------|
D|-----5----------------------------------------------|
A|-5/7------------------------------------------------|
E|----------------------------------------------------|
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[Parte 3 de 7]

E|----------------------------------------------------|
B|----------------------------------------------------|
G|-5\4-5-7------5---7p5p4-5---4-----------------------|
D|------------------------------5---------------------|
A|--------------------------------7~------------------|
E|----------------------------------------------------|

[Parte 4 de 7]
H.N
E|----------------------------------------------------|
B|----------------------------------------------------|
G|------12--------------------------------------------|
D|-9h10----10-9---------------------------------------|
A|----------------------------------------------------|
E|----------------------------------------------------|

[Parte 5 de 7]

E|----------------------------------------------------|
B|----8-10b12---10-------10b12r10b12-------10~--------|
G|-/9-------------------------------------------------|
D|----------------------------------------------------|
A|----------------------------------------------------|
E|----------------------------------------------------|
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[Parte 6 de 7]

E|-10---8-7-8---7-8/10---8-7-8-8----------------------|
B|-------------------------------9--------------------|
G|----------------------------------------------------|
D|----------------------------------------------------|
A|----------------------------------------------------|
E|----------------------------------------------------|

[Parte 7 de 7]

E|-0--------------------------------------------------|
B|---------0-------------8----------------------------|
G|-9\7/9\7--------------------------------------------|
D|---------9\7/9\7-5----------------------------------|
A|----------------------------------------------------|
E|----------------------------------------------------|

9 - Encontrando uma afinação diferente e como utilizar o

capotraste

Já chegando ao fim do nosso passo a passo, é hora de encontrar uma afinação!

No seu caminho para tirar diversas músicas no violão e guitarra, você pode se
deparar com sons diferentes dos comuns para o instrumento, especialmente no que
diz respeito à extensão do instrumento.

Vou explicar de forma mais direta: pode ser que você ouça uma nota mais grave do
que o som da corda mizona. Ou ainda que o violão soe muito agudo, como se as
formas dos acordes estivessem mais à frente no braço.
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Dica extra: dois recursos muito importantes que podem ser utilizados nesse caso são
as afinações alternativas e o uso do capotraste.

Um exemplo: você está tirando uma música no violão e escuta um baixo que está
mais grave do que o mizão. Você percebe que os baixos da música passam pela
região normal do instrumento, mas sempre aparece esse som mais grave,
especialmente no som (timbre) do violão, uma vez que o contrabaixo pode soar
muito mais grave que o nosso instrumento.

E agora, o que fazer?

Nesse caso, vale a pena procurar esse som mais grave, buscando alguma afinação
que alcance essa nota. Uma das mais comuns é a afinação Drop D, ou Drop Ré.

Conforme você ganha mais intimidade com o som dessa afinação, você pode
experimentar tocar músicas que já conhece nela e testar os resultados. A dica é
ainda mais valiosa se você quiser aprender mais sobre possibilidades de arranjo para
violão e sobre a técnica de violão Fingerstyle.

Ouça um exemplo da afinação Drop D utilizada na música “Harvest Moon”, do Neil

Young:

Exemplo da afinação Drop D na música “Harvest moon”.

Agora, caso você perceba que as notas mais agudas dos acordes do violão estejam
sempre numa região acima da terceira casa e o uso das pestanas não parece deixar o
som parecido,pode ser o momento de testar o uso do capotraste.
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Essa ferramenta consegue transpor o som das formas básicas do violão, levando
todas elas para uma região mais aguda. Então, uma forma de Sol Maior com o
capotraste na segunda casa vai soar como um Lá Maior (Sol Maior + 1 tom = Lá Maior).
O Dó Maior soaria como um Ré Maior, o Mi Menor soaria como Fá Sustenido Menor, e
assim por diante.

Logo, se você reparar que os sons estão bem agudos para o que seria o mais comum
do instrumento, vale testar o capotraste. Dessa forma, você treina a habilidade de
encontrar o som daqueles acordes com formas conhecidas.

Da mesma forma, o estudo e percepção do uso dessa ferramenta amplia muito a sua
capacidade de criar arranjos para o violão.

Uma música muito famosa que usa o capo na sétima casa do violão é “Here Comes
The Sun”, dos Beatles.

10 - Dicas finais

E então, já tá fera na técnica de tirar violão de ouvido? Lembre-se de treinar bastante

e ir melhorando essa habilidade que é muito cobiçada por músicos ao redor do
mundo.
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Para fechar o conteúdo desse e-book, deixo alguns links preciosos de aulas que
produzimos sobre o assunto ao longo do tempo e que vão te ajudar a entender e se
aprofundar ainda mais na jornada de tirar músicas de ouvido:

E, se quiser dominar o assunto com mais propriedade e autonomia, você já sabe, né?
Preparei o curso de Como Tocar Violão de Ouvido, do Cifra Club Academy! Conheça
mais detalhes aqui e vem estudar comigo!
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