Gestão de Stock
Gestão de Stock
Gestão de Stock
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I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1.1. Stock
Para Reis (2008) o stock pode ser definido como um conjunto de artigos que
constitui determinada reserva aguardando satisfazer uma futura necessidade de consumo
quer dos seus clientes ou quer da produção sendo útil para evitar situações de escassez,
procurando providenciar as faltas que poderão ocorrer dos diferentes ritmos de
necessidades de consumo. Existem diversos produtos dos quais se devem constituir
stocks, tais como (Zermati, 2000, p. 19):
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encomenda) e posse dos stocks (ou de armazenagem). Todos estes custos são
englobados na determinação do Custo total de aprovisionamento (CT) (Reis, 2010).
Ainda se deve considerar os custos de escassez, falta ou rutura (Costa, et al., 2010).
1- O Custo de aquisição: é o valor pago pelo bem ou serviço, sendo o custo total
de aquisição definido pelo preço unitário vezes a quantidade. O seu apuramento envolve
seleção de fornecedores nas adjudicações, negociações, despesas de transporte ou frete,
despachos alfandegários (se isso se aplicar à realidade a abordar).
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substituto. Normalmente associa-se a primeira situação a artigos de valor relativamente
elevado, ou com características bem diferenciadas, em que o custo relevante será
variável apenas com o número de unidades em rutura; a segunda situação está associada
a artigos de uso comum em que o custo relevante será variável com o número de artigos
em falta e com o tempo de espera.
A gestão de stocks não se deve preocupar somente com o fluxo diário de entrada e
saída de materiais, mas deve adotar uma metodologia que permita identificar artigos que
justifiquem atenção e tratamento diferenciado e adequado quanto à sua gestão (Dias,
2005). Este instrumento é a classificação ABC, ou curva ABC, ou Gráfico de Pareto.
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GRUPO B (20% a 30% dos artigos), de médio valor de movimento,
somando no seu conjunto cerca de 10% a 20% do valor total;
GRUPO C (50% a 70% dos artigos), de baixo valor de movimento, cuja
soma restante totaliza mais ou menos 5% a 10% do valor total.
A classe Z engloba itens que são imprescindíveis não podendo ser substituídos por
outros equivalentes (ex: luva cirúrgica esterilizada). Os da classe Y apresentam grau de
criticidade médio ou intermédio (ex: fio de sutura 3/0 e 6/0). Os demais itens, classe X,
são artigos que possuem elevada possibilidade de serem substituídos por outros
equivalentes, sendo de baixa criticidade (ex: antibióticos).
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1.4. A gestão económica dos stocks
Estes objectivos são concretizados para cada artigo do stock, que tem
características específicas.
O que comprar
Quanto comprar
Quando comprar
O objetivo básico do controle de stocks é evitar a falta de materiais sem que isto
resulte em stocks excessivos relativamente às reais necessidades da empresa. De forma
semelhante, os níveis de stocks estão sujeitos às flutuações da procura (output) e às
entradas (input) de material em armazém (Dias, 2005). De acordo com Fernandes
(1987), com base neste enfoque, a gestão de stocks permite:
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1. Determinar quanto e quando comprar acionando procedimentos do setor das
compras;
2. Determinar, segundo as necessidades expressas na procura, o que deve
permanecer em stock;
3. Controlar as quantidades e valores em stock para um período predeterminado;
4. Identificar e retirar do stock itens obsoletos, fora de validade ou danificados;
5. Manter a realização de Inventários periódicos para avaliação das quantidades e
estados dos materiais stockados.
A análise da procura é uma acção imprescindível para a gestão de stocks pois é ela
que vai determinar a escolha dos modelos de gestão de stocks a serem adoptados. A
procura pode ser dependente ou independente. Dependente, se um artigo é facilmente
associado a outro, servindo a procura do artigo como base para o cálculo da procura do
substituto. Independente, quando a procura não está associada diretamente a nenhum
outro artigo e não pode ser calculada, apenas prevista. Ballou (2006), realça que no caso
da procura independente, os procedimentos de previsão da procura estatística dão bons
resultados, visto que a maioria dos modelos de previsão da procura de curto prazo tem
por base condições de procura independente e aleatória. Já no caso da procura
dependente a necessidade de previsão é substituída pelo alto grau de influência das
exigências especificadas e não por aleatoriedade, pois a procura é conhecida
antecipadamente. (Ballou, 2006)
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Nos estudos de gestão de stocks, a procura é conceptualizada como uma variável
aleatória que segue determinada distribuição estatística, permitindo assim a utilização e
especificação de modelos de previsão para prever o seu valor futuro.
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1.5. Custos associados aos stocks
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b) O custo das encomendas (CE)
À medida que se efetuam mais encomendas (N/Q), maior será o custo de encomenda
c) Custo de posse dos stocks (CP), São os custos por cada unidade detida em stock,
que podem ser:
Seguros;
Custos de movimentação e de conservação;
Juro do capital imobilizado;
Alugueres ou amortizações do valor dos armazéns;
Perdas, desfalques, obsolescência;
Encargos com o pessoal do armazém;
Iluminação.
d) STOCK MÉDIO (Sm) – n.º de artigos que estão, em média, em armazém durante o
ano. É a média entre a quantidade máxima e a quantidade mínima do stock, ou seja,
corresponde a metade do montante da encomenda (Q).
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À medida que aumenta o n.º de encomendas, diminui o custo de posse. Ao elevarmos o
n.º anual de encomendas, aumentamos o custo de encomenda.
1. Através de um quadro
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A = Custo de efectivação por encomenda
N = Consumo anual
c = Custo de posse unitário
Qe = Quantidade económica da encomenda
A empresa deve desencadear nova encomenda quando tiver em stock 167 unidade
do artigo.
Para fazer face a irregularidades do consumo e aos atrasos dos fornecedores, deve
ter-se em conta um stock de segurança (Ss) de 200 unidades.
1.5.2.
Stock de segurança.
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O stock de segurança representa o stock adicional às existências normais que
permite minimizar os impactes de um aumento inesperado da procura por parte dos
clientes e um atraso não previsto no fornecimento dos fornecedores, ou seja um
aumento do seu prazo de entrega. Tem por finalidade principal evitar uma rotura de
stocks. O stock de segurança é a quantidade de produtos equivalente ao número de dias
de vendas (número de produtos vendidos por dia em média) a considerar para conseguir
satisfazer as encomendas no caso de falhas ou atrasos por parte dos fornecedores.
CONNCLUSÃO
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Conclui-se definindo a gestão económica de stocks como um conjunto de
operações que permite, após a evolução dos registos dos valores de stocks que se
tenham verificado na instituição ou empresa, tomar decisões de quanto e quando
encomendar com a finalidade de conseguir a melhor qualidade de serviço ao mínimo
custo (Reis, 2010).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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2. ASSIS, Rui, FIGUEIRA, Mário. MICROSTOCK - Apoio à Decisão em Gestão
Económica de Stocks. Lisboa, IAPMEI, 1991.
3. BRAGA, Miguel. Gestão do Aprovisionamento. Lisboa, Editora Presença.
4. GROLAIS, Michel. Gestão Integrada dos Stocks. Lisboa, Editora Rés – Editora.
5. LYSONS, C.K. O Aprovisionamento na Empresa. Lisboa, Editora Presença.
6. MACHADO, V. H. (1989) – Gestão de Stocks: Modelos Determinísticos –
FCT/UNL, Lisboa.
7. RAMBAUX, A. Gestão Económica dos Stocks. Lisboa, Editora Portico Lisboa.
8. REIS, Lopes dos, PAULINO, António. Gestão dos stocks e compras. E. I. –
Editora Internacional, Lda., Lisboa, 1994.
9. REIS, Lopes dos. Exercícios de gestão dos stocks e compras. Universidade
Moderna, Lisboa, 1996.
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ÍNDICE
DEDICATÓRIA
INTRODUÇÃO...............................................................................................................1
I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................2
CONNCLUSÃO.............................................................................................................15
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................................................16
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