Projecto Jercelea Jaime
Projecto Jercelea Jaime
Projecto Jercelea Jaime
Extensão de Gurué
1.1.Introdução
Esta pesquisa, apresenta uma reflexão sobre os desafios do Desembolso do Fundo de
Compensação Autárquica. A pesquisa será realizada no Conselho Autárquico de Gurué, num
intervalo de tempo compreendido entre 2018 a 2020. E tem como objectivo de analisar os
desafios do Desembolso do Fundo de Compensação Autárquica no Conselho Autárquico de
Gurué e também de perceber o período que leva para o desembolso do fundo de
compensação autárquica.
A escolha deste tema surge como resultado de aspectos observados pela autora ao verificar
vários problemas de pagamentos de salários e ajuda de custos aos funcionários do Conselho
Autárquico de Gurué.
Como metodologias usadas para o alcance dos objectivos deste trabalho, usou-se a pesquisa
bibliográfica para construção do marco teórico referente ao tema e a entrevista na colecta de
dados com os técnicos do Conselho Autárquico de Gurué.
Por outra o estudo tem a sua relevância para a sociedade porque irá melhorar a prestação de
serviços com vista no desenvolvimento da própria autarquia e dos munícipes em geral. Para
os académicos o estudo poderá servir como fonte de pesquisa e um bom
enquadramento na matéria acima citada Ajudará na aquisição de conhecimentos e levantará
alguns debates a cerca deste assunto. A autora sendo estudante finalista do curso de
administração pública, praticamente frequentou as cadeiras de administração autárquica e
finanças públicas que até
certo ponto abordou assuntos de grande
interesse.
1.3. Problematização
A partir do 4º congresso da Frelimo em 1983, se desenha a descentralização como
uma estratégia de democratização e desenvolvimento do país; Em 1991, na esteira da
Constituição de 1990, é realizado o seminário nacional que recomenda a reforma dos
órgãos locais do Estado.
1.4.1.Objectivo Geral
1.4.2.Objetivos Especifico
A pesquisa, tem a sua relevância para a sociedade na medida em que irá melhorar a prestação
de serviços com vista no desenvolvimento da própria autarquia e dos munícipes em geral. Para
os académicos o estudo poderá servir como fonte de pesquisa para o bom enquadramento da
matéria acima citada, que ajudará na aquisição de conhecimentos levantando debates a cerca do
assunto.
Neste capítulo apresenta-se diversas opiniões dos autores que retratam sobre os desafios do
desembolso do fundo de compensação autárquica. Os pontos desenvolvidos neste capítulo são:
Definição de conceitos de Descentralização; Autarquias Locais Gestão; Gestão de recursos
financeiros; Recursos financeiros e Autonomia Patrimonial entre outros aspectos.
Descentralização
A descentralização é a organização das actividades da administração central, fora do aparelho
do governo central, através de medidas administrativas e fiscais que permitem a transferência
de responsabilidades e recursos para agentes criados pelos órgãos da administração central e,
medidas políticas que permitem á redistribuição pelo governo central de poderes,
responsabilidades e recursos específicos para as autoridades locais (Faria, 1999).
Autarquias Locais
Segundo Mazula (1998):
Autarquias Locais são pessoas colectivas públicas dotadas de órgãos representativos próprios que visam a
prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da
participação do Estado, e são órgãos representativos que facultam as respectivas populações influenciar de
um modo imediato as decisões que lhes dizem respeito (p. 45).
Gestão
Segundo o Dicionário das Ciências Humanas (1972) “Gestão é um conjunto de tarefas que
procuram garantir a afectação eficaz de todos os recursos disponibilizados pela organização a
fim de serem atingidos os objectivos pré-determinados” (p.21).
Descentralização fiscal
A descentralização fiscal são as transferências fiscais decrescentes, das quais escalões
mais altos cedem influência a escalões inferiores em termos de decisões financeiras, ou
seja, aquelas decisões que dizem respeito a modalidade de aquisição, de receitas e
despesas a realizar, bem como, dá aos governos locais alguma autonomia para tomar
decisões financeiras fiscais independentes (Manor, 1998).
Autonomia financeira
Autonomia financeira é o poder das Autarquias locais disporem de receitas próprias, ordenar e
processar as despesas e arrecadar receitas que por lei lhes forem destinadas, recorrer a
empréstimos nos termos da legislação em vigor, elaborar, aprovar, alterar e executar o
orçamento de acordo os planos de actividades (MAE, 1998).
Receita Pública
Receita pública é qualquer recurso obtido durante um dado período financeiro, mediante o qual
o sujeito público pode satisfazer as despesas públicas que estão ao seu cargo (Franco, 1996).
Despesa Pública
Define se Despesa Publica como o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de
direito público, para o funcionamento dos serviços públicos. Neste sentido, despesa vai ser a
parte do orçamento, ou seja, aquela em que se encontram classificadas todas as autorizações
para gastos com várias atribuições e funções governamentais.
Autonomia Local
Autonomia local é a capacidade que os Governos locais têm para tomar decisões em relação
aos serviços que por eles são oferecidos, sem a interferência do centro, e também é a
capacidade que os Governos locais têm para influenciar políticas nacionais que possam afectar
os seus interesses (Souza, 1998).
Autonomia Local é o direito e a capacidade efectiva de as autarquias locais regulamentarem e
gerirem, nos termos da lei, sob sua responsabilidade e no interesse das respectivas populações,
uma parte importante dos assuntos públicos (Moreira, 1992).
Antes de mais, é importante enfatizar que a teoria institucionalista é aquela que traz
fundamentos que melhor se enquadram nas abordagens desenvolvidas ao longo desta
monografia.
De acordo com Moreira (1992), o institucionalismo é uma teoria na qual enfatiza que a
dinâmica do processo de desenvolvimento é determinada, a partir de um leque de
procedimentos, normas, convenções oficiais, inerentes as mesmas instituições, afectando a
conduta dos diversos actores sociais envolvidos no mesmo processo (p.38).
A teoria institucionalista defende que o Estado, a nível do Governo central deve transferir
(descentralizar) recursos e competências que estavam ao seu domínio para os governos locais
para que estes possam prover serviços com eficiência, criando assim uma interacção entre os
cidadãos, estimulando o desenvolvimento económico das comunidades locais, tais como: o
melhoramento da comunicação, justa distribuição dos recursos, estabilidade, criação de maior
empoderamento e legitimidade aos Governos locais (Totemeyer, 2000).
Assim, pode-se perceber que a teoria institucionalista defende que o Estado, a nível do Governo
a descentralizar recursos e competências que estavam ao seu domínio para as autarquias locais.
Neste âmbito, de acordo com Masalila (1996), a abordagem institucionalista enfatiza que a
criação de instituições dotadas de competências, meios humanos e materiais, garante a
resolução dos problemas, a nível local (p.66).
Metodologias
Sob ponto de vista metodológico a Dissertação assenta na leitura e na revisão bibliográfica de
várias publicações de autores que tem publicado nesta área especializada e do conhecimento
bem como na recolha de produção legislativa e documental certificada. Recorreu se, ainda, a
um trabalho de pesquisa e recolha de outras fontes, particularmente na biblioteca da
universidade Fernando de Pessoa, na biblioteca municipal de porto, na comissão de
coordenação e desenvolvimento da região norte (CCDRN), na secretaria do estado da
administração publica e local (SEAPL) e na Assembleia da república.
Conclusão
A opção do autor pela apresentação desta dissertação para a obtenção do grau de mestre em
Ciência Política e Relações Internacionais – “O poder local e a organização política e
administrativa do Estado português: história, modelos e reformas” – enquadra- se em dois
objetivos: no aprofundamento da experiência recolhida no exercício de cargos autárquicos; e no
Enriquecimento do conhecimento científico sobre o sistema político, administrativo e territorial
Com esta dissertação, espera-se poder vir a contribuir para uma observação e avaliação
sobre o que as autarquias locais representam na organização do Estado, no processo de
execução das políticas públicas locais, promotoras da coesão social e territorial. Fez-se um
enquadramento da evolução do poder local e abordou-se o progresso verificado nos últimos
anos, particularmente após o ano de 1974. A pesquisa (literatura e produção legislativa)
permitiu recensear a temática em várias perspetivas: da organização política e administrativa do
Estado; do conceito e princípios da autonomia política e administrativa local; das regiões e da
divisão administrativa; da organização do território; da descentralização administrativa; da
democracia local; do compromisso político e administrativo dos órgãos do poder local; da
reforma da administração local; da governança da „coisa pública‟; e das políticas públicas.
Perante os persistentes desafios que se colocam à organização política e administrativa do
Estado, em que o tema „reforma estrutural‟ permanece na agenda política, a dissertação
pretende abrir pistas para um aprofundamento da temática, particularmente na área da
administração local e das políticas públicas.
Marcos Mendes, Rogério Boueri Miranda, Fernando Blanco Cóssio fizeram um estudo em
(2008) com o tema avaliação das transferências Intergovernamentais vigentes na federação
brasileira e o cumprimento as funções.
O estudo teve como objetivo avaliar se as transferências Intergovernamentais vigentes na
federação brasileira cumprem as funções a que se destinam, avaliar seus pontos positivos e
negativos, e propor aperfeiçoamentos em sua implementação. O Brasil é uma federação que
utiliza intensamente as transferências intergovernamentais. Em 2006, elas somaram 8% do
Produto Interno Bruto (PIB), representando 73% das receitas correntes dos municípios e 26%
das receitas correntes dos estados. Portanto, um bom desenho dessas transferências é um
elemento importante tanto para o equilíbrio fiscal quanto para a qualidade da intervenção do
sector público na economia.
Conclusões
Este estudo procurou fazer um diagnóstico das qualidades e problemas existentes nas
transferências intergovernamentais da Federação brasileira. Cada modalidade de transferência
foi analisada individualmente. A título de conclusão, serão apresentadas as recomendações
formuladas ao longo do texto, porém organizadas de forma a oferecer uma visão geral de uma
nova organização do sistema de transferências, que emergiria da adoção daquelas
recomendações.
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nível mínimo de serviços públicos, seja porque, apesar de arrecadação ser 105 substancial, a
pressão de demanda (economicamente viável) por bens e serviços públicos é ainda maior. O
impacto sobre a qualidade da gestão, ao se dar prioridade aos bens e serviços públicos de
maior retorno social, é evidente.
Esse tipo de transferência não deve ter preocupação explícita com a redução de desigualdades
regionais e de renda, que podem ser mais bem tratadas por outras modalidades de
transferências.
Para incentivar a gestão eficiente e a responsabilidade fiscal, parte dos recursos do NFPM
seriam entregues a municípios que obtivessem classificação de risco positiva por uma agência
privada de rating. Municípios que não se interessassem em fazer um diagnóstico de sua gestão
para obter esse tipo de classificação teriam essa parcela do NFPM direcionada para outro
grupo de transferências, o grupo de saúde ou de educação, a escolha do município. Ao longo
dos anos, a parcela de transferências distribuída sob a forma de premiação do rating positivo
cresceria, de forma a estimular os municípios a fazer sua avaliação e a melhorar a qualidade de
sua gestão. Esse mecanismo implicaria maior autonomia para os municípios com melhor
qualidade na gestão sem, contudo, reduzir as transferências para os municípios com
administração menos eficiente. Estes últimos teriam seus gastos mais regulamentados e
monitorados, uma vez que a parcela das transferências vinculadas seria maior para eles.
finalmente a Lei 1/2008 de 16 de Janeiro, que são instrumentos legais que orientam o
funcionamento deste órgão.
Assembleia Municipal
A Assembleia Municipal é órgão representativo do município dotado de poderes deliberativos.
É constituída por membros eleitos por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e
periódico dos cidadãos eleitores residentes no respectivo círculo eleitoral.
Este órgão funciona em sessões bimensais, num total de cinco secções ordinárias anuais e pode
se reunir em sessões extraordinárias quando existir um imperativo pontual. Quanto a
composição é constituída por três (3) membros, sendo um Presidente, um vice-presidente e um
Secretário.
Classificação das Receitas e Despesas das Autarquias Locais
O Conselho municipal para realização das despesas e implementação de projectos de
desenvolvimento local deve ter a capacidade de captação de receitas em todas as fontes
disponíveis. Assim, quando a tributação não garante receitas suficientes, não será possível
realizar as despesas e efectivação dos serviços públicos.
A Lei 1/2008 de 16 de Janeiro no seu Artigo 17, constituem receitas próprias das autarquias
locais: O produto da cobrança dos impostos e taxas autárquicas a que se refere a presente Lei;
produto de um percentual de impostos do Estado, que por Lei lhe sejam atribuídos; produto de
cobrança das contribuições especiais que por Lei lhe sejam atribuídas; produto da cobrança de
taxas por licenças concedidas pelos órgãos autárquicos; produto de cobranças de taxas ou
tarifas resultantes da prestação de serviços, produto de multas que por Lei, Regulamento ou
postura, caibam a autarquia local; produto de legados, doações e outras liberalidades;
Quaisquer outras receitas estabelecidas por Lei a favor das autarquias locais.
O sistema de impostos e taxas das autarquias locais, o Artigo 51 da Lei 1/2008 compreende:
• Imposto Pessoal Autárquico;
• Imposto Predial Autárquico;
• Imposto Autárquico de Veículos;
• Imposto Autárquico do Sisa;
• Taxas por licenças concedidas e por actividades económicas;
• Tarifas e taxas pela prestação de serviços.
Quanto a classificação das despesas, o Artigo 21 da Lei 1/2008 define que as despesas das
autarquias locais subdividem-se em duas vertentes diferentes: Despesas de Capital e Despesas
Correntes.
O número 2 do Artigo 21 da mesma Lei, define que são Despesas Correntes aquelas a que se
destinam ao custeio da actividade corrente dos órgãos autárquicos, nomeadamente:
• Fundo para o pagamento dos salários;
• Bens e Serviços.
De acordo com Marques e Matias (1990), as Receitas e as Despesas das autarquias locais
encontram-se repartidas por dois grandes agrupamentos, a saber:
• Receitas Correntes;
• Receitas de Capital;
• Despesas Correntes;
• Despesas de Capital.
São exemplo deste tipo de receitas: as taxas, as multas, a venda de serviços, transferências
correntes, rendimento de propriedades, venda de bens duradouros e outras receitas correntes.
São exemplo destas receitas: o produto de empréstimos de médio e longo prazo, alienação de
bens duradouros e de investimentos, como os terrenos, venda de bens de investimento,
transferências de capital, activos e passivos financeiros e outras receitas de capital.
Por sua vez, na óptica de Marques e Matias (1990), as Despesas Correntes são as que afectam
o património não duradouro, implicando uma diminuição do activo líquido. São essencialmente
as despesas com o funcionamento dos serviços, isto é, traduzem operações de consumo (p.200).
Importa referir que as receitas concebidas as autarquias por lei e que tem a plena autonomia
para colectar e realizar as despesas, nem todas se verificam nos Municípios, uma vez que são
várias as rubricas de receitas a explorar, e a sua capacidade de intervenção, no que concerne a
mobilização destes recursos ainda é bastante reduzida.
Pode constatar-se que a maioria do Municípios não dispõe de capacidades suficientes para
cobrir todas as fontes disponíveis, e como resultado disso este órgão colecta aquilo que
consegue com os meios existentes, mas os mesmos não são suficientes para realização das suas
actividades.
Surge, assim á excessiva dependência, em relação aos recursos financeiros concedidos pelo
Estado.
Competência Própria das Autarquias Locais
O artigo 26 da Lei 1/2008, as competências em matérias de investimento público que, por lei
sejam atribuídas aos diversos níveis da administração, é exercido tendo em conta os objectivos
e os programas de acção constantes nos planos de médio e longo prazo e, ainda, nos termos dos
planos anuais reguladores da actividade da administração central e da administração autárquica.
Neste âmbito, só se pode falar em competência própria das autarquias locais se as mesmas
forem dotadas de autonomia, recursos financeiros e meios próprios que sejam suficientes para
realizar todos os projectos e serviços planificados, o que na realidade não acontece na maioria
dos Municípios.
Portanto, compete aos Ministros que tutelam as autarquias assegurar a correcta aplicação dos
critérios de distribuição a que alude os números anteriores, bem como garantir a
regularidade da efectivação das transferências, para as autarquias locais, das importâncias que
a cada uma delas caibam na dotação do Fundo.
Transferências extraordinárias
O artigo 50 da Lei 1/2008 de 16 de Janeiro 12, não são permitidas quaisquer transferências
extraordinárias sob forma de subsídios ou comparticipações financeiras por parte do Estado,
institutos públicos ou fundos autónomos a favor das autarquias locais, salvo nos casos
especialmente previstos na lei. O Conselho de Ministros pode, não obstante, proceder
excepcionalmente a transferências orçamentais extraordinárias visando a concessão de auxílio
financeiro às autarquias locais nas seguintes circunstâncias: ocorrência de situações de
calamidade pública; resolução de situações graves, que afectem anormalmente a prestação de
serviços públicos indispensáveis.
Portanto, o Conselho de Ministros define, por decreto as condições em que haverá lugar à
concessão de auxílio financeiro nas situações previstas no presente artigo. As
provisões orçamentais a que se refere podem correr por conta da dotação provisional do
Orçamento do Estado.
De acordo com Filipe (2019), com o tema: Descentralização fiscal sem enquadramento no
contexto actual das finanças públicas.
Objectivos da dissertação
Apresenta-se uma análise teórica e empírica sobre o impacto das transferências estatais no
comportamento dos municípios, utilizando os dados de 275 municípios do continente
português no período de 1989 a 1995.
O contributo empírico é dado pela estimação dos diferentes parâmetros com o painel de dados
referido.
Metodologia
Nobre de Jesus Varela Canhanga (2009) com o tema Descentralização fiscal, transferências
intergovernamentais e dinâmicas da pobreza nas autarquias locais
O objectivo deste documento é mostrar que a despeito da crença de que com o processo de
descentralização, os governos locais deveriam se autossustentar através de receitas próprias, a
descentralização fiscal e as transferências intergovernamentais desempenham um papel
importante nos esforços de redução da pobreza a nível das autarquias locais. Por isso,
esforços devem ser envidados dos para aumentar o volume das transferências orçamentais e
intergovernamentais para as autarquias locais. Para além destes elementos, as autarquias locais
como entidades autónomas, precisam de conjugar sinergias para assegurarem o sistemático
incremento na arrecadação de receitas próprias e garantirem uma gestão efectiva dos recursos
públicos.
Para tal, em termos metodológicos, o estudo analisa os avanços que estão sendo registados no
quadro normativo que orienta o processo de descentralização democrática e fiscal e suas
implicações no processo de desenvolvimento local. Em seguida, o estudo estabelece a
articulação entre o aumento das competências, funções e atribuições com o volume das
transferências intergovernamentais e a racionalidade na utilização de recursos financeiros.
Para tal, em termos metodológicos, o estudo analisa os avanços que estão sendo registados no
quadro normativo que orienta o processo de descentralização democrática e fiscal e suas
implicações no processo de desenvolvimento local. Em seguida, o estudo estabelece a
articulação entre o aumento das competências, funções e atribuições com o volume das
transferências intergovernamentais e a racionalidade na utilização de recursos financeiros.
Com base nesta articulação de variáveis analíticas, o estudo pretende verificar se existe uma
articulação entre os pressupostos teóricos enunciados na literatura e no quadro normativo que
rege a descentralização fiscal e transferências intergovernamentais com os desafios da redução
da pobreza em Moçambique.
Conclusão
Porém, concluímos que as transferências orçamentais intergovernamentais para as autarquias
não estão a cumprir efectivamente o seu papel como deveriam nos esforços de redução da
pobreza. Entretanto, com base nestes argumentos de natureza institucionalista e nos dados
empíricos, que orientaram esta análise, nossa conclusão mais geral é de que a descentralização
fiscal por si só não é um instrumento catalisador do desenvolvimento económico local e da
redução da pobreza urbana. Um maior comprometimento do Estado evidenciado através do
aumento das transferências orçamentais do governo central para os municípios, a eficiência e
eficácia na aplicação de recursos disponíveis, níveis elevados de execução financeira devem
ser tomados em consideração para garantir que a descentralização fiscal viabilize a melhoria
das condições de vida e o bem-estar das comunidades locais.
CAPITULO III: METODOLOGIAS DA PESQUISA
3.1. Introdução
A pesquisa qualitativa permite ter uma visão mais ampla de um cenário, ou seja, só com
perguntas feitas com profundidade e possível chegar mais próximo do que o cliente (no caso
publico pesquisado) pensa.
Neste capítulo apresenta-se o tipo de pesquisa que e qualitativo, o método usado, o universo, a
amostra, a amostragem e os instrumentos usados na colecta de dados.
Tipo de Pesquisa
Segundo Trivinos (1987) afirma que:
Para a presente trabalho, o universo será de 360 funcionários sendo 220 homens e 140 mulheres
alocados em diferentes departamentos do Conselho Autárquico de Gurué de acordo com os
dados fornecidos no local em estudo.
3.4. População em Estudo
A palavra “população”, na sua acepção mais comum, representa o conjunto de habitantes de uma
dada região em determinado período. Em estatística, população (ou universo) é o conjunto de
todos os elementos (pessoas ou objetos) cujas propriedades o pesquisador está interessado em
estudar.
Tendo em atenção que o que se pretende numa pesquisa qualitativa é a selecção dos
participantes que melhor ajudam ao pesquisador a dar resposta ao problema ou questão da
pesquisa, e não a representatividade da amostra (Creswell, 2003).
A escolha desta amostra justifica-se em função de precisão que se quer atingir dentro das
condições mais favoráveis do universo. Para a presente pesquisa será usada a amostra não
probabilística por acessibilidade ou por conveniência.
Segundo Gil, (2009), é aquele em que o pesquisador escolhe os elementos a que tem acesso,
admitindo que estes, de alguma forma representam o universo.
3.5.1.Tamanho da amostra
Pretende se usar uma amostra de 10 pessoas funcionários do conselho municipal, dentro destes
5 Mulheres e 5 homens.
Pois bem para este trabalho também serão obtidos dados primários e secundários.
Segundo Churchill Jr.e Peter (2000), os dados primários são aqueles colectados especificamente
para o propósito da investigação.
Para esta pesquisa, não iremos deixar fora o contexto de recolha de dados primários, os dados
serão colectados através de entrevistas.
A entrevista e um encontro entre duas pessoas, afim de que uma delas obtenha informações sobre
determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. Trata-se de um procedimento
utilizado na investigação social, coleta de dados, para ajudar no diagnostico ou no tratamento de um
problema social. Sendo que e um importante instrumento de trabalho em vários campos das ciências
sociais ou de outros sectores de actividades, como o da sociologia, antropologia, psicologia social,
política, serviço social, jornalismo, relações publicas, pesquisa de mercado e outras.
A pesquisa bibliográfica e aquela que se realiza, a partir do Registro disponível, decorrentes de pesquisas
anteriores, em que documentos impressos, como livros, artigos, teses, etc. Utilizam-se dados de categorias
teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registados. Os textos tornam-se fontes
dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir de contribuições dos autores analíticos
constantes dos textos, p.122.
3.7. Cronograma de actividades
O presente projecto está previsto com o tempo de 3 meses, Fevereiro, Março, e Abril
subdivididos em 3 estacões:
3.8. Orçamento
O presente trabalho esta orçado em:
Computador 1 14000,00
mtn
Total 16,270,00mtn
Referencias Bibliográficas
Campino. (2001), Transferências do governo central para os municípios, Portugal
Filipe, (2019), Descentralização fiscal sem enquadramento no contexto actual das finanças
públicas.
Gil, (1999), Métodos qualitativo e quantitativo. (3ed), São Paulo, Brasil: atlas Marconi,