Apostiladesenho Tecnico
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ESCOLA DE ENGENHARIA
NÚCLEO DE EXPRESSÃO GRÁFICA
FURG
APOSTILA DE DESENHO ARQUITETÔNICO
MARÇO DE 2011
DESENHO
ARQUITETÔNICO
Prof. Me. SINVAL XAVIER
PREFÁCIO
A presente apostila faz parte do material didático das disciplinas de Desenho Arquitetônico dos
cursos de Engenharia Civil e Engenharia Civil Empresarial da Universidade Federal do Rio Grande –
FURG. A mesma foi elaborada com o objetivo de auxiliar o estudante na compreensão e execução
dos desenhos de arquitetura com uso de meios e recursos computacionais.
É sabido que apesar da importância do domínio das técnicas manuais de desenho pelo profissional
de arquitetura e engenharia, o desenho de projetos de arquitetura e engenharia já vem a um bom
tempo, tanto por estudantes como profissionais, sendo executado quase exclusivamente através
de meios eletrônicos. O uso do computador e dos programas CAD (Computer Aided Design) está
inexoravelmente associado a pratica profissional de engenheiros e arquitetos, e encontra‐se
presente desde as escolas de engenharia e arquitetura até os grandes escritórios de arquitetura e
empresas de construção.
Com exceção de algumas perspectivas de um modelo apresentado por Montenegro (2001), todas
as demais figuras e desenhos foram elaborados pelo autor com o uso de software CAD. Alguns
textos apresentados foram extraídos ou baseados em material pesquisado na internet e que, por
falta de fonte clara e expressa, não puderam ser corretamente referenciado.
Com a Revolução Industrial, os projetos das máquinas passaram a necessitar de maior rigor e os
diversos projetistas necessitaram de um meio comum para se comunicar. Desta forma,
instituíram‐se a partir do século XIX as primeiras normas técnicas de representação gráfica de
projetos (SCHULER e MUKAY, 200‐?).
dos diversos outros elementos que nele aparecem, de forma a poder ser perfeitamente lido pelos
profissionais envolvidos na construção (SCHULER e MUKAY, 200‐?).
Os desenhos de arquitetura até pouco tempo eram realizados quase exclusivamente sobre uma
superfície de papel através do instrumental tradicional do desenho técnico, tal como o lápis e/ou
lapiseira, borracha, esquadros, escalímetro, compasso, gabaritos, etc. Com a evolução da
computação gráfica e a disseminação dos programas CAD (Computer Aided Design), o instrumento
de elaboração dos desenhos de arquitetura passou a ser majoritariamente o computador. O
desenho arquitetônico passa a ser desenvolvido na tela do computador e posteriormente
impresso em impressoras de grande formato (plotter). Mas apesar da troca de instrumental, os
elementos do desenho arquitetônico mantêm‐se com as mesmas características gráficas, ou seja,
os traços e os demais elementos apresentados deverão transmitir todas as informações
necessárias para a construção do objeto, com a mesma representatividade, nos dois processos
(SCHULER e MUKAY, 200‐?).
A base para a maior parte do desenho arquitetônico é a linha, cuja essência é a continuidade. Em
um desenho constituído somente de linhas, a informação arquitetônica transmitida (espaço
volumétrico; definição dos elementos planos, cheios e vazios; profundidade) depende
primordialmente das diferenças discerníveis no peso visual dos tipos de linhas usados.
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1.2.1 AS LINHAS
As linhas são os principais elementos gráficos do desenho arquitetônico. Além de definirem o
formato, dimensões e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas, escadas, etc.,
também informam as características e dimensões de cada elemento projetado. Sendo assim,
deverão estar perfeitamente representadas dentro do desenho.
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir
contraste umas com as outras. Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as linhas
sofrem uma gradação no traçado em função do plano onde se encontram. As linhas em primeiro
plano (plano mais próximo) serão sempre mais grossas e escuras, enquanto as do segundo e
demais planos visualizados (mais afastados) serão menos intensas. Também se diferem as
espessuras das linhas dos elementos seccionados (transpassados pelos planos de corte) das linhas
dos elementos em vista (que estão além do plano de corte), representando‐se com maior
intensidade visual os primeiros (elementos em seção) em relação aos últimos (elementos em
vista).
Traço forte: As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas plantas baixas e cortes,
as paredes e os elementos estruturais (pilares, vigas, lajes) interceptados pelo plano de corte.
Traço médio: as linhas de espessura médias, representam elementos em vista, ou seja, tudo que
esteja abaixo (planta baixa) ou a além (cortes) do plano de corte, como peitoris, soleiras,
mobiliário, ressaltos no piso, vãos de aberturas, paredes em vista, etc. Também são utilizadas para
representar elementos seccionados de pequenas dimensões, tais como marcos e folhas de
esquadrias.
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Traço fino: as linhas finas são utilizadas principalmente para representar hachuras e texturas, tais
como as que representam os elementos de concreto e madeiras, e as que representam os pisos e
paredes revestidas, por exemplo, com pedras e cerâmicas. Também são utilizadas para
representar as linhas de cotas e de chamadas.
* Linhas nas representações das fachadas: nas representações das fachadas (elevações) de uma
edificação são utilizadas linhas de diversas espessuras, que, entre outros fatores, variam seu
traçado conforme: a distância relativa dos planos de fachadas ao observador; representarem
contornos de planos ou linhas internas; representarem vãos ou elementos internos e externos a
esses, etc.
(± 0,5 mm)
(± 0,4 mm)
(± 0,6 mm)
(± 0,2 mm)
(± 0,3 mm)
(± 0,3 mm)
(± 0,1 mm)
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O desenho auxiliado por computador (CAD) não se limita unicamente a própria representação. O
desenho digital pode conter muito mais informação acerca de um projeto ou de um edifício
daquela eventualmente impressa para uma apresentação. No desenho digital a representação
passa a ser parte de uma informação maior. O desenho possui uma versatilidade e potencialidade
de uso e informação que o coloca em outra dimensão quando comparado ao desenho tradicional.
Segundo Sainz e Valderrama (1992), por uma questão mercadológica as primeiras aplicações
constituíam‐se de programas gráficos não especializados desenvolvidos para o desenho técnico
em geral e voltadas para a produção industrial. Por muito tempo, diziam estes autores, não se fez
diferença entre o desenho por computador e o desenho de arquitetura por computador, ficando a
informática gráfica para arquitetura como um subproduto dos desenvolvimentos pensados para
outros campos de atividades.
Esta situação mudou com o aparecimento dos PCs (ou computadores pessoais) da IBM, que
representou uma abrupta queda nos custos dos equipamentos, tornando a informática gráfica
acessível ao trabalho de arquitetura. Este fator determinou o surgimento de um novo e potencial
mercado consumidor, não só formado por arquitetos, mas por profissionais de diversas áreas da
engenharia e da gráfica, que antes tinham poucas possibilidades de acesso às caras estações
gráficas. Com a nova demanda surgiu à conseqüente comercialização de programas gráficos de
todos os tipos, muitos deles voltados especificamente à arquitetura.
Sendo assim, a escolha do programa CAD passou a ser ponto chave na informatização dos
processos de trabalhos gráficos dos arquitetos, estudantes e desenhistas de arquitetura, pois o
programa, em si mesmo, implica em um método de trabalho que determinará a futura forma de
desenhar do usurário (SAINZ; VALDERRAMA, 1992).
2.3.1 A Escala
No desenho tradicional, a escala, seja ela absoluta, como nas projeções ortogonais (tais como
corte, fachadas, plantas baixas) e nas axonometrias, ou relativa como nas perspectivas cônicas, é
um dado fundamental da representação. A escala tem de ser previamente definida antes da
representação, e sua alteração, no meio ou no fim do processo, representa o redesenho de tudo
que o que já foi representado.
No CAD a definição prévia da escala deixou de ser necessária. O projetista ou desenhista não
trabalha mais com medidas previamente escaladas. Representa os elementos da edificação
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através de suas medidas reais, escolhendo para isto a unidade de representação, se metro ou
centímetros, por exemplo. Posteriormente o desenho pode ser impresso em mais de uma escala,
bastando para isso apenas configurar os parâmetros de impressão.
Enquanto o desenho digital é executado, ou seja, antes de sua impressão, a escala é uma simples
questão de proporções entre os elementos que vemos na tela. Aproximamos e afastamos os
elementos do desenho conforme a necessidade, alterando a escala visual, mas mantendo sua
proporção e principalmente a unidade de medida do desenho.
Outra característica importante da área ou espaço de desenho e/ou modelagem é, no caso dos
programas com suporte 3D, sua tridimensionalidade. Sendo o espaço tridimensional, os objetos
podem ser representados não apenas através de suas projeções em um único plano de trabalho
(plano de desenho ou projeção), mas através de suas alturas, larguras e profundidades, utilizando‐
se um sistema cartesiano tri‐axial de coordenadas.
A cada camada criada pode ser atribuída uma cor diferente e, os elementos nela desenhados, por
configuração padrão, receberão a cor escolhida. O uso de cores diversas possui mais de uma
utilidade: em primeiro lugar permite identificar visualmente na tela do computador os elementos
pertencentes à determinada camada ou determinada categoria de informação e, em segundo,
possibilita, nos programas que se utilizam do estilo de impressão baseado na cor (Color‐
dependent plot style), diferenciar previamente as espessuras de impressão dos elementos.
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A busca por uma padronização nos desenhos e projetos digitais de arquitetura, que permita a
intercambialidade na informação entre profissionais e projetos, já gerou, no Brasil, diversas
discussões, estudos, e trabalhos. O mais significativo deles é o da AsBEA (Associação Brasileira de
Escritórios de Arquitetura), a qual propõe, baseado no modelo das normas americanas/canadense
e européias, um sistema de nomenclatura de layers, diretórios, e arquivos de projetos (ASBEA,
2000).
Mas o uso de blocos de forma eficiente e correta demanda uma rígida padronização das layers e
das cores de seus elementos. O usuário ao criar um bloco e, principalmente, ao utilizar um bloco
feito por terceiros deve verificar se as cores e as layers se adaptam a sua metodologia e padrão de
desenho. Como já foi citado os programas CAD, em geral, utilizam‐se do sistema de estilo de
impressão vinculado a cor. Tal sistema determina que as espessuras de linhas sejam relacionadas
às suas cores. Desta forma pode acorrer conflito entre as cores das geometrias e textos presentes
nos blocos e as utilizadas como padrão pelo usuário. Exemplificando: determinado usuário utiliza
por padrão a cor branca para representação das alvenarias e, por conseguinte, a mesma esta
vinculada a uma espessura grossa de linha. Esse usuário pretende utilizar um bloco de uma porta
cuja representação foi feita com a mesma cor. Tal situação gera um conflito de cores e espessuras.
No que se refere à nomenclatura das layers também pode haver conflito. Se o usuário tem por
padrão, por exemplo, utilizar a layer “ARQ‐Esquadrias” para representação de portas e janelas no
projeto arquitetônico, e pretende utilizar um bloco de uma janela que foi criado na layer
“Janelas”, igualmente ocorrerá um conflito, desta vez na nomenclatura das layers. Desta forma, a
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incorporação de blocos elaborados por terceiros a biblioteca de blocos exige uma prévia edição
para padronização dos mesmos.
Por outro lado, o trabalho com blocos permite uma padronização do desenho entre arquivos e
usuários. Evita‐se, com a utilização de blocos, que cada usuário desenhe de forma distinta de certo
padrão estabelecido.
Antes da adoção das técnicas e recursos computacionais tínhamos todo o processo produtivo
manual. No caso da engenharia predial, todos os desenhos eram feitos com utilização de
instrumentos simples (lápis, canetas, esquadros etc.) e segundo técnicas e normatizações de
desenhos pré‐estabelecidas. Por exemplo, eram fixadas espessuras para traçados conforme seus
significados na representação gráfica, e para cada espessura de traçado correspondia uma caneta.
Sendo assim, independentemente de quem fosse o desenhista, não eram possíveis muitas
variações, ou seja, antes da adoção de recursos de informática na produção de projetos de
engenharia e arquitetura, tinha‐se um sistema de trabalho com poucos recursos, difundido e
normalizado em seus aspectos primordiais (RUGGERI, 2004).
Os problemas advindos dessa “livre organização” na utilização dos recursos dos programas de
desenho/projeto são diversos e atingem principalmente o processo de comunicação que ocorre
nos diferentes níveis e etapas de desenvolvimento dos projetos de uma edificação. O problema de
comunicação pode se dá, principalmente, entre os diversos intervenientes no processo projetual,
mas pode atingir até mesmo os produtos (desenhos/projetos) de um único usuário. O meio digital
permite a fácil intercambialidade entre desenhos/projetos e profissionais, mas essa facilidade
encontra uma forte barreira na falta de padronização entre os desenhos.
plantas necessárias. Por curiosidade você também abre o arquivo “proj1a.dwg” e descobre outras
plantas com ligeiras alterações. Pressupõe ser uma opção de planta para o edifício em estudo e
ainda, que o arquivo “proj1b.dwg” deva ser outra alternativa para as plantas. Ao abri‐lo percebe
que se trata das demais representações do projeto arquitetônico (fachadas, cortes, detalhes, etc.).
Liga para o “emissor” da mensagem e questiona sobre a planta a ser adotada obtendo com
resposta a alternativa contida no arquivo “proj1a.dwg”. Ótimo! Ao iniciar o trabalho percebe que
as definições internas do arquivo estão de forma completamente diferente das utilizadas por você
e, como era de se esperar, existem muitas informações que não são necessárias nesse momento.
Você está utilizando, por exemplo, o AutoCAD e quando tenta desativar a ”camada” de textos
contida no desenho para melhor visualizá‐lo descobre que não há qualquer camada intitulada
TEXTOS ou algo semelhante. Ao contrário, os nomes das camadas disponíveis são: 0, 1, 2, 3, P1,
P2, P3, P4, P01, P02, ..., alv‐hatch, projeção, Vporta, e outros. Fica então a dúvida: o que fazer para
visualizar apenas as paredes e esquadrias no desenho? O que significam aqueles nomes todos?
Por fim você necessita imprimir a planta baixa para usar de rascunho e para consulta, deparando‐
se com o uso cores que conflita totalmente com os padrões utilizados por você. Estes são apenas
alguns dos diversos problemas enfrentados nos trabalhos em que há trocas de informações
através de recursos de informática.
Para Ruggeri (2004), é interessante que a definição de um código, para que o mesmo possa ser
abrangente, seja feita com base no que é mais sugestivo em termos de compreensão. Em outras
palavras: a nomeação de arquivos, por exemplo, deve ser feita através de um código que possa
dar idéia do conteúdo; a organização de camadas de desenho, em arquivos gráficos, deve ser feita
de forma a possibilitar a compreensão do conteúdo de cada uma através de seu nome, etc. Para
que este processo de codificação possa ser facilmente adaptável, e aceito de uma forma geral, ele
deve ser intuitivamente compreensível. Isto indica que sua definição precisa ser baseada em
conceitos e termos correntes. Por outro lado, a codificação deve considerar a mudança cultural
incluída na adoção de recursos de informática. Ou seja, não devemos deixar de considerar os
necessários avanços permitidos pela computação sem, contudo, sofisticar de tal modo a dificultar
a difusão dos processos de codificação.
No exemplo dado os nomes dos arquivos seriam mais sugestivos se utilizassem códigos intuitivos e
disseminados, por exemplo: o arquivo “proj1.dwg” poderia se chamar “XXX‐ARQ01.DWG”, onde
XXX identificasse o edifício do qual tratasse; ARQ significasse arquitetura; 01 significasse ser o
primeiro arquivo e, obviamente, DWG significasse ser arquivo gráfico do AutoCAD. O arquivo
“proj1a.dwg” poderia se chamar “XXX‐ARQ01a.DWG” e o arquivo “proj2.dwg” poderia se chamar
“XXX‐ARQ02.DWG”. Notemos que a adoção deste código implica no desenvolvimento de uma
cultura que permita a associação intuitiva dos códigos do tipo ARQ (arquitetura). De qualquer
forma, na pior das hipóteses, já seria um avanço (RUGGERI, 2004).
Quanto aos nomes das camadas de desenhos poderíamos ter o seguinte. No lugar de 0, 1, 2, 3, P1,
P2, P3, P4, P01, P02, ..., teríamos como nomes de camadas esquadrias, alvenarias, pisos, cotas,
detalhes, pilares, titulos, textos etc, de forma a facilitar a associação do nome da camada com seu
conteúdo. Os nomes de camadas também podem ser abreviados na forma XXX‐YYY...‐ZZZ..., onde
XXX identifica a disciplina (p.ex., arquitetura, estrutura, hidráulica, paissagismo, etc) , YYY..
identifica o conteúdo da camada (p.ex., alvenarias, pilares, esquadrias, pisos, etc.) e ZZZ.. seria
usado, se necessário, para complementar a codificação do conteúdo da camada. Desta forma a
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camada relativa às alvenarias normais seria nomeada como: ARQ‐ALVENARIAS, e as das alvenarias
baixas seria nomeada como: ARQ‐ALVENARIAS‐BAIXAS.
Espessura
Cor (número) Cor de Plotagem Uso
(mm)
1 ‐ Red 0.1
2 ‐ Yellow 0.2
3 ‐ Green 0.3
4‐ Cyan 0.4
Black Usadas para os elementos principais
5 ‐ Blue 0.5 da representação, a serem impressos
em preto
6 ‐ Magenta 0.6
7 ‐ White 0.7
8 0.09
9 0,09
Usadas para elementos a serem
10 a 249 0.25 Na própria cor (object color)
impressos coloridos
Usadas para elementos a serem
250 a 255 0.1 a 0.2 Na própria cor (object color)
impressos em tons de cinza
Outro trabalho que merece ser consultado é o Manual de Referência para Padronização de
Projetos em CAD, desenvolvido com base no trabalho da ASBEA pelo Sindicato da Indústria da
Construção no Estado de Goiás ‐ SINDUSCON‐GO, Federação das Indústrias do Estado de Goiás –
FIEG, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, e Faculdade de Tecnologia SENAI de
Desenvolvimento Gerencial – FATESG e publicado pelo SENAI/FATESG em 2007 (SINDUSCON‐
GO, 2007).
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Planta(s) baixa(s)
Cortes
Fachadas
Planta de Localização
Planta de Cobertura
Planta de Situação
Desenhos de Detalhes
Perspectivas
Em construções com vários pavimentos, será necessária uma planta baixa para cada pavimento
arquitetonicamente distinto. Vários pavimentos iguais terão como representação uma única
planta baixa, que neste caos será denominada de “PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TIPO”.
Quanto aos demais pavimentos, o título da planta inclui a denominação do piso. Por exemplo,
planta baixa do 1º pavimento (ou pavimento térreo), planta baixa do segundo subsolo, planta
baixa da cobertura, planta baixa da sobre loja, e assim por diante.
Para adequação a norma NB‐140, são utilizadas as denominações “PISO” e “PAVIMENTO”. Não
podendo ser empregada a terminologia “ANDAR”.
3.1.2 ESCALA
A escala usual para impressão (representação) das plantas baixas é a de 1:50. Ocorre que para
determinadas edificações, em função de suas dimensões, essa escala pode ser muito grande e de
difícil impressão. Nesses casos, costuma‐se utilizar as escalas de 1:75 e 1:100. Escalas menores do
que estas, em projetos executivos, não devem ser utilizadas, sendo preferível a representação
(impressão) da planta baixa por partes, através de pranchas articuladas. Escalas maiores do que
1:50, como por exemplo 1:20 e 1:25, são utilizadas para representação de plantas baixas de
compartimentos e/ou áreas da edificação que por suas características necessitem de um maior
detalhamento construtivo, o que geralmente é feito em desenho(s) a parte (que compõem as
pranchas de detalhes).
Como já foi dito, no CAD a definição prévia da escala deixou de ser imprescindível, pois os objetos
são representados através de suas reais dimensões, escolhendo‐se para isso uma unidade de
medição. Posteriormente o desenho pode ser impresso em mais de uma escala, bastando para
isso apenas configurar os parâmetros de impressão.
As espessuras das linhas também devem ser configuradas de forma distinta para diferentes
escalas de impressão, obedecendo‐se a regra de que quanto menor a escala, menores são as
espessuras das linhas. A seguir é apresentada uma referência de relações entre espessuras (em
milímetros) de linhas para as escalas de 1:50, 1:75 e 1:100.
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a) Elementos Construtivos:
Paredes e elementos estruturais; aberturas (portas, janelas, portões, etc.); pisos e seus
componentes (degraus, rampas, escadas, etc.); equipamentos de construção (aparelhos sanitários,
armários, lareiras, etc.); aparelhos elétricos de porte (fogões, geladeiras, máquinas de lavar, etc.) e
elementos de importância não visíveis (dutos de ventilação, reservatórios, etc.).
b) Informações:
Nome dos compartimentos, áreas úteis dos compartimentos, níveis, posições dos planos de corte
vertical, dimensões das aberturas, cotas, e outras informações.
3.1.3.1 Paredes
As paredes, geralmente em alvenaria, seccionadas pelo plano de corte que gera a planta baixa, são
representadas através de linhas paralelas de espessura grossa. Podem aparecer preenchidas ou
não por textura sólida (cor), e/ou com ou sem representação do revestimento das alvenarias
(reboco ou outros).
Abaixo são apresentadas variações na representação e no tom da cor (tom de cinza) de paredes de
alvenaria. Não é aconselhável utilizar cores diversas dos tons de cinzas, pois algumas cores são
associadas aos diferentes tipos (estados) de paredes em um projeto de reforma e/ou ampliação
(p.ex: paredes a demolir, paredes a conservar, paredes a construir).
É recomendável diminuir a espessura das linhas conforme o tom de cinza utilizado: quanto mais
escuro, mais fina devem ser as linhas de contorno. A cor preta somente deve ser utilizada para
escalas pequenas (1/100 ou menor), pois na escala 1/50 esta cor confere a representação das
paredes um “peso” excessivo. A seguir é apresentada tabela com as espessuras de linhas e as
cores utilizadas no exemplo anterior (escala 1/50).
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Paredes baixas (menor do que 1.50m de altura) não são cortadas pelo plano e por conseqüência
são representadas em vista, com linhas de espessura média, conforme exemplo abaixo.
As linhas que a representam os elementos em projeção devem ser finas a médias (0,25 mm a 0,30
mm) e recomenda‐se o tamanho do tracejado entre 0.15 m e 0.10 m.
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3.1.3.4 Esquadrias
As esquadrias, em geral portas e janelas, podem ser representadas de forma simplificada, ou mais
detalhada. O desenho CAD permite a utilização de blocos1, desta forma os elementos repetitivos
nos desenhos de arquitetura, tais como as esquadrias, as louças sanitárias, equipamentos de
serviço e outros, podem ser desenhados uma única vez, e formarem uma biblioteca de desenhos,
a serem inseridos em diversas representações.
Abaixo são apresentadas representações simplificadas de porta e janela formadas por linhas
independentes, e representações mais detalhada das mesmas esquadrias, as quais foram
desenhadas com a finalidade de compor um bloco para uso repetitivo. Quanto menor a escala de
impressão mais simplificada deve ser a representação da esquadria.
Ao representar os elementos das esquadrias que faceiam as paredes, tais como marcos e
guarnições, devemos lembrar que se essas últimas forem representadas por linhas grossas, as
mesmas irão parcialmente se sobrepor as linhas desses elementos, diminuindo suas dimensões
visuais (após a impressão). Nestes casos, marcos e guarnições devem ser representadas com
dimensões maiores do que as reais, de forma a compensar a sobreposição das linhas
representativas das paredes. Abaixo são apresentadas duas figuras ilustrando essa situação. Pode‐
se observar que na figura da direita os marcos e as guarnições da porta foram representados com
suas medidas reais e por conseqüência os mesmos tem suas linhas parcialmente sobrepostas pelas
das paredes.
1
Os blocos em desenho CAD são estruturas compostas. Nessas estruturas, é possível agrupar entidades de
diversos tipos (linhas, arcos, textos, etc), e atribuir-lhes um nome de identificação e um ponto de
inserção.
25
A seguir são apresentadas as representações de uma porta e uma janela com valores de referência
para espessuras de seus elementos em uma impressão na escala 1/50.
26
Deve‐se ter cuidado especial com a compatibilidade entre o nível de detalhamento dos blocos e a
escala de representação. Blocos muito detalhados (com muitas linhas) quando impressos na escala
1/50 ou menor, ficam “carregados” demais, chegando até mesmo a aparecerem como borrões no
desenho. A figura seguinte apresenta a impressão do mesmo bloco de um tanque com dois níveis
de detalhamento, ilustrando a questão.
3.1.3.7 Textos
Os textos devem ser representados em letras e números técnicos, evitando‐se fontes “artísticas” e
“rebuscadas”. Recomenda‐se a utilização de fontes do tipo “true type” as quais já possuem
espessura definida na própria fonte e que se ajustam automaticamente a altura do texto,
dispensando assim a necessidade de configurar a espessura das letras e números quando da
impressão.
Os textos devem ser dispostos sempre no sentido de leitura, ou seja, de baixo para cima e da
esquerda para direita.
A altura dos textos deve variar seguindo uma hierarquia de informação, ser compatível com a
escala de impressão, e obedecer a critérios visuais e de legibilidade. Desta forma, devem‐se evitar
textos exageradamente grandes e desproporcionais aos desenhos aos quais se relacionam, ou
textos muitos pequenos e por conseqüência de difícil leitura. A seguir são apresentados dois
exemplos de alturas de textos em uma mesma planta baixa que representam, respectivamente,
textos exageradamente grandes e pequenos.
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A seguinte tabela apresenta uma sugestão de alturas mínimas e máximas de textos para os
principais elementos de uma planta baixa a ser impressa na escala 1/50.
Deve‐se atentar que apesar do modelo (elementos da edificação) poder ser impresso em
diferentes escalas, os textos a ele relacionado não podem sofrer o mesmo escalonamento, pois
deve ser mantida a sua legibilidade e proporcionalidade em qualquer escala de impressão.
Ilustrando: se os textos foram dimensionados para uma impressão na escala 1/50 e por algum
motivo o modelo (representação da edificação) for impresso na escala 1/100, os textos devem ter
suas alturas redimensionadas, pois não podem simplesmente serem impressos com a metade de
seus tamanhos originais sem comprometer a clareza de leitura.
Como os tamanhos dos textos devem levar em conta não só a questão da legibilidade, mas
também considerar a proporção entre esses e os elementos da edificação, indica‐se as seguintes
fatores de ampliação aplicáveis as alturas apontadas para a escala 1/50: 1.30 para escala 1/75 e
1.60 para escala 1/100.
3.1.3.8 Pisos
Os pisos frios e/ou especiais devem ser representados com linhas finas (0.09 mm a 0.15 mm) na
cor preta, ou em tom de cinza. Neste último caso, recomenda‐se o aumento gradual da espessura
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das linhas proporcionalmente a diminuição do nível de cinza (linhas mais espessas para tons de
cinzas mais claros). Abaixo são apresentados exemplos de representações de pisos com diferentes
espessuras e níveis de cinza.
Na representação de pisos também deve ser observado à densidade das hachuras, ou seja, o
distanciamento entre suas linhas em relação ao tamanho do compartimento onde os mesmos são
aplicados. Deve‐se evitar a utilização de hachuras muito densas em compartimentos de grandes
dimensões e de hachuras pouco densas em compartimentos pequenos. As primeiras
sobrecarregam visualmente o desenho, e as ultimas tornam difícil sua leitura. Deve‐se, sempre
que possível, manter uma proporção entre a densidade da hachura e o tamanho (área) do
compartimento, observando‐se, é claro, uma certa proximidade com as dimensões reais dos
materiais representados.
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Linha de cota: é a linha que contém a dimensão daquilo que está sendo contado e na qual é na
qual é posicionado o valor numérico da cota.
Linha de extensão (ou auxiliar ou de chamada): é a linha que liga a cota ao elemento que está
sendo cotado. Na representação de arquitetura são utilizadas linhas de extensão de comprimento
fixo, ao contrário das linhas de comprimento variável utilizadas em projetos de outras áreas.
Finalização das linhas de cota: é o encontro da linha de conta com a linha de extensão.
Usualmente na representação dos projetos de arquitetura as linhas de cota e de extensão se
cruzam e são adotados pequenos traços inclinados a 45º ou pontos (com uma espessura mais
grossa que as linhas de cotas e chamadas) neste cruzamento2.
2
Na representação de arquitetura não é usual a utilização de setas ao final das linhas de cotas, como ocorre em
projetos de outras áreas.
30
As linhas de cota e de extensão são representadas através de linhas finas (0.09mm a 0.15mm) e o
projeto da edificação deve ter seus elementos cotados de forma que seja possível identificar todas
as medidas necessárias a sua execução sem recorrer a instrumento de medição do desenho (régua
ou escalímetro).
Distribuição das linhas de cotas: é usual no desenho arquitetônico cotas em série, posicionadas
tanto pelo lado externo da planta baixa, quanto, quando necessário, internamente ou cruzando a
mesma. As cotas devem ser acumuladas de forma a também representarem as medidas externas
da edificação. Deve‐se evitar cotas repetidas e repetitivas.
Os níveis devem ser sempre indicados em METROS e acompanhados do sinal negativo caso
localizarem abaixo do nível de referência (00) – (opcionalmente pode ser usado o sinal positivo
para o caso de níveis localizados acima do nível de referência). Sempre são indicados com
referência ao nível ZERO do projeto. É costume omitir‐se o zero, nos casos de níveis menores de
1.00m, mas deve‐se manter o ponto decimal como forma de informar que a cota de nível é em
metros.
Tamanho dos textos de cotas: sugere‐se a utilização dos seguintes tamanhos de textos para
impressões na escala 1/50 – Cotas das paredes: 0.11m; dimensões das janelas: 0.11m; dimensões
das portas: 0.09m.
1º Representação das paredes: são demarcadas as paredes da edificação através das linhas
horizontais, verticais, inclinadas e curvas que as representam;
5º Representação das esquadrias: são desenhadas, nos respectivos vãos, as portas, janelas e
outros tipos de esquadrias que porventura houver. As esquadrias poderão ser representadas linha
a linha ou inseridas como blocos previamente definidos;
9º Representação dos principais textos: nome e áreas dos compartimentos, dimensões das
esquadrias.
10º Representação dos pisos (pisos frios e outros pisos especiais) através de hachuras
quadriculadas e outras.
35
3.2 CORTES
Cortes, em Desenho Arquitetônico, são representações gráficas constituídos por vistas
ortográficas seccionais do tipo corte, obtidas quando fazemos passar por uma edificação, planos
secantes e projetantes verticais, normalmente paralelos a um determinado conjunto de paredes,
em posicionamento estrategicamente definidos.
A localização dos planos de corte e o sentido de visualização devem estar indicados nas plantas
baixas, de maneira a permitir sua perfeita interpretação.
A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica e deve conter no mínimo os
seguintes elementos:
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Opcionalmente, pode ser informado o número da prancha que contém a representação do corte.
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Informações: bem mais simplificadas que as informações nas plantas baixas envolvem
obrigatoriamente: cotas verticais dos elementos em corte; níveis dos compartimentos, dados
básicos relativos à cobertura e outras informações complementares que se achar necessário para
a compreensão do projeto.
3.2.3.1 Fundações
Piso e contra‐piso são representados através de linhas paralalelas. O contrapiso com linhas grossas
e, em geral, espessura de 10cm e o piso com linha fina e, em geral, espessura de 5 cm
(correspondendo ao piso com sua argamassa de assentamento ou elemento de fixação).
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3.2.3.3 Beirais
Prolongamento da cobertura além das paredes externas da edificação, os beirais podem ser de
vários tipos, formatos e materiais. Os mais comuns são os beirais de concreto e os de madeira,
planos e inclinados. A seguir são apresentados alguns exemplos de desenhos de beirais.
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3.2.3.4 Paredes
Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No caso de paredes seccionadas,
a representação é semelhante ao desenho em planta baixa. Existindo paredes em vista (que não
são cortadas pelo plano de corte) a representação é similar aos pisos em planta.
As lajes e vigas são representadas através de linhas paralelas em traço grosso, devendo ser
hachuradas para indicar a diferença de material (concreto) em relação às paredes (geralmente
alvenaria).
Assim como na planta baixa, as paredes seccionadas podem ser representadas preenchidas por
uma hachuras sólida (tom de cinza), valendo as mesmas observações feitas anteriormente (planta
baixa) quanto as espessuras das linhas e os tons de cinzas utilizados.
Há mais de um padrão de hachura que pode ser utilizado para representação dos elementos em
concreto, ficando a critério do desenhista sua escolha. Podem ser utilizados, por exemplo,
hachuras sólidas (tom de cinza), desde que as mesmas, por critério de diferenciação de materiais,
não sejam repetidas nas paredes.
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3.2.3.6 Esquadrias:
Assim como na planta baixa, as esquadrias devem ser representadas com nível de detalhamento
compatível com a escala do desenho. Quando maior a escala mais detalhadas devem ser suas
representações. Como o desenho CAD possibilita o uso de blocos para elementos repetitivos,
permitindo que esses sejam desenhados apenas uma única vez, recomenda‐se que para a escala
1/50 (escala usual para projetos arquitetônicos) as portas e janelas seccionadas pelo plano de
corte sejam representadas, no mínimo, através de seus marcos e folhas (caixilhos para as janelas).
Em vista, portas devem ser representadas por suas guarnições (linhas paralelas com
distanciamento de 5 a 7 cm), e as janelas por suas guarnições e pelas folhas (caixilhos). Em ambas
representações deve ser indicado o sentido de abertura da esquadria.
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Equipamentos fixos, tais como lavatórios, vasos, balcões e outros, podem aparecer tanto em vista
como em corte. Devem ser representados, na escala 1/50 ou menor, pelos seus traços básicos,
sem maiores detalhamentos. Em geral fazem parte da biblioteca de blocos. A seguir são
apresentados exemplos de representações de alguns desses elementos.
3.2.3.8 Coberturas:
A representação das coberturas em corte, devido as sua grande variação de formas, tipos e
materiais, necessitam um estudo específico, que será feito em unidade posterior.
A figura a seguir mostra a cotagem típica de um corte. Ressalta‐se que quanto maior o número e
maior a complexidade dos elementos construtivos presentes no corte, igualmente maior é o
número de cotas necessários aos seus dimensionamentos.
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Níveis: Devem ser indicados todos os diferentes níveis presentes no corte. Evita‐se a repetição
desnecessária de níveis, identificando‐os sempre que for visualizada uma diferença de nível, e não
se fazendo a especificação no caso de sucessões de níveis iguais (degraus de uma escada).
Os níveis devem ser sempre indicados em METROS e acompanhados do sinal negativo caso
localizarem abaixo do nível de referência (00) – (opcionalmente pode ser usado o sinal positivo
para o caso de níveis localizados acima do nível de referência). Sempre são indicados com
referência ao nível ZERO do projeto.
As cotas de nível em corte possuem uma simbologia própria, que a diferencia da cota de nível em
planta baixa (embora ambas devam possuir o mesmo valor para o mesmo local).
(i) Isolar os principais elementos da planta baixa, juntamente com os símbolos de cortes e
fazer uma cópias dos mesmos;
(ii) Rotacionar (se necessário) a planta baixa copiada de forma a posicionar o plano de corte na
horizontal e com o sentido de visualização voltado para cima;
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(iii) Representar os principais elementos seccionados pelo plano de cortes (vigas de fundações,
lajes, vigas de amarração, vigas estruturais, contra‐pisos e paredes) através dos cruzamentos de
linhas verticais “puxadas” dos elementos na planta baixa com as linhas horizontais representativas
das alturas desses elementos;
(iv) Abrir, nas paredes, os vão das aberturas seccionadas pelo plano de corte;
(v) Representar elementos estruturais inclinados, tais como beirais de concreto, lajes
inclinadas, etc;
(vi) Representar, a partir de linhas puxadas da planta baixa, elementos principais em vista, tais
como as paredes e os vão de abertura;
(vii) Representar os pisos (em corte);
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(viii) Inserir blocos das esquadrias em corte e em vista (ou representá‐las no caso de não haver
blocos específicos);
(ix) Inserir demais blocos (por exemplo: equipamentos hidrossanitários e fixos);
(x) Representar a cobertura;
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CORTE AB
CORTE CD
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3.3 FACHADAS
As fachadas ou elevações são elementos gráficos do desenho arquitetônico constituídos por vistas
ortográficas principais (frontal, posterior, lateral esquerda, lateral direita) ou eventualmente
auxiliares da edificação, elaborados com a finalidade de fornecer informações para a execução da
edificação, bem como antecipar sua visualização externa.
Por ter um caráter visual as fachadas não são cotadas, ou seja, não é especificada nenhuma
dimensão da edificação nos desenhos das fachadas. As informações descritivas, que
eventualmente podem vir expressas nos desenhos das fachadas, apenas dizem respeito aos
materiais utilizados na composição externa da edificação, principalmente os revestimentos.
Devido a esse caráter o desenho das fachadas exige um maior rigor na determinação das
espessuras dos traços, de forma a representar corretamente a posição dos diversos planos e as
relações entre cheios e vazios. O uso de técnicas de expressão gráficas na representação das
texturas dos materiais, e aplicação de recursos gráficos, tais como as sombras e elementos de
humanização (vegetação, figura humana, veículos, etc), são de grande importância na
representação das fachadas, pois facilitam seu entendimento e qualificam a visualização prévia da
edificação. Mas deve sempre ser tomado o cuidado de se manter o caráter técnico da
representação.
a) As linhas dos planos mais próximos ao observador devem ser mais espessas do que as dos
planos mais afastados. As diferenças nos pesos das linhas auxiliam na sugestão da
profundidade dos planos. Quanto mais pesada a delineação de um elemento, mais para a
frente ele parece situar‐se; quanto mais leve a delineação, mais ele parece recuar;
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b) As linhas de contorno dos planos devem ser mais espessas do que as linhas internas aos
mesmos;
c) As linhas que definem os vãos devem ser mais espessas do que as dos elementos que neles
se situam.
A vegetação é utilizada na arquitetura com diversas funções, serve, por exemplo, para auxiliar no
conforto térmico da edificação protegendo as fachadas contra a insolação, ou para criar áreas de
sobra para o lazer. Uma dos usos mais importantes é o de auxiliar na composição estética da
edificação. Neste sentido, o uso de vegetação na representação das fachadas é uma forma do
projetista mostrar a concepção estética global do projeto (edificação + entorno imediato).
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3.3.4 Nomenclatura
Existe mais de uma maneira aceita de se nomear as elevações, mas uma vez adota uma delas
deve‐se usá‐la para todas as representações.
- letras e números
FACHADA FRONTAL
Contorno do terreno;
Contorno da edificação;
Contorno da cobertura (em tracejado);
Tratamentos externos (passeio, muro, pavimentações...);
Representação da(s) calçada(s);
Desenho das construções pré‐existentes (contorno).
Árvores de médio e grande porte pré‐existentes.
3.4.2 Informações
Devem constar na planta de localização as seguintes informações:
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(ii) É usual que se destaque as construções projetadas das existentes, hachurando o interior de um
dos tipos, e desenhando as demais somente pelo contorno em linha espessa, conforme convenção
a ser destacada ao lado do desenho (em legenda);
(iii) O acesso ao terreno deve ficar, preferencialmente, na parte inferior do desenho, ou mesmo
nas laterais, evitando‐se que seja posicionado na parte superior da prancha
(iv) Especial atenção deve ser dada para que as cotas relativas ao posicionamento da construção,
sejam sempre em relação a ela, e nunca em relação ao limite da cobertura. As cotas de beirados e
similares devem ser colocadas soltas, em separado.
A seguir é apresentado a Planta de Localização da edificação que vem sendo utilizada para
exemplificar os conteúdos tratados.
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PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
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A rede pluvial é representada, eventualmente, junto com a PLANTA DE COBERTURA, pela íntima
relação entre esses elementos: a própria planta de cobertura faz parte da rede pluvial. Nada
impede que, por opção do projetista, estas plantas sejam representadas separadamente.
a) REDE PLUVIAL AÉREA: Constituída pelos elementos conectados a cobertura: águas do telhado,
terraços ou similares, calhas, tubos condutores, etc.
b) REDE PLUVIAL DE SUPERFÍCIE: Constituída apenas pelos elementos que sofrem um tratamento
da sua superfície (ou mesmo elementos naturais aproveitados), sendo dotados de declividade que
condicionem o escoamento das águas pluviais.
Os elementos da rede pluvial aérea devem sempre ser representados na planta de cobertura,
independente de os demais elementos serem ou não representados nessa planta.
1. CUMEEIRA – linha divisora de águas, de disposição horizontal e localizada nas posições mas
elevadas do telhado.
4. POLÍGONO DO BEIRAL – linha poligonal fechada que, em vista superior (planta de cobertura),
coincide com o limite externo da cobertura.
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Além das linhas básicas dos telhados, naturalmente, dependendo do projeto, outras
representações podem ocorrer, tais como: empenas, platibandas, chaminés, reservatórios, rufos,
calhas, etc. Todos estes elementos deve aparecer desenhados e dimensionados na planta de
cobertura.
3.5.4 Informações
Devem constar na planta de cobertura as seguintes informações:
3.5.5 Escalas
Usualmente são empregadas as escalas de 1:50, 1:100 ou 1:200, conforme o número de detalhes e
informações.
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PLANTA DE COBERTURA
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Trata‐se de um desenho esquemático por que, na realidade, não são representados todos os
elementos e detalhes que seriam vistos pelo observador, mas somente aqueles que visam
atender ao objetivo deste desenho específico.
Contorno do terreno;
Contorno do quarteirão principal (no qual está inserido o terreno);
Trechos dos quarteirões adjacentes (com a finalidade de delimitar os logradouros
públicos);
Eventuais outros elementos referenciais.
3.6.2 Informações
A representação das informações na planta de situação é constituída por:
Em caráter optativo podem ser informadas as cotas de ruas, passeios, canteiros e quarteirões,
identificação dos terrenos vizinhos, código do quarteirão e outros. Na zona rural, são indicações
indispensáveis: nome dos lindeiros, acidentes topográficos e vias; distância da rodovia; nome de
lugar, etc.
3.6.3 Escalas
Considerando as dimensões médias dos lotes e quadras urbanos a planta de situação geralmente é
representada na escala 1:1000, mas pode também ser representada tanto em escala maior, para
lotes e quadras de pequenas dimensões, ou menor, para grande glebas de terra.
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3.6.5 Generalidades
Fazendo parte do conjunto de desenhos que trata dos aspectos mais genéricos da edificação, a
planta de situação, sempre que possível, deve ser desenhada próxima à representação das
plantas de localização e cobertura. Nesta planta, a indicação do norte geográfico, por convenção,
deve ficar, preferencialmente, voltada para a parte superior do desenho.
Outra particularidade que deve ser destacada é a representação do símbolo relativo à orientação
geográfica. A NBR 6492 já apresenta uma padronização para a simbologia, mas na prática é
enorme a diversidade de símbolos utilizados, normalmente utilizando‐se uma seta ou linha para
indicar a direção e sentido do norte, acompanhada da letra N (maiúscula) ou da palavra Norte.
Deve ser ressaltado é que o fundamental é que a indicação de norte não pode deixar margem a
dúvidas ou a dupla interpretação. O local de sua representação é também livre, devendo ser feita
em local de fácil visibilidade, dentro ou fora do quarteirão.
PLANTA DE SITUAÇÃO
Os elementos a serem detalhados variam de projeto para projeto, mas em geral são todos aqueles
cuja representação na escala original das plantas, cortes e elevações não é suficiente para mostrar
todos os aspectos e informações necessárias a sua correta execução.
DETALHE UM DE LAVABO
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67
3.8 PERSPECTIVAS
Item a ser escrito
Deste formato básico, designado por A0 (A zero), deriva‐se a série "A" pela bipartição ou pela
duplicação sucessiva
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A legenda (carimbo ou selo) deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175
mm nos formatos A1 e A0 (conforme tabela abaixo)
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A NBR 6492 estabelece que no carimbo de um projeto de arquitetura devem constar, no mínimo,
as seguintes informações:
As normas técnicas não estabelecem nem um padrão para formatação da legenda (layout),
ficando essa a cargo do profissional. Comumente deixa‐se um espaço acima do carimbo para
colocação dos carimbos e registros por parte dos órgãos públicos, conforme exemplo abaixo
4.4 OUTROS
Além dos itens anteriores (formato e tamanho da folhas, margens e carimbo) a NBR 10.068
estabelece outros a serem observados: marcas de centro, escala métrica de referência, sistema de
referência por malhas, e marcas de corte. A utilização destes itens não é muito comum nos
projetos de arquitetura, de forma que não serão comentados nesse trabalho, podendo ser
consultados diretamente na norma.
4.5 DOBRAMENTO
Sendo necessário, o dobramento das folhas de desenho de formato A0, A1, A2, e A3, devem
resultar no formato A4. As folhas devem ser dobradas levando em conta a fixação através da aba
em pastas e de modo a deixar visível o carimbo destinado à legenda.
Quando as folhas de formatos A0, A1 e A2 tiverem de ser perfuradas, para arquivamento, deve‐se
dobrar para trás o canto superior esquerdo, de acordo com as indicações acima.
Nestes casos, a NBR 10.068 recomenda se escolha formatos de tal maneira que a largura ou o
comprimento corresponda ao múltiplo ou submúltiplo do formato padrão.
A dobradura dos formatos especiais deve seguir o padrão da norma, da seguinte maneira:
2º ‐ Planta de situação;
3º ‐ Planta de localização;
4º ‐ Planta de cobertura;
5º ‐ Planta baixa;
6º ‐ Cortes;
7º ‐ Fachadas;
Sempre que possível as pranchas devem possuir todas o mesmo tamanho, organizando‐se os
desenhos dentro das mesmas de forma seqüencial. Os desenhos não devem ficar excessivamente
próximos (entre eles e com as margens) e nem excessivamente afastados.
Todos os desenhos devem ser numerados (por prancha), com título e indicação da escala, para
tanto a norma recomenda a utilização da seguinte simbologia:
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A numeração e o titulo do desenho deve ser colocada logo abaixo a esse, a uma distância
adequada (não muito próxima e nem muito afastada). Cada prancha pode conter um ou mais
desenho.
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REFERÊNCIAS
MONTENEGRO, Gildo. Desenho Arquitetônico. 4º edição. São Paulo: Edgard Blücher, 2001.
RUGGERI, Rene. 2004. Sistema de Organização de Informações de Projetos – SOIP. Disponível em:
http://br.groups.yahoo.com/group/grupo‐cad‐autocad/. Acessado em: 18/09/2000.