Corporal
Corporal
Corporal
J OÃO TA S S I N A RY F U N D A D O R E S
D A P L ATA F O R M A
P R E FÁC I O P O R T I AGO M Á R I O E S T É T I C A E X P E R T S
Raciocínio
clínico
aplicado à
Estética
Corporal
C O M E S T U D O S
D E C A S O S E
M AT E R I A L
I N T E R AT I V O
D R A . M A R I A LVA M A. G IOVAN A
SINIGAGLIA SINIGAGLI A
1
“O tratamento estético não é apenas a equiparação do corpo com os
aceitos na ocasião da publicação. Recomenda-se ao leitor que se intere da bula, do receituário e das
tratamento abordados neste livro, bem como considere que as respostas diferem entre os indivíduos,
5
C O L A B O R A D O R E S
Miguel Schmidt
Wolf - Univates. Colaborador da plataforma Estética Experts.
Mylena Merlo Seli Graduanda em Estética e Cosmética pela Universidade do Vale do Taquari -
Univates. Colaboradora da plataforma Estética Experts.
Rafael Padilha Graduado em Letras - Português, Inglês e respectivas Literaturas pela Pontifícia
Ferreira Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Letras -
Linguística também pela PUCRS.
Théo Schmidt
Guterres Vale do Taquari - Univates.
Estética do Brasil.
7
8 Raciocínio clínico aplicado à Estética Corporal
9
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I. Introdução 26
II.
tratamentos estéticos do tecido adiposo 27
Tecido adiposo 27
Tcido adiposo branco 29
Tecido adiposo marrom 31
Tecido adiposo bege 33
Hipertrofia dos adipócitos 35
Lipogênese 36
Lipólise 37
Necrose 40
Apoptose 40
Conceito de cosmético 68
Princípios ativos tópicos para o tratamento de gordura corporal 69
Sugestões de fórmulas tópicas para o tratamento de gordura corporal 79
Conceito de nutricosméticos 80
Princípios ativos orais para o tratamento de gordura corporal 81
Sugestões de fórmulas orais para o tratamento de gordura corporal 85
I. Introdução 92
II.
15
C A P ÍT U LO 0 3 Tratamentos estéticos para estrias cutâneas
I. Introdução 140
II.
Microdermoabrasão 144
Microagulhamento 149
Radiofrequência 152
Laserterapia 156
Microgalvanopuntura 158
Carboxiterapia 160
I. Introdução 178
II.
178
Microagulhamento 185
Radiofrequência 188
Carboxiterapia 189
190
195
196
198
213
239
17
18 Raciocínio clínico aplicado à Estética Corporal
PP
R RE EF FÁÁCCI IOO 10 anos de pesquisa
em 250 páginas, você
está preparado?
Prefácio 19
desrespeito e falta de ética com o seu paciente. Imagine se o seu médico, por algum
corpo. O que você diria? Difícil de imaginar algo assim? Isso acontece todos os dias em
clínicas de estética do nosso país. Práticas empíricas não têm mais espaço na estética
temos que agir com coerência, ética e responsabilidade. Temos que fazer por merecer.
Boa leitura!
Prefácio 21
22 Raciocínio clínico aplicado à Estética Corporal
CAPÍTULO 01
Tratamentos
estéticos
para gordura
corporal
II.
tecido adiposo 27
Tecido adiposo 27
Tecido adiposo branco 29
Tecido adiposo marrom 31
Tecido adiposo bege 33
Hipertrofia dos adipócitos 35
Lipogênese 36
Lipólise 37
Necrose 40
Apoptose 40
Aparelhos de ondas sonoras (ULTRASSOM CONVENCION AL, TERAPI A COMBIN ADA, ULTRACAVITAÇÃO,
ULTRASSOM FOCALIZ ADO E ONDAS DE CHOQUE) 42
Criolipólise 54
Plataforma vibratória 56
Radiofrequência 63
Laser de baixa intensidade 64
Carboxiterapia 66
Conceito de cosmético 68
Princípios ativos tópicos para o tratamento de gordura corporal 69
Sugestões de fórmulas tópicas para o tratamento de gordura corporal 79
Conceito de nutricosméticos 80
Princípios ativos orais para o tratamento de gordura corporal 81
Sugestões de fórmulas orais para o tratamento de gordura corporal 85
Tecido adiposo
estando localizadas, em maior parte, nos tecidos subcutâneos (50%), em torno dos
B A I XO R I S C O A LTO R I S C O
Figura 01: Nos seres humanos com obesidade, o risco de doenças cardiovasculares e diabete tipo 2 é
determinado pelo excesso de gordura e pela sua deposição intra-abdominal (obesidade central). Estudos
epidemiológicos recentes mostram que a obesidade central (tipo maçã – relação cintura-quadril alta,
RCQ) apresenta maior impacto no risco para muitas doenças crônicas quando comparada à obesidade
geral com alto Índice de Massa Corporal (IMC) (adaptado de Fu et. al., 2015).
ocorre um acúmulo de gordura principalmente nos quadris e coxas, sendo esse tipo
demonstram que o acúmulo de tecido adiposo nas pernas e nádegas tem efeito favorável
no metabolismo da glicose, pois indivíduos que apresentam distribuição da gordura
Apetite e Homeostase
balanço da glicose
energético
Metabolismo
de lipídeos
Angiogênese
ADIPOCINAS Transporte de
nutrientes
Secreção
Sensibilidade
à insulina
Inflamação e
Pressão imunidade
Tecido adiposo sanguínea Homeostase
vascular
Figura 03
Thayhum, 2013).
para a matriz mitocondrial sem passar pelo complexo da ATP sintase. Dessa forma, os
processos de respiração oxidativa e síntese de ATP são desconectados e a energia é dissipada
Figura 04: Os adipócitos marrons contêm grandes quantidades de mitocôndrias no seu citoplasma. As
mitocôndrias apresentam alta capacidade oxidativa devido à presença, na sua membrana, de UCP1
(proteína desacopladora 1).
AC Lipase
hormônio
Receptor ATP AMPc sensível
adrenérgico
PKA HSL
Ácidos Lipídeos
graxos
H+ H+
H+
P1
CALOR
UC
Figura 05: Termogênese no adipócito marrom. O frio ativa a produção de norepinefrina, que induz a
degradação dos lipídeos em ácidos graxos livres (AGL) e glicerol. Os AGL são degradados na mitocôndria
MITOCÔNDRIA
Obesidade
Branco
Núcleo UCP1- Termoneutralidade
GOTA LIPÍDICA Dieta com alta
ingestão de gorduras
Myf5 -
Sinais
Núcleo Bege adrenérgicos
UCP1 + Exercícios
Frio
Sinais
Marrom adrenérgicos
UCP1+
Núcleo
Exercícios
Myf5 + Frio
Figura 07 : M o d u l a ç ã o d o s d i f e r e n t e s t i p o s d e g o r d u r a d e a c o r d o c o m o t i p o d e e s t í m u l o .
Figura baseada em Mathis (2016) e Peirce e colaboradores (2014).
possível devido à enorme capacidade de aumento do volume dessa célula, que pode variar de
LIPOGÊNESE
Quando nos referimos à lipogênese, estamos falando sobre um conjunto de processos
metabólicos responsáveis pela síntese, pela incorporação e pelo armazenamento dos
TAGs, principalmente no tecido adiposo. Esse processo é regulado por uma série
FABP
AGL
AcilCoA Glicerol-3-Fosfato
AcilCoASintase
Esterificação
Núcleo
Triglicerídeos
Figura 08: Lipogênese. O aumento da insulina após a alimentação estimula a lipoproteína lipase (LPL) a
converter os ácidos graxos (AG) dos quilomícrons (QM) e das lipoproteínas de densidade muito baixa
(VLDL) em ácidos graxos livres (AGL). Após, os AGL são transportados para dentro do adipócito pelas
proteínas proteína transportadora de ácidos graxos (FATP) e CD36 (translocase de ácidos graxos). No
citosol, a FABP (proteína transportadora de AGL) conduz os AG para serem acilados com a coenzima A.
lipídico. No adipócito, a insulina estimula a síntese da LPL, bem como a estimula a absorção e a conversão
da glicose em glicerol-3-P. Figura baseada em Badimon e colaboradores (2015).
LIPÓLISE
corrente sanguínea, com intuito de fornecer energia aos tecidos periféricos. A lipólise
ATP AMPc
Receptor
adrenérgico TG
ATGL
P DG AG
AQP7 PKA HSL
MGL MG
Núcleo
Insulina
Transcrição
Ácidos graxos
Glicerol
Figura 09: Lipólise. Este processo é desencadeado quando ocorre uma concentração baixa de glicose. A
reserva de triglicerídeos é utilizada para produzir ácidos graxos livres e glicerol, além de fornecer energia para
o organismo. A baixa concentração de glicose estimula a síntese de hormônios catabólicos que estimulam
a síntese de lipases: lipase de triacilglicerol (TAG), hormônio lipase sensível (HSL) e lipase de monoglicerídeo
(MGL). As lipases hidrolisam os triglicerídeos produzindo ácidos graxos livres para a circulação, pela qual
serão transportados até os órgãos-alvos a serem oxidados para produzir energia. Da mesma forma, o glicerol
derivado da lipólise é liberado para a circulação para ser usado pelo fígado como fonte de carbono. Figura
adaptada de Badimon e colaboradores (2015).
para a adenilato ciclase produzir AMP cíclico (AMPc) intracelular, que ativa a proteína
quinase A (PKA). As lipases, por sua vez, são ativadas pela PKA e iniciam o processo
Dano
celular
Cromatina
irregularmente
condensada
Organelas
incham
Desintegração da membrana,
das organelas e do núcleo
Conteúdo celular liberado
Inflamação
Inflamação
Figura 10: Diagrama esquemático da necrose. Figura baseada em Van Cruchten e Van den Broeck (2002).