Aula 01 - Direito Constitucional
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LEGISLAÇÃO
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HOUVER: 04/09/2023
LEGISLAÇÃO
TRABALHISTA –
NOÇÕES BÁSICAS
Professora Enga Dângela Lopes
AS LEIS TRABALHISTAS
Surgimento
Foi em janeiro de 1942 que o presidente Getúlio Vargas e o ministro do Trabalho Alexandre
Marcondes Filho trocaram as primeiras ideias sobre a conveniência de fazer uma consolidação das leis do
trabalho. A ideia inicial era criar a Consolidação das Leis do Trabalho.
ASPECTOS GERAIS
Sabemos que as normas constitucionais, quanto à sua estrutura são divididas em regras e princípios, com fundamentos em
05 critérios:
1)Quanto ao conteúdo: os princípios contém a previsão de um valor fundamental da ordem jurídica, ao passo que as regras
contém a descrição de uma situação de fato (antecedente) e a prescrição de uma conduta entre sujeitos, afetada por três
modalidades:
OBRIGAÇÃO;
PERMISSÃO;
PROIBIÇÃO.
Assim, os princípios, em comparação às regras, são identificados pelo maior grau de abstração e generalidade, posto
que as normas jurídicas são diferenciadas de acordo com a medida de concretização do Direito Constitucional.
ASPECTOS GERAIS
2) Quanto à Origem: a validade dos princípios decorre do seu próprio conteúdo ao passo que as validades das regras são
geradas de outras regras, em virtude da sua produção em conformidade com o ordenamento constitucional;
3) Quanto aos Efeitos: a eficácia das regras é delimitada pelo enunciado, ao passo que a eficácia dos princípios é
relativamente indeterminada na ordem jurídica, ou seja, são dotados de efeitos indeterminados a partir do núcleo essencial;
4) Quanto a Forma de Aplicação: as regras incidem sobre o conceito dos fatos descritos, obtendo uma possibilidade de
aplicação coercitiva das regras às hipóteses determinadas, enquanto há a necessidade de mediação concretizadora, para os
princípios tornarem-se aplicáveis à hipóteses determináveis;
5) Quanto à Função no Ordenamento Jurídico: os princípios são multifuncionais, ao passo que as regras são unifuncionais,
porquanto aqueles são destinados especialmente às atividades produtiva, interpretativa e aplicativa destas, de forma a
sistematizar o Direito Constitucional.
PRODUÇÃO + INTERPRETAÇÃO + APLICAÇÃO =
PRINCÍPIOS
REGRAS = SISTEMA CONSTITUCIONAL
Princípios: são normas que ordenam a realização de algo na maior medida possível, relativamente as possibilidades
fáticas e jurídicas. São mandados que se caracterizam por poder serem cumpridos em diversos graus. A forma característica de
aplicação dos princípios é a ponderação.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Guardam os valores fundamentais da ordem jurídicas.
São regras que formam todo o sistema de normas e diretrizes básicas do ordenamento constitucional.
Contém os mais importantes valores que informam a elaboração da constituição da República Federal do Brasil (este é o
nome oficial do Brasil)
São dotados de normatividade.
Têm efeito vinculativo
Constituem regras efetivas, definitivas com valores políticos e jurídicos.
Se estes princípios não forem obedecidos por qualquer instrumento jurídico no país, deve ser retirado do mundo jurídico,
porque será inconstitucional, por ter ferido de morte as regras principiológicas da Constituição Federal
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Denominação do Estado Brasileiro:
República Federativa do Brasil.
República: é a forma de governo que se caracteriza pela eleição periódica do Chefe de Estado.
Estado Democrático de Direito: Estado regido por leis, em que o governo está nas mãos de
representantes legitimamente eleitos pelo povo.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Os princípios constitucionais possuem 03(três) importantes funções na ordem jurídicas:
Função Fundamentadora: estabelecem regras básicas e diretrizes de todo o ordenamento jurídico. Derrogam situações
anteriores, estabelecem um direcionamento do Estado.
Função Supletiva: integrativos da ordem jurídica e seus instrumentos, se a lei for omissa, o juiz deve decidir, pela ordem,
de acordo com a analogia, com os costumes e com os princípios gerais do direito (art. 4º LICC Lei de Introdução ao Código Civil) .
Função Interpretativa: alcança o verdadeiro sentido da lei, por sua efetividade, sua aplicação, dando instrumentos de
interpretação da Constituição em relação às leis infraconstitucionais.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Em caso de conflitos de princípios, deve ser ponderado o bem jurídico mais importante.
Algumas regras, para esta ponderação:
1ª regra: o critério hierárquico - Pelos critérios tradicionais de interpretação, a CF vale mais que qualquer norma; as leis
valem mais que atos administrativos;
Art. 1.º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Soberania:
Para que exista em um Estado é necessário que haja autodeterminação e autogoverno, com a presença de outros dois
elementos fundamentais: o poder político supremo, ou seja, poder que não está subordinado por nenhum outro na ordem interna,
e a independência, que na ordem internacional o Estado não precisa se subordinar a regras que não sejam por este
voluntariamente aceitas, estando, ainda, em patamar de igualdade com os poderes soberanos dos outros povos.
Cidadania:
Principio que qualifica o individuo como membro pertencente da vida o Estado, reconhecendo-o como pessoa que está de
forma fundamental integrado à sociedade estatal, influenciando de forma mediata e imediata em sua configuração e
funcionamento.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A Dignidade da Pessoa Humana:
Se refere ao valor supremo moral e ético, que leva consigo a síntese de todos os direitos fundamentais inerentes ao
homem. É o mínimo inviolável, invulnerável, do individuo, que deve estar presente em todos os estatutos jurídicos.
Estado Democrático de Direito (que se diferencia do que seja Estado Democrático e Estado de Direito);
A Tripartição dos Poderes: arrolada entre os princípios fundamentais. Teoria elaborada por
Montesquieu abordada inicialmente por Aristóteles, demonstrou que a divisão possibilitaria maior controle
do poder que se encontra nas mãos do Estado. O sistema do Checks and Balances.
O sistema de separação de poderes é a divisão funcional do PODER POLÍTICO do Estado, com
atribuição de cada função governamental básica a um órgão independente e especializado, sendo 03 (três)
as funções básicas:
Poder Legislativo / Poder Executivo / Poder Judiciário.
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS
Art. 3.º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS
Abertura: viabilizar a concretização dos valores a que se vinculam, por intermédio de diferentes
mediações dos intérpretes e aplicadores do Direito Constitucional;
Hierarquia: posto que não existe hierarquia normativa entre regras e princípios;
QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS
Polaridade: os princípios são revisitados a partir da sua própria contrariedade;
Analogia: são revelados por dedução, com espécie de valores, ou indução, com esteio em regras
constitucionais;
Historicidade: os princípios são duradouros, sendo o contingente formado por proposições dirigidas
ao estudo dos princípios constitucionais;
São sínteses das normas constitucionais, que a eles podem ser direta ou indiretamente reconduzidas, com o objetivo de
organizar o Estado;
Princípio Democrático é pertinente aos regimes políticos, evidenciado pela titularidade do poder estatal pelos cidadãos
(governo do povo)exercido por meio de representação política (governo pelo povo), com o fim de atender aos interesses
populares (governo para o povo).
Princípio Republicano: é referente às formas de governo, identificado pela igualdade perante a lei, bem assim a
periodicidade dos mandatos políticos, com a consequente responsabilidade dos mandatários;
Princípio Federativo é relativo às formas de estado, individualizado pela existência de duas espécies de ordens jurídicas,
imanente ao poder central e as federadas, inerentes aos poderes regionais e locais, singularizadas pelos atributos da soberania e
autonomia.
QUANTO À AMPLITUDE
GERAIS
São desdobramentos dos princípios fundamentais que são irradiados pelo ordenamento
constitucional, com objeto de limitar o poder imanente ao Estado:
▪ Legalidade;
▪ Igualdade;
presunção de inocência;
▪ Direito Previdenciário: princípios da universalidade de cobertura ou subjetiva, universalidade de atendimento ou objetiva,
uniformidade tributária, vedação do confisco e vedação da limitação de circulação de pessoas ou bens de tributos
interestaduais e intermunicipais.
CLASSIFICAÇÕES E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Conceitos de Constituição:
Sentido Sociológico: apresentado por Ferdinand Lassale.
“Soma dos fatores reais do poder que emana do povo”.
Constituição não é mera folha de papel
Todo agrupamento humano se torna uma constituição.
CLASSIFICAÇÕES E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Conceitos de Constituição:
Sentido Político: Apresentado por Carl Schimitt
“Decisão Política fundamental da população”
Constituição não é mera folha de papel
Posição Decisionista
CLASSIFICAÇÕES E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Conceitos de Constituição:
Sentido Jurídico: Hans Kelsen
“É uma lei (a lei mais importante de todo o ordenamento jurídico)”.
O Ordenamento Jurídico é um sistema hierárquico de Normas.
PIRÂMIDE DE KELSEN
Kelsen adotou para demostrar as hierarquias das normas, a Pirâmide.
O Ordenamento das leis brasileiras estão assim representados.
Onde o topo da Pirâmide temos a Constituição Federal/88, logo abaixo os Tratados
Internacionais sobre Direitos Humanos, após as leis Complementares, Leis Ordinárias,
Leis Delegadas, Medidas Provisórias (força de lei), Decretos Legislativos e Resoluções.
E no piso da Pirâmide os Atos infra legais (Decretos, Portarias etc...), tem função de
regulamentar a lei.
PIRÂMIDE DO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO
IMPORTÂNCIA DA CONSTITUIÇÃO
A Constituição é o pressuposto de validade de todas as Leis.
Para que uma lei seja validada, precisa ser compatível com a Constituição.
CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES
Material:
Possui apenas matéria Constitucional, em um ou mais
documentos.
Formal:
Além de possuir matéria Constitucional, possui outros
assuntos.
CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES
Escrita:
Documento Solene.
Ex.: CF/88
Não Escrita:
Fruto dos costumes da Sociedade (Costumeira)
Ex.: Constituição da Inglaterra.
Dogmática:
Fruto de um trabalho legislativo específico, ou seja em algum tempo os legisladores se
reuniram e criaram a
Constituição completa.
Ela reflete os dogmas de um momento da história.
Ex.: Todas as Constituições Brasileiras foram dogmáticas.
CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES
Histórica:
Fruto de uma lenta Evolução histórica.
Ex.: Inglaterra
Promulgada:
Democrática, elaborada pelos representantes do povo.
Ex.: CF/88
Outorgada:
Imposta ao povo pelo governante.
Ex.: Constituições brasileiras de 1824 (D. Pedro I), 1937 (Getúlio Vargas) e 1967 (Ditadura
Militar).
Cesarista:
Feita pelo governante e submetida a apreciação do povo mediante referendo.
CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES
Pactuada ou Dualista:
Fruto de acordo entre duas forças políticas de um país.
Ex.: Magna Charta de 1215 da Inglaterra.
Sintética:
Quando a Constituição é bem resumida e concisa.
Ex.: Constituição dos Estados Unidos de 1787
Analítica:
Quando trata dos assuntos com detalhe, extensa e prolixa.
Ex.: CF/88
CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES
Garantia:
Apenas prevê os direitos fundamentais
Dirigente:
Além de prever os direitos fundamentais, ela fixa as metas estatais.
Ex.: CF/88
Imutável:
Não pode ser alterada
Rígida:
Possui procedimentos mais rigorosos de alteração (difícil mudar)
CLASSIFICAÇÕES DAS CONSTITUIÇÕES
Flexível:
Possui o mesmo procedimento de alteração que é destinada a outras leis.
Semi-Rígida ou Semi-Flexível:
Parte dela é rígida e parte é flexível.
CLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS
a) Direitos Individuais e coletivos (Art. 5, CF)
▪ Direito à Liberdade: Ninguém pode ser preso, por delegado ou policial, sem ordem escrita do juiz, a
não ser em caso de flagrante delito. Todos tem a liberdade de ir e vir em tempos de paz.
▪ Direito à Igualdade: Não se pode tratar diferentemente mulheres e homens, negros e brancos, velhos e
terrorismo.
▪ Direito à Propriedade: As pessoas tem direito de adquirir propriedades.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
Direitos Coletivos:
São aqueles que garantem os direitos dos indivíduos em grupo.
▪ Direitos de Fazer reuniões: São os direitos que os cidadãos têm, de fazer reuniões pacificas, em
lugares
▪ públicos, independente de autorização, tendo apenas que comunicar às autoridades, para que não
▪ Liberdades públicas
▪ Direito de 3º Dimensão:
passagem no país.