Lei Organica Do Municipio Consolidada
Lei Organica Do Municipio Consolidada
Lei Organica Do Municipio Consolidada
PREÂMBULO
Nós, Vereadores, representantes do povo Itabunense, constituídos em Poder Legislativo
Orgânico, investidos no pleno exercício dos poderes conferidos pela Constituição Federal,
afirmando a autonomia política e administrativa do Município como integrante da Federação
Brasileira, com o propósito de assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade,
a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social, sob a
proteção de Deus, promulgamos a seguinte LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA.
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
(Incluído pela Emenda nº 010/2003)
Art. 1º. O Município de Itabuna, pessoa jurídica de direito público interno, é unidade territorial
que integra a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, dotada de
autonomia política, administrativa, financeira e legislativa nos termos assegurados pela
Constituição Federal, pela Constituição do Estado da Bahia e por esta Lei Orgânica.
Art. 1º. O Município de Itabuna, em união indissolúvel ao Estado da Bahia e à República
Federativa do Brasil, constituído dentro do Estado Democrático de Direito em esfera de governo
local, objetiva, na sua área territorial e consoante suas competências, o seu desenvolvimento
com a construção de uma comunidade livre, justa e solidária, fundamentada na autonomia, na
cidadania, na dignidade da pessoa humana, nos valores sociais do trabalho, na livre iniciativa e
no pluralismo político, exercendo seu poder por decisão dos Munícipes, através de
representantes eleitos diretamente pelo povo nos termos da Constituição Federal, Constituição
Estadual e desta Carta Municipal. (Redação dada pela Emenda nº 010/2003)
Parágrafo único. A ação Municipal desenvolve-se em todo território do Município, sem
privilégios ou distinções entre distritos, povoados, bairros, grupos sociais ou pessoas,
objetivando reduzir as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem-estar de todos,
sem preconceitos de qualquer espécie ou quaisquer outras formas de discriminação. (Incluído
pela Emenda nº 010/2003)
Art. 2º. O Município de Itabuna integra a divisão territorial do Estado da Bahia.
Art. 2º. O Município de Itabuna, como unidade federativa autônoma tem ainda como objetivos
fundamentais: (Redação dada pela Emenda nº 010/2003)
I - garantir o desenvolvimento local e regional; (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
II - contribuir para o desenvolvimento estadual e nacional; (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
II - contribuir para o desenvolvimento estadual e nacional, naquilo que for de interesse local;
(Redação dada pela Emenda nº 020/2020)
III - promover meios para erradicação da pobreza e da marginalização, reduzindo as
desigualdades sociais nas áreas urbanas e rurais do Município; (Incluído pela Emenda nº
010/2003)
IV - assegurar o pleno exercício dos direitos de cidadania; (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
V - promover a defesa e preservação do meio ambiente como bem de uso comum do povo e
essencial à vida humana; (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
VI - assegurar aos habitantes do Município a prestação e fruição de todos os serviços públicos
básicos, na circunscrição administrativa em que residam, sejam eles executados indireta ou
diretamente pelo Poder Público; (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
VII - assegurar os direitos sociais, a educação, a saúde, o trabalho, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância e, a assistência aos desamparados; (Incluído pela
Emenda nº 010/2003)
VII - assegurar os direitos sociais, a educação, a saúde, o trabalho, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade, à infância e ao idoso, a assistência aos desamparados;
(Redação dada pela Emenda nº 020/2020)
VIII - promover, através de seus órgãos de poder, condições dignas de existência de sua
população, fundamentando a administração municipal em obediência aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e descentralização
administrativa, assegurando a participação popular nas decisões de governo; (Incluído pela
Emenda nº 010/2003)
VIII - promover, através de seus órgãos de poder, condições dignas de existência de sua
população, fundamentando a administração municipal em obediência aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, transparência, economicidade, eficiência
e descentralização administrativa, assegurando a participação popular nas decisões de governo;
(Redação dada pela Emenda nº 020/2020)
IX - promover a soberania popular, que será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto
e secreto, com valor igual para todos e mediante plebiscito, referendum, voto, pela iniciativa
popular no processo legislativo, pela participação popular na fiscalização dos atos e contas da
administração municipal; (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
X - zelar pela observância das Constituições Federal e Estadual, Lei Orgânica deste Município,
Leis Federais, Estaduais e Municipais. (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
Art. 3º. O território do Município poderá ser dividido em distritos, criados, organizados e
suprimidos por Lei Municipal, observadas a legislação estadual, a consulta plebiscitária e o
disposto nesta Lei Orgânica.
Art. 3º. São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o
Executivo. (Redação dada pela Emenda nº 010/2003)
Art. 4º. A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de cidade e a sede do Distrito tem
a categoria de vila.
Art. 4º. O Município, objetivando integrar a organização, planejamento e execução de funções
públicas de interesse regional comum, se associará aos demais Municípios limítrofes, inclusive
para formar região metropolitana de Itabuna. (Redação dada pela Emenda nº 010/2003)
Art. 4º. O Município, objetivando integrar a organização, planejamento e execução de funções
públicas de interesse regional comum, se associará aos demais Municípios limítrofes, inclusive
para formar região metropolitana do Sul da Bahia. (Redação dada pela Emenda nº 020/2020)
Art. 5º. O Poder Municipal emana do povo local, que o exerce por meio dos seus representantes
eleitos diretamente, nos termos da Constituição Federal, da Constituição Estadual e desta Lei
Orgânica.
Art. 5º. O Município de Itabuna poderá celebrar convênios, consórcios e contratos com outros
Municípios, com instituições públicas ou privados ou com entidades representativas da
comunidade para planejamento, execução de projetos de leis, serviços e decisões. (Redação
dada pela Emenda nº 010/2003)
Parágrafo único. Quando a celebração dos convênios, consórcios e contratos de que trata o
caput deste artigo envolver instituições privadas ou entidades representativas da comunidade,
deverá ser precedida de autorização legislativa. (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
Parágrafo único. A celebração dos convênios, consórcios e contratos de que trata o caput deste
artigo, deverá ser precedida de autorização legislativa.
CAPÍTULO II
Da Organização Político Administrativa
(Incluído pela Emenda nº 010/2003)
Seção I
Das Disposições Gerais
(Incluída pela Emenda nº 010/2003)
Art. 6º. O Município de Itabuna, como unidade federativa autônoma, integrando a divisão
territorial do Estado da Bahia, tem como objetivos fundamentais:
I - assegurar a construção de uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento local e regional;
III - contribuir para o desenvolvimento estadual e nacional;
IV - promover a erradicação da pobreza e da marginalização, reduzindo as desigualdades sociais
nas áreas urbana e rural;
V - promover o bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação;
VI - assegurar o pleno exercício dos direitos de cidadania, promovendo a dignidade da pessoa
humana;
VII - promover a defesa e preservação do meio ambiente como bem de uso comum do povo e
essencial à vida humana;
VIII - assegurar aos habitantes do Município a prestação e fruição de todos os serviços públicos
básicos, na circunscrição administrativa em que residam, sejam executados indireta ou
diretamente pelo Poder Público;
IX - assegurar os direitos sociais, a educação, a saúde, o trabalho, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, e assistência aos desamparados;
X - promover, através de seus órgãos de poder, condições dignas de existência de sua população,
fundamentando a administração municipal em obediência aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e descentralização administrativa, assegurando a
participação popular em todas as decisões de governo;
XI - promover a soberania popular, que será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto
e secreto, com valor igual para todos e mediante plebiscito, referendo, voto, pela iniciativa
popular no processo legislativo, pela participação popular nas decisões e pela fiscalização sobre
os atos e contas da administração municipal;
XII - zelar pela observância das Constituições Federal e Estadual e das leis federais e estaduais
aplicáveis ao Município;
XIII - assegurar e promover o pluralismo político.
Art. 6º. O Município de Itabuna, unidade territorial do Estado da Bahia, é pessoa jurídica de
direito público interno, no exercício pleno da sua autonomia política, administrativa e financeira,
é organizado e regido pela presente Lei Orgânica, votada, aprovada e promulgada pelo Poder
Legislativo deste Município, e demais Leis que adotar na forma da Constituição Federal e da
Constituição Estadual. (Redação dada pela Emenda nº 010/2003)
§ 1º A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de cidade. (Incluído pela Emenda nº
010/2003)
§ 2º O Brasão, a Bandeira e o Hino são símbolos do Município, representativos de sua cultura e
história. (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
Seção II
Da Divisão Administrativa do Município e Da Administração Distrital
(Incluído pela Emenda nº 010/2003)
Art. 7º. São símbolos do Município o Brasão, a Bandeira e o Hino, representativos de sua cultura
e história, criados por lei.
Art. 7º. O Município poderá dividir-se, para fins administrativos, em regiões agrícolas,
fazendárias, policiais, sanitárias, núcleos industriais, zonas urbanas, bairros residenciais,
distritos e subdistritos, a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei após
consulta plebiscitária à população diretamente interessada, observada a legislação estadual e o
atendimento aos requisitos estabelecidos nesta Lei Orgânica. (Redação dada pela Emenda nº
010/2003)
§ 1º A criação do Distrito poderá efetuar-se mediante fusão de dois ou mais Distritos, que serão
suprimidos, sendo dispensada, nessa hipótese, a verificação dos requisitos do art. 8º nesta Lei
Orgânica. (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
§ 2º A extinção do Distrito somente se efetuará mediante consulta plebiscitária à população da
área interessada. (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
§ 3º O Distrito terá nome da respectiva sede, cuja categoria será a de vila. (Incluído pela Emenda
nº 010/2003)
§ 4º Lei Municipal, de iniciativa do Executivo, disporá sobre a administração do Distrito, criação
do cargo de Administrador Distrital, de livre nomeação e exoneração do Prefeito, suas
competências e vencimentos. (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
§ 5º Ao Administrador Distrital, como delegado do Poder Executivo, dentre outras atribuições
previstas na Lei de que trata o parágrafo anterior, compete: (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
I - cumprir e fazer cumprir as leis, resoluções e regulamentos expedidos pelo Executivo
Municipal, e, mediante instruções expedidas pelo Prefeito, os atos pela Câmara e por ele
aprovados; (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
I - cumprir e fazer cumprir as determinações expedidas pelo Executivo Municipal; (Redação dada
pela Emenda nº 020/2020)
Art. 8º-B. A alteração de divisão Administrativa do Município somente pode ser feita
quadrienalmente, no ano anterior ao das eleições municipais. (Incluído pela Emenda nº
010/2003)
Art. 8º-C. A instalação do Distrito far-se-á perante o Juiz de Direito da Comarca, na sede do
Distrito. (Incluído pela Emenda nº 010/2003)
TÍTULO II
DA COMPETÊNCIA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA
Art. 9º. Compete privativamente ao Município:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar legislação federal e a estadual no que couber;
III - elaborar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual;
IV - instituir e arrecadar tributos de sua competência, fixar tarifas, estabelecer e cobrar preços,
bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar
balancetes nos prazos fixados em lei;
V - criar, organizar e suprimir distritos, observando o disposto na Constituição Federal, na
Constituição do Estado e em leis federais e estaduais pertinentes, garantida a participação
popular;
VI - instituir a guarda municipal destinada à proteção de seus bens, serviços e instalações,
conforme dispuser a lei;
VII - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os seguintes
serviços:
a) transporte coletivo urbano que terá carácter essencial;
b) serviços funerários e cemitérios, encarregando-se da administração daqueles que forem
públicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas;
c) abastecimento de água e esgotos sanitários;
d) mercados, feiras e matadouros locais;
d) mercados, feiras e abatedouros locais; (Redação dada pela Emenda nº 021/2020)
e) iluminação pública;
f) limpeza pública, coletiva domiciliar e destinação final do lixo;
VIII - elaborar o plano diretor conforme diretrizes gerais fixadas em lei federal;
IX - disciplinar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente, o perímetro urbano:
a) determinando o itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos;
b) fixando os locais de estacionamento de táxis e demais veículos;
c) permitindo ou autorizando serviços de táxis e fixando as respectivas tarifas;
d) disciplinando os serviços de carga e descarga e fixando a tonelagem máxima permitida a
veículos que circulem em vias públicas municipais;
e) fixando e sinalizando os limites das “zonas de silêncio”, de trânsito e tráfego em condições
especiais;
f) provendo sobre a denominação, numeração e emplacamento de logradouros públicos.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA COMUM
Art. 10. É da competência do Município em comum com a União e o Estado, na forma prevista
em Lei Complementar Federal:
I - zelar pela guarda da Constituição Federal, da Constituição Estadual e das leis destas esferas
de governo, das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico e cultural;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de
valor histórico, artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio-ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais
e de saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração
social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito;
XIII - estabelecer tratamento jurídico diferenciado às microempresas e as empresas de pequeno
porte, assim definidas em lei, visando incentivá-las pela simplificação de suas obrigações
administrativas e tributárias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei específica;
XIV - promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.
CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA CONCORRENTE
Art. 11. Ao Município compete, concorrentemente com o Estado:
I - promover a educação, a cultura e a assistência social;
II - prover sobre a extinção de incêndios;
III - zelar pela saúde, higiene e segurança pública;
IV - promover a orientação e defesa do consumidor;
V - prover sobre a defesa da flora e da fauna, assim como dos bens e locais de valor histórico,
artístico, turístico ou arqueológico;
VI - conceder licença ou autorização para a abertura e funcionamento de estabelecimentos
industriais, comerciais e similares;
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VII - fiscalizar, nos locais de venda direta ao consumidor, as condições sanitárias dos gêneros
alimentícios;
VIII - fazer cessar, no exercício do poder de polícia administrativa, as atividades que violarem as
normas de saúde, sossego, higiene, segurança, funcionalidade estética, moralidade e outras de
interesse da coletividade;
IX - conceder licença, autorização ou permissão e respectiva renovação ou prorrogação, para
exploração de portos de areia, com base em laudos ou pareceres de órgão técnico do Estado,
em projetos que:
a) não infrinjam as normas previstas no inciso anterior;
b) não acarretem qualquer ataque à paisagem, à flora e à fauna;
c) não causem o rebaixamento do lençol freático;
d) não provoquem o assoreamento de rios, lagos, lagoas ou represas, nem erosão.
TÍTULO III
DAS VEDAÇÕES MUNICIPAIS
Art. 12. Além de outros casos previstos nesta Lei Orgânica, ao Município é vedado:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na
forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;
IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer forma, com recursos públicos, quer pela imprensa,
rádio, televisão, serviço de alto-falante, cartazes, anúncios ou outro meio de comunicação,
propaganda político-partidária ou a que se destinar a campanhas ou objetivos estranhos à
administração e ao interesse público.
Art. 13. A pessoa jurídica, em débito com o sistema de seguridade social conforme disposto em
lei federal, não poderá contratar com o Poder Público Municipal, nem dele receber benefícios
ou incentivos de qualquer natureza.
TÍTULO IV
DO GOVERNO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DOS PODERES MUNICIPAIS
Art. 14. O Governo Municipal é constituído pelos Poderes Legislativo e Executivo, independentes
e harmônicos entre si.
Parágrafo único. É vedada aos Poderes Municipais a delegação recíproca de atribuições.
CAPÍTULO II
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
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Art. 15. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de 17 (dezessete)
Vereadores eleitos pelo voto Direto e Secreto, dentre os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos,
no exercício dos seus direitos políticos.
Art. 15. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de 13 (treze)
Vereadores eleitos pelo voto direto e secreto, dentre os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos
no exercício de seus direitos políticos. (Redação dada pela Emenda nº 013/2009)
Art. 15. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta por Vereadores eleitos
para cada legislatura pelo voto direto e secreto, dentre os cidadãos maiores de 18 (dezoito)
anos, no exercício dos seus direitos políticos na forma da legislação federal. (Redação dada pela
Emenda nº 014/2011)
Parágrafo único - Cada legislatura tem a duração de 4 (quatro) anos, correspondendo cada ano
a uma sessão legislativa.
§ 1º O número de Vereadores, para efeito da composição referida no caput deste artigo, é fixado
nesta legislação em quantitativo correspondente ao número de parlamentares estabelecido
pela Constituição Federal para a faixa populacional em que se encontra o Município de Itabuna.
(Incluído pela Emenda nº 014/2011)
§ 2º A Câmara municipal promulgará Decreto Legislativo, editando o número de Vereadores de
que trata o parágrafo anterior. (Incluído pela Emenda nº 014/2011)
§ 3º A legislatura de que trata o caput deste artigo tem a duração de 04 (quatro) anos,
correspondendo cada ano a uma sessão legislativa. (Incluído pela Emenda nº 014/2011)
Art. 16. O número de Vereadores será alterado pela Câmara Municipal, mediante Decreto
Legislativo, até o final da sessão legislativa que anteceder as eleições, proporcional à população
do município, observados os limites estabelecidos pela Constituição federal e o critério de
cálculo definido na constituição do estado.
Art. 16. O número de Vereadores diplomados pela Justiça Eleitoral e Empossados em primeiro
de janeiro do primeiro ano da Legislatura, só será alterado pela Câmara Municipal, mediante
Decreto Legislativo, ao final da sessão legislativa que anteceder as eleições, proporcional à
população do Município, para vigorar na Legislatura seguinte, observados os limites e critérios
estabelecidos pela Constituição Federal e Constituição do Estado. (Redação dada pela Emenda
nº 013/2009)
Art. 16. O número de Vereadores fixado no § 1º do art. 15 desta Lei Orgânica, será alterado pela
Câmara Municipal, mediante decreto Legislativo, até o final do primeiro período de sessões
ordinárias da sessão legislativa que anteceder as eleições, proporcional à população do
Município, observados os limites estabelecidos pela Constituição Federal e Constituição do
Estado. (Redação dada pela Emenda nº 014/2011)
§ 1º O número de habitantes a ser utilizado para base de cálculo será aquele fornecido,
mediante certidão, pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ou por
outro órgão equivalente.
§ 1º O senso relativo à quantificação de habitantes do Município de Itabuna, a ser utilizado como
base de cálculo para definição e fixação do número de vereadores que irão compor o Poder
Legislativo Municipal será aquele fornecido, mediante certidão, pela Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ou por outro órgão equivalente. (Redação dada pela
Emenda nº 013/2009)
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§ 1º O número de habitantes a ser utilizado para base de cálculo objetivando a alteração de que
trata o caput deste artigo, será aquele fornecido, mediante certidão, pela Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE ou por outro órgão equivalente. (Redação dada pela
Emenda nº 014/2011)
§ 2º A Mesa da Câmara Municipal enviará ao Tribunal Regional Eleitoral, logo após sua edição e
até 31 de dezembro do ano que anteceder as eleições, cópia do decreto Legislativo de que trata
o parágrafo anterior.
§ 2º A Câmara Municipal enviará ao tribunal Regional Eleitoral, logo após sua edição e até 31 de
dezembro do ano que anteceder as eleições, o Decreto Legislativo de que trata o parágrafo
anterior. (Redação dada pela Emenda nº 013/2009)
§ 2º A Mesa da Câmara Municipal enviará aos Juízes das Zonas Eleitorais do Município de
Itabuna e ao Tribunal Regional Eleitoral logo após sua edição e até 31 de dezembro do ano que
anteceder as eleições, o Decreto Legislativo de que trata o caput deste artigo. (Redação dada
pela Emenda nº 014/2011)
SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 17. Cabe à Câmara Municipal, com sanção do prefeito, legislar sobre as matérias de
competência do Município, especialmente sobre:
I - assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação federal e estadual;
II - tributos municipais bem como autorizar indenizações, anistias fiscais e a remissão de dívidas;
III - plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual, bem como autorizar a
abertura de créditos suplementares e especiais;
IV - obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito bem como a forma e os meios
de pagamentos;
V - concessão de auxílios e subvenções;
VI - concessão, permissão e autorização de serviços públicos;
VII - concessão de direito real de uso de bens municipais;
VIII - alienação e concessão de bens imóveis;
IX - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargos;
X - criação, organização e supressão de distritos, observada a legislação estadual;
XI - criação, alteração e extinção de cargos, empregos e funções públicas municipais e respectivo
plano de carreira e fixação de remuneração dos servidores públicos municipais da administração
direta e indireta;
XI - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, nos termos da
legislação vigente; (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
XII - planos e programas municipais de desenvolvimento, inclusive o plano diretor urbano;
XIII - criação, estruturação e definição de competência das secretarias Municipais e órgãos da
Administração Pública;
XIII - criação e extinção de secretarias municipais e órgãos da administração pública; (Redação
dada pela Emenda nº 022/2020)
XIV - denominação e alteração de nominação de próprios, vias e logradouros públicos
municipais, mediante consulta à comunidade interessada;
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XXIV - deliberar sobre a perda do mandato dos Vereadores nos casos previstos na Legislação
vigente; (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
XXV - convocar os Secretários do Município e os dirigentes de órgãos municipais da
Administração indireta para prestar informações sobre matéria de sua competência, aprazando
dia e hora para comparecimento, importando a ausência, sem justificativa adequada, à critério
da Câmara, crime de responsabilidade; (Revogado pela Emenda nº 022/2020)
XXVI - encaminhar aos secretários do Município, bem como aos dirigentes dos órgãos municipais
da administração indireta, pedidos escritos de informação, importando crime de
responsabilidade, a recusa ou o não atendimento no prazo de 30 (trinta) dias ou a prestação de
informações falsas;
XXVI - encaminhar aos secretários municipais, bem como aos dirigentes dos entes da
administração indireta, pedidos escritos de informação, importando crime de responsabilidade
a recusa ou o não atendimento no prazo de 20 (vinte) dias, prorrogável por mais 10 (dez) dias,
a pedido do interessado, ou a prestação de informações falsas; (Redação dada pela Emenda nº
022/2020)
XXVII - legislar sobre a criação, organização e funcionamento de Conselhos Municipais;
XXVIII - aprovar nomes de servidores para cargos ou funções que a lei assim o exija;
XXIX - deliberar, por maioria absoluta, sobre censura a Secretários Municipais.
XXX - elaborar seu Código de Ética e Decoro Parlamentar e criar o respectivo Conselho. (Incluído
pela Emenda nº 009/2003)
§ 1º A autorização prevista no inciso XVI deste artigo será sem ônus para o Município, quando o
motivo da ausência do Prefeito Municipal não for de interesse público. (Renumerado pela
Emenda nº 022/2020)
§ 2º Constituem honrarias municipais: (Incluído pela Emenda nº 022/2020)
a) Título de Cidadão Municipal, concedido àqueles que tenham relevantes serviços prestados ao
Município, ou que sejam eleitos vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, mas que nele não tenham
nascido; (Incluído pela Emenda nº 022/2020)
b) Medalha Firmino Alves, concedida pelo Poder Executivo àqueles nascidos ou não no
município e que tenham relevantes serviços prestados; (Incluído pela Emenda nº 022/2020)
c) Comenda Octaciana Pinto, concedido às mulheres que tenham prestado relevantes serviços
ao Município. (Incluído pela Emenda nº 022/2020)
SEÇÃO III
DOS VEREADORES
SUB-SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 19. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício
do mandato e na circunscrição do Município ou a serviço deste.
§ 1º Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações.
§ 2º Os Vereadores serão submetidos a julgamento perante o Tribunal de Alçada do Estado.
(Revogado pela Emenda nº 022/2020)
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§ 3º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos referidos no Regimento Interno
da Câmara Municipal, o abuso das prerrogativas assegura das aos Vereadores ou a percepção,
por estes, de vantagens indevidas.
§ 3º É incompatível com o Decoro Parlamentar, além dos casos referidos no Regimento Interno
da Câmara Municipal e no Código de Ética e Decoro Parlamentar, o abuso das prerrogativas
asseguradas aos Vereadores e a percepção, por estes, de vantagens indevidas. (Redação dada
pela Emenda nº 009/2003)
SUB-SEÇÃO II
DAS INCOMPATIBILIDADES
Art. 20. É vedado ao Vereador:
I - desde a expedição do Diploma:
a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de serviços
públicos, salvo quando o contrato obedecer cláusulas uniformes;
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público interno, com suas
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista ou empresas
concessionárias de serviço público, salvo quando o contrato obedecer cláusulas uniformes;
(Redação dada pela Emenda nº 009/2003)
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive o que seja demissível ad
nutum, nas entidades constantes da alínea anterior, ressalvado o disposto na Constituição
Federal, nesta Lei Orgânica ou em lei federal aplicável.
II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que gozar de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público municipal, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum, nas entidades referidas no inciso I,
na alínea “a”, salvo o cargo de Secretário Municipal.
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I,
alínea “a”, exceto nas causas em defesa de atos da Câmara.
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo federal, estadual ou municipal;
e) fixar residência fora do Município.
Art. 21. Perderá mandato o Vereador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa à terça parte das sessões ordinárias
da Câmara, salvo em caso de licença ou missão oficial autorizada pela Câmara;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa à terça parte das sessões plenárias e
reuniões das comissões técnicas, compreendendo nesta hipótese àquelas realizadas nos
períodos ordinários e extraordinários e as que deixaram de ser realizadas por falta de quórum,
salvo em caso de licença de missão oficial autorizada pela Câmara ou de ausência devidamente
justificada. (Redação dada pela Emenda nº 009/2003)
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal;
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VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, por tempo superior a
02 (dois) anos;
VII - que deixar de residir no Município;
VIII - que deixar de tomar posse, sem motivo justificado, dentro do prazo estabelecido nesta Lei
Orgânica.
IX – que for interditado por sentença judicial irrecorrível. (Incluído pela Emenda nº 009/2003)
§ 1º Extingue-se o mandato e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando ocorrer
falecimento ou renúncia por escrito do Vereador.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II, VI e VII deste artigo, a perda do mandato será decidida pela
Câmara, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido
político, assegurando-lhe ampla defesa.
§ 2º Nos casos dos incisos I, IV, VII e IX deste artigo, a perda do mandato será decidida pela
Câmara por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa Diretora, de
quaisquer de suas Comissões Técnicas, de qualquer Vereador ou de Partido Político com
representação no Legislativo Municipal, para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da
Câmara Municipal, assegurado ao Vereador acusado ampla defesa. (Redação dada pela Emenda
nº 009/2003)
§ 2º Nos casos dos incisos I, II, VI e VII deste artigo, a perda do mandato será decidida pela
Câmara, por voto aberto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido
político, assegurando-lhe ampla defesa. (Redação dada pela Emenda nº 018/2013)
§ 2º Nos casos dos incisos I, II, VI e VII deste artigo, a perda do mandato será decidida pela
Câmara, por voto aberto e maioria qualificada de 2/3 (dois terços), mediante provocação da
Mesa ou de partido político, assegurando-lhe ampla defesa. (Redação dada pela Emenda nº
022/2020)
§ 3º Nos casos dos incisos III, IV, V e VIII, a perda do mandato será declarada pela Mesa da
Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer Vereador ou de partido político,
assegurando-lhe ampla defesa.
§ 3º A perda do mandato, no caso do inciso II deste artigo, será decidida pela Câmara, por voto
secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa Diretora da Câmara de quaisquer de
suas Comissões Técnicas ou de qualquer Vereador, para o Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar da Câmara Municipal, assegurado ao Vereador acusado ampla defesa. (Incluído
pela Emenda nº 009/2003)
SUB-SEÇÃO III
DAS LICENÇAS
Art. 22. O Vereador poderá licenciar-se:
I - por motivo de saúde devidamente comprovado;
II - em face de licença gestante de até 120 (cento e vinte) dias;
III - para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de interesse do Município;
IV - para tratar de interesse particular, por prazo determinado, nunca superior a 120 (cento e
vinte) dias por sessão legislativa.
§ 1º Para fins de remuneração, considerar-se-á em exercício o Vereador:
I - licenciado nos termos do inciso I e II;
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II - licenciado nos termos do inciso III, se a missão tiver sido aprovada pela maioria absoluta dos
membros da Câmara.
§ 2º O Vereador investido no cargo de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário
Municipal ou Chefe de Missão Diplomática Temporária será considerado automaticamente
licenciado, podendo optar pela remuneração da Vereança.
SUB-SEÇÃO IV
DA CONVOCAÇÃO DE SUPLENTES
Art. 23. No caso de vaga, licença ou investidura nos cargos constantes do § 2º, do artigo anterior,
far-se-á convocação do suplente pelo Presidente da Câmara.
§ 1º No caso de vaga, o suplente convocado deverá tomar posse no prazo máximo de 15 (quinze)
dias, salvo motivo justo, somente não aceito por decisão de 2/3 (dois terços) dos componentes
da Câmara, sob pena de ser considerado renunciante.
§ 2º Nos casos de licença ou investidura, o suplente convocado deverá tomar posse no prazo
máximo de 15 (quinze) dias, salvo por justificativa apresentada por escrito à Mesa da Câmara.
§ 3º Ocorrendo vaga e não havendo Suplente, o Presidente da Câmara comunicará o fato, dentro
de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal Regional Eleitoral.
§ 4º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, calcular-se-á o
quórum em função dos Vereadores remanescentes.
§ 5º Ao Suplente regularmente convocado pelo Presidente da Câmara, aplicam-se as disposições
contidas nos arts. 20 e 21 desta Lei Orgânica. (Incluído pela Emenda nº 013/2009)
SUB-SEÇÃO V
DO VEREADOR SERVIDOR PÚBLICO
Art. 24. O exercício de Vereança por servidor público dar-se-á de acordo com o que determina
o art. 105 desta Lei Orgânica.
Parágrafo único. O Vereador ocupante do cargo, emprego ou função pública municipal é
inamovível de ofício pelo tempo de duração de seu mandato.
SEÇÃO IV
DA POSSE
Art. 25. A Câmara Municipal reunir-se-á, em sessão de instalação, a partir de 1 de janeiro do
primeiro ano da legislatura para a posse dos seus membros.
§ 1º Independente do número e sob a presidência do Vereador, dentre os presentes, que mais
recentemente tenha exercido o cargo de Presidente ou de Vice-Presidente, ou de Secretário, ou
do Vereador reeleito mais idoso, ou na hipótese de inexistir tais situações, do mais idoso entre
os presentes, os demais Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.
§ 2º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo perante o
Presidente, no prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara, sob pena de
extinção do mandato.
§ 3º No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se e fazer declaração pública
de bens, repetida quando do término do mandato, sendo ambas transcritas em livro próprio,
resumidas em Ata.
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SEÇÃO V
DA ELEIÇÃO DA MESA
Art. 26. Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a Presidência do Vereador
que tenha dirigido a Sessão de instalação e havendo maioria absoluta dos membros da Câmara,
elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados, observando,
tanto quanto possível a representação proporcional dos partidos políticos ou dos blocos
partidários com assento na Câmara.
§ 1º Inexistindo número legal, o Vereador que estiver presidindo a Sessão convocará sessões
sucessivas, inclusive nos dias subsequentes, até que seja eleita a Mesa.
§ 2º O mandato da Mesa será de 02 (dois) anos, vedada recondução para o mesmo cargo na
eleição imediatamente subsequente.
§ 2º O mandato dos integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Itabuna será de 02
(dois) anos, admitida a recondução para o mesmo cargo em eleições subsequentes. (Redação
dada pela Emenda nº 012/2006)
§ 2º O mandato dos integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Itabuna será de 02
(dois) anos, admitida a recondução para o mesmo cargo em eleições subsequentes. (Redação
dada pela Emenda nº 013/2009)
§ 3º A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á, obrigatoriamente, no dia 15 de dezembro
da segunda sessão Legislativa, empossando-se os eleitos no dia 1 de janeiro do ano seguinte,
aplicando o disposto no § 1 , no caso de não haver quórum.
§ 3º A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Itabuna para o segundo biênio, deverá
ocorrer na segunda sessão plenária do mês de novembro da segunda sessão legislativa,
empossando-se os eleitos no primeiro dia útil do mês de janeiro do ano subsequente ao da
eleição, aplicando o disposto no § 1º deste artigo no caso de não haver quórum. (Redação dada
pela Emenda nº 012/2006)
§ 3º A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Itabuna para o primeiro e segundo
biênio, observará as normas estatuídas no Regimento Interno do Poder Legislativo do Município
de Itabuna. (Redação dada pela Emenda nº 013/2009)
§ 4º O Regimento Interno da Câmara Municipal disporá sobre a composição da Mesa Diretora
e, subsidiariamente, sobre a sua eleição, observando os seguintes critérios:
I - a eleição da Mesa deverá ser realizada por escrutínio secreto;
II - no primeiro escrutínio será exigida a maioria absoluta dos componentes da Câmara
Municipal;
III - havendo segundo escrutínio, a eleição dar-se-á por maioria simples e, ocorrendo empate,
será declarado eleito o candidato mais idoso;
§ 5º Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo voto da maioria absoluta dos
membros da Câmara Municipal, quando faltoso, omisso ou negligente no desempenho de suas
atribuições, devendo o Regimento Interno da Câmara Municipal dispor sobre o processo de
destituição e sobre a substituição do membro destituído.
SEÇÃO VI
DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA DIRETORA
21
SEÇÃO VII
DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 28. Compete ao Presidente da Câmara, além de outras atribuições estipuladas no
Regimento Interno:
I - representar a Câmara em Juízo ou fora dele;
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara;
III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis que receberem sanção
tácita e as cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário e não promulgadas pelo Prefeito
Municipal;
V - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legislativos e as leis por
ele promulgadas;
VI - autorizar as despesas da Câmara;
VII - declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores nos casos
previstos em Lei;
VIII - apresentar ao Plenário, até o dia 20 de cada mês, o balanço relativo aos recursos recebidos
e às despesas realizadas no mês anterior;
IX - requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara até o dia 10 do mês;
X - solicitar, por decisão da maioria absoluta da Câmara, intervenção no Município, nos casos
previstos pela Constituição Federal e pela Constituição Estadual;
XI - representar sobre a inconstitucionalidade de Lei;
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XII - anexar até 31 de março, às contas do Poder Executivo as contas do Poder Legislativo
referentes ao exercício anterior;
XIII - colocar, no período de 01 de abril a 31 de maio, as contas do Município referentes ao
exercício anterior, na Secretaria da Câmara, à disposição de qualquer contribuinte para exame
e apreciação, podendo este, se for o caso, questionar-lhes a legitimidade, nos termos da Lei;
XIV - encaminhar até 10 de junho, para Parecer Prévio ao Tribunal de Contas dos Municípios, a
prestação de contas do Município referente ao exercício anterior;
XV - exercer em substituição a Chefia do Executivo Municipal, nos casos previstos em Lei;
XVI - mandar prestar informações por escrito e expedir certidões requeridas para a defesa de
direitos e esclarecimentos de situações;
XVII - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil e com membros da
comunidade;
XVIII - fazer cumprir o que determina o inciso VIII do art. 20 desta Lei Orgânica;
XIX - administrar os serviços da Câmara Municipal, fazendo lavrar os atos pertinentes;
XX - designar comissões especiais nos termos do Regimento Interno da Câmara.
XXI – convocar reunião com os membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para
eleição dos cargos do referido Conselho. (Incluído pela Emenda nº 009/2003)
Art. 29. O Presidente da Câmara, somente manifestará seu voto nas seguintes hipóteses:
I - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de 2/3 (dois terços) ou da
maioria absoluta dos membros da Câmara;
II - quando ocorrer empate em qualquer votação no Plenário;
III - nas votações secretas.
SEÇÃO VIII
DAS SESSÕES
Art. 30. Na Sessão Legislativa referida no parágrafo único do art. 15 desta Lei Orgânica, a Câmara
Municipal reunir-se-á:
I - em dois períodos ordinários de sessões:
a) primeiro período - de 15 de fevereiro a 30 de junho;
a) primeiro período - de 01 de fevereiro a 30 de junho; (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
b) segundo período - de 01 de agosto a 15 de dezembro;
b) segundo período - de 15 de julho a 15 de dezembro; (Redação dada pela Emenda nº
022/2020)
II - em períodos extraordinários de sessões, quando convocadas na forma do 38, I desta Lei
Orgânica, nos demais tempos da Sessão Legislativa não compreendidos no inciso anterior.
§ 1º As reuniões iniciais dos períodos ordinários de sessões, alíneas “a” e “b” do inciso I deste
artigo, serão transferidas para o 1º dia útil subsequente quando recaírem em sábados, domingos
ou feriados.
§ 2º A Câmara Municipal reunir-se-á em sessões:
I - Ordinárias: realizadas nos períodos ordinários de sessões previstos no inciso I deste artigo;
II - Extraordinárias: realizadas nas seguintes hipóteses:
a) durante os períodos extraordinários de sessões previstas no inciso II deste artigo;
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SEÇÃO IX
DO QUÓRUM PARA AS DELIBERAÇÕES
Art. 35. As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria
absoluta de seus membros, salvo as disposições em contrário contidas nesta Lei Orgânica.
§ 1º Dependerão do voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara:
I - deliberação sobre aprovação de emenda à Lei Orgânica;
II - rejeição do parecer prévio do TCM, referente às contas municipais;
III - julgamento de justificativas do não cumprimento do prazo de posse do Suplente de
Vereador;
IV - deliberação sobre aprovação e emenda ao Regimento Interno;
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SEÇÃO X
DAS COMISSÕES
Art. 36. A Câmara Municipal terá Comissões Permanentes, especiais e de representação,
constituídas na forma e com as atribuições definidas no Regimento Interno ou no ato de que
resultar a sua criação.
§ 1º na formação das Comissões, assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participem da Câmara.
§ 2º Às Comissões Permanentes, em razão da matéria de sua competência, dentre outras
atribuições regimentais e na forma do Regimento Interno da Câmara Municipal, cabe:
I - discutir projetos de lei, projetos de resolução, decretos legislativos e outras matérias
pertinentes, no âmbito da sua especialidade;
II - convocar Secretários Municipais e dirigentes de órgãos da administração indireta, para
prestarem informações sobre matéria de sua competência, aprazando dia e hora para
comparecimento, importando a ausência, a critério da Câmara, crime de responsabilidade;
III - solicitar à Câmara na forma do inciso XVII do art. 18 desta Lei Orgânica, convocação do
Prefeito Municipal para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto em estudo na
Comissão;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos
ou omissões das autoridades ou entidades públicas, encaminhando soluções;
V - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
VI - solicitar informação ou depoimento de qualquer autoridade ou cidadão do Município;
VII - exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos atos do executivo e da
administração indireta;
VIII - apreciar programas de obras, planos municipais, distritais e setoriais de desenvolvimento
e sobre eles emitir parecer;
IX - proceder inspeção e levantamento nas repartições públicas municipais e nas entidades da
administração descentralizada, onde terão livre acesso e permanência, requisitando a exibição
de documentos e a prestação de esclarecimentos necessários;
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SEÇÃO XI
DA REMUNERAÇÃO DOS VEREADORES
Art. 38. A remuneração dos vereadores será fixada pela Câmara Municipal, observado o quórum
da maioria absoluta dos seus membros, em uma legislatura para a seguinte, até 30 (trinta) dias
antes das eleições para renovação dos seus mandatos, mediante Resolução que estabelecerá
critérios e parâmetros de atualização, inclusive índice de correção monetária.
Art. 38. O mandato do vereador é remunerado por meio de Subsídio, dentro dos limites e
critérios fixados em Lei, observado as normas da Constituição Federal, especialmente os incisos
VI e VII do art. 29, § 1º do art. 29-A, caput e incisos X e XI do art. 37 e § 4º do art. 39. (Redação
dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 1º A remuneração dos vereadores será dividida em parte fixa e parte variável, vedados
acréscimos a qualquer título, ressalvado o que dispõe esta Lei Orgânica, não podendo a parte
fixa ser maior que a variável.
§ 1º O Subsídio dos Vereadores será fixado em cada legislatura para a subsequente, até a última
sessão legislativa da legislatura, observado o quórum de maioria absoluta de seus membros.
(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
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§ 2º Sobre a remuneração de que trata o caput deste artigo incidirá imposto de renda, atendidas
as disposições da Constituição Federal.
§ 2º A Lei que fixar o subsídio dos vereadores, deverá estabelecer critérios e parâmetros de
atualização, inclusive índice oficial de recomposição do valor da moeda, obedecendo o período
mínimo de 01 (um) ano para a revisão, e aos critérios e limites impostos pela legislação vigente.
(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 3º O Presidente da Câmara terá verba de representação igual à do Prefeito Municipal.
(Revogado dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 4º O Vice-Presidente da Câmara Municipal, como membro nato da Comissão Executiva da
Câmara, terá gratificação de função igual a 50% da gratificação de representação do Presidente.
(Revogado dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 5º O Primeiro Secretário terá gratificação de função igual a 50% da remuneração do Vereador.
(Revogado dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 6º O Segundo Secretário terá gratificação de função igual a 1/3 (um terço) da remuneração do
vereador. (Revogado dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 7º Para fins de cálculo de imposto de renda: (Revogado dada pela Emenda nº 022/2020)
I - a gratificação de representação do Presidente da Câmara integra sua remuneração;
(Revogado dada pela Emenda nº 022/2020)
II - as gratificações de função do Vice-Presidente, do Primeiro Secretário e do Segundo Secretário
da Câmara integram suas remunerações. (Revogado dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 8º A remuneração dos Vereadores terá como limite máximo o valor percebido como
remuneração pelo Perfeito Municipal. (Revogado dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 9º As faltas de Vereadores não autorizadas pela Câmara serão descontadas na forma
regimental.
§ 10 A suspensão temporária do exercício do mandato de Vereador, por força de deliberação da
maioria absoluta dos membros da Câmara, em consequência de aprovação do projeto de
resolução proposto pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar acarretará no não pagamento
dos subsídios do Vereador e do mesmo modo dos seus Assessores Parlamentares de Gabinete,
devendo estes serem exonerados dos cargos que ocupam durante o período que durar a
suspensão. (Incluído pela Emenda nº 009/2003)
§ 10 A suspensão temporária do exercício do mandato de Vereador, por força de deliberação da
maioria absoluta dos membros da Câmara, em consequência de aprovação do projeto de
resolução proposto pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, acarretará no não pagamento
dos subsídios do Vereador e, do mesmo modo, dos seus Assessores Parlamentares de Gabinete,
devendo estes serem exonerados dos cargos que ocupam durante o período que durar a
suspensão, salvo decisão judicial em contrário. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
Art. 39. Na falta de deliberação prevista no artigo 38 desta Lei Orgânica, prevalecerá para
legislatura seguinte a remuneração dos Vereadores, corrigida mensalmente pelos índices de
inflação oficial.
Art. 39. Na falta de deliberação prevista no § 1º do art. 38 desta Lei Orgânica, prevalecerá para
legislatura seguinte a remuneração dos Vereadores, corrigida pelos índices de inflação oficial do
ano anterior. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
Art. 40. Lei fixará critérios de indenização de despesas de viagens oficiais dos Vereadores.
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Parágrafo único. A indenização de que trata este artigo não será, sob qualquer título,
considerada como remuneração.
SEÇÃO XII
DO EXAME PÚBLICO DAS CONTAS MUNICIPAIS
Art. 41. As contas do Município ficarão à disposição de qualquer contribuinte do Município para
exame e apreciação, durante 60 (sessenta) dias, no período de 1º de abril a 31 de maio, no
horário de funcionamento da Câmara Municipal, na Secretaria ou em local de fácil acesso ao
público, conforme determinar o Presidente da Câmara.
§ 1º A consulta às contas municipais poderá ser feita por qualquer contribuinte, independente
de requerimento, autorização ou de despacho de qualquer autoridade.
§ 2º Ato da Mesa da Câmara regulamentará e disciplinará a forma de consulta prevista no
parágrafo anterior.
§ 3º As Contas do Município estarão à disposição para consulta pública no Sitio Eletrônico da
Câmara Municipal de Itabuna, no prazo da legislação vigente. (Incluído pela Emenda nº
022/2020)
§ 4º Será publicado previamente, via Edital e em jornal de ampla circulação no município, a
disponibilização das contas municipais para a consulta pública, informando data e local para a
consulta física das mesmas, e o link de acesso ao sítio eletrônico da Câmara Municipal. (Incluído
pela Emenda nº 022/2020)
Art. 42. Recebido o Parecer Prévio do Tribunal de Contas dos Municípios referentes às contas
do Município de Itabuna, de acordo com a alínea “b”, inciso XIX, do art. 18 desta Lei Orgânica,
ficarão o processo de prestação de contas e o respectivo Parecer Prévio, por 30 (trinta) dias, à
disposição de qualquer contribuinte do Município para conhecimento, exame e apreciação,
podendo apresentar à Câmara, por escrito, documento que questione sua legitimidade nos
termos da Lei.
Parágrafo único. O Regimento Interno da Câmara de Vereadores normatizará a forma de
julgamento das Contas Municipais, obedecendo as normas e princípios constitucionais, em
respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e ou contraditório. (Incluído pela Emenda nº
022/2020)
SEÇÃO XIII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
SUB-SEÇÃO I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 43. O processo legislativo municipal compreende a elaboração de:
I - emendas à Lei Orgânica Municipal;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - medidas provisórias;
V - decretos legislativos;
VI - resoluções.
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SUB-SEÇÃO II
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL
Art. 44. A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta:
I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
II - do Prefeito Municipal;
III - de iniciativa popular, assinada, no mínimo, por 5% (cinco por cento) dos eleitores do
Município.
§ 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica Municipal será discutida e votada em dois turnos,
com interstício mínimo de 10 (dez) dias e aprovada por 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara Municipal, que a promulgará.
§ 2º A Lei Orgânica não poderá ser emendada:
I - na vigência do estado de sítio;
II - durante a intervenção no Município;
§ 3º Não será objeto de deliberação proposta de emenda à Lei Orgânica tendente a ofender ou
abolir os princípios fundamentais da Constituição Federal.
§ 4º A matéria constante de proposta de emenda à Lei Orgânica rejeitada ou havida por
prejudicada, não poderá ser objeto de nova proposta na mesma Sessão Legislativa.
SUB-SEÇÃO III
DAS LEIS
Art. 45. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Vereador, às
Comissões Permanentes da Câmara, ao Prefeito Municipal e aos cidadãos, na forma e nos casos
previstos nesta Lei Orgânica.
Art. 46. A iniciativa popular será exercida pela apresentação à Câmara Municipal de
manifestação subscrita por, no mínimo 5% (cinco por cento) dos eleitores inscritos no Município,
evidenciando assunto de interesse local.
§ 1º A manifestação popular deverá ser apresentada sob forma de proposta articulada, exigindo-
se para seu recebimento pela Câmara, a indicação da zona e o número do título de eleitor dos
seus subscritores.
§ 2º O Regimento Interno da Câmara Municipal assegurará e disporá sobre a forma de
participação popular na defesa dos projetos de lei referidos no parágrafo anterior.
§ 3º Lei Municipal deverá regulamentar o procedimento, coleta e uso de assinaturas digitais na
subscrição de projetos municipais. (Incluído pela Emenda nº 022/2020)
Art. 47. Compete privativamente à Mesa da Câmara Municipal, iniciativas que dispuserem
sobre:
I - organização dos serviços administrativos da Câmara;
II - criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços;
III- fixação ou aumento de remuneração de seus serviços, observando-se o disposto na
Constituição Estadual e nesta Lei Orgânica;
III - fixação ou aumento de remuneração de seus serviços, observando-se o disposto na
Constituição Federal, na Constituição Estadual e nesta Lei Orgânica; (Redação dada pela Emenda
nº 022/2020)
IV - atualizar a remuneração dos Vereadores através de Ato;
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32
CAPÍTULO III
DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO I
DO PREFEITO E VICE-PREFEITO
Art. 54. O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito com funções políticas, executivas
e administrativas, auxiliado pelos Secretários Municipais.
Art. 55. A eleição do Prefeito e Vice-Prefeito realizar-se-á simultaneamente com a de
Vereadores, noventa dias antes do término do mandato dos que devam suceder nos termos
estabelecidos na Constituição Federal.
Art. 55. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos simultaneamente, obedecendo-se às
disposições constitucionais e a legislação eleitoral aplicável à espécie. (Redação dada pela
Emenda nº 022/2020)
Parágrafo único. A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com ele registrado.
Art. 56. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º de Janeiro do ano subsequente à
eleição, em sessão da Câmara Municipal, até as 10:00 (dez) horas, observando-se o disposto no
Regimento Interno da Câmara Municipal.
Art. 56. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse em Sessão Solene da Câmara Municipal, no
dia 1º de janeiro do ano seguinte às eleições, conforme estabelece o regimento interno da
Câmara Municipal, e prestarão compromisso de cumprir e fazer cumprir a Constituição da
República, a Constituição Estadual, a Lei Orgânica do Município e a legislação em vigor,
defendendo a justiça social, a paz e a igualdade de tratamento a todos os cidadãos. (Redação
dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 1º Se decorridos dez dias da data fixada para a posse neste artigo, o Prefeito e o Vice-Prefeito,
salvo motivo de força maior devidamente comprovado e aceito pela maioria absoluta da
Câmara, não tiverem assumido os cargos para os quais foram eleitos, estes serão declarados
vagos.
§ 1º Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. (Redação dada
pela Emenda nº 022/2020)
§ 2º Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o cargo o Vice-Prefeito e na falta ou
impedimento deste, o Presidente da Câmara.
§ 3º No ato da posse e ao término do mandato, o Prefeito e o Vice-Prefeito farão declarações
públicas de seus bens, as quais serão transcritas em livro próprio e resumidas em Ata pela
Câmara Municipal e publicadas para conhecimento público.
§ 3º No ato da posse e ao término do mandato, o prefeito e o Vice-Prefeito farão declaração
pública, circunstanciada, de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio, constando de ata
o seu resumo e publicada no Diário Oficial do Município, no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
Art. 57. O mandato do Prefeito é de 4 (quatro) anos.
Art. 57. Será de 04 (quatro) anos o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, a iniciar-se no dia 1º
de janeiro do ano subsequente ao da eleição. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
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Art. 58. Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento e suceder-lhe-á, no caso de vaga, o Vice-
Prefeito.
§ 1º O Vice-Prefeito não poderá recusar-se a substituir o Prefeito, sob pena de extinção do
mandato. (Revogado pela Emenda nº 022/2020)
§ 2º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxiliará o
Prefeito sempre que por ele for convocado para missões especiais.
§ 3º O Vice-Prefeito poderá assumir Secretaria Municipal, mantendo as prerrogativas do seu
cargo, com direito de fazer opção de remuneração.
Art. 59. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou vacância dos respectivos
cargos, será chamado ao exercício do cargo de Prefeito, o Presidente da Câmara Municipal.
Art. 59. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou vacância dos respectivos
cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício do cargo de Prefeito, o Presidente da
Câmara Municipal, o Primeiro Vice-Presidente da Câmara Municipal e o Procurador Geral do
Município. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
Parágrafo único. A recusa do Presidente da Câmara em assumir à Prefeitura implicará na perda
do mandato que ocupa na Mesa Diretora.
Art. 60. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, será comunicado à Justiça Eleitoral, que
procederá eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º ocorrendo a vacância, que não seja a descrita no art. 224 da Lei Federal 4.737/65, nos 02
(dois) últimos anos de mandato, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da
última vacância, indiretamente pela Câmara Municipal, na forma da legislação. (Renumerado
pela Emenda nº 022/2020)
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o mandato de seus antecessores.
(Incluído pela Emenda nº 022/2020)
§ 3º Aplica-se o disposto no art. 224, §§ 3º e 4º da lei federal 4.737/65 quando decisão da Justiça
Eleitoral importar o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato
de prefeito e vice-prefeito. (Incluído pela Emenda nº 022/2020)
Art. 61. A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito será fixada pela Câmara Municipal,
observada a maioria absoluta de seus membros, em uma legislação para a seguinte, até 30
(trinta) dias antes das eleições para renovação dos seus mandatos, mediante Decreto Legislativo
que estabelecerá critérios e parâmetros de atualização inclusive índices de correção monetária.
Art. 61. O mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito é remunerado por meio de subsídio, dentro
dos limites e critérios fixados em Lei, observadas as normas previstas na Constituição Federal,
especialmente o art. 37, XI. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 1º A remuneração do Prefeito engloba a Verba de Representação.
§ 1º O subsídio do Prefeito e do Vice-Prefeito será fixado em cada Legislatura para a
subsequente, observado o contido na legislação atinente à espécie. (Redação dada pela Emenda
nº 022/2020)
§ 2º A verba de Representação do Prefeito Municipal não poderá exceder a 50% (cinquenta por
cento) da remuneração base.
§ 2º A Lei que fixar o subsídio do Prefeito e do Vice-Prefeito deverá estabelecer critérios e
parâmetros de atualização, inclusive índice oficial de recomposição do valor da moeda,
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obedecendo ao período mínimo de um ano para revisão e aos critérios e limites impostos na
Constituição Federal e legislação infraconstitucional. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 3º A remuneração do Vice-Prefeito corresponderá a 50% (cinquenta por cento) da
remuneração base do Prefeito Municipal.
§ 3º Na falta de deliberação prevista no § 2º deste artigo, prevalecerá para legislatura seguinte
a remuneração do Prefeito e Vice-Prefeito, corrigida pelo índice de inflação oficial do ano prévio.
(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
SEÇÃO II
DAS LICENÇAS
Art. 62. O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo, não poderão, sem licença da
Câmara Municipal, ausentar-se do Município por período superior a 15 (quinze) dias, nem do
País por qualquer tempo, sob pena de perda do mandato.
Art. 62. O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo, não poderão, sem licença da
Câmara Municipal, ausentarem-se do Município ou do país por período superior a 15 (quinze)
dias sob pena de perda do mandato. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
Art. 63. O Prefeito poderá licenciar-se:
I - quando impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença devidamente comprovada;
II - a serviço ou em missão de representação do Município;
III - para período de descanso por, no máximo, 30 (trinta) dias anuais;
IV - para tratar de interesse particular em período nunca superior a 120 (cento e vinte) dias por
sessão legislativa;
V - em face de licença gestante de até 120 (cento e vinte) dias.
V - em face de licença gestante por 120 (cento e vinte) dias ou licença paternidade por 05 (cinco)
dias; (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
VI - em fase de licença adotante, por 90 (noventa) dias, no caso de adoção ou guarda judicial de
criança com até 1 ano de idade, e 30 (trinta) dias, no caso de adoção ou guarda judicial de criança
com mais de 1 ano até 12 anos de idade. (Incluído pela Emenda nº 022/2020)
§ 1º O Prefeito licenciado, exceto por interesses particulares, fará jus a sua remuneração
integral.
§ 1º O Prefeito licenciado, exceto por interesses particulares, fará jus a percepção integral de
seu subsídio. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 2º O Prefeito licenciado regularmente assumirá automaticamente o Governo Municipal, o
Vice-Prefeito.
§ 2º O Vice-Prefeito assumirá automaticamente o Governo Municipal em caso de licença do
Prefeito Municipal. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 3º Na solicitação de autorização à Câmara Municipal para licença prevista no inciso II deste
artigo por mais de 15 (quinze) dias, o Prefeito Municipal deverá indicar amplamente as razões
da viagem, o roteiro e as previsões de gastos.
SEÇÃO III
DAS INCOMPATIBILIDADES, DOS DIREITOS E
ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
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SUB-SEÇÃO I
DAS INCOMPATIBILIDADES
Art. 64. É vedado ao Prefeito Municipal:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato obedecer com o Município, com suas autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista ou com empresas concessionárias de serviço
público municipal, salvo quando o contrato à cláusula uniforme;
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes; (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível
ad nutum na administração pública direta ou indireta, ressalvado o disposto no artigo 28,
parágrafo único, da Constituição Federal.
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam
demissíveis ad nutum, na administração direta e indireta da alínea anterior, ressalvado o
disposto no art. 28, § 1º, da Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato
celebrado com o Município ou nela exercer função remunerada;
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato
com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; (Redação dada pela
Emenda nº 022/2020)
b) patrocinar causas em que sejam interessadas quaisquer das entidades mencionadas no inciso
I, “a”;
c) ser titular de mais de um mandato eletivo;
c) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. (Redação dada pela Emenda nº
022/2020)
d) fixar residência fora do Município;
e) ocupar cargo ou função de qualquer natureza em empresas públicas ou privadas;
e) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso
I, "a";(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 1º As incompatibilidades previstas no inciso II são extensíveis àquele que substituir ou suceder
o Prefeito.
§ 2º A infringência ao disposto neste artigo, implicará na perda do mandato.
§ 3º Ao Prefeito, servidor público municipal, são aplicadas as disposições da Constituição
Federal.
§ 3º Ao Prefeito, agente público municipal, são aplicadas as disposições da Constituição Federal.
(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
SUB-SEÇÃO II
DOS DIREITOS
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Art. 65. Dentre outros previstos na Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e em lei federal
aplicável, são direitos do Prefeito:
I - julgamento pelo Tribunal de Justiça do Estado;
II - prisão especial na forma da lei;
III - remuneração;
III - remuneração por subsídio; (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
IV - licenças.
SUB-SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES
Art. 66. Compete privativamente ao Prefeito:
I - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
I - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica; (Redação
dada pela Emenda nº 022/2020)
II - representar o Município;
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara Municipal e expedir
decretos e regulamentos para a sua fiel execução;
IV - vetar, no todo ou em parte, projetos de lei aprovados pela Câmara;
V - enviar à Câmara Municipal projetos de lei relativos ao plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e ao orçamento anual;
VI - editar as medidas provisórias, na forma desta Lei Orgânica; (Revogado pela Emenda nº
022/2020)
VII - dispor sobre a organização e funcionamento da administração municipal, na forma da lei;
VIII - comparecer e apresentar o plano de governo à Câmara Municipal por ocasião da abertura
da Sessão Legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providências que julgar
necessárias;
IX - encaminhar à Câmara Municipal, até 31 de março, as contas do Município referentes ao
exercício anterior;
X - prover e extinguir cargos, empregos e funções públicas municipais, na forma da lei;
XI - decretar, nos termos da lei, desapropriação por necessidade, utilidade pública ou por
interesse social;
XII - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
XIII - fazer publicar todos os atos oficiais da administração pública, inclusive os referentes a
alteração de pessoal;
XIV - solicitar o auxílio das forças policiais para garantir o cumprimento de seus atos, bem como
fazer uso da guarda municipal na forma da lei;
XIV - solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantir o cumprimento de seus
atos, bem como fazer uso da Polícia Administrativa na forma da lei; (Redação dada pela Emenda
nº 022/2020)
XV - decretar estado de calamidade pública quando ocorrerem fatos que o justifique;
XVI - contrair empréstimos e realizar operações de créditos mediante prévia aprovação da
Câmara Municipal;
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Parágrafo único. O Prefeito poderá delegar, por decreto, aos seus auxiliares, funções
administrativas que não sejam de sua exclusiva competência.
SEÇÃO IV
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 67. O Prefeito, em razão de seus atos, contravenções penais, crimes comuns e infrações
político-administrativas, será processado, julgado e apenado em processos independentes.
Art. 68. O Prefeito, nas infrações político-administrativas, será processado, julgado e, quando
for o caso, apenado com a cassação do mandato pela Câmara Municipal.
Art. 69. São crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos em lei federal e nesta Lei
Orgânica.
§ 1º Pela prática de crime de responsabilidade, o Prefeito Municipal será julgado pelo Tribunal
de Justiça do Estado.
§ 2º A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa
configurar crime de responsabilidade, nomeará comissão especial para apurar os fatos
elaborando relatório que, no prazo de 30 (trinta) dias, deverá ser apreciado pelo seu Plenário,
observando o quórum de maioria absoluta.
§ 3º Julgadas procedentes as acusações, a Câmara Municipal encaminhará o apurado à
Procuradoria de Justiça, caso contrário, determinará o seu arquivamento. Em qualquer dos
casos as decisões serão publicadas.
§ 4º Recebida a denúncia contra o Prefeito pelo Tribunal de Justiça do Estado, a Câmara
Municipal decidirá sobre a designação de Procurador para Assistente de acusação.
§ 5º O Prefeito ficará suspenso de suas funções com o recebimento da denúncia pelo Tribunal
de Justiça, reassumindo a administração municipal se, até 180 (cento e oitenta) dias, não se tiver
concluído o julgamento. (Revogado pela Emenda nº 022/2020)
Art. 70. Os procedimentos do artigo anterior e de seus parágrafos aplicam-se também a
infrações penais comuns cometidas pelo Prefeito Municipal.
SEÇÃO V
DA EXTINÇÃO DO MANDATO
Art. 71. Extingue-se o mandato do Prefeito e assim será declarado pelo Presidente da Câmara
de Vereadores, quando:
I - ocorrer o falecimento;
II - ocorrer a renúncia expressa ao mandato;
III - ocorrer condenação por crime funcional ou eleitoral;
IV - incidir nas incompatibilidades para o exercício do mandato e não se desincompatibilizar até
a posse e, nos casos supervenientes, no prazo de 15 (quinze) dias contados do recebimento de
notificação para isso, promovida pelo Presidente da Câmara de Vereadores;
V - deixar de tomar posse sem motivo justo, aceito pela Câmara de Vereadores na data prevista;
VI - sofrer condenação judicial por tempo superior a 02 (dois) anos.
§ 1º Considera-se formalizada a renúncia e, por conseguinte, como tendo produzido todos os
seus efeitos para os fins deste artigo, quando protocolada nos serviços administrativos da
Câmara de Vereadores.
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SEÇÃO VI
DA CASSAÇÃO DO MANDATO
Art. 72. A Câmara de Vereadores poderá cassar o mandato do Prefeito quando, em processo
regular em que lhe é dado amplo direito de defesa, com os meios e recursos a ela inerentes,
concluir pela prática de infração político-administrativa.
Art. 72. A Câmara de Vereadores poderá cassar o mandato do Prefeito, por cometimento de
Infração Político-administrativa, após apuração realizada, em processo regular, que lhe seja
concedido o direito ao contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
Art. 73. São infrações político-administrativas:
I - deixar de apresentar a declaração de bens, nos termos do art.56, § 3º, desta Lei Orgânica;
II - impedir o livre e regular funcionamento da Câmara Municipal;
III - impedir o exame de livros e outros documentos que devam constar dos arquivos da
Prefeitura Municipal, bem como a verificação de obras e serviços por comissões de investigação
da Câmara Municipal ou auditoria regularmente constituída;
III - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar
dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por comissão
de investigação da Câmara ou auditoria, regularmente instituída; (Redação dada pela Emenda
nº 022/2020)
IV – desatender, sem motivo justo, aos pedidos de informações da Câmara Municipal, quando
formulados de modo regular;
IV - desatender, sem motivo justo, aos pedidos de informações da Câmara Municipal, quando
formulados a tempo e de modo regular; (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
V - alterar, retardar ou deixar de publicar a regulamentação de leis e atos legislativos de sua
competência;
V - retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa formalidade;
(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
VI - deixar de enviar à Câmara Municipal, no tempo devido, os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias a aos orçamentos anuais e outros cujos prazos estão
fixados nesta Lei;
VI - deixar de enviar à Câmara Municipal, no tempo devido, os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos orçamentos anuais, bem como deixar de cumprir
outros prazos que estão fixados nesta Lei; (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
VII - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;
VIII - praticar ato contra expressa disposição de lei, ou omitir-se na prática daqueles de sua
competência;
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VIII - praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua
prática. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
IX - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município,
sujeitos à administração da Prefeitura;
X - ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido nesta Lei, salvo licença da
Câmara Municipal;
XI - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo;
XII - não entregar mensalmente os recursos à Câmara Municipal conforme previsto nesta Lei
Orgânica.
Parágrafo único. Sobre o substituto do Prefeito incidem as infrações político-administrativas de
que trata este artigo, sendo-lhe aplicável o processo pertinente, ainda que cessada a
substituição.
Art. 74. O processo de cassação do mandato do Prefeito será regulado no Regimento Interno,
nos termos de lei federal pertinente.
Art. 75. A Câmara de Vereadores poderá afastar o Prefeito denunciado cuja denúncia por
infração político-administrativa for recebida por dois terços de seus membros.
(Revogado pela Emenda nº 022/2020)
SEÇÃO VII
DOS AUXILIARES DIRETOS DO PREFEITO
Art. 76. Os Secretários Municipais são auxiliares diretos do Prefeito.
§ 1º Os cargos são de livre nomeação e exoneração do Prefeito.
§ 2º São condições necessárias para investidura nos cargos previstos no artigo anterior:
I - ser brasileiro;
II - estar no exercício e gozo dos direitos políticos;
III - ser maior de 21 anos.
Art. 77. Lei complementar municipal disporá sobre a criação, estruturação e atribuição das
Secretarias Municipais, bem como definirá a competência, deveres e responsabilidades dos seus
dirigentes.
Art. 77. Lei municipal disporá sobre a criação, estruturação e atribuição das Secretarias
Municipais, bem como definirá a competência, deveres e responsabilidades dos seus dirigentes.
(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 1º Nenhum órgão da administração pública municipal, direta ou indireta, deixará de ser
vinculado a uma Secretaria Municipal.
§ 2º A Procuradoria Geral do Município terá estrutura de Secretaria Municipal.
Art. 78. Os Secretários Municipais e o Procurador Geral do Município terão seus vencimentos
fixados em lei, não lhes podendo ser atribuída qualquer outra vantagem, a título de gratificação
ou verba de representação.
Art. 79. Além das atribuições fixadas em lei, compete aos Secretários Municipais:
I - subscrever atos e regulamentos referentes às suas Secretárias;
II - expedir instruções para a boa execução das leis, decretos e regulamentos;
III - praticar os atos pertinentes à sua Secretaria ou os que lhes forem delegados pelo Prefeito
Municipal;
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IV - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por sua Secretaria, até 30 de
novembro;
V - comparecer à Câmara Municipal, sempre que convocado na forma desta Lei Orgânica, para
prestar esclarecimentos e informações sobre sua Secretaria;
VI - prestar à Câmara Municipal, no prazo de 15 dias, as informações solicitadas, podendo o
prazo ser prorrogado por igual período, a seu pedido, pela complexidade da matéria ou pela
dificuldade dos dados solicitados.
§ 1º Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços públicos da administração direta
ou indireta serão referendados pelos Secretários Municipais, na área de sua competência.
§ 2º O não cumprimento do que determina o inciso V, deste artigo, sem justificação aceita pela
maioria absoluta da Câmara Municipal, importa em crime de responsabilidade, nos termos da
Lei Federal.
Art. 80. Os secretários Municipais e o Chefe da Contabilidade são solidariamente responsáveis
com o Prefeito Municipal pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.
Art. 81. Os secretários Municipais e o chefe da Contabilidade deverão fazer declaração de bens
no ato da sua posse e quando da sua exoneração, que deve ser encaminhada à Câmara
Municipal para registro em livro próprio e posteriormente publicado, além de registro em livro
próprio na Prefeitura Municipal.
Art. 81. Os secretários Municipais e todos quantos exerçam cargos eletivos e cargos, empregos
ou funções de confiança, na administração direta, indireta e fundacional de qualquer dos
Poderes do Município deverão fazer declaração de bens no ato da sua posse e quando da sua
exoneração, que deve ser encaminhada ao Tribunal de Contas dos Municípios e ao respectivo
serviço de pessoal. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
Art. 82. As incompatibilidades declaradas no art. 64 desta Lei Orgânica estendem-se, no que for
aplicável, aos auxiliares diretos do Prefeito.
SEÇÃO VIII
DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO
Art. 83. A Procuradoria Geral do Município é órgão que representa judicial e extrajudicialmente
o Município cabendo-lhe ainda, nos termos da lei, as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo e a administração em geral e privativamente, a execução da dívida
ativa e a guarda do patrimônio do Município.
Art. 83. A Procuradoria Geral do Município é órgão que representa judicial e extrajudicialmente
o Município, cabendo-lhe, ainda, nos termos da Lei, as atividades de consultoria e
assessoramento jurídico do Poder Executivo e à Administração em geral e, privativamente, a
execução da Dívida Ativa. (Redação dada pela Emenda nº 006/1996)
Art. 84. A Procuradoria Geral do Município reger-se-á por lei própria, que definirá a sua
organização e funcionamento atendendo, com relação aos seus integrantes, ao disposto no
artigo 37, XII, artigo 39, § 1º e artigo 135 da Constituição Federal.
Art. 84. A Procuradoria Geral do Município reger-se-á por lei própria, que definirá a sua
organização e funcionamento atendendo, com relação aos seus integrantes, ao disposto na
Legislação vigente. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
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Art. 85. A Procuradoria Geral do Município tem por chefe o Procurador Geral do Município
nomeado pelo Prefeito Municipal, dentre os integrantes da carreira de Procurador Municipal ou
advogado regularmente inscrito no órgão de classe, de saber jurídico reconhecido, após a
aprovação de seu nome pela maioria de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, para
mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução, desde que o tempo não ultrapasse o
mandato do Prefeito que o nomear.
Art. 85. A Procuradoria Geral do Município tem por chefe o Procurador Geral do Município
nomeado pelo Prefeito Municipal, dentre os integrantes da carreira de Procurador Municipal ou
advogado regularmente inscrito no órgão de classe, de saber jurídico reconhecido, após a
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros da Câmara, para mandato de 02
(dois) anos, permitida a recondução, desde que o tempo não ultrapasse o mandato do Prefeito
que o nomear. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
Parágrafo único. A destituição do Procurador Geral do Município pelo Prefeito Municipal, antes
do término do seu mandato, deverá ser precedida de autorização da maioria de 2/3 (dois terços)
da Câmara.
Parágrafo único. A destituição do Procurador Geral do Município pelo Prefeito Municipal antes
do término do seu mandato deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta da Câmara.
Art. 86. O ingresso na carreira de Procurador Municipal, far-se-á mediante concurso de provas
e títulos, organizado e aplicado de acordo com o inciso VI, do art. 91, desta Lei Orgânica, cujos
critérios serão definidos por lei para cada concurso, observando entre outros requisitos:
I - idoneidade moral e reputação ilibada;
II - notórios conhecimentos jurídicos, econômicos, financeiros e de administração pública, na
área municipal;
III - advogado, com mais de 5 anos de formado e 3 de pleno exercício, comprovado por certidão
da OAB, subseção local.
SEÇÃO IX
DA TRANSIÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 87. Até 31 (trinta e um) de outubro do último ano de mandato, o Prefeito Municipal deverá
entregar, para conhecimento público e para o seu sucessor, relatório da situação da
Administração Municipal que conterá, entre outras, informações atualizadas sobre:
Art. 87. Antes do término de seu mandato e logo após a divulgação, pelo Tribunal Regional
Eleitoral, dos resultados das eleições municipais, o Prefeito entregará a seu sucessor relatório
da situação administrativo-financeira do Município, e garantirá a este o acesso a qualquer
informação que lhe for solicitada. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 1º O relatório a que se refere este artigo deverá conter, entre outros dados: (Incluído pela
Emenda nº 022/2020)
I - dívidas do Município, por credor, com as datas dos respectivos vencimentos, inclusive das
dívidas a longo prazo e encargos decorrentes de operações de crédito de qualquer natureza;
I - relação detalhada das dívidas contraídas pelo Município, com identificação dos credores e
explicitação das respectivas datas de vencimento e das condições de amortização dos encargos
financeiros decorrentes, inclusive das operações de crédito para antecipação de receitas;
(Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
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CAPÍTULO IV
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
Art. 89. Mediante proposta fundamentada da maioria dos membros da Câmara de Vereadores
ou de 5% dos eleitores inscritos no Município e aprovação do Plenário, por maioria absoluta de
votos favoráveis, será submetida a plebiscito questão de relevante interesse do Município ou do
Distrito.
Art. 89. Mediante proposta fundamentada da maioria dos membros da Câmara de Vereadores
ou de 3% (três por cento) dos eleitores inscritos no Município e aprovação do Plenário, por
maioria absoluta de votos favoráveis, será submetida a plebiscito questão de relevante interesse
do Município ou do Distrito. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
§ 1º aprovada a proposta, caberá ao Poder Executivo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a
realização do plebiscito adotando as medidas necessárias junto à Justiça Eleitoral.
§ 2º Só poderá ser realizado um plebiscito em cada sessão legislativa.
§ 2º Serão realizadas, no máximo, duas consultas plebiscitárias por ano, admitindo-se até cinco
proposições por consulta, sendo vedada a sua realização nos quatro meses que antecederem à
realização de eleições municipais, estaduais e nacionais. (Redação dada pela Emenda nº
022/2020)
§ 3º A proposta que já tenha sido objeto de plebiscito, somente poderá ser apresentada depois
de cinco anos de carência.
§ 4º Será considerada vencedora a manifestação plebiscitária que alcançar, no mínimo, a
maioria dos votos válidos, tendo comparecido, pelo menos, a maioria absoluta dos eleitores,
conforme o caso, do Município ou do Distrito e, como tal, vinculará o Poder Público Municipal.
§ 5º O Tribunal Regional Eleitoral proclamará o resultado do plebiscito, que será considerado
como decisão definitiva sobre a questão proposta e formalizado em decreto legislativo, nas
quarenta e oito horas subsequentes à proclamação. (Incluído pela Emenda nº 022/2020)
§ 6º O Município assegurará ao Tribunal Regional Eleitoral os recursos necessários à realização
das consultas plebiscitárias. (Incluído pela Emenda nº 022/2020)
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Art. 90. No prazo de seis meses será regulamentada a utilização do referendo popular, mediante
lei complementar.
Art. 90. O referendo popular e plebiscito serão regulamentos, no que couberem, mediante lei
complementar. (Redação dada pela Emenda nº 022/2020)
TÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 91. A administração pública, direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município
obedecerá aos princípios e diretrizes da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade, descentralização, democratização, interesse público, participação popular e,
dentre outros mais os seguintes princípios:
I - garantia da participação dos Cidadãos e de suas organizações representativas na formulação,
controle a avaliação de políticas, planos e decisões administrativas, através de conselhos,
colegiados, audiências públicas, além dos mecanismos previsto na Constituição Federal e
Estadual e nesta Lei Orgânica;
II - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei;
III - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
IV - o prazo de validade do concurso público será de 02 (dois) anos, prorrogável uma vez, por
igual período;
V - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego na carreira;
VI - os concursos públicos dentro de programas da administração, serão organizados e aplicados
por entidade educacional de nível superior, dissociada da Administração Pública Municipal,
obrigatoriamente sem participação de servidor e de agente político do Município;
VII - é garantido ao servidor público o direito à livre associação sindical;
VIII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar
federal;
IX - os cargos em comissão e as funções de confiança serão, exercidos preferencialmente, por
servidores ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições
previstos em lei;
X - a lei fixará a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos,
observado, como limite máximo, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo
Prefeito;
XI - a revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índice, far-se-á
sempre na mesma data;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo;
46
47
CAPÍTULO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS
Art. 94. O Município instituirá regime jurídico único e plano de careira para os seus servidores
da administração direta, das autarquias e das fundações públicas.
§ 1º A lei assegurará aos servidores da administração direta, isonomia de vencimentos para
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes
Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza
ou ao local de trabalho.
§ 2º São direitos dos servidores públicos, além de outros previstos na Constituição Federal:
I - salário mínimo, conforme valor definido em lei federal;
II - irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
III - salário, nunca inferior ao mínimo, para os que perceberem remuneração variável;
IV - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
V - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VI - salário-família para seus dependentes;
VII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro horas
semanais;
VIII - jornada de 06hs (seis horas) para o trabalho realizado em turno único de trabalho
ininterrupto;
IX - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, a 50% (cinquenta por cento) à
do normal;
XI - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais que o salário normal;
XII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 (cento e
vinte) dias;
XIII - licença-paternidade nos termos fixados em lei federal;
XIV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
fixados em lei federal;
XV - redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XVI - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma
da lei federal;
XVII - proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XVIII - licença para tratar de interesse particular, sem remuneração;
XVIII - licença para tratar de interesse particular, sem remuneração, autorizada pela
administração pública, conforme a necessidade e conveniência para o serviço público; (Redação
dada pela Emenda nº 023/2020)
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XIX - direito de greve cujo exercício se dará nos termos e limites definidos em lei complementar
federal;
XX - licença-prêmio de 03 (três) meses por quinquênio de serviços prestados à administração
direta, autarquias e fundações, assegurado o recebimento integral das gratificações percebidas,
ininterruptamente, há mais de 02 (dois) anos;
XXI - isenção de contribuição para Instituto de Previdência dos Servidores Aposentados e
Pensionistas, na forma da lei;
XXI - isenção de contribuição para instituições previdenciárias oficiais, dos Servidores
Aposentados e Pensionistas municipais, que percebam proventos ou pensões, dentro dos
limites estabelecidos na forma da lei; (Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
XXII - auxílio doença, na forma da lei.
§ 3º O Município criará Escola de Governo, sob a denominação “Escola de Governo e
Desenvolvimento do Servidor Público Municipal de Itabuna” para a formação e o
aperfeiçoamento dos Servidores Públicos Municipais, constituindo-se a participação nos cursos
um dos requisitos para a promoção de carreira, facultada, para isso, e elaboração de convênios
ou contratos entre os entes federados ou privados. (Incluído pela Emenda nº 007/2003)
Art. 95. O Servidor Público Municipal será aposentado:
Art. 95. O Servidor Público Municipal será aposentado nos termos da legislação federal,
vinculando-se o Município ao sistema do Regime Geral de Previdência Social: (Redação dada
pela Emenda nº 023/2020)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em
serviço, moléstia profissional, doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei e
proporcionais nos demais casos;
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo
de serviço;
III - voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos, se homem, e aos 30 (trinta) anos se mulher, com proventos
integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e 25 (vinte e
cinco) anos, se professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, com
proventos proporcionais a esse tempo;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) anos, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;
§ 1º Exceções ao disposto no inciso III, “a” e “c”, no caso de exercício de atividades consideradas
penosas, insalubres ou perigosas, são as estabelecidas em Lei Complementar Federal.
§ 2º Aposentadoria em cargos ou empregos temporários obedecerá ao que dispuser Lei Federal.
§ 3º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente
para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade.
§ 4º Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data,
sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos
aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em
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50
Art. 101. É vedado o estabelecimento de desconto sobre os vencimentos dos servidores da ativa
ou inativos e sobre as pensões municipais exceto:
I - os descontos estabelecidos em lei;
II - os descontos referentes à pensão alimentícia devidamente fixada em juízo;
III - os descontos resultantes de indenização de bens municipais, estabelecidos em inquérito
administrativo.
§ 1º A proibição de que trata este artigo não se aplica às obrigações decorrentes de autorização
do servidor.
§ 2º Qualquer desconto efetuado em folha do servidor municipal da ativa ou inativo, da
administração direta, das autarquias ou das fundações, em favor de qualquer entidade, deverá
ser recolhida aos cofres do credor, até o dia l5 (quinze) do mês subsequente.
Art. 102. Os salários e os proventos dos servidores municipais ativos e inativos, bem como as
pensões dos pensionistas do Município serão pagos até, no máximo, dia 05 (cinco) do mês
subsequente, importando a inadimplência em correção monetária diária, observada a taxa
definida pelo Governo Federal.
Art. 102. Os vencimentos e subsídios dos servidores públicos municipais devem ser pagos no
prazo previsto pela legislação pertinente, corrigindo-se os valores se tal prazo for ultrapassado.
(Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
Art. 103 - O Poder Público Municipal dará assistência médica, odontológica, creches e formação
pré-escolar aos filhos e dependentes do servidor público municipal.
Art. 103. Os filhos e dependentes dos servidores públicos municipais disfrutarão gratuitamente
de assistência médica, odontológica e educação em creches e pré-escolas, desde o nascimento
até os seis anos de idade. (Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
Art. 104. Os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente,
por servidor ocupante de cargos ou empregos técnicos ou profissionais.
Art. 105. O servidor público municipal, eleito para diretoria executiva do seu sindicato, poderá
afastar-se do cargo ou função durante o período do mandato, sem prejuízo dos seus direitos,
inclusive, vencimentos e vantagens.
Art. 105. O servidor público municipal, eleito para diretoria executiva de confederação,
federação, associação de classe de âmbito nacional ou sindicato representativo da categoria ou
entidade fiscalizadora da profissão, poderá afastar-se do cargo ou função durante o período do
mandato, sem prejuízo dos seus direitos, conforme a lei municipal. (Redação dada pela Emenda
nº 023/2020)
Parágrafo único. Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção em
associação de classe ou sindicato, até o máximo de cinco por entidade; (Incluído pela Emenda
nº 023/2020)
Art. 106. A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos
proventos e das pensões do mês de dezembro do ano em curso.
Art. 106. A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base aquilo que estiver
estabelecido na legislação previdenciária nacional. (Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
CAPÍTULO III
DOS ATOS MUNICIPAIS
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SEÇÃO I
DA PUBLICAÇÃO
Art. 107. A publicação das leis e atos municipais far-se-á no jornal oficial do Município, sem
prejuízo de sua publicação em órgão da imprensa local ou de sua fixação nos quadros de aviso
da Prefeitura e da Câmara de Vereadores.
Art. 107. A publicação das Leis e Atos Municipais far-se-á no Jornal Oficial da Municipalidade e
por meio digital em site do Município de Itabuna, sem prejuízo de sua publicação em órgão da
imprensa local ou de sua fixação nos quadros de aviso da Prefeitura e da Câmara de Vereadores.
(Redação dada pela Emenda nº 019/2014)
§ 1º Os atos de efeito externo somente produzirão efeitos após a sua publicação.
§ 2º A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
§ 3º A escolha do órgão da imprensa local para a divulgação das leis e dos atos administrativos,
far-se-á através de licitação, em que se levarão em conta não só as condições de preço, como as
circunstâncias de periodicidade, horário, tiragem e distribuição.
Art. 108. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanha dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem a promoção pessoal da autoridade ou servidores
públicos.
Art. 109. O Prefeito Municipal fará publicar:
I - diariamente, por edital, o movimento de caixa do dia anterior;
II - mensalmente, o balancete resumido da receita e da despesa;
III - mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos;
IV - relatório resumido da execução orçamentária, nos termos do art. 137, desta Lei Orgânica;
V - anualmente, até 15 (quinze) de março do ano seguinte, as contas de administração
constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço orçamentário e
demonstração das variações patrimoniais, em forma sintética.
SEÇÃO II
DA FORMA
Art. 110. A formalização de atos administrativos da competência do Prefeito, far-se-á em
obediência as seguintes normas:
I - mediante Decreto, numerado em ordem cronológica, quando se tratar de:
a) regulamentação de lei;
b) abertura de créditos especiais e suplementares até o limite autorizado por lei, assim como os
créditos extraordinários;
c) declaração de utilidade pública ou de interesse social para fins de desapropriação ou de
servidão administrativa;
d) aprovação de regulamento ou de regimentos dos órgãos da administração direta;
e) aprovação dos estatutos dos órgãos da administração descentralizada;
f) criação, alteração e extinção de órgão da Prefeitura, quando autorizado em lei;
f) criação, alteração e extinção de órgão da Administração Municipal, quando autorizado em lei;
(Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
g) permissão para exploração de serviços públicos e para uso de bens municipais;
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SEÇÃO III
DO REGISTRO
Art. 111. O Município terá, sem prejuízo de outros necessários aos seus serviços, os seguintes
livros, fichas ou sistemas autenticados de:
I - termo de compromisso e posse;
II - declaração de bens;
III - atas das sessões da Câmara;
IV - registro de leis, decretos, resoluções, regulamentos, portarias, avisos, atos e instruções, um
para cada tipo;
V - cópia de correspondência oficial;
VI - protocolo, índice de papéis e livros arquivados;
VII - licitações, contratos para obras e serviços;
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CAPÍTULO IV
DA TRIBUTAÇÃO MUNICIPAL
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 112. O Prefeito Municipal deverá publicar, até o último dia do mês subsequente ao da
arrecadação, discriminadamente, o montante de cada um dos tributos arrecadados e os
recursos transferidos recebidos.
Art. 113. A receita pública será constituída dos tributos municipais, dos recursos transferidos,
dos preços públicos e de outros ingressos.
Art. 114. A isenção, a anistia e a remissão relativas a tributos e penalidades somente poderão
ser concedidas em caráter genérico e fundadas em interesse público justificado, sob pena de
nulidade do ato.
§ 1º A isenção somente poderá ser concedida por lei que trate do tributo respectivo ou por lei
específica.
§ 2º A concessão de isenção e de anistia de tributos municipais dependerá de autorização
legislativa, aprovada pela maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º A remissão de créditos tributários somente poderá ocorrer nos casos previstos no Código
Tributário Nacional, devendo a lei que autorize, ser aprovada pela maioria de 2/3 (dois terços)
dos membros da Câmara Municipal.
§ 4º A concessão de isenção, anistia ou remissão não gera direito adquirido e será revogada
sempre que se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições, não
cumpria ou deixou de cumprir os requisitos básicos para a sua concessão.
§ 5º O Poder Executivo deverá, anualmente, até 31 de março, reavaliar as isenções, as anistias
e as remissões em vigor, propondo à Câmara Municipal, sua revogação, se for o caso.
§ 6º O não cumprimento do que determina o parágrafo anterior importa na manutenção para o
exercício, das isenções, das anistias e das remissões em vigor.
Art. 115. O Poder Executivo deverá, obrigatoriamente, encaminhar, junto com o projeto de lei
orçamentária, demonstrativo dos efeitos das isenções, das anistias e das remissões vigentes.
Art. 116. O Executivo deverá prestar a todo contribuinte os esclarecimentos necessários sobre
a tributação municipal, mantendo para tal, serviço específico.
Art. 117. Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado pela
Prefeitura, sem prévia notificação.
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SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Art. 121. O sistema tributário municipal submeter-se-á, no que couber, às disposições da
Constituição Federal, da Constituição Estadual, das leis complementares federais aplicáveis e
desta Lei Orgânica.
Art. 122. O Município poderá instituir os seguintes tributos:
I - os impostos;
II - taxas decorrentes do regular exercício do poder de polícia administrativo ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestado ao contribuinte ou
posto a sua disposição;
III - contribuição de melhoria decorrente de obras públicas.
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§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria dos impostos e obedecerão aos seguintes
critérios:
I - atualização da base de cálculo das taxas decorrentes do exercício do Poder de Polícia
Municipal, obedecerá aos índices oficiais de atualização monetária e pode ser realizada
mensalmente;
II - atualização da base de cálculo das taxas de serviços levará em consideração a variação de
custos de serviços prestados ao contribuinte ou colocados à sua disposição, observado:
a) quando a variação de custo for inferior ou igual aos índices oficiais de atualização monetária,
poderá ser realizados mensalmente;
b) quando a variação de custos for superior àqueles índices, a atualização poderá ser feita
mensalmente até este limite, ficando o percentual restante para ser atualizado através de lei
que deverá estar em vigor antes do início do exercício subsequente.
Art. 123. A competência tributária é indelegável, salvo atribuições das funções de arrecadar ou
fiscalizar tributos, executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária,
conferida a outra pessoa jurídica de direito público.
§ 1º Essa atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem ao
Município e, por ato unilateralmente seu, poderá ser revogada a qualquer tempo.
§ 2º Não constitui delegação de competência o cometimento às pessoas de direito privado, do
encargo ou da função de arrecadar tributos.
SEÇÃO III
DAS LIMITAÇÕES DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Art. 124. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas por lei ao contribuinte, é vedado ao
Município:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
constituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro, em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos intermunicipais,
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público
Municipal;
VI - instituir imposto sobre:
a) patrimônio ou serviço da União, dos Estados, do Distrito Federal e de outros Municípios;
b) templos de qualquer culto;
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c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de
sua procedência ou destino;
VIII - instituir taxa relativa ao direito de petição, em defesa de direito ou contra a ilegalidade ou
abuso de poder e a obtenção de certidões para defesa de direitos e esclarecimento de situações
de interesse pessoal.
§ 1º A vedação do inciso VI, “a” é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio e aos serviços vinculados às suas finalidades
essenciais ou as delas decorrentes.
§ 2º As vedações do inciso VI, “a” e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio e aos
serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de
preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar
imposto relativo ao bem imóvel.
§ 3º As vedações expressas no inciso VI, “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio e os
serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
SEÇÃO IV
DOS IMPOSTOS MUNICIPAIS
Art. 125. Compete ao Município instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos a sua aquisição;
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
IV - serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência do Estado, definidos em
Lei Complementar Federal.
§ 1º O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo nos termos de lei municipal, de forma
a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atender as exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor.
§ 3º O Executivo deverá, se necessário, apurar, todos os anos, o valor venal dos imóveis de
acordo com os valores imobiliários vigentes a 1º de janeiro do exercício anterior, para fim de
lançamento do imposto a que se refere o inciso I.
§ 4º O Executivo deverá, se necessário, apurar o valor venal dos imóveis de acordo com os
valores imobiliários vigentes à data de transação, para fins da cobrança a que se refere o inciso
II, atualizados mensalmente.
§ 5º O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização de capital nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de
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fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil;
II - compete ao Município em razão da localização do bem.
§ 6º As alíquotas máximas dos impostos previstos nos incisos III e IV deste artigo serão as
definidas em lei complementar federal.
§ 7º Fica excluída da incidência do imposto previsto no inciso IV as exportações de serviços para
o exterior, nos termos da Constituição Federal.
SEÇÃO V
DOS TRIBUTOS PARTILHADOS
Art. 126. São receitas do Município por transferência da União e do Estado:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre rendas e proventos de qualquer
natureza incidente na fonte, sobre rendimentos pagos a qualquer título, por ele, suas autarquias
e pelas fundações que instituir ou mantiver;
II - 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do imposto da União sobre a
propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no Município;
III - 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a
propriedade de veículos automotores licenciados em seu território;
IV - a sua parcela dos 25% (vinte e cinco por cento) do produto da arrecadação do imposto do
Estado sobre operações relativas a circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de
transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação;
V - a sua parcela dos 22,5% (vinte e dois e meio por cento) do produto da arrecadação pela
União dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre os produtos
industrializados, através do Fundo de Participação dos Municípios;
VI - a sua parcela de 25% (vinte e cinco por cento) dos recursos recebidos pelo Estado oriundos
da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, nos termos da Constituição Federal.
§ 1º As parcelas de receitas pertencentes ao Município previstas nos incisos IV e VI, serão
creditados conforme os seguintes critérios:
I - 3/4 (três quartos) na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de
mercadorias realizadas no território do Município;
II - 1/4 (um quarto) como dispuser a lei estadual.
§ 2º São computados, no valor dos impostos constantes dos incisos de I a VI, os seus adicionais
e acréscimos, ou seja, multas, juros moratórios e correção monetária.
Art. 127. O Município, através do seu órgão financeiro, sob a responsabilidade do Prefeito
Municipal, deverá acompanhar o comportamento da arrecadação dos impostos transferidos, o
cálculo das quotas e sua liberação.
SEÇÃO VI
DOS PREÇOS PÚBLICOS
Art. 128. Para obter o ressarcimento de prestação de serviços de natureza comercial ou
industrial ou de sua atuação na organização e exploração de atividades econômicas, o Município
poderá cobrar preços públicos.
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Parágrafo único. Os preços devidos pela utilização de bens e serviços municipais deverão ser
fixados de modo a cobrir os custos dos respectivos serviços e serão reajustados sempre que se
tornarem deficitários.
Art. 129. Lei municipal estabelecerá outros critérios para a fixação e reajuste de preços públicos.
CAPÍTULO V
DOS ORÇAMENTOS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 130. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão;
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais;
§ 1º A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, por distrito,
regiões e bairros:
I - diretrizes, objetivos e metas para ações municipais de execução plurianual, para as despesas
de capital e outras delas decorrentes;
II - investimento de execução plurianual;
III - gastos com a execução de programas de duração continuada;
IV - o plano plurianual será aprovado após discussão com entidades representativas da
comunidade.
§ 2º As diretrizes orçamentárias compreenderão:
I - as prioridades da administração pública municipal, da administração direta ou indireta com
as respectivas metas, incluindo a despesa de capital para o exercício financeiro subsequente;
II - orientação para a elaboração da lei orçamentária anual;
III - alterações na legislação tributária municipal;
IV - autorização para a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração; criação
de cargos ou alteração de estrutura de carreira, pelas unidades governamentais da
administração direta ou indireta, inclusive as fundações constituídas e mantidas pelo Poder
Público Municipal, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista;
§ 3º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativo e Executivo, seus fundos, órgãos e
entidade da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público Municipal;
II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou indiretamente,
detenha maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo Poder Público Municipal;
§ 4º Os orçamentos previstos no § 3º, I, II e III, deste artigo serão compatibilizados com o plano
plurianual e terão entre suas funções a de reduzir desigualdades entre distrito, região e bairro,
segundo critério populacional.
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SEÇÃO II
DAS EMENDAS AOS PROJETOS ORÇAMENTÁRIOS
Art. 134. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais suplementares e especiais serão apreciados pela
Câmara Municipal.
§ 1º Caberá à comissão permanente de Orçamento e Finanças da Câmara Municipal:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos às matérias constantes do caput deste
artigo e sobre as contas do Município apresentadas anualmente pelo Prefeito, inclusive sobre o
Parecer Prévio emitido pelo Tribunal de Contas dos Municípios;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas municipais e exercer o
acompanhamento e a fiscalização da execução orçamentária, sem prejuízo da atuação das
demais comissões permanentes da Câmara.
§ 2º As emendas referentes aos projetos orçamentários, caput deste artigo, serão apresentadas
à Comissão Permanente de Orçamento e Finanças, que sobre elas emitirá parecer.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que os modifiquem
somente poderão ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
60
61
SEÇÃO III
DAS VEDAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
Art. 135. O orçamento anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita, nem à
fixação da despesa excluindo-se:
I - autorização para abertura de créditos suplementares;
II - autorização para contratação de operação de créditos, por antecipação de receitas,
obrigatoriamente liquidada no exercício.
Art. 136. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos no orçamento anual;
II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários adicionais;
III - a realização de operação de créditos que excedam o montante da despesa de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pela Câmara Municipal por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundos ou despesas, ressalvados os 25% (vinte
e cinco por cento) destinados ao Ensino e àquela dada em garantia às operações de crédito por
antecipação de despesas;
V - abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia indicação dos recursos
correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização de 2/3 (dois terços) dos componentes da Câmara, de recursos
do orçamento fiscal e da seguridade social, para suprir necessidades ou cobrir déficit de
empresas, fundações e fundos, inclusive os mencionados no art. 130, § 3º, III, desta Lei Orgânica;
IX - a instituição de fundos especiais sem autorização de 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara Municipal.
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse o exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade do Prefeito Municipal.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro, salvo os
autorizados nos últimos 04 (quatro) meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites
de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
62
SEÇÃO IV
DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Art. 137. A execução do orçamento do Município se refletirá na obtenção das receitas próprias,
transferidas e outras, bem como na utilização das dotações consignadas às despesas para a
execução dos programas nele determinados, observando sempre o princípio do equilíbrio.
Art. 138. O Prefeito Municipal fará publicar, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
Art. 139. As alterações orçamentárias durante o exercício são representadas:
I - pelos créditos adicionais, suplementares, especiais e extraordinários;
II - pelos remanejamentos, transferências e transposições de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro.
Parágrafo único. as alterações previstas no inciso II deste artigo serão realizadas observados os
critérios do art. 136, VI, desta Lei Orgânica.
Art. 140. Na efetivação dos empenhos sobre as dotações fixadas para cada despesa, será
emitido o documento Nota de Empenho, que conterá as características já determinadas nas
normas gerais de Direito Financeiro.
SEÇÃO V
DA ORGANIZAÇÃO CONTÁBIL
Art. 141. A contabilidade do Município obedecerá, na organização do seu sistema administrativo
e informativo e nos seus procedimentos, aos princípios fundamentais de contabilidade e às
normas estabelecidas na legislação pertinente.
SEÇÃO VI
DAS CONTAS MUNICIPAIS
Art. 142. Até 31 de março da Sessão Legislativa, o Prefeito Municipal encaminhará à Câmara
Municipal as contas do Município do exercício anterior, compostas de:
I - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras da administração direta e indireta,
inclusive dos fundos especiais e das fundações instituídas e mantidos pelo Poder Público;
II - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras consolidadas dos órgãos da
administração direta com as dos fundos especiais, das fundações e das autarquias, instituídos e
mantidos pelo Poder Público Municipal;
III - demonstrações contábeis, orçamentárias e financeiras consolidadas das empresas
municipais;
IV - notas explicativas às demonstrações de que trata este artigo;
V - relatório circunstanciado da gestão dos recursos públicos municipais no exercício
demonstrado.
SEÇÃO VII
DA PRESTAÇÃO E TOMADA DE CONTAS
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Art. 143. São sujeitos à tomada ou à prestação de contas os agentes da administração municipal
direta ou indireta, responsáveis por bens e valores confiados à Fazenda Pública Municipal
observados critérios desta Lei Orgânica e leis federais aplicáveis.
SEÇÃO VIII
DO CONTROLE INTERNO INTEGRADO
Art. 144. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada, um sistema de
controle interno, apoiado nas informações contábeis, com objetos de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual e a execução dos programas
do governo Municipal;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e a eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nas entidades da administração municipal, bem como da
aplicação de recursos públicos municipais por entidades de direito privado;
III - exercer o controle dos empréstimos e dos financiamentos, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres do Município.
CAPÍTULO VI
DA ADMINISTRAÇÃO DOS BENS PATRIMONIAIS
Art. 145. Compete ao Prefeito Municipal através da Procuradoria Geral do Município a
administração dos bens do Município, respeitada a competência da Câmara Municipal quanto
àqueles utilizados em seus serviços.
Art. 146. Todos os bens municipais deverão ser cadastrados com a respectiva identificação,
enumerando-se os móveis segundo o que for estabelecido em regulamento, os quais ficarão sob
a responsabilidade do Secretário Municipal a cuja Secretária forem distribuídos.
Art. 147. Constituem o patrimônio do Município de Itabuna os seus direitos e ações, os bens
imóveis, por natureza ou acessão física, os móveis que atualmente sejam de seu domínio ou lhes
pertençam, bem assim os que lhe vieram a ser atribuídos por lei e os que lhe sejam incorporados
por ato jurídico perfeito.
§ 1º Os bens que constituem o Patrimônio Público Municipal, utilizados pelos Poderes Executivo
e Legislativo, pelos Entes da Administração Descentralizada e aqueles utilizados ou colocados à
disposição pelos Agentes que atuam mediante convênio, consórcio, contrato ou ajuste
celebrado com o Poder Público Municipal, ainda que em nível de Cooperação Técnica, serão
padronizados nas cores da Bandeira do Município de Itabuna. (Incluído pela Emenda nº
015/2013)
§ 2º A padronização em bens de Uso Comum do Povo, integrantes do Patrimônio Público
Municipal, no que couber, observará as cores da Bandeira do Município de Itabuna. (Incluído
pela Emenda nº 015/2013)
§ 3º O Município de Itabuna terá direito à participação na exploração dos recursos do seu
subsolo, dos recursos hídricos para a exploração de energia elétrica e de outros recursos
minerais do seu território. (Renumerado pela Emenda nº 015/2013)
Art. 148. Os bens patrimoniais do Município deverão ser classificados:
I - pela sua natureza;
II - em relação a cada serviço.
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Parágrafo único. Deverá ser feita anualmente a conferência da escrituração patrimonial com os
bens existentes e, na prestação de contas de cada exercício deverá ser incluído o inventário de
todos os bens municipais.
Art. 149. A alienação de bens municipais, dentre outras normas definidas em lei e observada a
legislação federal pertinente, sempre subordinada à existência de interesse público
devidamente justificado e precedida de avaliação, obedecerá;
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa aprovada pela maioria absoluta dos
membros da Câmara e de concorrência pública dispensada nos seguintes casos:
a) doação, constando da lei e da escritura pública, os encargos do donatário, o prazo do seu
cumprimento e a cláusula de retrocessão, sob pena de nulidade do ato;
b) permuta na forma da lei específica.
II - a aquisição e a alienação de bens móveis dependem de avaliação prévia e licitação,
dispensada esta, na forma da lei, nos casos de doação, permuta ou venda de ações.
Parágrafo único. A inobservância das regras deste artigo tornará nulo o ato de transferência de
domínio, sem prejuízo da responsabilidade da autoridade que determinar a transferência.
Art. 150. O Município, preferentemente à venda ou doação de bens imóveis, concederá direito
real de uso com a aprovação da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal e mediante
concorrência.
§ 1º A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o uso se destinar a concessionário de
serviço público, a entidades assistenciais ou quando houver relevante interesse público
devidamente justificado.
§ 2º A venda de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e imprestáveis para
edificações resultantes de obras públicas, dependerá apenas de prévia avaliação e autorização
legislativa da maioria absoluta da Câmara, dispensada a licitação; as áreas resultantes de
modificação e alinhamento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam aproveitáveis ou
não.
Art. 151. A aquisição de bens imóveis por compra ou permuta dependerá de prévia avaliação e
autorização legislativa aprovada pela maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 1º O projeto de autorização legislativa para aquisição de bem imóvel deverá estar
acompanhado do competente arrazoado e do laudo de avaliação onde o interesse público
resultante esteja devidamente justificado, sob pena de arquivamento do projeto pela Câmara
Municipal.
§ 2º A lei autorizadora para a aquisição do bem imóvel será específica, com a descrição do bem
e a indicação dos dados relativos ao título de propriedade.
§ 3º Tomadas as cautelas devidas e observados, no que couber o exigido neste artigo e nos seus
parágrafos 1º e 2º, o Município poderá adquirir direitos possessórios.
Art. 152. A utilização e administração de bens públicos de uso especial, como mercados,
matadouros, estações, recintos de espetáculos e campos de esporte serão feitos na forma da lei
e regulamentos respectivos.
Art. 153. A afetação e a desafetação de bens municipais dependerão de lei.
Parágrafo único. As áreas transferidas ao Município em decorrência da aprovação de
loteamentos serão consideradas bens dominiais, enquanto não se efetivarem benfeitorias que
lhes deem outra destinação.
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Art. 154. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização, a título precário e por tempo determinado, quando houver interesse
público devidamente justificado.
§ 1º A concessão do uso de bens públicos, de uso especial e dominial, dependerá de lei e
concorrência pública e será feita mediante contrato sob pena de nulidade do ato, ressalvada a
hipótese do § 1º do art. 150 desta Lei Orgânica.
§ 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente poderá ser outorgada
para finalidades escolares, de assistência social ou turística, mediante autorização legislativa.
§ 3º A permissão do uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título
precário, por ato unilateral do Prefeito Municipal através de Decreto.
§ 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, para atividades específicas
e transitórias, será feita por portaria do Poder Executivo, pelo prazo máximo de 90 (noventa)
dias, salvo quando para o fim de formar canteiros de obra pública ou não, caso em que o prazo
corresponderá ao do projeto da obra.
§ 5º serão nulas de pleno as concessões, as permissões e as autorizações, bem como quaisquer
outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.
Art. 155. Nenhum servidor será dispensado ou exonerado ou terá aceito o seu pedido de
exoneração ou rescisão, sem que o órgão responsável pelo controle dos bens patrimoniais da
Prefeitura ou Câmara ateste que o mesmo devolveu os bens móveis do Município que estavam
sob sua guarda.
Art. 156. O órgão competente do Município será obrigado, independentemente de despacho de
qualquer autoridade, a abrir inquérito administrativo e a propor, se for o caso, a competente
ação civil e penal contra qualquer servidor, sempre que forem apresentadas denúncias contra o
extravio ou danos de bens municipais.
Art. 157. A denominação ou alteração dos próprios, ruas, avenidas e logradouros públicos
municipais obedecerão o que dispuser a lei e esta Lei Orgânica, vedadas a atributações de nomes
de pessoas vivas.
Art. 157. A denominação, mudança de nominação, dos próprios, ruas, avenidas, praças, e
quaisquer outros logradouros públicos municipais, bem como, qualquer alteração na estrutura
arquitetônica ou mudança de destinação dos prédios próprios do Município, integrantes do seu
patrimônio histórico-cultural e artístico, e ainda, áreas de lazer, parques, jardins, e similares,
dependerá de prévia consulta popular, na forma desta lei. (Redação dada pela Emenda nº
02/1992)
Parágrafo único. Para cumprimento do disposto no caput deste artigo, a comunidade deverá
manifestar-se através de documento firmado por no mínimo 0,5% (meio por cento) dos eleitores
inscritos no Município. (Incluído pela Emenda nº 02/1992)
CAPÍTULO VII
DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS
Art. 158. É de responsabilidade do Município, mediante licitação e de conformidade com os
interesses e as necessidades da população, prestar serviços públicos diretamente ou sob regime
de concessão, permissão ou autorização, bem como realizar obras públicas, podendo contratá-
las com particulares através de processo licitatório.
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Art. 159. Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início sem
prévia elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:
I - o respectivo projeto;
II - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse comum;
III - a indicação dos recursos financeiros para o atendimento das respectivas despesas;
IV - os prazos para o seu início e término, acompanhados da respectiva justificação.
§ 1º Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema urgência, serão
executados sem prévio orçamento de seus custos.
§ 2º As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura e por suas autarquias e demais
entidades da administração indireta, e por terceiros, mediante licitação.
Art. 160. A concessão de serviço público somente será efetivada com autorização legislativa,
pela maioria absoluta dos membros da Câmara e mediante contrato precedido de concorrência.
§ 1º A permissão do serviço público, a título precário, poderá ser outorgada por Decreto do
Prefeito Municipal após edital de chamamento para a escolha de melhor proposta.
§ 2º A autorização se dará em casos especiais, por Decreto e por escolha direta, pelo prazo de
até 30 (trinta dias), sem renovação.
§ 3º Serão nulas de pleno direito as concessões e as permissões, bem como qualquer autorização
para a exploração de serviço público, feitas em desacordo ao estabelecido neste artigo e nos
seus parágrafos 1º e 2º.
§ 4º Os serviços concedidos, permitidos ou autorizados ficarão sujeitos à regulamentação e à
fiscalização da administração municipal, cabendo ao Prefeito fixar as tarifas e/ou preços
públicos, ressalvados os serviços que necessitem de autorização legislativa.
§ 5º O Município poderá revogar a concessão, permissão ou autorização e retomar, sem
indenização, os referidos serviços desde que executados em desconformidade com o ato ou
contrato, bem como aqueles que se revelarem manifestamente insatisfatórios para o
atendimento ao usuário.
§ 6º As licitações para concessão, permissão ou autorização de serviços públicos deverão ser
precedidas de ampla publicidade através dos meios de comunicação local, inclusive em órgãos
da imprensa de grandes centros, mediante edital ou comunicado resumido.
§ 7º Na concessão ou na permissão de serviços públicos, o Município reprimirá qualquer forma
de abuso do poder econômico, principalmente as que visem à dominação do mercado, à
exploração monopolística e ao aumento abusivo de lucro.
Art. 161. Nos contratos de concessão ou permissão de serviços públicos serão estabelecidos,
entre outros:
I - os direitos dos usuários, inclusive as hipóteses de gratuidade;
II - as regras para a remuneração do capital e para garantir o equilíbrio econômico e financeiro
do contrato;
III - as normas que possam comprovar eficiência no atendimento do interesse público, bem
como permitir a fiscalização pelo Município de modo a manter o serviço contínuo, adequado e
acessível;
IV - as regras para orientar a revisão periódica das bases de cálculo dos custos operacionais e da
remuneração do capital, ainda que estipulada em contrato anterior;
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V - a remuneração dos serviços prestados aos usuários diretos, assim como a possibilidade de
cobertura dos custos por cobrança a outros agentes beneficiados pela existência dos serviços;
VI - as condições de prorrogação, caducidade, rescisão e reversão da concessão ou permissão.
Art. 162. Os usuários estarão representados nas entidades prestadoras de serviços públicos na
forma que dispuser a legislação municipal, assegurando-se sua participação em decisões
relativas a:
I - planos e programas de expansão dos serviços;
II - revisão da base de cálculo dos custos operacionais;
III - política tarifária;
IV - nível de atendimento da população em termos de quantidade e qualidade;
V - mecanismos para atenção de pedidos e reclamações dos usuários, inclusive para apuração
de danos causados a terceiros.
Parágrafo único. Em se tratando de empresas concessionárias ou permissionárias de serviços
públicos, a obrigatoriedade mencionada neste artigo deverá constar do contrato de concessão
ou permissão.
Art. 163. As entidades prestadoras de serviços públicos são obrigadas, pelo menos uma vez por
ano, a dar ampla divulgação de suas atividades, informando, em especial, sobre planos de
expansão, aplicação de recursos financeiros e realização de programas de trabalho.
Art. 164. Ao Município é facultado conveniar com a União ou com o Estado a prestação de
serviços públicos de sua competência privativa quando lhe faltarem recursos técnicos ou
financeiros para a execução dos serviços em padrões adequados ou quando houver interesse
mútuo para a celebração do convênio.
Parágrafo único. Na celebração de convênios de que trata este artigo deverá o Município:
I - propor os planos de expansão dos serviços públicos;
II - propor critérios para fixação de tarifas;
III - realizar avaliação periódica da prestação dos serviços.
Art. 165. O Município poderá, com autorização legislativa, consorciar-se com outros Municípios
para realização de obras ou prestação de serviços de interesse comum.
Art. 166. Os órgãos colegiados das entidades de administração indireta do Município terão a
participação obrigatória de um representante de seus servidores, eleito por estes mediante voto
direto e secreto, conforme regulamentação a ser expedida por ato do Prefeito Municipal.
Art. 167. Nos serviços, obras, concessões e permissões do Município, bem como nas compras e
alienações, ressalvado os casos previstos nesta lei, será adotada a licitação, nos termos da lei.
CAPÍTULO VIII
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 168. O Governo Municipal manterá processo permanente de planejamento visando
promover o desenvolvimento do Município, o bem-estar da população e melhoria da prestação
de serviços públicos municipais.
Parágrafo único. O desenvolvimento do Município terá por objetivo a realização plena de seu
potencial econômico e a redução das desigualdades sociais no acesso aos bens e serviços,
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SEÇÃO II
DA COOPERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES NO
PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Art. 176. O Poder Executivo buscará, por todos os meios ao seu alcance, a cooperação das
associações representativas no planejamento municipal.
Parágrafo único. Para fins deste artigo, entende-se como associação representativa qualquer
grupo organizado que tenha legitimidade para representar seus filiados, independentemente
de seus objetivos ou de natureza jurídica.
Art. 177. O Poder Executivo submeterá à apreciação das associações, antes de encaminhá-lo à
Câmara Municipal, o projeto de lei do Plano Diretor, a fim de receber sugestões quanto à
oportunidade e o estabelecimento de prioridade das medidas propostas.
Art. 177. O município submeterá à apreciação de associações representativas da comunidade
municipal, antes de encaminhá-lo à Câmara Municipal, o projeto de lei do Plano Diretor, a fim
de receber sugestões quanto à oportunidade e o estabelecimento de prioridade das medidas
propostas. (Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
Parágrafo único. O projeto de que trata este artigo ficará à disposição das associações durante
30 (trinta) dias antes da data fixada para sua remessa à Câmara Municipal.
Art. 178. A convocação das entidades mencionadas nesta seção far-se-á por todos os meios à
disposição do Governo Municipal.
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SEÇÃO III
DOS TRANSPORTES COLETIVOS
Art. 179. Cabe ao Município prestar, diretamente ou sob regime de concessão, permissão ou
autorização, os serviços de transportes coletivos no seu território.
Art. 179. Cabe ao Município organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão,
permissão ou autorização, os serviços de transportes coletivos no seu território. (Redação dada
pela Emenda nº 023/2020)
Parágrafo único. O Município priorizará a concessão e, não havendo licitantes, admitirá o regime
de permissão ou autorização, conforme o caso.
Parágrafo único. O Município priorizará a concessão e, não havendo licitantes, admitirá o regime
de permissão ou autorização, conforme a lei. (Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
Art. 180. O Município, na prestação de serviços de transporte público, fará obedecer aos
seguintes princípios básicos:
I - segurança e conforto dos passageiros, garantindo, em especial, acesso às pessoas portadoras
de deficiências físicas;
I - segurança e conforto dos passageiros, garantindo, em especial, acesso às pessoas com
deficiência; (Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
II - prioridade a pedestres e usuários dos serviços;
II - prioridade a pedestres e usuários dos serviços, especialmente para os maiores de 60 anos;
(Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
III - tarifa social, assegurada a gratuidade aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos;
IV - proteção ambiental contra a poluição atmosférica e sonora;
V - integração entre sistemas e meios de transporte e racionalização de itinerários;
VI - participação das entidades representativas da comunidade e dos usuários no planejamento
e na fiscalização dos serviços.
Art. 181. Lei municipal, de iniciativa do Poder Executivo, organizará o sistema de operação dos
transportes coletivos, observando na abrangência de sua competência:
I – organização e gerência:
a) do tráfego local;
b) do sistema viário e a localização dos polos geradores de tráfego e transportes, priorizando o
atendimento à população de baixa renda, notadamente nos bairros periféricos;
c) do transporte coletivo de passageiros por ônibus;
d) dos fundos de vendas de passes e vale-transporte;
e) dos serviços de táxis e lotações;
f) dos estacionamentos em vias e locais públicos;
g) das atividades de cargas e descargas em vias e locais públicos;
h) da prestação direta ou indireta do transporte escolar na zona rural;
h) da prestação direta ou indireta do transporte escolar na zona urbana e rural; (Redação dada
pela Emenda nº 023/2020)
i) sistema de integração da passagem dos coletivos urbanos.
II - a regulamentação e fiscalização dos serviços de transporte escolar, fretamento e transportes
especiais de passageiros;
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Art. 184. Fica assegurado o desconto de 50% (cinquenta por cento) nas passagens de transporte
coletivo municipal, aos estudantes de 1º, 2º e 3º graus, no período escolar, constando esta
cláusula nas concessões, permissões ou autorizações feitas pelo Município, através de passes
vendidos pela Associação dos Proprietários dos Transportes Coletivos de Itabuna ou
equivalente. (Redação dada pela Emenda 001/1992)
Art. 184. Fica assegurado, através de passes, o desconto de 50% (cinquenta por cento) nas
passagens dos Transportes Coletivos Municipais, aos estudantes de 1º, 2º e 3º graus, no período
escolar, constando esta cláusula nas concessões, permissões ou autorizações feitas pelo
Município. (Redação dada pela Emenda 003/1993)
Art. 184. Fica assegurado, através de passes, o desconto de 50% (cinquenta por cento) nas
passagens dos Transportes Coletivos Municipais, aos estudantes da educação básica, técnico-
profissional e superior, no período escolar, constando esta cláusula nas concessões, permissões
ou autorizações feitas pelo Município, conforme definido em lei. (Redação dada pela Emenda
nº 023/2020)
§ 1º O direito previsto no caput deste artigo, fica assegurado com a apresentação da identidade
estudantil, no ato da compra dos passes, expedida pelas entidades estudantis representantes
da classe. (Incluído pela Emenda nº 04/1993)
§ 1º O direito previsto no caput fica assegurado com a apresentação do comprovante de
matrícula para os estudantes da educação superior e o atestado de matrícula para os estudantes
da educação básica no ato da compra dos passes. (Redação dada pela Emenda nº 023/2020)
§ 2º No segundo semestre, para a compra dos passes será obrigatório a apresentação do
comprovante de matrícula para os estudantes de 3º grau, e, o atestado de frequência para os
estudantes de 1º e 2º graus. (Incluído pela Emenda nº 04/1993)
§ 2º No segundo semestre, para a aquisição dos passes, será obrigatória a apresentação do
comprovante de matrícula e o atestado de frequência. (Redação dada pela Emenda nº
023/2020)
§ 3º Fazem jus ao mesmo benefício previsto no caput os alunos de cursinhos pré-vestibulares
com renda familiar per capita de até 02 (dois) salários mínimos, conforme definido em lei.
(Incluído pela Emenda nº 023/2020)
Art. 185. O Poder Executivo somente expedirá o alvará de funcionamento para o serviço de TÁXI
na forma prevista no artigo 182 desta Lei Orgânica.
Art. 185. O Poder Executivo somente expedirá o alvará de funcionamento para o serviço de táxi,
mototáxi e moto-frete na forma prevista no art. 182 desta Lei Orgânica. (Redação dada pela
Emenda nº 023/2020)
Art. 186. O Poder Executivo determinará e fará fiscalizar a padronização dos veículos do serviço
de TÁXI.
Art. 187. A regulamentação de qualquer outro tipo de transporte coletivo, de pessoal ou de
carga, não previsto nesta Seção, será motivo de lei de iniciativa do Poder Executivo.
TÍTULO VI
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
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Art. 188. A ordem social tem por base o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar social.
Art. 188. A ordem social tem como base o primado do trabalho e, como objetivo, o bem-estar e
a justiça sociais. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Art. 189. É dever do Município com o objetivo de promover o bem-estar social, sobretudo da
população mais carente, oportunizar a todo o cidadão residente no seu território, justiça social
e desenvolver, para colimar estes objetivos, concorrentemente com a União e o Estado,
prioritariamente as políticas:
I - do desenvolvimento urbano;
II - de saúde, previdência e assistência social;
II - de saúde e assistência social; (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
III - de assistência ao deficiente, à criança, ao adolescente e ao idoso;
III - de assistência à pessoa com deficiência, à criança, ao adolescente e ao idoso; (Redação dada
pela Emenda nº 024/2020)
IV - de promoção da mulher e do negro, combatendo de todas as formas qualquer tipo de
discriminação;
V - de incentivo, disseminação e promoção da cultura, da educação e do desporto;
VI - de defesa do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
VI - de defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável; (Redação dada pela Emenda
nº 024/2020)
VII - da habitação.
Art. 190. O Município deverá consignar em seu orçamento anual verba destinada a financiar a
seguridade social.
Art. 191. O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana será criado por lei,
com a finalidade de investigar as violações de direitos humanos no território do Município, de
encaminhar as denúncias a quem de direito e de propor soluções gerais a esses problemas.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
Art. 192. A política do desenvolvimento urbano a ser formulada e executada pelo Poder Público
Municipal, conforme diretrizes fixadas em leis federais e estaduais e nesta Lei Orgânica, terá por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e dos seus aglomerados
urbanos, bem como garantir o bem-estar dos seus habitantes em consonância com as políticas
social e econômica do Município.
Parágrafo único. As funções sociais da cidade dependem do acesso de todos os cidadãos aos
serviços urbanos, assegurando-lhes condições de vida e moradia compatíveis com o estágio de
desenvolvimento do Município.
Art. 193. O Plano Diretor a ser instituído por lei complementar municipal é o instrumento básico
da política do desenvolvimento urbano do Município e de orientação da atuação de todos os
agentes públicos e privados nele envolvidos.
§ 1º O Plano Diretor fixará os critérios que assegurem a função social da propriedade, cujo uso
e ocupação deverão respeitar a legislação urbanística, a proteção do patrimônio ambiental
natural e construído e os interesses da comunidade.
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CAPÍTULO III
DA POLÍTICA DE SAÚDE
Art. 204. A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público, assegurada mediante
políticas sociais e econômicas que visem a eliminação do risco de doenças e outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 205. Para atingir os objetivos estabelecidos no artigo anterior, o Município promoverá em
comum com a União e o Estado:
I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte e
lazer;
I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação, transporte,
lazer e cultura; (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;
III - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações e serviços de
promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação.
Art. 206. As ações de saúde são de relevância pública, devendo sua execução ser feita
preferencialmente através de serviços públicos e, complementarmente, através de serviços
privados.
Art. 207. O Município integra, com a União e o Estado, uma rede regionalizada e hierarquizada,
constituindo o Sistema Único de Saúde, cuja ações e serviços, na sua circunscrição territorial,
serão organizadas dentro dos seguintes princípios e diretrizes:
I - planejar, organizar, gerir, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde;
II - planejar, programar e organizar a rede regionalizada e hierarquizada do SUS, em articulação
com a sua direção estadual;
III - atendimento integralizado, hierarquizado e universalizado em todos os níveis;
IV - participação da comunidade na formulação, gestão e controle das políticas e ações de saúde;
V - integração das ações de saúde, saneamento básico e ambiental;
VI - obrigatoriedade do atendimento gratuito a todos os usuários, proibida a cobrança de todo
e qualquer tipo de taxa, quer pelas unidades do serviço público ou pelos serviços privados
contratados ou conveniados;
VII - gerir, executar, controlar e avaliar as ações referentes às condições e aos ambientes de
trabalho;
VIII - executar serviços de:
a) vigilância epidemiológica;
b) vigilância sanitária;
c) alimentação e nutrição;
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78
CAPÍTULO IV
DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 213. O Município manterá o sistema próprio de Previdência Social para seus servidores.
Art. 213. O Município de Itabuna integra o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada
pela Emenda nº 024/2020)
Parágrafo único. O sistema de que trata este artigo deverá assegurar a garantia de todos os
direitos previstos na Lei Federal.
Art. 214. O Município prestará assistência social às pessoas que dela necessitar,
independentemente de contribuição à seguridade social, objetivando promover:
I - a proteção à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - a ajuda aos desvalidos e às famílias desprovidas de recursos;
III - a proteção e encaminhamento de menores abandonados;
IV - o recolhimento, encaminhamento e recuperação de desajustados e marginalizados;
V - a integração do indivíduo ao mercado de trabalho e ao meio social;
VI - o agenciamento e a colocação de mão-de-obra local;
VII - a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração na vida comunitária.
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VIII – a proteção às crianças e aos adolescentes usuários de drogas. (Incluído pela Emenda nº
016/2013)
§ 1º Na formulação e desenvolvimento dos programas de assistência social, o Município buscará
a participação das associações representativas da comunidade.
§ 2º Caberá ao Município promover e executar as obras que, por sua natureza e extensão, não
possam ser atendidas pelas instituições de caráter privado.
§ 3º É facultado ao Município, no estrito interesse público:
I - conceder subvenções a entidades assistenciais privadas declaradas de utilidade pública por
lei municipal;
II - firmar convênio com entidade pública ou privada para prestação de serviços de assistência
social à comunidade local;
III - estabelecer consórcio com outros Municípios visando o desenvolvimento de serviços
comuns de assistência social.
Art. 214-A. Lei municipal disporá sobre a política pública para a população de rua, estabelecendo
a implementação e a manutenção pelo Município de programas e serviços voltados para essa
população, inclusive a criação de locais de acolhimento. (Incluído pela Emenda nº 024/2020)
Art. 215. O Poder Executivo instituirá o Plano de Assistência Social do Município, objetivando a
correção do desequilíbrio do sistema social e visando um desenvolvimento social harmônico,
consoante o previsto na Constituição Federal, observados os critérios e princípios deste capítulo.
Art. 216. O Município instituirá contribuição cobrada de seus servidores para custeio em
benefício destes, do Sistema de Previdência e Assistência Social. (Revogado pela Emenda nº
024/2020)
CAPÍTULO V
DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, DO IDOSO E DO DEFICIENTE
SEÇÃO I
DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Art. 217. É dever do Poder Público Municipal, promover ações voltadas para assegurar com
prioridade absoluta, à criança e ao adolescente o direito à vida, saúde, respeito, liberdade,
convivência familiar e comunitária, alimentação e moradia, educação, profissionalização e lazer,
além de protegê-los de toda forma de violência, discriminação e exploração.
§ 1º O Município promoverá, suplementarmente à União e ao Estado, programa integral de
assistência à saúde da criança e do adolescente, admitida participação de entidades não
governamentais.
§ 2º O Município criará programas de prevenção e atendimento especializado, inclusive na área
de educação, para as crianças e adolescentes portadores de deficiência física, sensorial ou
mental, bem como sua integração social, facilitando o acesso aos bens e serviços coletivos, na
forma desta Lei Orgânica e da legislação federal aplicável.
§ 2º O Município criará programas de prevenção e atendimento especializado, inclusive na área
da educação, para as crianças e adolescentes com deficiência, bem como sua integração social,
facilitando o acesso aos bens e serviços coletivos, na forma desta Lei Orgânica e da legislação
federal aplicável. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
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SEÇÃO II
DO IDOSO
Art. 218. É dever do Município, concorrentemente com a União e o Estado, colaborando com a
família e a sociedade, amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade
local, defendendo sua dignidade e instituir equipamentos sociais que promovam o seu bem-
estar garantindo-lhes o direito à vida.
Art. 218. A família, a sociedade e o Município, concorrentemente com o Estado e a União, têm
o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,
defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. (Redação dada pela
Emenda nº 024/2020)
§ 1º Os programas de amparo aos idosos deverão ser planejados para serem executados,
preferencialmente em seus lares, objetivando sua continuada integração na família.
§ 2º Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos será garantida a gratuidade dos transportes
coletivos urbanos.
§ 3º As pessoas compreendidas na faixa etária de sessenta e sessenta e cinco anos, fica garantida
a gratuidades nos serviços de transportes coletivos urbanos. (Incluído pela Emenda nº
011/2014)
§ 4º Para efeito do disposto anterior, considera-se identificação um dos seguintes documentos:
(Renumerado pela Emenda nº 011/2014)
§ 4º Para efeito do disposto anterior, considera-se identificação, o documento oficial com foto.
(Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
I - cédula de identidade; (Revogado pela Emenda nº 024/2020)
II - carteira de trabalho e previdência social. (Revogado pela Emenda nº 024/2020)
SEÇÃO III
DO DEFICIENTE
Art. 219. O Município deverá cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das
pessoas portadoras de deficiência, concorrentemente com o Estado e a União.
Art. 219. O Município deverá cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das
pessoas com deficiência, concorrentemente com o Estado e a União. (Redação dada pela
Emenda nº 024/2020)
Art. 220. Dentre outras providências, para atender o que determina o artigo anterior, o Poder
Público Municipal, deverá:
I - na construção de edifícios públicos municipais de qualquer destinação, fazer constar:
a) rampa de acesso que possibilite o trânsito de pessoas em cadeira de roda;
a) rampa de acesso que possibilite o trânsito para cadeirantes; (Redação dada pela Emenda nº
024/2020)
b) portas com mais de um metro de largura, quando de acesso ao edifício ou às suas repartições;
c) pelo menos um sanitário por andar adaptado para deficiente físico, de acordo com normas
técnicas pertinentes.
II - nas vias e logradouros públicos:
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a) rebaixar os meios-fios das principais vias públicas em locais estratégicos, bem como nesses
locais construir rampas;
b) providenciar, junto às repartições públicas pertinentes, a colocação de caixa de correios e de
telefone público com altura própria para utilização de pessoas em cadeira de rodas;
c) construir, nos abrigos de ponto de transporte coletivo urbano, dispositivo que facilite a
entrada de deficiente físico nos ônibus.
III - fazer constar na concessão de serviço de transporte coletivo urbano, cláusula que obrigue a
empresa concessionária a adaptar nos seus ônibus:
a) na porta de saída, que servirá também de entrada, corrimão especial para facilitar o acesso
de pessoa com deficiência;
b) em, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) de sua frota, cadeiras especiais em local
compatível, reservada para pessoa com deficiência física.
Art. 221. O Poder Executivo somente poderá liberar alvará para construção de edifícios
destinados a uso comercial, observados os critérios constantes do artigo 220, I, e alíneas, desta
Lei Orgânica.
Art. 221. O Poder Executivo somente poderá liberar alvará para construção, ampliação ou
reforma de edificações destinadas a uso comercial ou residencial multifamiliar, caso sejam
observados os critérios constantes do art. 220, I, e alíneas, desta Lei Orgânica e na legislação
federal. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Art. 222. O Poder Executivo deverá interferir dentro da sua esfera de competência, junto à
União, ao Estado e aos seus órgãos de administração indireta, para que sejam cumpridos os
critérios do artigo anterior na execução de suas edificações realizadas no Município.
Art. 223. Lei municipal reservará cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios para a sua admissão.
Art. 223. Lei municipal reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
com deficiência e definirá os critérios para a sua admissão. (Redação dada pela Emenda nº
024/2020)
Parágrafo único. O percentual de cargos e empregos públicos a que se refere este artigo não
poderá ser inferior a 5% (cinco por cento).
Art. 224. Nas escolas da rede municipal deverão ser criadas classes especiais apropriadas para
atendimento a deficientes mentais leves e moderados e a deficientes auditivos e visuais.
Art. 224. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, sendo assegurado sistema
educacional inclusivo em todos os níveis atendidos pelo Município, de forma a alcançar o
máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais
e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. (Redação
dada pela Emenda nº 024/2020)
Parágrafo único. O ensino às pessoas com deficiência será oferecido preferencialmente na rede
regular de ensino, conforme dispuser lei federal. (Incluído pela Emenda nº 024/2020)
Art. 225. É assegurado ao deficiente a gratuidade nos serviços de transporte coletivo urbano.
§ 1º A garantia de que trata o caput deste artigo, estende-se ao acompanhante do deficiente
visual e do excepcional.
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SEÇÃO II
DO NEGRO
Art. 228. Com países que mantiver regime de discriminação racial, o Município não poderá:
I - sediar casa de amizade;
I - manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de delegações oficiais ou não; (Redação
dada pela Emenda nº 024/2020)
II - admitir participação, ainda que indireta, através de empresas nele sediada, em qualquer
processo licitatório da administração pública direta ou indireta.
II - admitir participação, ainda que indireta, através de empresas neles sediadas, em qualquer
processo licitatório da administração pública direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda nº
024/2020)
Art. 229. Sempre que for veiculada publicidade municipal com mais de uma pessoa, o município
deverá incluir, obrigatoriamente, pessoas de origem da raça negra.
Art. 230. O dia 20 (vinte) de novembro será considerado no calendário oficial do Município como
o DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.
Parágrafo único. Na semana do dia 20 (vinte) de novembro, as escolas da rede municipal de
ensino deverão programar atividades especiais onde seja evidenciada a real dimensão da
participação do negro na formação da sociedade baiana e brasileira.
Art. 231. As casas de candomblé como indicadoras da cultura afro-brasileira, estão enquadradas
no art. 124, VI, “b”, desta Lei Orgânica.
CAPÍTULO VII
DA CULTURA, DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
SEÇÃO
DA CULTURA
Art. 232. O Poder Público Municipal assegurará a todos, meios de acesso à cultura, estimulando
o desenvolvimento das ciências, das artes, das letras e da cultura em geral, apoiando e
incentivando a valorização e a difusão das manifestações culturais na área do Município,
obedecendo os seguintes princípios:
I - liberdade de criar, produzir, praticar e divulgar valores e bens culturais;
II - planejamento e gestão dos programas e ações culturais, em conjunto, garantindo a
participação da comunidade através de suas representações;
III - compromisso do Município de resguardar e defender a integridade, independência e
autenticidade da cultura brasileira;
IV - garantia do incentivo e proteção à produção cultural e ao artista, inclusive na zona rural;
V - regionalização da produção cultural artística e jornalística no Município assegurando, nas
suas programações em rádio e televisão locais, a participação da produção artística Itabunense
em percentuais progressivos, na forma da lei;
V - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, assegurando-se, na programação
de empresas de rádio e televisão sediadas no Município, a participação da produção artística
Itabunense, conforme percentuais estabelecidos em lei; (Redação dada pela Emenda nº
024/2020)
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Art. 241. Fica criado o Conselho Municipal de Cultura com competência para opinar, discutir e
assessorar órgão responsável pela cultura no Município, dentre outras matérias definidas em
Lei sobre: (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
I - política municipal de cultura;
II - programas plurianuais das atividades culturais do Município;
III - programas de promoções culturais de qualquer natureza, promovidas ou patrocinadas pela
administração pública municipal direta ou indireta.
Art. 242. Lei Municipal regulará o funcionamento e definirá a estrutura do Conselho Municipal
de Cultura, que terá constituição paritária de representantes do Poder Público Municipal e de
representantes de entidades civis legalmente constituídas com sede no Município, contando no
mínimo, com 06 (seis) e, no máximo, com 30 (trinta) membros.
SEÇÃO II
DA EDUCAÇÃO
Art. 243. O Município promoverá, prioritariamente, a educação pré-escolar e o ensino do
primeiro grau, bem como ensino do segundo grau com a colocação da sociedade e a cooperação
técnica e financeira da União e do Estado, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, atendendo os seguintes
princípios:
Art. 243. O Município promoverá, prioritariamente, o ensino infantil e o ensino fundamental,
bem como o ensino médio com a participação da sociedade e cooperação técnica e financeira
da União e do Estado, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho, atendendo os seguintes princípios: (Redação
dada pela Emenda nº 024/2020)
I - a educação é um direito de todos e dever do Estado nos seus diversos níveis, cabendo ao
Poder Público Municipal, com o apoio técnico e financeiro do Poder Público Estadual e Federal,
assegurar vagas suficientes para atender toda a demanda de creches, pré-escola ou educação
infantil e de 1º grau e em complementação aos poderes públicos Estadual e Federal, o 2º grau
diurno e noturno;
I - a educação é um direito de todos e dever do Estado nos seus diversos níveis, cabendo ao
Município oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino
fundamental, assegurando vagas suficientes para atender toda a demanda; (Redação dada pela
Emenda nº 024/2020)
II - o ensino no Município, pautado nas ideias de liberdade, solidariedade e igualdade social, tem
como objetivo o desenvolvimento unilateral do homem que, com o domínio do conhecimento
científico e respeitando a natureza, seja capaz de atuar no processo de transformação da
natureza e da sociedade;
II - atuação do Município em outros níveis de ensino somente quando estiverem plenamente
atendidas as necessidades da sua área de competência no ensino infantil e fundamental e com
recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e
desenvolvimento do ensino; (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
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III - o ensino no Município tem como base o conhecimento e processo científico universal, que
assegurará uma educação pluralista e oferecerá ao educando condições de acesso as diferentes
concepções filosóficas, sociais e econômicas do mundo;
III - ensino pautado pelas ideias de liberdade, solidariedade e igualdade social, tendo como
objetivo o pleno desenvolvimento da pessoa que, com o domínio do conhecimento científico e
respeito à natureza, seja capaz de atuar no processo de transformação da natureza e da
sociedade; (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
IV - gestão democrática do ensino.
IV - o ensino municipal tem como base o conhecimento e processo científico universal, que
assegurará uma educação pluralista e oferecerá ao educando condições de acesso às diferentes
concepções filosóficas, sociais e econômicas do mundo; (Redação dada pela Emenda nº
024/2020)
V - gestão democrática do ensino, na forma da lei. (Incluído pela Emenda nº 024/2020)
Art. 244. O sistema de ensino do município integrado ao Sistema Nacional de Educação, tendo
como fundamento a unidade escolar, será organizado nas seguintes bases:
I - observância das diretrizes comuns estabelecidas nas legislações federal, estadual e municipal
e as peculiaridades locais;
II - o Município integrará à Coordenação Estadual de modo a impedir a fragmentação do ensino
fundamental e buscará otimização dos recursos financeiros, humanos e materiais para
implementação de políticas regionais;
III - manutenção de padrão de qualidade através de controle pelo Conselho Municipal de
Educação, tendo como base o custo-aluno.
Art. 245. O Poder Público Municipal assegurará na promoção de educação pré-escolar e do
ensino de 1º e 2º graus, a observância dos seguintes princípios:
Art. 245. O Poder Público Municipal assegurará na promoção do ensino infantil, fundamental e
médio a observância dos seguintes princípios: (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola;
II - garantia do padrão de qualidade;
III - garantia de ensino fundamental, obrigatório e gratuito na rede escolar municipal, inclusive
para os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
III - garantia de ensino infantil e fundamental, obrigatório e gratuito na rede escolar municipal,
inclusive para os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda nº
024/2020)
IV - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
V - garantia de prioridade de aplicação, no ensino público municipal, dos recursos orçamentários
do Município, na forma estabelecida pelas Constituições Federal e Estadual e nesta Lei Orgânica;
VI - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência na rede escolar
municipal;
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares
de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
VII - atendimento ao educando, na educação infantil e fundamental, através de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
(Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
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VIII - calendário escolar que atenda às peculiaridades locais, dentro das exigências do ano
pedagógico.
IX - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando.
§ 1º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente. (Renumerado pela Emenda nº 022/2020)
§ 2º Compete ao Município recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a
chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. (Incluído pela Emenda
nº 024/2020)
Art. 246. Aos membros do Magistério Municipal serão assegurados:
I - plano de carreira com promoção horizontal e vertical, mediante critério justo de aferição do
tempo de serviço efetivamente trabalhado em funções do magistério, bem como de
aperfeiçoamento profissional;
II - piso salarial profissional;
II - piso salarial profissional correspondente ao piso nacional para os profissionais da educação
escolar pública, nos termos de lei federal; (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
III - aposentadoria na forma do artigo 95, I, II e III, “b” e “d” desta Lei Orgânica; (Revogado pela
Emenda nº 024/2020)
IV - participação na gestão do ensino público municipal;
V - estatuto do magistério;
VI - garantia de condições técnicas adequadas para o exercício do magistério.
Art. 247. Os cargos do Magistério Municipal serão obrigatoriamente providos através de
concurso público, vedada qualquer outra forma de provimento.
Art. 248. A gestão democrática do ensino público municipal deverá ser organizada, garantindo-
se a representação de todos os segmentos envolvidos na ação educativa, na concepção
educação, controle e avaliação dos processos educativos e pedagógicos da escola e ser
assegurada através de:
I - Conselho Municipal de Educação;
II - Congresso Municipal de Educação;
III - Colegiado-Escolares;
IV - Eleições Diretas para Diretores e Vice-Diretores.
Art. 249. Fica criado o Conselho Municipal de Educação, órgão de natureza colegiada e
representativa da sociedade com atribuições consultivas, normativas e fiscalizadoras da política
de educação, com autonomia técnico-administrativa.
Art. 250. Lei municipal regulamentará o funcionamento e definirá a estrutura do Conselho
Municipal de Educação, que terá constituição paritária de representantes do Poder Público
Municipal e de representantes de entidades civis legalmente constituídas com sede no
Município, contando, no mínimo com 06 (seis) e, no máximo, com 30 (trinta) membros.
Art. 251. Lei regulará as eleições diretas para Diretores e Vice-Diretores da rede municipal de
ensino, de que trata o inciso IV do artigo 248 desta Lei Orgânica.
Art. 252. O Município aplicará anualmente 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, da receita
resultante de impostos e dos provenientes das transferências e repasses da União e do Estado
no desenvolvimento do ensino.
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§ 1º O não atendimento ao que determina este artigo em cada trimestre, deverá ser apurado e
corrigido no trimestre seguinte, dentro do mesmo exercício financeiro.
§ 2º A inobservância do disposto neste artigo importa em crime de responsabilidade do Prefeito
Municipal, punível na forma da lei.
Art. 253. O Congresso Municipal de Educação reunir-se-á, bianualmente e terá por finalidade
apreciar o Plano Municipal de Educação proposto pelo Poder Executivo.
Art. 254. Os recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino no Município,
compreenderão:
I - os provenientes do artigo anterior;
I - os provimentos do art. 252 dessa Lei Orgânica; (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
II - as transferências específicas da União e do Estado;
III - sua parcela de arrecadação do salário-educação.
§ 1º As transferências oriundas do Estado serão aplicadas exclusivamente no desenvolvimento
e na manutenção do ensino público.
§ 2º Os recursos provenientes de sua parcela na arrecadação do salário-educação deverão ser
aplicadas prioritariamente no desenvolvimento do ensino fundamental.
§ 3º É vedada ao Município a transferência de recursos às escolas de iniciativa privada.
Art. 255. As verbas do orçamento municipal de educação serão aplicadas, prioritariamente, na
manutenção e aplicação da rede escolar mantida pelo Município, até que seja plenamente
atendida a demanda de vagas para o ensino público.
Parágrafo único. Não constituem despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino:
Parágrafo único. Não constituem despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino o
previsto no art. 71 da Lei Federal 9.394/96. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
I - programas assistenciais suplementares de alimentação, material didático escolar, transporte,
assistência médica odontológica, farmacêutica, psicológica e outras similares para alunos,
docentes ou servidores; (Revogado pela Emenda nº 024/2020)
II - assistência hospitalar; (Revogado pela Emenda nº 024/2020)
III - subvenções a instituições privadas, de caráter assistencial ou cultural; (Revogado pela
Emenda nº 024/2020)
IV - manutenção de pessoal inativo e de pensionista; (Revogado pela Emenda nº 024/2020)
V - obras de infraestrutura e edificação ainda quando realizadas para beneficiar diretamente a
rede escolar; (Revogado pela Emenda nº 024/2020)
VI - concessão de bolsas de estudos a alunos da rede particular. (Revogado pela Emenda nº
024/2020)
Art. 256. O Município desenvolverá, através dos meios de técnicos apropriados, ações
permanentes visando a erradicação do analfabetismo no meio adulto, preferencialmente em
cursos noturnos.
Art. 256-A. O Plano Municipal de Educação norteará as políticas para eliminar o analfabetismo
e universalizar o ensino fundamental. (Incluído pela Emenda nº 024/2020)
Art. 257. É dever do Poder Público Municipal de além da Biblioteca Pública Central, manter
bibliotecas públicas descentralizadas, com acervo em número suficiente para atender a
demanda dos estudantes, nos distritos e nos diversos bairros, estrategicamente distribuídas.
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Art. 258. As escolas públicas com mais de mil alunos matriculados serão obrigadas a ter um
médico e um dentista para atendimento a seu corpo discente, docente e administrativo.
Art. 259. O Município deverá ampliar o número de escolas de tempo integral, com área de
esporte, lazer e estudo, que desenvolvam a criatividade do educando.
Parágrafo único. A instalação de escola de tempo integral deve priorizar, inicialmente, os
setores da população de baixa renda, e progressivamente, toda rede municipal.
Art. 260. O ensino religioso constitui disciplina das escolas oficiais do Município, de matrícula
facultativa.
Parágrafo único. A manifestação pela matrícula em ensino religioso será do educando se maior
de dezoito anos, e se menor, dos seus pais ou responsáveis legais.
Art. 261. As escolas do Município do ensino pré-escolar até a 4ª série do 1º grau farão constar
no seu currículo matérias que envolvam o desenvolvimento de programa sistemático de
educação ambiental.
Art. 261. As escolas do Município do ensino infantil até o 5º ano do ensino fundamental farão
constar no seu currículo materiais que envolvam o desenvolvimento de programas sistemático
de educação ambiental. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Art. 262. O Poder Público Municipal deverá promover, obrigatoriamente, teste de acuidade
visual, em todo estudante de 1º grau matriculado na rede de escolas municipais, durante o
primeiro semestre de cada ano letivo.
Art. 262. O Poder Público Municipal deverá promover, obrigatoriamente, teste de acuidade
visual, em todo estudante do ensino fundamental matriculado na rede de escolas municipais,
durante o primeiro semestre de cada ano letivo. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Parágrafo único. O resultado do exame de acuidade visual deverá constar na ficha escolar do
estudante, para controle de exames futuros.
Art. 263. Os Colegiados Escolares serão compostos por representantes dos professores,
especialistas, funcionários, pais e comunidade, que deverão gerir as unidades de ensino em
regime de coparticipação com os membros da direção.
SEÇÃO III
DO DESPORTO
Art. 264. É dever do Município promover, incentivar e garantir recursos financeiros e
operacionais, às práticas desportivas escolares e comunitárias e o lazer como direito de todos,
visando o desenvolvimento integral do cidadão.
Art. 265. Caberá ao Município estabelecer e desenvolver planos e programas de construção e
manutenção de equipamentos desportivos escolares e comunitários, com alternativas de
utilização para portadores de deficiência física.
Art. 265. Caberá ao Município estabelecer e desenvolver planos e programas de construção e
manutenção de equipamentos desportivos escolares e comunitários, com alternativas de
utilização para pessoas com deficiência. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Art. 266. Fica criado o Conselho Municipal de Desporto, órgão de natureza colegiada e
representativa da sociedade, com atribuições consultivas e fiscalizadoras da política do desporto
no Município, com autonomia técnico-administrativa.
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Art. 266. Fica criado o Conselho Municipal de Desporto, órgão de natureza colegiada e
representativa da sociedade, com atribuições consultivas, normativas, deliberativas e
fiscalizadoras da política do desporto no Município, com autonomia técnico-administrativa.
(Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Art. 267. Lei municipal regulamentará o funcionamento e definirá a estrutura do Conselho
Municipal de desporto, que terá constituição paritária de representantes do Poder Público
Municipal e de representantes de entidades civis legalmente constituídas com sede no
Município, contendo, no mínimo, 06 (seis) e, no máximo 30 (trinta) membros.
Art. 268. A Lei Municipal estabelecerá áreas no perímetro urbano e nos distritos do Município
destinadas à prática do desporto e de lazer.
Art. 268. O Plano Diretor Urbano estabelecerá áreas no perímetro urbano e nos distritos do
Município destinadas à prática do desporto e de lazer. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Art. 269. É vedado ao Município subvencionar as entidades desportivas profissionais,
ressalvadas as entidades consideradas de utilidade pública municipal, na forma desta Lei
Orgânica.
Art. 270. São isentos de tributação municipal de qualquer natureza os eventos esportivos de
caráter amadorístico, realizados em instalações pertencentes ao Município ou com ele
conveniadas.
CAPÍTULO VIII
DO MEIO AMBIENTE
Art. 271. O Município deverá atuar no sentido de assegurar a todos os cidadãos o direito ao
meio ambiente ecologicamente saudável e equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida.
Art. 271. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, patrimônio comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se à coletividade e em especial ao Poder
Público o dever de defendê-lo, garantida sua conservação, recuperação e proteção em benefício
das gerações atuais e futuras. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
§ 1º O Município, em articulação com a União e o Estado, observadas as disposições da
Constituição federal, desenvolverá as ações necessárias objetivando a solução de problemas
comuns relativos à proteção ambiental.
§ 2º Para assegurar a efetividade dos direitos previstos neste artigo, incumbe ao Município:
I - preservar e reestruturar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das
espécies e ecossistemas;
II - definir espaços territoriais do município e seus componentes a serem especialmente
protegidos a a forma de permissão para alteração e supressão vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
II - definir espaços territoriais do município e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Redação
dada pela Emenda nº 024/2020)
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III - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental a que se dará
publicidade;
IV - controlar a produção, a comercialização e o emprego de métodos e substâncias que
comportem risco para a vida e a qualidade de vida do meio ambiente;
IV - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias
que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Redação dada pela
Emenda nº 024/2020)
V - promover a educação ambiental na sua rede de ensino e a conscientização da comunidade
para a preservação do meio ambiente;
VI - proteger a fauna e a flora, vedadas na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetem animais à crueldade;
VI - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade,
abuso ou maus tratos; (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
VII - a lei definirá política para controle de poluição visual em zonas urbanas incluindo a criação
de áreas de proteção visual.
VII - a lei definirá política para controle de poluição visual e sonora em zonas urbanas incluindo
a criação de áreas de proteção visual e sonora. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Art. 272. O Município deverá atuar mediante planejamento, controle e fiscalização das
atividades públicas ou privadas, causadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas
no meio ambiente.
Art. 273. O Município, ao promover a ordenação de seu território, definirá zoneamento e
diretrizes gerais de ocupação que assegure a proteção dos recursos naturais, em consonância
com o disposto na legislação estadual pertinente.
Art. 274. A política urbana do Município e o seu Plano Diretor deverão contribuir para a proteção
do meio ambiente, através da adoção de diretrizes adequadas de uso e ocupação de solo
urbano.
Art. 274. A política urbana do Município e o seu Plano Diretor deverão contribuir para a proteção
do meio ambiente, através da adoção de diretrizes adequadas de parcelamento, uso e ocupação
do solo. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Art. 275. Nas licenças de parcelamento, loteamento e localização, o Município exigirá o
cumprimento da legislação de proteção ambiental emanada da União e do Estado.
Art. 276. As empresas concessionárias ou permissionária de serviços públicos deverão atender
aos dispositivos de proteção ambiental em vigor, sob pena de não ser renovada a concessão ou
permissão pelo Município.
Art. 277. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores a sanções, na forma da lei, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.
Art. 278. O Município, através de seus órgãos de administração direta e indireta promoverá:
Art. 278. Além do previsto no art. 271, o Município, através de seus órgãos da administração
direta e indireta, promoverá: (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
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II - multas administrativas e condenações judiciais por atos lesivos ao meio ambiente; (Incluído
pela Emenda nº 024/2020)
III - remunerações decorrentes de serviços prestados pelos órgãos do Sistema Estadual de Meio
Ambiente; (Incluído pela Emenda nº 024/2020)
IV - doações. (Incluído pela Emenda nº 024/2020)
CAPÍTULO IX
DA HABITAÇÃO
Art. 283. É de competência do Município com relação a habitação:
I - elaborar a política municipal de habitação, promovendo prioritariamente programas de
construção de moradias populares, garantindo-lhes condições habitacionais de infraestrutura
urbana que assegure um nível compatível com a dignidade da pessoa humana;
II - gerenciar e fiscalizar a aplicação dos recursos destinados a financiamentos para a habitação
popular;
III - promover a captação e o gerenciamento de recursos provenientes de fontes externas ao
Município, privadas ou governamentais;
IV - promover a formação de estoques de terras no município para viabilizar programas
habitacionais.
IV - promover a formação de estoques de áreas no Município para viabilizar programas
habitacionais. (Redação dada pela Emenda nº 024/2020)
Art. 284. A Lei Municipal estabelecerá a política Municipal de habitação, que deverá prever
articulações e integração das ações do Poder Público e a participação popular das comunidades
organizadas através de suas entidades representativas, bem como instrumentos institucionais e
financeiros para sua execução.
§ 1º A distribuição de recursos públicos priorizará o atendimento das necessidades sociais nos
termos da política municipal de habitação e será prevista no plano plurianual do Município, nas
diretrizes orçamentárias e no orçamento anual, que destinará recursos específicos para o
programa de habitação de interesse social.
§ 2º Os recursos municipais alocados em programas municipais habitacionais serão destinados
a suprir a deficiência de moradia de famílias de baixa renda segundo avaliação socioeconômica
realizada por órgão próprio do Município.
§ 2º Os recursos do Município alocados em programas municipais habitacionais serão
destinados a suprir a deficiência de moradia de famílias de baixa renda, segundo avaliação
socioeconômica realizada por órgão de Assistência Social do Município. (Redação dada pela
Emenda nº 024/2020)
Art. 285. O Município, a fim de facilitar o acesso a habitação, apoiará a construção de moradias
populares realizadas pelos próprios interessados, por cooperativas habitacionais e através de
outras modalidades alternativas.
Parágrafo único. O Município apoiará o desenvolvimento de pesquisa de materiais e sistemas
construtivos alternativos e de padronização de componentes, visando garantir a finalidade e o
barateamento da construção.
Art. 286. Lei Complementar Municipal estabelecerá os equipamentos mínimos necessários à
implantação dos conjuntos habitacionais de interesse social.
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Art. 287. Fica criado o Conselho Municipal de Habitação, órgão deliberativo, com atribuições
consultivas, normativas e fiscalizadoras da política de habitação, com autonomia técnico-
administrativo.
Art. 288. Lei Municipal regulamentará o funcionamento e definirá a estrutura do Conselho
Municipal de Habitação, que terá a constituição paritária do Poder Público Municipal e de
representante de entidades civis legalmente constituídas com sede no Município, contando, no
mínimo, com 6 (seis) e, no máximo, com 30 (trinta) membros.
CAPÍTULO X
DA ORDEM ECONÔMICA
Art. 289 - O Município promoverá o seu desenvolvimento econômico, agindo de modo que as
atividades econômicas realizadas em seu território contribuam para elevar o nível de vida e o
bem-estar da população local e valorizar o trabalho humano, conciliando a liberdade de
iniciativa com os superiores interesses da coletividade.
Art. 289. O Município, observados os princípios estabelecidos na Constituição da República, na
Constituição do Estado e nesta Lei Orgânica, atuará no sentido da promoção do
desenvolvimento econômico, que assegure a elevação do nível de vida e bem-estar da
população, conciliando a liberdade de iniciativa com os ditames da justiça social. (Redação dada
pela Emenda nº 024/2020)
§ 1º O Município dará prioridade ao desenvolvimento das áreas onde a pobreza e as
desigualdades sociais sejam maiores. (Incluído pela Emenda nº 024/2020)
§ 2º O Município concederá especial atenção ao trabalho, reconhecido como fator principal da
produção de riquezas e atuará no sentido de garantir o direito ao emprego e justa remuneração.
(Incluído pela Emenda nº 024/2020)
§ 3º O Município exercerá, como agente normativo e regulador da atividade econômica, as
funções de planejamento, de fiscalização e controle de incentivo, sendo livre a iniciativa privada.
(Incluído pela Emenda nº 024/2020)
Art. 290. Para a consecução dos objetivos mencionados no artigo anterior, o Município atuará
de forma exclusiva ou em articulação com a União ou com o Estado, e sua intervenção no
domínio econômico terá por objetivo estimular e orientar a produção, defender os interesses
populares e promover a justiça e a solidariedade social.
Art. 291. Na promoção do desenvolvimento econômico, o Município agirá, sem prejuízo de
outras iniciativas, no sentido de:
I - fomentar a livre iniciativa;
II - privilegiar a geração de empregos;
III - utilizar tecnologias de uso intensivo de mão-de-obra;
IV - racionalizar a utilização de recursos naturais;
V - proteger o meio ambiente;
VI - proteger os direitos dos usuários dos serviços públicos e dos consumidores;
VII - dar tratamento diferenciado à pequena produção artesanal ou mercantil, às microempresas
e às pequenas empresas locais, considerando sua contribuição para a democratização de
oportunidades econômicas, inclusive para os grupos sociais mais carentes;
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DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 1º. O Poder Executivo reavaliará, no prazo de 90 (noventa) dias da promulgação desta Lei
Orgânica, todos os incentivos fiscais de natureza setorial ora em vigor, propondo ao Poder
Legislativo as medidas cabíveis.
§ 1º Considerar-se-ão revogados, a partir do exercício de 1991, os incentivos que não forem
confirmados por lei.
§ 2º A revogação não prejudicará os direitos que já tiverem sido adquiridos, àquela data, em
relação a incentivos concedidos sob condições ou com prazo determinado.
Art. 2º. Nos 10 (dez) primeiros anos da promulgação de Constituição Federal, o Município
desenvolverá esforços, com a mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com
a aplicação de, pelo menos, 50% dos recursos a que se refere o art. 212 da Constituição Federal,
para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino fundamental, como determina o art. 60
das Disposições Constitucionais Transitórias.
Art. 3º. O Poder Executivo, no prazo de 06 (seis) meses da promulgação deste Lei Orgânica,
encaminhará projeto de lei ao Poder Legislativo disciplinando a produção, manipulação,
comercialização e uso de produtos tóxicos e outros biocidas, no território do município.
Art. 4º. Leis municipais de iniciativa do Poder Executivo, no prazo de até 01 (um) ano da
promulgação desta Lei Orgânica, instituirão o plano municipal de meio-ambiente e o plano
municipal de saneamento.
Art. 5º. O Poder Público Municipal, no prazo de até 02 (dois) anos da promulgação desta Lei
Orgânica, construirá o Estádio Municipal do Desporto Amador.
Art. 6º. Fica criado o Arquivo Público Municipal, com prazo de instalação de até 06 (seis) meses
da promulgação desta Lei Orgânica.
Art. 7º. O Poder Público Municipal, no prazo de 01 (um) ano da promulgação desta Lei Orgânica,
instituirá a Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural do Município de Itabuna - FUMPACI -, na
forma da legislação vigente tendo como objetivo a defesa do patrimônio artístico, arqueológico
e histórico de Itabuna.
Art. 8º. O Poder Executivo no prazo de 90 (noventa) dias da promulgação desta Lei Orgânica,
encaminhará projeto de lei à Câmara Municipal, adequando à lei municipal nº 1.448/89, que
instituiu a Guarda Municipal de Itabuna, ao disposto nesta Lei Orgânica.
Art. 9º. O Poder Público Municipal, no prazo de 12 (doze) meses da promulgação desta Lei
Orgânica, promoverá o levantamento de todas as áreas utilizadas há mais de 2 (dois) anos, pela
comunidade para a prática de esporte e lazer, declarando de utilidade pública para fins de
desapropriação, àquelas de propriedade particular e oficializando o uso das de propriedade do
Município.
Art. 9º. O Poder Público Municipal, no prazo de 04 (quatro) anos da promulgação desta Emenda
à Lei Orgânica, promoverá o levantamento de todas as áreas utilizadas há mais de 04 (quatro)
anos, pela comunidade para a prática de esporte e lazer, declarando de utilidade pública para
fins de desapropriação, àquelas de propriedade particular e oficializando o uso das de
propriedade do Município. (Redação dada pela Emenda nº 025/2020)
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Parágrafo único. A desapropriação de que trata o caput deste artigo, deverá ser efetivada, nos
12 (doze) meses subsequente à expedição do Decreto de declaração de utilidade pública,
destinando-se as áreas desapropriadas, exclusivamente, para a instalação de espaços para a
prática de desportos e de lazer, observadas, rigorosamente, as prioridades de cada caso.
Art. 10. Na liquidação de débitos, inclusive sua renegociação e composição posterior ainda que
ajuizados, decorrentes de dívidas fiscais com a Fazenda Pública Municipal, pelas micro e
pequenas empresas, não será computada a correção monetária.
Parágrafo único. A isenção a que se refere este artigo só será concedida se a liquidação do
débito inicial, acrescida dos juros reais e taxas judiciais vier a ser efetivada até 180 (cento e
oitenta) dias após a promulgação desta Lei Orgânica.
Art. 11. O Município elaborará no prazo de 02 (dois) anos a partir da data de promulgação desta
lei Orgânica, o Código de Zoneamento do Município observado as peculiaridades de cada área,
rural ou urbana.
Art. 12. O Município no prazo de 03 (três) anos da data da promulgação desta Lei Orgânica,
promoverá ação discriminatória de todo perímetro urbano da cidade de Itabuna e das terras
devolutas rurais situadas no Município.
Art. 13. A Câmara Municipal, procederá no prazo máximo de 02 (dois) anos, a partir da
promulgação desta Lei Orgânica, a revisão de todos os processos de concessão de uso, doação
ou alienação de terras públicas, efetuadas pelo Município, para identificação de irregularidades
e a promoção da ação judicial cabível, visando a reversão do ato.
Art. 14. O Poder Público Municipal, no prazo de 90 (noventa) dias contados da data de
promulgação desta Lei Orgânica, promoverá, nos termos de que propõe o art. 693 do Código
Civil, o resgate de todo aforamento constituído há mais de 05 (cinco) anos, em áreas de terras
urbanas do patrimônio público municipal.
§ 1º O resgate de que trata o caput deste artigo será a título gratuito, dispensando-se a exigência
do art. 693 do Código Civil desde que o foreiro ou o enfiteuta, comprove pelo menos dois, dos
seguintes requisitos:
I - não possuir bens imóveis, salvo o edificado na área objeto da enfiteuse;
II - ter construído na área objeto do emprazamento, casa própria ou sede de pequeno comércio;
III - ter renda familiar inferior a 03 (três) salários-mínimos;
IV - ocupação da área a mais de 05 (cinco) anos e a realização das benfeitorias referidas no inciso
I, deste parágrafo.
§ 2º Não havendo o foreiro ou enfiteuta, comprovado os requisitos referidos no parágrafo
anterior, o resgate será à título oneroso conforme o disposto no art. 693 do Código Civil.
§ 3º O foreiro ou enfiteuta que preencher os requisitos estabelecidos nos incisos de I à IV, do §
1º deste artigo, ficará isento do pagamento de qualquer tributo incidente sobre o negócio
jurídico referente ao resgate, da competência tributária do Município inclusive o imposto de
transmissão inter vivos.
§ 4º Para atendimento ao disposto no caput deste artigo, o Poder Público, nos 30 (trinta) dias
subsequentes à data de vigência desta Lei Orgânica, fará publicar na Imprensa local, edital de
convocação, para que os interessados habilitem-se ao resgate do emprazamento.
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§ 5º A lei regulará, a forma e o processo de resgate de que trata o caput deste artigo, o que será
sempre feito de maneira consensual, recorrendo-se ao judiciário, nos termos da lei civil, em caso
da impossibilidade de ser realizado o resgate por vias administrativas.
§ 6º O Prefeito do Municipal, fica autorizado a conceder escritura pública de compra e venda,
aos ocupantes de áreas do patrimônio público municipal, por tempo superior a 10 (dez) anos,
por efeito de arrendamento.
Art. 15. A remuneração do Prefeito e dos Vereadores, fixada de uma legislatura para outra
somente poderá ser corrigida pelos índices da inflação, ficando ratificados todos os valores
estabelecidos até a vigência desta Lei Orgânica.
Parágrafo único. Até o final desta legislatura, a remuneração do Prefeito e dos Vereadores tem
como base de cálculo a do mês de março do corrente ano, corrigido mensalmente pelo índice
de inflação real definido pelo Governo Federal.
Art. 16. As propostas de emenda a esta Lei Orgânica somente poderão ser apresentadas após
24 (vinte e quatro) meses da sua promulgação.
Art. 17. As empresas sediadas no Município de Itabuna, terão o prazo improrrogável de 24 (vinte
e quatro) meses da promulgação desta Lei Orgânica, para enquadrarem-se às normas nela
contidas, sob pena de cassação da respectiva licença de funcionamento, sem prejuízo das
demais penalidades previstas em lei.
Art. 18. O Poder Público Municipal, promoverá, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, da
promulgação desta Lei Orgânica, revisão de todos os contratos, convênios e consórcios
realizados com empresas, fundações e demais entidades públicas e privadas.
Art. 19. O Poder - Executivo deverá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, remeter ao Sindicato
da classe, todas as parcelas referentes a contribuição sindical em atraso, descontadas dos
servidores públicos municipais.
Art. 20. O Poder Executivo, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses da promulgação desta
Lei Orgânica, podendo conveniar ou não com as entidades públicas ou privada, promoverá a
restauração de todo acervo cultural tombado pelo Município, inclusive a reedição de obras de
escritores regionais, levando em consideração a prioridade das restaurações.
Art. 21. Para efeito do disposto no art. 236 desta Lei Orgânica, ficam tombados os seguintes
prédios localizados neste Município:
I - Mansão Tertuliano Guedes de Pinho, localizada no bairro da Mangabinha;
II - Prédio O Castelinho, situado na Praça Olinto Leone;
III - Museu Casa Verde, situado na Rua Miguel Calmon;
IV - Espaço Cultural Josué Brandão, situado no Bairro Góes Calmon;
V - Prédio Escolar Lúcia Oliveira, localizado na Praça da Bandeira;
VI - Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Ferradas, localizada no Bairro de Ferradas;
VII - Igreja de Nossa Senhora da Conceição, localizada no Bairro da Conceição;
VIII - Igreja Santo Antônio, situada à Avenida do Cinquentenário;
IX - Casa do Artesão, situada à Praça Laura Conceição;
X - Painel Cacau Exportação, do artista plástico Genaro, no frontal do prédio da Casa Forte,
localizada na Praça Adami.
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Art. 22. A lei disporá sobre a fixação das datas comemorativas de alta significação para os
seguimentos étnicos do Município, sendo consideradas como tais, entre outras estabelecidas
em lei complementar e na legislação federal e estadual as seguintes:
I - 08 de março - Dia Internacional da Mulher;
II - 17 de março - Dia da Comunidade Sergipana; (Renumerado pela Emenda nº 025/2020)
III - 19 de abril - Dia das Comunidades Indígenas; (Renumerado pela Emenda nº 025/2020)
IV - 05 de novembro - Dia da Cultura; (Renumerado pela Emenda nº 025/2020)
V - 20 de novembro - Dia da Consciência Negra; (Renumerado pela Emenda nº 025/2020)
VI - 27 de novembro - Dia da Comunidade Sírio-Libanesa. (Renumerado Emenda nº 025/2020)
Art. 23. No prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, após a promulgação desta Lei Orgânica, o
Poder Executivo enviará à Câmara, projeto de lei complementar instituindo o Estatuto dos
Servidores Municipais, compatibilizando-o com a Constituição Federal e com esta Lei Orgânica.
(Revogado pela Emenda nº 025/2020)
Art. 24. O Município permitirá a seus servidores, a conclusão de cursos em que estejam inscritos.
Art. 25. Fica criada a Comissão de Interação Administrativa para junto ao Governo do Estado,
promover ações que venham viabilizar a instalação da Região Metropolitana de Itabuna,
devendo o Poder Executivo enviar à Câmara, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias da
promulgação desta Lei Orgânica.
Art. 25. Fica criada a Comissão de Planejamento da Região Metropolitana para, junto ao
Governo do Estado e municípios da região, promover ações que venham viabilizar a instalação
da Região Metropolitana do Sul da Bahia, devendo o Poder Executivo enviar à Câmara, no prazo
máximo de 180 (cento e oitenta) dias da promulgação desta Emenda, lei municipal que
regulamentará o funcionamento, atribuições e a estrutura da comissão. (Redação dada pela
Emenda nº 025/2020)
Art. 26. O Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo projeto de lei:
I - no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da promulgação desta Lei Orgânica,
projeto de lei prevendo sua organização e competência.
a) estruturando o sistema municipal de ensino, regulamentando a organização administrativa e
técnica-pedagógica dos órgãos municipais de educação;
b) adaptando às normas da Constituição federal e desta Lei Orgânica o estatuto do magistério
municipal, em lei complementar;
II - no prazo de 240 (duzentos e quarenta) dias da promulgação desta Lei Orgânica; instituindo
o plano de carreira do Magistério Municipal.
Art. 27. O Poder Executivo deverá encaminhar à Câmara Municipal, no prazo de 90 (noventa)
dias da promulgação desta Lei Orgânica, projeto de lei, instituindo piso salarial profissional para
a carreira do magistério municipal.
Art. 28. Fica mantido, como de provimento efetivo, o cargo de subprocurador Jurídico, criado
por Lei Municipal, com as alterações da lei nº 1.446 de 20/02/89, com as atribuições e funções
definidas na lei complementar que organizará o funcionamento da Procuradoria Geral do
Município.
Parágrafo único. Os atuais ocupantes dos cargos de Procurador e Subprocurador Jurídico, em
exercício a mais de 10 (dez) anos, na data de promulgação desta Lei Orgânica, serão
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aproveitados nos respectivos cargos e efetivados no serviço público com direito à remuneração,
e vantagens das respectivas funções.
Art. 29. Para cumprimento do que determina o art. 56 das Disposições Transitórias da
Constituição Estadual, o Presidente da Câmara, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da
promulgação desta Lei Orgânica, comunicará ao Tribunal Regional Eleitoral, o número de
Vereadores fixados para o Município.
Art. 30. Fica criado no Município de Itabuna o Curso de Técnico de Enfermagem.
Parágrafo único. O Poder Executivo, através da Secretaria de Educação, deverá, no prazo de 02
(dois) anos da promulgação desta Lei Orgânica, promover meios para instalação e
funcionamento do curso a que se refere este artigo.
Art. 31. O Poder Executivo deverá, no prazo máximo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias
da promulgação desta Lei Orgânica, promover a instalação da Procuradoria Geral do Município,
na forma prevista nesta Lei Orgânica.
Art. 32. O Poder Público Municipal, no prazo de 30 (trinta) dias da promulgação desta Lei
Orgânica, promoverá a publicação de edição popular da Lei Orgânica do Município de Itabuna,
para distribuição gratuita a todas entidades públicas ou não, legalmente constituídas, bem como
a todas instituições representativas da comunidade, com sede no Município, de modo que se
faça a mais ampla divulgação do seu conteúdo.
Art. 32. A Câmara Municipal, no prazo de 30 (trinta) dias da promulgação desta Emenda,
promoverá a publicação de edição popular da Lei Orgânica do Município de Itabuna, para
distribuição gratuita a todas entidades públicas e privadas, legalmente constituídas, bem como
a todas instituições representativas da comunidade, com sede no Município, de modo que se
faça a mais ampla divulgação do seu conteúdo. (Redação dada pela Emenda nº 025/2020)
§ 1º A Lei Orgânica Municipal, o Regimento Interno da Câmara Municipal de Vereadores de
Itabuna, o i-SIC – Serviço de Informação ao Cidadão, os Poderes Legislativo e Executivo,
obrigatoriamente, disponibilizarão os seus endereços eletrônicos na rede mundial de
computadores. (Incluído pela Emenda nº 025/2020)
§ 2º São os próprios públicos municipais, manterão em local visível e de fácil acesso ao público,
01 (um) exemplar da Lei Orgânica do Município. (Incluído pela Emenda nº 025/2020)
Art. 32-A. Dentro de 180 dias da promulgação dessa Emenda à Lei Orgânica, será criado, por
iniciativa do Poder Executivo, Plano Municipal do Comércio Ambulante, que discipline o
exercício do comércio ou prestação de serviços ambulantes nas vias e logradouros públicos do
Município de Itabuna. (Incluído pela Emenda nº 025/2020)
Art. 33. A Lei Orgânica do Município de Itabuna, aprovada e assinada pelos membros da Câmara
Municipal, será promulgada pela Mesa e entrará em vigor na data de sua promulgação.
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