Manual Critérios de Aceitação
Manual Critérios de Aceitação
Manual Critérios de Aceitação
Critérios de Aceitação
1 Introduçã o __________________________________________________________________________ 1
2 Documentaçã o relevante para a Metrologia ______________________________________ 2
3 Metrologia ‐ Nı́veis de Atuaçã o ____________________________________________________ 2
3.1 Metrologia científica, fundamental ou primária _____________________________ 2
3.2 Metrologia Legal _______________________________________________________________ 2
3.3 Metrologia Aplicada____________________________________________________________ 2
4 Terminologia ________________________________________________________________________ 3
4.1 Precisão ‐ Precision ‐ Precisión _______________________________________________ 3
4.2 Calibração ‐ Calibration ‐ Étalonnage_________________________________________ 3
4.3 Manutenção ‐ Maintenance ‐ Maintenance ___________________________________ 4
4.4 Incerteza ‐ Uncertainty ‐ Incertitude _________________________________________ 4
4.5 Erro de Medição ‐ Measurement Error ‐ Erreur de Mesure ________________ 4
4.6 Verificação – Verification ‐ Vérification ______________________________________ 5
4.7 Ensaio – Test ‐ Test ____________________________________________________________ 5
5 Arredondamento dos resultados __________________________________________________ 5
5.1 Algarismos significativos ______________________________________________________ 6
5.1.1 Algarismos a conservar na Multiplicação, Divisão e Radiciação_______ 6
5.1.2 Algarismos a conservar na Adição e Subtração _________________________ 7
6 Gestã o do Equipamento ____________________________________________________________ 7
6.1 Aplicação da Calibração _______________________________________________________ 7
6.2 Aplicação do Ensaio ____________________________________________________________ 8
6.3 Aplicação da Manutenção _____________________________________________________ 8
6.4 Verificação Metrológica________________________________________________________ 9
7 Aprovaçã o do Equipamento para uso _____________________________________________ 9
7.1 Como estabelecer o Critério de Aceitação __________________________________ 10
7.1.1 Critério de Aceitação imposto __________________________________________ 11
7.1.2 Método Ideal _____________________________________________________________ 12
7.1.3 Método Clássico _________________________________________________________ 14
8 Cumprimento de Especificaçõ es_________________________________________________ 16
8.1 Incerteza de uma só Medição _______________________________________________ 16
9 Documentaçã o aplicá vel _________________________________________________________ 19
Pg. 1 Metrologia – Gestão do Equipamento
Fazendo uma analogia com o que se passa quando efetuamos uma medição,
queremos utilizar como referência um padrão bem definido, um método de
medição adequado e um técnico capaz de o executar na perfeição. Tudo isto para
que seja obtida uma medida correta, isto é uma medida que sejamos capazes de
caracterizar quantitativamente e qualitativamente. Queremos no fundo dominar o
conhecimento relativamente às medições que efetuamos.
Tenha em atenção que quando nos referimos a “Música da Pesada” isto não
significa que tem mais do que 100kg.
4 Terminologia
Se não falarmos a
mesma As definições apresentadas estão de acordo com a Edição Luso Brasileira do VIM.
linguagem não
4.1 Precisão ‐ Precision ‐ Precisión
nos
entenderemos. Grau de concordância entre indicações ou valores medidos, obtidos por
medições repetidas, no mesmo objeto ou em objetos similares, sob condições
especificadas.
Nota 1 ‐ Uma calibração pode ser expressa por meio duma declaração, uma função de
calibração, um diagrama de calibração, uma curva de calibração ou uma
tabela de calibração. Em alguns casos, pode consistir numa correção aditiva ou
multiplicativa da indicação com uma incerteza de medição associada.
Nota 2 ‐ Convém não confundir a calibração com o ajuste dum sistema de medição,
frequentemente denominado de maneira imprópria de “auto‐calibração”, nem com
a verificação da calibração.
Nota 3 ‐ Frequentemente, apenas o primeiro passo desta definição é entendido como sendo
calibração.
Pg. 4 Metrologia – Gestão do Equipamento
1. Calibração
2. Ensaio
3. Misto Calibração + Manutenção ou Manutenção + Calibração
4. Verificação Metrológica
Deveremos ter um “Plano de Controlo” que permita saber Quando e Como vamos
testar o estado do equipamento.
1. A Instrumentos de Medição.
Por exemplo: Balanças, Termómetros, Micro Pipetas, etc…
2. A Medidas Materializadas.
Pg. 8 Metrologia – Gestão do Equipamento
A seguir a uma Calibração é sempre necessário uma análise dos resultados e uma
decisão: Aprovado ou Rejeitado.
Com base em quê? O método usado para aprovação do equipamento para uso consiste em verificar
que cumpre os requisitos que lhe são aplicáveis em todos os pontos de calibração.
Que Critério
aplicar? Devemos confirmar que o Erro Máximo em cada Ponto de Calibração não
ultrapassa o Critério de Aceitação que previamente deveremos estabelecer.
1. Sob o ponto de vista do Instrumento em causa ele não pode ser demasiado
baixo para não inviabilizar a sua aprovação. [ CA Erro Incerteza ]
Pg. 11 Metrologia – Gestão do Equipamento
Exemplos:
Por vezes esta imposição aparece nas Normas de ensaio, nos requisitos dos
Métodos, em Especificações de Cliente e no caso de Laboratórios Acreditados
poderá ser imposta pelo Entidade Acreditadora. Em Portugal a Entidade
Acreditadora é o IPAC.
Pg. 12 Metrologia – Gestão do Equipamento
10 situações
diferentes
Resolução = 0,001
7 4
7 3
Intrumento 7 2
+5
5 para cima
7 1
7 0
5 7 3 5 7 ± 5 «« »» ± 0,0005 ± 1/2 da
Resolução
6 5
6 6
-5
6 7 5 para baixo
6 8
1/2 Resolução = 0,0005
6 9
Do que atrás foi dito podemos concluir que quando nos é dada uma Especificação
que pretendemos cumprir, por exemplo 22,33 0, 01 o valor de 0, 01 admite ele
próprio uma Tolerância de ±½ da sua Resolução, isto é 0, 005 .
Se o Instrumento com que vamos testar a Especificação não errasse mais do que
0, 005 estaríamos perante uma situação em que os Erros cometidos pelo
Instrumento não influenciavam o Valor Medido pois eles estariam sempre dentro
da Tolerância admitida pela Especificação a cumprir.
O Instrumento Ideal tem uma Resolução de, pelo menos, uma Unidade
da casa decimal seguinte àquela com que foi definida a Especificação a
cumprir e tem um “Critério de Aceitação de [CA = ± 5xResolução].
Pg. 14 Metrologia – Gestão do Equipamento
Intrumento a Usar
Producto
2 3 3 3 0
Especificação a Cumprir
23,33 ± 0,01
Resolução = 0,001
Resolução da Especificação
0,01 Critério Aceitação CA = ± 0,005
Devemos também ter em conta que o CA fixado tem de ser sempre menor do que a
especificação a cumprir no trabalho que queremos realizar.
[ VM ] [ VM ]
[ ± EA ]
[ ± CA ] [ ± CA ]
Produto
[ - CA ] [ + CA ]
[ ± EP ]
EA EP CA EA EP CA
Exemplo:
Implicações:
EA EP CA EA 5 1 EA 4mm
Pg. 16 Metrologia – Gestão do Equipamento
8 Cumprimento de Especificações
Quando fazemos uma medição com a finalidade de verificar se o seu valor está
compreendido dentro de limites preestabelecidos temos sempre de ter em conta
os possíveis Erros que possam estar associados ao valor que medimos.
Podemos assim afirmar que a “Incerteza” [Inc] associada ao Valor Medido [VM]
com o Instrumento é o seu “Critério de Aceitação” [CA].
[ ±Inc = ±CA ]
[ VM ]
Valor da Medição = VM ± CA
[ Lsup ] [ VM ± CA ]
[ EA ]
[ Linf ]
Especificação Aprovada
[ VM ]
[ EA ] [ EA ] [ VM ] [ EA ]
[ VM ]
Especificação Rejeitada
[ VM ]
[ EA ]
[ EA ]
[ VM ]
[ VM ]
[ EA ]
[ EA ]
[ VM ]
[ Lsup = x ] [ VM ± CA ]
EA " x "
[ Lsup = x ] [ VM ]
[ VM ]
[ Lsup = x ]
[ VM ]
[ Lsup = x ]
Pg. 19 Metrologia – Gestão do Equipamento
9 Documentação aplicável
A Certificação é
Há alguns documentos, em papel ou informatizados, que são requeridos pelos
um sistema com
base em registos. vários sistemas de certificação ou acreditação.
2. Ficha de Cadastro
Nesta ficha deve ser registado o histórico do equipamento, por exemplo,
quando avariou, que peças foram substituídas, qual a Periodicidade do seu
Controlo, qual é o seu Critério de Aceitação, para além da sua identificação
e de outras informações que consideremos úteis.