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CONTROLE DE REVISÃO

Código do Documento: RI/ULC 0402

Nome do Documento: PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Responsável pela Elaboração: Gerente Executivo SSMAQ


Responsável pela Aprovação: Gerente Executivo SSMAQ

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO

4.0 03/08/2016  Revisão Geral do Procedimento.

 Inserção da Nota 1 no subitem 5.8;


5.0 20/02/2017
 Inserção da Nota 2 no subitem 5.9.

6.0 18/08/2020  Revisão Geral do Programa.

DISTRIBUIÇÃO EM SISTEMA ELETRÔNICO:


ULC/ISO 0002

Elaboração Aprovação Data Versão Página


Fernando Coutinho Fernando Coutinho 18/08/2020 6.0 1/60
RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

1. OBJETIVO

Definir medidas técnicas e administrativas para garantir a capacidade auditiva dos colaboradores através
da redução/controle da exposição ocupacional ao ruído contínuos e intermitentes nos locais de trabalho,
em cumprimento a Norma Regulamentadora NR-15, Anexo 1 do MTE, de 20/12/1978. Seus elementos
se aplicam especificamente onde existe potencial de exposição ao ruído acima do limite de tolerância (85
dBA), considerando nível de ação para tomadas de medidas preventivas, conforme estabelece a
legislação em vigor.

2. ABRANGÊNCIA

Aplica-se a todos os empregados e contratados que trabalham nas unidades da Ultracargo.

Este documento é parte integrante do sistema corporativo de Higiene Industrial, descreve a organização
do Programa de Conservação Auditiva.

Em cada seção do documento, estão estabelecidas as diretrizes gerais necessárias para a


administração e o controle do programa de conservação auditiva e de acordo as exigências da legislação
vigente.

3. CATEGORIA E ATRIBUTOS

 Crítico  Emergência  Rotina  Não-Rotina  Executada por uma só vez

 Entre Negócios / Funções  Contratados  Manutenção

4. CONCEITOS

4.1. ANSI: AMERICAN NATIONAL STANDARD INSTITUTE.

4.2. ÁREAS DE RISCO


Instalações industriais e prediais localizadas no ambiente de trabalho, onde os trabalhadores
possam estar expostos a ruído acima de 80 dB(A).

4.3. ÁREA RESTRITA


Local onde se faz necessário o uso de proteção auditiva.

4.4. AUDIOMETRIA
Teste de acuidade auditiva para determinar os limiares dos níveis de intensidade mais baixos que o
indivíduo pode ouvir em um grupo de sons.

4.5. AUDIOGRAMA:
Registro gráfico ou escrito do resultado da medição do nível de audição em diferentes frequências.

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4.6. AUDIOGRAMA DE REFERÊNCIA (LINHA DE BASE):


Registro audiométrico dos limiares auditivos de um indivíduo, utilizado comoRI/ULC 0402para
referencial
comparação e avaliação evolutiva de audiogramas subsequentes.

4.7. AUDIOGRAMAS SEQUENCIAISPROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA


Registros audiométricos subsequentes à audiometria de referência.

4.8. AUDIÔMETRO:
Instrumento eletroacústico que gera tons puros de determinadas frequências, utilizado para
determinar os limiares auditivos individuais.

4.9. CA
Certificado de Aprovação do SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho).

4.10. CIRCUITO DE RESPOSTA LENTA (SLOW)


Modo de obtenção do NPS com integração a cada 1 segundo, utilizado para medição do ruído
contínuo e intermitente.

4.11. CIRCUITO DE RESPOSTA RÁPIDA (FAST)


Modo de obtenção do NPS com integração a cada 0,125 segundos, utilizado para medição do
ruído de impacto.

4.12. CONDIÇÕES NORMAIS DE OPERAÇÃO


São as condições em que se realizam as atividades que representam uma jornada típica de
trabalho.

4.13. CONTROLES ADMINISTRATIVOS


São medidas adotadas para reduzir o potencial de exposição ao ruído através da redução do
tempo de exposição, práticas de trabalho e treinamento.

4.14. CONTROLES DE ENGENHARIA


São medidas adotadas para reduzir a intensidade do ruído na fonte de emissão e no percurso
para minimizar a propagação do mesmo.

4.15. CRITÉRIO DE REFERÊNCIA (CR)


Nível médio para o qual a exposição, por um período de 8 horas, corresponderá a uma dose de
100%.

4.16. DB(A)
Nível de pressão sonora em dB obtido no circuito de compensação “A”. Este circuito é o que
melhor representa a audição humana.

4.17. DB(C)
É o circuito de compensação mais linear e foi incorporado aos equipamentos para medir todo o
ruído do ambiente (sem filtros), ou para avaliar ruídos de baixas frequências. Utilizado para
avaliação do ruído de impacto e cálculo de atenuação de protetores auditivos.

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4.18. DECIBEL (DB)


Escala em base logarítmica, utilizada para representar o nível de pressãoRI/ULC
sonora0402
percebido pelo
ouvido humano. Usa o limiar da audição de 20 Pa como ponto de partida ou pressão de
referência, definido para ser 0 dB.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
4.19. DOSE
Parâmetro utilizado para a caracterização da exposição ocupacional ao ruído, expresso em
porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonora diária
admitida, definida com base em parâmetros preestabelecidos.

4.20. DOSE DIÁRIA


Dose referente à jornada diária de trabalho.

4.21. DOSE PROJETADA


É a caracterização da dose relativa ao período efetivo da jornada de trabalho. A dose de
exposição acima de 100% é prejudicial aos empregados que realizam atividades sem a proteção
adequada.

4.22. GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO (GHE)


Corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de forma
que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da
exposição de todos trabalhadores que compõem o mesmo grupo.

4.23. INCREMENTO DE DUPLICAÇÃO DE DOSE (Q)


Incremento em decibéis que quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da
dose de exposição ou a redução para a metade do tempo. Para fins de atender a legislação local
será adotado o Q=5.

4.24. LIMITE DE EXPOSIÇÃO (LE)


Parâmetro de exposição ocupacional que, quando adicionado a um determinado nível, implica a
duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido.

4.25. LIMITE DE TOLERÂNCIA (LT)


O limite de tolerância para ruído refere-se ao nível de pressão sonora e período de exposição, que
representa a condição sob a qual se acredita que praticamente todos os trabalhadores podem ficar
expostos repetidamente sem que isso venha causar efeito adverso a saúde. É expresso como
dBA. De acordo com a Legislação Brasileira NR-15 Anexo-01, em relação ao nível de ruído
contínuo, o LT para uma jornada de 8 horas é de 85 dBA.

4.26. NÍVEL DE AÇÃO


Valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade
de que as exposições ao ruído causem prejuízos à audição do trabalhador e evitar que o limite de
exposição seja ultrapassado. Nível Total de Pressão Sonora é uma grandeza que fornece apenas
um nível em dB ou dB(A) sem informações sobre a distribuição deste nível nas frequências. De
acordo com a NR-9, sua conceituação "corresponde à faixa desde a metade à totalidade (100%)
da dose relativa ao limite de tolerância considerando o período da exposição".
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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

4.27. NÍVEL DE EXPOSIÇÃO EQUIVALENTE (LEQ OU LAVG)


É o nível ponderado sobre o período de medição, que pode ser considerado RI/ULCcomo
0402 o nível de
pressão sonora contínuo, em regime permanente, que apresentaria a mesma energia acústica
total que o ruído real, flutuante, no mesmo período. O ruído equivalente (Leq) é representativo
para uma determinada função avaliada
PROGRAMA DE Cdurante a jornada
ONSERVAÇÃO – PCA O nível de ruído equivalente
de trabalho.
AUDITIVA
se calculado pelo dosímetro caracteriza o ruído da atividade do funcionário avaliado e deve ser
comparado com os dados da Tabela de Limites de Tolerância (NR-15, Anexo1), de modo a
identificar o tempo máximo de exposição sem o uso do EPI.

4.28. NÍVEL EQUIVALENTE (NEQ)


Nível médio baseado na equivalência de energia, definido pela expressão que segue:

Onde:
 1 t2  2
 t1p²(t)dt  dB
 T 
p
 0 
Neq = 10 log
Neq = nível de pressão sonora equivalente referente ao intervalo de integração (T = t2 – t1)
P (t) = pressão sonora instantânea
Po = pressão sonora de referência, igual a 20Pa.

4.29. NÍVEL DE EXPOSIÇÃO (NE)


Nível médio representativo da exposição ocupacional diária.

4.30. NÍVEL DE EXPOSIÇÃO NORMALIZADO (NEN)


Nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de 8 horas diárias, para fins de
comparação com o limite exposição.

4.31. NÍVEL LIMIAR DE INTEGRAÇÃO (NLI)


Nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na integração para fins de
determinação de nível médio ou da dose de exposição.

4.32. NÍVEL MÉDIO (NM)


Nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao período de medição, que
considera os diversos valores de níveis instantâneos ocorridos no período e os parâmetros de
medição predefinidos.

4.33. NRR: NÍVEL DE REDUÇÃO DE RUÍDO

4.34. NRRSF: NÍVEL DE REDUÇÃO DE RUÍDO – SUBJECT FIT.

4.35. NPS (NÍVEL DE PRESSÃO SONORA)


Relação logarítmica, expressa em decibel (dB), entre uma pressão de referência (0,00002 N/m²) e
a pressão sonora real; é utilizada na medição das variações de pressão no ar e a sensação
humana a essa variação.
NPS = 20 log p / po [dB] onde: p = pressão sonora real
po = 2x10-5 N/m2 (referência)

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

4.36. PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO (PAIR)


RI/ULC
Perda auditiva progressiva e lenta situada no ouvido interno, a qual resultou 0402
da exposição a ruído
por um longo período, contrastando com o trauma acústico, que pode resultar na perda imediata.

4.37. PAIR-O PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA


Quando a perda auditiva é atribuída a fontes de ruído localizadas no ambiente de trabalho recebe
a denominação de PAIR-O (perda auditiva induzida pelo ruído ocupacional).

4.38. PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR NÍVEL DE PRESSÃO SONORA ELEVADO (PAINPSE OU PAINPSEO)
Refere-se à alteração dos limiares auditivos, do tipo neurosensorial, decorrente da exposição
sistemática a níveis de pressão sonora elevados no ambiente de trabalho. Tem como
característica a bilateralidade, simetria, irreversibilidade e a progressão com o tempo de
exposição. Acomete inicialmente os limiares auditivos em uma ou mais frequências da faixa de
3.000 a 6.000 Hz. As frequências de 8.000 e as mais baixas poderão levar mais tempo para serem
afetadas. Uma vez cessada a exposição, não haverá progressão da perda auditiva.

4.39. PCA (PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA)


Conjunto de diretrizes e ações específicas para o controle da exposição ocupacional ao ruído,
visando redução de perdas auditivas induzidas pelo ruído – PAIR, conforme Ordem de Serviço nº
608/98 do INSS.

4.40. PCMSO: PROGRAMA DE CONTROLE DE MEDICINA E SAÚDE OCUPACIONAL.

4.41. POTÊNCIA SONORA


Total da energia sonora emitida por uma fonte por unidade de tempo.

4.42. PPRA: PROGRAMA DE PREVENÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS.

4.43. PRESSÃO SONORA


Variação dinâmica na pressão atmosférica que pode ser detectada pelo ouvido humano.
Normalmente medida em Pascal, unidade de pressão equivalente a um Newton por metro
quadrado (1 Pa = 1 N/m²).

4.44. Q=3 (INCREMENTO DE DUPLICAÇÃO DA DOSE)


Fator utilizado na medição de dose conforme procedimento Fundacentro; considera a variação da
intensidade sonora. O dobro da intensidade sonora representa um acréscimo de 3 decibéis na
medição.

4.45. Q=5 (INCREMENTO DE DUPLICAÇÃO DA DOSE)


Fator utilizado na medição de dose conforme Portaria 3214/78, NR-15, Anexo-1; considera
capacidade humana de percepção sonora. O dobro da pressão sonora representa um acréscimo
de 5 decibéis na medição, ou seja, a redução pela metade do tempo máximo de exposição
permitido.

4.46. RBC: REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

4.47. RUÍDO
Fenômeno físico que indica uma mistura de sons cujas frequências não RI/ULC 0402
seguem nenhuma lei
precisa. Em publicações técnicas, normas e diplomas legais é comum empregar-se “ruído” como
sinônimo de “barulho”, no sentido de som indesejável.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
4.48. RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Todo e qualquer ruído que não está classificado como ruído de impacto ou impulsivo.

4.49. RUÍDO DE IMPACTO OU IMPULSIVO


Ruído que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos
superiores a 1 (um) segundo.

4.50. SITUAÇÃO ACÚSTICA


Cada parte do ciclo de exposição na qual o trabalhador está exposto a níveis de ruído
considerados estáveis.

4.51. THRESHOLD
É o nível de ruído para iniciar a contagem das doses absorvidas durante a jornada de trabalho.
Nas audiodosimetrias valores abaixo de 80 dBA não são computados para efeito de exposição ao
ruído.

4.52. ZONA AUDITIVA


Região do espaço delimitada por um raio de 150mm + 50mm, medido a partir da entrada do canal
auditivo.

NOTA 1: As principais correlações entre a terminologia em português e inglês são as seguintes:


• Critério de Referência (CR): Criterion Level (CL)
• Incremento de Duplicação de Dose (q): Exchange Rate (q ou ER)
• Limite de Exposição (LE): Threshold Limit Value (TLV)
• Limite de Exposição Valor Teto (LE-VT) Threshold Limit Value – Ceiling (TLV-C)
• Nível Equivalente (Neq): Equivalent Level (Leq)
• Nível Médio (NM): Average Level (Lavg)
• Nível Limiar de Integração (NLI): Threshold Level (TL)

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

5. DOCUMENTOS
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5.1. BÁSICOS E REFERENCIAIS
5.1.1. Portaria 3.214, de 08/06/78 1978 - NR-15, Anexo 1 - Limites de Tolerância para Exposição ao
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
Ruído Contínuo e Intermitente;
✓ NR-06 – Equipamentos de Proteção Individual.
✓ NR-07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.
✓ NR-09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
✓ NR-15 – Atividades e Operações Insalubres.
✓ NR-17 – Ergonomia (item 17.5).

5.1.2. NHO-01 – Procedimento Técnico – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído –


Fundacentro.
5.1.3. ABNT-NBR-10152 – Níveis de ruído para conforto acústico.
5.1.4. ABNT- NBR 10151 - Níveis de ruído em área habitada, visando conforto a comunidade.
5.1.5. Resolução CONAMA nº 01, de 08/03/90.
5.1.6. Gerenciamento de Mudanças – MOC.
5.1.7. OS-608/1998 do INSS, Secção I, Anexo II – Programa de Conservação Auditiva.
5.1.8. Resolução nº1150/1995 CEPRAM - Determinação de ruído em ambientes internos e externos de
áreas habitadas.
5.1.9. Norma COFIC NS-08/2008 – PCA: Norma de Segurança nº 08 - PCA – Programa de Conservação
Auditiva do COFIC – Comitê de Fomento Industrial de Camaçari.
5.1.10. NIOSH – Technical Information, List of Personal Hearing Protectors and Attenuation Data,
Patricia Kroes, Roy Fleming and Barry Lempert, pág 76-120, 1975.
5.1.11. NIOSH – Ocupational Noise Exposure, 1998.
5.1.12. Norma ANSI 3.19/1974 – NRR.
5.1.13. Norma ANSI S12.6/1984 (Método “A”) – NRR.
5.1.14. Norma ANSI S12.6/1997 (Método “B”) – NRRsf.
5.1.15. Instrução Normativa 11/2006 – Ministério da Previdência.
5.1.16. Resolução do Conselho Federal de Fonoaudiologia nº 295, 22/02/2003 – Calibração dos
equipamentos eletroacústicos.
5.1.17. Resolução do Conselho Federal de Fonoaudiologia nº 296, 22/02/2003 – Nível de Pressão
sonora das cabines / salas de testes.
5.1.18. Programa de Conservação Auditiva – Guia Prático 3M;
5.1.19. Guia de diretrizes e parâmetros mínimos para a elaboração e a gestão do Programa de
Conservação Auditiva (PCA) – Fundacentro, 2018.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

5.2. COMPLEMENTARES: REGISTROS


RI/ULC 0402
5.2.1. Análise de Segurança de Tarefa ULC/ISO 0414
5.2.2. Auto avaliação – Checklist PCA ULC/ISO 0435
5.2.3. Cálculo de Atenuação de Ruído ULC/ISO 0438
5.2.4. Ficha de Avaliação de PROGRAMA
EPI DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
pelo Usuário ULC/ISO 0446
5.2.5. Ficha de Atividades da Jornada de Trabalho ULC/ISO 0504
5.2.6. Ficha de Monitoramento Individual de Ruído ULC/ISO 0505
5.2.7. Treinamento Individual do Uso do Protetor Auditivo ULC ISO 0506
5.2.8. Audi dosimetria e Mapeamento de Área do Processo de Conservação Anexo I
Auditiva
5.2.9. Fluxo do Processo de Conservação Auditiva – Audiometria Anexo II
5.2.10 Tratamento Estatístico das Monitorações Anexo III
5.2.11 Mapas de Ruído dos Terminais

6. DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA

6.1. RESPONSABILIDADES
Esse tópico detalha os papéis e respectivas responsabilidades dentro do Programa de Conservação
Auditiva – PCA.
O PCA deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar. Cada um dos integrantes do programa
terá suas atribuições e deveres dependendo de sua formação profissional, experiências e
habilidades.
O PCA deverá ter um Coordenador com conhecimento suficiente, experiência profissional,
atualizado sobre os regulamentos vigentes e capacitação técnica em proteção auditiva,
preferencialmente com formação em Engenharia de Segurança ou em Higiene Ocupacional.

Figura 01 – Multidisciplinaridade Alta


do PCA Direção
Fonte: NS 008 - COFIC

Lideranças Coordenador
PCA

PCA
Projeto Higiene
Manutenção Saúde
Suprimentos Segurança

Força de
Trabalho

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.1.1. GERENTE DE TERMINAL (ALTA DIREÇÃO)


• Assegurar que as gerências conheçam e cumpram o programa de RI/ULC 0402
conservação auditiva
(PCA);
• Assegurar o cumprimento do PCA, provendo recursos financeiros e humanos.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
6.1.2. GERENTE DE OPERAÇÕES
• Garantir o desenvolvimento e cumprimento de planos de ação do PCA;
• Garantir manutenção preventiva e corretiva de equipamentos críticos quanto à emissão de
ruído, bem como de seus respectivos tratamentos acústicos;
• Assegurar que a área de SSMA local seja informada sobre geração de ruído acima do
valor habitual;
• Cobrar da área de Engenharia a aplicação dos Padrões Normativos “Bases de Projeto de
Controle de Ruído”, “Níveis de Ruído de Equipamentos” e “Medição de Ruído de
Equipamentos” nos projetos do Terminal;
• Assegurar o cumprimento dos requisitos legais para preservação da saúde do trabalhador.

6.1.3. GERENTE CORPORATIVO DE SSMAQ


• Aprovar o Programa de Conservação Auditiva (PCA).

6.1.4. GERENTE DE SSMA


• Garantir o atendimento aos itens desse programa e procedimentos complementares para
eliminar, reduzir e controlar a exposição ocupacional a ruído;
• Assegurar que o PCA seja integralmente cumprido e que esteja devidamente
documentado;
• Designar e substituir o Coordenador do PCA, quando necessário;
• Garantir que o PPRA contemple os requisitos do programa de conservação auditiva;
• Investigar as causas de doenças ou reclamações referentes a proteção auditiva
reportadas pelo serviço de saúde;
• Acompanhar e propor ações de todos os casos relacionados com perda auditiva
ocupacional;
• Cumprir as determinações previstas nas legislações locais e nos acordos coletivos de
trabalho no âmbito da higiene ocupacional;
• Garantir a divulgação dos resultados de monitoramento para todos os colaboradores;
• Verificar a eficácia do programa através de auditorias;
• Realizar análise crítica anual do PCA.

6.1.5. COORDENADOR CORPORATIVO DE SAÚDE, HIGIENE OCUPACIONAL E SEGURANÇA


• Elaborar e revisar o padrão Corporativo do Programa de Controle de Conservação
Auditiva (PCA);
• Garantir a atualização do PCA à luz das Normas e Resoluções governamentais.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.1.6. COORDENADOR DE SMA (COORDENADOR DO PCA)


• Coordenar, implantar, supervisionar e auditar o PCA; RI/ULC 0402
• Apoiar quanto ao cumprimento das determinações previstas nas legislações (nacional,
estadual e municipal) e nos acordos coletivos de trabalho no âmbito da higiene
ocupacional; PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
• Definir o Técnico de Segurança que irá apoiá-lo na gestão do PCA;
• Assegurar a atualização dos procedimentos técnicos e informações referentes ao
Programa;
• Manter um banco de dados de exposições e arquivo do PCA por 20 anos;
• Avaliar e aprovar os equipamentos de proteção auditiva, com base nos critérios pré-
estabelecidos neste PCA, em alinhamento com a área médica;
• Apoiar na definição do uso adequado dos protetores auriculares na execução das
atividades (pode ser através das análises de riscos como AST – Análise de Segurança do
Trabalho, PTS – Permissão de Trabalho Seguro, ou outra ferramenta preventiva);
• Garantir que o PPRA contemple os requisitos do PCA;
• Interagir com a área médica para subsidiar informações para o PCMSO;
• Garantir a divulgação dos resultados de monitoramento;
• Assegurar a realização ou a contratação de serviços de monitoramento de nível de
pressão sonora nas áreas e pessoal, mantendo a Saúde Ocupacional informada dos
resultados;
• Desenvolver, implantar, manter e auditar procedimentos para a seleção, compra e
distribuição de protetores auditivos;
• Planejar treinamento para os trabalhadores de acordo com frequência definida no PCA ou
PPRA, em conjunto com a Saúde Ocupacional e líderes das áreas;
• Divulgar o Programa nos diversos canais existentes na empresa;
• Participar da análise crítica periódica do PCA, juntamente com a alta administração;
• Garantir que áreas ruidosas sejam sinalizadas e demarcadas;
• Garantir o monitoramento audiométrico dos trabalhadores que executam atividades em
locais com ruído a partir de 80 dB(A);
• Garantir a capacitação das pessoas conforme item 6.21 deste programa, atendendo a
tabela 06 deste programa;
• Informar a Gerência de SSMA a relação dos empregados com potencial de exposição
acima de 80 dBA (TWA para 8 horas);
• Elaborar relatórios técnicos sobre proteção auditiva;
• Garantir a realização das auditorias, conforme descrito no item 6.24;
• Realizar anualmente a Auto Avaliação do PCA, utilizando o checklist (ULC/ISO 0435). O
Resultado deverá ser incluído na análise crítica do PPRA;
• Realizar análise crítica do programa para verificar sua eficácia e propor medidas para
melhoria contínua.

NOTA 2: O coordenador de SMA de cada terminal da Ultracargo será o coordenador do PCA do


seu terminal.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.1.7. TÉCNICO DE SEGURANÇA


• Monitorar área e pessoas de acordo com plano de monitoramento anual;
RI/ULC 0402
• Emitir relatório de monitoramento de ruído;
• Especificar o equipamento de proteção auditiva apropriado ao risco;
• Interagir com a área médicaDE
PROGRAMA para AUDITIVA –para
subsidiar informações
CONSERVAÇÃO PCAo PCMSO;
• Divulgar os resultados aos empregados e contratados, conforme previsto na NR 09;
• Manter equipamentos calibrados e registros de manutenção/calibração anual;
• Treinar e conscientizar os empregados e sobre os riscos associados à proteção auditiva;
• Apoiar o coordenador do PCA na capacitação das pessoas conforme item 6.21 deste
programa;
• Auditar o uso de protetores auditivos;
• Analisar e investigar, em conjunto com o Coordenador de PCA, os resultados de
monitoramento acima do nível de ação;
• Acompanhar ações corretivas decorrentes de resultados de monitoramento acima do nível
de ação;
• Investigar desvios do limiar de audição em conjunto com o Coordenador do PCA e a
Saúde Ocupacional;
• Participar dos estudos, desenvolvimento e implantação das medidas de controle para
redução do ruído nas áreas de trabalho;
• Treinar e conscientizar os empregados e terceiros sobre os riscos de exposição a ruído;
• Realizar trimestralmente inspeção nas áreas, buscando melhorar as condições do
ambiente de trabalho;
• Dar suporte Técnico ao Coordenador do PCA.

6.1.8. MÉDICO DO TRABALHO


• Definir o exame audiométrico para os funcionários, conforme descrito no PCMSO;
• Definir e divulgar calendário anual para realização dos exames necessários para os
trabalhadores usuários de protetores auriculares;
• Identificar os casos de perda auditiva ocupacionalmente induzidas;
• Informar ao Coordenador do PCA e Técnico de Segurança (Higienista) sobre qualquer
desvio do limiar de audição, investigando conjuntamente sua etiologia;
• Auxiliar ou assessorar o Coordenador do PCA nas auditorias do Programa;
• Apoiar na conscientização dos empregados potencialmente expostos sobre o uso do
protetor auricular;
• Cruzar os resultados das audiometrias com as dosimetrias de ruído, dar o parecer quanto
ao nexo ocupacional da perda auditiva considerando: os laudos das audiometrias e das
dosimetrias, o histórico clínico, ocupacional e social dos empregados e histórico
epidemiológico da área envolvida;
• Identificar os casos de perda auditiva, quando estabelecido nexo causal, para
acompanhamento, registro das CATs e tomada de ações pertinentes.

6.1.9. RECURSOS HUMANOS


• Programar treinamentos conforme Matriz de Treinamentos de SSMA;
• Controlar a validade dos treinamentos, conforme Matriz de treinamentos de SSMA;

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

• Manter registros de treinamento de acordo com a periodicidade estabelecida pela


Ultracargo. RI/ULC 0402
6.1.10. EMPREGADOS E CONTRATADOS (FORÇA DE TRABALHO)
• Conhecer o programa de conservação auditiva da Ultracargo;
• Participar dos treinamentos
PROGRAMA DE sobre PCA, quando
CONSERVAÇÃO – PCA
requisitado;
AUDITIVA
• Colaborar com a execução do PCA e seguir as orientações recebidas nos treinamentos,
visando minimizar os riscos de exposição ao agente físico ruído;
• Relatar todas as situações de risco à saúde, verificadas na sua área de trabalho, durante a
execução de sua atividade para o seu líder imediato e para a área de SSMA do Terminal;
• Participar das revisões e propor sugestões para melhoria do programa de conservação
auditiva em sua área de atuação;
• Propor revisão nos procedimentos de execução dos serviços, com vistas a otimizar as
condições de segurança e saúde;
• Sempre usar protetores auriculares em locais com NPS igual ou maior do que 80 dB(A) ou
onde houve sinalização de uso obrigatório;
• Utilizar os protetores auriculares conforme instruções e treinamentos recebidos;
• Assegurar a guarda, conservação, manutenção e higienização dos equipamentos de
proteção auditiva, conforme a NR-06;
• Assinar a ficha individual de EPI quando receber o mesmo;
• Substituir o EPI sempre que este rachar, quebrar, endurecer ou apresentar outra condição
que o torne impróprio para utilização e comprometa a eficiência de sua proteção;
• Realizar os exames audiométricos e participar das monitorações pessoais (dosimetrias)
programados;
• Evitar ou minimizar, quando possível, a emissão de ruído no desenvolvimento de
atividades ou tarefas que possam gerá-lo;
• Auxiliar na orientação dos colegas, inclusive das empresas contratadas, no uso correto do
protetor auditivo;
• Preencher corretamente a FICHA DE ATIVIDADES DA JORNADA DE TRABALHO,
conforme ULC ISO 0504 ou ficha de atividades do fornecedor que estará executando as
audiosimetrias, quando estiver realizando as dosimetrias de ruído;
• Reportar qualquer alteração em seu estado de saúde para seu líder imediato e para a área
de Saúde Ocupacional da Ultracargo.

6.1.11. EMPRESAS CONTRATADAS


• Seguir as diretrizes do PCA da empresa contratante na elaboração do seu Programa;
• Realizar exames audiométricos nos seus trabalhadores, conforme PCMSO;
• Fornecer protetores auditivos aprovados pela empresa contratante;
• Garantir a participação dos seus trabalhadores nos treinamentos ministrados pela
contratante.

6.1.12. ÁREA DE ENGENHARIA/PROJETOS


• Garantir a aplicação dos Padrões Normativos “Bases de Projeto de Controle de Ruído”,
“Níveis de Ruído de Equipamentos” e “Medição de Ruído de Equipamentos” nos projetos
dos Terminais;

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

• Priorizar a aquisição de equipamentos menos ruidosos para realização dos projetos e


RI/ULC
processos da Ultracargo (equipamentos com níveis de ruído abaixo do LT0402
(<85 dBA) e se
possível abaixo dos níveis de ação. (<80dBA).

6.1.13. ÁREA DE MANUTENÇÃO PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA


• Priorizar aquisição de equipamentos menos ruidosos para realização da manutenção dos
equipamentos de processo da Ultracargo (equipamentos com níveis de ruído abaixo do LT
(<85 dBA) e se possível abaixo dos níveis de ação. (<80dBA);
• Cumprir o Plano de Manutenção, para controle de vibrações, folgas, desgaste e
lubrificação dos equipamentos, a fim de evitar o aumento do ruído nas áreas de trabalho;
• Em caso de manutenção dos equipamentos, garantir que os sistemas de proteção coletiva
implantados sejam recolocados após essas manutenções.

6.1.14 SUPRIMENTOS E ALMOXARIFADO


• Comprar, manter em estoque e distribuir os protetores auditivos individuais homologados
pela área de Saúde, Higiene e Segurança Corporativa;
• Adquirir equipamentos que atendam às especificações técnicas fornecidas pelas áreas de
Engenharia e de Manutenção.

6.1.15. GESTORES DE CONTRATO:


• Assegurar que as empresas contratadas que estão sob sua gestão elaborem e revisem o
seu PCA, conforme legislação e PCA da Ultracargo.

6.1.16. COORDENADORES DE OPERAÇÃO E DE MANUTENÇÃO


• Motivar a equipe a aplicar as diretrizes do PCA nas áreas operacionais;
• Interagir com a Higiene Ocupacional, Saúde Ocupacional e Segurança, no treinamento de
trabalhadores potencialmente expostos;
• Auditar o uso correto de protetores auditivos indicados para as atividades/áreas, em
conjunto com a Higiene Ocupacional e Segurança;
• Facilitar o processo de treinamento e realização dos exames audiométricos;
• Informar às áreas de Higiene Ocupacional, Saúde Ocupacional e Segurança, sobre
quaisquer alterações ocorridas no processo produtivo ou modificações que impliquem em
exposição ao ruído;
• Solicitar estudos de melhoria, acompanhar o desenvolvimento e implantação das medidas
de controle, para redução do ruído nas áreas de trabalho;
• Implantar e acompanhar ações de caráter administrativo para controle da exposição ao
ruído.

6.2. IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS


Em meio aos agentes físicos “nocivos” à saúde, o mais frequente nos ambientes de trabalho é o
ruído, que tem sido responsável por distúrbios auditivos temporários e permanentes e por
comprometimentos orgânicos diversos.

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

A exposição a ruídos de forte intensidade pode resultar em perda da audição temporária ou


permanente. Esta perda é chamada de Perda Auditiva Induzida por RuídoRI/ULC 0402 PAIR-O,
Ocupacional,
que é uma diminuição gradual da acuidade auditiva, do tipo neurossensorial, decorrente da
exposição ocupacional continuada a níveis de pressão sonora elevados. A disacusia neurosensorial
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
ocupacional define um distúrbio da audição com nexo direto com o ruído de trabalho.

A extensão e o grau do dano auditivo dependem da intensidade da pressão sonora, da duração da


exposição, da frequência do ruído e da suscetibilidade do indivíduo.

O ruído é considerado nocivo à saúde quando ultrapassa 85 dBA (NR-15), sendo este o limite para
uma exposição diária de oito horas. No entanto, não se pode estabelecer rigidamente um nível de
intensidade, uma vez que existem características peculiares a cada indivíduo. No entanto, a simples
presença de uma perda auditiva constatada numa audiometria, e uma história de exposição a níveis
elevados de ruído ocupacional, não são suficientes para o estabelecimento do nexo-causal e
diagnóstico definitivo da disacusia ocupacional. O diagnóstico deve ser presumido, pois a disacusia
neurosensorial pode ser explicada por uma dezena de causas etiológicas, podendo existir o mesmo
padrão audiométrico nas diversas causas clinicamente conhecidas, não havendo diferença, por
exemplo, entre a perda auditiva causada por ruído não ocupacional e a perda auditiva causada por
ruído ocupacional.

A Ultracargo, visando a prevenção utiliza o conceito da NR-09, referente ao nível de ação, portanto,
os ambientes e os GHEs – Grupos Homogêneos de Exposição, são avaliados considerando
necessidade de medida de controle, seja medida de engenharia, administrativa ou a utilização do
EPIs em níveis acima de 80 dB(A).

O Programa de Conservação Auditiva (PCA) é um conjunto de medidas técnicas e administrativas


que visa à proteção da saúde dos trabalhadores, para que estes trabalhadores quando expostos a
ruído ocupacional não desenvolvam perda auditiva induzida por nível de pressão sonora elevado
(PAINPSE).

A característica multidisciplinar do PCA faz com que as habilidades, conhecimentos e experiências


de cada profissional envolvido no programa sejam aproveitados ao máximo, integrando os
trabalhadores potencialmente expostos, aumentando consideravelmente as chances de sucesso.

A maioria dos requisitos propostos neste documento para execução e administração de um


Programa de Conservação Auditiva está baseada nos requisitos das Normas Regulamentadoras da
Secretaria de Inspeção do Trabalho.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.2.1. CARACTERIZAÇÃO DO AGENTE FÍSICO RUÍDO


RI/ULC 0402
O ruído é um agente físico, pois ele possui a capacidade de alterar as características físicas de um
ambiente, podendo ou não causar agressões em quem estiver imerso nele.

Em geral o agente físicoPruído DE CONSERVAÇÃO


caracteriza-se
ROGRAMA por: AUDITIVA – PCA

✓ Agir simultaneamente sobre diversas pessoas, sem que estas tenham contato direto com a fonte
de ruído;

✓ Necessidade de um meio de transmissão, em geral o ar;

✓ Ter potencial de gerar lesões crônicas, quando não se utilizam as proteções.

O agente físico ruído é caracterizado pela intensidade de som. O som é gerado a partir de
flutuações de pressão em um meio compressível, sendo um fenômeno acústico de natureza
ondulatória. Por se tratar de uma onda ele é definido por dois parâmetros: amplitude e frequência.
A sensação de som/ruído ocorrerá quando a amplitude destas flutuações e a frequência com que
elas se repetem estiverem dentro de determinadas faixas de valores. Desta forma, flutuações de
pressão com amplitudes inferiores a certos mínimos não serão audíveis (limiar de audição), assim
como ondas de nível alto, tais como nas proximidades de turbinas de um avião, podem produzir
uma sensação de dor ao invés de som (limiar da dor). Ainda existem as ondas cujas frequências
de repetição das flutuações estão acima ou abaixo de frequências geradoras da sensação de
audição (20 Hz a 20.000 Hz), as ondas infrassônicas e ultrassônicas, respectivamente.

Na prática, a geração do ruído é causada pela variação da pressão ou da velocidade das


moléculas no meio. O som é uma forma de energia que é transmitida pela colisão das moléculas
no meio, produzindo a sensação de audição quando atingem o ouvido humano. Para que isto
ocorra é necessário uma fonte de geração (máquinas), um caminho de transmissão (ar) e um
receptor (trabalhadores). A Figura 02 apresenta esse caminho de propagação do som.

Figura 02 - Caminho de propagação do som


Fonte: Gerges (2000).

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Ainda de acordo com a NR-9 o agente físico ruído deve ser quantificado e a NR-15 em seu Anexo 1
apresenta os limites de tolerância em função do tempo de exposição máximo RI/ULC 0402Neste caso,
permitido.
o limite de tolerância é entendido como a intensidade máxima de ruído em função do tempo de
exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
A Política da Ultracargo para o PCA: Assegurar para os trabalhadores que atuam nos seus
terminais não sejam expostos a níveis de pressão sonora (NPS) acima do nível de Ação (NA),
através de medidas de controles implantadas para eliminar/minimizar os riscos de exposição ao
agente de risco ruído e por isso estabelece as diretrizes e parâmetros para a vigilância médica dos
trabalhadores abrangidos pelo programa, com o fim de detecção precoce e prevenção da PAIR-O.

Visando atender a Política prevencionista da Ultracargo para o agente Ruído, a empresa adotou
como premissa que todas as fontes de ruído acima de 80 dB(A) devem ser identificadas através do
mapeamento de ruído nas áreas operacionais e documentadas por relatórios de Higiene
Ocupacional em cópia física e/ou eletrônica. Riscos a ruído originados de instalações de novos
equipamentos, modificações de equipamentos existentes ou alterações de processos devem seguir
o processo de gestão de mudança (MOC), ser identificados e documentados no instante da
mudança. Quando algum equipamento temporário produz níveis de ruído acima de 80 dBA, os
empregados deverão ser informados dos requisitos para proteção auditiva através de sinais de
alerta temporária e/ou comunicação verbal.

6.3. DIAGNÓSTICO INICIAL


Identificar as áreas, equipamentos e máquinas ruidosas que representam um potencial de risco à
audição, bem como o número de trabalhadores que executam suas atividades nessas áreas. Um
estudo da descrição dos cargos/funções, "lay out" de cada unidade e variação de ruído durante a
jornada de trabalho, deverão ser considerados para a formação dos Grupos Homogêneos de
Exposição (GHE) e definição dos postos fixos de trabalho (vide PPRA na etapa de reconhecimento
e formação dos GHEs).

Frequência: O mapeamento de área deve ser realizado a cada cinco anos. Caso haja modificações
na unidade, ele deverá ser refeito para espelhar a nova realidade.

6.4. SINALIZAÇÃO
Todas as áreas com nível de ruído acima de 80 dBA, devem estar devidamente sinalizadas e
demarcadas pela área de SSMA.

Nas área/equipamentos com nível de ruído >105 dBA, devem estar devidamente sinalizadas e
demarcadas, pela área de SSMA, para uso de dupla proteção auricular (concha+plug).

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Os seguintes procedimentos de comunicação/demarcação poderão ser usados:


✓ Placas colocadas nos limites da unidade; RI/ULC 0402

✓ Placas colocadas nos limites de equipamentos;


✓ Barreira física;
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
✓ Indicar o uso da proteção auditiva na Permissão de Trabalho Seguro (PTS);
✓ Através da Análise de Segurança da Tarefa (AST);
✓ Através de Procedimentos Operacionais;
✓ Faixas amarelas pintadas no chão, delimitando a área de risco acima de 80dBA.

6.5. LIMITES DE TOLERÂNCIA/ NÍVEL DE AÇÃO


O limite de tolerância para ruído se refere ao nível de pressão sonora e período de exposição, que
representa a condição sob a qual se acredita que a maioria dos trabalhadores pode ficar exposta
repetidamente, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde e que permita a comunicação
normal entre as pessoas.
O nível de ação para ruído, de acordo com a NR-09, é a metade da dose que o individuo pode se
submeter considerando o período de exposição. Neste caso, equivale a 50% do LT. Acima deste
valor devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as
exposições ao ruído causem prejuízos à audição do trabalhador e evitar que o limite de exposição
seja ultrapassado.

6.5.1. RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE


Entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para fins de aplicação de limites de tolerância, o
ruído que não seja ruído de impacto.

Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com
instrumento de pressão sonora ou medidores de pressão sonora operando no circuito de
compensação “A” e circuito de resposta “SLOW”. As leituras devem ser próximas ao ouvido do
trabalhador.

Referências:
NR-15, anexo 1: LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
NHO-001 (Procedimento Técnico): Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído –
Fundacentro.

Conforme a NR 15 - Anexo I, nenhum trabalhador deverá ser exposto a níveis de ruído igual ou
superior a 85 dB(A) para 8 horas de trabalho, que corresponderá a 100% de dose. Deve-se
adotar o seguinte critério para avaliação da exposição:

 Limite de tolerância: 85 dB(A), que corresponde a dose de 100% para uma exposição de 8
horas.
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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

 Incremento de duplicação de dose (q): 5 dB(A).


RI/ULC 0402
 Nível limiar de integração (NLI): 80 dB(A).

 Nível de ação: 80 dB(A).


PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
O Procedimento Técnico da Fundacentro NHO-01 adota os seguintes critérios para avaliação da
exposição:

 Limite de tolerância: 85 dB(A), que corresponde a dose de 100% para uma exposição de 8
horas.

 Incremento de duplicação de dose (q): 3 dB(A).

 Nível limiar de integração (NLI): 80 dB(A).

 Nível de ação: 82 dB(A).

Embora a recomendação seja seguir os critérios da NR 15, sempre que possível deve-se obter
os resultados seguindo os dois critérios, como ilustrado no quadro 01:

Quadro 01: NR-09 e NHO 01 - Máxima Exposição Diária Permissível

Critérios NR-15 Critérios NHO-01


Lavg dB(A) Leq dB(A)
Tempo Dose (%)
Q=5 Q=3
16 h 80 82 50
8h 85 85 100
4h 90 88 200
2h 95 91 400
1h 100 94 800
30 min 105 97 1.600
15 min 110 100 3.200
7 min 115 103 6.400

NOTA 3: Nenhum trabalhador deverá ser exposto a níveis de ruído contínuo acima de 115 dB(A)
se não estiver adequadamente protegido.

Considerando a definição da NR-9 sobre nível de ação e a suscetibilidade individual de


cada indivíduo, a Ultracargo utiliza o nível de ação (80 dBA) como parâmetro para
exigência de pelo menos o uso de proteção auditiva nestes ambientes, enquanto as
medidas de engenharia não forem implantadas.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.5.2. NÍVEL DA AÇÃO PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE


RI/ULC 0402
A NR-9, no item 9.3.6 faz referência ao nível de ação, onde estabelece que as ações preventivas
devam ser iniciadas para minimizar a probabilidade de exposição ao ruído quando a dose estiver
acima de 50% ou seja, para valores
PROGRAMA acima deAUDITIVA
DE CONSERVAÇÃO 80 dB(A). Essas ações devem incluir o
– PCA
monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico,
contudo devem ser priorizadas as medidas de engenharia para minimizar o risco ou eliminar a
fonte. Deve-se também considerar a susceptibilidade individual de cada trabalhador e a
recomendação para o uso dos protetores auditivos enquanto as medidas de engenharia não
forem implantadas.

6.5.3. RUÍDO DE IMPACTO

Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a 1 (hum) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão
sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser
feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de
130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído
contínuo.

Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para
impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de
compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).

Nenhum trabalhador deverá ser exposto a níveis de ruído de impacto superior a 130 dB(A)
(linear) medido no circuito de resposta para impacto ou a 120 dB(C) medido no circuito de
resposta rápida se não estiver adequadamente protegido.

As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis


de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de resposta para
impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão
risco grave e iminente.

Neste caso, o critério para o limite de tolerância diário é determinado pela expressão:

Np = 160 – 10 Log n (dB)

Em que:

 Np = nível de pico, em dB (linear), máximo admissível.


 N = número de impactos ou impulsos ocorridos durante a jornada diária de trabalho.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Quando o número de impactos ou de impulsos diários exceder a 10.000 (n >10.000), o ruído


deverá ser considerado contínuo ou intermitente. RI/ULC 0402

O limite de tolerância valor teto corresponde ao nível de pico de 140 dB (linear), ou seja, não é
permitido exposição a Pruídos de impacto
ROGRAMA ou impulsivo
DE CONSERVAÇÃO com níveis
AUDITIVA – PCAde pico superiores a 140 dB.
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a estes níveis de ruído oferecerão
risco grave e iminente para aqueles que não estejam adequadamente protegidos.

6.5.3.1. NÍVEL DE AÇÃO PARA RUÍDO DE IMPACTO

Considera-se como nível de ação para a exposição ocupacional ao ruído de impacto o valor Np
obtido na expressão do item 7.2, subtraído de 3 decibéis (Np - 3) dB, e devem ser adotadas
medidas preventivas para minimizar a probabilidade de que as exposições ao ruído ultrapassem
o limite de exposição.

Quadro 02: Correlação entre os níveis de pico máximo admissíveis e o número de impactos ocorridos
durante a jornada de trabalho

Np n Np n Np n
120 10.000 127 1.995 134 398
121 7.943 128 1.584 135 316
122 6.309 129 1.258 136 251
123 5.011 130 1.000 137 199
124 3.981 131 794 138 158
125 3.162 132 630 139 125
126 2.511 133 501 140 100

Referências:
NR-15, anexo 2: LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO DE IMPACTO
NHO-001 (Procedimento Técnico): Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído –
Fundacentro.

6.5.4. CONFORTO ACÚSTICO – ERGONOMIA (NR-17)

Segundo a NR 17, nos locais de trabalho onde são executadas as atividades que exijam
solicitação intelectual e atenção constante como sala de controle, laboratório, escritório, salas de
desenvolvimento de análise de projetos dentre outros, os níveis de ruído compatíveis com o
conforto acústico estão estabelecidos na NBR 10.152 - Níveis de ruído para conforto acústico.
Para as atividades com essas características, mas que não apresentam equivalência ou
correlação com aquelas relacionadas na NBR 10.152, o nível de ruído aceitável para conforto
acústico é de 65 dB(A).

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.5.4.1. NÍVEIS DE RUÍDO PARA CONFORTO ACÚSTICO – ABNT, NBR-10152


Executar avaliação ambiental de nível de ruído nos escritórios RI/ULC 0402
e salas dos prédios
administrativos para assegurar o conforto acústico mínimo necessário para o desenvolvimento
da atividade laboral.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
De acordo com a norma ABNT NBR 10.152, item 4.1, os valores para ruído de conforto acústico
para escritórios e salas deve situar-se na faixa de 30 a 65 dBA.

Condição: A aplicabilidade desta norma deve ser através de um requisito legal ou boa prática
adotada pelo Terminal se assim for recomendado.

Frequência: Realizar avaliações nas salas de trabalho, emitir relatório e arquivar conforme o
PCA determina (20 anos). As novas avaliações só deverão ser realizadas conforme definição de
cada terminal, utilizando principalmente como critérios: demandas de recomendações de
inspeções, queixas dos usuários, alteração de lay out/ novos equipamentos ou solicitação
médica.

NOTA 4: Especificamente para a área de operações do desvio ferroviário do Terminal de Itaqui,


após o monitoramento ambiental de ruído e implementadas medidas de controle, caso
necessário, deverá ser realizado novo monitoramento ruído para verificar adequação
dos resultados a NBR 10152. Caso os resultados não sejam satisfatórios, medidas de
controle deverão ser adotadas e nova medição deverá ser realizada até que os valores
recomendados sejam atingidos. Exemplos de medidas de controle: tratamento acústico
da sala, instalações de vidro duplo nas janelas ou outra medida que melhor se adeque
ao local.

6.5.5. NÍVEIS DE RUÍDO EM ÁREA HABITADA, VISANDO CONFORTO A COMUNIDADE – ABNT, NBR 10151
Executar avaliação ambiental de nível de ruído no perímetro da empresa para assegurar o
conforto acústico mínimo para a comunidade (se existir) que possa ser afetada pelo ruído
industrial gerado pela empresa.

Condição: A aplicabilidade desta norma deve ser através de um requisito legal ou boa prática
adotada pelo Terminal se assim for recomendado.

Seguir a norma ABNT, NBR-10151, considerar o item 6.2.4, para classificar e avaliar o nível de
conforto acústico. Vide tabela 01 abaixo com alguns critérios recomendados de níveis de ruído
da NBR 10151 por tipo de áreas e turnos.

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Tabela 01 – Nível de critério de avaliação NCA para ambientes externos, em dBA


RI/ULC 0402
TIPOS DE ÁREAS DIURNO NOTURNO

Áreas de sítios e fazendas 40 35


PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas 50 45

Área mista, predominantemente residencial 55 50

Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55

Área mista, com vocação recreacional 65 55

Área predominantemente industrial 70 60

Frequência: realizar mapeamento a cada cinco anos, se não ocorrer mudança de layout das instalações
com emissão de relatório ou realizar mapeamento anual, conforme Resolução CONAMA 01, de
08/03/90, retificada em 16/08/90, de modo a evitar incômodos ao bem-estar público, caso esta legislação
seja aplicável ao Terminal. Especificamente para a área de operações do desvio ferroviário do Terminal
de Itaqui, realizar monitoramento ambiental de ruído a cada 06 meses.

6.6. AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE RUÍDO

Todas as áreas de trabalho onde haja presença de ruído e trabalhadores potencialmente expostos
devem ser avaliadas com métodos apropriados de análise quantitativa.

A medição dos níveis de pressão sonora visa mapear as áreas ruidosas para a adoção de
procedimentos de controle, buscando identificar, por exemplo:

 Determinar o risco ao agente ruído;


 Avaliar a interferência com as comunicações;
 Avaliar o potencial de desconforto ou incômodo, determinando áreas e pontos críticos;
 Orientar medidas corretivas/preventivas ou de conforto;
 Comparar com os critérios legais para fins judiciais.

O monitoramento de ruído é recomendado nos locais de maior incidência, ou quando seja


diagnosticado desconforto. Nestes locais deverá ser avaliado o campo acústico com o instrumento
Medidor de Nível de Pressão Sonora operando em circuito de compensação “A”, circuito de
resposta lenta (SLOW) e leituras próximas ao ouvido do trabalhador (altura de aproximadamente
1,5m) ou postos de trabalho.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.6.1. MAPEAMENTO DA ÁREA


RI/ULC 0402
A medição dos níveis de pressão sonora visa mapear as áreas ruidosas para adoção de
procedimentos de controle.

A medição deverá ser Prealizada


ROGRAMA utilizando o medidor
DE CONSERVAÇÃO de nível
AUDITIVA de pressão sonora do tipo 1
– PCA
(medidor de precisão) ou do tipo 2 (medidor de padrão industrial) segundo a classificação IEC,
com o objetivo de:

✓ identificar e mapear áreas;


✓ sinalizar áreas onde o nível de ruído excede 80 dBA;
✓ monitorar a área onde se encontram os equipamentos com ruído contínuo, acima de 80
dBA, que contribuem para a exposição média dos grupos similares de exposição;
✓ monitorar os locais com potencial para ruído de impacto e comparar os níveis de ruído
obtidos com o permitido;
✓ permitir a seleção do protetor auricular que forneça maior atenuação, em função do nível de
ruído e das frequências do som em cada área;
✓ efetuar estudo de Banda de oitava para subsidiar a escolha de medidas de controle para
redução do ruído na fonte.

Recomenda-se mapear a área numa malha de 2 a 5 metros e as medições deverão ser lançadas
em planta baixa para uma melhor visualização.

Frequência: o mapeamento de ruído terá validade de cinco anos. Caso haja modificações na
unidade, ele deverá ser refeito para espelhar a nova realidade.

6.6.2. MONITORAMENTO PESSOAL

Objetiva avaliar os níveis de exposição a ruído ao qual são submetidos a força de trabalho de
diversas funções, a fim de garantir a saúde do trabalhador e o atendimento aos níveis máximos de
exposição estabelecidos na legislação.

A avaliação de ruído deverá ser feita de forma a caracterizar a exposição de todos os


trabalhadores considerados no estudo, identificando-se grupos de trabalhadores que apresentem
iguais características de exposição (grupos homogêneos de exposição), conforme definido no
PPRA de cada terminal.

A audiodosimetria pessoal é feita por levar em conta a variabilidade das condições operacionais
existentes no processo, que se reflete nos níveis de ruído da área operacional. As amostragens
visam obter resultados representativos destas variações que compõem a dose a que o trabalhador
está exposto.

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Os monitoramentos pessoais (audiodosimetrias) deverão ser realizados com um audiodosímetro,


que é um monitor pessoal controlado por um microprocessador que mede oRI/ULC
ruído. 0402
As medidas são
realizadas usando a escala “A”, resposta lenta e taxa de duplicação 5 dB (Legislação Brasileira
NR-15 Anexo 1).
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
O microfone do dosímetro deve ficar o mais próximo possível do aparelho auditivo do monitorado,
na tentativa de representar realmente a exposição.

Os trabalhadores deverão ser distribuídos em Grupos Homogêneos de Exposição (GHEs) e


monitorados individualmente. As avaliações podem ser realizadas monitorando um ou mais
trabalhadores cuja situação corresponda à exposição “típica” de cada grupo considerado.
Havendo dúvidas quanto á possibilidade de redução do número de trabalhadores a serem
avaliados, a abordagem deve considerar necessariamente a totalidade dos expostos no grupo
considerado.

No decorrer da jornada diária, quando o trabalhador executar duas ou mais rotinas independentes
de trabalho, a avaliação da exposição ocupacional poderá ser feita avaliando-se, separadamente,
as condições de exposição em cada uma das rotinas e determinando-se a exposição ocupacional
diária pela composição dos dados obtidos.

Havendo dúvidas quanto à representatividade da amostragem, esta deverá envolver


necessariamente toda a jornada de trabalho.

O conjunto de medições deve ser representativo das condições reais de exposição ocupacional do
grupo de trabalhadores objeto do estudo. Desta forma, avaliação deve cobrir todas as condições,
operacionais e ambientais habituais, que envolvem o trabalhador no exercício de suas funções.

A amostragem deverá cobrir período representativo da jornada de trabalho, ou seja, de 06 a 08


horas e deve refletir com exatidão a exposição dos trabalhadores no ambiente de trabalho.

Os procedimentos de avaliação devem interferir o mínimo possível nas condições ambientais e


operacionais características das condições de trabalho em estudo.

Condições de exposição não rotineiras, decorrentes de operações ou procedimentos de trabalho


previsível, mas não habituais, tais como manutenções preventivas, devem ser avaliadas e
interpretadas isoladamente, considerando-se a sua contribuição na dose diária ou no nível de
exposição.

Cada empregado monitorado deverá preencher a ULC/ISO 0504 (FICHA DE ATIVIDADES DA


JORNADA DE TRABALHO) ou outra similar fornecida por empresa contratada para realizar as
amostragens, a qual deverá conter o nome, matrícula, função e lotação do empregado, além das
condições operacionais em que o trabalho foi realizado e uma descrição dos locais e tarefas

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

realizadas ao longo de todo o período do monitoramento, além da identificação das tarefas que
utilizou proteção auditiva (EPI). RI/ULC 0402

Grupos Homogêneos de Exposição devem ser submetidos à audiodosimetrias nos quais a


PROGRAMA
avaliação qualitativa de exposição CONSERVAÇÃO
DE determinou acima de –
AUDITIVA PCA
Moderado o efetivo potencial de
exposição (NR-9 - pelo tempo de exposição desses GHEs a locais com níveis de ruído acima do
Limite de Tolerância).

Frequência de Monitoramento Pessoal:

a) Ruído Contínuo: realizar Audiodosimetria conforme PPRA do período. A frequência de


monitoramento será determinada após tratamento estatístico dos dados de acordo com a
tabela 02 deste documento.

b) Ruído de Impacto: pontual de acordo com o tipo de serviço gerador de ruído de impacto.

NOTA 5: A dosimetria deverá ser repetida quando houver alterações no processo, na planta e
nas tarefas desenvolvidas pelas funções.

6.7. PARÂMETROS DE MEDIÇÃO

A avaliação da exposição ocupacional ao ruído contínuo ou intermitente deverá ser feita por meio
da determinação da dose diária de ruído utilizando dosímetro programado de forma a atender aos
parâmetros abaixo descritos:

• Circuito de compensação: A.

• Circuito de resposta: lenta (slow).

• Critério de referência: 85 dB(A), que corresponde a dose de 100% para uma exposição de 8
horas.

• Nível limiar de integração: 80 dB(A).

• Faixa de medição mínima: 80 a 115 dB(A).

• Incremento de duplicação de dose: 5 dB(A) (NR 15, Anexo I).

• Indicação de ocorrência de níveis superiores a 115 dB(A).

Nas monitorações realizadas em GHE de áreas administrativas poderá ser utilizado nível limiar de
integração abaixo de 80 dB(A).

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A) METODOLOGIA / PROCEDIMENTOS
RI/ULC 0402
1. Utilizar o dosímetro de ruído conforme as instruções de uso do equipamento.

2. Calibrar o dosímetro antes e após a medição.


PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
3. Invalidar as medições sempre que a calibração após a medição acusar variação maior do que ±
0,5 dB. Nesse caso, deve-se efetuar nova monitoração.

4. Posicionar o microfone do dosímetro sobre o ombro e preso na vestimenta, dentro da zona


auditiva do trabalhador a ser avaliado.

5. Fixar o dosímetro na cintura do trabalhador e passar o fio de ligação do microfone por dentro da
vestimenta ou pelas costas, ou pela frente, sem dobras, de modo a evitar obstrução ou dano no
cabo de ligação do microfone ao dosímetro e perda de sinal.

6. O trabalhador a ser avaliado deverá preencher um formulário específico (ULC/ISO 0504 – FICHA
DE ATIVIDADES DA JORNADA DE TRABALHO).

7. O trabalhador avaliado deverá ser informado que a medição não deve interferir em suas
atividades normais, enfatizando que o trabalho deve ser conduzido de forma rotineira e que o
equipamento ou microfone só pode ser removido pelo avaliador.

NOTA 6: O técnico responsável pelo monitoramento de ruído deverá preencher os dados das
calibrações e outros como: nome do monitorado, matrícula, turno, GHE, área, horário
de inicio e final de jornada, resultados de exposição, dentre outros, no formulário
ULC/ISO 0505 – FICHA DE MONITORAMENTO INDIVIDUAL DE RUÍDO ou outro
registro similar quando for contratada empresa para realizar as avaliações de ruído.

B) CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA REALIZAÇÃO DAS MEDIÇÕES:

1. Utilizar os dosímetros em perfeitas condições eletromecânicas.

2. Utilizar o protetor de vento sobre o microfone, nos trabalhos ao ar livre, para minimizar os efeitos
provocados pelo vento e proteger o microfone contra poeira.

3. Manter o dosímetro dentro em uma embalagem acolchoada para prevenção contra impacto. Em
ambiente com presença de calor envolver o dosímetro com papel alumínio antes de colocá-lo na
embalagem.

4. Nos ambientes onde exista a possibilidade de respingos, a embalagem do dosímetro deve ser
protegida com plástico.

5. Utilizar o dosímetro dentro das condições de umidade, temperatura e campos magnéticos


significativos, considerando os cuidados e as limitações previstas pelo fabricante.

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6. As condições de uso e intempéries, tais como umidade (corrosão) e variação brusca de


RI/ULC
temperatura no ambiente de trabalho (condensação no interior do microfone) 0402interferir no
podem
perfeito funcionamento do dosímetro sendo recomendado manutenção periódica para garantia de
sua integridade mecânica.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
7. Remover as baterias do instrumento, caso vá permanecer inativo por longo período.

C) AQUISIÇÃO DOS DADOS DA MONITORAÇÃO

1. Transferir os dados da monitoração utilizando o software do equipamento, conforme manual de


instruções.

2. Obter relatório impresso contendo: o perfil da monitoração, o Lavg (para 8 horas), a dose
projetada (para “q” igual a 5) e observar se ocorreu pico com intensidade superior a 115 dB(A).

3. Interpretar o perfil da monitoração, verificando a coerência entre os níveis de ruído medidos e as


tarefas registradas na Ficha de Atividades.

4. Investigar as situações consideradas, inicialmente, como fora da normalidade.


Figura 03 – Exemplo de Perfil
Fonte: NS 008 – COFIC
dB
90

85

80

75

70

65

60

55
08:00:00 09:00:00 10:00:00 11:00:00 12:00:00 13:00:00 14:00:00 15:00:00

6.8. TRATAMENTO DOS DADOS – ESTATÍSTICA

6.8.1. Após a realização das monitorações, os resultados em termos de % Dose diária (para 8 horas de
exposição), deverão ser tratados estatisticamente.

6.8.2. Caso a monitoração tenha sido realizada sob condições não representativas da rotina do grupo,
decorrente de operações ou procedimentos previsíveis, mas não habituais, tais como
manutenções preventivas, não fará parte do tratamento estatístico e uma nova monitoração
deverá ser realizada. Entretanto, essas monitorações devem ser armazenadas em banco de
dados específicos, para estudos.

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6.8.3. Quando a monitoração fornecer um resultado não condizente com a descrição das tarefas
RI/ULC 0402
rotineiras, descritas pelo trabalhador avaliado, apresentando um nível de exposição muito alto ou
muito baixo, deverão ser investigadas as causas. Se não forem encontradas as situações que
justifiquem este fato, os resultados deverão ser incluídos no tratamento estatístico.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
6.8.4. A estatística descritiva dos dados deve incluir o número de amostras, média aritmética, média
geométrica, desvio padrão aritmético, desvio padrão geométrico, valor máximo, valor mínimo,
moda, range, limite superior de confiança e limite inferior de confiança, obtidos por cálculos
estatísticos apropriados, conforme demonstrados no Anexo III deste documento.
6.8.5. Deve-se verificar se o conjunto de dados segue uma distribuição normal ou log-normal, utilizando
ferramentas estatísticas adequadas, por exemplo, como descrito no manual da NIOSH, livro da
AIHA ou Apostila de Estatística Aplicada à Avaliação de Riscos em Ambientes de Trabalho.
6.8.6. Contudo, na maioria dos casos, utiliza-se a distribuição log-normal, pois esta é a distribuição
típica das variações ambientais que ocorrem nos locais de trabalho. Na distribuição desse tipo, a
transformação logarítmica dos dados originais se distribui normalmente.
6.8.7. Quando os dados não seguem nenhuma dessas distribuições, o GHE não está definido
corretamente ou a exposição é muito variável. Nesse caso, recomenda-se investigar os dados,
redefinir o GHE e/ou coletar amostras adicionais para refazer a estatística descritiva. Os dados
iniciais não devem ser descartados, mas reagrupados em dois ou mais GHEs.

6.9. ANÁLISE DOS RESULTADOS

O desvio padrão geométrico (DPG) das medições realizadas, deve ser utilizado para a tomada de
decisão sobre o GHE/GSE, com base nos critérios no quadro 03.

Quadro 03: Avaliação do GHE


DPG CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS ATUAÇÃO RECOMENDADA
0 <DPG <1 Exposição uniforme. Manter o GHE.
Exposição com variabilidade aceitável. Grupo
1 < DPG < 2 Manter o GHE.
homogêneo.
Investigar situações atípicas durante as
Exposição com grande variação. Grupo sob monitorações;
DPG > 2
suspeita de similaridade. Realizar medições adicionais;
Validar ou reestudar o grupo.
Fonte: NS 008 – COFIC/2008

Adota-se o limite superior (LSC) para avaliar a probabilidade de a média dos resultados da
monitoração estar abaixo do limite de tolerância (LT) com um nível de confiança de 95%, conforme
quadro 04. Este parâmetro é apenas um indicador referente ao grau de confiança dos resultados
para verificar se alguma amostra ficou maior que o LT. Com este dado o higienista terá uma base
estatística para investigar aquele grupo e tomar algumas decisões em relação a aumentar o
número de amostragens realizadas, identificar atividades críticas, necessidade de adoção de
medida de controle, dentre outros.

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Quadro 04: Considerações sobre a média dos resultados


RI/ULC 0402
Situação Significado Avaliação
Pode-se afirmar com 95% de confiança que a média está
LSC/LT  1 LSC  LT
abaixo do LT.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO
Pode-se afirmar A 95%– PCA
UDITIVA
com de confiança que a média está
LSC/LT > 1 LSC > LT
acima do LT.
Não se pode afirmar com 95% de certeza que a média está
LSC/LT ≥ 1 e abaixo do LT.
Incerteza/dúvida
LIC/LT < 1 Reavaliar e/ou aumentar o número de amostras para
restringir a região de incerteza/dúvida.
Fonte: NS 008 – COFIC/2008
A interpretação dos resultados obtidos nas monitorações, após tratamento estatístico, terá como
base a média aritmética da dose diária ou do Lavg, como nível médio representativo da exposição
do GHE avaliado.

Para prevenção da exposição e manutenção da saúde dos trabalhadores, o nível de ação é o


parâmetro mais indicado para desencadear as medidas de controle, pois conforme NR 9 (item
9.3.6.2.b) deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição
ocupacional ao ruído acima deste nível (dose superior a 50%).

As médias aritméticas da dose diária e do Lavg também serão utilizadas como a média
representativa da exposição do GHE avaliado para efeito dos Laudos Ambientais e Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP).

Segundo a AIHA, a média aritmética de uma distribuição lognormal e não a média geométrica é
que melhor descreve a média da exposição. Como a média geométrica é menor do que a média
aritmética em uma distribuição lognormal, usar a média geométrica poderá subestimar a
exposição.

A diferença entre essas duas médias aumenta quanto maior a variabilidade dos dados. Assim,
quanto maior o desvio padrão geométrico (DPG), a média geométrica mais subestima a
exposição.

6.10. NÍVEL DE EXPOSIÇÃO


O quadro a seguir apresenta considerações técnicas e a atuação dada em função da Dose Diária
ou do Nível de Exposição Normalizado (NEN), encontrados na condição de exposição avaliada,
segundo a NR-07; NR-09; NR-15 e Procedimento Técnico da Fundacentro NHO-01.

Na Legislação Brasileira o critério de incremento para duplicação de dose é 5. Não é permitida, em


nenhum momento da jornada de trabalho, exposição a níveis de ruído contínuo ou intermitente
acima de 115 dB(A) para empregados que não estejam adequadamente protegidos,
independentemente dos valores obtidos para dose diária ou para o nível de exposição.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Para avaliação do quadro abaixo utilizar sempre o NRRsf do protetor auricular utilizado – Norma
ANSI S12.6/1997 - MÉTODO B (OUVIDO REAL, COLOCAÇÃO PELO OUVINTE). RI/ULC 0402

O Quadro 05 a seguir apresenta as considerações técnicas para julgamento e tomada de decisão


sobre a exposição. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Quadro 05 – Critério de julgamento e tomada de decisão sobre a exposição


Dose diária NEN (Lavg) Consideração Atuação
(%) dB(A) Técnica Recomendada
0 a 50 até 80 Aceitável No mínimo, manutenção da condição existente.
Adoção de medidas preventivas e corretivas
>50 a 100 >80 a 85 Acima do NA
visando à redução da dose diária
>100 >85 Acima do LT Adoção imediata de medidas corretivas
Qualquer dose, com níveis
Inaceitável Interromper a exposição
individuais >115 dB(A)
Base Técnica: NHO 01 – Fundacentro

6.11. CRITÉRIOS PARA ESTABELECER FREQUÊNCIA DE MONITORAMENTO

Após a realização das avaliações deve se classificar os potenciais de exposição aos agentes
ambientais avaliados, conforme tabela 02 a seguir:

Tabela 02: Critério de avaliação Quantitativa

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO QUANTITATIVA


GRAU DE RISCO
RUÍDO FREQUENCIA DE MONITORAMENTO
I Desprezível LSC<75 Não monitorar
II Baixo 75 ≤ LSC < 80 Não monitorar

III Moderado 80 ≤ LSC < 85 Bienal

IV Alto 85 ≤ LSC< 90 Anual


Anual ou de acordo com o julgamento
V Muito alto LSC ≥ 90
profissional
Base: PPRA Ultracargo

Onde: LSC – Limite Superior de Confiança; GR – Grau de Risco.

A frequência de monitoramento pode ser alterada em função do julgamento profissional do


higienista, contanto que sejam atendidos os critérios legais.

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6.12. GRUPOS HOMOGÊNEOS DE EXPOSIÇÃO - GHE


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Os trabalhadores expostos devem ser monitorados (audiodosimetria) e divididos em Grupos
Homogêneos de Exposição ocupacional a ruído. O monitoramento dos grupos será realizado de
acordo com o PPRA, para confirmação
PROGRAMA do nível de
DE CONSERVAÇÃO exposição.
AUDITIVA – PCAOs GHEs da Ultracargo dos
terminais foram formados durante a revisão do PPRA conforme a similaridade de frequência à
exposição ao agente. Um intervalo menor pode ser estipulado se as condições de trabalho ou
ambientais apresentarem alterações.

6.13. CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Para garantir medições corretas e precisas, bem como validar uma medição, todos os dosímetros
e medidores de campo deverão ser calibrados de acordo com instruções e especificações dos
fabricantes, antes e após o uso, por calibrador que acompanha o equipamento.

Caso ocorra diferença superior a 0,5 dB(A) entre os valores de calibração inicial e final, as
medições devem ser invalidadas.

A calibração/manutenção deve ser feita de acordo com as instruções dos fabricantes e em


laboratórios técnicos credenciados pela RBC ou similar, com aparelhos considerados tipo zero
(são equipamentos de alta precisão).

6.14. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO

A escolha adequada do equipamento de medição dependerá do dado que se deseja obter e do


tipo de ruído a ser avaliado. Entre os equipamentos mais utilizados pode-se citar:

• Medidor de Nível de Pressão Sonora;

• Calibrador;

• Dosímetro de ruído.

A) MEDIDOR DO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA

O medidor de nível de pressão sonora, também chamado de medidor de nível de som,


responde de forma semelhante ao ouvido humano, quando as avaliações são feitas na curva
de compensação A.

Quando o nível sonoro varia, deseja-se que o ponteiro do medidor acompanhe essas
variações. Entretanto, se o nível flutuar muito rapidamente, o ponteiro do medidor poderá
mover-se tão irregularmente, que será impossível obter-se uma leitura significativa. Por essa
razão, duas características de resposta são usadas: “Rápido” (Fast) – que dá uma resposta de
reação rápida, no caso de não se poder seguir e medir tão rapidamente as flutuações dos

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níveis de ruído e “Lento” (Slow) – que dá uma resposta mais vagarosa e proporcionam uma
indicação média das flutuações que, de outro modo. Seriam impossíveisRI/ULC 0402
de serem lidas.

A.1) CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA REALIZAÇÃO DA MEDIÇÃO


PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
1. Assegurar-se de que o equipamento esteja calibrado, selecionar o tipo de resposta correta
do medidor e o circuito de compensação, a depender do tipo de trabalho que irá executar;

2. As leituras com o medidor de pressão sonora deverão ser realizadas com o equipamento
seguro com braços estendidos ou montado em um tripé e apontar para a fonte de som, para
minimizar as reflexões causadas pela presença do operador;

3. Sempre que se trabalhar ao ar livre, usar sobre o microfone, um para-vento especial,


constituído de uma esfera de esponja de poliuretano poroso, para minimizar os efeitos
provocados pelo vento;

4. Evitar mudar de ambientes com diferenças bruscas de temperatura que possam causar
condensação no interior do microfone;

5. Remover as baterias do instrumento, se permanecer inativo por longos períodos de tempo.

B) CALIBRADOR

Já que o medidor de nível de som é um instrumento de precisão, deve ser prevista sua calibração
para garantir a exatidão de suas indicações. A melhor calibração consiste na colocação correta de
um calibrador acústico portátil, diretamente sobre o microfone. Esse calibrador é, basicamente, um
alto-falante miniatura que produz um nível de pressão sonora precisamente definido, ao qual se
ajusta a indicação de nível de som. Observar a compatibilidade entre o calibrador e o medidor.

O calibrador gera um nível estável e alto de pressão sonora, entre 90 e 125 dB, com variação até
 0,2 dB. Portanto é possível realizar a calibração em ambiente com nível alto de ruído de fundo. A
frequência do calibrador é, em geral, de tom puro, entre 200 e 1250 Hz.

C) DOSÍMETRO DE RUÍDO

O dosímetro é um monitor de exposição que acumula o ruído durante a jornada de trabalho,


utilizando um microfone e circuitos similares aos dos medidores de pressão sonora. O sinal é
acumulado em um condensador assim que se transforma em energia elétrica. Este instrumento
possui o sistema leitor incorporado, que expressa a dose acumulada durante o tempo que o
aparelho estiver em funcionamento.

O dosímetro registra o nível equivalente e compara-o com a norma vigente, indicando se a dose
de ruído ultrapassou de 100%. Pode ser adaptado para o critério que a legislação existente exigir.

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6.15. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO RUÍDO – ESTRATÉGIA DE MONITORAMENTO


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A avaliação de exposição a ruído, bem como forma de Monitoramento, processo de identificação,
análise, avaliação e controle de ruído é realizada pela Ultracargo com recursos próprios e/ou por
empresa contratada qualificada.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
Os Resultados dos Monitoramentos (audiodosimetrias) são divulgados coletiva e individualmente
através das médias obtidas em cada GHE avaliado através de relatórios específicos, DDS
(Diálogo Diário de Segurança) e da CIPA.

Os resultados das avaliações de ruído são inseridos no relatório Técnico que subsidiará a revisão
anual do PPRA e PCMSO, do Laudo de Insalubridade e, principalmente, para desencadear ações
de controle sobre os desvios encontrados.

NOTA 7: No Anexo I deste documento encontra-se o Fluxo para indicação de realização das
Audiodosimetrias. “Audiodosimetria e Mapeamento de Área do Processo de
Conservação Auditiva”.

6.16. MEDIDAS DE CONTROLE


Os esforços para reduzir e manter a exposição dos empregados abaixo dos limites permitidos
devem ser canalizados para controles de engenharia, com ênfase na redução do ruído na fonte,
na trajetória e controles administrativos, visando reduzir o tempo de exposição e por último na
proteção individual através do EPI, quando todas as outras não são possíveis e nem suficientes
para proteção da saúde auditiva do trabalhador.

As medidas de controle coletivo são as mais eficazes pois a implementação dessa solução atinge
simultaneamente diversas pessoas. A seguir são indicados onde cada medida de controle de ruído
atua e uma breve descrição do princípio de funcionamento.

Figura 04: HIERARQUIA DAS MEDIDAS DE CONTROLE


FONTE: ABNT/2019

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6.16.1. MEDIDAS DE CONTROLE COLETIVA NA FONTE SONORA


RI/ULC 0402
a) Eliminação: o método mais eficaz de realizar o controle de ruído é eliminar a fonte sonora,
eliminando assim o ruído, mas quando se trata de indústria/fábricas isto é muitas vezes
inviável. Em algunsPROGRAMA
casos é possível trocar a fonte
DE CONSERVAÇÃO sonora
AUDITIVA de um local para outro, dessa
– PCA
forma elimina -se o ruído de um local, mas gera-se o ruído em outro, onde a fonte sonora foi
colocada.

b) Substituição: existe a possibilidade de trocar uma fonte sonora ruidosa por outra menos
ruidosa, minimizando assim o NPS do ambiente. Na maioria das situações, a questão do
ruído só é levada em consideração quando a fonte sonora (máquina) já foi instalada. Nessas
situações, é quase sempre inviável trocar a fonte sonora por uma mais silenciosa, devido ao
alto custo das máquinas. Outra possibilidade é realizar substituições ou ajustes de partes da
fonte sonora (máquina), implementando controle de movimento de elementos de máquinas,
controle de movimento de fluídos, controle de irradiação sonora, dentre outros.

6.16.2. MEDIDAS DE ENGENHARIA OU NA TRAJETÓRIA

As medidas de controle na fonte devem ser priorizadas, quando forem técnica e


economicamente viáveis, devido a sua eficiência em relação às demais. Dentre as medidas de
controle na fonte destacam-se:

a) Estabelecimento prévio dos níveis de ruído para as fontes a serem instaladas em plantas
novas e na expansão das antigas.

b) Especificação dos níveis máximos permitidos para equipamentos e processos industriais na


fase de compra.

c) Substituição das máquinas ou de parte da máquina, equipamentos e processos industriais


usando sistemas mais silenciosos.

d) Redução do agrupamento de máquinas.

e) Relocação de máquinas ruidosas para áreas isoladas.

f) Substituição partes metálicas por partes plásticas, mais silenciosas.

g) Modificação no ritmo de funcionamento da máquina.

h) Melhoria ou adequação da manutenção preventiva.

i) Lubrificação e manutenção em bom estado das engrenagens e partes móveis.

j) Modificações na fonte, que envolvam: redução das forças dinâmicas e velocidade,


balanceamento dinâmico, isolamento e controle de vibração, uso de amortecimento,
modificação da distribuição das massas e rigidez para evitar ressonância, redução da
velocidade de fluidos e turbulência, redução de áreas de superfícies vibrantes.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.16.3. MEDIDAS DE CONTROLE NA TRAJETÓRIA


RI/ULC 0402
Soluções para redução da propagação do ruído e minimização de perdas energéticas por
absorção, em um sistema ou máquina já instalada e em funcionamento. Dentre as medidas de
controle destacam-se:
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
a) Enclausuramento da fonte de ruído.

b) Uso de barreiras acústicas.

c) Absorção e/ou isolamento acústico das superfícies da máquina ou de toda a máquina.

d) Instalação de silenciadores.

e) Isolamento de vibração e choque.

f) Utilização de materiais absorventes: lã de vidro, lã de rocha, espuma de poliuretano, borracha


em pisos, tetos e paredes.

g) Assentamento de máquinas em material anti-vibrante.

h) Aumento da distância entre máquinas.

6.16.4. MEDIDAS DE CONTROLE PARA O RECEPTOR

São medidas adotadas em complemento às medidas anteriores ou quando tais medidas não
forem suficientes para reduzir os níveis de ruído nos ambientes de trabalho. Essas medidas
incluem a proteção auditiva e controles administrativos destacados a seguir:

a) Revezamento entre ambientes, postos, funções ou atividades.

b) Redução do tempo de exposição ou aumento das pausas.

c) Alteração das posições relativas entre o trabalhador e a fonte.

d) Acionamento remoto dos controles das máquinas.

e) Programa de Conservação Auditiva.

f) Formação e treinamento.

g) Mudanças de procedimentos ou práticas de trabalho.

h) Sinalização e delimitação das áreas e máquinas onde os níveis de ruído excedam 80 dB(A).

i) Avisos de alerta colocados em pontos de acesso a áreas com ruído elevado.

6.17. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI

Quando os níveis de ruído não puderem ser reduzidos através da implantação de medidas
corretivas de engenharia ou na trajetória economicamente viáveis ou durante o período de
adaptação das mesmas, recomenda-se o uso de equipamentos de proteção auditiva.

Os protetores auriculares são obrigatórios quando o nível de ruído exceder 80 dBA.

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Os protetores devem estar disponíveis a todos os trabalhadores durante a jornada de trabalho.


RI/ULC 0402
Somente devem ser adotados os protetores auriculares aprovados para uso, o que deverá seguir
os critérios mencionados.

Na seleção dos protetores auriculares,


PROGRAMA devem-se levar
DE CONSERVAÇÃO em consideração
AUDITIVA – PCA vários fatores: conforto,
vedação, custo, durabilidade, aceitação pelo usuário, eficácia, higienização, manutenção e
manuseio.

A avaliação e definição dos protetores auriculares deve seguir os critérios empregados à adoção
dos EPIs, incluindo-se o seguinte:

✓ O fornecedor deverá estar cadastrado no SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho);


✓ O equipamento deverá possuir o Certificado de Aprovação (CA) válido;
✓ O fornecedor deverá apresentar cópias dos CA`s do material, antes de ser efetivada a compra;
✓ Os EPIs novos deverão ser previamente aprovados pela Gerência de SMA, quando de sua
primeira aquisição;
✓ A NR-06 será a norma balizadora na aquisição de EPI’s.

Atendidos os critérios técnicos, deverá ser dada a possibilidade de escolha do protetor ao usuário,
visando o seu conforto e aceitação.

Os protetores deverão ser adequados ao espectro de frequência de ruído de cada área de


trabalho.

Os protetores são adequados para manter o nível igual ou menor que 80 dB(A). Os colaboradores
são informados sobre os níveis de ruído nos seus ambientes de trabalho, através da sinalização
na área, treinamento onde têm conhecimento sobre os tipos adequados de protetores auriculares.

Os protetores auriculares utilizados pela Ultracargo são selecionados com base em:

a) Eficiência na atenuação do nível de ruído;

b) Facilidade na comunicação verbal, o que permite conversar e ouvir sinais de alarme em


ambiente com ruído competitivo.

c) Maior conforto, ajuste e aceitação do usuário.

É sempre orientado aos empregados usar corretamente o protetor auricular, durante todo o tempo
necessário, para garantir uma proteção efetiva, observando os cuidados de higiene das mãos ao
manusear os protetores auriculares, evitando contaminação, o que pode acarretar danos à saúde.

Vale a pena ressaltar que as medidas de controle de utilização de equipamentos de proteção


individual e de redução do tempo de exposição através da rotatividade de funções deverão ser
tomadas como último recurso considerando que medidas de engenharia não são eficazes para
atenuar a exposição de ruído nos colaboradores.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.17.1. SELEÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS ULTRACARGO


RI/ULC 0402
Os níveis mínimos de NRRsf foram identificados através dos resultados do mapeamento de área
e das audiodosimetrias realizadas em cada terminal, considerando-se como parâmetro de
controle o nível de ação: 80 dB(A).DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
PROGRAMA

A Ultracargo recomenda utilização dos Tipos de proteção auditiva (EPIs) x Níveis de Ruído de
acordo com as áreas/Tarefas da empresa e descreve os tipos de comunicações utilizados para
alertar o trabalhador sobre o risco do ruído, conforme tabela 03 a seguir.

Tabela 03: Área Tarefa x Níveis de ruído x Proteção recomendada x Comunicação do risco
NÍVEL DE
ÁREA/TAREFA TIPO DE PROTEÇÃO RECOMENDADA COMUNICAÇÃO
RUÍDO

Área industrial-Geral >80 dBA Protetor tipo Concha ou Protetor Sinalização


tipo plug ou Protetor tipo espuma
Equipamentos industriais >105 dBA Dupla proteção (concha+plug) Sinalização
ou Protetor único que tenha Barreira física
NRRsfit suficiente para atenuar o
NPS <80 dBA
Equipamentos e ferramentas de 1. >80 dBA 1. Concha ou plug ou espuma Sinalização
uso geral (ex. marteletes, 2. >105 dBA 2. Dupla proteção (concha+plug) Barreira física
hidrojato, lixadeiras, etc.) e ou protetor único que tenha PTS
demais equipamentos que NRRsfit suficiente para
possam gerar ruído acima de 80 Procedimentos
atenuar o NPS <80 dBA
dBA. APR

No entanto, outros fatores devem ser considerados na escolha do protetor auditivo, como
descrito no item acima.

Com base nos valores dos NRRsf e nas características acima descritas a Ultracargo selecionou
os protetores auditivos para seus colaboradores, conforme tabelas 04 e 04.1.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Tabela 04: Tipos de Protetores Auditivos Ultracargo – TERMINAIS: ARATU/ITAQUI/SUAPE

VAL. NRRsf/ ANÁLISE


TIPO DESCRIÇÃO DO PROTETOR FOTO FABRICANTE Nº CA *TEMPO PARA TROCA USUÁRIOS
DO CA CRÍTICA
MSA SORDIN XLS -Protetor auditivo 24 meses para substituição do selo e
composto de duas conchas e material plástico espuma, podendo esse período ser
rígido, preenchidas com espumas de alterado de acordo com os processos
poliuretano e com bordas revestidas e internos do empregador considerados
almofadas de material plástico, preenchidas para cada tipo de atividade/processo de
com espuma; as conchas são fixadas à duas trabalho e troca definitiva com 5 anos
NRRsf =20 dB
CONCHA

hastes plásticas móveis (basculantes) que se de uso.


Todos da área
encaixam em fendas laterais do casco do MSA NOTA: As conchas, o arco, as
27971 19/09/23 >NPS = 95 dBA técnica
capacete. DO BRASIL almofadas e os selos podem se
operacional
NOTA: O kit protetor auditivo para uso com deteriorar com o tempo de uso e devem
AC =EPI Atende!
capacete é para ser utilizado em conjunto com ser inspecionados periodicamente
os seguintes capacetes de segurança: 1) quanto à rachaduras e condições de
Capacete de Segurança V-Gard Tipo II (Aba selagem. Essas inspeções poderão ser
Frontal) Classe B - C.A Nº 498; 2) Capacete verificadas pelo próprio usuário e
de Segurança V-Gard 500 Tipo II (Aba durante as auditorias e treinamentos
Frontal) Classe B - C.A Nº 31034. realizados.
3M MILLENIUM - Protetor auditivo do tipo
NRRsf =17 dB
inserção pré-moldado, confeccionado em
silicone, no formato cônico, com três flanges 6 meses para substituição, podendo Todos da área
PLUG

>NPS = 95 dBA
concêntricos, de diâmetros variáveis, 3M do Brasil 11.882 27/04/23 este período ser alterado de acordo com técnica
contendo um orifício em seu interior, que torna os processos internos e o uso. operacional
AC = EPI Atende!16
o equipamento macio e facilmente adaptável
ao canal auditivo. dB

AC = Análise crítica NPS – Nível de pressão Sonora NRRsf = Nível de pressão Sonora Subject Fit.

*: O MTb, através da Nota Técnica 176 de 2016, descreve que a vida útil do protetor auditivo é de responsabilidade da empresa (empregador).

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Além dos dois tipos de protetores acima mencionados, os terminais de Santos e Rio de Janeiro utilizam mais um tipo de proteção auditiva, conforme
tabela 4.1 abaixo:

Tabela 04.1: Tipos de Protetores Auditivos Ultracargo – TERMINAIS SANTOS/RIO DE JANEIRO

VAL. NRRsf/ ANÁLISE


TIPO DESCRIÇÃO DO PROTETOR FOTO FABRICANTE Nº CA *TEMPO PARA TROCA USUÁRIOS
DO CA CRÍTICA
MARK V GREEN - Protetor Auditivo circum- 18 meses para substituição do selo e
auricular, composto de duas conchas de espuma, podendo esse período ser
material plástico rígido, preenchidas com alterado de acordo com os processos
espuma de poliuretano e com bordas NRRsf =14 dB internos do empregador considerados
revestidas e almofadas de material plástico, para cada tipo de atividade/processo de
preenchidas com espuma; as conchas são >NPS = 95 dBA trabalho e troca definitiva com 5 anos
CONCHA

fixadas a duas hastes plásticas móveis de uso. Todos da área


MSA
(basculantes) que se encaixam em fendas 28089 27/10/20 AC = EPI Atende NOTA: As conchas, o arco, as almofadas técnica
DO BRASIL
laterais do casco do capacete. se usado em e os selos podem se deteriorar com o operacional
áreas com NPS tempo de uso e devem ser inspecionados
NOTA: O Kit protetor auditivo para uso com menores de 90 periodicamente quanto à rachaduras e
capacete é utilizado em conjunto com os dBA. condições de selagem. Essas inspeções
seguintes capacetes: CA nº 8304; CA nº 498; poderão ser verificadas pelo próprio
CA nº19.824; CAnº 37.023; CA nº 31.034; CA usuário e durante as auditorias e
nº 37.386; CA nº 37.383. treinamentos realizados.
AC = Análise crítica NPS – Nível de pressão Sonora NRRsf = Nível de pressão Sonora Subject Fit.

*: O MTb, através da Nota Técnica 176 de 2016, descreve que a vida útil do protetor auditivo é de responsabilidade da empresa (empregador).

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6.17.2. NÍVEL DE REDUÇÃO DE RUÍDO


Para as atividades que utiliza os protetores auriculares durante a jornada de trabalho, e estando
este adequadamente colocado, pode-se calcular dose real atenuada durante o período avaliado,
pelo cálculo:

Ruído atenuado (R) = NEN (Lavg) dB(A) – NRRsf

Observação: A atenuação é considerada utilizando-se o método NRRsf – Norma ANSI


S12.6/1997 – MÉTODO B (OUVIDO REAL, COLOCAÇÃO PELO OUVINTE). Esta avaliação
serve apenas para medir a eficácia do protetor auricular, não podendo ser aplicado para o
relatório de avaliação da audiodosimetria.

O cálculo de abatimento para avaliar se um protetor auricular é adequado segue:

R = NEN (Lavg) dBA – (NRR -7)

Ou

R = NEN (Lavg) dBA – NRRsf

Onde:

R=Ruído atenuado

NEN (Lavg) dBA=Ruído sem protetor

NRRsf=Fator de proteção pelo método B

NRR=Fator de proteção pelo método normal

6.17.3. RECOMENDAÇÕES DE USO


Os profissionais de SST – Segurança e Saúde do Trabalho, deverão orientar aos trabalhadores
sobre o uso correto do protetor auricular, para garantir proteção efetiva, enfatizando-se sempre os
cuidados de higiene ao manusear o protetor auricular, para evitar contaminação, o que
consequentemente acarretará danos à saúde.

a) Atendido aos critérios técnicos, deverá ser dada a possibilidade de escolha do protetor auditivo
pelo trabalhador, visando o seu conforto e aceitação.
b) Disponibilizar para os trabalhadores mais de um tipo de protetor auditivo, sem custos, devendo
ser trocado quando necessário.
c) Avisos/sinalização devem ser instalados nas áreas com nível de pressão sonora acima de 80
dB(A).
d) Os trabalhadores devem receber treinamento sobre a utilização, manuseio e guarda do
protetor auditivo.
e) Os protetores devem ser colocados conforme instrução dos fabricantes, para conseguir a
atenuação indicada.

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f) O protetor auditivo é de uso individual e não deve ser emprestado.


RI/ULC 0402
g) Não manusear o protetor auditivo com as mãos sujas, para evitar contaminação.
h) As orelhas e entradas dos canais auditivos devem ser mantidas limpas, para não acarretar
danos à saúde. PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
i) Uso obrigatório dos protetores auditivos pelos trabalhadores durante todo o período que
estiverem nas áreas com nível de pressão sonora acima do nível da ação (80 dB(A)).
j) Uso obrigatório de proteção dupla quando a exposição diária (8 horas) for igual ou superior a
95 dB(A) ou quando o nível de pressão sonora da área for acima de 115 dB(A).
k) Quando não estiver fazendo uso do protetor auditivo, deve ser mantido na embalagem original,
para evitar contaminação.
l) Devem ser aplicadas medidas administrativas, caso os trabalhadores não atendam as
determinações de uso de protetor auditivo.

6.17.4. HIGIENIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO EPI

a) O protetor tipo concha deve ser limpo com um pano umedecido em água e sabão neutro, tanto
interno como externamente, sempre que necessário. Sua substituição deverá ser feita quando
a almofada ressecar, rachar ou endurecer, ou a haste perder a pressão ou apresentar outro
dano que comprometa a sua eficiência.

b) O protetor tipo inserção moldado (silicone) deve ser limpo após cada dia de uso ou mais vezes
quando necessário, lavando-se com água e sabão neutro e manuseado com as mãos limpas.
Sua substituição deverá ocorrer quando rachar, quebrar, endurecer, deformar ou apresentar
outra condição que o torne impróprio para uso.

c) A limpeza do protetor auditivo é de responsabilidade do próprio usuário.

6.17.5. ATENUAÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS EM FUNÇÃO DO TEMPO DE USO

A simples utilização do protetor auditivo não implica a eliminação do risco de o trabalhador vir a
sofrer diminuição da sua capacidade auditiva. O protetor auditivo deve ser utilizado todo o tempo
em que se estiver exposto ao ruído, pois a proteção efetiva será reduzida quando ele é retirado,
mesmo por alguns minutos durante a jornada de trabalho.

É necessário estar com o protetor auditivo durante 100% do tempo em que estiver em um
ambiente onde os NPS são elevados. A Figura 05 apresenta um gráfico que demonstra a
atenuação resultante da utilização do protetor auditivo, para diferentes porcentagens do tempo de
uso, durante o período em que ele está em um ambiente onde os NPS são elevados. Caso o
usuário utilize um protetor auditivo, que forneça uma atenuação qualquer, durante apenas 50% do
tempo em que estiver exposto onde os NPS são elevados, ele obterá uma atenuação resultante

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de apenas 3 dB. Por exemplo, um empregado está exposto a um ruído de 90 dBA durante sua
RI/ULC
jornada de trabalho diária, ele utiliza um protetor auditivo que fornece uma 0402 de 20 dB.
atenuação
Se este empregado utiliza de forma correta o protetor auditivo, o nível de exposição ao ruído será
de 70 dBA. Caso ele utilize o protetor auditivo durante 50% do tempo da jornada de trabalho e os
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outros 50% não utilize, o nível de exposição ao ruído será de 87 dBA.

Figura 05 – Atenuação de ruído em função da porcentagem do tempo de uso


Fonte: Gerges (2003)

6.17.6. EFICIÊNCIA DOS PROTETORES AUDITIVOS

As principais normas internacionais usadas para ensaio de atenuação de protetores auditivos são
a ANSI S3.19 - 1974; ANSI S12.6 - 1984, ANSI S12.6 - 1997 - partes A e B e ISO 4869-1:1990
(EN-24869-1:1992). Estas normas preveem a obtenção de valores de atenuação e desvio-padrão
(ambos dados em dB) dos protetores em bandas de oitava.

Para simplificar o processo de seleção dos protetores auditivos, foram também criados números
únicos de atenuação de ruído, calculados a partir dos valores acima referidos. Entre esses
números, o mais conhecido é o NRR (noise reduction rating), comumente chamado no Brasil de
"Nível de Redução de Ruído".

O NRR usado para obtenção do CA do Protetor Auditivo é baseado na norma ANSI, sendo a mais
recente a ANSI S12.6-1997, dividida em dois métodos de análise. No método A, os participantes
do ensaio são indivíduos treinados na utilização de protetores, orientados e supervisionados na
sua colocação antes da realização dos ensaios.

No método B, os ensaios para obtenção da atenuação de ruído são realizados por pessoas que
desconhecem o uso de protetores, assim como não podem ser orientadas para a sua colocação,
devendo apenas seguir as orientações que constam nas embalagens nas quais o produto é
comercializado. Este método foi desenvolvido em virtude dos estudos mostrarem que os valores
das atenuações obtidas se aproximam mais da atenuação em uso real. Para este método, o
número indicativo da atenuação do ruído é o NRRsf. Este valor de atenuação não reflete uma
alteração nos protetores auditivos, mas uma alteração na forma de se realizar os ensaios.

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Para protetores auditivos que possuem NRR é recomendada a redução de 50% no valor deste
NRR para qualquer tipo de protetor, segundo método OSHA, ou RI/ULC
redução0402
dos seguintes
percentuais, conforme método NIOSH:

• 25 % para protetores DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA


tipo concha.
PROGRAMA

• 50% para protetores de inserção auto-moldáveis.


• 70% para todos os outros tipos de protetores.

6.17.7. OUTROS CUIDADOS E MANUTENÇÃO DOS PROTETORES


Os protetores devem ser guardados limpos para evitar perda, doenças de pele e/ou outros
problemas gerados pelo malcuidado. Os protetores tipo plug deverão ser higienizados pelo menos
a cada jornada de trabalho e o tipo concha quando for identificado sujeira ou qualquer tipo de
deformidade.

Os protetores devem ser verificados em intervalos de tempo contra deformação, gastos,


mudanças da característica original, desgaste da almofada, estado de higiene, etc.

No quadro 06, estão listadas as vantagens e desvantagens para utilização dos protetores tipo
Plug e concha:
Quadro 06: Vantagens e desvantagens de cada Protetor Auditivo

CONCHA PLUG
VANTAGEM DESVANTAGEM VANTAGEM DESVANTAGEM
Fácil colocação. São grandes e não São fáceis de Exige conhecimento
podem ser levados carregar. específico para
facilmente nos bolsos colocação.
das roupas.
Pode ser Podem interferir no uso Não dificultam o uso Não são vistos ou
observado a grande dos óculos pessoais ou dos óculos pessoais notados facilmente.
distância. EPIs. ou EPIs.
Podem ajustar-se, Podem acarretar Não produzem Deve-se tirar as luvas
mesmo quando se problemas de espaço em problemas por para poder colocá-los.
usam luvas. locais pequenos e limitação de espaços.
confinados.
Podem ser usados Podem ser confortáveis Não são afetados pela Podem infectar ou lesar
por qualquer em ambientes frios, mas temperatura ambiente. ouvidos sãos.
pessoa, de ouvidos muito desagradáveis em
sãos ou enfermos. ambientes quentes.
O custo inicial é --- --- O custo inicial é baixo,
grande, mas sua mas sua vida útil é
vida útil é longa. curta.

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6.17.8. DUPLA PROTEÇÃO


RI/ULC
Quando a atenuação de um simples protetor não é suficiente para a redução dos0402
níveis elevados
de ruído, o uso de dois protetores simultaneamente, de inserção e concha, pode representar uma
solução fornecendo uma atenuação maior. Contudo, a atenuação fornecida com o uso simultâneo
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dos dois protetores não pode ser obtida pela soma algébrica das atenuações de cada um
(GERGES, 1992).

Segundo Nixon e Berger (1991), citados no Programa de Conservação Auditiva - Guia Prático 3M,
o uso da proteção dupla irá aumentar de 5 a 10 dB na atenuação do protetor de maior valor.
Outra referência técnica é dada no Manual Técnico da OSHA, que recomenda adicionar 5 dB ao
protetor de maior valor, para encontrar a atenuação fornecida com o uso simultâneo dos dois
protetores.

A Ultracargo definiu duas formas de considerar os valores adicionas da dupla proteção:

1) No caso da necessidade de ser adotada a Dupla proteção deve ser considerado o seguinte
cálculo de atenuação de Ruído (R):

a) R = NEN (Lavg) dBA – {[(NRR1 x FC1) + (NRR2 x FC2)] -7}

Ou

R = NEN (Lavg) dBA – [(NRRsf 1 + NRRsf2) -7]

Onde:

✓ R=Ruído atenuado NEN (Lavg)


✓ dBA = Ruído sem protetor auricular
✓ NRRsf = Fator de proteção pelo método B
✓ NRR = Fator de proteção pelo método normal
✓ FC=Fator de correção conforme o protetor auricular (concha = 0.75, espuma= 0.5, e plug
= 0.3).

Para cálculo de atenuação em diferentes frequências, em medições utilizando filtro de bandas


de oitava, devem ser considerados todos os fatores de atenuação do protetor auricular nas
diferentes frequências, esta informação encontra-se disponível no Certificado de Aprovação
(CA) do EPI.

Observação: Todos os cálculos podem ser realizados utilizando a planilha de atenuação de


ruído (ULC/ISO 0438).

b) Como todos os protetores da Ultracargo utilizados possuem NRRsf, portanto foram


validados pelo ANSI S12.6 - 2008 - Método B, pode-se assumir a metodologia de adicionar
5 dB ao protetor de maior valor, para encontrar a atenuação fornecida com o uso

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simultâneo dos dois protetores. Fica a critério do gestor, sempre fazendo a opção pelo mais
conservador. RI/ULC 0402

Cabe salientar que a atenuação dos protetores auditivos deve ser utilizada de forma
cautelosa, paraPROGRAMA DE CONSERVAÇÃO
não superestimar AUDITIVA
a proteção. – PCA o tempo de exposição dos
Reduzir
trabalhadores nas áreas com nível de ruído elevado, até que medidas de controle de
hierarquia superior (na fonte e na trajetória) possam ser implantadas.

6.17.9. APROVAÇÃO DE PROTETORES AUDITIVOS

Para introdução dos protetores auditivos na Ultracargo, estes EPIs deverão ser testados pelos
trabalhadores utilizando o formulário “Ficha de Avaliação de EPI pelo Usuário” ULC ISO 0446,
aprovados pelas áreas de Higiene Ocupacional e Segurança e homologados pela área de
Segurança e Higiene Corporativa, para que possam ser adquiridos pela área de Suprimentos.

6.18. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS CRÍTICAS DE RUÍDO – TERMINAIS ULTRACARGO

A identificação de áreas críticas para o agente de risco ruído possui os seguintes objetivos:

a) Conhecer o real nível de ruído de cada setor unidade de atuação da Ultracargo para tomada de
medidas de controle;

b) Verificar se os protetores auditivos utilizados pela empresa atendem aos níveis de ruído
requeridos para proteção da saúde auditiva dos trabalhadores;

c) Segregar as áreas críticas (NPS >95 dBA) para inicialmente realizar estudo dos protetores
auditivos utilizados para verificar se são compatíveis com o tipo de ruído da área. Para constatar
a verdadeira atenuação para verificar se são necessárias outras medidas Ex: rodízio, dupla
proteção, estabelecimento de tempo máximo naquele ambiente ou atividade, dentre outras
mediadas possíveis e cabíveis para tomada de medidas de controle adequadas.

d) Foram identificadas qualitativamente as áreas críticas para Ruído nos terminais, conforme
tabela 05.

A partir de 2020 todos os terminais deverão fazer o mapeamento de ruído com esse intuito de
diagnosticar as áreas críticas nos respectivos terminais de armazenamento de produtos. No
entanto, vale ressaltar que o maior risco da empresa está direcionado para os agentes químicos,
pela própria natureza do negócio. Fato comprovado pelos resultados das audiodosimetrias
realizadas com os GHEs dos terminas da Ultracargo. O mapeamento irá constatar a avaliação
qualitativa.

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Tabela 05: Atividades/Locais Críticos para Ruído – Avaliação Qualitativa


RI/ULC 0402
CONTROLES
TERMINAL LOCAL/ATIVIDADE AÇÃO PROPOSTA PARA O PPRA 2020
EXISTENTES

Realizar medição de ruído nos


Oficina de manutenção
PROGRAMA DE-CONSERVAÇÃO AUDITIVAcompressores
– PCA de ar no pipe shop da
Compressores de ar do pipe Utilização de EPI
manutenção, em bandas de oitava
ARATU shop com ruído bastante e sinalização na
ou 1/3 de oitava para identificar os
elevado. Provavelmente em Oficina
níveis de ruído para posterior
baixas frequências.
tratamento acústico.

Realizar medição de ruído em


bandas de oitava ou 1/3 de oitava
para identificar os as frequências de
• Desvio Ferroviário (Diário); ruído para posterior medida de
• Pátios de bombas controle durante:
ITAQUI (Esporádico); Utilização de EPI 1) Desvio ferroviário durante a
• Testes das bombas de passagem da locomotiva
incêndio (Semanal). buzinando;
2) Pátios de Bombas e
3) Durante teste das bombas de
incêndio.
• Oficina de manutenção –
• Pipeshop;
• Plataformas de
carregamentos; Realizar medição de ruído nos
• Bombas de Butadieno; compressores de ar no pipe shop da
Utilização de EPI manutenção, em bandas de oitava
SUAPE • Câmaras de Pigs;
e sinalização. ou 1/3 de oitava para identificar os
• Pátio de Bombas; níveis de ruído para posterior
• Cetrans; tratamento acústico.
• Casa de bombas para
combate a incêndio.

• Ventilador industrial (espaço


confinado);
• Sopragem de linha; Realizar medição de ruído em
• Queimador de gases; Utilização de EPI bandas de oitava para identificar as
SANTOS
e sinalização. frequências de ruído e posterior
• Bombas (CETRAN); medida de controle.
• Compressor de ar;
• Oficina de manutenção.
• Oficina Mecânica;
• CETRAN; Realizar medição de ruído em
RIO DE Utilização de EPI bandas de oitava para identificar as
JANEIRO
• Despressurização de Linha e sinalização. frequências de ruído e posterior
(Cetran e Plataforma F); medida de controle.
• Casa de Bomba SCI.

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6.19. GERENCIAMENTO DE MUDANÇA


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Os novos projetos devem contemplar equipamentos e processos que gerem o menor nível de ruído
para o ambiente de trabalho. Quando um equipamento não puder atender a especificação
desejada, devem-se implantar outras
PROGRAMA medidas de controle para atender os requisitos exigidos no
DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
projeto (vide item 6.16 - Medidas de Controle).

Qualquer modificação no processo e/ou equipamentos deve ser aberto um MOC, para que a
mudança seja estudada antes que ocorra a mudança definitiva, de modo a atender os requisitos
legais e de projetos quanto ao nível máximo de ruído a ser estabelecido para a área de trabalho.

Definir a modificação proposta e avaliar o impacto da mudança, conforme as seguintes etapas:

 Assegurar que as medidas de Higiene e Saúde Ocupacional foram incorporadas na fase de pré-
projeto;

 Revisar o projeto e propor sugestões caso o item acima não esteja totalmente atendido;

 Revisar o item acima e garantir que o mesmo foi atendido antes da partida;

 Revisar pós-partida garantindo o controle das medidas de Higiene e Saúde Ocupacional.

O Coordenador do PCA deve ser envolvido na liberação/avaliação das mudanças, para verificar se
foi considerada a especificação do nível máximo de 80 dB(A) para aquisição de novos
equipamentos e projetos, ou na impossibilidade técnica, se foi contemplado medidas de proteção
acústica de redução para este nível.

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6.20. AVALIAÇÃO MÉDICA


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Segundo a NR-9, as ações de controle médico devem ser implementadas para todos os
trabalhadores expostos a ruído acima do nível de ação, independentemente do uso de protetor
DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
auditivo. As diretrizes,PROGRAMA
os parâmetros mínimos e a metodologia para a avaliação e o
acompanhamento da audição dos trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora elevados, por
meio de exames audiológicos de referência e sequenciais,devem atender ao disposto no Anexo 1
da NR-7.

Os trabalhadores expostos à vibração acima dos limites de exposição, ou a agentes ototóxicos,


independentemente de suas concentrações, também devem ser incluídos nas ações de
gerenciamento audiológico e controle médico.

6.20.1. RUÍDO E A PERDA AUDITIVA

A dificuldade auditiva decorrente da exposição ao ruído é resultante da degeneração do órgão


ciliado do Corti, localizado dentro da cóclea, no ouvido interno, em consequência de uma
diminuição da oxigenação das células ciliadas. O estímulo sonoro intenso e prolongado dos
ambientes industriais afeta o suprimento sanguíneo das células ciliadas do ouvido o que explica o
mecanismo patogênico da deficiência auditiva induzida pelo ruído. Sabe-se que o ouvido humano
é capaz de tolerar sem prejuízo a audição de ruídos com intensidade de até 85 dB(A).

A exposição contínua durante 6 a 8 horas ao dia ao ruído acima de 85 dB(A) pode acarretar,
principalmente em indivíduos pré dispostos, lesões irreversíveis, em geral de forma bilateral,
simétrica do órgão sensorial da audição, começando por atingir a frequência de 4.000 Hz, que é a
zona de hipersensibilidade do órgão do Corti, reduzindo a audição e muitas vezes com presença
de zumbidos.

A evolução da perda auditiva induzida pelo ruído é lenta e progressiva. Afeta principalmente as
células ciliadas responsáveis pela sensação de sons de altas frequências ou sons agudos (3.000,
4.000 e 6.000 Hz). Como a faixa de comunicação se situa entre 500 e 3.000 Hz, perdas em
frequências elevadas passarão despercebidas no dia-a-dia na fase inicial.

Posteriormente, as demais frequências serão afetadas, aparecem os zumbidos que se tornarão


constantes e na sequencia, a fala e a comunicação oral ficam comprometidas. Nesta fase,
existem alterações clínicas indicativas de danos à saúde, com prejuízos profissionais, familiares e
sociais para o trabalhador.

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Figura 06: Anatomia da Audição


Fonte: NS 008 – COFIC-2008.

6.20.2. AGENTES QUÍMICOS E PERDA AUDITIVA

Exposição a certos agentes químicos podem resultar em perda auditiva. Em situações nas quais
possa haver exposição a ruído bem como ao monóxido de carbono, chumbo, manganês, estireno,
tolueno ou xileno, recomenda-se a realização de audiometrias periódicas, que devem ser
cuidadosamente analisadas. Outras substâncias em estudo para efeitos ototóxicos são:
tricloroetileno, dissulfeto de carbono, mercúrio e arsênio (ACGIH, 2007). No Anexo A do Guia de
diretrizes e parâmetros mínimos para a elaboração e a gestão do Programa de Conservação
Auditiva (PCA) – Fundacentro, 2018, estão relacionadas exemplos de substâncias Ototóxicas e
suas principais aplicações que podem resultar em perda auditiva, caso o trabalhador tenha
exposição.

6.20.3. CONTROLE MÉDICO – GERENCIAMENTO AUDIOMÉTRICO

Os exames audiométricos serão realizados de acordo com a frequência estabelecida no PCMSO.

6.20.4. EXAMES AUDIOMÉTRICOS

A aplicação de exames audiométricos é um dos instrumentos para avaliar as alterações no Limiar


de Audibilidade de pessoas expostas ao ruído industrial. Um dos mais sérios problemas na
administração da proteção auditiva é que tais alterações não são acompanhadas por dor, prurido,
etc. O pior é que, na maioria das vezes, o operário afetado acredita estar “acostumado com o
ruído”, mascarando o evento.

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

O acompanhamento das evoluções dos exames audiométricos analisados em grupos (idade,


sexo e anos de serviço) é que fornecerá subsídios para o julgamento de RI/ULC 0402Os registros
todo o PCA.
dos exames devem ser arquivados de acordo com o PCMSO da Empresa.

Os trabalhadores deverão ser submetidos


PROGRAMA a exames
DE CONSERVAÇÃO – PCA
audiométricos
AUDITIVA regulares, de acordo com
critério do Serviço Médico e orientação legal.

Devem ser submetidos a exames de avaliação auditiva:

• Todos os colaboradores cujas ocupações apresentem níveis de pressão sonora superior ou


igual a 80 dB(A);

• Em caráter admissional cujas ocupações apresentem níveis de pressão sonora superior ou


igual a 80 dB(A);

• Todos os colaboradores transferidos e/ou promovidos cujas ocupações apresentem níveis de


pressão sonora superior ou igual a 80 dB(A);

• Todos os colaboradores no momento da demissão;

• Quando indicado pelo médico do trabalho ou Inspetor da SRTE – Superintendência Regional


do Trabalho e Emprego;

• Sempre obedecendo ao disposto no PCMSO – Programa Controle Médico de Saúde


Ocupacional da Ultracargo;

• O exame Audiométrico deverá ser executado por profissional qualificado, ou seja, médico ou
fonoaudiólogo e respeitada a periodicidade prevista no item 3.4 da Portaria nº. 19 de
09/04/1998 item 3.4 do anexo 1 da NR-07.

6.20.5. EQUIPAMENTOS PARA AVALIAÇÃO AUDIOMÉTRICA

Segundo as Resoluções do Conselho Federal de Fonoaudiologia Nº 295/03 e Nº 296/03, que


dispõem sobre “calibração de equipamentos audiométricos” e “determinação do nível de pressão
sonora das cabinas/salas de testes audiométricos”, respectivamente, para que um exame
audiométrico seja válido é preciso que os equipamentos sejam submetidos a verificação e
controle periódico do funcionamento e o ambiente onde se realize esse exame apresente níveis
de ruído abaixo dos limites estabelecidos pela norma ISO 8253-1.

O audiômetro e demais equipamentos eletroacústicos utilizados na avaliação auditiva devem ser


calibrados e ajustados a cada ano ou imediatamente caso seja constatada alguma alteração,
através de empresas/laboratórios credenciados pela Rede Brasileira de Calibração (RBC). Os
resultados devem ser incluídos em um certificado de calibração e ajuste que acompanhará o
equipamento.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.20.6. PARÂMETROS PARA OS EXAMES AUDIOMÉTRICOS


RI/ULC 0402
No exame audiométrico, serão testadas as frequências de 500, 1.000, 2.000, 3.000, 4.000, 6.000
e 8.000 Hertz pela via aérea.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
Havendo detecção de alteração na via aérea, serão testadas as frequências de 500, 1.000, 2.000,
3.000 e 4.000 Hertz pela via óssea.

O Médico Coordenador do PCMSO deverá avaliar a necessidade de se testar o reconhecimento


da fala.

6.20.7. AUDIOGRAMA DE REFERÊNCIA

Todo trabalhador que, de acordo com a descrição da sua futura função, possa vir a estar exposto
a um nível de pressão sonora acima do nível de ação, deve realizar audiometria com o intuito de
ter um registro basal pré-laboral dos seus limiares auditivos.

6.20.8. AUDIOGRAMA PERIÓDICO

Os trabalhadores com potencial de exposição acima do nível de ação deverão repetir o exame
audiométrico após seis meses do início das suas atividades, conforme a NR-7. Depois de
cumprida essa etapa, a periodicidade dos exames audiométricos será anual. O intervalo entre
esses exames poderá ser reduzido a critério do médico Coordenador do PCMSO.

6.20.9. AVALIAÇÃO DOS AUDIOGRAMAS

Serão considerados dentro dos limites aceitáveis aqueles em que os limiares auditivos das várias
frequências testadas estejam situadas até 25 decibéis.

Desvios confirmados em comparação com o audiograma de referência, embora dentro da faixa de


normalidade, devem ser comunicados à Higiene Ocupacional e à Segurança para reavaliação das
medidas de conservação auditiva.

A ocorrência ou progressão de perda auditiva será diagnosticada de acordo com a NR-7, Anexo I,
Quadro II.

A partir da detecção de uma eventual perda auditiva, seja qual for a causa, o audiograma de
referência para fins de acompanhamento futuro, passará a ser aquele que evidenciou a perda
mais recente.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.20.10. PREMISSAS PARA ACOMPANHAMENTO AUDIOMÉTRICO - ULTRACARGO


RI/ULC 0402
Deverá ser realizado o acompanhamento audiométrico de todos os trabalhadores expostos nas
áreas de riscos, este acompanhamento consiste de:
PROGRAMA DEque
a) Cadastramento audiométrico, CONSERVAÇÃO
visa fazer oAUDITIVA – PCA
diagnóstico da situação atual referente ao
limiar de audibilidade;

b) Levantamento do perfil audiométrico da população da empresa;

c) Identificação dos casos de perdas auditivas e triagem das perdas auditivas induzidas por
ruído;

d) Acompanhamento da evolução do limiar auditivo, visando formar a série histórica de


audiometria de cada trabalhador, com registro de exposição, evolução de perdas auditivas;

e) Todo funcionário que pode estar exposto a NPS>80 dBA por 8 horas (TWA) deve ser
submetido ao teste audiométrico inicial de referência antes de começar a trabalhar em local
com este potencial. (requerimento NR-7, Anexo 1 itens 3.6.1.b, 4.2.4);

f) Para a população exposta a NPS>80 dBA por 8 horas (TWA) deve realizar o
acompanhamento audiométrico nas fases de admissão (inicial de referência), periódico
(semestral ou anual), demissional e mudança de função a critério do médico;

g) As audiometrias deverão ser realizadas de acordo com a norma para execução dos exames
audiométricos proposta pelo Ministério do Trabalho e Emprego;

h) As avaliações audiométricas deverão ser precedidas de 12 horas de repouso acústico;

i) Todos os trabalhadores deverão ser informados de suas avaliações audiométricas;

j) Toda perda auditiva 10 dB(A) é obrigatório investigar, conforme legislação brasileira para
determinar se houve perda auditiva ocupacional em relação ao audiograma de referência.

NOTA 8: No Anexo II encontra-se o Fluxograma para realização das Audiometrias.

6.21. EDUCAÇÃO E TREINAMENTO

Todos os trabalhadores deverão ser conscientizados dos riscos existentes no local de trabalho, das
formas de minimizar ou eliminar seus efeitos prejudiciais e das proteções adequadas existentes,
atendendo o mínimo previsto na tabela 06.

Os treinamentos devem ser documentados constando data, nome e assinaturas do instrutor e dos
trabalhadores, assuntos abordados e carga horária, atendendo a tabela 06.

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Durante o treinamento individual sobre o uso do protetor, o usuário escolhe o protetor adequado
RI/ULC
para realização das atividades e de acordo com a fisiologia do seu aparelho 0402 O usuário
auditivo.
poderá optar por todas as opções oferecidas, desde que o EPI possua a atenuação adequada aos
ambientes de trabalho. Para realização deste treinamento deverá ser utilizado o formulário
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
ULC/ISO 0506 – TREINAMENTO INDIVIDUAL DO USO DO PROTETOR AUDITIVO.

É de fundamental importância que os usuários de EPI sejam treinados e questionados através da


reciclagem trienal e auditorias, sobre a utilização, manuseio e guarda do mesmo.
NOTA 9: Sempre que realizar o treinamento para escolha do EPI usar o Formulário ULC/ISO
0506 – TREINAMENTO INDIVIDUAL DO USO DO PROTETOR AUDITIVO, que está
disponível no Qualyteam.

Tabela 06: Treinamentos do Programa de Proteção Auditiva

PÚBLICO- PERIODICIDADE/ CONTEÚDO PROFICIÊNCIA TEMPO


MODULO
ALVO MÉTODO PROGRAMÁTICO REQUERIDA TOTAL

• Conteúdo do PCA e sua


importância;
• Os níveis de ruído que
os trabalhadores estão
potencialmente
expostos;
• Os efeitos do ruído
sobre a saúde e perda
auditiva;

Programa de Inicial e • Sinalização;


Conservação Todos os reciclagem anual • Práticas de controle da Não 20 min
Auditiva empregados – Presencial ou exposição ao ruído da
(PCA) on-line Ultracargo;
• Objetivos dos exames
audiométricos e
explanação sobre os
procedimentos do
exame;
• Áreas ou equipamentos
críticos com relação à
geração de ruído e a
dupla proteção.

Todos os
Treinamento
empregados Inicial
do Uso do
usuários de Reciclagem: Conforme ULC/ISO 0506 Não 30 min
Protetor
proteção Anual
Auditivo
auditiva

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.21.1. PÚBLICO ALVO


RI/ULC 0402
• Força de trabalho potencialmente exposta a níveis de ruído acima de 80 dB(A) e usuários de
protetores auditivos.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
• Membros da equipe multidisciplinar do PCA: Coordenador, Higiene Ocupacional, Saúde
Ocupacional, Segurança, Coordenadores de área, Suprimentos, Engenharia e Manutenção.

6.21.2. FREQUÊNCIA

O programa educacional deverá ser repetido trienalmente para os trabalhadores incluídos no


PCA. As informações fornecidas no programa deverão estar atualizadas e consistentes com as
mudanças nos dispositivos de proteção e nos processos de trabalho.

6.22. REGISTROS

A manutenção dos registros envolve a criação e guarda de toda a documentação gerada em cada
etapa do PCA. Esses registros constituem evidências de que os componentes do Programa foram
conduzidos de maneira apropriada, consistente e completa. O registro de cada trabalhador inclui:
os monitoramentos de ruído com respectivos relatórios, exames audiológicos, protetores auditivos,
participação em treinamentos, listas de presença assinadas pelos funcionários, datas, instrutores,
cargas horárias etc. São arquivados por um período mínimo de 20 anos, sob responsabilidade da
empresa.

Documentação de treinamentos, listas de presenças, teste de proficiência, são arquivados em cada


unidade.

Documentação relativa a exames médicos e questionário de avaliação são retidos no


Departamento de Saúde Ocupacional.

O tempo de retenção dos documentos deve seguir a legislação brasileira (NR-07 e NR-09), que é
de 20 anos, conforme a seguir:

✓ Resultados das monitorizações de área;

✓ Resultados das monitorizações de funções;

✓ Resultados das audiometrias;

✓ Registro de treinamentos;

✓ Testes de proficiência (se necessário sua aplicação).

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

6.23. PERIODICIDADE – REVISÃO DO PCA


RI/ULC 0402
O Programa de Conservação Auditiva (PCA) é revisado no mínimo a cada 3 anos, ou sempre que
necessário para avaliação do seu desenvolvimento, realização dos ajustes necessários e
estabelecimento de novas metas e prioridades.
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA
6.24. ANÁLISES CRÍTICAS/AUDITORIAS/VERIFICAÇÃO DA EFICÁCIA DO PCA

O objetivo final de um Programa de Conservação Auditiva é reduzir o número de perdas auditivas


causadas por níveis de pressão sonora elevados e evitar a progressão das já existentes. No
entanto, os resultados só serão confiáveis depois de 2 a 3 anos que o programa tenha sido
implantado, já que as perdas auditivas ocorrem lentamente.
O programa necessita de uma avaliação sistemática e periódica envolvendo o Coordenador do
PCA e a Alta Administração, para examinar os progressos e verificar se todos os envolvidos estão
cumprindo as suas obrigações.
A análise deve considerar os resultados das auditorias, os GHEs críticos, as medidas de controle,
estudos de melhoria e estatística de perda auditiva, caso existentes.
As análises críticas poderão realizadas anualmente quando da revisão anual do PPRA e o
Documento Base do PCA com avaliação e revisão em função das mudanças operacionais, dos
níveis de exposição, das melhorias introduzidas, será realizada a cada três anos, ou antes desse
prazo, por mudança na legislação ou necessidade técnica, isto é, alteração significativa no
processo, introdução de medidas de controle (engenharia ou na trajetória) que altere os níveis de
ruído do processo operacional.
O PPRA de cada terminal deverá conter ações e metas específicas para o PCA através dos
objetivos e metas do ano, fazendo com que haja a melhoria continuada do PCA decorrentes dos
resultados e ajustes através das medidas de controles adotadas para proteger o trabalhador do
agente de risco ruído. Essa metodologia será incorporada a partir de 2020.
Para verificação da eficácia do Programa de Proteção Auditiva serão realizadas três modalidades
de auditorias, conforme abaixo:

1. Avaliação Geral do PCA: Anualmente será realizada uma análise crítica, propondo melhorias,
visando à proteção e saúde auditiva do trabalhador, através do PPRA Vigente;
2. Auditoria de EPI: consiste em verificar a conformidade no uso dos EPIs (inclusive os de
proteção auditiva). Realizada pela equipe da Segurança e convidados das áreas da
Ultracargo;
3. Auto Avaliação do PCA: Este programa deve ser auto-avaliado anualmente pela área de
SMA, utilizando o checklist apropriado (ULC/ISO 0435). O Resultado deverá ser incluído na
análise crítica do PPRA de cada terminal.

6.25. DISPOSIÇÕES GERAIS

O NPS para conforto acústico deve ser tratado no Programa de Ergonomia.

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXO I – AUDIODOSIMETRIA E MAPEAMENTO DE ÁREA DO PROCESSO DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA


RI/ULC 0402
1. Investigar a causa raiz
2. Comunicar a RH
3. Comunicar a Gerência do Terminal
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA –4.PCA
Emitir a CAT
5. Comunicar e retirar da área o
Avaliar o nível empregado afetado
médio de ruído para
a área/tarefa. Não avaliar. Não
requer uso de proteção
auditiva
SIM

Perda auditiva Ocupacional NÃO


>80 dBA NÃO

SIM

SIM
Exame audiometrico anual de acordo com a NR-07

1. Identificar o risco
2. Iniciar Treinamento SIM
3. Programa escrito
4. Selecionar a proteção auditiva
5. Sinalização de área
6. Controle da exposição
REALIZAR
1. Treinamento inicial e reciclagem a cada 3 anos
2. Audiodosimetria anual para Lavg>80 dBA
3-. Mapeamento de área a cada 5 anos
Avaliação quantitativa da área 4. Mapeamento de área para
projetos/modificações/substituições de equipamentos

1. Não requer avaliação de


>80 dBA área/tarefa
NÃO 2. Não requer uso de proteção
auditiva

SIM

Monitoramento pessoal

1. Não requer avaliação de


área/tarefa
>80 dBA NÃO 2. Não requer uso de proteção
auditiva

SIM

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXO II – FLUXO DO PROCESSO DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – AUDIOMETRIA


RI/ULC 0402

Audiometria de
referência
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

Exame
audiométrico
conforme NR-07

Nova audiometria
de referência

Alteração em
relação à
audiometria de NÃO
referência?
Perda auditiva
significativa?
NÃO
Critério Legal.

Determinar o
nexo causal.
Ocupacional ou
SIM não?
SIM

NÃO

Implementar Implementar
medidas de medidas de
controle na controle
área/tarefa ocupacional

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXO III – TRATAMENTO ESTATÍSTICO DAS MONITORAÇÕES


RI/ULC 0402
Para cada situação avaliada, organizar os resultados das monitorações e calcular a estatística descritiva. Por
exemplo, uma campanha de monitoramento forneceu os seguintes resultados de Dose(%): 70; 96; 88; 100; 78; 72.
A. Calcular as médias aritmética (MA) e geométrica (MG), os desvios padrão aritmético (DP) e geométrico (DPG), a
PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
moda (Mo) e a mediana (Me) dos valores normais e logaritmizados, range (R), valor máximo (Max) e valor
mínimo (Min).

B. Verificar se os valores seguem uma distribuição normal ou lognormal.

• Se MA = Mo = Me, os valores seguem uma distribuição normal;

• Se Me = MG e Mo < MG < MA, os valores obedecem a uma distribuição lognormal.

• Se o resultado da expressão (MA - Me) / DP tende a zero, os valores seguem distribuição normal.

• Se o resultado da expressão (MALN - MeLN) / DPLN, tende a zero, os valores seguem distribuição lognormal.

• Se nenhuma das condições acima acontecer, ou se R < DP, os dados não são satisfatoriamente descritos pela
distribuição normal ou lognormal.

C. Representação gráfica.

D. Programar os cálculos na planilha excel, conforme o formulário.

Amostras Dose % LN Dose


A 1 70 4,25 B Verificação da distribuição
2 96 4,56
3 88 4,48 1. Distribuição normal 2. Distribuição lognormal
4 100 4,61 MA  Me Me  MG
5 78 4,36 Mo = não existente MG < MA
6 72 4,28 (MA - Me) / DP = 0,09 (MALN - MeLN) / DPLN = 0,03

Número de amostras (n) 6 Conclusão: a distribuição lognormal descreve melhor o conjunto de dados.
t de Student 95% e grau de liberdade (n-1) 2,571
Valor máximo (Max) 100
Valor mínimo (Min) 70 C Representação gráfica
Range (R) 30
Média aritmética (MA) 84,0
Mediana (Me) 83,0 100

Moda (Mo) -
Desvio padrão (DP) 11 95
Média aritmética dos logaritmos (MALN) 4,4
Mediana dos logaritmos (MeLN) 4,4
Desvio padão dos logartimos (DPLN) 0,14 90
Desvio padrão geométrico (DPG) 1,1
% Dose

Média geométrica (MG) 83,2


85
Limite superior de controle (LSCLN) 4,6
Limite inferior de controle (LICLN) 4,3
80
Limites de confiança assumindo a lognormal
Limite superior de controle 95% (LSC) 97,0
75
Limite inferior de controle 95% (LIC) 76,4

Transformação de %Dose para Lavg dB(A) 70


Média aritmética (MA) 83,7 1 2 3 4 5 6
Mediana (Me) 83,7 Amostras
Média geométrica (MG) 83,7
Limite superior de controle 95% (LSC) 84,8 % Dose LSC LIC MA MG
Limite superior de controle 95% (LSC) 83,1

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RI/ULC 0402

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA – PCA

ANEXO III – TRATAMENTO ESTATÍSTICO DAS MONITORAÇÕES


RI/ULC 0402
D Formulário

1. Funções da planilha excel, para o cálculo da estatística descritiva.


PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
Valor máximo (Max) MÁXIMO (núm1;núm2...)
Valor mínimo (Min) MÍNIMO (núm1;núm2...)
Range (R) Max - Min
Média aritmética (MA) e (MALN) MÉDIA (núm1;núm2...)
Mediana (Me) e (MeLN) MEDIANA (núm1;núm2...)
Moda (Mo) e (MoLN) MODO (núm1;núm2...)
Desvio padrão (DP) e (DPLN) DESVPADP (núm1;núm2...)
Desvio padrão geométrico (DPG) EXP (DPLN)
Média geométrica (MG) EXP (MALN)

2. Expressões para o cálculo dos limites de confiança da distribuição normal.

Limite superior de controle 95% (LSC) LCS = MA + t97,5 (DP / √n)


Limite inferior de controle 95% (LIC) LIC = MA – t97,5 (DP / √n)

3. Expressões para o cálculo dos limites de confiança da distribuição lognormal.

Limite superior de controle (LSCLN) LCSLN = MALN + 0,5 DPLN2 + t97,5 (DPLN / √n)
Limite inferior de controle (LICLN) LICLN = MALN - 0,5 DPLN2 + t97,5 (DPLN / √n)
Limite superior de controle 95% (LSC) LCS = eLSCLN
Limite inferior de controle 95% (LIC) LIC = eLICLN

4. Tabela resumida da distribuição t de Student


Graus de liberdade (g) t97,5 Graus de liberdade (g) t97,5
1 12,706 6 2,447
2 4,303 7 2,365
3 3,182 8 2,306
4 2,776 9 2,262
5 2,571 10 2,228

5. Transformação de Dose(%) para Lavg dB(A)

Lavg dB(A) = 16,67 (log %Dose /100) + 85

FIM DO PROCEDIMENTO

Data Versão Página

18/08/2020 6.0 60/60

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