Contestação-0000434-80 2020 5 05 0015

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 15ª VARA DO

TRABALHO DE SALVADOR - TRT 5ª REGIÃO.

PROCESSO Nº 0000434-80.2020.5.05.0015

LÍDER TELECOM COMÉRCIO E SERVIÇOS EM


TELECOMUNICAÇÕES LTDA. EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL, PEDRO
ANTONIO SERRANO e MAUREN ELIZA TONETTI SERRANO por seus
advogados “in fine” assinado, constituídos através do instrumento de mandato de
procuração em anexo, nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA que lhe move
AMBROSIO MILTON ALVES DE OLIVEIRA, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, apresentar sua CONTESTAÇÃO, o que faz pelos fatos e fundamentos a
seguir expostos:

ENVIO DA DEFESA E DOS DOCUMENTOS EM SIGILO

Ab initio, a reclamada justifica o envio da defesa e dos documentos em sigilo.

Cediço que os artigos 846 e 847 da CLT determinam que a defesa deva ser
apresentada em audiência, após a primeira proposta conciliatória.

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Assim, considerando que a Resolução CSJT nº 136/2014, regulamentadora do
sistema PJE no âmbito da Justiça do Trabalho, determina a inserção da defesa e
documentos antes da audiência, deve ser assegurado que a parte contrária não tenha
acesso ao seu conteúdo antes do prazo previsto em lei.

Destarte, o sigilo da defesa deve ser preservado até o momento processual legal de
sua apresentação, onde o Conselho Superior de Justiça do Trabalho passou a estabelecer de
forma inequívoca que “o réu poderá atribuir sigilo à contestação e à reconvenção, bem
como aos documentos que as acompanham, devendo o magistrado retirar o sigilo caso
frustrada a tentativa conciliatória”.

Essa é a previsão do art. 22, § 5º da Resolução 241, de 31/05/19.

DAS CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

Inicialmente, a reclamada requer o cadastramento dos seus procuradores,


requerendo, também, sob pena de nulidade, que todas as intimações dos atos processuais
sejam procedidas exclusivamente em nome de JOSÉ HENRIQUE CANÇADO
GONÇALVES (OAB/MG 57.680), eis que é este o advogado titular do escritório que
presta serviços para a primeira reclamada.

De acordo com o que estabelece o inciso IV, do artigo 425, do Novo Código de
Processo Civil, os signatários desta petição declaram a autenticidade de todos os
documentos em cópia acostados aos autos pela primeira reclamada, inclusive aqueles que
porventura ainda poderão ser juntados.

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DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Cumpre noticiar, que nos autos do processo de recuperação judicial, em tramite


perante a 1ª Vara de Falências do Foro Central Cível da comarca de São Paulo/SP sob nº
1003745-84.2016.8.26.0462, foi deferido a recuperação judicial da ora contestante,
conforme segue (integra anexo):

“I - Fls. 1376/1444: recebo como emenda à inicial. Anote-se o novo valor


atribuído à causa (R$ 295.185.315,56).
II - Lider Telecom Comércio e Serviços Em Telecomunicações Ltda., CNPJ
07.265.939/0001-27 e Prime Net Informatica Ltda, CNPJ 04.868.167/0001-20
requereram a recuperação judicial em 05/09/2016.
Realizada perícia prévia (fls. 903/1375), bem como a emenda necessária (fls.
1376/1444), verifica-se que os documentos juntados aos autos comprovam que
as requerentes preenchem os requisitos legais para requerimento da
recuperação judicial, conforme art. 48 da Lei nº 11.101/05. A petição inicial foi
adequadamente instruída, nos exatos termos exigidos pelo art. 51 da Lei nº
11.101/05. Em síntese, o pedido está em termos para ter o seu processamento
deferido, já que presentes os requisitos legais (artigos 47, 48 e 51 da Lei
11.101/2005), verificando-se a possibilidade de superação da “crise econômico-
financeira” da devedora1.
Assim, pelo exposto, nos termos do art. 52 da Lei 11.101/2005, DEFIRO o
processamento da recuperação judicial das empresas Lider Telecom Comércio e
Serviços Em Telecomunicações Ltda., CNPJ 07.265.939/0001-27 e Prime Net
Informatica Ltda, CNPJ 04.868.167/0001-20, denominadas como "Grupo Lider
Telecom”

Deste modo, necessária a alteração do polo passivo da ora contestante Líder para
constar LÍDER TELECOM COMÉRCIO E SERVICOS EM
TELECOMUNICACOES LTDA., EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

DA SUSPENSÃO DAS AÇÕES EM FACE DA RECUPERANDA

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Cumpre ressaltar que a recuperação judicial, consoante o artigo 47 da Lei
11.101/05, tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico
financeira do devedor, A FIM DE PERMITIR A MANUTENÇÃO DA FONTE
PRODUTORA, do EMPREGO DOS TRABALHADORES e dos interesses dos credores,
promovendo, assim, a PRESERVAÇÃO DA EMPRESA, sua função social e o estímulo à
atividade econômica.

Neste sentido, determina o art. 6º da 11.101/05, que somente as demandas ilíquidas


devem prosseguir no juízo originário até a liquidação, senão vejamos:

Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da


recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e
execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do
sócio solidário.
§ 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que
demandar quantia ilíquida.
§ 2º É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação,
exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as
ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8º
desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do
respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor
determinado em sentença.
§ 3º O juiz competente para as ações referidas nos §§ 1º e 2º deste artigo poderá
determinar a reserva da importância que estimar devida na recuperação
judicial ou na falência, e, uma vez reconhecido líquido o direito, será o crédito
incluído na classe própria.

Assim, a recuperação judicial atinge todos os contratos existentes na data do


pedido, ainda que não vencidos, de modo que a presente demanda deverá ser direcionada
ao juízo da recuperação para a liquidação dos valores devidos.

Ressalte-se que a justiça do trabalho somente é competente até a apuração do


crédito, conforme art. 6º, §2º da Lei 11.101/05, sendo certo que após a liquidação o juízo
competente é o falimentar, o que deve ser observado.

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DA COMUNICAÇÃO OBRIGATÓRIA AO JUÍZO UNIVERSAL DA
DISTRIBUIÇÃO DE AÇÕES JUDICIAIS

Como corolário do princípio da par contitio creditorum, e da vis atrativa do juízo


universal, determina o §6º do art. 6º da lei 11.101/05 que toda a distribuição de qualquer
demanda judicial, o juízo da recuperação deverá ser imediatamente comunicado, senão
vejamos:

“Art. 6º...
§ 6º Independentemente da verificação periódica perante os cartórios
de distribuição, as ações que venham a ser propostas contra o
devedor deverão ser comunicadas ao juízo da falência ou da
recuperação judicial:
I – pelo juiz competente, quando do recebimento da petição inicial;”

Assim, verifica-se que, nos termos do § 6.º, supratranscrito, o juízo universal das
recuperações judiciais (juízo pro tempore) detém o poder de fiscalização e controle das
ações individuais que venham a ser propostas contra o devedor.

Deste modo, verifica-se que nos presentes autos, o juízo universal não foi
comunicado da distribuição da presente demanda, o que é obrigatório e não faculdade, sob
pena de nulidade de todos os atos praticados.

I. DA PRELIMINAR

I.I. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA SEGUNDA RECLAMADA

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Alega o reclamante que em decorrência do contrato de trabalho firmado com a
primeira reclamada, a prestação de serviços deu-se em benefício exclusiva da segunda
reclamada, pretendendo a sua condenação nestes autos.

Sem razão, data vênia.

Isso porque, mesmo que o tomador de serviços responda subsidiariamente pelas


obrigações trabalhistas descumpridas pela prestadora contratada, tal obrigação é
proveniente da configuração de culpa in elegendo ou in vigilando.

Entretanto, no caso em tela, ver-se-á com clareza que a segunda reclamada adotou
as medidas necessárias à fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas da
contratada, eliminando qualquer tipo de conduta culposa.

Note-se que as reclamadas firmaram contrato de prestação de serviços, por meio do


qual se atribuiu à ora contestante a obrigação exclusiva pelo pagamento de encargos
trabalhistas, previdenciários, sociais e acidentários dos empregados por ela contratados.

A ora contestante, ciente de seus deveres, sempre cumpriu suas obrigações,


comprovando mensalmente o pagamento mensal dos empregados, recolhimentos de FGTS,
contribuições previdenciárias, entre outras obrigações exigidas contratualmente.

Ante o exposto, não se verifica o requisito mínimo necessário à condenação da


segunda reclamada, devendo ser acolhida essa preliminar de ilegitimidade passiva,
extinguindo-se o feito em relação a segunda reclamada, sem julgamento do mérito, nos
termos do art. 485, VI, do CPC.

II. BREVE SÍNTESE DA DEMANDA

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Alega o reclamante que foi admitido pela primeira reclamada em para exercer a
função de Vistoriador em 30 de agosto de 2019 sendo demitido em 16 de outubro de 2019,
recebendo corretamente suas verbas rescisórias.

Afirma o reclamante que, a despeito do seu horário contratual, corretamente


estabelecido de segunda à sexta, das 08h00min às 16h20min e aos sábados das 08h00min
às 17h00min, com uma hora mas que por dois dias o labor iniciava-se mais cedo (às 07:30)
e encerrava-se mais tarde (às 18:00)

Desse modo, o reclamante pleiteia: i) justiça gratuita; ii) responsabilidade


subsidiária da 4ª reclamada; iii) horas extraordinárias que ultrapassem as horas excedentes
a 8ª diárias e 44ª semanais, acrescidas do adicional de 50% nos dias uteis; iv) indenização
por dano moral e material e v) honorários advocatícios.

Enumerou pedidos e deu a causa o valor de R$ 16.513,44 (dezesseis mil quinhentos


e treze reais e quarenta e quatro centavos).

III. NO MÉRITO

Passaremos a demonstrar a inconsistência e improcedência das alegações do


reclamante.

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DA INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA/SOLIDÁRIA
ENTRE AS RECLAMADAS

O reclamante, pretende a condenação solidária ou subsidiária da Claro S.A, em


relação aos pedidos porventura deferidos, ao argumento de que esta foi a tomadora dos
serviços.

Concessa vênia, não pode ser deferido o pleito do reclamante, de vez que apesar de
ser fato incontroverso a existência de um contrato de prestação de serviços entre as
reclamadas, cumpre destacar que a ora contestante NÃO cumpre tais atividades em
caráter exclusivo, pois também mantém contratos com outras empresas para o
mesmo fim.

Assim, não há que se falar em condenação de forma solidária, quiçá subsidiária da


segunda reclamada, em relação aos eventuais créditos deferidos ao reclamante, tampouco,
com a procedência dos pedidos formulados na inicial. Isso porque, há notória
jurisprudência que reconhece que não lhe assiste qualquer responsabilidade em relação aos
créditos devidos pela contratada.

Porém, caso o entendimento de Vossa Excelência venha a ser outro, o que se


admite em respeito ao princípio da eventualidade e por amor ao debate, melhor sorte não
logrará o reclamante quanto a sua pretensão.

Informe-se que as reclamadas firmaram contrato de prestação de serviços que


atribui à ora contestante a obrigação exclusiva pelo pagamento de encargos trabalhistas,
previdenciários, sociais e acidentários dos empregados por ela contratados.

Ademais, a ora contestante, ciente de seus deveres, sempre cumpriu suas


obrigações, comprovando mensalmente o pagamento mensal dos empregados,

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recolhimentos de FGTS, contribuições previdenciárias, entre outras obrigações exigidas
contratualmente.

Em que pese o disposto no Enunciado 331, IV, do Colendo TST, que determina a
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto às obrigações inadimplidas
pelo prestador, não pode, data máxima vênia, o pedido de responsabilidade
solidária/subsidiária de condenação da segunda reclamada formulado prosperar no caso em
tela.

Para responder pelos prejuízos sofridos pelos empregados da ora contestante, a


segunda reclamada deveria ter agido ou se omitido, ao menos culposamente, o que de
fato não ocorreu.

Observe-se que o artigo 186, do Código Civil, princípio legal do entendimento


expresso na Súmula supra referida, determina que: “Aquele que por ação ou omissão
voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

Ocorre que o vínculo de emprego discutido nestes autos se formou exclusivamente


com a ora contestante e tão somente com essa, empresa responsável de forma não
exclusiva por um serviço terceirizado da atividade meio da segunda reclamada, não se
verificando, neste caso, a conduta ativa ou omissa da segunda reclamada, nem mesmo
culposamente. Aliás, não se vislumbra nem mesmo a culpa in eligendo ou in vigilando.

A primeira porque o contrato sempre foi cumprido a tempo e modo pelas partes; a
segunda porque não há que se falar em negligência no tocante à fiscalização quanto às
obrigações decorrentes do contrato de trabalho celebrado entre a ora contestante e seus
empregados.

Em face do exposto, não se verifica o requisito mínimo necessário à condenação da


segunda reclamada, ainda que subsidiariamente, a eventual verba devida pela ora
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contestante, razão pela qual deve ser julgado improcedente o pedido de responsabilidade
solidária/subsidiária.

Ademais, sequer existe prova nos autos de que a prestação de serviço do


reclamante tenha sido efetivada na segunda reclamada, sob inspeção ou orientação
desta.

Sem o comprovado proveito do labor do obreiro, data máxima vênia, torna-se


impossível falar-se em condenação solidária ou subsidiária da segunda reclamada.

Neste sentido, a jurisprudência majoritária somente admite seja a tomadora


condenada subsidiariamente a cumprir com as obrigações do efetivo empregador, SE
PROVADA A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO ALEGADO E O BENEFÍCIO
EXCLUSIVO POR ELA EXPERIMENTADO.

Nesse sentido, convém colacionar ementa de acórdão, proferido pela 6ª Turma do


Egrégio TST, em 06.09.2017, que no julgamento do processo de nº TST-RR-1801-
43.2010.5.07.0013, assim entendeu:

RECURSO DE REVISTA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO


JURISDICIONAL. Com fulcro no art. 282, § 2º, do CPC, não se analisará a
nulidade, por se vislumbrar decisão de mérito favorável à recorrente.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ÔNUS DE PROVAR A
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM FAVOR DA EMPRESA TOMADORA.
A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, havendo a negativa da empresa
tomadora de que o empregado tenha lhe prestado serviços, é do reclamante o
ônus de comprovar a prestação dos serviços em favor daquela empresa, como
fato constitutivo de seu direito, nos termos dos artigos 818 da CLT e 333, I, do
CPC. Há precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.

Por isso, não se vislumbra a responsabilidade solidária da 2ª Reclamada, e ainda,


qualquer eventual condenação subsidiária deve limitar-se às verbas que sejam devidas pelo
período (se existente) em que o reclamante prestou serviços em proveito exclusivo para a
segunda reclamada.

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Quanto ao pedido de responsabilidade solidária, igualmente não pode prevalecer,
isso porquê o artigo 265, do Código Civil, estabelece que "a solidariedade não se
presume; resulta da lei ou da vontade das partes", vale dizer: só existe responsabilidade
quando a lei expressamente a determinar ou quando, por contrato, as partes a tiverem
pactuado.

A responsabilidade solidária é instituto que decorre de lei ou de convenção entre as


partes. No Direito do Trabalho há previsão expressa no artigo 2º, da CLT, que prevê a
solidariedade na existência de grupo econômico, o que elimina qualquer argumentação que
se possa fazer no sentido de afastar aquela, uma vez reconhecido a existência deste, o que,
data vênia, não é o caso dos autos.

Complementando a argumentação supra, convém invocar os termos da lei 13.429,


vigente a partir de 31/03/2017, que disciplina a terceirização, e prevê a responsabilidade
subsidiária, não havendo que se falar de forma alguma em responsabilidade solidária.

Ora, se antes existiam diferentes posicionamentos, inclusive ensejadores do


sobrestamento ordenado pelo Supremo Tribunal Federal, agora não mais há discussões
acerca da licitude da terceirização de quaisquer atividades, nem tampouco fundamento que
justifiquem a responsabilidade aduzida pelo Autor.

O art. 9º da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passou a permitir o


“desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa
tomadora de serviços”.

Assim, tendo em vista que a Lei 13/429 passou a viger em 31/03/2017, necessária
se faz a aplicação imediata da referida lei ao presente caso.

Nesse diapasão, há que se excluir a segunda reclamada da presente lide, julgando


totalmente improcedentes os pedidos formulados contra a mesma, ou, caso Vossa
Excelência entenda de outra forma, pugna que a responsabilidade subsidiária da mesma

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seja limitada ao período em que o reclamante comprovar efetivo labor em seu proveito,
restando patente que não há que se falar em responsabilidade da segunda reclamada.

DO INSS E DO IMPOSTO DE RENDA

Ad argumentandum tantum, em caso de condenação, deve ser observado por esse


Douto Juízo que os descontos previdenciários e fiscais decorrem de imperativo legal,
sendo correto afirmar que os preceitos de ordem pública suplantam os interesses dos
particulares.

Assim, no caso dos autos, não se pode afastar a aplicação do artigo 46, da Lei
8.541/92, e dos artigos 43 e 44, da Lei 8.212/91, além do inciso II, do artigo 195, da
Constituição Federal, que determinam expressamente as retenções previdenciárias e fiscais
de responsabilidade do reclamante, razão pela qual tem-se que, em caso de condenação,
deve ser observado que é do reclamante a responsabilidade pelo recolhimento
previdenciário previsto nos artigos 43 e 44, da Lei 8.212/91, com a nova redação dada pela
Lei 8.620/93.

Já no que se refere ao imposto de renda, a transferência da responsabilidade viola o


artigo 46, da Lei 8.541/92, artigo 45 do Código Tributário Nacional, e artigo 12, da Lei
7.713/88.

Como se sabe, a retenção do imposto de renda na fonte decorre do aludido artigo


46, da Lei 8.541 de 23/11/1992, que consagra o regime de caixa, evidenciado. O artigo 45,
do CTN, por sua vez, estabelece que a lei pode atribuir à fonte pagadora da renda a
condição de responsável pela retenção e pagamento do imposto, que é o que faz a Lei
8.541/92.

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Com a edição da Lei 7.713/88, desde 01/01/1989, restou consagrado o chamado
“regime de caixa”, o qual determina que a renda é considerada recebida quando paga, não
se observando o regime de competência.

Assim, o cálculo deve ser feito tomando-se todo o rendimento porventura recebido
e aplicando-se a tabela do mês de pagamento, sob pena, justamente, de violação de toda a
ordem e legislação tributária atinentes ao Imposto de Renda.

O desconto do imposto de renda, nos termos do aludido artigo 46, da Lei 8.541/92,
incide sobre os rendimentos do trabalho assalariado pagos em cumprimento da decisão
judicial.

Logo, o fato gerador surge no ato do pagamento ou, como explicita a Lei: “no
momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponível para o
beneficiário”.

Por tudo isso, devem ser observados os dispositivos legais acima citados, não
podendo a responsabilidade do reclamante relativo aos descontos dos encargos fiscais e
previdenciários, recaírem sobre as reclamadas.

DO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA

Em relação ao benefício da justiça gratuita, certo é que o reclamante não preenche


os requisitos legais exigidos para o deferimento da gratuidade pretendida, nem tampouco
há comprovação do preenchimento de tais requisitos, como manda a Lei 5.584/70, razão
pela qual se impugna expressamente tal pleito.

Com efeito, a concessão não é apenas faculdade do juiz, e sim, limita-se ao


preenchimento dos requisitos oriundos da lei, independente da vontade da parte ou do Juiz.

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Assim sendo, não há que se falar em concessão de Justiça Gratuita, in casu, pois o
reclamante não é pobre no sentido legal, podendo arcar com os ônus decorrentes da ação.

Portanto, afastada por consequência a aplicação do parágrafo 3º, do artigo 790,


consolidado, deve ser julgado improcedente o referido pedido constante da peça de
ingresso.

HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS - PÓS REFORMA

Cediço que a CLT, após a publicação da Lei 13.467/2017, passou a prever em seu
art. 791-A o direito aos honorários sucumbenciais.

Em razão da natureza híbrida da verba, pairavam dúvida acerca do momento da


aplicação da nova norma e do instituto em comento.

Ocorre que, extirpando dúvidas acerca da matéria, o Egrégio Supremo Tribunal


Federal recentemente proferiu decisão, em conformidade com o entendimento já adotado
pelo Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que o direito aos honorários
sucumbenciais surge no momento da prolação da sentença.

Convém transcrever a ementa do julgado:

AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM


AGRAVO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NO PROCESSO DO
TRABALHO. ART. 791-A DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO
TRABALHO, INTRODUZIDO PELA LEI 13.467/2017.
INAPLICABILIDADE A PROCESSO JÁ SENTENCIADO.
1. A parte vencedora pede a fixação de honorários advocatícios na
causa com base em direito superveniente – a lei 13.467/2017, que
promoveu a cognominada “Reforma Trabalhista".
2. O DIREITO AOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
SUCUMBENCIAIS SURGE NO INSTANTE DA PROLAÇÃO DA
SENTENÇA. Se tal crédito não era previsto no ordenamento jurídico
nesse momento processual, não cabe sua estipulação com base em lei
posterior, sob pena de ofensa ao princípio da irretroatividade da lei.
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3. Agravo interno a que se nega provimento.
(STF, 1ª Turma, ARE 1014675 AGR / MG, rel. Min. Alexandre de
Moraes, j. 23.03.2018, negaram provimento, v.u.) (sem grifos no
original)

Destarte, tendo em vista que ainda não foi prolatada sentença na presente demanda,
pugna a reclamada, desde já, pela condenação do reclamante ao pagamento de 15% de toda
a parte em que for sucumbente, a título de honorários advocatícios sucumbenciais, em
favor dos patronos da reclamada, já que se trata de medida imposta na legislação em vigor
e ainda que vai de encontro com o recente entendimento da Constituição da República.

DA CORREÇÃO MONETÁRIA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) só deverá ser adotado


como índice de atualização dos débitos trabalhistas entre 25 de março de 2015 e 10 de
novembro de 2017. No período anterior a 24 de março de 2015 e posterior a 11 de
novembro de 2017, a Taxa Referencial (TR) deve ser utilizada como índice de atualização
dos débitos trabalhistas.

Desta forma, decidiu, por maioria, a 4° Turma do Tribunal Superior do Trabalho


em acórdão publicado no dia 01/11/2018 de Nº 0010260-88.2016.5.15.0146.
Anteriormente, o entendimento da Corte era de que a correção monetária deveria ser
realizada pela TR até 25 de março de 2015 e, a partir dessa data, pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo Especial (IPCA-E). Contudo com o novo entendimento a atualização
pelo IPCA-E, deve ser limita a data de início da vigência da Lei 13.437/2017.

PROCESSO Nº TST-RR-10260-88.2016.5.15.0146
ACÓRDÃO
(4ª Turma)
GMCB/cml
RECURSO DE REVISTA.
CRÉDITOS TRABALHISTAS. CORREÇÃO MONETÁRIA. ATUALIZAÇÃO
PELO IPCA-E. TAXA REFERENCIAL. APLICAÇÃO DO ARTIGO 39 DA
LEI Nº 8.177/91. PARCIAL PROVIMENTO.
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Este colendo Tribunal Superior do Trabalho, em sua composição plena, nos
autos do processo n° TST-ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, analisou a
constitucionalidade da diretriz insculpida no caput do artigo 39 da Lei n°
8.177/91, na parte em que determina a utilização da variação acumulada da TRD
para fins de atualização monetária, à luz da interpretação dada pelo Supremo
Tribunal Federal, no julgamento da ADI 4357-DF. Assim, prevaleceu o
entendimento do Tribunal Pleno desta Corte Superior nosentido de que o IPCA-
E como índice de correção monetária para atualização dos débitos trabalhistas
somente deve ser adotado a partir de 25/03/2015. Ocorre que, com a entrada em
vigor da Lei nº 13.467/2017, em 11/11/2017, foi acrescentado o § 7º ao artigo
879 da CLT, determinando que a atualização dos créditos decorrentes de
condenação judicial deverá ser feita pela Taxa Referencial (TR). Nesse contexto,
de acordo com voto divergente proferido pelo Ministro Alexandre Luiz Ramos
nos autos do processo nº TST-RR-2493-67.2012.5.12.0034, esta colenda Turma
decidiu, por maioria, adotar o entendimento de que o IPCA-E somente deverá
ser adotado como índice de atualização dos débitos trabalhistas no interregno de
25.03.15 a 10.11.2017, devendo ser utilizado a TR como índice Ocorre que o
atual entendimento da 04ª Turma Recursal do TST é de que o índice de
atualização IPCA-E limita-se a data de vigência da reforma trabalhista
11/11/2017 (no termos do artigo 879, § 7º, da CLT). Recurso de revista de que se
conhece e a que se dá parcial provimento.

Desta forma, por ser o atual entendimento do TST, os critérios de atualização que
devem ser utilizados são: a TR até 24/03/2015, IPCA-E de 25/03/2015 a 10/11/2017 e TR
a partir de 11/11/2017.

DA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES DO PEDIDO

Hão que ser observados os artigos 128 e 460 do CPC, devendo a r. sentença de
mérito, em caso de procedência de algum dos pedidos formulados, observar os estritos
limites impostos pela petição inicial.

IV. DOS REQUERIMENTOS FINAIS

Diante de todo o exposto, a primeira reclamada requer que seja acolhida a


preliminar elencada, com a consequente extinção do processo sem resolução de mérito, em
face da segunda reclamada, na forma do artigo 485, I, NCPC (Lei 13.105/15).
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Por fim requer que lhe seja deferida a produção de todos os meios de prova em
direito admitidas, em especial a prova documental, testemunhal, e o depoimento pessoal do
reclamante, sob pena de confissão, esperando que, ao final, todos os pedidos formulados na
petição inicial sejam julgados IMPROCEDENTES, de vez que, assim agindo, estará essa
Douta Vara, uma vez mais, fazendo o que dela sempre se espera e obtém, ou seja, Justiça!

Nestes termos, pede deferimento.

São Bernardo do Campo, 05 de janeiro de 2021.

P.P. JOSÉ HENRIQUE CANÇADO GONÇALVES


OAB/MG 57.680

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