2004 Dis Cmsilva
2004 Dis Cmsilva
2004 Dis Cmsilva
Fortaleza - Ceará
2004
Cristiane Moreira da Silva
Fortaleza - Ceará
Outubro, 2004
Silva, Cristiane Moreira da.
________________________________________________
Prof. Luiz Artur Clemente da Silva, Dr.
Departamento de Economia Agrícola - UFC
________________________________________________
José de Souza Neto, PhD
EMBRAPA - Agroindústria Tropical
________________________________________________
Prof. Rogério César Pereira de Araújo, PhD
Departamento de Economia Agrícola – UFC
AGRADECIMENTOS
A Deus, criador de todas as coisas e fonte inspiradora da vida, que sem Ele nada
disso seria possível e nada teria sentido.
ii
SUMÁRIO
Páginas
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................v
LISTA DE TABELAS ...............................................................................................vi
RESUMO...................................................................................................................vii
ABSTRACT ............................................................................................................viii
CAPITULO I
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................1
1.1 Experiências em agricultura alternativa no Ceará ..................................................6
1.1.1 O Assentamento Novas Vidas ..........................................................................9
1.1.2 Objetivos.........................................................................................................17
1.1.3 Objetivo Geral ................................................................................................17
1.1.4 Objetivos Específicos .....................................................................................17
CAPITULO II
2 REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................18
2.1 Breve História da Modernização da Agricultura..................................................18
2.1.1 O caso brasileiro ................................................................................................27
2.1.2 Críticas à agricultura moderna...........................................................................33
2.2 Noções de sustentabilidade................................................................................... 35
2.3 Agricultura Alternativa – uma mudança de paradigma........................................41
2.3.1 As principais vertentes da agricultura alternativa..............................................44
2.3.2 Agricultura biodinâmica ....................................................................................45
2.3.3 Agricultura natural.............................................................................................45
2.3.4 Agricultura biológica.........................................................................................46
2.3.5 Agricultura orgânica ..........................................................................................47
2.3.6 Agroecologia .....................................................................................................50
iii
CAPITULO III
3 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................52
3.1 Caracterização da área de estudo..........................................................................52
3.2 Método de análise.................................................................................................53
2.2.1 Parâmetros de análise ........................................................................................53
3.3 Técnica de levantamento de dados .......................................................................58
CAPITULO IV
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..........................................................................60
4.1 Aspectos sociais....................................................................................................60
4.2 Aspectos ambientais .............................................................................................64
4.3 Aspectos econômicos ...........................................................................................68
CAPITULO V
5 CONCLUSÕES......................................................................................................80
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................83
ANEXO 1...................................................................................................................90
ANEXO 2...................................................................................................................92
iv
LISTA DE FIGURAS
Páginas
v
LISTA DE TABELAS
Páginas
vi
RESUMO
vii
ABSTRACT
The present study tried to analyze the implications of the alternative agriculture in the
establishment Novas Vidas – Ocara – CE, considering the social, environmental and
economic aspects. For so much, they took place a field work in the sense of they be
tabulated information that allowed a characterization and understanding in the
production ways and organization of establishment, because such area represents a
differentiation place, because it was one of the first establishments of agrarian reform of
Ceará they convert it the conventional production into alternative, through the organic
agriculture. The method used in the research took into social, environmental and
economic variable account, through an investigation process, where they were applied
and later on the tabulated 17 questionnaires for the 20 seated families. According to the
obtained data, seated them they use 34,5ha are with subsistence agriculture and 4,2ha
are with vegetable gardens, both produced in an organic way. Even so, same possessing
earth and water for irrigation the explored area is small, because, the establishment
possesses a total area of 693,67 ha. The results indicate that, in the social aspects, it is
observed that the problems of health are not verified with frequently and the education,
what demonstrates progresses in the improvement of the life quality. In agreement with
the environmental variables, it is verified that the abandonment of practices that they
degrade the environment is present in the place. Already in what it says respect to the
economic aspects, the analysis aims the need to obtain mechanisms of a larger
generation of income and resolutions for problems of economic nature, because,
becomes an negative point to be solved. The agriculture of the establishment represents
a model of more balanced development, at least in what it tells respect the
environmental subject, even so it is necessary that is created initiatives to turn it more
effective in the generation of income. Solved that problems, the model could represent
an exit for the problem of the insustainability agricultural production, by means of the
application of an alternative agriculture that glimmer the sustainability life the field.
viii
CAPITULO I
1 INTRODUÇÃO
ix
2
Conforme ELIAS (1999, p. 47), o Ceará não difere do restante do país. Não
existe uma homogeneização da reestruturação produtiva no campo, pois a terra, assim
como os benefícios a ela empregados pelo capital não estão acessíveis a todos. Até
porque o desenvolvimento da agricultura no país deixa claro a implantação de uma
modernização conservadora, calcada na grande propriedade inviolável de terra e de
renda nas mãos de minorias, representando um entrave para o desenvolvimento mais
homogêneo da agricultura.
1
“Quando falamos de modernização agrária, estamos nos referindo aos processos sociais que emergem
ou se produzem a partir de um determinado modelo tecnológico para a produção agropecuária” (Romero,
1998:35)
4
Para se ter uma idéia do potencial que este tipo de agricultura pode chegar, basta
observar os dados referentes ao crescimento do setor. O Brasil ocupou no ano de 2003
a 34° posição no ranking internacional de exportadores de produtos orgânicos. Cerca de
70% da produção está concentrada nas regiões Sudeste e Sul do país, principalmente
nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul
(FEITOSA, 2003). O Ceará ainda não figura entre os maiores exportadores do país,
porém, importantes esforços têm sido conduzidos para que haja um crescimento na
produção de orgânicos. É o exemplo do Banco do Nordeste, através da execução do
Programa de Desenvolvimento da Agropecuária Orgânica do Nordeste2. Baseado em
dados que apontam o crescimento do mercado de orgânicos (20% ao ano), o BNB,
através de recursos do FNE Verde3, destinou nos últimos cinco anos cerca de R$ 20
milhões para o financiamento de projetos em agricultura alternativa, tais como,
agricultura orgânica, manejo florestal, reciclagem de lixo e energia alternativa
(TARELHO, 2003).
2 “O programa também tem como metas traçar o perfil do setor na região, diagnosticando os principais
entraves ao desenvolvimento da atividade nos Estados, bem como propor ações que contribuem para
superar os possíveis entraves, considerando as particularidades locais. Para isso, estão previstas ações
como organização de um banco de dados sobre a produção orgânica no Nordeste, para disponibilizar a
todos da cadeia produtiva; formação de mão-de-obra para assistência técnica de projetos do setor;
capacitação para ampliar a base produtiva; e, um dos pontos de maior interesse, criação e adequação de
linhas de crédito para o financiamento da produção orgânica, bem como ampliação dos canais de
comercialização através da criação de pontos de vendas exclusivas em municípios” (FEITOSA, 2003).
3
“O Banco do Nordeste apóia a agricultura orgânica através do Programa de Financiamento à
Conservação e Controle do Meio Ambiente (FNE Verde), que atende a todas as atividades ligadas ao
meio ambiente e utiliza recursos do Fundo Constitucional do Nordeste, com limites de financiamento
determinados em função do porte do empreendimento. Em dezembro de 2001 foi lançado o Programa de
Desenvolvimento da Agropecuária Orgânica do Nordeste, com ênfase na estruturação da cadeia produtiva
e tendo o crédito como elemento de apoio” (ORMOND, 2002, p. 24).
6
comunidade de Santo André, a escolha foi a recuperação dos cajueiros antigos, através
de tratos culturais e a aplicação de adubos orgânicos provenientes dos restos de culturas,
troncos de árvores e do lixo orgânico produzido no próprio local, além disso, houve o
abandono da prática de queimadas e uma nova cultura ecológica se estabeleceu. Hoje,
essa comunidade é responsável pela produção de produtos originados do cajueiro,
beneficiados por uma pequena indústria.
Foi somente a partir do apoio recebido pela Comissão Pastoral da Terra – CPT,
que promoveu uma série de estudos em Novas Vidas e em mais duas comunidades
12
Esse entrave só pôde ser sanado a partir da associação entre Novas Vidas e a
Associação para o Desenvolvimento da Agricultura Orgânica – ADAO, em 1997; dessa
forma, os produtos das hortas tinham compradores certos e a renda era garantida,
13
TABELA 1: Produção Agrícola Coletiva da Horta Ecológica nos anos de 1999 e 2000
O grande diferencial era o trabalho realizado de forma coletiva numa área de 2,5
hectares, onde trabalhavam catorze das vinte famílias assentadas, cerca de 32 pessoas.
Porém, desde que o processo investigativo teve início em 2001, assiste-se a mudanças
estruturais dentro do assentamento. Primeiro houve o abandono da produção do tipo
coletiva e a escolha de terras para a produção individual. Um dos motivos para tal feito,
14
1.2 OBJETIVOS
17
1.2.1 Geral
1.2.2. Específicos
2 REVISÃO DE LITERATURA
Tais mudanças foram impulsionadas pela idéia de que era possível obter uma
produção mais elevada sem aumentar em grandes proporções a quantidade de terras
disponíveis para tal fim e, dessa forma, apontava uma solução para resolver o problema
da falta de alimentos.
4
Plantio direto “é um processo de semeadura em solo não revolvido, no qual a semente é colocada em
sulco, ou covas, com largura e profundidade suficiente para obter uma adequada cobertura e um adequado
contato da semente com a terra” (MUZZILI, 1995 apud RODRIGUES et al., 2001, p. 110). Neste tipo de
cultivo, o manejo adequado do solo, sem as agressões de uso de máquinas, é responsável pela maior
fertilidade do solo através do acúmulo de nutrientes e da cobertura permanente de resíduos vegetais.
20
cereais e a adoção da rotação de culturas5. Prática iniciada ainda no século XVIII e que
tinha como principal característica à produção durante todo o ano.
6
“Para os agricultores, os fertilizantes químicos poderiam substituir os orgânicos facilitando a adubação
dos solos. Em meados do século XIX, as teorias de Liebig representavam uma alternativa, bastante
atraente, aos sistemas de produção mistos. Gradualmente, os fertilizantes que eram obtidos dentro da
propriedade foram sendo substituídos pelos fertilizantes industriais, substituição essa viabilizada pelo
grande interesse do setor industrial em ampliar as vendas de seus produtos. O próprio Justus von Liebig
tornou-se produtor de fertilizantes químicos e muitas indústrias empenharam-se em fazer propaganda
contrária aos processos de fertilização orgânica procurando mostrar que se tratava de uma prática
antiquada.” (EHLERS, 1994, p. 16)
7
Sobre a industrialização da agricultura Oliveira (1986, p. 49) aponta o fato de que esta se fez durante a
etapa monopolista do capitalismo, ocasião em que a crise enfrentada pelos camponeses europeus, que
explorados pelo capital, assistiam a diminuição gradativa de suas propriedades e a necessidade do
trabalho acessório nas indústrias ou ainda, para que continuassem a se reproduzirem como camponeses, a
alternativa era a saída de suas terras, rumo ao novo continente – a América.
23
A partir daí, o mundo iria assistir a difusão da chamada “Revolução Verde”, que
conforme Ehlers (1994, p. 22):
Esta situação pode ser observada nos dizeres de Jack Westoby, diretor da FAO
(Unided Nations Food and Agriculture Organization) em 1980, apud Martin (1985, p.
18):
25
O fato é que, da mesma forma que a Revolução Verde foi benéfica para os
agricultores mais ricos, que se vangloriavam da grande produtividade de suas lavouras,
devido ao uso maciço de agrotóxicos e outros insumos agrícolas, o mesmo não se pode
dizer daqueles, que historicamente, são excluídos dos “benefícios” que a modernização
poderia lhes render, até porque o pacote tecnológico é intensivo em capitais o que
inviabilizaria a inclusão dos mesmos. Para estes, restou os malefícios econômicos,
sociais e ambientais indiretos, o que representou em muitos casos o aumento da pobreza
e da miséria, ou seja, a Revolução Verde, levou ao aprofundamento das desigualdades
sociais8.
Todo esse arsenal tecnológico voltado para a agricultura, não só para a produção
vegetal (certamente a maior beneficiada), como também para a produção animal, estava
baseada na reprodução das atividades desempenhadas pela natureza. Era uma forma de
diminuir o tempo que a natureza levaria para o fornecimento de produtos, ou seja, o
tempo determinado pela própria evolução do sistema natural. No entanto, o modo de
produção capitalista necessita que o período de produção da agricultura determinado
pelo ciclo natural seja reduzido, impondo no campo alterações que levem não só a
diminuição do tempo de produção, como também, do tempo de trabalho, através das
inovações tecnológicas, amplamente difundidas através dos “pacotes” e das pesquisas
agronômicas. Por exemplo, as inovações, sobretudo, as biológicas, indicam como o
homem pode intervir nas forças da natureza, quando imita a própria natureza criando ou
acelerando o seu tempo de produção, ou seja, de acordo com as necessidades do
capitalismo. Sobre esse assunto, Graziano da Silva (1999, p. 45), argumenta que as
inovações biológicas são uma maneira do homem interferir sobre a natureza, para que
sirva mais rapidamente aos anseios do capital. O autor conclui que:
9
Não se pode descartar o fato de que a produção da Ciência voltada pra a pesquisa agropecuária no Brasil
foi de fundamental importância para a difusão do modelo tecnológico a ser empreendido. Era interesse do
Estado a viabilização de pesquisas que incorporassem todo o arsenal tecnológico na agricultura. Em
meados dos anos 70 é criada a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, que tinha
como uma de suas finalidades, senão a maior, “estabelecer um sistema de pesquisa agrícola capaz de dar
suporte para a transição da agricultura brasileira de uma agricultura baseada em recursos naturais para
uma indústria baseada na tecnologia” (RUTTAN apud ROMEIRO, 1998, p. 106). É lógico que ao longo
dos anos, a EMBRAPA, vem tentando adaptar culturas e técnicas mais condizentes com os ecossistemas
específicos, abandonando, em parte, o modelo euro-americano.
30
ocupada com as lavouras. Em 1950, o Brasil contava com um trator para cada 2.281 ha
de lavouras, em 1980, um trator para cada 87 ha de lavouras. Oliveira (1999, p. 78),
indica conforme o Censo Agropecuário de 1985, a distribuição de tratores por faixas de
áreas. Segundo o autor, para aqueles estabelecimentos com menos de 10 ha, a relação
era de um trator para cada 77 estabelecimentos; nas faixas de áreas que iam de 10 a 100
ha, um trator para cada 8 estabelecimentos; nos estabelecimentos de 100 a 1000 ha, a
relação era de um trator para cada 2 estabelecimentos e por fim, estabelecimentos acima
de 1000 ha, o número de tratores corresponde a 2 unidades para cada estabelecimento.
Os números indicam que a introdução de tratores no campo contribuiu com mudanças
inclusive na pequena produção, ao menos no que diz respeito a inovações de tecnologia.
Ainda assim, a demanda por tal produto não se deu de forma generalizada.
Regionalmente, atendeu, sobretudo o estado de São Paulo e àquelas culturas voltadas
para a exportação, como o café, soja, cana-de-açúcar etc. A dispersão regional é outro
traço do processo de modernização. De acordo com Graziano da Silva (1999, p. 94),
sobre a quantidade de estabelecimentos que utilizavam adubação no país em 1980 era
de aproximadamente um terço, enquanto os demais estabelecimentos não se utilizavam
tal mecanismo para a incrementar a produção10.
10
“Os dados estatísticos referentes ao consumo de fertilizantes, segundo o Censo Agropecuário do Brasil
(IBGE), mostram uma realidade diferente, pois apenas 18,6% dos estabelecimentos agropecuários, em
1970, consumiram fertilizantes químicos e orgânicos; em 1975 esse percentual subiu para 23,3%; em
1980 elevou-se para 32,1%;mas em 1985 passou para 30%. Observando os dados referentes ao consumo
dos fertilizantes químicos, oriundos do setor industrial, verificamos que ele atingiu um número ainda
menor de estabelecimentos: apenas 24,9% em 1985. Assim, a realidade brasileira revela que, em 1985,
70% dos estabelecimentos agropecuários não utilizavam nenhum tipo de fertilizantes” (OLIVEIRA, 1999,
p. 78).
31
Aliado a todas essas alterações, não se pode esquecer o papel não menos
excludente da questão agrária, visto que, o modelo de desenvolvimento adotado pela
chamada modernização conservadora, tendeu a beneficiar as velhas estruturas de poder
no campo11. Na década de 50, foram feitos intensos debates a cerca da concentração
fundiária, vista como um entrave ao desenvolvimento do setor agrícola por apresentar
grandes distorções no campo. Como resposta a este problema, a Reforma Agrária era
vista como a solução, visto que, era precondição para a expansão da agricultura
moderna (ROMEIRO, 1998, p. 103)12.
11
De acordo com Jara (1998, p. 71) o Estado responsável pela promoção do processo de modernização da
agricultura, favoreceu a “modernização do latifúndio e a constituição de grandes e médias empresas,
como opção alternativa à reforma agrária, em detrimento dos pequenos agricultores, e também
articulando a produção agropecuária com os complexos agroindustriais de produção de insumos e de
transformação industrial”.
12
Conforme acrescenta Graziano Neto (1991, p. 16), durante o período da Nova República, as intensas
transformações que ocorriam no campo mantinham estreita relação com a agricultura, viabilizada pela
modernização. Um argumento histórico, principal alavanca do movimento reformista no campo, havia
caído: a redistribuição das terras não fora pré-condição para o desenvolvimento das forças produtivas na
agricultura, que se expandiu como nunca entre 1965 e 1985, mantendo e até mesmo agravando a
concentração de terras”. O discurso que justificava a reforma agrária mudou da lógica econômica para a
social, pois, era vista como “justiça social”, visto que era uma forma de inserir aqueles milhões de
32
diz respeito aos aspectos sociais, ambientais, e econômicas, visto que, nega a justiça
social, vêm provocando questionamentos à cerca do modelo adotado, ou seja, baseada
na tecnologia convencional. Fato este, comprovado nos últimos anos, em que o
processo produtivo moderno vem sendo colocado em discussão não só por parte dos
movimentos ambientalistas e de contestações, mas também, pela comunidade científica
e pela opinião pública.
este permanecia nos solos meses após a sua aplicação, trazendo mortandade não só para
insetos, como também para outras espécies, inclusive o homem (CARSON, 1968). A
divulgação desse livro serviu de alerta para as formas nocivas que o homem intervem no
ambiente.
Nos anos que se seguiram, mais e mais debates ocorriam à cerca da questão
ambiental e da sustentabilidade. Porém, o termo Desenvolvimento Sustentável irá se
disseminar em escala mundial a partir da década de 80, quando em 1987, é publicado o
relatório da Comissão das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (CNUMAD). Com
título de “Nosso Futuro Comum” ou ainda “Relatório Brundtland”, marco conceitual do
desenvolvimento sustentável.
Daly e Gayo apud LOPES (2001, p. 28), relacionam três aspectos englobados
pelo desenvolvimento sustentável:
39
(...) refere-se ao uso dos recursos biofísicos e econômicos de acordo com a sua
capacidade, operando dentro de espaços geográficos determinados, mediante
tecnologias adequadas que permitam obter bens e serviços capazes de satisfazer
as necessidades das comunidades. Todo estilo de desenvolvimento que não
permita melhorar ou manter a produtividade da terra, que promova exclusões e
mantenha as concentrações marginalizantes precisa ser questionado (JARA,
1988, p. 34).
41
13
Almeida, para explicar o processo empreendido pelos agricultores em prol de uma agricultura
autônoma no Sul do Brasil, a fim de promover uma agricultura alternativa ou diferente considera que as
mesmas “têm características técnicas, econômicas, sociais, culturais de seus sistemas de produção – e
mais, amplamente de seus modos de vida – que correspondem a uma certa combinação da divisão do
trabalho, ou a uma transgressão (em níveis variados) desta divisão tal como ela funciona hoje de maneira
dominante” (ALMEIDA apud ALMEIDA, 2002, p. 02).
42
A Agricultura Alternativa deve ser pensada como uma resposta àqueles que
discordam da possibilidade de se fazer uma produção mais equilibrada. De acordo com
Altieri (1989, p. 18), a Agricultura Alternativa tem como função, a promoção de
produções mais sustentáveis, visto que, prioriza a utilização e manejo de práticas que
respeitem a natureza. Segundo o autor, esse tipo de agricultura está baseado em
conceitos ecológicos, onde é possível o reciclamento de nutrientes e de matéria
orgânica, fluxos de sistemas fechados, equilíbrio de pestes e pragas, além de uma
utilização múltipla da terra. Dessa forma, o agroecossistema se manteria em equilíbrio
e os danos ambientais seriam minimizados.
14
Isso só foi possível, através de pesquisas realizadas em fazendas nos EUA, visto que, existia uma
profunda resistência da comunidade científica, isto perdurou por longa data, até mais ou menos a década
de 80. Os dados presentes no estudo feito pelo NRC são substancialmente comprováveis e podem ser
vistos no livro Alternative Agriculture elaborado por pesquisadores do Committee on the Role of
Alternative Farming Methods in Modern Production Agriculture – NRC.
43
15
Lutzenberger considera agricultura regenerativa o mesmo que biológico, orgânica e biodinâmica
(CHABOUSSOU, 1987, p. 9)
44
16
“A Antroposofia é uma ciência espiritual, como uma ciência do espírito, assim como a ciência natural
se entende como uma ciência da natureza, a ciência espiritual dirige sua visão ao mundo a partir de fatos
supra-sensíveis, ...” (KLETT apud CAMPANHOLA e VALARINI, 2001, p. 70)
17
Igreja Messiânica.
46
Alguns princípios básicos são necessários para o trato do homem sobre a terra.
Os quatro princípios básicos são: fazer a agricultura sem cultivo do solo (arar
arruína o solo), e não utilizar agrotóxicos. Dessa forma, o agricultor não deve
arar e gradear a terra, não deve utilizar insumos químicos e nem compostos
orgânicos e, muito menos agrotóxicos (...) Assim, dentre as práticas agrícolas
recomendadas estão a rotação de culturas, a adubação verde, a cobertura
morta, o controle de pragas e doenças pela manutenção das características
naturais do ambiente e melhoria das condições do solo e emprego de
inimigos naturais. Só em último caso devem se usar produtos naturais não
poluentes, compostos vegetais e microorganismos (SANTOS e
MENDONÇA, 2001, p. 07).
Claude Aubert acreditava que para que os alimentos fossem de boa qualidade,
deveriam estar livres daquilo que ele julgava de não-equilibrados metabolicamente, o
caso dos produtos sintéticos da indústria agroquímica (ALMEIDA, 1999, 94), para
Aubert, a agricultura não necessitaria estar associada à pecuária, visto que a matéria
orgânica necessária para a fertilização do solo poderia vir de fora da fazenda. No ramo
biológico, tem-se como característica a saúde da planta e dos alimentos, associada à
saúde do solo, ainda, poderia se fazer fertilização mineral, contanto que a base fosse
orgânica. “O fertilizante mineral é obtido a partir de rochas moídas. Tem como base à
teoria da trofobiose e considera de grande importância a qualidade biológica dos
alimentos” (ALMEIDA, apud MARZALL, 1999, p. 27).
18
Sobre a natureza dos métodos da agricultura biológica, ver CHABOUSSOU (1991).
19
Os materiais produzidos na propriedade são transformados em matéria orgânica – humos -, e aplicados
no solo com a finalidade de aumentar a nutrição e a saúde das plantas.
48
2.3.6 AGROECOLOGIA
20
A Instrução Normativa n° 007 de 17/05/99, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento da
legislação brasileira, estabelece o que é considerado como sistema orgânico de produção como “todo
aquele em que se adotam tecnologias que otimizem o uso de recursos naturais e socioeconômicos
respeitando a integridade cultural e tendo por objetivo a auto-sustentação no tempo e no espaço, a
maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energias não renováveis e a
eliminação do emprego de agrotóxicos e outros insumos artificiais tóxicos, organismos geneticamente
modificados (OGM/transgênicos), ou radiações ionizantes em qualquer fase do processo de produção,
armazenamento e de consumo, e entre os mesmos privilegiando a preservação da saúde ambiental e
humana, assegurando transparência em todos os estágios da produção e transformação, ...” (Brasil, 1999).
51
21
Ler o livro “O negócio é ser pequeno” de Ernest F. Schumacher.
CAPITULO III
3 MATERIAL E MÉTODOS
A) Variáveis Sociais:
- Serviços de saúde
- Educação
B) Variáveis Ambientais:
C) Variáveis Econômicos22
22
Todos os preços utilizados no cálculo destas variáveis estão em reais de dezembro de 2003.
56
RB = Pi x Qi;;
Onde:
CV = Pi x Ii;
23
Para efeito de avaliação da renda das famílias, que representa o poder aquisitivo, serão consideradas
também outras rendas provenientes de remunerações obtidos pelos membros da família fora do lote
agrícola.
57
Onde;
O custo fixo (CF) corresponde às despesas fixas, isto é; aquelas despesas que
ocorrerão, o que serão assumidas pela empresa, independentemente de se está
produzindo ou não. São representadas, freqüentemente, pela depreciação dos bens de
capital, tais como construções, instalações, máquinas e equipamentos, entre outros,
pelos juros sobre o capital empatado no negócio, e pela manutenção e conservação dos
bens de capital; como também o pagamento da mão-de-obra permanente.
CT = CF + CV
É definido através do resultado da diferença entre a receita bruta (RB) e o custo total
(CT). Portanto, tem-se que:
RL = RB – CT
A margem bruta é a diferença entre a receita bruta e o custo variável. Neste caso,
portanto, não se consideram os custos fixos. A margem bruta indica o que sobra de
dinheiro, no curto prazo, para remunerar os fatores fixos. Esta medida é bastante
recomendada quando se avalia pequenos produtores, uma vez que estes, em sua grande
maioria empregam uma tecnologia intensiva em mão-de-obra; o que significa pouco
emprego de capital na forma de bens de capital. Nestes casos, a relação entre o capital
na forma de máquinas e equipamentos e insumos variáveis é muito baixa e, portanto, o
58
custo fixo referente ao uso de equipamentos é muito pequeno, não se justificando assim
o emprego de cálculos adicionais para se determinar os custos fixos24.
MB = RB – CV.
Esta medida mostra o quanto é obtido em receita bruta para cada unidade
monetária gasta em fatores ou insumos variáveis. Mostra exatamente a relação entre os
benefícios e os custos variáveis da atividade e/ou propriedade. É obtida através da
relação;
Rb/cv = RB/CV.
A partir desta relação podemos observar que quanto maior o seu valor maior será
o retorno da atividade e/ou propriedade, em termos de renda bruta, para cada unidade de
custo variável gasto, o que significa maior rentabilidade.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
0 - 19 (jovens) 25 15
20 - 59 ( adultos) 16 15
60 - (idosos) 3 2
Total 44 32
FONTE: Dados da pesquisa.
Saúde
Quanto à incidência geral das doenças, contata-se que houve famílias onde se
apresentou mais de uma enfermidade com ocorrências variadas, ou seja, apresentavam
gripe e pressão alta, gripe e problemas respiratórios e assim por diante.
25
A hipertensão, enfermidade presente em duas famílias, pode estar associadas à idade, como também aos
hábitos alimentares, visto que a ingestão de alimentos gordurosos pode elevar a pressão arterial. Os
entrevistados que sofrem do problema recebem acompanhamento médico periodicamente, e usam
medicamentos constantemente.
26
Um exemplo é o caso de uma assentada que mensalmente dirige-se ao Hospital do Coração em
Fortaleza, para receber acompanhamento médico e remédios.
63
Educação
GRAU DE QUANTIDADE
ESCOLA RIDADE DE PESSOAS %
Analfabeto 15 19,7
Crianças fora da faixa
escolar 5 6,5
Ed. Infantil 2 2,6
Ensino Fundamental 50 65
Ensino Médio 4* 5,2
Total 76 100,0
*1 entrevistado já concluiu o ensino médio.
FONTE: Dados da pesquisa.
64
Sobre os efeitos que a matéria orgânica produz no solo, como não foi feita
nenhuma análise química do mesmo, os assentados julgam que desde que se empregue
corretamente o adubo orgânico e se faça os tratamentos culturais para evitar a presença
de ervas daninhas, o solo é capaz de continuar produzindo sem maiores problemas, visto
que nenhuma atividade considerada abusiva ou que apresente maiores agravantes são
realizadas no mesmo. Uma prática considerada como um dos agravantes da degradação
do solo é a utilização de tratores; porém, o uso não se faz com muita freqüência,
ocorrendo apenas uma a duas vezes ao ano e são poucos os agricultores que os utilizam
devido ao seu alto custo horário.
Todos os produtores afirmam que não existem problemas quanto à água usada
para a irrigação e para o consumo, pois, segundo os próprios produtores, a água não se
apresenta salobra e não se observa no assentamento nenhum sinal de contaminação da
mesma por produtos poluentes. Ainda com relação a irrigação, nenhum dos assentados
que faz uso dessa prática possui a licença para tal fim, ou seja, não possuem a outorga
d’água. Sobre as recomendações quanto ao uso da irrigação 6 assentados dizem que a
mesma tem sido planejada e executada de acordo com as necessidades das culturas e
características do solo; para 12 assentados tal especificidade não se aplica, por não
serem irrigantes.
açude, lixo esse, proveniente das casas que ficam próximas às margens do açude
pequeno (dentro da vila - sede).
visto que, mesmo nas casas que possuem maior número de eletrodomésticos, tais como
geladeiras, televisão, aparelhos de som etc., a conta mensal não chega a R$ 10,00.
Da área explorada (34,94 ha), 62,9% foram utilizadas com as culturas de milho,
feijão e fava, num total de 22 hectares. Em média, cada produtor estaria cultivando
aproximadamente 2 ha. No entanto, observa-se que dos 17 assentados, 7 exploraram
uma área menor ou igual a 1 ha, o que representa 41% do total de produtores deste
assentamento. Por outro lado, 6 produtores exploraram 2 ou mais hectares de área,
sendo que apenas um assentado, o produtor aqui designado como o produtor número 1
(ver Tabela 5), explorou, durante o ano de 2003, 8 hectares de área com culturas. Assim
69
podemos admitir que a área agrícola deste assentamento foi subutilizada durante o
referido ano.
27
As máquinas e equipamentos não pertencem aos assentados, eles são alugados para o preparo do solo.
70
TABELA 5 – Distribuição das áreas (ha) exploradas com culturas, por produtor
Batata
Produtor Milho Feijão Cebol./Coent. Pimentão Gerimum Mamão Maxixe Macaxeira doce Castanha Mandioca Banana Tomate Fava Total
1 1,50 1,50 0,50 0,17 0,17 0,50 0,17 3,00 0,50 8,01
2 0,50 0,25 0,75
3 1,50 1,50
4 0,25 0,25 0,50
5 0,33 0,33 0,08 0,08 0,17 0,17 0,33 1,49
6 0,50 0,50 0,13 0,50 1,63
7 0,25 0,25 2,00 0,06 2,56
8 0,75 0,75 0,50 2,00
9 0,50 0,50 1,00
10 0,50 0,50
11 0,25 1,00 4,00 0,25 5,50
12 0,25 0,25 0,50
13 0,50 0,50 0,50 1,50
14 0,50 1,00 2,00 3,50
15 0,50 0,50 1,00
16 0,50 0,50 1,00
17 1,00 1,00 2,00
Total 9,33 8,83 1,21 0,67 0,25 0,50 0,17 0,17 0,17 6,00 3,00 0,50 0,31 3,83 34,94
FONTE: Dados da pesquisa
71
A Tabela 8 apresenta as receitas segundo a sua origem, isto é: culturas, pecuária e “outras
rendas”. Podemos observar que a principal fonte de renda agrícola no assentamento é a
agricultura, a qual gerou R$ 59.744,00 de renda durante o ano de 2003, representando
aproximadamente 90% do total da renda agrícola. A pecuária contribuiu com apenas 10%, ou
seja, R$ 6.831,00. Portanto, conforme já foi constatado anteriormente, os produtores do
assentamento são essencialmente agricultores e não pecuaristas.
dos programas sociais do governo federal, como também rendas oriundas de doações por
familiares. Assim, podemos adiantar da importância dos programas sociais (assistencialistas) do
governo federal na formação da renda das famílias do setor rural.
74
TABELA 7 – Gastos com insumos, mão-de-obra, máquinas e equipamentos (R$1), por produtor
Insumos Mão-de-obra
Produtor Sub-total Sub-total Máquinas e Total
Adubos naturais Sementes Familiar Contratada Equipamentos
1 1.440,00 3.009,60 4.449,60 4.800,00 5.040,00 9.840,00 1.000,00 15.289,60
2 190,00 190,00 3.300,00 3.300,00 3.490,00
3 30,00 30,00 2.400,00 2.400,00 90,00 2.520,00
4 1,50 1,50 2.400,00 2.400,00 2.401,50
5 382,00 382,00 900,00 900,00 1.282,00
6 18,50 18,50 3.180,00 3.180,00 3.198,50
7 1.440,00 1.446,50 2.886,50 2.400,00 2.400,00 30,00 5.316,50
8 24,00 24,00 3.600,00 3.600,00 3.624,00
9 55,00 55,00 3.600,00 3.600,00 70,00 3.725,00
10 2,00 2,00 4.800,00 4.800,00 4.802,00
11 67,50 67,50 1.200,00 1.200,00 105,00 1.372,50
12 400,00 666,00 1.066,00 1.200,00 1.200,00 2.266,00
13 18,00 18,00 900,00 900,00 918,00
14 48,50 48,50 4.800,00 4.800,00 4.848,50
15 2,50 2,50 4.500,00 4.500,00 50,00 4.552,50
16 4,20 4,20 2.080,00 2.080,00 2.084,20
17 33,00 33,00 3.040,00 3.040,00 3.073,00
Total R$ 3.280,00 R$ 5.998,80 R$ 9.278,80 R$ 49.100,00 R$ 5.040,00 R$ 54.140,00 R$ 1.345,00 R$ 64.763,80
1
Todos os valores estão a preços constantes de Dezembro de 2003.
FONTE: Dados da pesquisa
75
Outras28 Total
Produtor Agricultura Pecuária Rendas Agrícola* Total Familiar**
28
Refere-se às rendas provenientes dos programas sociais do governo federal, tais como: bolsa renda,
bolsa família, bolsas escola, vale gás, aposentadorias entre outros; mais as rendas obtidas fora do lote
agrícola através de trabalho assalariado, inclusive doações de parentes.
76
TABELA 9 - Discriminação das receitas das atividades agrícolas, dos custos e suas
relações, por produtor
Margem Relação
Produtor Receitas Custos Bruta R/CV MB Mensal MB (S.M.*)
TABELA 10 - Discriminação das receitas totais das famílias, dos custos e suas relações, por
produtor
Margem Relação
Produtor Receitas Custos Bruta R/CV MB Mensal MB (S.M*)
5. CONCLUSÕES
No Ceará a agricultura alternativa ainda não faz parte das práticas mais
utilizadas pelos agricultores, está presente em apenas alguns espaços dispersos pelo
Estado. Porém, algumas experiências, que já se encontram em curso, servem de modelo
para aqueles que se interessam por outra forma de se trabalhar a/na terra. Essas
experiências indicam que é possível praticar uma agricultura menos prejudicial, como
também despertar na população uma consciência ambiental capaz de mudar as antigas
práticas insustentáveis e criar um novo paradigma, ou seja, o respeito ao meio ambiente
e à vida.
observar avanços nas questões econômicas, já no que diz respeito aos aspectos
ambientais, percebe-se uma forma mais equilibrada de lidar com o solo e com os
recursos disponíveis. É certo que, uma prática ou outra estão em desacordo com a
conduta ambiental, porém, a consciência ecológica e a preocupação com a geração
futura estão presentes no discurso dos assentados. Argumentam que não pensam em
mudar de prática, pois a saúde da família e do meio ambiente vem em primeiro lugar.
A renda de parte das famílias tem se baseado em fontes fora da agricultura, seja
pelas aposentadorias e pensões, seja pela ajuda de parentes ou de programas
governamentais, tais como, bolsa escola e alimentação, fome zero e vale gás. A
dependência em relação às essas fontes tem se constituído um entrave para o
desenvolvimento econômico e uma melhoria da renda das famílias. Os argumentos para
tal situação são a falta de investimentos e apoio dados pelo governo. Aliado a isso
soma-se a ineficiência de um acompanhamento técnico para o auxiliar na organização
da produção.
82
BIBLIOGRAFIA
CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. São Paulo: Ed. Melhoramentos, 1968. 257 p.
___________. O que se entende por agricultura sustentável? São Paulo, 1994. 161f.
Dissertação (Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental). Universidade de São
Paulo.
MARTIN, Paulo San. Agricultura suicida (um retrato do modelo brasileiro). São
Paulo, Ed. Ícone, 1985. 124p.
_________ Modo capitalista de produção e agricultura. São Paulo: Ed. Ática, 1986.
88p. (Série Princípios).
88
OLIVEIRA, José Cordeiro de. Agroecologia – resgate da força dos grupos comunitários
e a experiência da igreja. In: RIGOTTOR, Raquel M. (Org.). As Tramas da (in)
Sustentabilidade: Trabalho, Meio Ambiente e Saúde no Ceará. Fortaleza: INESP,
2001. p. 338-356.
ANEXO 1
91
92
ANEXO 2
93
1ª PARTE
QUESTIONÁRIO SÓCIO-ECONÕMICO
1 - IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTOR:
TOTAL
TOTAL
94
Hectares Observações
Área Total
Área agrícola útil
Área para moradia
Área com mata
Área não utilizável
Parte do ano
Todo o ano
Área com agricultura
orgânica
3 - PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA:
Item Valor
Combustíveis, óleos e lubrificação
Pneus
Peças e consertos
Aluguel de máquinas
Outros (especificar)
Total
Total
total
96
9 – MÃO-DE-OBRA:
Total
9.2 - ASSALARIADA:
Total
Temporária
Total
10 – OBTEVE FINANCIAMENTO?
( ) Sim ( ) Não
10.4. Tem algum tipo dívida? Com que setor (financeiro, comercial, outro)
______________________________________________________________________
( ) Outros ________________________________________________
12 – PARTICIPAÇÃO SOCIAL:
14- RENDA:
15 – SAÚDE:
2ª PARTE:
QUESTINÁRIO AMBIENTAL
QUESTIONÁRIO TEMÁTICO 1:
QUESTIONÁRIO TEMÁTICO 2:
QUESTIONÁRIO TEMÁTICO 3:
QUESTIONÁRIO TEMÁTICO 4:
QUESTIONÁRIO TEMÁTICO 5:
QUESTIONÁRIO TEMÁTICO 6:
QUESTIONÁRIO TEMÁTICO 7: