ELE-Paulo Vitor G. Sá Lisboa

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Departamento de Engenharia Elétrica

Simulador de Custos de Contratação de Energia para Grandes


Consumidores

Aluno: Paulo Vitor G. Sá Lisboa


Orientador: Delberis Araújo Lima
Projeto: 1011

Introdução
A partir de 2004, com o decreto nº 5.163 de 30 de julho de 2004, consumidores de
energia elétrica com potência instalada acima de 3MW, têm a possibilidade de se tornar
consumidores livres. Para que se tenha uma ideia, a PUC-Rio tem uma potência instalada
maior que 3MW e, portanto, é um consumidor potencialmente livre. Diferente dos
consumidores cativos, que estão conectados a uma distribuidora e pagam pelo custo da
energia e da demanda diretamente a essa distribuidora (via tarifa de energia e demanda), os
consumidores livres podem negociar o preço e quantidade de energia elétrica a ser suprida
com uma comercializadora. Assim, o faturamento da distribuidora ficaria limitado, por esse
consumidor, ao pagamento da demanda, ou, de forma equivalente, ao pagamento pelo uso do
sistema de distribuição.
Estima-se que hoje, os contratos firmados no ambiente livre (entre consumidores livres
e geradores) representam 27% dos contratos de energia. Esse número pode chegar a 42%,
dado o número de consumidores que ainda estão contratados na modalidade cativo. Esses
números são significativos, dado o curto espaço de tempo da entrada em vigor do decreto n°
5163. Em parte, esse aumento se deve aos incentivos do governo a consumidores para
contratação de energia a partir de fontes renováveis (eólica, pequenas centrais hidroelétricas,
biomassa, etc.). Para tornar as fontes renováveis atraentes no ambiente livre, ficou
estabelecido um desconto de 50% a 100%, dependendo do tipo de fonte, na tarifa de uso de
distribuição para os grandes consumidores que tem contratos de energia associados a fontes
renováveis. Grande parte da migração dos consumidores para o ambiente livre pode ser
explicada por este incentivo.
Recentemente, a PUC-Rio solicitou ao professor Delberis A. Lima, do Departamento de
Engenharia Elétrica, um estudo para definir se a instituição deveria se tornar livre ou
permanecer cativa. Pelo fato da PUC-Rio ter um gerador próprio e, devido a um novo contrato
fornecido pela distribuidora com incentivo para que a PUC-Rio desligasse seu gerador no
horário de ponta (a PUC-Rio possui um gerador a diesel que é ligado no horário de ponta,
onde a energia para os consumidores cativos é mais cara), as simulações realizadas indicaram
que a PUC-Rio deveria se manter cativa. Entretanto, o resultado só foi interessante porque a
instituição possuía um gerador próprio. As análises foram feitas considerando dados
históricos de consumo de energia e ignorando as incertezas futuras de consumo de energia.

Objetivos
O objetivo desse projeto foi de criar um simulador completo de contratos de energia
para grandes consumidores, com potência instalada maior ou igual a 3 MW , considerando a
possibilidade desse usuário de ter um gerador próprio ou não. Esse simulador tem uma
interface gráfica para facilitar a compreensão dos usuários e, eventualmente, pode ser usado
em disciplinas de Introdução à Engenharia para motivação de problemas de engenharia
elétrica.
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Metodologia
Para o projeto foi utilizado a linguagem de programação VBA em conjunto com o
Microsoft Excel. Para facilitar adaptações futuras o projeto foi desenvolvido utilizando
técnicas de modulação do código fonte afim de garantir uma programação estruturada e
eficiente.
Além disso, utilizou-se o conhecimento nas áreas de comercialização de energia no
mercado livre e no mercado cativo, todos esses tomando como base as regras de
comercialização do mercado de energia elétrica brasileiro.

Impostos sobre a Compra de Energia


No Brasil, os impostos estão embutidos nos preços dos bens e serviços, entre eles o
fornecimento de energia elétrica, contribuindo com os recursos para que o Governo
desenvolva suas atividades. Nas cobranças de compra de energia estão presentes tributos
federais e estaduais, recolhidos e repassados as autoridades competentes pela sua cobrança.
Os tributos aplicados são: Programas de Integração Social (PIS), Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e Imposto sobre a Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS), sendo os dois primeiro federais e o terceiro estadual.
Para os consumidores cativos (com e sem geradores, e com energia plus), a ANEEL
publica tarifas sem a incidência de tributos, e com base nesses valores as distribuidoras
incluem os tributos segundo a formulação abaixo:

tarifa publicada pela ANEEL


tarifa final 
1  PIS  COFINS  ICMS 

Para os consumidores livres, a incidência dos impostos ocorre diretamente na fatura


calculada, ou seja, é adicionado ao valor a ser pago o percentual referente aos impostos
citados.

valor final  fatura  PIS  COFINS  ICMS 

Reprodução de Custos
Serão expostas formulações para custos mensais e anuais além de outros cálculos e
formulações relevantes para a reprodução dos custos para os diferentes tipos de modalidades
aplicadas no mercado de energia brasileiro.

Consumidor Cativo sem Geradores


Primeiramente será apresentado o custo mensal:

cat
Cmes  D  Td  E p  Tep  E fp  Te fp  Pen d

Sendo:
D - Demanda (kW) contratada;
Td – Tarifa de demanda (R$/kW) contratada;
E p – Energia (kWh) consumida na ponta;
Te p
– Tarifa de consumo (R$/kWh) na ponta;
E fp – Energia (kWh) consumida fora da ponta;
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Te fp – Tarifa de consumo (R$/kWh) fora da ponta;


Pen d – Penalidade por ultrapassagem de demanda.

A penalidade referente à ultrapassagem de demanda é dada por:

Pen d  Dmax  1,1 D  Tu se Dmax  1,05  D

Sendo:
Dmax – Demanda (kW) máxima lida.
Tu – Tarifa de ultrapassagem de demanda (R$/kW)

Aqui relembra-se que há tolerância de 5% para a caracterização de ultrapassagem de


demanda contratada.
Determinada formulação mensal, a formulação anual consiste na extensão do
raciocínio para os doze meses do ano. Entretanto, deve ser considerada a questão da
sazonalidade, ou seja, separação dos meses em secos e úmidos. Assim, a formulação
matemática para o custo anual é:

D  T  D  T  n ps ps
  
7 5
C cat
ano   s ds  Pen d s( mes
s)
 u  Tdu  Pen du ( mes
u)
e
ps
   E( t )
mes s 1 mesu 1  t 1 
n fps fps  n pu pu  n fpu fpu 
 Te fps
   
   E( t )   Te   E( t )   Te    E( t ) 
pu fpu
 
 t 1   t 1   t 1 
Sendo:
Ds - Demanda (kW) contratada para os meses do período seco;
Td s
- Tarifa de demanda (R$/kW) contratada para os meses do período seco;
ps
E (t )
- Energia (kWh) consumida no tempo t (horas), no período seco e na ponta;
ps
Te
- Tarifa (R$/kWh) de energia na ponta no período seco;
fps
E (t )
- Energia (kWh) consumida no tempo t (horas), no período seco e fora da ponta
em dias úteis;
Te fps - Tarifa (R$/kWh) de energia fora da ponta no período seco;
E(ptu)
- Energia (kWh) consumida no tempo t (horas), no período úmido e na ponta;
pu
Te - Tarifa (R$/kWh) de energia na ponta no período úmido;
fpu
E (t )
- Energia (kWh) consumida no tempo t (horas), no período úmido e fora da
ponta em dias úteis;
Te fpu
- Tarifa (R$/kWh) de energia fora da ponta no período úmido;
n ps
- Número de intervalos (horas) considerados no período seco e na ponta;
n fps
- Número de intervalos (horas) considerados no período seco e fora da ponta em
dias úteis;
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n pu
- Número de intervalos (horas) considerados no período úmido e na ponta;
n fpu
- Número de intervalos (horas) considerados no período úmido e fora da ponta em
dias úteis;
Pend s( mes ) mes s do período
s - Penalidade devido à ultrapassagem de demanda para mês

seco;
Pendu( mes )
u - Penalidade devido à ultrapassagem de demanda para o mês mesu do
período úmido.

As penalidades por ultrapassagem de demanda são dadas por:

 
Pen d s ( mes )  Tus  Dmax ( mes )  1,1 Ds se Dmax ( mes )  1,05  Ds
 D  1,1 D  se D
s s s

Pen du ( mes )  T
u
u
max ( mesu ) u max ( mesu )  1,05  Du
u

Sendo:
Tus - Tarifa de ultrapassagem de demanda para meses secos;
Dmax ( mes mes s
s) - Demanda (kW) máxima lida no mês ;
u
T - Tarifa de ultrapassagem de demanda para meses úmidos;
u

Dmax ( mes ) mesu .


u - Demanda (kW) máxima lida no mês

Geradores
Para considerar os geradores é necessário criar uma função que reproduza o custo de
produção de energia do gerador.
Para isto, foi utilizado um conjunto de dados referentes ao funcionamento do grupo de
geradores instalados no consumidor. Os dados incluem período de funcionamento, volume de
combustível gasto, energia produzida por cada gerador, e energia produzida diária total. A
partir disto, o objetivo é reproduzir o custo de geração inerente aos geradores.
O ponto de partida para esta modelagem foi considerar alguns pontos listados abaixo:
 É fixado que sempre são ligados todos os geradores existentes, ou seja, toda a
potência instalada é utilizada.
 Após a aquisição dos geradores, o único custo de geração é proveniente da compra
de combustível.

Assim, serão utilizadas médias diárias de custo de combustível e energia gerada para
cada mês com de forma a determinar a relação cg, que representa o coeficiente de custo, ou
tarifa de energia do gerador.
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Consumidor Cativo com Geradores


Para o consumidor cativo que faz uso do recurso de geração no horário de ponta, a
reprodução dos custos utiliza as duas formulações expostas anteriormente. Isto porque basta
adicionar o custo pertencente ao uso do gerador ao custo característico de um consumidor
cativo comum.
É importante ressaltar que para o consumidor cativo com geradores as medições de
energia no horário de ponta, feitas pela distribuidora, serão somente da parcela de energia que
não é suprida pelo gerador. Com isso, o custo mensal é dado por:

catG
Cmes  Cmes
cat
 Cmes
ger

Para o período de um ano:

catG
Cano  Cano
cat
 Cano
ger

Consumidor Cativo com Energia Plus


Para o consumidor cativo com energia plus a reprodução dos custos ainda é baseada
no caso de um consumidor cativo sem geradores, porém considerando a energia de referência
e a tarifa especial para o horário de ponta. Assim, o custo mensal de contratação de energia é
dado por:

plus
Cmes  D  Td  Eref
plus
 Tep  E p  Eref
plus
 Teplus  E fp  Te fp  Pen d se E p  Erefplus
Ou:

plus
Cmes  Cmes
cat
se E p  Eref
plus

Sendo:

plus
E ref - Energia de referência (kWh), a partir da qual a tarifa plus é aplicada;
- Energia mensal (kWh) consumida na ponta;

Como a avaliação a cerca da aplicação da tarifa plus é feita com base nos valores
totais mensais de energia consumida no horário de ponta, o custo anual terá de incluir quatro
E p  Eref
plus
E p  Eref
plus
casos: meses secos nos quais , meses secos nos quais , meses úmidos
E  Eref
p plus
E  Eref
p plus
nos quais , meses úmidos nos quais . Desta forma, a formulação do
custo anual é dada por:

D  T  D 
7 5
plus
C ano  
mes s 1
s ds  Pen d s( mes
s)

mesu 1
u  Tdu  Pen du ( mes
u)

n fps fps  n fpu fpu 


 Te fps
  fpu

   E( t )   Te    E( t )   P s  Pplus
s

 P u  Pplus
u

 t 1   t 1 
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Sendo:
P s - Parcela de cobrança de energia no horário de ponta para os meses no período
E ps  Eref
plus
seco que possuem ;
s
Pplus
- Parcela de cobrança de energia no horário de ponta para os meses no período
E ps  Eref
plus
seco que possuem ;
u
P - Parcela de cobrança de energia no horário de ponta para os meses no período
E pu  Eref
plus
úmido que possuem ;
u
Pplus
- Parcela de cobrança de energia no horário de ponta para os meses no período
E pu  Eref
plus
úmido que possuem .

Desta forma é possível incorporar cada um dos casos possíveis no cálculo do custo
anual de energia. As parcelas de cobrança de energia no horário de ponta são definidas por:
ns
Ps  T
mes s 1
e
ps
 E(pmes
s
s)

 
ns plus
s
Pplus  T
mes s 1
e
ps
 E ref
plus
 E(pmes
s
s)
 E ref
plus
 Teplus
nu
Pu  T
mesu 1
e
pu
 E(pmes
u
u)

 
nu plus
u
Pplus  T
mes 1
e
pu
 E ref
plus
 E(pmes
u
u)
 E ref
plus
 Teplus

Sendo:
ns - Número de meses no período seco nos quais E  Eref ;
ps plus

ns plus E ps  Eref
plus
- Número de meses no período seco nos quais ;
nu - Número de meses no período úmido nos quais E  Eref ;
pu plus

nu plus E pu  Erefplus
- Número de meses no período úmido nos quais ;
ps
E( mess ) mess
- Total de energia (kWh) consumida no mês do período seco;
E(pmes
u
u)
mesu
- Total de energia (kWh) consumida no mês do período úmido.

Vale ressaltar que as parcelas definidas podem ter valor zero caso não haja nenhum
mês do período que se encaixe nas condições aplicadas a cada uma delas.
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Consumidor Livre
No caso do consumidor livre, é necessária uma nova formulação de custos, uma vez
que se está fora do ambiente regulado de contratação de energia. A função mensal de custos
de um consumidor é dada por:

livre
Cmes  p  Qm   m  Em  Qm   TUSDe  Em  TUSDd  Dm

Sendo:
p - Preço do contrato de energia (R$/kWh);
Qm - Energia contratada (kWh) e sazonalizada no mês m;
E m - Energia consumida (kWh) no mês m;
π - Preço spot (R$/kWh) da energia para o mês m.
TUSDe – Tarifa de uso do sistema de distribuição (R$/kWh) referente a energia no
mês m;
TUSDd - Tarifa de uso do sistema de distribuição (R$/kW) referente à demanda no
mês m.
Dm - Demanda (kW) para definição de uso de distribuição.

Destaca-se que, como visto anteriormente, a cobrança de penalidades referentes a


exposição ao mercado de curto prazo ocorrem somente ao final de uma ano de contrato, e
assim, não entram no calculo do custo mensal.
Para o período de um ano:

 12 
livre
C ano    p  Qm   m  Em  Qm   TUSDe  Em  TUSDd  Dm   Pen spot
 m1 

Sendo:
Pen spot
- Penalidade (R$) aplicada por exposição ao mercado spot.

Com:

 12   12 
Pen spot    Qm  E m   Mix se   Qm  E m   0
 m1   m1 

Sendo:
Mix - Máximo valor entre a média dos valores de referências mensais e a média dos
PLDs mensais.
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Conclusões
O resultado deste trabalho foi a criação de um simulador de contratos de energia elétrica
para grandes consumidores. A partir do simulador o consumidor poderá avaliar os custos de
contratação de energia elétrica a partir dos diferentes contratos. Foram incluídas no simulador
as modalidades cativo convencional, cativo com geradores, cativo com energia plus e livre
conforme figura1- captura de tela do simulador.

Figura 1 - Tela inicial

Figura 2 - Módulo do gerador


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Figura 3 - Módulo de importação do arquivo de dados

Figura 4 - Módulo do consumidor cativo (sem gerador, com gerador e com energia plus)
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Figura 5 - Tela de resultados da modalidade cativo (sem gerador, com gerador e com energia plus)

Figura 6 – Módulo do consumidor livre


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Figura 7 - Tela de resultados da modalidade livre

Além da aplicação prática, este tipo de ferramenta é um instrumento valioso para


estímulo de alunos de graduação em engenharia elétrica, porque possibilita apresentar todas as
questões envolvidas na área de contratação de energia por grandes consumidores e,
simultaneamente, motivar novos temas de pesquisa acadêmica inseridos na área de engenharia
elétrica. Uma perspectiva para o projeto é disponibilizar o simulador via web para uso livre
dos alunos da PUC-Rio através do Maxwell, em um repositório institucional da PUC-Rio.

A evolução do projeto consiste em analisar os riscos associados à contratação de energia


elétrica em cada uma das modalidades de contratação. A utilização do simulador pressupõe o
conhecimento da demanda máxima mensal e energia elétrica, além do preço no mercado de
curto prazo, que são informações desconhecidas para uma avaliação de novos contratos.
Assim, para incorporar os riscos associados a contratação de energia elétrica em cada
modalidade, deve-se avaliar o problema considerando as incertezas envolvidas. Este tipo de
análise envolve, além da previsão da demanda e energia elétrica consumida, a definição de
um contrato que possa capturar as incertezas associadas ao preço de curto prazo.

Referências

DECRETO N°5911. (27 de Setembro de 2006). Acesso em 31 de Julho de 2013, disponível em


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Decreto/D5911.htm
CCEE. (Setembro de 2008). Comercialização de Energia Incentivada. Acesso em 31 de Julho de 2013,
disponível em
http://www.ccee.org.br/StaticFile/Arquivo/biblioteca_virtual/Treinamento/Treinamento_Comercializac
ao_Energia_Incentivada.pdf
CCEE. (2009). Operação dos Consumidores Livres.
DECRETO Nº 5.163 DE 30 DE JULHO DE 2004. (s.d.). Acesso em 27 de 06 de 2013, disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5163.htm
Informação de Utilidade Pública ANEEL. (Outubro de 2008). POR DENTRO DA CONTA DE LUZ. Acesso em
31 de Julho de 2013, disponível em http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/Cartilha_1p_atual.pdf
Tarifas de Fornecimento de Energia Elétrica. Brasília-DF, 2005. (s.d.). Acesso em 31 de 07 de 2013, disponível
em http://www.aneel.gov.br/arquivos/pdf/caderno4capa.pdf

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