Eca Artigos Do Concurso
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20 destaques
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Art. 3º A criança e o
adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção
integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e
adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou
crença, deficiência, condição pessoal
de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra
condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (Parágrafo único acrescido pela
Lei nº 13.257, de 8/3/2016) Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder
Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de
receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou
de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação
privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. Art. 5º
Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais. Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do
adolescente como pessoas em desenvolvimento. TÍTULO II DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Destaque (Amarelo) | Posição 210
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em
processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e
nas leis. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I - ir, vir e estar nos logradouros
públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II - opinião e expressão; III - crença e culto
religioso; IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; V - participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação; VI - participar da vida política, na forma da lei; VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças,
dos espaços e objetos pessoais. Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente,
pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Art. 18-
A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos
pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva
aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em: a) sofrimento físico; ou b)
lesão; II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao
adolescente que: a) humilhe; ou b) ameace gravemente; ou c) ridicularize. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.010,
de 26/6/2014) Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes,
tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento
cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos,
sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade
do caso: I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; II - encaminhamento a
tratamento psicológico ou psiquiátrico; III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; IV -
obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; V - advertência. Parágrafo único. As medidas
previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais. (Artigo
acrescido pela Lei nº 13.010, de 26/6/2014)
Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e agremiações recreativas e de estabelecimentos congêneres
assegurar medidas de conscientização, prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas ilícitas.
(Artigo acrescido pela Lei nº 13.840, de 5/6/2019) Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao
adolescente: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na
idade própria; II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III - atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV -
atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; (Inciso com redação dada pela Lei
nº 13.306, de 4/7/2016)
- acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada
um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador; VII - atendimento
no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde. § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º
O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público ou sua oferta irregular importa responsabilidade
da autoridade competente. § 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-
lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os
recursos escolares; III - elevados níveis de repetência. Art. 57. O Poder Público estimulará pesquisas,
experiências e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com
vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório. Art. 58. No processo
educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do
adolescente,
Destaque (Amarelo) | Posição 766
garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura. Art. 59. Os Municípios, com apoio
dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações
culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
DO CONSELHO TUTELAR CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão
permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos
da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa
do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública
local, composto
de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução
por novos processos de escolha. (Artigo com redação dada pela Lei nº 13.824, de 9/5/2019) Art. 133. Para a
candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos: I - reconhecida idoneidade
moral; II - idade superior a vinte e um anos; III - residir no município. Art. 134. Lei municipal ou distrital
disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos
respectivos membros, aos quais é assegurado o direito a: (“Caput” do artigo com redação dada pela Lei nº
12.696, de 25/7/2012) I - cobertura previdenciária; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.696, de 25/7/2012)
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) do valor da remuneração mensal; (Inciso
acrescido pela Lei nº 12.696, de 25/7/2012) III - licença-maternidade; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.696, de
25/7/2012) IV - licença-paternidade; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.696, de 25/7/2012) V - gratificação
natalina. (Inciso acrescido pela Lei nº 12.696, de 25/7/2012) Parágrafo único. Constará da lei orçamentária
municipal e da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à
remuneração e formação continuada dos conselheiros tutelares. (Parágrafo único com redação dada pela Lei nº
12.696, de 25/7/2012) Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público
relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral.
(Artigo com redação dada pela Lei nº 12.696, de 25/7/2012) CAPÍTULO II DAS ATRIBUIÇÕES DO
CONSELHO Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses
previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII; II - atender e aconselhar os pais
ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; III - promover a execução de suas decisões,
podendo para tanto: a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança; b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de
suas deliberações;
Destaque (Amarelo) | Posição 1351
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os
direitos da criança ou adolescente; V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; VI -
providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o
adolescente autor de ato infracional; VII - expedir notificações; VIII - requisitar certidões de nascimento e de
óbito de criança ou adolescente quando necessário; IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; X -
representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3°, inciso II
da Constituição Federal;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após
esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural. (Inciso com
redação dada pela Lei nº 12.010, de 3/8/2009, publicada no DOU de 4/8/2009, em vigor 90 dias após a
publicação) XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e
treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. (Inciso acrescido
pela Lei nº 13.046, de 1/12/2014) Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar
entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público,
prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orientação, o
apoio e a promoção social da família. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 12.010, de
3/8/2009, publicada no DOU de 4/8/2009, em vigor 90 dias após a publicação) Art. 137. As decisões do
Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo
interesse. CAPÍTULO III DA COMPETÊNCIA Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de competência
constante do art. 147.