Daniel e Ezequiel - Álvaro C. Pestana
Daniel e Ezequiel - Álvaro C. Pestana
Daniel e Ezequiel - Álvaro C. Pestana
EBNESR
EBNESR
Recife, PE
2013
(C) 2013 Álvaro César Pestana
Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
Dedicatória:
39 p: 30 cm.
APRESENTAÇÃO
DANIEL
O livro foi escrito por Daniel, na Babilônia (Dn 12.4, 13). A
última data da obra é o ano 537 a.C. (Dn 10.1). Assim, a obra foi
terminada pouco depois desta data. Daniel foi levado cativo para
Babilônia em 605 a.C. e ficou lá, aparentemente, até o fim de seus
dias.1
Contestações da autoria e data têm como base o anti-
sobrenaturalismo, ou seja, a fé no fato que Deus não poderia
prever o futuro, conforme descrito no livro.
Esta obra tem conhecimento de detalhes da vida nos Impérios
Babilônico e Medo-Persa, provando assim ser obra daquele
período. O fato de Nabônido, último rei do Império Babilônico
ser co-regente com seu filho Belsazar era um dado ignorado pelos
historiadores antigos e modernos. Somente muito recentemente
descobriu-se esta co-regência e que Daniel preservava detalhes
históricos que nenhum outro historiador da antiguidade preservou.
Daniel torna-se um tratado de história antiga do Oriente Médio,
por meio das profecias que faz sobre os sucessivos impérios que
dominariam a Palestina: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma.
O livro profetiza sobre Jesus com precisão e grandiosidade de
expressão. O título “Filho do Homem”, amplamente usado por
Jesus, tem neste livro, sua melhor e mais lógica origem.
A obra foi escrita em, basicamente, dois gêneros literários.
Narrativas (1-6) e visões proféticas (7-12). As narrativas são
históricas e ao mesmo tempo didáticas. As visões e profecias
usam a linguagem apocalíptica. Prosa e poesia se alternam dentro
do livro.
Daniel é um livro selado, que implica que ele só seria entendido
por completo em período posterior (Dn 12.4).
Este livro é um dos mais utilizados e aludidos pelo Apocalipse de
João. As chamadas “versões católicas” da Bíblia têm dois
1
Um dos melhores comentários de Daniel é a obra de BALDWIN, Joyce G. Daniel: Introdução e
Comentário. São Paulo: Ed. Vida Nova, 1983.
2
A versão de Daniel da Septuaginta era muito mal feita, com muitas lacunas. Os cristãos utilizavam
preferencialmente a versão de Teodocião do livro de Daniel em suas Bíblias gregas.
5
FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades 11.8.4, 5.
O fato é que uma cópia de Daniel foi datada de 100-50 a.C. Isto,
praticamente, impossibilita a origem do livro no Segundo Século.
Apesar disto, muitos ainda teimam em uma origem recente para
Daniel. A evidência, contudo, afirma o contrário, já que é
necessário um bom tempo para que uma obra como esta
encontrasse aceitação e fosse adotada pelos essênios de Qumran.
Assim, por todos estes motivos, a data no Século Sexto é a única
que, ao nosso ver, faz justiça ao livro.
G. Como interpretar o livro de Daniel?
Devemos interpretá-lo à luz do seu contexto histórico e ao mesmo
tempo à luz da história posterior. Lembre-se que Daniel é um
livro selado (Dn 12.4). Ou seja, sua mensagem não seria bem
entendida na época, mas seria entendida depois. O próprio Daniel,
em várias visões, mostra que compreendeu pouco do que foi
revelado. Devemos lembrar que ele tinha o dom de relevar sonhos
e visões! Assim, é bom usar o contexto histórico e também a
história posterior neste processo interpretativo.
O Novo Testamento interpreta alguns textos deste livro. Veja
abaixo duas interpretações importantes – uma de Jesus e outra de
João.
Jesus interpretou o "abominável da desolação" (Mc 13.14; Mt
24.15) de Daniel como o exército romano (Lc 21.20). A expressão
ocorre em vários contextos de Daniel: 8.13(24); 9.26-27; 11.31;
12.11. O que mais se encaixa diretamente no ensino de Jesus aqui
é 9.26-27, como veremos no estudo deste texto.
Também a expressão o "Filho do homem", expressão que é a
autodesignação de Jesus nos evangelhos, vem de Daniel 7.13-14.
Esta interpretação, que Jesus dá a este personagem do livro de
Daniel é inédita. Também é brilhante a ligação que Jesus faz deste
personagem com a figura do Servo Sofredor de Isaías, compondo,
desta forma, sua compreensão do Messias.
O “Reino de Deus” que era um dos ensinos fundamentais de Jesus
encontra sólidas bases em Daniel, assim como o ensino sobre a
ressurreição.
Um único autor
A unidade da obra pode ser demonstrada por um estudo do
conteúdo, do estilo, do uso das línguas e pela estrutura da obra.
Sobre o conteúdo: A segunda parte pressupõe a primeira e a
primeira é complementada na segunda. Sobre o estilo: há
constantes repetições de frases ressonantes e também adição de
novos detalhes às visões, quando da interpretação das mesmas.
Estes traços de estilo são comuns a toda a obra e dificilmente
seriam copiados por um imitador, visto tratar-se de uma prática
quase inconsciente do escritor. Sobre o uso das línguas: O uso de
duas línguas não pode ser utilizado como prova de que há dois
autores. Não era incomum usar duas línguas ou estilos em um
mesmo documento. O famoso Código Legal de Hamurabi (séc.
XVII a.C.) tinha a introdução e a conclusão em acadiano semi-
poético e as leis em prosa. O fato da língua aramaica ser utilizada
no capítulo sétimo, que já pertence às visões, mostra que não é
possível dividir o livro em duas obras distintas. Sobre a estrutura:
O livro só pode ser obra de um único autor, pois todas as partes se
relacionam. Este ponto ficará mais evidente quando falarmos
sobre a estrutura do livro.
IV. DATAS IMPORTANTES PARA O LIVRO.
606 a.C. – primeira deportação = Daniel é levado para Babilônia
597 a.C. – segunda deportação = Ezequiel é levado para o Exílio
586 a.C. – terceira deportação = Destruição de Jerusalém
536 a.C. – Decreto de Ciro = Libertação dos Judeus
V. DANIEL E O NOVO TESTAMENTO.
A. Citações e alusões de Daniel no NT (especialmente
Apocalipse).
B. Vocabulário e teologia de Daniel no NT: o Filho do homem,
Ap, Ev, Pa.
Esboço
I. Prólogo: Antecedentes históricos (cap. 1; em hebraico)
A. Introdução histórica (1.1,2)
B. Daniel e seus amigos são levados cativos (1.3-7)
C. Os jovens são fiéis (1.8-16)
D. Os jovens são elevados a posições de destaque (1.17-21)
II. Os destinos das nações do mundo (caps. 2—7; em Aramaico,
a partir de 2.4b)
A. Sonho de Nabucodonosor: uma grande estátua (cap. 2)
B. Nabucodonosor fez uma imagem de ouro e decretou que
fosse adorada (cap. 3)
C. Sonho de Nabucodonosor: uma árvore enorme (cap. 4)
D. Queda de Belsazar e da Babilônia (cap. 5)
E. Livramento de Daniel (cap. 6)
F. Sonho de Daniel: quatro animais (cap. 7)
III. O destino da nação de Israel (caps. 8—12; em hebraico)
A. Visão de Daniel: um carneiro e um bode (cap. 8)
B. Oração de Daniel e sua visão das setenta semanas (cap. 9)
C. Visão de Daniel: o futuro de Israel (caps. 10—12)
1. Revelação das coisas futuras (10.1-3)
2. Revelação do mensageiro angelical (10.4—11.1)
3. Profecias a respeito da Pérsia e da Grécia (11.2-4)
4. Profecias a respeito do Egito e da Síria (11.5-35)
5. Profecias a respeito do anticristo (11.36-45)
6. Aflição e livramento (12.1)
7. Duas ressurreições (12.2,3)
8. Instruções a Daniel (12.4)
9. Conclusão (12.5-13)
BIBLIOGRAFIA
ARCHER Jr, Gleason L. Merece Confiança o Antigo Testamento? São
Paulo: Vida Nova, 1974.
BALDWIN, Joyce G. Daniel: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida
Nova, 1983.
BONHOME, Manuel Jiménez F. Os Misteriosos Habitantes do Deserto
de Judá – Sua vida e seus escritos. São Paulo: Verbo Divino, s.d.
FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades
GREEN W.H. General Introduction to the Old Testament: the Canon.
New York: Scribners, 1926.
KENNEDY, John. The Book of Daniel from the Christian Standpoint.
London: Eyre & Spottiswoode, 1898.
MARGOLIOUTH, D. S. Lines of Defense of the Biblical Revelation.
London: Hodder & Stoughton, 1900.
MCDOWELL, Josh. Profecia: Fato ou Ficção. São Paulo: Candeia, 1991.
PESTANA, Álvaro C. Daniel: Vida e Obra. Campo Grande: SerCris,
2007.
SMITH, J. E. The Major Prophets. Joplin: College Press. 1992.
STEWART, Ted. Um Exame da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia
(apostila), São Paulo: IEB, s.d.
WALLACE, Ronald S. A Mensagem de Daniel. São Paulo: ABU, 1985.
WRIGHT, C. H. H. Daniel and his Prophecies. Minneapolis: Klock &
Klock, 1983 [1906].
YOUNG, Edward J. "DANIEL" in DAVIDSON F. O Novo Comentário
da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1963.
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VT210-02 – DANIEL 1 A 3
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2013
(C) 2013 Álvaro César Pestana
Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
Dedicatória:
26 p: 30 cm.
APRESENTAÇÃO
Álvaro C. Pestana
2013.
6.1-28 (538-537)
10.1-12.13 (537)
*Depois de Nabucodonosor reinaram Evil-Merodaque (562-560),
Neriglissar (560-556) e Labasi-Marduque (556). Estes não são
mencionados no livro.
Conclusão: Este ambiente histórico é a base para a compreensão
do livro, tanto no que diz respeito à vida do personagem principal,
que é Daniel, como também para as profecias dele, que
geralmente exigem um conhecimento da história para ver o.seu
cumprimento.
DANIEL------------------------------------BELTESSAZAR
Deus é meu Juiz Bel proteja sua vida
(Senhora, proteja o rei)
MISAEL---------------------------------------MESAQUE*
ANEXO DA LIÇÃO 3:
OBSERVAÇÃO FINAL: Veja o significado histórico da estátua.
cabeça de ouro império babilônico
peito e braços de prata império medo-persa
quadris e barriga de bronze império grego
pernas e pés de ferro império romano
(pés com barro)
pedra reino de Deus
(Cristo)
OBSERVAÇÃO
Uma comparação entre os reinos da
estátua e o de Deus.
OS REINOS DO MUNDO (O "COLOSSO") O REINO DE DEUS
ORIGEM humana divina
DURAÇÃO temporários eterno
PODER mutável invencível
BASE frágil sólida
BIBLIOGRAFIA
ARCHER Jr, Gleason L. Merece Confiança o Antigo Testamento? São
Paulo: Vida Nova, 1974.
BALDWIN, Joyce G. Daniel: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida
Nova, 1983.
BONHOME, Manuel Jiménez F. Os Misteriosos Habitantes do Deserto
de Judá – Sua vida e seus escritos. São Paulo: Verbo Divino, s.d.
FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades
GREEN W.H. General Introduction to the Old Testament: the Canon.
New York: Scribners, 1926.
KENNEDY, John. The Book of Daniel from the Christian Standpoint.
London: Eyre & Spottiswoode, 1898.
MARGOLIOUTH, D. S. Lines of Defense of the Biblical Revelation.
London: Hodder & Stoughton, 1900.
MCDOWELL, Josh. Profecia: Fato ou Ficção. São Paulo: Candeia, 1991.
PESTANA, Álvaro C. Daniel: Vida e Obra. Campo Grande: SerCris,
2007.
SMITH, J. E. The Major Prophets. Joplin: College Press. 1992.
STEWART, Ted. Um Exame da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia
(apostila), São Paulo: IEB, s.d.
WALLACE, Ronald S. A Mensagem de Daniel. São Paulo: ABU, 1985.
WRIGHT, C. H. H. Daniel and his Prophecies. Minneapolis: Klock &
Klock, 1983 [1906].
YOUNG, Edward J. "DANIEL" in DAVIDSON F. O Novo Comentário
da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1963.
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19 p: 30 cm.
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ANEXO DA LIÇÃO 5:
COMO OS "TESTEMUNHAS DE JEOVÁ" CHEGARAM A
1914?
A título e curiosidade, veja abaixo como os Testemunhas de
Jeová “descobriram a “data de volta de Jesus” e do “fim dos
tempos” usando uma informação deste capítulo 4 de Daniel. Note,
contudo, que eles não somente erraram em sua previsão (pois
Cristo não voltou em 1914) mas erraram também em entender o
texto. Este texto não tem nada a ver com a volta de Jesus ou
qualquer coisa ligada ao fim dos tempos. Todos os raciocínios
propostos por eles são falsos, e nós só os apresentamos aqui por
curiosidade e para mostrar o ridículo de sua enunciação.
Cada uma das premissas assumidas abaixo é falsa e pode ser
facilmente contraditada. Todos os textos foram tirados de seu
contexto e podem ensinar qualquer coisa errada que o falso
exegeta quiser ensinar.
RACIOCÍNIO DOS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
PREMISSA #1 - Daniel 4.1-17 cumpriu-se em Nabucodonosor,
mas os versos 20-37 mostram que a profecia tem outro
cumprimento maior.
Versos 3 e 17 falam do reino de Deus
E verso 17 fala da promessa de dar o reino ao mais humilde, que
seria Jesus.
Logo, o sonho fala do tempo em que Deus vai dar o reino aos
homens. Antes disto, o reino seria governado pelo "toco" com
coração de animal: urso = URSS; águia = EUA; leão = GR.BR.;
dragão = China.
PREMISSA #2 - Os "sete tempos" são o tempo dos governos do
mundo controlarem tudo até a vinda do reino.
PREMISSA #3 - Os sete tempos são os tempos dos gentios de
Lucas 21.24.
que um rei pudesse ficar doente tantos anos e depois ainda voltar
ao poder! Além disto, todas estas contas de cálculos de tempos
são estranhas a este texto.
PREMISSA #5 – Mais uma arbitrariedade. Porque cada tempo
não seria um dia? Ou um mês? Se cada tempo é um ano, porque
agora cada ano é transformado em dias (365 dias) para depois ser
transformado em anos de novo? Resposta: para conseguir marcar
a data da volta de Cristo!
PREMISSA #6 – Porque não começar nesta data? Arbitrário. Os
sete tempos falam do castigo de Nabucodonosor e não da dinastia
de Davi.
PREMISSA #7 – Ops! Jesus está reinando desde o dia de
Pentecostes (Atos 2.33, 36).
ANEXO DA LIÇÃO 6:
Nota sobre a escritura na parede.
Como é que eles não puderam ler ou entender a frase? Várias
respostas são possíveis:
Possibilidade #1 – As palavras podiam ser lidas, mas não fazer
sentido imediato ao leitor. Soariam como medidas de peso:
“MINA, MINA, SICLO., 1/2 MINA”. O problema seria dar
sentido à frase.
Possibilidade #2 – Outro aspecto que contribuía para tornar a
escritura da parede ilegível e incompreensível são os trocadilhos
que são feitos com as palavras para dar o sentido que Daniel dá a
elas. As palavras recebem sempre dupla interpretação e não são
interpretações de pesos, mas de ações que Deus iria fazer. As
mesmas palavras lidas com outras vogais davam outros
significados que Daniel explora em sua interpretação da escritura:
MENE pode ser lido como “mana” que é medir;
TEQUEL pode ser lido como “shaqal” que é pesar;
PARSIN pode ser lido como “paraç”, que é dividir e também a
palavra para persas.
Possibilidade #3 – Além dos dois problemas anteriores, as
palavras podiam estar grafadas na vertical e não na horizontal. As
pessoas tentaria ler na horizontal, mas as palavras não fariam
sentido. O aramaico antigo era lido da direita para a esquerda. A
pessoa leria MMTP, NNKR e ‘‘LS e não entenderia nada.
P T M M
R K N N
S L ‘ ‘
Possibilidade #4 – As palavras seriam particípios passivos cada
um com dois sentidos que corrobora com todas as dificuldades já
mencionadas anteriormente para a leitura.
BIBLIOGRAFIA
ARCHER Jr, Gleason L. Merece Confiança o Antigo Testamento? São
Paulo: Vida Nova, 1974.
BALDWIN, Joyce G. Daniel: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida
Nova, 1983.
BONHOME, Manuel Jiménez F. Os Misteriosos Habitantes do Deserto
de Judá – Sua vida e seus escritos. São Paulo: Verbo Divino, s.d.
FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades
GREEN W.H. General Introduction to the Old Testament: the Canon.
New York: Scribners, 1926.
KENNEDY, John. The Book of Daniel from the Christian Standpoint.
London: Eyre & Spottiswoode, 1898.
MARGOLIOUTH, D. S. Lines of Defense of the Biblical Revelation.
London: Hodder & Stoughton, 1900.
MCDOWELL, Josh. Profecia: Fato ou Ficção. São Paulo: Candeia, 1991.
PESTANA, Álvaro C. Daniel: Vida e Obra. Campo Grande: SerCris,
2007.
SMITH, J. E. The Major Prophets. Joplin: College Press. 1992.
STEWART, Ted. Um Exame da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia
(apostila), São Paulo: IEB, s.d.
WALLACE, Ronald S. A Mensagem de Daniel. São Paulo: ABU, 1985.
WRIGHT, C. H. H. Daniel and his Prophecies. Minneapolis: Klock &
Klock, 1983 [1906].
YOUNG, Edward J. "DANIEL" in DAVIDSON F. O Novo Comentário
da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1963.
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VT210-04 – DANIEL 7 E 8
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(C) 2013 Álvaro César Pestana
Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
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19 p: 30 cm.
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ANEXO DA LIÇÃO 9
DANIEL 7 - A VISÃO DOS QUARTO ANIMAIS E O FILHO DO HOMEM
PERSONAGEM ATUAÇÃO SIGNIFICADO REINO
DESCRIÇÃO (Dn 2)
LEÃO 1. Asas 1. Poder, realeza [Leão alado = simbolo de realeza IMPÉRIO
(Majestoso) 2.asas arrancadas na Mesopotâmia] BABILÔNIC
3.posto em pé e pensava 2-3. A situação de Nabucodonosor em Dn 4 O
como homem (ouro)
(32,37-38)
URSO 1. Levanta-se sobre um de 1. A pérsia era maior que a Média (Um chifre IMPÉRIO
(Forte) seus lados maior que outro em Dn 8.3) PERSA
2. Três costelas na boca 2. Voracidade ou três reinos conquistados (Lidia, (prata)
3. Ordem: devorar muita Babilônia e Egito) (Ocidente, Norte e Sul - Dn 8.4) (32,39)
carne 3. Grande extensão territorial
LEOPARDO 1. Quatro asas 1. Reino rápido e ágil IMPÉRIO
(Ágil) 2. Quatro cabeças 2. Dimensões mundiais ou quatro divisões futuras GREGO
3. Domínio (Dn 8.8) (bronze)
3. O maior reino até aquela época (32,39)
QUARTO 1. Terrível, espantoso e forte 1-2. Poder e capacidade de destruição enormes IMPÉRIO
ANIMAL 2. Dentes de ferro e unhas de 3. Crueldade e prepotência ROMANO
(Terrível) bronze 4. Dez reis (7.24): Augusto, Tibério, Calígula, (ferro)
3. Devorava e pisava os Cláudio, Nero, Galba, Oto, Vitélio, Vespasiano, (33,40-43)
pedaços que caíam Tito
4. Dez chifres 5. O undécimo rei, que ajudou a derrubar três reis
5. Caem três chifres com a (Galba, Oto e Vitélio) é Domiciano).
vinda do undécimo, que 6. Domiciano perseguiu a igreja e é a besta de
parece homem e fica mais Apocalipse 13
robusto que os outros
6. O undécimo chifre luta
contra os santos
ANCIÃO DE 1. No trono de fogo com 1. Deus: soberano, juiz em grande glória DEUS, PAI
DIAS rodas de fogo 2. Pureza, santidade e glória DE NOSSO
2. Veste e cabelos brancos 3. Poder e juízo divinos SENHOR
3. Rio de fogo 4. Julgamento JESUS
4. Tribunal e livros 5. Condenação e ruína do Império Romano, mas os CRISTO: O
5. O quarto animal é governos humanos permancem ALTÍSSIMO
destruído; os outros ficam
mais um tempo
FILHO DO 1. Vem das nuvens, não do 1. Tem origem divina JESUS
HOMEM mar 2. Poder e autoridade para chegar a Deus CRISTO
2. Vai ao encontro do Ancião (a pedra)
de Dias 3. Rei do Reino de Deus (34-35,44-45)
3. Recebe o reino eterno [o reino]
Nota #1 - Os dez chifres parecem ser reis contemporâneos assim como os reinos representados pelos animais. No
cumprimento histórico, contudo, estes são consecutivos.
Nota #2 - Os santos do Altíssimo recebem o reino do Filho do homem. Há portanto, uma ligação entre ele e os santos.
Possuía dois chifres altos sendo que o mais novo era mais alto.
Ele estava dando golpes com a cabeça (dando chifradas) para três
direções: oeste, norte e sul (deduz-se que este carneiro vem do
Oriente). Nenhum outro animal podia com ele. Ele estava com o
completo domínio da situação e engrandecia-se.
2. O bode peludo (5-6).
Surge em cena, vindo do oeste (Ocidente). Ele já tinha percorrido
toda a terra e vinha tão rapidamente contra o carneiro que parecia
estar voando, sem tocar no chão. Ele tinha apenas um grande
chifre entre os olhos e investiu rápida e furiosamente contra o
carneiro.
3. O bode venceu o carneiro (7).
Ele feriu-o, quebrou-lhe os chifres
e o pisou aos pés, de modo que o
carneiro tornou-se presa do bode.
Ninguém podia ajudar o carneiro a
libertar-se do bode.
4. O colapso do bode (8).
No auge de seu poder, o imenso chifre é quebrado e outros quatro
surgem em seu lugar, voltados para os quatro pontos cardeais.
C. O desenvolvimento de um inimigo (9-14)
1. O chifre pequeno que surgiu de um dos quatro chifres (9-12):
a. Ficou forte no sul, no oeste e na Palestina (9).
b. Perseguiu o exército dos céus (isto é, povo de Deus) (10).
c. Engrandeceu-se e desafiou Deus, tirando dele os sacrifícios do
templo e profanando as coisas santas (11).
d. Ficou impune e teve certo progresso em sua ação maligna (12).
2. A conversa de dois anjos sobra a duração deste problema (13-
14):
ANEXO DA LIÇÃO 10
COMPARAÇÃO DAS BESTAS DE DANIEL 7 E 8
Esta comparação mostra que temos animais e reinos diferentes
sendo tratados.
DANIEL 7 DANIEL 8
vem do mar vem do oeste (Ocidente) sobre a
terra
terrível, forte, diferente voando sobre a terra
não descrito por analogia Bode
dentes de ferro ---
unhas de bronze ---
devorando e pisando vencendo o carneiro
10 chifres um grande chifre depois quatro
menores
surge mais um surge um chifre em um chifre
blasfemo, arrogante cessar o sacrifício
luta contra os santos Destruir
morto Quebrado
o reino de Deus virá ---
SIMBOLIZAVA O IMPÉRIO SIMBOLIZAVA UMA
ROMANO FRAÇÃO DO IMPÉRIO
GREGO
2300$tardes$e$manhãs$de$Daniel$8$
!
04/169!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
720!dias!
Começa!a!profanação!–!Dn!8.8714,!23726!
[1Mac!1.20728]!
04/167!
!
245!dias!
Sacrifício!diário!abolido!
[1Mac!1.20,!29;!29753]!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1290!dias=Dn!12.11!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Dn!8.14=2300!dias!
15/09/167!
!
1045!dias!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Dn!12.12=1335!dias!
A!abominação!desoladora!
[1Mac!1.54]!
_______________________________________________________________________________$Ídolo$retirado$
$ $ $ $ $ $ $$$$$$$$$do$Templo$
45!dias!
25/09/164!
!
245!dias!
O!templo!rededicado.!Sacrifícios!recomeçam!
[1Mac!4.52]!
30/04/1963!
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Antioco!morre!–!Dn!8.25![1Mac!6.16]!
!
BIBLIOGRAFIA
ARCHER Jr, Gleason L. Merece Confiança o Antigo Testamento? São
Paulo: Vida Nova, 1974.
BALDWIN, Joyce G. Daniel: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida
Nova, 1983.
BONHOME, Manuel Jiménez F. Os Misteriosos Habitantes do Deserto
de Judá – Sua vida e seus escritos. São Paulo: Verbo Divino, s.d.
FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades
GREEN W.H. General Introduction to the Old Testament: the Canon.
New York: Scribners, 1926.
KENNEDY, John. The Book of Daniel from the Christian Standpoint.
London: Eyre & Spottiswoode, 1898.
MARGOLIOUTH, D. S. Lines of Defense of the Biblical Revelation.
London: Hodder & Stoughton, 1900.
MCDOWELL, Josh. Profecia: Fato ou Ficção. São Paulo: Candeia, 1991.
PESTANA, Álvaro C. Daniel: Vida e Obra. Campo Grande: SerCris,
2007.
SMITH, J. E. The Major Prophets. Joplin: College Press. 1992.
STEWART, Ted. Um Exame da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia
(apostila), São Paulo: IEB, s.d.
WALLACE, Ronald S. A Mensagem de Daniel. São Paulo: ABU, 1985.
WRIGHT, C. H. H. Daniel and his Prophecies. Minneapolis: Klock &
Klock, 1983 [1906].
YOUNG, Edward J. "DANIEL" in DAVIDSON F. O Novo Comentário
da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1963.
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VT210-05 – DANIEL 9
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(C) 2013 Álvaro César Pestana
Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
Dedicatória:
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APRESENTAÇÃO
CONCLUSÃO:
I. SE QUISER CONHECER A VONTADE DE DEUS:
Estude a Bíblia, ore a Deus e seja humilde
II. SE QUISER CONHECER A VONTADE DE DEUS:
Vai acabar sabendo mais ainda, pois Deus vai ensinar até o que
você não sabia que iria aprender.
INTERPRETAÇÃO ESQUEMÁTICA
490 ANOS = 500 ANOS
Considero esta melhor interpretação visto ser o texto simbólico,
poético e falar de números redondos e não de tempos
precisamente calculados.
Ordens de
reconstrução
Ciro (539) Ed 1.1-4
Dario (519-518) Ed 5.3-7
Artaxerxes (457) Ed 7.11-16)
Artaxerxes (444) Ne 2.1-8
Ordens Cidade Vinda do Fim do
(fim?)
539-444 reconstruída Cristo Culto
Judaico
70
7 62 1
(1) (2) (3) (4)
(5)
|----------------|-----------------------------------------------|----------|---------|
| | | 3,5 | 3,5
Vinda
do Príncipe
Lição geral:
Em aproximadamente 500 anos, Jerusalém destruída, mas os propósitos de
Deus estarão cumpridos.
INTERPRETAÇÕES EQUIVOCADAS
DA PROFECIA DAS 70 SEMANAS DE DANIEL 9
I. INTERPRETAÇÕES LIBERAIS-RACIONALISTAS:
Estas interpretações tem em comum o fato de não acreditarem na
possibilidade da previsão do futuro. Logo, a profecia das 70 semanas é
“profecia depois do evento”. Assim, os intérpretes buscam, no passado,
algo para “encaixar” a profecia. Para eles, a chave de tudo, é a morte do
Sumo-Sacerdote Onias III e a profanação do templo por Antíoco IV
Epifânio. Para conseguir adaptar o texto à história, os números são um
pouco arredondados ou desprezados.
#1 – Esta interpretação considera a data da primeira invasão de
Nabucodonosor (605 a.C.) como a data para o início da contagem. Veja,
na última linha, que os anos “reais” divergem dos anos proféticos das 70
semanas.
Jeremias Ciro Morte de
Purificação
Jr 25.11 Onias III do
templo
605 a.C. 538 a.C. 171 a.C. 165 a.C.
7 (49) 62 (434) 1 (7)
(1) (2) (3) (4) (5)
|---------------|-----------------------------------|---------|---------|
| | | 3,5 | 3,5
168 a.C.
A abominação
67 anos 367 anos entre 6-7 anos
1
BONHOME, Manuel Jiménez F. Os Misteriosos Habitantes do Deserto de Judá – Sua vida e seus
escritos. São Paulo: Editora Verbo Divino, s.d., p. 92.
BIBLIOGRAFIA
ARCHER Jr, Gleason L. Merece Confiança o Antigo Testamento? São
Paulo: Vida Nova, 1974.
BALDWIN, Joyce G. Daniel: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida
Nova, 1983.
BONHOME, Manuel Jiménez F. Os Misteriosos Habitantes do Deserto
de Judá – Sua vida e seus escritos. São Paulo: Verbo Divino, s.d.
FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades
GREEN W.H. General Introduction to the Old Testament: the Canon.
New York: Scribners, 1926.
KENNEDY, John. The Book of Daniel from the Christian Standpoint.
London: Eyre & Spottiswoode, 1898.
MARGOLIOUTH, D. S. Lines of Defense of the Biblical Revelation.
London: Hodder & Stoughton, 1900.
MCDOWELL, Josh. Profecia: Fato ou Ficção. São Paulo: Candeia, 1991.
PESTANA, Álvaro C. Daniel: Vida e Obra. Campo Grande: SerCris,
2007.
SMITH, J. E. The Major Prophets. Joplin: College Press. 1992.
STEWART, Ted. Um Exame da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia
(apostila), São Paulo: IEB, s.d.
WALLACE, Ronald S. A Mensagem de Daniel. São Paulo: ABU, 1985.
WRIGHT, C. H. H. Daniel and his Prophecies. Minneapolis: Klock &
Klock, 1983 [1906].
YOUNG, Edward J. "DANIEL" in DAVIDSON F. O Novo Comentário
da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1963.
EBNESR
EBNESR
Recife, PE
2013
(C) 2013 Álvaro César Pestana
Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
Dedicatória:
21 p: 30 cm.
APRESENTAÇÃO
DANIEL 11-12
12 - Apesar desta vitória, Ptolomeu IV, cuja vida parece ter sido
dissoluta, não soube aproveitar a situação de vitória sobre Antíoco
III. A exaltação é o prelúdio da queda.
13 - Antíoco III preparou-se cuidadosamente para enfrentar o
Egito de novo. Depois de obter vitórias espetaculares na Ásia e na
Pérsia, ele volta a reunir um grande exército e ataca o Egito em
203 a.C. Ptolomeu IV havia morrido e reinava em seu lugar
Ptolomeu V Epifanes (203-181 a.C.) que tinha ao redor de quatro
anos apenas. Havia também guerra civil no Egito. Isto favoreceu
Antíoco III que anexou a Palestina ao seus domínios de modo
definitivo.
14 - Este verso fala dos aliados de Antíoco III contra o rei do sul.
Filipe da Macedônia apoiava-o nesta guerra. Outros que podem
estar referidos aqui são os rebeldes do Egito ou judeus que se
rebelaram contra os Ptolomeus e apoiaram os Seleucidas.
15 - As referências a cidades fortificadas podem aludir à tomada
de Sidom ou Gaza (201 a.C.) por Antíoco III. Scopas, grande
general do Egito, foi um dos escolhidos para deter os sírios, mas
não pode. Na batalha de Panium (ou Baniyas), junto às nascentes
do Jordão, Antíoco III destroçou o exército egípcio (198 a.C.) e
expulsou-o da Ásia.
16 - Fala da anexação da Palestina (terra gloriosa, Dn 8.9) ao
reino do Norte. Mostra a exaltação e orgulho da conquista. A
exaltação é o prelúdio da queda.
17 - Antíoco III desejava atacar o Egito, mas temendo uma
intervenção romana, tentou fazer um casamento de sua filha
Cleopatra com Ptolomeu V. O casamento só se consumou anos
depois em vista da pequena idade do rei do sul. Ela deveria se
espiã, mas tornou-se leal a seu marido contra seu próprio pai. O
plano de Antíoco III não deu certo.
18 - Antíoco III resolveu conquistar a Grécia e as ilhas gregas da
costa da Ásia Menor. Roma declarou-lhe guerra (192 a.C.),
expulsou-o da Europa, e o general (cônsul) romano Lúcio
Cornélio Scípio (Cipião Asiático) venceu-o em Magnésia (entre
BIBLIOGRAFIA
ARCHER Jr, Gleason L. Merece Confiança o Antigo Testamento? São
Paulo: Vida Nova, 1974.
BALDWIN, Joyce G. Daniel: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida
Nova, 1983.
BONHOME, Manuel Jiménez F. Os Misteriosos Habitantes do Deserto
de Judá – Sua vida e seus escritos. São Paulo: Verbo Divino, s.d.
FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades
GREEN W.H. General Introduction to the Old Testament: the Canon.
New York: Scribners, 1926.
KENNEDY, John. The Book of Daniel from the Christian Standpoint.
London: Eyre & Spottiswoode, 1898.
MARGOLIOUTH, D. S. Lines of Defense of the Biblical Revelation.
London: Hodder & Stoughton, 1900.
MCDOWELL, Josh. Profecia: Fato ou Ficção. São Paulo: Candeia, 1991.
PESTANA, Álvaro C. Daniel: Vida e Obra. Campo Grande: SerCris,
2007.
SMITH, J. E. The Major Prophets. Joplin: College Press. 1992.
STEWART, Ted. Um Exame da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia
(apostila), São Paulo: IEB, s.d.
WALLACE, Ronald S. A Mensagem de Daniel. São Paulo: ABU, 1985.
WRIGHT, C. H. H. Daniel and his Prophecies. Minneapolis: Klock &
Klock, 1983 [1906].
YOUNG, Edward J. "DANIEL" in DAVIDSON F. O Novo Comentário
da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1963.
EBNESR
EBNESR
Recife, PE
2013
(C) 2013 Álvaro César Pestana
Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
Dedicatória:
14 p: 30 cm.
APRESENTAÇÃO
EZEQUIEL1
O profeta Ezequiel2, também conhecido como o “Atalaia de
Deus” atuou como profeta entre os anos 592 e 571 a.C. Ele tinha
aproximadamente 30 anos quando iniciou seu ministério, cerca de
cinco anos após ser levado cativo para a Babilônia (cerca de 597
a.C.)3.
Durante seis anos, Ezequiel pregou sobre a iminente queda de
Jerusalém: isto está registrado na primeira metade do seu livro
(Ez 1-24). Depois disto, o livro trata de sentenças e julgamentos
contra as nações (Ez 25-32). O final da obra fala de sentenças de
consolação e promessas de restauração de Israel (Ez 33-48).4
Conforme já foi observado o livro gira em torno da data de 585
(ou 586) a.C. quando a cidade de Jerusalém caiu diante dos
babilônicos.
Ezequiel apresenta datas para os oráculos em sequência
cronológica. É o livro profético mais organizado, dentre os
Profetas Maiores.
O livro foi escrito no exílio, mas trata das condições do povo de
Judá no Século VI antes de Cristo. A Babilônia era a dona do
Oriente e a principal ferramenta de Deus para punir Judá e outras
nações.
A data da produção do livro de Ezequiel é determinada
principalmente em razão da evidência interna de treze profecias
datadas a partir do dia, mês e ano do exílio do rei Joaquim. Seu
chamado é do ano de 593 a.C., e sua última profecia, contra o Egito,
de 571 a.C. Uma vez que Ezequiel nada fala sobre o libertação de
1
A maior parte deste material foi extraído de meu texto da Web-Aula “Os Livros
Proféticos” da disciplina BB01-O que é a Bíblia? da Escola de Teologia em Casa –
ETC, www.teologiaemcasa.com.br .
2
Para mais detalhes introdutórios: TAYLOR, J. B. Ezequiel: Introdução e Comentário.
São Paulo: Vida Nova, 1984.
3
Daniel havia sido levado na primeira deportação em 606 a.C.
4
Bíblia de Estudo NIV, p. 1375-1376.
Escola
Bíblica
Nacional
para
Equipar
os
Servos
do
Rei
4
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Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
5
MILHORANZA, Alexandre. Introdução ao livro de Ezequiel: o teste dos limites
teológicos. Disponível em
http://alexandremilhoranza.files.wordpress.com/2012/11/026-introduc3a7c3a3o-
ezequiel.pdf acessado em 13/jun/2013
6
TAYLOR, 1984, p. 38.
Escola
Bíblica
Nacional
para
Equipar
os
Servos
do
Rei
5
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Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
7
A tabela vem da Bíblia NVI de Estudo, versão eletrônica.
Escola
Bíblica
Nacional
para
Equipar
os
Servos
do
Rei
7
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Contra as nações - 25 a 32
●
A restauração de Jerusalém
●
● Símbolos e oráculos - 33 a 35
Daniel● e Os montes de Israel são confortados - 36
Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
● Ossos secos - 37
● Contra Gogue e Magogue - 38 e 39
● A restauração do Templo - 40 a 43
Um dos aspectose mais
● Cerimônias marcantes
rituais do Templo - 44 da
a 46profecia de Ezequiel, sempre
mencionado, é o euso
● As fronteiras de de
a divisão alegorias
Israel - 47 ee48teatralizações, ou seja, atos
simbólicos.
Treze oráculos de Ezequiel são datados, e tudo indica que foram transmitidos oralmente
(3:10-11; 14:4; 20:27; 24:1-3; 43:10) aos habitantes hebreus da Babilônia e registrados
“OutrosUma
posteriormente. recursos estilísticos
evidência pode ser ausados
falta de por Ezequiel
ordem foram
cronológica a alegoria
em alguns ea
oráculos,
que pode indicar que o próprio Ezequiel tenha compilado este livro,
teatralização simbólica, rejeitados pelos cativos (Ez. 20:49). As pois um organizador
distinto teria provavelmente se preocupado com a organização cronológica.
alegorias de Ezequiel tinham por objetivo representar de forma
simples
Em termos a queda
de estilo deincorpora
Ezequiel Jerusalém, que proféticos,
discursos aconteceria em ebreve,
poesia, drama.eEste
o fim da
último
quesito,nação
inclusive, choca o povo exilado com uma linguagem por
de Judá. As dramatizações simbólicas tinham o mesmovezes grosseira quando
utiliza o simbolismo da prostituição nos capítulos 16 e 23. Outros recursos estilísticos
usadosobjetivo.
por EzequielEstas
foramencenações
a alegoria e a dramáticas reforçavam
teatralização simbólica, as profecias
rejeitados de
pelos cativos
8
julgamento
(Ez. 20:49). que de
As alegorias Javé prometera.”
Ezequiel tinham por objetivo representar de forma simples a
queda de Jerusalém, que aconteceria em breve, e o fim da nação de Judá. As
Na tabela abaixo
dramatizações simbólicas estão
tinham relacionadas estas
o mesmo objetivo. Estasencenações e seus
encenações dramáticas
reforçavam as profecias de julgamento que Javé prometera. Abaixo estão relacionadas
significados principais:
estas encenações:
(Cf.● Significado
Nm 28.11 e Ez história
da desastrosa 46.6),de eruditos
Israel judeus, posteriormente,
● O povo deveria encarar com seriedade os julgamentos de Javé e pautar sua vida
chegaram a questionar sua canonicidade até que os rabinos
pela obediência
restringiram
● Os oráculos seu
de uso quando
julgamento são as
umadivergências fossem
introdução à salvação dita solucionadas
por Ezequiel em
33:1 a 34:24
8 ●A esperança Alexandre.
MILHORANZA, futura dos exilados está relacionada à responsabilidade no presente.
Introdução.
Os capítulos 25 a 32
Escola
tratamNsobre
Bíblica
os poráculos
acional
contraoas
ara
Equipar
s
Snações
ervos
dindicando
o
Rei
que Javé é8
soberano sobre o povo escolhido, mas também sobre
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todas as nações ao redor. Estes
oráculos dirigem-se principalmente a Tiro (26:1 - 28:19) e Egito (29 - 32). Mas as nações
de Amon, Moabe, Edom, Filístia também seriam atingidas pelo julgamento de Javé (25).
Nesta seção há uma grande ênfase na morte (26:19-21; 28:8; 31:14-18; 32:18-22) em
Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
9
MILHORANZA, Alexandre. Introdução.
10
A discussão histórica que segue vem de MILHORANZA, Introdução.
Escola
Bíblica
Nacional
para
Equipar
os
Servos
do
Rei
9
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Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
Ezequiel11
11
Este texto sobre Ezequiel não é de minha autoria, mas faz parte do conjunto de
apostilas do EBNESR sobre o livro de Ezequiel. Como o nome do autor não estava
anotado no texto, não há como dar-lhe o crédito. A este material, adicionamos notas e
comentário de VIEIRA, Paulo. Apostila sobre Ezequiel. Recife: Escola da Bíblia de
Boa Viagem, s.d.
Escola
Bíblica
Nacional
para
Equipar
os
Servos
do
Rei
11
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Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
BIBLIOGRAFIA
ARCHER Jr, Gleason L. Merece Confiança o Antigo Testamento? São
Paulo: Vida Nova, 1974.
BALDWIN, Joyce G. Daniel: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida
Nova, 1983.
Bíblia de Estudo NIV, versão eletrônica.
BONHOME, Manuel Jiménez F. Os Misteriosos Habitantes do Deserto
de Judá – Sua vida e seus escritos. São Paulo: Verbo Divino, s.d.
FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades
GREEN W.H. General Introduction to the Old Testament: the Canon.
New York: Scribners, 1926.
KENNEDY, John. The Book of Daniel from the Christian Standpoint.
London: Eyre & Spottiswoode, 1898.
MARGOLIOUTH, D. S. Lines of Defense of the Biblical Revelation.
London: Hodder & Stoughton, 1900.
MCDOWELL, Josh. Profecia: Fato ou Ficção. São Paulo: Candeia, 1991.
MILHORANZA, Alexandre. Introdução ao livro de Ezequiel: o teste dos
limites teológicos. Disponível em
http://alexandremilhoranza.files.wordpress.com/2012/11/026-
introduc3a7c3a3o-ezequiel.pdf acessado em 13/jun/2013
PESTANA, Álvaro C. Daniel: Vida e Obra. Campo Grande: SerCris,
2007.
PESTANA, Álvaro C. “Os Livros Proféticos” in BB01-O que é a Bíblia?
Brasil: Escola de Teologia em Casa, 2011.
www.teologiaemcasa.com.br .
SMITH, J. E. The Major Prophets. Joplin: College Press. 1992.
STEWART, Ted. Um Exame da Igreja dos Adventistas do Sétimo Dia
(apostila), São Paulo: IEB, s.d.
VIEIRA, Paulo. Apostila sobre Ezequiel. Recife: Escola da Bíblia de Boa
Viagem, s.d.
TAYLOR, J. B. Ezequiel: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida
Nova, 1984.
EBNESR
EBNESR
Recife, PE
2013
(C) 2013 Álvaro César Pestana
Daniel e Ezequiel 2013 Álvaro César Pestana
Dedicatória:
13 p: 30 cm.
APRESENTAÇÃO
1
Capítulo 4
1-3 A maquete do cerco
4-7 390 dias sobre o lado esquerdo, Israel e 40 dias sobre o lado direito, Judá.
Interpretação: Se somarmos o tempo que Ezequiel ficou sobre o lado esquerdo com o tempo que ele ficou
sobre o seu lado direito, chegamos ao número 430 que me faz lembrar os 430 anos da peregrinação de
Israel no tempo patriarcal em que ficou em terra que não era sua (Gn 12:4; 21:5; 25:26; 47:9) + 215 anos
no Egito.
Ou será que os números não têm ligação literal com a cronologia bíblica e se referem ao longo tempo
de iniquidade de Israel e Judá antes do cativeiro?
É interessante notar que Ezequiel passa mais tempo deitado para a iniqüidade da casa de Israel do que
para a casa de Judá.
9 A dieta de Ezequiel, o pão imundo dos gentios. Pode representar a indesejada convivência de Israel no
meio de terras de gentios. A dieta de Ezequiel fala também da escassez de alimentos experimentada em
Jerusalém por ocasião do cerco de Nabucodonosor.
Capítulo 5
1-4 Os cabelos de Ezequiel são rapados. O destino de sua cabeleira representa o destino dos judeus.
1-5 O destino do povo semelhante ao destino dos cabelos de Ezequiel
2
Capítulo 8
Visões em set-out de 592
O Espírito leva Ezequiel a ver as abominações dentro do templo de Jerusalém
125 homens de costas para o templo do SENHOR, adoram o sol.
O templo de Jerusalém era de frente para o nascente, para adorarem o sol (que nasce a leste), tinham que
dar as costas para o templo do SENHOR.
Lição prática: quando nos voltamos para o pecado, damos as costas para Deus.
Os contritos e marcados pelo sinal (um tav, seria em forma de cruz, isto tem relevância?) não morrem. A
lição aqui é que Deus conhece os inocentes.
3
Capítulo 12
Ezequiel dramatiza para o povo no cativeiro a tentativa de fuga de Zedequias, seu aprisionamento e sua
cegueira física. Verifique o cumprimento dessa profecia em 2Rs 25:1-7.
13 “não a verá” – Zedequias irá, cego, morrer em Babilônia.
16 Deus deixa alguns entre as nações como diz o ditado “só para contar a história”.
17 O provérbio que Deus quer é “os dias estão próximos e o cumprimento de toda profecia.”
27-28 A visão de Ezequiel não é para muitos dias no futuro.
Observações Finais
O livro de Ezequiel é uma significante parte da história de Deus
enquanto conta sobre o fracasso final do povo de Deus, mas
aguarda sua reconstituição por meio de um novo pacto que inclui
o pastor verdadeiro e o presente do Espírito Santo.
Bibliografia para este estudo de Ezequiel:
FEE, Gordon; STUART, Douglas. How to read the Bible Book
for Book. Grand Rapids: Zondervan, 2002.
BIBLIOGRAFIA