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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO


BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

MATHEUS SILVESTRE SILVA

Dimensionamento e seleção de equipamentos de uma câmara frigorífica hipotética


destinada ao congelamento de frutos do mar e resfriamento de hortaliças

Cabo de Santo Agostinho – PE

2021
MATHEUS SILVESTRE SILVA

Dimensionamento e seleção de equipamentos de uma câmara frigorífica hipotética


destinada ao congelamento de frutos do mar e resfriamento de hortaliças

Monografia apresentada ao curso de


Engenharia Mecânica da Unidade
Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho da
Universidade Federal Rural de
Pernambuco, como requisito para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia
Mecânica.
Prof. Dr. Adriano da Silva Marques

Cabo de Santo Agostinho - PE

2021
MATHEUS SILVESTRE SILVA

Dimensionamento e seleção de equipamentos de uma câmara frigorífica hipotética


destinada ao congelamento de frutos do mar e resfriamento de hortaliças

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Engenharia Mecânica da


Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho da Universidade Federal Rural de
Pernambuco para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Mecânica.

Aprovada em: 25 de fevereiro de 2021.

Banca examinadora

Orientador

Examinador externo

Examinador interno
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu Deus e Pai,

que esteve ao meu lado em cada segundo.


AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Adriano Marques pela orientação, dedicação, lições ensinadas e


amizade ao longo destes anos em que trabalhamos juntos.
Aos companheiros de universidade e amigos Isabella Ferreira, Leila Azevedo,
Mateus de Albuquerque, Renan Abreu e Victor Hugo pelos bons momentos de alegria,
tristeza e estudo, bem como por todo suporte fornecido ao longo desses anos.
À minha avó Alzenir Silvestre e meu pai Nefferson Silva que em toda minha
vida sonharam e contribuíram para meu sucesso.
À minha irmã Kelyne Barros que em todos os momentos torceu por mim e me
apoiou, compartilhando alegrias e oferecendo um ombro amigo nos momentos de
tristeza.
À minha esposa Izabelle Gomes por cada segundo que esteve em minha vida
e toda a felicidade, carinho, apoio e amor que trouxe consigo.
À minha mãe Izabel Silvestre que sempre me amou, cuidou e investiu em mim.
Acreditou em meu potencial em todos os momentos, quando mesmo eu duvidei, e a
qual eu entrego todo meu amor e devo o mérito de tudo que hoje me tornei.
Ao meu Deus, Pai e Senhor por todo o seu amor incondicional e cuidado ao
longo dos meus anos de universidade, bem como em toda a minha vida.
RESUMO

Dentre as aplicações industriais da refrigeração, se pode destacar o setor alimentício.


Utilizando conceitos de termodinâmica, transferência de calor, mecânica dos fluidos,
refrigeração e gerência de projetos, este trabalho trata do dimensionamento de uma
câmara frigorífica para congelamento de 5 T/dia de peixe e resfriamento de 3 T/dia de
hortifruti. O trabalho teve início com a definição das premissas de projeto, seguida
coleta dos parâmetros de armazenamento de cada produto conforme instrução dos
órgãos responsáveis. A partir daí foi calculada a carga térmica da câmara frigorífica.
O dimensionamento foi realizado seguindo a metodologia do manual de refrigeração
da ASHRAE. Um código computacional foi desenvolvido utilizando a plataforma EES
(Engineering Equation Solver). Foram obtidos valores de 5,26 TR, 7,27 TR e 86,59 TR
para as câmaras do tomate, cenoura e peixe, respectivamente. As câmaras de
hortifruti foram dimensionadas em 62,40 m3 de volume cada, enquanto a câmara de
peixe ficou com 112,86 m3 de volume. Assim, foram selecionadas duas unidades
condensadoras para as câmaras de hortifrutis, com capacidades de 6,13 TR e 7,60
TR respectivamente, e oito unidades para a câmara de peixes com capacidade de
10,82 TR. Os custos do projeto ficaram estimados em pouco mais que R$ 500.000, o
que inclui: custos de equipamentos, frete e instalação.
Palavras-chave: Projeto; câmara frigorífica; carga térmica; refrigeração por
compressão; acondicionamento de alimentos.
ABSTRACT

Among the industrial applications of refrigeration, the food sector can be highlighted.
Using concepts of thermodynamics, heat transfer, fluid mechanics, refrigeration and
project management, this work deals with the sizing of a cold room for freezing 5 T/day
of fish and cooling 3 T/day of fresh produce. The work started with the definition of the
project premises, followed by the collection of storage parameters for each product as
instructed by the responsible agencies. From there, the thermal load of the cold room
was calculated. The sizing was performed following the methodology of the ASHRAE
refrigeration manual. A computational code was developed using the EES
(Engineering Equation Solver) platform. Values of 5.26 TR, 7.27 TR and 86.59 TR
were obtained for the tomato, carrot, and fish chambers, respectively. The fruit and
vegetable chambers were dimensioned at 62.40 m3 in volume each, while the fish
chamber was at 112.86 m3 in volume. Thus, two condensing units were selected for
the fruit and vegetable chambers, with capacities of 6.13 TR and 7.60 TR respectively,
and eight units for the fish chamber with a capacity of 10.82 TR. The project costs were
estimated at just over R$ 500.000, which includes: equipment, freight and installation
costs.
Keywords: Project; refrigerating chamber; thermal load; compression cooling; food
packaging.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 - Ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor. ............................ 27

Figura 02 - Diagrama T-s do ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor. . 28

Figura 03 - Diagrama P-h do ciclo de refrigeração ideal de compressão por vapor. . 28

Figura 04 - Movimentação das massas de ar através da porta de uma câmara fria. 39

Figura 05 - Caixa plástica vazada. ............................................................................ 47

Figura 06 - Pallet PBR de PEAD (1,2m x 1m). .......................................................... 47

Figura 07 - Representação esquemática da caixa de armazenamento. ................... 48

Figura 08 - Representação esquemática do pallet utilizado para suporte. ................ 48

Figura 09 - Distribuição das caixas com hortaliças sobre os pallets. ........................ 49

Figura 10 - Estante metálica de armazenamento do salmão rosado. ....................... 49

Figura 11 - Representação esquemática da estante de armazenamento do peixe... 50

Figura 12 - Distribuição das caixas com salmão na estante de aço. ......................... 51

Figura 13 - Planta baixa das câmaras frigoríficas dimensionadas. ........................... 52

Figura 14 - Representação 3D externa das câmaras. ............................................... 53

Figura 15 - Representação 3D interna das câmaras das hortaliças. ......................... 53

Figura 16 - Representação 3D interna da câmara do salmão. .................................. 54

Figura 17 - Câmara frigorífica modular. ..................................................................... 55

Figura 18 - Serra fita Inox STIE-220.......................................................................... 58

Figura 19 - Evaporador FTBN. .................................................................................. 60

Figura 20 - Evaporador FTBI. .................................................................................... 60

Figura 21 - Evaporador FTBS. .................................................................................. 61

Figura 22 - Unidade condensadora Optyma.............................................................. 63

Figura 23 - Unidade condensadora Dual Trial. .......................................................... 63

Figura 24 - Especificações de desempenho para seleção da unidade evaporadora da


câmara de tomates.................................................................................................... 87
Figura 25 - Especificações de desempenho para seleção da unidade evaporadora da
câmara de cenouras. ................................................................................................. 87

Figura 26 - Especificações de desempenho para seleção da unidade evaporadora da


câmara do salmão. .................................................................................................... 88

Figura 27 - Especificações de desempenho para seleção da unidade condensadora


da câmara do tomate. ............................................................................................... 88

Figura 28 - Especificações de desempenho para seleção das unidades


condensadoras das câmaras da cenoura e do salmão. ............................................ 89
LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Densidade aparente das hortaliças armazenadas. ................................ 35

Tabela 02 - Condutividade térmica dos isolantes. ..................................................... 36

Tabela 03 – Calor de respiração para o tomate e a cenoura. ................................... 38

Tabela 04 - Ganho de calor por equipamentos elétricos. .......................................... 42

Tabela 05 - Dados de entrada para cálculo de armazenamento das hortaliças. ....... 43

Tabela 06 - Dados de entrada para cálculo de armazenamento do salmão rosado. 44

Tabela 07 - Dados de entrada para cálculo de carga térmica de todos os produtos. 44

Tabela 08 – Impacto ambiental de alguns fluidos refrigerantes. ............................... 46

Tabela 09 - Dados e classificações de segurança de alguns fluidos. ....................... 46

Tabela 10 - Propriedades da caixa plástica vazada. ................................................. 47

Tabela 11 - Propriedades da estante de armazenamento do salmão rosado. .......... 50

Tabela 12 – Massas que carregam as estantes que armazenam o salmão. ............ 51

Tabela 13 – Dimensões das câmaras frigoríficas...................................................... 52

Tabela 14 – Comparação entre tipos de câmara. ..................................................... 54

Tabela 15 - Carga térmica nas câmaras frigoríficas. ................................................. 56

Tabela 16 – Serras para corte do salmão rosado. .................................................... 58

Tabela 17 - Unidades evaporadoras. ........................................................................ 59

Tabela 18 - Unidades condensadoras....................................................................... 62

Tabela 19 - Cotação dos equipamentos das câmaras. ............................................. 64

Tabela 20 - Custo do painel frigorífico. ...................................................................... 65

Tabela 21 - Custo dos acessórios para montagem da câmara frigorífica. ................ 65

Tabela 22 - Custo das portas e dispositivo de segurança. ........................................ 65

Tabela 23 - Custo dos equipamentos de suporte dos produtos. ............................... 65

Tabela 24 - Custos de desenvolvimento do projeto. ................................................. 66

Tabela 25 - Custos de mão de obra. ......................................................................... 66

Tabela 26 - Custos totais do projeto.......................................................................... 66


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

2D Bidimensional
3D Tridimensional
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AL Alagoas
ASHRAE American Society of Heating Refrigerating and Air Conditioning
Engineers
BIM Building Information Modeling
CAD Computer aided design
CE Calor Específico
Condut. Condutividade
Cong. Congelamento
CV Cavalo-vapor
EES Engineering Equation Solver
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Equip. Equipamento
GWP Global Warming Potential (Potencial de aquecimento global)
LED Light Emitting Diode
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
ODP Ozone Depletion Potential (Potencial de destruição do ozônio)
OEL Occupation exposure limit (Limite de exposição ocupacional)
PBR Pallet Padrão Brasileiro
PEAD Polietileno de alta densidade
Ppm Partes por milhão
PVC Policloreto de vinila
Qtd. Quantidade
RCL Refrigerant concentration limit
Temp. Temperatura
TR Toneladas de refrigeração
UFAL Universidade Federal de Alagoas
UR Umidade Relativa
LISTA DE SÍMBOLOS

Diferencial parcial em x

𝑘 Condutividade térmica do material


𝑇 Temperatura

Diferencial parcial em y

Diferencial parcial em z

𝑒̇ Geração interna de calor


𝜌 Densidade do material
𝑐 Calor específico do material

Diferencial parcial em relação ao tempo

𝑄̇ Taxa de transferência de calor por condução


𝐴 Área de condução

Diferencial em x

𝑄̇ Taxa de transferência de calor por convecção


ℎ Coeficiente de convecção
𝐴 Área da superfície
𝑇 Temperatura da superfície
𝑇 Temperatura do ambiente
𝑄̇ , á Taxa de transferência de calor por radiação máxima
𝜎 Constante de Stefan-Boltzmann
𝑄̇ Taxa de transferência de calor por radiação
𝜀 Emissividade da superfície

Variação de energia no sistema ao longo do tempo

𝑉𝐶 Volume de controle
𝑢 Energia interna
𝑉𝑒𝑙 Velocidade
𝑔 Aceleração da gravidade
𝑧 Altura
𝑉 Volume
𝑆𝐶 Superfície de controle
𝑉𝑒𝑙⃗ Vetor de velocidade
𝑛⃗ Vetor normal
𝐴 Área da seção transversal

Diferencial em relação ao tempo

𝑚̇ Fluxo de massa
∆𝑆 Variação de entropia no sistema
𝑄 Transferência de calor
𝑆 Entropia gerada

Variação da exergia do sistema ao longo do tempo

𝑇 Temperatura do ambiente ao redor do sistema


𝑇 Temperatura na fronteira do sistema
𝑄 Transferência de calor na fronteira do sistema
𝑊 Trabalho
𝑃 Pressão do ambiente ao redor do sistema

Variação do volume do sistema ao longo do tempo

𝑀 Massa por caixa de hortaliça armazenada


𝜌 Densidade aparente
𝑉 Volume da embalagem
𝑄𝑡𝑑 Quantidade total de caixas
𝑀 Massa total da hortaliça armazenada
𝑄 Calor de resfriamento do produto
𝑚 Massa total do produto
𝑐 Calor específico do produto em temperatura pré-congelamento
𝑡 Temperatura inicial do produto
𝑡 Temperatura de armazenamento do produto
𝑄 Calor refrigerado até a temperatura de congelamento
𝑡 Temperatura de congelamento do produto
𝑄 Calor retirado para congelamento do produto
ℎ Calor latente de fusão do produto
𝑄 Calor refrigerado da temperatura de congelamento até a
temperatura de armazenamento congelado do produto.
𝑐 Calor específico em temperatura pós-congelamento
𝑄 Carga térmica total removida do produto
𝑛 Tempo que o produto leva para resfriar/congelar
𝑄 Carga térmica devido ao calor de respiração
𝐶 Calor de respiração
𝑄 Carga térmica de infiltração para um período de 24h
𝑞 Carga de refrigeração sensível e latente para um fluxo de ar
totalmente estabelecido
𝐷 Fator de tempo de abertura da porta
𝐷 Fator de fluxo de ar na porta
𝐸 Efetividade do equipamento de proteção da porta
𝐴 Área da porta
ℎ Entalpia do ar infiltrado
ℎ Entalpia do ar refrigerado
𝜌 Densidade do ar refrigerado
𝜌 Densidade do ar infiltrado
𝐻 Altura da porta
𝐹 Fator de densidade
𝑃 Número de passagens pela porta
𝜃 Tempo de abertura e fechamento da porta por passagem
𝜃 Tempo em que a porta permanece aberta
𝜃 Tempo de referência (diário ou em outro período)
𝑄 Carga térmica devido a transmissão de calor entre meios
𝑈 Coeficiente global de transferência de calor
𝐴 Área externa total onde há troca de calor
𝑡 Temperatura interna de operação da câmara
𝑡 Temperatura externa de operação da câmara
ℎ Condutância da superfície interna
𝑥 Espessura da parede
ℎ Condutância da superfície externa
𝑞 Calor gerado por pessoa
𝑄 Calor total gerado por pessoas
𝑛 Número total de pessoas
𝑄 Carga térmica de iluminação
𝑊 Taxa de iluminação
𝐴 Área total do piso
𝐷 Tempo de utilização em horas por dia
LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 01.................................................................................................................24
Equação 02.................................................................................................................24
Equação 03.................................................................................................................25
Equação 04.................................................................................................................25
Equação 05.................................................................................................................26
Equação 06.................................................................................................................29
Equação 07.................................................................................................................29
Equação 08.................................................................................................................30
Equação 09.................................................................................................................30
Equação 10.................................................................................................................35
Equação 11.................................................................................................................35
Equação 12.................................................................................................................37
Equação 13.................................................................................................................37
Equação 14.................................................................................................................37
Equação 15.................................................................................................................38
Equação 16.................................................................................................................38
Equação 17.................................................................................................................39
Equação 18.................................................................................................................39
Equação 19.................................................................................................................40
Equação 20.................................................................................................................40
Equação 21.................................................................................................................40
Equação 22.................................................................................................................40
Equação 23.................................................................................................................41
Equação 24.................................................................................................................41
Equação 25.................................................................................................................41
Equação 26.................................................................................................................42
Equação 27.................................................................................................................42
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 20

1.1 MOTIVAÇÃO .................................................................................................. 21

1.2 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 22

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................... 22

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 23

2.1 TRANSFERÊNCIA DE CALOR ...................................................................... 23

2.1.1 Condução ...................................................................................................... 23

2.1.2 Convecção..................................................................................................... 24

2.1.3 Radiação ........................................................................................................ 25

2.2 ISOLAMENTO TÉRMICO ............................................................................... 26

2.3 REFRIGERAÇÃO ........................................................................................... 26

2.4 FLUIDOS REFRIGERANTES ......................................................................... 31

3 METODOLOGIA ............................................................................................. 33

3.1 PARÂMETROS INICIAIS ................................................................................ 33

3.2 SOFTWARES ................................................................................................. 34

3.3 DIMENSIONAMENTO DA CÂMARA FRIGORÍFICA ...................................... 34

3.3.1 Armazenamento ............................................................................................ 34

3.3.2 Material da câmara e Isolamento Térmico .................................................. 36

3.4 CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA .................................................................. 37

3.4.1 Produto .......................................................................................................... 37

3.4.2 Respiração .................................................................................................... 38

3.4.3 Infiltração....................................................................................................... 39

3.4.4 Transmissão de calor ................................................................................... 40

3.4.5 Pessoas ......................................................................................................... 41

3.4.6 Iluminação ..................................................................................................... 42

3.4.7 Equipamentos ............................................................................................... 42


3.5 DADOS DE ENTRADA ................................................................................... 43

3.6 FLUIDO REFRIGERANTE.............................................................................. 45

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 47

4.1 ARMAZENAMENTO NAS CÂMARAS ............................................................ 47

4.2 CÂMARAS FRIGORÍFICAS............................................................................ 51

4.3 PAINEL FRIGORÍFICO................................................................................... 54

4.4 CARGA TÉRMICA .......................................................................................... 55

4.5 SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ................................................................ 57

4.5.1 Serras de corte .............................................................................................. 57

4.5.2 Fluido refrigerante ........................................................................................ 58

4.5.3 Unidades evaporadoras ............................................................................... 59

4.5.4 Unidades condensadoras ............................................................................ 61

4.6 ESTIMATIVA DE CUSTOS ............................................................................. 64

5 CONCLUSÃO ................................................................................................. 67

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 69

APÊNDICE A - Código computacional para dimensionamento da


quantidade de hortaliças estocadas por caixa (EES) ................................ 76

APÊNDICE B - Código computacional para dimensionamento da


quantidade de caixas necessárias para estocagem do salmão (EES) ..... 77

APÊNDICE C - Código computacional para cálculo de carga térmica de


resfriamento do tomate (EES) ..................................................................... 78

APÊNDICE D - Código computacional para cálculo de carga térmica de


resfriamento da cenoura (EES) ................................................................... 81

APÊNDICE E - Código computacional para cálculo de carga térmica de


congelamento do salmão rosado (EES) ..................................................... 84

ANEXO A – Catálogos utilizados para seleção dos equipamentos de


refrigeração. .................................................................................................. 87
20

1 INTRODUÇÃO

Sistemas de refrigeração que um dia se apresentaram como inovação


tecnológica de alto nível, hoje fazem parte da rotina humana, direta ou indiretamente.
Sua presença pode ser verificada como fundamental nos mais diversos setores que
interferem a vida das pessoas. Dentre estes setores, ressaltam-se as aplicações da
refrigeração na busca por conforto térmico em ambientes (LINDBERG et al., 2017),
no desenvolvimento ou armazenamento de produtos farmacêuticos (OZCAN;
AKYAVUZ, 2016) e nos processos existentes na indústria alimentícia (ASTE; DEL
PERO; LEONFORTE, 2017; TSAMOS et al., 2017), sendo esta última aplicação o
ponto central do presente trabalho.
O armazenamento incorreto de alimentos colabora no desenvolvimento de
microrganismos, diminuindo a vida útil dos produtos e tornando-os nocivos à saúde
humana (DURET et al., 2019). Uma vez que se obteve conhecimento disso, o homem
buscou meios para lidar com essa deterioração natural, encontrando na refrigeração
uma forma de retardar este processo (HOFFMANN et al., 2018; HOLSTEIJN; KEMNA,
2018). Em tempos antigos eram utilizadas misturas de sal e gelo para refrigerar
alimentos, entretanto com o avanço da engenharia, os processos de refrigeração
passaram a ser realizados por equipamentos que ao consumir energia elétrica, são
capazes de retirar calor de ambientes, consequentemente dos produtos nele
alocados, sendo tais equipamentos conhecidos como refrigeradores (WANG et al.,
2018).
Desse modo, existem atualmente espaços confinados dedicados ao
resfriamento de alimentos. Ambientes que possuem umidade e temperatura
controladas por um sistema de refrigeração, denominadas de câmaras frigoríficas ou
câmaras frias (RODRIGUES, 2017). Tais salas operam em diferentes faixas de
temperatura, acima de 0º C para resfriamento ou abaixo desta temperatura para
congelamento, obedecendo a necessidade de refrigeração do produto (FRANCO;
VILLA; COSTA, 2017).
Cada produto tem condições próprias de temperatura e umidade requisitadas
em seu armazenamento, variando de acordo com sua origem e composição. Tais
condições devem ser supridas visando preservar as características físico-químicas,
sensoriais e biológicas dos alimentos por períodos de tempo mais extensos,
21

preservando também uma boa aparência (PAULO et al., 2017). Tratando-se de


produtos como o peixe, o armazenamento torna-se ainda mais regrado, visto que este
é um tipo de alimento que facilmente se estraga (FENG et al., 2017). Produtos como
hortaliças também necessitam de processos de refrigeração corretos, caso contrário,
parte da colheita pode tornar-se lixo orgânico (WAISNAWA et al., 2018).
Dessa maneira, o presente trabalho trata do dimensionamento de uma câmara
frigorífica hipotética de grande porte, projetada a partir das definições de
armazenamento de seus produtos e da carga térmica do ambiente de
acondicionamento. Este material encontra-se dividido em cinco tópicos que relatam o
dimensionamento desta câmara, partindo das fundamentações acerca dos processos
de refrigeração e chegando até a determinação dos custos para implementação do
projeto. O primeiro capítulo apresenta uma contextualização do tema, os objetivos do
trabalho e a sua motivação. O referencial teórico utilizado como base para os
dimensionamentos realizados está disposto no segundo capítulo. Seu terceiro capítulo
expõe, de forma detalhada, as metodologias utilizadas para alocar os produtos,
determinar o espaço da câmara, dimensionar a carga térmica de refrigeração,
selecionar o fluido refrigerante além de apresentar os softwares utilizados no decorrer
do projeto. No quarto capítulo são apresentados os resultados do trabalho com uma
discussão detalhada dos valores de carga térmica, seleção dos equipamentos e a
estimativa de custos do projeto. Ao fim, tem-se o quinto capítulo onde são
apresentadas as conclusões e sugestões para trabalhos futuros.

1.1 MOTIVAÇÃO

Conceber uma união entre os conhecimentos adquiridos em sala de aula com


a solução de uma problemática real de engenharia faz parte do processo de formação
de um engenheiro. Uma união como esta pode ser arquitetada através de estágios,
projetos de extensão, projetos de pesquisa ou ainda em trabalhos de conclusão de
curso. Independente do meio, o objetivo final ainda consiste numa formação sólida do
profissional de engenharia, capaz de utilizar a bagagem adquirida ao longo de sua
graduação para solucionar demandas reais de mercado.
Apesar da demanda por interdisciplinaridade, cada engenharia ainda dispõe de
seus grupos de trabalho específico. Isto não é divergente para a engenharia
mecânica, que como outras engenharias conta com seus diferentes setores. Dentre
22

estes setores, destaca-se para o presente trabalho a área térmica, que pode ainda ser
dividida em outras subáreas.
Uma destas é a área de refrigeração, que compreende processos motivados
pelo bem-estar humano direto ou indireto. De forma direta, tem-se como exemplo o
conforto térmico de pessoas presentes em um ambiente. De modo indireto, pode ser
apontado o processo de refrigeração de alimentos, que precisa ser rigorosamente
controlado para alcançar condições específicas de armazenamento que não
comprometam a qualidade do produto e por sua vez não o torne nocivo à saúde
humana.
Focando estas práticas nos sistemas de refrigeração de alimentos, este
trabalho surge fomentado pelo desenvolvimento de uma câmara frigorífica de alta
capacidade de refrigeração, capaz de resfriar toneladas de alimentos e que pode ser
utilizada em contextos reais, como em supermercados, que possuam demandas de
refrigeração semelhantes às apresentadas neste material.

1.2 OBJETIVO GERAL

Dimensionar uma câmara frigorífica para congelamento de 5 T/dia de salmão


rosado e resfriamento de 3 T/dia de tomates e cenouras, localizada na cidade de
Maceió - AL.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Dimensionar a câmara frigorífica;


 Determinar o tipo, material e isolamento da câmara;
 Calcular a carga térmica de refrigeração;
 Selecionar os equipamentos do sistema de refrigeração;
 Selecionar o fluido refrigerante utilizado na câmara;
 Estimar os custos do projeto;
 Desenvolver um código computacional para o cálculo de carga térmica de projetos
como este.
23

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A seguir será realizada uma revisão bibliográfica acerca dos temas que rodeiam
os sistemas de refrigeração, abordando conceitos de transferência de calor,
isolamento térmico, sistemas de refrigeração e fluidos refrigerantes. Uma vez que o
trabalho consiste no dimensionamento de uma câmara frigorífica, a teoria por trás
destes conceitos estão presentes no sistema e sua compreensão é necessária para
que o projeto seja dimensionado da forma correta.

2.1 TRANSFERÊNCIA DE CALOR

A transferência de calor consiste na ciência responsável por estudar as taxas


de transferência de calor, descrevendo as interações térmicas existentes entre os
corpos (ÇENGEL; GHAJAR, 2012). Diferentemente da termodinâmica clássica que
analisa os estados termodinâmicos iniciais e finais, a transmissão de calor tem como
objetivo determinar como ocorre esse processo de troca térmica (INCROPERA et al.,
2014). O principal conceito que rege essas interações é o de calor. Este pode ser
caracterizado como a forma de energia que pode ser transferida de um sistema para
outro em consequência da diferença de temperatura entre eles (ÇENGEL; GHAJAR,
2012).
Calor é energia térmica em movimento, dessa forma, não é possível mensurá-
lo de modo concreto, sendo assim, utiliza-se de uma análise comparativa entre os
estados termodinâmicos dos corpos para defini-lo (BEJAN et al., 1996). Além da
diferença de temperatura se faz necessário um mecanismo para que o calor seja
transportado (ÇENGEL; GHAJAR, 2012), dessa forma, existem três mecanismos de
transferência de calor: condução, convecção e radiação (INCROPERA et al., 2014).

2.1.1 Condução

A troca de calor por condução consiste na transferência de energia térmica


entre as partículas que compõem um sistema, partindo das partículas mais
termicamente energizadas e alcançando as menos energizadas (INCROPERA et al.,
2014). Comum em sistemas sólidos e fluidos em repouso, a transferência de calor por
meio de condução ocorre pela vibração continuada das moléculas (ÇENGEL;
GHAJAR, 2012). Para coordenadas retangulares têm-se a equação geral da
condução (Equação 01).
24

𝑘 + 𝑘 + 𝑘 + 𝑒̇ = 𝜌𝑐 , (01)

Onde 𝑘 é a condutividade térmica do material; 𝑇 é a temperatura; , e

são as variações de temperatura ao longo dos eixos cartesianos; 𝑒̇ é a geração

interna de calor; 𝜌 é a densidade do material; 𝑐 é o calor específico do material e é

a variação da temperatura ao longo do tempo.


A equação anterior possui solução complexa. Em problemas simplificados, com
condições de regime estacionário de condução, material homogêneo, energia gerada
desconsiderada, condutividade térmica constante, transferência de calor
unidimensional em uma parede plana, é comum utilizar a Equação 02 para calcular
taxa condução térmica.

𝑄̇ = −𝑘𝐴 , (02)

Na qual 𝑄̇ é a taxa de transferência de calor por condução; 𝐴 é área de

condução e é variação de calor ao longo da espessura da parede. Esta equação é

denominada lei da condução térmica de Fourier (ÇENGEL; GHAJAR, 2012). É


possível observar que a taxa de condução de calor é resultado de uma combinação
entre o gradiente de temperatura, das dimensões do corpo que transporta a energia e
do material, representado pela sua condutividade térmica (ÇENGEL; GHAJAR, 2012).
O sinal negativo na Equação 02 serve para garantir o valor positivo do fluxo na direção
positiva do eixo de coordenada (INCROPERA et al., 2014).

2.1.2 Convecção

A convecção é o mecanismo de transferência de calor entre um líquido ou gás


adjacente e uma superfície sólida, estando o primeiro em movimento, combinando
efeitos de condução e de movimentação de um fluido (ÇENGEL; GHAJAR, 2012).
Essa transferência de calor por convecção pode ocorrer de forma natural
(convecção natural), ocorrendo no deslocamento do fluido devido a variação de
densidade, resultante da diferença de temperatura; ou de forma forçada, quando o
fluido é compelido através de um equipamento, como por exemplo um ventilador
25

(INCROPERA et al., 2014). A taxa de transferência de calor é calculada mediante uso


da lei do resfriamento de Newton (Equação 03) (ÇENGEL; GHAJAR, 2012).

𝑄̇ = ℎ𝐴 (𝑇 − 𝑇 ), (03)

Onde 𝑄̇ é a taxa de transferência de calor por convecção; ℎ é o coeficiente


de transferência de calor por convecção; 𝐴 é a área de superfície; 𝑇 e 𝑇 são as
temperaturas da superfície e do ambiente, respectivamente. Diferentemente do
coeficiente de condutividade térmica para o caso dos sólidos, o chamado coeficiente
de transferência de calor por convecção (h) não é uma propriedade do fluido e sim um
parâmetro determinado experimentalmente, sendo resultado das relações das
variáveis que influenciam a convecção (INCROPERA et al., 2014).

2.1.3 Radiação

A radiação trata da energia emitida pela matéria e ocorre sob a forma de ondas
eletromagnéticas e diferentemente da transferência de calor por condução ou
convecção, a transferência por radiação não necessita de um meio físico para que se
ocorra (ÇENGEL; GHAJAR, 2012).
Todos os corpos emitem radiação térmica, tornando-se isto uma exceção
apenas se o corpo se encontrar na temperatura de zero absoluto (ÇENGEL; GHAJAR,
2012). A radiação compreende um fenômeno volumétrico, sendo assim, todos os
sólidos, líquidos e gases emitem, transmitem ou absorvem radiação (ÇENGEL;
GHAJAR, 2012). Anexo ao conceito de radiação, tem-se ainda a definição de corpo
negro: uma superfície idealizada capaz de emitir e absorver a máxima taxa de
radiação em uma determinada temperatura (ÇENGEL; GHAJAR, 2012). Essa taxa
máxima de radiação é dada pela Equação 04.

𝑄̇ , á = 𝜎𝐴 𝑇 , (04)

Onde 𝑄̇ , á é a máxima taxa de transferência de calor por radiação e 𝜎 é a


constante de Stefan-Boltzmann. Conhecida como lei de Stefan-Boltzmann da radiação
térmica, a taxa máxima de radiação emitida é resultado das relações entre a área da
superfície, da temperatura do corpo e da constante também chamada de constante
de Stefan-Boltzmann (INCROPERA et al., 2014). A equação para a radiação emitida
por corpos reais (ÇENGEL; GHAJAR, 2012), consiste na Equação 05.
26

𝑄̇ = 𝜀𝜎𝐴 𝑇 , (05)

Na qual 𝑄̇ é a taxa de transferência de calor por radiação e 𝜀 é a


emissividade da superfície. A nova equação traz o conceito de emissividade da
superfície, que representa a medida do quanto uma superfície se assemelha ao
comportamento de um corpo negro (INCROPERA et al., 2014). Trata-se de um fator
que varia entre 0 e 1, sendo este último valor considerado a emissividade de um corpo
negro, que retorna à equação de radiação máxima emitida (ÇENGEL; GHAJAR,
2012). Desse modo, enfatiza-se que corpos reais possuem emissividade inferior à do
corpo negro (INCROPERA et al., 2014).

2.2 ISOLAMENTO TÉRMICO

Materiais que possuem a capacidade de reduzir o fluxo de calor entre os


corpos, assim, dificultando o processo de troca de calor entre estes são denominados
isolantes térmicos (INCROPERA et al., 2014). Todo material transporta calor através
de suas moléculas, entretanto alguns são mais predispostos a tal ação, como é o caso
dos metais (INCROPERA et al., 2014). Os metais são caracterizados pela sua
capacidade de perder elétrons, deixando-os livres e possibilitando o rápido trânsito de
calor e eletricidade (CALLISTER; RETHWISCH, 2016). Desse modo, na busca por
isolantes térmicos, se opta por materiais do tipo cerâmico ou polimérico devido a
estrutura de suas ligações atômicas (CALLISTER; RETHWISCH, 2016).
O isolamento pode acontecer quando se deseja a conservação da baixa
temperatura interna, a exemplo das salas refrigeradas; ou ainda quando o objetivo é
impedir a saída de calor interno, prezando pela segurança, tal como ocorre em
tubulações de vapor (ÇENGEL; BOLES, 2013).

2.3 REFRIGERAÇÃO

Um sistema termodinâmico real apresenta irreversibilidades em seu processo,


ocorrendo em vários de seus componentes. Para se realizar uma análise nesse tipo
de sistema, é comum utilizar ciclos idealizados capazes de representá-los (VAN
WYLEN et al., 2013). Isto é válido para variados sistemas como o ciclo de potência a
vapor, ciclo de potência a gás e o ciclo de refrigeração por compressão de vapor
27

(ÇENGEL; BOLES, 2013). Este último representa, como sugere seu nome, o processo
de refrigeração realizado por um sistema de compressão de vapor.
O processo natural de transferência de calor possui um sentido, sendo assim,
o calor tende a sair de um meio com maior temperatura e ir no sentido de um com
menor temperatura (ÇENGEL; BOLES, 2013). Existem ainda equipamentos que ao
consumir trabalho, são capazes de retirar calor de ambientes refrigerados e depositá-
los em ambientes mais quentes, como é o caso do refrigerador (ÇENGEL; BOLES,
2013).
Este equipamento pode ser utilizado para finalidades de armazenamento ou
desenvolvimento de produtos químicos, farmacêuticos e alimentícios, além de sua
utilização para o fornecimento de conforto térmico em ambientes fechados (MILLER
R.; MILLER M., 2014).
Para um sistema de refrigeração por compressão de vapor, pode-se observar
na Figura 01 uma representação de ciclo ideal.

Figura 01 - Ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor.

Fonte: Çengel; Boles (2013).


O processo básico de refrigeração, representado por esse ciclo idealizado,
ocorre da seguinte forma: respeitando quatro passos fundamentais: compressão
isentrópica (1-2), rejeição de calor à pressão constante (2-3), expansão isentrópica (3-
4) e absorção de calor à pressão constante (4-1) (ÇENGEL; BOLES, 2013).
28

Além das representações esquemáticas, utiliza-se também diagramas que


relacionam propriedades termodinâmicas e permitem uma melhor observação do
comportamento do fluído de trabalho ao longo do ciclo (VAN WYLEN et al., 2013).
Para o ciclo de refrigeração, os principais diagramas utilizados são o T-s (Figura 02),
que relaciona temperatura e entropia do fluido; e o P-h (Figura 03), que associa a
pressão e a entalpia (ÇENGEL; BOLES, 2013).

Figura 02 - Diagrama T-s do ciclo ideal de refrigeração por compressão de vapor.

Fonte: Çengel; Boles (2013).


Figura 03 - Diagrama P-h do ciclo de refrigeração ideal de compressão por vapor.

Fonte: Çengel; Boles (2013).


Analisando os diagramas, observa-se que a redução de temperatura ocorre
quando o fluido refrigerante passa pelo dispositivo de expansão (3-4). Isso acontece
devido à queda súbita de pressão que o fluido é submetido (ÇENGEL; BOLES, 2013).
A nível didático, os ciclos são representados com cada componente separado.
Em sistemas reais, é comum encontrar um equipamento composto que engloba mais
29

de um equipamento do ciclo de refrigeração, como é o caso da unidade condensadora,


que compreende condensador e compressor (STOECKER, 2018; MILLER R, 2014).
Não apenas isso, mas um mesmo sistema pode contar com mais de um equipamento
do mesmo tipo, ocorrendo isso principalmente em condições de alta demanda
frigorífica (STOECKER; JABARDO, 2018).
Mediante o uso dos diagramas, a análise termodinâmica do ciclo é facilitada
tornando-se possível determinar valores de energia interna, trabalho, fluxo de massa
e variação de exergia (VAN WYLEN et al., 2013). Estes valores são obtidos por
intermédio de equações termodinâmicas fundamentais que regem o funcionamento
dos ciclos. A primeira delas consiste na primeira lei da termodinâmica (Equação 06)
que afirma que é impossível criar ou destruir energia, podendo apenas transformá-la
(ÇENGEL; BOLES, 2013).

= ∫ 𝑢+ + 𝑔𝑧 𝜌𝑑𝑉 + ∫ 𝑢+ + 𝑔𝑧 (𝜌𝑉𝑒𝑙⃗ ∙ 𝑛)⃗𝑑𝐴, (06)

Onde é a variação da energia do sistema ao longo do tempo; 𝑉𝐶 é o volume

de controle; 𝑢 é a energia interna por unidade de massa; 𝑉𝑒𝑙 é a velocidade; 𝑔 a


aceleração da gravidade; 𝑧 a altura; 𝑉 o volume; 𝑆𝐶 a superfície de controle; 𝑛⃗ o vetor
velocidade e 𝐴 a área da seção transversal. A variação de energia de um sistema é
resultado da relação entre a energia total fornecida para o sistema e a energia total
extraída dele (ÇENGEL; BOLES, 2013).
O balanço de massa em um determinado volume de controle pode ser definido
pela Equação 07.

∫ 𝜌𝑑𝑉 = ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇ , (07)

Na qual 𝑚̇ representa o fluxo de massa. Tal equação é denominada equação


da conservação da massa e afirma que a massa que passa por um determinado
volume de controle é conservada (MORAN et al., 2014). Em um regime permanente,
toda a massa que adentra nesse volume deve ser igual a massa que sai dele (VAN
WYLEN et al., 2013).
Tem-se ainda a análise de entropia do sistema. Esta propriedade pode ser
compreendida como uma mensuração da desordem molecular do objeto de estudo,
nesse caso o fluído refrigerante (ÇENGEL; BOLES, 2013). Considerações de
30

processos isentrópicos são puramente teóricas, uma vez que todo processo real gera
modificação da entropia do sistema (VAN WYLEN et al., 2013). Essa variação de
entropia é determinada mediante uso da Equação 08.

∆𝑆 =∫ +𝑆 ̇ , (08)

Onde ∆𝑆 é a variação de entropia do sistema; 𝑄 é a transferência de calor e


𝑆 ̇ é a taxa de geração de entropia. É interessante observar que esta equação, como
as outras, trata-se de um balanço, entretanto ela difere das demais por possuir um
termo adicional que representa a geração de entropia. Este termo consiste na entropia
gerada pelo próprio sistema quando tem suas condições alteradas (ÇENGEL; BOLES,
2013). As análises de entropia fazem parte do processo inicial para uma análise maior,
a análise exergética.
Do mesmo modo que a primeira lei da termodinâmica é representada pela
energia, a exergia é a propriedade que representa a segunda lei (MORAN et al., 2014).
Cada ciclo é incapaz de realizar todo o trabalho disponível para suas condições, sendo
parte desse trabalho útil desperdiçado, desse modo, a exergia consiste na medida
desse potencial de realizar trabalho (ÇENGEL; BOLES, 2013). A variação de exergia
de um sistema é determinada com uso da Equação 09.

= ∑(1 − )𝑄̇ − (𝑊 −𝑃 ) − 𝑇 𝑆̇ , (09)

Onde é a variação de exergia do sistema; 𝑇 a temperatura do ambiente

ao redor do sistema; 𝑇 a temperatura na fronteira do sistema; 𝑄̇ a taxa de


transferência de calor na fronteira do sistema; 𝑊 o trabalho; 𝑃 a pressão no
ambiente ao redor do sistema; 𝑉 o volume do sistema. Assim como a equação
de balanço de entropia, essa equação possui um termo adicional, além dos valores
de entrada e saída de exergia do sistema. Esse termo (𝑇 𝑆̇ ) chamado de exergia
destruída é nada mais que o valor de exergia que é desperdiçado pelo sistema, ou
ainda o valor de trabalho que este sistema não consegue aproveitar devido as suas
irreversibilidades (ÇENGEL; BOLES, 2013).
As equações anteriormente descritas (Equações 06-09) podem ainda ser
reescritas em função da massa ou tempo (VAN WYLEN et al., 2013), sendo utilizadas
31

de acordo com as análises que se deseja fazer e os dados disponíveis acerca do


sistema analisado (ÇENGEL; BOLES, 2013).

2.4 FLUIDOS REFRIGERANTES

Qualquer tipo de fluido, utilizado em um sistema de refrigeração, que possua a


capacidade de ser alterado reversivelmente entre estado de líquido e vapor,
absorvendo calor de um determinado ambiente é caracterizado como um fluido
refrigerante (MILLER R.; MILLER M., 2014). Desse modo, tem-se a possibilidade de
utilizar diversos fluidos como refrigerantes, entretanto existem propriedades que
conferem ao fluido em questão a classificação de bom fluido refrigerante
(STOECKER; JABARDO, 2018).
Estas propriedades podem ser descritas como: apresentar boas características
termodinâmicas, isto é, ter um baixo ponto de ebulição; ser estável quimicamente não
reagindo com o contato a outros materiais; não ser tóxico; não ser inflamável; ser
compatível com o óleo lubrificante; ser compatível com os materiais utilizados na
fabricação dos equipamentos; se evaporar a pressões manométricas positivas; ser
facilmente detectável, principalmente em caso de vazamento; apresentar baixo risco
ao meio ambiente; e ter um baixo custo, caso trate-se de um fluido comercial (MILLER
R.; MILLER M., 2014).
Os fluidos refrigerantes são divididos entre classificações. Estas classificações
podem ser referentes a seu modo de absorção de calor (classe 1, classe 2 ou classe
3) ou quanto a sua composição (puro e blended). O detalhamento destas
classificações pode ser visualizado abaixo. Quadro 01 para a forma de absorção de
calor e a Quadro 02 para a sua composição.

Quadro 01 - Classificação dos fluidos refrigerantes quanto a absorção de calor.


Classe Característica
Resfriam mediante extração ou absorção de calor das substâncias
Classe 1
refrigeradas através da absorção de seus calores latentes.

Classe 2 Refrigeram as substâncias através da absorção de seus calores sensíveis.

Soluções que contêm vapores extraídos de agentes liqueficáveis ou meios


refrigerantes. Tais soluções funcionam mediante sua capacidade de carregar
Classe 3
os vapores liqueficáveis. Estes vapores por sua vez, geram um efeito
refrigerante mediante absorção dos seus calores latentes.
Fonte: Miller R. e Miller M. (2014), adaptado pelo autor.
32

Quadro 02 - Classificação dos fluidos refrigerantes quanto a sua composição.


Composição Característica

Compostos integralmente por um único elemento, não apresentando


Puro misturas com outros tipos de fluidos. Possuem habilidade de serem
aplicados de forma líquida ou gasosa nos sistemas de refrigeração.

De modo oposto ao fluido puro, o fluido blended, é um fluido refrigerante


desenvolvido a partir da mistura de outros refrigerantes, não apresentando
Blended integralidade de elementos em sua composição. Por causa da diferença de
densidade entre os fluidos que o compõem, só podem ser aplicados na
forma líquida nos sistemas.
Fonte: Miller R. e Miller M. (2014), adaptado pelo autor.
Os fluidos refrigerantes utilizados são ainda categorizados em quatro tipos:
CFC’s (Cloro, Fluor, Carbono), HCFC’s (Hidrogênio, Cloro, Fluor, Carbono), HFC’s
(Hidrogênio, Fluor, Carbono) e HC’s (Hidrocarbonos). O Quadro 03 apresenta de
forma sintetizada algumas informações a respeito destes fluidos.

Quadro 03 - Classificação dos fluidos refrigerantes comumente utilizados.


Tipo Utilização Segurança Custo Exemplos

Ar-condicionado
de automóveis; Não são inflamáveis; R-11
Refrigeração Apresentam alto índice de R-12
CFC’s Baixo custo.
comercial; prejuízo a atmosfera e à R-14
Refrigeração camada de ozônio. R-500
doméstica.
Não inflamáveis;
R-22
Possuem contribuição
Ar-condicionado significativa para o
R-123
de janela; aquecimento global e são
HCFC’s Baixo custo.
Split; nocivos ao ambiente,
R-409A
Outros. entretanto tem baixo potencial
de destruição da camada de
ozônio. R-401A

Bom custo-
Não inflamáveis; benefício,
R-134A
Refrigeração Não são nocivos à camada de entretanto, torna-
comercial; ozônio, entretanto contribuem se
HFC’s R-12
Câmaras significativamente para o consideravelmente
frigoríficas. aquecimento global e são caros pois
R-404A
danosos ao ambiente. necessitam de
óleos polioléster.

Inflamáveis;
Inodoros e incolores (difícil
Eletrodomésticos; Baixo custo de
detecção);
Expositores aquisição, porém R-600
HC’s Não nocivos ao ambiente, à
frigoríficos; alto custo de R-290
camada de ozônio e possuem
Freezers. manutenção.
pouca contribuição para o
aquecimento global.
Fonte: Miller R. e Miller M. (2014), adaptado pelo autor.
33

3 METODOLOGIA

3.1 PARÂMETROS INICIAIS

As premissas deste projeto são:


 Localização: Maceió, AL.
 Congelamento: 5 T/dia de salmão rosado.
 Resfriamento: 3 T/dia de tomates e cenouras.
 Número de funcionários: 5.
 Equipamentos: 2 motores elétricos de até 6 CV de potência cada.
Esses dados foram determinados de modo aleatório, com intuito de demonstrar
que estas condições são responsáveis diretas pela carga térmica final do projeto.
Sendo assim, o projeto não foi desenvolvido para um destinatário predeterminado.
O dimensionamento espacial da câmara foi realizado a partir da coleta de
informações a respeito dos procedimentos de estocagem dos alimentos, neste caso
as hortaliças e o salmão rosado. Assim, foi possível determinar o espaço que estes
produtos ocupariam na câmara e o melhor meio de alocá-los no ambiente. A seção
3.3 apresenta detalhadamente a metodologia para estoque e dimensionamento
espacial utilizada.
Para o cálculo da carga térmica foram consideradas as instruções
estabelecidas pela ASHRAE em seu manual de refrigeração (Refrigeration
Handbook), utilizando as equações lá descritas (ASHRAE, 2010), metodologia
também utilizada nos materiais de Oliveira (2016) e Sousa et al. (2015). A carga
térmica total na câmara é o resultado do somatório dos diferentes tipos de
carregamento térmico: de produto, de respiração (no caso de vegetais), de infiltração,
de iluminação, por transmissão de calor entre meios, devido à presença de pessoas
e dissipados através de equipamentos elétricos. Esta etapa está descrita na seção
3.4.
Com os valores de carga térmica determinados, foram consultados catálogos
de fabricantes e distribuidores de equipamentos de refrigeração para seleção dos
equipamentos e estimativa dos custos para o projeto. Não faz parte do escopo deste
trabalho o dimensionamento das tubulações do sistema de refrigeração nem a
alocação da câmara dentro de alguma estrutura.
34

3.2 SOFTWARES

Para construir os desenhos 2D foi utilizado o software AutoCAD 2019,


disponibilizado pela Autodesk como um programa de computador capaz de auxiliar
profissionais de diversas áreas como engenharia e arquitetura no desenvolvimento de
projetos gráficos, como sugere a sigla CAD (computer-aided design) em seu nome
(AUTODESK, 2021).
Os desenhos 3D foram desenvolvidos no INVENTOR 2018 e REVIT 2019,
ambos também distribuídos pela Autodesk. O primeiro é utilizado para a criação de
protótipos visuais em três dimensões (AUTODESK, 2021). Já o segundo, consiste
num software BIM (Building Information Modeling) focado na utilização de informações
paramétricas para construção virtual relacionando 2D e 3D em um projeto de forma
inteligente (AUTODESK, 2021).
Os códigos computacionais foram desenvolvidos na plataforma EES
(Engineering Equation Solver), software desenvolvido e distribuído pela F-chart
Software. Esta ferramenta consiste num programa geral de resoluções de equações
algébricas, não lineares e diferenciais acopladas, além de possuir uma biblioteca
integrada de funções e propriedades termodinâmicas (F-CHART SOFTWARE, 2021).
Por fim, enfatiza-se que todos os softwares mencionados foram utilizados em suas
versões estudantis.

3.3 DIMENSIONAMENTO DA CÂMARA FRIGORÍFICA

Existem diferentes órgãos que instruem como deve ser feito o armazenamento
de alimentos. Para o caso das hortaliças, um dos órgãos atuantes é a EMBRAPA
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Cada hortaliça possui uma condição
específica de armazenamento no que diz respeito a temperatura e umidade relativa
(LUENGO et al., 2007). Já quanto ao peixe, apenas devido ao fato de trabalhar-se
com congelamento já apresenta condições de armazenamento diferentes das
hortaliças. Desse modo, optou-se pelo dimensionamento de três câmaras frias
integradas, sendo uma para cada tipo de produto.

3.3.1 Armazenamento

Para determinar o espaço ocupado pelos produtos armazenados utilizou-se a


densidade de estocagem ou densidade aparente e a massa do produto estocado.
35

Para as hortaliças, serão utilizadas caixas plásticas retornáveis indicadas para


operação em câmaras frias, sendo uma das possíveis embalagens para estes
produtos (LUENGO et al., 2007). Foi inicialmente dividida pela metade a quantidade
de tomates e cenouras, desse modo serão estocados 1500 kg de cada.
Após selecionar a caixa utilizada para estocar as hortaliças, se faz necessário
ainda o valor da densidade aparente delas para poder obter-se a quantidade de massa
que cada caixa plástica consegue comportar e por sua vez a quantidade total de
caixas. Luengo (2005) apresenta em seus estudos os valores de densidade aparente
de algumas hortaliças, em g/cm3. Realizando uma extração em seu material, os
valores de densidade para o tomate e a cenoura podem ser visualizados na Tabela
01.

Tabela 01 - Densidade aparente das hortaliças armazenadas.


Produto Densidade aparente [g/cm3]
Cenoura 0,55
Tomate 0,55
Fonte: Luengo (2005), adaptado pelo autor.
Devido a igualdade dos valores de densidade aparente das hortaliças será
necessária a mesma quantidade de caixas para armazenar ambos os produtos. Ainda
segundo Luengo (2005), a equação utilizada para encontrar o resultado de massa
comportada, em posse do volume da caixa de armazenamento e da densidade
aparente da hortaliça, é dada por:

𝑀 =𝜌 𝑉 , (10)

Na qual 𝑀 é a massa comportada por caixa; 𝜌 a densidade aparente


do produto e 𝑉 o volume da embalagem. Assim, obtém-se o valor de massa
comportada dentro de cada caixa. Para se obter o valor total de caixas basta dividir o
valor total de massa a se armazenar pelo valor de massa por caixa, como mostra a
Equação 11.

𝑀
𝑄𝑡𝑑 = , (11)
𝑀

Onde 𝑀 é a massa total do produto e 𝑄𝑡𝑑 a quantidade total de caixas


necessárias. As medidas das embalagens devem ter dimensões que permitam
empilhamento e que este seja feito preferencialmente em pallets com medidas de 1,2
36

m x 1 m (BRASIL, 2002). Desse modo, como apoio para o armazenamento dessas


caixas serão utilizados pallets plásticos capazes de suportar as temperaturas internas
da câmara. Após a obtenção da quantidade de caixas é possível distribuí-las nos
pallets e encontrar então o espaço ocupado por estes, permitindo por fim dimensionar
o espaço das salas de armazenamento do tomate e da cenoura.
Já para o salmão rosado houve dificuldade de encontrar um valor de densidade
de estocagem. Sendo assim, algumas considerações foram feitas para dimensionar o
espaço de armazenamento do peixe. Inicialmente foi considerado o peso médio de 2
kg (RUGGERONE; IRVINE, 2018), considerando os piores casos, uma vez que a
maior parte das amostras analisadas pelos autores apresentavam-se com peso
abaixo dessa média. Como medida de comprimento foi considerada uma média de 45
cm (FISHBASE, 2021). De modo semelhante às hortaliças, os peixes também serão
armazenados em caixas plásticas retornáveis. Estas caixas serão armazenadas em
estantes de material metálico capazes de suportar as cargas exercidas pelo peso do
produto.
Por fim, com base nas dimensões geométricas do pallet e da estante, junto ao
resultado da quantidade de caixas necessárias para comportar os produtos,
determina-se a quantidade de equipamentos de suporte necessários para o
armazenamento.

3.3.2 Material da câmara e Isolamento Térmico

Quanto ao tipo de câmara foram considerados dois modelos: os de painéis


modulares e os de alvenaria. Para definir qual o tipo de câmara utilizado, considerou-
se três fatores: facilidade de construção/montagem, de limpeza e custo de
implementação. Estes fatores são apresentados na Tabela 14.
Para o isolamento térmico foram cogitados os tipos mais comuns utilizados em
construções de câmara frigorífica: poliuretano expandido e poliestireno expandido
(TECTERMICA, 2021). Na Tabela 02 consta os valores de condutividade térmica para
os dois materiais isolantes considerados.

Tabela 02 - Condutividade térmica dos isolantes.


Isolante Condutividade térmica [W/mK]
Poliuretano expandido 0,017
Poliestireno expandido 0,035
Fonte: Bolsoni (2008), adaptado pelo autor.
37

Deste modo, observa-se que para a mesma espessura de isolamento a


condutividade térmica do poliestireno expandido é pouco mais que o dobro do
poliuretano. Além disso, tem-se que o poliuretano conta com uma boa
impermeabilidade, é inodoro e resistente a propagação de chama. A seleção final foi
feita levando em conta os fatores de: condutividade térmica, resistência a
deterioração, inflamabilidade, densidade, livre de microrganismos, de odores e
resistente a absorção de água (CHAGAS, 2012).

3.4 CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA

3.4.1 Produto

Em sistemas de refrigeração para produtos alimentícios, grande parte da carga


térmica está associada ao processo de retirada de calor dos alimentos até sua
temperatura padrão de armazenamento, resfriando-o ou submetendo-o ao
congelamento. A Equação 12 determina a quantidade de calor que deve ser removido
para resfriar o produto de uma temperatura inicial de entrada na câmara até uma
temperatura de armazenamento acima da temperatura de congelamento (ASHRAE,
2010).

𝑄 = 𝑚 𝑐 (𝑡 − 𝑡 ), (12)

Onde 𝑄 é o calor de resfriamento do produto; 𝑚 a massa do produto; 𝑐 o


calor específico do produto acima da temperatura de congelamento; 𝑡 a temperatura
inicial do produto e 𝑡 a temperatura de armazenamento do produto. Caso o
procedimento tenha a intenção de congelar o produto, a equação apresentada acima
sofre uma leve alteração, tornando-se a Equação 13 e duas novas equações são
acrescentadas no cálculo de carga de produto, sendo elas equação de calor retirado
no congelamento (Equação 14) e a equação de resfriamento abaixo da temperatura
de congelamento (Equação 15) (ASHRAE, 2010).

𝑄 = 𝑚 𝑐 (𝑡 − 𝑡 ), (13)

𝑄 =𝑚 ℎ , (14)
38

𝑄 = 𝑚 𝑐 (𝑡 − 𝑡 ), (15)

Onde 𝑄 é o calor refrigerado até a temperatura de congelamento do


produto; 𝑡 a temperatura de congelamento do produto; 𝑄 o calor retirado para
congelamento do produto; ℎ o calor latente de fusão; 𝑄 o calor refrigerado da
temperatura de congelamento até a temperatura de armazenamento congelado do
produto; 𝑐 é o calor específico do produto abaixo da temperatura de congelamento.
A Equação 16 relaciona os processos de resfriamento/congelamento com a
quantidade de tempo levado para realizá-los.

𝑄 + 𝑄 + 𝑄
𝑄 = (16)
3600𝑛

Na qual 𝑄 é a carga térmica total removida do produto e 𝑛 o tempo,


em horas, que o produto leva para resfriar/congelar. Se o produto passar por
congelamento, os três resultados (Equações 13-15) são somados, caso seja apenas
resfriado, utiliza-se unicamente o valor obtido através da Equação 12. É possível ainda
acrescer o resultado acima em 10% como meio de compensar a carga térmica das
embalagens não considerada no cálculo (ASHRAE, 2010).

3.4.2 Respiração

O calor desprendido de produtos vegetais, conhecido como calor de respiração


também é levado em conta no cálculo de carga térmica. A temperatura é diretamente
proporcional ao calor devido a respiração, logo quanto menor for a temperatura, menor
será esse calor desprendido (ASHRAE, 2010). A Tabela 03 apresenta os valores de
respiração para o tomate e a cenoura. Para obter a carga térmica de respiração, basta
multiplicar valor de calor de respiração do produto pela sua massa, como mostra a
Equação 17.

Tabela 03 – Calor de respiração para o tomate e a cenoura.


Temperatura mínima de dados Calor de respiração
Produto
disponíveis [ºC] [mW/kg]

Tomate 15 79,1
Cenoura 0 20,4
Fonte: ASHRAE (2010), adaptado pelo autor.
39

𝑄 =𝑚 𝐶 , (17)

Onde 𝑄 é a carga térmica devido ao calor de respiração e 𝐶 o calor de


respiração. O valor apresentado na Tabela 03 para o tomate é para a temperatura de
15 ºC, não havendo dados disponíveis para temperaturas inferiores na tabela original.
Como visto, o calor de respiração reduz com a redução da temperatura, desse modo
não há prejuízo algum em utilizar o valor determinado para 15 ºC.

3.4.3 Infiltração

A transferência de calor por infiltração ocorre fundamentalmente quando a porta


de um ambiente refrigerado é aberta para um ambiente a temperaturas mais elevadas
que este. A diferença existente entre as massas de ar interno e externo fazem com
que estes troquem calor como mostra a Figura 04.

Figura 04 - Movimentação das massas de ar através da porta de uma câmara fria.

Fonte: ASHRAE (2010), adaptado pelo autor.


A carga térmica proveniente dessa movimentação das massas de ar é dada
por (ASHRAE, 2010):

𝑄 = 𝑞𝐷 𝐷 (1 − 𝐸), (18)

Onde 𝑄 é a carga térmica de infiltração para um período de 24h; 𝑞 a carga


de refrigeração sensível e latente para um fluxo de ar totalmente estabelecido; 𝐷 o
fator de tempo de abertura da porta; 𝐷 o fator de fluxo de ar na porta e 𝐸 a efetividade
do equipamento de proteção da porta. Os valores de 𝐷 e 𝐸 são valores predefinidos
40

que variam de acordo com as condições da câmara e o tipo de equipamento de


proteção da porta, respectivamente. Já os valores de 𝑞 e 𝐷 são calculados. Para o
primeiro deles, utiliza-se a Equação 19 desenvolvida empiricamente para relacionar
as dimensões da câmara com propriedades das massas de ar (ASHRAE, 2010).

,
𝑞 = 0,221𝐴 (ℎ − ℎ )𝜌 1− (𝑔𝐻 ) ,
𝐹 , (19)

Onde 𝐴 é a área da porta; ℎ e ℎ são as entalpias do ar infiltrado e do ar


refrigerado, respectivamente; 𝜌 e 𝜌 são as densidades do ar refrigerado e do ar
infiltrado, respectivamente; 𝐻 a altura da porta e 𝐹 o fator de densidade. Para
encontrar este último, faz-se uso da Equação 20 (ASHRAE, 2010).

,
𝐹 =[ ]
(20)

Para o segundo valor calculável (𝐷 ) utiliza-se a Equação 21.

( )
𝐷 = (21)

Na qual 𝑃 é o número de passagens pela porta; 𝜃 o tempo de abertura e


fechamento da porta por passagem; 𝜃 o tempo em que a porta permanece aberta; 𝜃
o tempo de referência (diário ou em outro período).

3.4.4 Transmissão de calor

Os ganhos de calor latente através de pisos, paredes e tetos são desprezíveis,


sendo considerados apenas os ganhos de calor sensível (ASHRAE, 2010). Devido a
câmara ser dimensionada de modo a estar em um ambiente fechado, a transferência
de calor por radiação pode ser desconsiderada. Desse modo, a Equação 22 pode ser
utilizada para calcular o carregamento térmico associado a transferência de calor.

𝑄 = 𝑈𝐴 (𝑡 − 𝑡 ) (22)

Onde 𝑄 é a carga térmica devido a transmissão de calor entre meios; 𝑈 o


coeficiente global de transferência de calor; 𝐴 é a área externa total onde há troca
de calor; 𝑡 a temperatura interna de operação da câmara; 𝑡 a temperatura externa.
41

O ponto central da equação consiste no coeficiente global de transferência de calor


(U), que engloba os processos de transmissão de calor devido a condução e a
convecção, conforme mostra a Equação 23.

𝑈= , (23)

Na qual ℎ é condutância da superfície interna; 𝑥 a espessura da parede e ℎ é


condutância da superfície externa. Em sistemas com paredes espessas e bem
isoladas, obtém-se uma baixa condutividade entre os meios. Nessas condições, os
valores de e tornam-se tão baixos que podem ser suprimidos. Em geral, paredes

são compostas de mais de um material. Sendo assim, utiliza-se uma resistência


composta do material, representada pelo fator . Por fim, para paredes do tipo

sanduíche, ou seja, chapas que prensam um isolante, o coeficiente global de


transmissão de calor pode ser reescrito na forma da Equação 24, onde os valores de
x consistem nas espessuras dos materiais que compõem a parede e k seus
respectivos valores de condutividade térmica.

𝑈= , (24)

3.4.5 Pessoas

Teoricamente qualquer corpo acima do zero absoluto possui calor em si, de tal
modo, estando com temperatura acima de 0 K, pessoas também geram carga térmica
no ambiente em que estão inseridas. ASHRAE (2010) disponibiliza como meio de
calcular o calor gerado por estas pessoas no ambiente refrigerado a Equação 25.

𝑞 = 272 − 6(𝑡 ), (25)

Onde 𝑞 é o calor equivalente gerado por pessoa. Dessa maneira encontra-se


o calor aproximado que cada pessoa libera, de tal modo que para se obter o calor total
que as pessoas dentro do meio refrigerado depositam no ambiente basta apenas
multiplicar o calor equivalente por pessoa pela quantidade de pessoas, conforme
mostra a Equação 26.
42

𝑄 =𝑛 𝑞 , (26)

Na qual 𝑄 é o calor total gerado por pessoas e 𝑛 o número total de


pessoas.

3.4.6 Iluminação

Lâmpadas também são equipamentos responsáveis por dissipar calor e assim


devem ser consideradas nos cálculos de carga térmica, conforme Equação 27
(ASHRAE, 2010).

𝑄 = 𝑊𝐴 𝐷 (27)

Onde 𝑄 é a carga térmica de iluminação; 𝑊 é a taxa de iluminação; 𝐴 a


área total de piso e 𝐷 o tempo de utilização em horas por dia. O tempo de utilizado
é comumente considerado o mesmo tempo em que os trabalhadores operam dentro
da câmara. A taxa de iluminação em câmaras frias é de 10 W/m (ASHRAE, 2010).

3.4.7 Equipamentos

Equipamentos elétricos utilizados dentro da câmara também são responsáveis


por dissipar calor no ambiente, entretanto ao invés de se realizar cálculos, ASHRAE
(2010) disponibiliza uma relação entre o calor dissipado pelo equipamento com sua
potência, conforme mostra a Tabela 04.

Tabela 04 - Ganho de calor por equipamentos elétricos.


(continua)

Localização do motor e equipamento acionado em


relação ao espaço condicionado ou fluxo de ar
A B C
Motor e Motor fora e Motor dentro e
Eficiência do
Motor Potência equipamento equipamento equipamento
motor com
avaliado nominal acionado acionado acionado fora
carga máxima
[kW] [rpm] dentro do dentro do do ambiente
[%]
ambiente [W] ambiente [W] [W]
0,04 1500 35 105 35 70
0,06 35 170 59 110
0,09 35 264 94 173
0,12 35 340 117 223
43

Tabela 04 - Ganho de calor por equipamentos elétricos.


(conclusão)

Localização do motor e equipamento acionado em


relação ao espaço condicionado ou fluxo de ar
A B C
Motor e Motor fora e Motor dentro e
Eficiência do
Motor Potência equipamento equipamento equipamento
motor com
avaliado nominal acionado acionado acionado fora
carga máxima
[kW] [rpm] dentro do dentro do do ambiente
[%]
ambiente [W] ambiente [W] [W]
0,19 1750 54 346 188 158
0,25 56 439 246 194
0,37 60 621 372 249
0,56 1750 72 776 557 217
0,75 75 993 747 249
1,1 77 1453 1119 334
1.5 79 1887 1491 396
2,2 81 2763 2238 525
Fonte: ASHRAE (2010), adaptado pelo autor.

3.5 DADOS DE ENTRADA

Nas tabelas abaixo estão compilados os dados de entrada utilizados nos cinco
códigos computacionais desenvolvidos. Na Tabela 05 constam os dados para o
cálculo da quantidade de caixas necessárias para armazenar as hortaliças (apêndice
A).

Tabela 05 - Dados de entrada para cálculo de armazenamento das hortaliças.


Dados Valores Referência
Volume útil da caixa 46 L LOPLAST (2021)
Massa da caixa vazia 2 kg LOPLAST (2021)
Massa total do tomate 1500 kg -
Densidade aparente do tomate 0,55 g/cm Luengo (2005)
Massa total da cenoura 1500 kg -
Densidade aparente da cenoura 0,55 g/cm Luengo (2005)
Fonte: Autor (2021).
É interessante observar que os dados que não estão referenciados
correspondem às determinações do autor, seja no escopo do projeto ou como
estimativa inicial para o cálculo. Esta afirmação é válida para todas a tabelas
presentes nesta seção. A Tabela 06 apresenta os dados utilizados nos cálculos de
estocagem do salmão rosado (apêndice B).
44

Tabela 06 - Dados de entrada para cálculo de armazenamento do salmão rosado.


Dados Valores Referência
Massa total de salmão 5000 kg -
Massa média do salmão 2 kg Ruggerone e Irvine (2018)
Quantidade desejada de estantes 6 -
Quantidade desejada de prateleiras 4 -
Massa da caixa vazia 2 kg LOPLAST (2021)
Fonte: Autor (2021).
Na Tabela 07 estão os dados utilizados no cálculo de carga térmica, servindo
para alimentar os códigos dispostos nos apêndices C, D e E.

Tabela 07 - Dados de entrada para cálculo de carga térmica de todos os produtos.


(continua)

Item Tomate Cenoura Salmão Referência


Massa [kg] 1500 1500 5000 -
CE acima da temp. de cong. [kJ/kg ∙ K]. 4,02 3,92 3,68 ASHRAE (2010)
CE abaixo da temp. de cong. [kJ/kg ∙ K]. - - 2,17 ASHRAE (2010)
Calor latente de fusão [kJ/kg]. - - 255 ASHRAE (2010)
Temp. de entrada na câmara [º C] 25 25 25 -
Temp. de cong. [º C] - - -2,2 ASHRAE (2010)
Luengo et al.
Temp. de armazenamento [ºC] 8 0 -18 (2007)
Brasil (2017)
Tempo para resfriamento [h] 2 2 2 -
Calor de respiração [mW/kg] 79,1 20,4 - ASHRAE (2010)
ASHRAE (2010)
UR da câmara de armazenamento [%] 95 97,5 76,35 Luengo et al.
(2007)
UR de Maceió – AL [%] 75 75 75 UFAL (2021)
Área da porta da câmara [m ] 4,68 4,68 4,68 -
Altura da porta [m ] 2,6 2,6 2,6 -
Entalpia do ar infiltrado [kJ/kg]. 81,9 81,9 81,9 -
Entalpia do ar refrigerado [kJ/kg]. 23,98 9,232 -16,61 -
Densidade do ar infiltrado [kg/m ] 1,147 1,147 1,147 -
Densidade do ar refrigerado [kg/m ] 1,247 1,285 1,379 -
Aceleração da gravidade [m/s ] 9,81 9,81 9,81 -
Passagens pela porta 200 200 400 -
Tempo de abertura e fechamento [s] 10 10 10 -
Tempo de porta aberta [s] 15 15 15 -
Tempo de referência [h] 24 24 24 -
45

Tabela 07 - Dados de entrada para cálculo de carga térmica de todos os produtos.


(conclusão)

Item Tomate Cenoura Salmão Referência


Fator fluxo de ar da porta [-] 0,8 0,8 0,8 ASHRAE (2010)
Efetividade dos equip. de proteção 0,93 0,93 0,93 ASHRAE (2010)
Área total [m ] 96,8 96,8 150,5 -
Temperatura externa [ºC] 30 30 30 ABNT (2008)
Espessura da chapa [mm] 10 10 10 -
Espessura do isolamento térmico [mm] 180 180 180 -
Callister e
Condut. térmica da chapa [W/m ∙ K] 50 50 50 Rethwisch,
(2016).
Condut. térmica do isolante [W/m ∙ K] 0,017 0,017 0,017 Bolsoni (2008)
Taxa de iluminação [W/m ] 10 10 10 -
Área total de piso [m ] 20,8 20,8 37,62 -
Tempo médio de utilização [h] 6 6 6 -
Pessoas trabalhando 5 5 5 -
Calor dissipado pelo equip. elétrico [W] - - 776 ASHRAE (2010)
Quantidade de equip. elétricos - - 2 -
Fonte: Autor (2021).
Os dados de densidade e entalpia do ar refrigerado e infiltrado são provenientes
dos dados de umidade relativa, da temperatura das câmaras e do ambiente.

3.6 FLUIDO REFRIGERANTE

As características que devem ser avaliadas em um fluido refrigerante são suas


taxas de flamabilidade, toxicidade e seu desempenho no ambiente a ser refrigerado
(ABRAVA, 2016). Também deve ser considerado seu nível de dano à camada de
ozônio e sua contribuição para o avanço do aquecimento global (ASHRAE, 2017).
Dentre os fluidos refrigerantes disponíveis no mercado, os mais utilizados em
câmaras frigoríficas são o R-717 (amônia), o R-404A e o R-134A (PRÓFRIO, 2021).
Já para os equipamentos de refrigeração analisados para a câmara frigorífica,
observou-se que estes operam com três fluidos: R-22, R-404A e R-134A (ELGIN,
2020; MCQUAY, 2019; TRINEVA, 2019). Diante disso, foram analisados os
impactados ambientais gerados pelos fluidos mais utilizados (Tabela 08).
46

Tabela 08 – Impacto ambiental de alguns fluidos refrigerantes.


GWP
Fluido ODP
(100)
R-22 0,034 1760
R-134A 0,00 1300
R-404A 0,00 3940
R-717 0,00 -
Fonte: ASHRAE (2017), adaptado pelo autor.

Além da análise de impacto ambiental, os mesmos fluidos foram avaliados com


relação à toxicidade e flamabilidade. Levou-se ainda em conta os valores de limite de
exposição ocupacional (OEL) e limite de concentração de refrigerante (RCL). Estes
parâmetros são apresentados na Tabela 09.

Tabela 09 - Dados e classificações de segurança de alguns fluidos.


Fórmula RCL
química (ou OEL Altamente
Nome químico (ou Grupo de
Fluido tolerâncias ppm Ppm tóxido ou
composição) segurança g/m3
da v/v v/v tóxido
composição)

R-22 clorodifluormetano CHClF2 1000 A1 59.000 210 Nenhum

1,1,1,2-
R-134 CH2FCF3 1000 A1 50.000 210 Nenhum
tetrafluoretano

R-717 Amônia NH3 25 B2L 320 0,22 Nenhum

Mistura
R- R-125/143a/134a 130.00
(±2,0/±1,0/±2, 1000 A1 500 Nenhum
404A (44.0/52.0/4.0) 0
0)
Fonte: ABRAVA (2016), adaptado pelo autor.
De posse desses dados e após análise, foi feita a seleção do fluido refrigerante
para este projeto.
47

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 ARMAZENAMENTO NAS CÂMARAS

As caixas plásticas escolhidas para armazenar as hortaliças podem ser


visualizadas na Figura 05 e suas propriedades na Tabela 10, ambas dispostas abaixo.

Figura 05 - Caixa plástica vazada.

Fonte: LOPLAST (2021)


Tabela 10 - Propriedades da caixa plástica vazada.
Propriedade Valor
Comprimento 55 cm
Largura 35,5 cm
Altura 30 cm
Peso 2 kg
Volume útil 46 L
Material Polipropileno
Fonte: LOPLAST (2021), adaptado pelo autor.
O volume útil fornecido pelo fabricante consiste no volume utilizado para definir
a massa comportada na caixa. Após a definição da caixa, foram selecionados pallets
de polietileno de alta densidade (PEAD) para suportar as pilhas de caixas plásticas. A
Figura 06 mostra uma exemplificação do pallet.

Figura 06 - Pallet PBR de PEAD (1,2m x 1m).

Fonte: CBL (2021).


48

Para representar o armazenamento das hortaliças foram desenvolvidos em


CAD os modelos 3D da caixa plástica (Figura 07) e do pallet (Figura 08).

Figura 07 - Representação esquemática da caixa de armazenamento.

Fonte: Autor (2021).


Figura 08 - Representação esquemática do pallet utilizado para suporte.

Fonte: Autor (2021)


Após o uso do código contido no apêndice A, obteve-se a quantidade de caixas
suficientes para comportar a demanda diária de hortaliças. O resultado desse cálculo
apresenta uma necessidade de 60 caixas para armazenar tomate e mais 60 caixas
para armazenar cenoura. As 60 caixas serão armazenadas sobre 3 pallets, totalizado
uma quantidade de 20 caixas por pallet. Cada pallet contará com 4 pilhas de caixa,
acumulando 5 caixas por pilha, conforme apresentado na Figura 09.
49

Figura 09 - Distribuição das caixas com hortaliças sobre os pallets.

Fonte: Autor (2021)


Já para o armazenamento do salmão rosado, foi considerado o mesmo tipo de
caixa plástica escolhido para as hortaliças uma vez que estas atendem as dimensões
mínimas para o armazenamento do peixe. Subsequentemente, foram selecionadas
estantes de aço galvanizado que comportariam as caixas plásticas uniformemente
distribuídas entre as prateleiras. A estante (Figura 10) conta com 4 prateleiras
encaixadas (NILKO, 2021). Na Tabela 11 estão as propriedades mais especificas da
estante.

Figura 10 - Estante metálica de armazenamento do salmão rosado.

Fonte: Nilko (2021).


50

Tabela 11 - Propriedades da estante de armazenamento do salmão rosado.


Propriedade Valor
Largura 188 cm
Altura 182 cm
Profundidade 58,5 cm
Capacidade por prateleira 400 kg
Material Aço Galvanizado
Fonte: Nilko (2021), adaptado pelo autor.
De modo semelhante ao armazenamento das hortaliças, foi projetado em CAD
uma representação da estante em que serão distribuídas as caixas (Figura 11).

Figura 11 - Representação esquemática da estante de armazenamento do peixe.

Fonte: Autor (2021).


Após a utilização do código desenvolvido (apêndice B), obteve-se como
resultado 96 caixas plásticas comportando salmão, distribuídas em 6 estantes de aço,
nas quais serão alocadas 16 caixas cada (Figura 12). Cada caixa irá conter cerca de
26 unidades do peixe.
51

Figura 12 - Distribuição das caixas com salmão na estante de aço.

Fonte: Autor (2021).


A Tabela 12 apresenta os diferentes valores de massa que carregam a estante.

Tabela 12 – Massas que carregam as estantes que armazenam o salmão.


Massa Valor [kg]
Total do salmão 5000,00
Por unidade de salmão 2,00
Da caixa 2,00
Por estante 865,33
Por prateleira 216,33
Do salmão na caixa 52,08
Da caixa com salmão 54,08
Fonte: Autor (2021).

A massa por prateleira é de 216,33 kg, que representa 54,08% da máxima


massa que cada prateleira pode suportar (400 kg). Desse modo, a prateleira
selecionada atende aos requisitos geométricos e estruturais para comportar o peixe.

4.2 CÂMARAS FRIGORÍFICAS

A partir do detalhamento do armazenamento dos produtos foi possível


dimensionar espacialmente as câmaras frigoríficas. Foram dimensionadas três
câmaras frigoríficas de modo a respeitar as diferentes condições de armazenamento
52

de cada alimento. A Tabela 13 mostra as dimensões de cada câmara e a Figura 13


apresenta a planta baixa.

Tabela 13 – Dimensões das câmaras frigoríficas.


Dimensão [m] Tomate Cenoura Salmão
Comprimento interno 4,00 4,00 4,97
Comprimento externo 4,60 4,60 5,37
Largura interna 5,20 5,20 7,57
Largura externa 5,60 5,60 7,97
Altura do pé direito 3,00 3,00 3,00
Fonte: Autor (2021).

Figura 13 - Planta baixa das câmaras frigoríficas dimensionadas.

Fonte: Autor (2021)


A câmara de salmão foi dimensionada de modo a permitir, sem dificuldades, a
circulação de funcionários, utilização das serras e retirada ou colocação dos produtos
nas estantes. Foi considerada uma distância de 0,5 m da parede para não
comprometer o resfriamento do produto (MACHADO, 2000).
Na seção anterior, verificou-se que o espaço ocupado pelas hortaliças é o
mesmo, sendo assim o tamanho da câmara também é igual. O espaço a esquerda da
câmara de hortaliças foi dimensionado de modo a permitir a locomoção de
funcionários e empilhadeiras para que carreguem os pallets quando necessário.
53

As câmaras de hortaliças possuem áreas internas de 20,80 m2 cada e a do


salmão possui 37,62 m2. Além disso, as câmaras de hortaliças possuem um volume
de 62,40 m3 cada e a câmara do salmão possui 112,86 m3. A câmara dos peixes é
80,86% maior que cada câmara de hortaliça, devendo-se isso a maior quantidade de
equipamentos alocados nela para suprir a demanda diária de peixe.
Para instalar essas câmaras num ambiente, seria necessária uma área mínima
de 109,75 m , sendo 13,77 m de comprimento e 7,97 m de largura. A Figura 14 é a
representação 3D externa das câmaras e as Figura 15 e 16 são as vistas internas das
câmaras de hortaliças e do salmão, respectivamente.

Figura 14 - Representação 3D externa das câmaras.

Fonte: Autor (2021)


Figura 15 - Representação 3D interna das câmaras das hortaliças.

Fonte: Autor (2021).


54

Figura 16 - Representação 3D interna da câmara do salmão.

Fonte: Autor (2021).

4.3 PAINEL FRIGORÍFICO

A Tabela 14 apresenta parâmetros de comparação entre as câmaras


modulares e de alvenaria, considerando os fatores descritos na metodologia deste
trabalho.

Tabela 14 – Comparação entre tipos de câmara.


Tipo da Facilidade de Facilidade de Custo de
câmara construção/montagem limpeza implementação
Alvenaria - - -
Modular x x x
Fonte: Autor (2021).

O tipo de câmara selecionado foi o modular, uma vez que apresenta maior
facilidade de limpeza e construção/montagem. Quanto ao custo, tem-se que a câmara
de alvenaria torna-se mais econômica caso as paredes e laje em que serão instalados
o isolamento já estejam construídas no local (TECTERMICA, 2021), do contrário a
melhor opção é a modular. Como a presente câmara foi pensada como um modelo
adaptável que só necessita de condições de refrigeração semelhantes para ser
implementada, não foi considerada a existência dessa estrutura de alvenaria. A Figura
17 apresenta um modelo de câmara frigorífica modular.
55

Figura 17 - Câmara frigorífica modular.

Fonte: Gfrio (2021).


A câmara então foi dimensionada como uma câmara frigorífica modular que
será composta por um isolamento de poliuretano expandido de 180 mm de espessura.
Este isolamento será prensado em duas chapas de aço galvanizado de 10 mm de
espessura cada, pintadas na cor branca, possuindo condutividade térmica de 50
W/mK. Juntos, estes materiais formam um painel frigorífico de 200 mm de espessura
que será utilizado em toda a câmara frigorífica. Painéis deste tipo são vendidos
prontos, com preço determinado por m2 de painel.

4.4 CARGA TÉRMICA

A carga térmica de cada uma das três câmaras foi calculada utilizando os
códigos computacionais disponíveis nos apêndices C, D e E. Importante citar que os
cálculos foram realizados considerando o “pior cenário” de operação, que é quando
todos os aparelhos, iluminação, quantidade máxima de ocupação estão atuando
simultaneamente. Na Tabela 15 são apresentados os resultados de cada parcela da
carga térmica.
56

Tabela 15 - Carga térmica nas câmaras frigoríficas.


Carga térmica Tomate Cenoura Salmão
Produto [kW] 15,65 22,46 297,40
Respiração [kW] 0,12 0,03 -
Iluminação [kW] 1,25 1,25 2,26
Pessoas [kW] 1,12 1,36 1,90
Infiltração [kW] 0,14 0,20 0,72
Transmissão de calor [kW] 0,20 0,27 0,68
Equipamentos elétricos [kW] - - 1,55
Total [kW] 18,48 25,57 304,51
Total [kcal/h] 15.894 21.989 261.872
Total [BTU/h] 63.073 87.260 1.039.338
Total [TR] 5,26 7,27 86,59
Fonte: Autor (2021).

O primeiro resultado a se observar é a diferença elevada entre os valores de


carga térmica de produto do tomate e da cenoura, com relação ao do salmão. A
parcela de carga de produto do salmão é cerca de 18,00 vezes maior que a do tomate
e 12,24 vezes maior que a da cenoura. Tal proporção é justificada pelas baixas
temperaturas na câmara do salmão (-18ºC) e pelo processo de mudança de fase
(congelamento).
Observa-se que a carga térmica de produto para cenoura é 43,51% maior do
que a do tomate, mesmo possuindo a mesma massa. Isso deve-se ao fato de a
cenoura ser armazenada a temperatura menor (0 ºC) que o tomate (8 ºC). Deste
modo, conclui-se que a diferença entre os calores específicos que é cerca de 0,10
kJ/kgK a mais para o tomate, afeta a carga térmica de produto de forma menos
significativa que a desigualdade de temperatura.
Nota-se ainda que a parcela de carga térmica do produto representa, 84,69%
da carga total existente na câmara do tomate, 87,84% na da cenoura e 97,67% na do
salmão. Todos esses valores de carga de produto foram acrescidos em 10% do valor
real, de modo a compensar o calor das embalagens.
Como pode se observar, não há valor de parcela de carga térmica de respiração
para o salmão, uma vez que o peixe já está abatido e, então, apenas os vegetais
possuem esse calor de respiração. De qualquer maneira, essa carga é insignificante,
pois representa menos de 1% do valor total de carga térmica.
57

A parcela de carga térmica devido as pessoas apresentaram resultados


diferentes, mesmo sabendo que as câmaras irão operar com o mesmo quantitativo.
Isso ocorre devido as temperaturas de operação serem diferentes.
Os valores de carga por infiltração são dependentes das condições do
ambiente interno e externo e todas as câmaras estão submetidas ao mesmo estímulo
térmico externo, logo observa-se que as condições internas são as que mudam o
resultado. Dentre estas condições destacam-se as de operação da porta e as
diferenças de densidade e entalpia entre os ares. Fatores como fluxo de ar na porta e
efetividade de equipamento de proteção são considerados com mesmo valor em
ambas as câmaras. Ao fim, obteve-se que a carga de infiltração na sala de
armazenamento do salmão é 2,6 vezes maior que a carga por infiltração na câmara
da cenoura e 4,14 vezes maior que a do tomate.
Com relação a transferência de calor entre meios, foi considerado mesmo
material de construção em todas as câmaras, logo os responsáveis pelos diferentes
resultados são as variações de temperatura entre os meios e a área de troca.
Como não há nenhum equipamento elétrico nas câmaras das hortaliças, logo
não há parcela de carga térmica devida a motores. Todos as duas serras elétricas
foram alocadas no cômodo do salmão, e estas dissipam uma taxa de calor que
representa cerca de 0,51% do valor total de carga térmica da sua câmara.
O valor de carga térmica total para a câmara do salmão é de 304,51 kW, que é
15,48 vezes maior que o resultado total da câmara do tomate e 10,91 vezes maior que
o resultado da câmara da cenoura.
Com esses resultados, foram consultados catálogos de fabricantes para
selecionar os equipamentos do sistema de refrigeração de cada câmara, incluindo o
fluido de trabalho.

4.5 SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

4.5.1 Serras de corte

Foram selecionadas duas serras elétricas para corte do salmão rosado, a partir
da avaliação dos modelos da Tabela 16.
58

Tabela 16 – Serras para corte do salmão rosado.


Potência Dimensões Peso
Modelo Fabricante Referência
[CV] (LxCxA) [cm] Bruto [kg]
SFO CAF 2.55 CAF CAF MÁQUINAS
1 1/2 90x85x165 100
INOX 430/304 MÁQUINAS (2021)

SFGI METVISA 1 88x89,4x172 115 METVISA (2021)

STIE-220 ECCEL 3/4 58x64x163 55 ECCEL (2021)

Fonte: Autor (2021).


Como resultado, foi selecionado o modelo STIE-220 fabricada pela Eccel
(Figura 18). Essa possui dimensões mais compactas, possui menor potência se
comparada as outras duas serras cogitadas e ainda assim é capaz de suprir a
demanda de corte da câmara.

Figura 18 - Serra fita Inox STIE-220

Fonte: Eccel (2021)

4.5.2 Fluido refrigerante

Após avaliar os diferentes fluidos refrigerantes (Tabela 08 e 09), o R-717


(amônia) foi descartado por possuir menor fator de segurança. Também foi descartado
utilizar o R-22 que vem caindo em desuso devido a sua alta toxicidade para
funcionários e para produtos alimentícios.
Tanto o R-134A, quanto o R-404A são utilizados nesse tipo de aplicação, pois
possuem alta taxa de segurança (classificação de risco A1) e índices de danos ao
ambiente aceitáveis. Entretanto, o fluido selecionado para este projeto foi o R-404A
59

por possuir maio eficiência que o R-134A à baixas temperaturas (GIL; KASPERSKI,
2018). Além do mais, o R-404A não é tóxico para pessoas nem para alimentos.

4.5.3 Unidades evaporadoras

Foram avaliadas unidades evaporadoras de três fabricantes diferentes:


Trineva, McQuay e DeltaFrio. Com intuito de comparar o desempenho dos
equipamentos de cada fabricante frente ao mesmo estímulo, foram pré-selecionados
três modelos, sendo um de cada fabricante. Para a seleção, foram analisados os
parâmetros da Tabela 17. Para garantir troca de calor efetiva, foi considerado um
gradiente de temperatura de evaporação substancialmente inferiores às das câmaras.

Tabela 17 - Unidades evaporadoras.


Temperatura
Capacidade Capacidade
de Tipo de
Modelo Fabricante nominal nominal Referência
evaporação degelo
(kcal/h) (BTU/h)
(ºC)
FTBN A Degelo TRINEVA
TRINEVA 16.100 63.890 0
531 a Ar (2019)
Degelo MCQUAY
BMA 710 MCQUAY 18.730 74.327 0
a Ar (2019)
DFX Degelo DELTAFRIO
DELTAFRIO 16.148 64.080 0
12.68 a Ar (2020)
FTBI G Gás TRINEVA
TRINEVA 22.948 91.065 -5
833 quente (2019)
MCQUAY
BML 530 MCQUAY 15.580 61.826 -5 Elétrico
(2019)
DFXD DELTAFRIO
DELTAFRIO 17.720 70.319 -5 Elétrico
12.78 (2020)
FTBS G Gás TRINEVA
TRINEVA 61.946 245.822 -25
488 quente (2019)
BMG MCQUAY
MCQUAY 13.280 52.699 -25 Elétrico
520 (2019)
DFXD DELTAFRIO
DELTAFRIO 13.919 55.235 -25 Elétrico
12.78 (2020)
Fonte: Autor (2021).
Para a câmara do tomate foi selecionado um evaporador FTBN A 531 (Figura
19) fabricado pela Trineva, que possui degelo a ar. Sua capacidade nominal é de
16.100 kcal/h que é um pouco superior ao valor da carga térmica calculada (15.894
60

kcal/h). Esta unidade trabalhará com temperatura de evaporação de 0º C respeitando


o diferencial de temperatura considerável para troca de calor na câmara do tomate,
que possui temperatura interna de 8 ºC, possuindo espaçamento entre aletas de 5
mm e 3 motores. As especificações de desempenho térmico da unidade podem ser
visualizadas na Figura 24, disposta no anexo A.

Figura 19 - Evaporador FTBN.

Fonte: TRINEVA (2019).


Já a câmara da cenoura contará com um único evaporador de modelo FTBI G
833 (Figura 20) que também é fabricado pela Trineva. O equipamento operará com
temperatura de evaporação de -5 ºC e contará com um sistema de degelo a gás
quente, uma vez que operará em temperaturas próximas a 0 ºC. Sua capacidade
nominal nestas condições de operação é de 22.948 kcal/h, de modo que dentre os
cogitados para a câmara da cenoura, é o único capaz de suprir a demanda de 21.989
kcal/h com apenas uma unidade. As especificações de desempenho térmico desta
unidade evaporadora pode ser visualizado na Figura 25, disposta no anexo A.

Figura 20 - Evaporador FTBI.

Fonte: TRINEVA (2019).


Para a câmara do salmão foi selecionado o modelo FTBS G 488 (Figura 21),
também fornecido pela Trineva, sendo necessárias 5 unidades que juntas totalizam a
61

capacidade de refrigeração de 309.739 kcal/h que é superior a demanda da câmara


do salmão (261.872 kcal/h). O equipamento operará com temperatura de evaporação
de -25 ºC, contará ainda com um sistema de degelo a gás quente, 4 motores, 8 filas
de tubo e 8 mm de espaçamento entre aletas. As especificações de desempenho
térmico deste equipamento podem ser visualizadas na Figura 26, disposta no anexo
A.

Figura 21 - Evaporador FTBS.

Fonte: TRINEVA (2019).

4.5.4 Unidades condensadoras

Optou-se por trabalhar com unidades condensadoras ao invés de


equipamentos separados, prezando por um equipamento eficiente e compacto. De
modo análogo aos evaporadores, foram considerados três fabricantes para análise:
Elgin, Danfoss e McQuay. Na Tabela 18 estão os parâmetros avaliados.
62

Tabela 18 - Unidades condensadoras.


Capacidade Capacidade Temperatura
Modelo Fabricante nominal nominal de evaporação Referência
(kcal/h) (BTU/h) (ºC)

BBT0800DH6 ELGIN 27.362 108.508 0 ELGIN (2020)


DANFOSS
OP-HGZ080D DANFOSS 18.547 73.550 0
(2020)
MCQUAY
MHN050X6 MCQUAY 12.852 50.966 -1
(2019)
BBT0800DH6 ELGIN 22.994 91.186 -5 ELGIN (2020)

DANFOSS
OP-HGZ125D DANFOSS 23.439 92.951 -5
(2020)
MCQUAY
MHN050X6 MCQUAY 11.255 44.633 -5
(2019)
BBT3600TH6 ELGIN 32.719 129.752 -25 ELGIN (2020)

DANFOSS
HU5100D50 DANFOSS 32.180 127.615 -25
(2020)
MCQUAY
MHN050X6 MCQUAY 4.408 17.480 -25
(2019)
Fonte: Autor (2021)
Para a câmara do tomate, foi selecionada uma unidade condensadora de
modelo OP-HGZ080D da linha Optyma fabricada pela Danfoss (Figura 22), de
capacidade nominal de 18.547 kcal/h superior ao valor de carga térmica calculado
(15.894 kcal/h). Esta unidade possui compressor hermético e dois ventiladores. As
especificações de desempenho deste produto podem ser observadas na Figura 27,
disposta no anexo A.
63

Figura 22 - Unidade condensadora Optyma.

Fonte: Danfoss (2020).


Já para a câmara da cenoura, a unidade condensadora selecionada foi a
BBT0800DH6, da linha Dual Trial fabricada pela Elgin (Figura 23). Possui capacidade
nominal de 22.994 kcal/h e conta com dois compressores semi-herméticos.
Para a câmara do salmão foi selecionada uma unidade da mesma linha, porém
de modelo BBT3600TH6, sendo uma versão mais potente que anterior. Esta unidade
possui três compressores semi-herméticos, capacidade refrigeração de 32.719 kcal/h,
sendo necessárias 8 unidades dessas para atender a demanda da câmara do peixe.
A soma da potência das 8 unidades totaliza 261.752 kcal/h que é ligeiramente inferior
à carga térmica calculada para essa câmara (261.872 kcal/h). Além dessa diferença
ser insignificante, a carga térmica foi dimensionada para o “pior caso” que seria tudo
funcionando simultaneamente, o que na prática não ocorrerá. Uma unidade
condensadora a mais não justificaria o incremento de custo ao projeto. As
especificações de desempenho térmico das duas unidades anteriormente citadas
podem visualizadas na Figura 28, também disposta no anexo A.

Figura 23 - Unidade condensadora Dual Trial.

Fonte: Elgin (2020)


64

4.6 ESTIMATIVA DE CUSTOS

A Tabela 19 apresenta o resultado das cotações dos equipamentos


necessários aos projetos das câmaras frigoríficas.

Tabela 19 - Cotação dos equipamentos das câmaras.


Potência Valor Valor
Equipamento – Modelo (Marca) Qtd. Referência
[kW] unitário [R$] final [R$]
Evaporadora – FTBNA531 TRINEVA
1 18,72 7.699 7.699
(Trineva) (2019)
Evaporadora – FTBIG833 TRINEVA
1 26,69 21.087 21.087 (2019)
(Trineva)
Evaporadora – FTBSG488 TRINEVA
5 72,04 57.911 289.555 (2019)
(Trineva)
Unidade Condensadora - OP- DANFOSS
1 21,57 4.385 4.385
HGZ080D (Danfoss) (2020)
Unidade Condensadora - ELGIN
1 31,82 2.937 2.937
BBT0800DH6 (Elgin) (2020)
Unidade Condensadora - ELGIN
8 38,05 5.198 41.584
BBT3600TH6 (Elgin) (2020)
ECCEL
Serra fita – STIE-220 Inox (Eccel) 2 0,55 3.767 7.534
(2021)
ELGIN
Lâmpadas LED – 1507LM (Elgin) 16 0,05 50 800
(2020)
-
Total - - - 375.581

Fonte: Autor (2021)


A unidade evaporadora Trineva – FTBS G 488 representa o maior custo dos
equipamentos do sistema de refrigeração, justificado pela capacidade demandada. As
cinco unidades evaporadoras representam 77,1% do valor total dos equipamentos do
sistema.
As unidades condensadoras possuem um custo inferior às evaporadoras.
Essas unidades representam 13% do valor total dos equipamentos da instalação. Já
as serras representam cerca de 2% do valor total estimado para os equipamentos.
Além dos custos de equipamentos elétricos e de refrigeração foi cotado
também o custo com o abastecimento de fluido refrigerante, que ficou em R$ 368,99
para 10,9 kg de R404-A da marca Refrigerant.
O custo estimado para os painéis frigoríficos ficou em R$ 72.488,00, conforme
apresentado na Tabela 20. Se comparado com o investimento nos equipamentos,
esse valor equivale a 19,3 %.
65

Tabela 20 - Custo do painel frigorífico.


Temperatura
Espessura
de operação Modelo Acabamento Valor [R$/m²] Valor Total [R$]
[mm]
[ºC]
2 faces pré-pintadas
200 +90 a -40 2 faces 291 72.488
em branco
Fonte: Tectermica (2021), adaptado pelo autor.
A Tabela 21 lista os detalhes e custos dos equipamentos auxiliares à montagem
da câmara.

Tabela 21 - Custo dos acessórios para montagem da câmara frigorífica.


Valor Valor total
Item Qtd.
[R$/peça] [R$]
Cantoneira interna (40 mm x 40 mm x 3.000 mm) 30 32,15 964
Cantoneira externa,140 30 32,70 981
Perfil U, 100 (140 mm x 40 mm x 3.000 mm) 30 64,35 1.930
Silicone, tubo 280 grs., cor branco 3 10,50 32
Rebite 1/8”, cor branca 2.000 22,50 45
Total - - 3.952
Fonte: Tectermica (2021), adaptado pelo autor.
Além dos valores referentes à montagem e aos painéis, considerou-se também
o valor da porta frigorífica e de seu equipamento de proteção, que estão na Tabela
22.

Tabela 22 - Custo das portas e dispositivo de segurança.


Valor
Item Dimensões [mm] Qtd. Valor total [R$]
[R$/peça]
Porta frigorífica 1800 x 2600 x 152 3 7.422 22.266
Cortina de PVC (rolo de 50m) 50000 x 200 x 2 1 760 760
Total - - - 23.026
Fonte: Tectermica (2021), adaptado pelo autor.
É importante esclarecer que não foram considerados os valores das caixas,
sendo essa responsabilidade do fornecedor do produto. Entretanto, foram
considerados no projeto os custos dos equipamentos de suporte dos produtos,
conforme apresentados na Tabela 23.

Tabela 23 - Custo dos equipamentos de suporte dos produtos.


Item Qtd. Valor [R$/peça] Valor total [R$]
Pallet PBR de Polietineo de Alta Densidade 6 160 960
Estante de Aço Galvanizado 6 3.800 22.800
Total - - 23.760
Fonte: Nilko (2021), adaptado pelo autor.
O subtotal de investimentos em equipamentos foi cotado em R$ 498.807,00.
3% desse valor (R$ 14.964,00) foi acrescido ao preço final do projeto como taxa de
66

entrega dos equipamentos. Na Tabela 24 estão apresentados os resultados de custos


referentes a elaboração do projeto.

Tabela 24 - Custos de desenvolvimento do projeto.


Atribuições Investimento [R$]
Dimensionamento da carga térmica 2.500
Planta baixa 1.400
Modelos 3D dos suportes e da câmara 5.200
Seleção dos equipamentos 1.200
Listagem dos custos 1.200
Documentação técnica 5.000
Total 16.500
Fonte: Autor (2021).
Foram considerados ainda os custos associados a mão de obra para instalação
da câmara, conforme mostra a Tabela 25.

Tabela 25 - Custos de mão de obra.


Serviços Investimento [R$]
Montagem dos painéis frigoríficos 2.550
Instalação de portas e dispositivos de segurança 1.500
Instalação dos equipamentos de refrigeração 4.000
Total 8.050
Fonte: Autor (2021).
Na Tabela 26 são apresentados os custos totais do projeto.

Tabela 26 - Custos totais do projeto.


Itens Investimento [R$]
Equipamentos elétricos 375.581
Fluido refrigerante 369
Painel frigorífico 72.488
Equipamentos auxiliares para montagem dos painéis 3.952
Portas e dispositivo de segurança 23.026
Equipamentos de suporte dos produtos armazenados 23.760
Taxa de entrega dos equipamentos 14.964
Desenvolvimento do projeto 16.500
Mão de obra de instalação 8.050
Total 538.690
Fonte: Autor (2021).
Os equipamentos elétricos e os equipamentos de refrigeração representam a
maior parte do valor total que é de cerca de 69,72%. Os valores associados ao
desenvolvimento do projeto e mão de obra somam uma parcela de aproximadamente
4,55% do valor total estimado. Já os componentes auxiliares e o fluido refrigerante
são responsáveis pelo menor impacto de custo neste projeto, representando menos
de 1% do valor total.
67

5 CONCLUSÃO

A finalização deste trabalho possibilitou uma compreensão profunda e dinâmica


sobre a utilidade e aplicação de sistemas de refrigeração, em especial o alimentício.
Observou-se que sistemas como esse devem ser cuidadosamente planejados, pois
afetam a saúde humana e ambiental. Assim, o desenvolvimento deste projeto trouxe
bagagem técnica a respeito do dimensionamento de um ambiente refrigerado,
envolvendo conceitos termodinâmicos, de mecânica dos fluidos, de transferência de
calor e de engenharia de projetos, representados pelos resultados alcançados.
Devido às diferentes condições de armazenamento, a primeira consideração
realizada no projeto foi dimensionar três câmaras integradas, de modo a atender
separadamente os parâmetros de armazenamento de cada produto. Para a alocação
dos produtos nas câmaras, obteve-se resultados práticos com uma quantidade viável
de equipamentos de suporte. A partir da densidade aparente das hortaliças, foi
dimensionada a quantidade mínima de caixas a serem utilizadas no armazenamento.
Isso resultou em 60 caixas para cada hortaliça, dispostas sobre 3 pallets por câmara.
Já para o salmão, foram calculadas 96 caixas, alocadas em 6 estantes com 4
prateleiras cada.
Foi selecionado um pallet de polietileno de alta densidade (PEAD) no lugar do
clássico pallet de madeira. Isto ocorreu devido ao fato de uma câmara frigorífica
apresentar valores de temperatura reduzidos e condições de alta umidade, o que
poderia reduzir a vida útil de materiais como a madeira. Para o suporte do salmão,
optou-se por equipamentos robustos, fabricados em aço galvanizado capazes de
suportar as cargas do peso do salmão e que também operassem nas condições de
baixa temperatura e alta umidade presente na câmara.
A área da câmara de cada hortaliça ficou em 20,80 m e a câmara do salmão
com área de 37,62 m , uma vez que possui mais massa de armazenamento e
condições de operação e movimentação interna específicas.
Optou-se por trabalhar com uma câmara do tipo modular devido a sua
praticidade de montagem e realocação, bem como pelas condições de adaptabilidade
que possui. O isolante térmico selecionado foi o poliuretano expandido, pela sua maior
capacidade de isolamento quando comparado ao poliestireno expandido, que para a
mesma espessura de isolamento apresentava o dobro da condutividade térmica.
Desse modo, o painel frigorífico utilizado é composto de duas chapas de aço
68

galvanizado de 10 mm de espessura cada, que prensam o isolante de poliuretano


expandido de 180 mm de espessura, totalizando um painel frigorífico de 200 mm de
espessura.
Através das instruções da ASHRAE e com os códigos computacionais
desenvolvidos foram calculadas as cargas térmicas de cada uma das câmaras. De
longe a maior carga está presente na câmara de peixe (304,51 kW), contra 18,48 kW
da câmara do tomate e de 25,57 kW para câmara de cenoura. As maiores parcelas
de carga térmica são originadas dos produtos: 86,69% no caso da câmara do tomate,
87,84% da câmara da cenoura e 97,67% da câmara do salmão.
Estes resultados de carga térmica impactaram diretamente na seleção dos
equipamentos, de modo que foram necessários equipamentos muito mais potentes
na câmara do salmão rosado: oito unidades condensadoras de 10,82 TR cada e cinco
unidades evaporadoras de 20,49 TR. O fluido refrigerante selecionado para essa
instalação foi o R-404A que apresentou melhores características quando foram
comparados os parâmetros descritos anteriormente.
Este projeto está estimado em pouco mais de meio milhão de reais, sendo que
70% deste valor é devido aos equipamentos de refrigeração e as serras de corte dos
produtos. Este valor é condizente com a realidade praticada no mercado, conforme
pesquisas qualitativas realizadas.
Deixa-se como sugestão de trabalhos futuros o dimensionamento das
tubulações do sistema de refrigeração, uma análise energética do sistema e um
estudo paramétrico sobre outras demandas que a câmara seria capaz de suprir. Por
fim, espera-se que este trabalho contribua para o meio acadêmico servindo de modelo
à discentes e docentes que buscam uma combinação entre demandas de mercado e
conceitos teóricos.
69

REFERÊNCIAS

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AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATING AND AIR-CONDITIONING


ENGINEERS. Refrigeration: SI Edition. Atlanta (GA): ASHRAE, 2010.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE REFRIGERAÇÃO, AR-CONDICIONADO,


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76

APÊNDICE A - Código computacional para dimensionamento da quantidade de


hortaliças estocadas por caixa (EES)

"ESTOCAGEM DAS HORTALIÇAS"

"DADOS DE ENTRADA"

peso_caixa_vazia = 2 [kg] " Peso da caixa vazia "


V_útil_caixa = 46000 [cm^3] " Volume UTILIZÁVEL fornecido pelo
vendedor da caixa plástica de armazenamento "

rho_ap_tom = 0,55 [g/cm^3] " Densidade aparente do TOMATE "


m_tom = 1500 [kg] " Massa total do TOMATE "

rho_ap_cen = 0,55 [g/cm^3] " Densidade aparente da CENOURA "


m_cen = 1500 [kg] " Massa total da CENOURA "

"RESULTADOS"

peso_caixa_tom = (rho_ap_tom*V_útil_caixa)/1000 " Quantidade em kg do TOMATE por caixa"


Qtd_caixa_tom = m_tom/peso_caixa_tom " Quantidade de caixas para armazenar o
TOMATE"

peso_caixa_cen = (rho_ap_cen*V_útil_caixa)/1000 " Quantidade em kg de CENOURA por caixa"


Qtd_caixa_cen = m_cen/peso_caixa_cen " Quantidade de caixas para armazenar a
CENOURA"

peso_tot_caixa_tom = peso_caixa_tom + peso_caixa_vazia


" Peso total da caixa considerando o peso do produto (TOMATE) e da estrutura da caixa "
peso_tot_caixa_cen = peso_caixa_cen + peso_caixa_vazia " Peso total da caixa considerando o
peso do produto (CENOURA) e da estrutura da caixa "
77

APÊNDICE B - Código computacional para dimensionamento da quantidade de


caixas necessárias para estocagem do salmão (EES)

"DADOS PARA DIMENSIONAMENTO ESPACIAL DA PRATELEIRA DE ARMAZENAMENTO DOS


SALMÕES"

" DADOS DE ENTRADA"

M_t = 5000 [kg] " SALMÃO - Massa de salmão a ser


distribuido "
M_s = 2 [kg] " SALMÃO - Massa média do salmão rosado
"

Q_de = 6 " ESTANTE - Quantidade desejada de


estantes "
Q_da = 4 " ESTANTE - Quantidade desejada de
andares (prateleiras) "

Q_cpa = 4 " CAIXA - Quantidade de caixas por


prateleira "
M_cx = 2 [kg] " CAIXA - Massa da caixa vazia "

" CÁLCULOS INTERMEDIÁRIOS "

M_pe = M_t/Q_de " ESTANTE - Massa por estante só


considerando o produto "
M_pt = M_pe/Q_da " ESTANTE - Massa por prateleira só
considerando o produto"
M_pc = M_pt/Q_cpa " CAIXA - Massa por caixa de salmão só
considerando o produto "
M_pccs = M_pc + M_cx " CAIXA - Massa por caixa de salmão
considerando a massa da caixa "

" RESULTADOS "

Q_spc = M_pc/M_s " SALMÃO - Quantidade de salmão por caixa


plástica "
M_tpae = M_pccs*Q_cpa " ESTANTE - Massa distribuiída sobre a
estante por prateleira, considerando a massa da caixa vazia + massa do salmão armazenado "
M_tpe = M_tpae*Q_da " ESTANTE - Massa total suportada pela
estante "
Q_tc = Q_cpa*Q_da*Q_de " CAIXA - Quantidade total de caixas "
Q_tcpe = Q_tc/Q_de " CAIXA - Quantidade de caixas por estante"
78

APÊNDICE C - Código computacional para cálculo de carga térmica de


resfriamento do tomate (EES)

"CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA NA CÂMARA FRIA DE ARMAZENAMENTO DE TOMATES"

"DADOS DE ENTRADA"

m_p = 1500 [kg] " PRODUTO - Massa do TOMATE "


c_p = 4,02 [kJ/kg*C] " PRODUTO - Calor específico do TOMATE "
t_ip = 25 [C] " PRODUTO - Temperatura inicial do
TOMATE (temperatura ambiente padrão)"
t_ap = 8 [C] " PRODUTO - Temperatura de
armazenamento do TOMATE "
temp_resf = 2 " PRODUTO - Tempo para resfriamento do
TOMATE em horas "

c_resp = 79,1 [mW/kg] " RESPIRAÇÃO - Calor de respiração do


TOMATE "

Taxa_ilum = 10 [W/m^2] " ILUMINAÇÃO - Taxa de iluminação


indicada para câmaras frias "
Ap = 20,8 [m^2] " ILUMINAÇÃO - Área do piso da câmara do
TOMATE "
Dto = 6 " ILUMINAÇÃO - Fração de tempo
(referência de 24h) em que a iluminação encontra-se acesa "

n_pes = 5 " PESSOAS - Quantidade de pessoas


operando dentro da câmara "
q_pes = 272 - 6*(t_ap) " PESSOAS - Calor gerado POR PESSOA
dentro da câmara "

rh_p = 0,95 " INFILTRAÇÃO - Umidade relativa do


TOMATE refrigerado (%)"
rh_cidade = 0,75 " INFILTRAÇÃO - Umidade relativa média da
cidade de Maceió - AL (%) "
t_ext = 30 " INFILTRAÇÃO - Temperatura média da
cidade de Maceió - AL "
A_por = 4,68 [m^2] " INFILTRAÇÃO - Área da porta da câmara "
g_grav = 9,81 [m/s^2] " INFILTRAÇÃO - Aceleração da gravidade "
H_por = 2,60 [m] " INFILTRAÇÃO - Altura da porta "
P_por = 200 " INFILTRAÇÃO - Número de passagens
pela porta "
O_af = 10 [s] " INFILTRAÇÃO - Tempo de abertura e
fechamento da porta "
O_pa = 15 [s] " INFILTRAÇÃO - Tempo que a porta
permanece aberta "
O_d = 24 [h] " INFILTRAÇÃO - Tempo de referência (24h)
"
D_f = 0,8 " INFILTRAÇÃO - Fator de fluxo da porta "
E_efp = 0,93 " INFILTRAÇÃO - Efetividade dos
dispositivos de proteção da porta "

n_ee = 0 " EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS - Número


de equipamentos elétricos dentro da câmara"
Q_ee = 0 [W] " EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS - Calor
gerado pelos equipamentos (tabelado) "
79

A_tot = 96,8 [m^2] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE


PAREDES - Área da parede, forro ou piso, transversal ao fluxo de calor "
x_1 = 0,01 [m] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Espessura da chapa interna "
k_1 = 0,5 [W/mK] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Condutividade térmica da chapa interna "
x_2 = 0,180 [m] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Espessura do isolamento "
k_2 = 0,017 [W/mK] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Condutividade térmica do isolante (poliuretano expandido) "
x_3 = 0,01 [m] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Espessura da chapa externa "
k_3 = 0,5 [W/mK] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Condutividade térmica da chapa externa "

"CÁLCULOS INTERMEDIÁRIOS (PRODUTO; INFILTRAÇÃO; TRANSMISSÃO DE CALOR)"

Q_prod = m_p*c_p*(t_ip - t_ap)*1,1 " PRODUTO - Carga térmica do produto em


kJ, sem levar em consideração o tempo de resfriamento, mas como 10% de acréscimo considerando
a carga térmica da embalagem "

h_ar=Enthalpy(AirH2O;T=t_ap;r=rh_p;P=101) " INFILTRAÇÃO - Entalpia do ar refrigerado "


rho_ar=Density(AirH2O;T=t_ap;r=rh_p;P=101) " INFILTRAÇÃO - Densidade do ar
refrigerado "
h_ai=Enthalpy(AirH2O;T=t_ext;r=rh_cidade;P=101) " INFILTRAÇÃO - Entalpia do ar infiltrado "
rho_ai=Density(AirH2O;T=t_ext;r=rh_cidade;P=101) " INFILTRAÇÃO - Densidade do ar infiltrado"
F_mm = (2/(1+(rho_ar/rho_ai)^(1/3)))^1,5 " INFILTRAÇÃO - Fator de densidade "
q_sl = 0,221*A_por*(h_ai - h_ar)*rho_ar*((1-(rho_ai/rho_ar))^0,5)*((g_grav*H_por)^0,5)*F_mm
"INFILTRAÇÃO - Carga térmica sensível e latente"
D_t = (P_por*O_af + O_pa)/(3600*O_d) " INFILTRAÇÃO - Fator de tempo de
abertura das portas "

U_cg = (1/(x_1/k_1 + x_2/k_2 + x_3/k_3))/1000 " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE


PAREDES - Coeficiente global de transferência de calor "

"CÁLCULO FINAL DAS CARGAS TÉRMICAS"

Q_total_produto = (Q_prod)/(3600*temp_resf) " CARGA TÉRMICA DE PRODUTO - Calor


removido para resfriar o TOMATE de sua temperatura de entrada na câmara até sua temperatura de
armazenamento em kW "
Q_respiração = (m_p*c_resp)/1000000 " CARGA TÉRMICA DE RESPIRAÇÃO -
Calor desprendido devido a respiração de vegetais em kW "
Q_iluminação = (Taxa_ilum*Ap*Dto)/1000 " CARGA TÉRMICA DE ILUMINAÇÃO -
Calor dissipado pelas fontes de iluminação em kW "
Q_pessoas = (n_pes*q_pes)/1000 " CARGA TÉRMICA DE PESSOAS - Calor
gerado pelas pessoas dentro da câmara "
Q_infiltração = q_sl*D_t*D_f*(1 - E_efp) " CARGA TÉRMICA DE INFILTRAÇÃO -
Ganho de calor através de portas devido às trocas de ar (calor devido a infiltração de ar externo) "
Q_equip_elet = (Q_ee*n_ee)/1000 " CARGA TÉRMICA DE EQUIPAMENTOS
ELÉTRICOS - Calor total gerado pelos equipamentos elétricos dentro da câmaras [kW] "
Q_trans_cal = U_cg*A_tot*(t_ext - t_ap) " CARGA TÉRMICA DE TRANSMISSÃO DE
CALOR ENTRE PAREDES - Taxa de calor total transmitida para o espaço refrigerado "

"DADOS DE SAIDA - RESULTADO - CARGA TÉRMICA FINAL"

Q_final = Q_total_produto + Q_respiração + Q_iluminação + Q_pessoas + Q_infiltração +


Q_equip_elet + Q_trans_cal " CARGA TÉRMICA FINAL - Carga térmica total "
80

Q_final_kcal = Q_final*859,85
" CARGA TÉRMICA FINAL (2) - Carga térmica final em kcal/h"
Q_final_BTU = Q_final*3412,1416331279 " CARGA TÉRMICA FINAL (3) -
Carga térmica final em BTU/h"
81

APÊNDICE D - Código computacional para cálculo de carga térmica de


resfriamento da cenoura (EES)

"CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA NA CÂMARA FRIA DE ARMAZENAMENTO DE CENOURAS"

"DADOS DE ENTRADA"

m_p = 1500 [kg] " PRODUTO - Massa da CENOURA "


c_p = 3,92 [kJ/kg*C] " PRODUTO - Calor específico da
CENOURA "
t_ip = 25 [C] " PRODUTO - Temperatura inicial da
CENOURA (temperatura ambiente padrão)"
t_ap = 0 [C] " PRODUTO - Temperatura de
armazenamento da CENOURA "
temp_resf = 2 " PRODUTO - Tempo para resfriamento da
CENOURA em horas "

c_resp = 20,4 [mW/kg] " RESPIRAÇÃO - Calor de respiração da


CENOURA "

Taxa_ilum = 10 [W/m^2] " ILUMINAÇÃO - Taxa de iluminação


indicada para câmaras frias "
Ap = 20,8 [m^2] " ILUMINAÇÃO - Área do piso da câmara da
CENOURA "
Dto = 6 " ILUMINAÇÃO - Fração de tempo
(referência de 24h) em que a iluminação encontra-se acesa "

n_pes = 5 " PESSOAS - Quantidade de pessoas


operando dentro da câmara "
q_pes = 272 - 6*(t_ap) " PESSOAS - Calor gerado POR PESSOA
dentro da câmara "

rh_p = 0,975 " INFILTRAÇÃO - Umidade relativa da


CENOURA refrigerada (%)"
rh_cidade = 0,75 " INFILTRAÇÃO - Umidade relativa média da
cidade de Maceió - AL (%) "
t_ext = 30 " INFILTRAÇÃO - Temperatura média da
cidade de Maceió - AL "
A_por = 4,68 [m^2] " INFILTRAÇÃO - Área da porta da câmara "
g_grav = 9,81 [m/s^2] " INFILTRAÇÃO - Aceleração da gravidade "
H_por = 2,60 [m] " INFILTRAÇÃO - Altura da porta "
P_por = 200 " INFILTRAÇÃO - Número de passagens
pela porta "
O_af = 10 [s] " INFILTRAÇÃO - Tempo de abertura e
fechamento da porta "
O_pa = 15 [s] " INFILTRAÇÃO - Tempo que a porta
permanece aberta "
O_d = 24 [h] " INFILTRAÇÃO - Tempo de referência (24h)
"
D_f = 0,8 " INFILTRAÇÃO - Fator de fluxo da porta "
E_efp = 0,93 " INFILTRAÇÃO - Efetividade dos
dispositivos de proteção da porta "

n_ee = 0 " EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS - Número


de equipamentos elétricos dentro da câmara"
Q_ee = 0 [W] " EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS - Calor
gerado pelos equipamentos (tabelado) "
82

A_tot = 96,8 [m^2] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE


PAREDES - Área da parede, forro ou piso, transversal ao fluxo de calor "
x_1 = 0,01 [m] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Espessura da chapa interna "
k_1 = 0,5 [W/mK] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Condutividade térmica da chapa interna "
x_2 = 0,180 [m] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Espessura do isolamento "
k_2 = 0,017 [W/mK] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Condutividade térmica do isolante (poliuretano expandido) "
x_3 = 0,01 [m] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Espessura da chapa externa "
k_3 = 0,5 [W/mK] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Condutividade térmica da chapa externa "

"CÁLCULOS INTERMEDIÁRIOS (PRODUTO; INFILTRAÇÃO; TRANSMISSÃO DE CALOR)"

Q_prod = m_p*c_p*(t_ip - t_ap)*1,1 " PRODUTO - Carga térmica do produto em


kJ, sem levar em consideração o tempo de resfriamento, mas como 10% de acréscimo considerando
a carga térmica da embalagem "

h_ar=Enthalpy(AirH2O;T=t_ap;r=rh_p;P=101) " INFILTRAÇÃO - Entalpia do ar refrigerado "


rho_ar=Density(AirH2O;T=t_ap;r=rh_p;P=101) " INFILTRAÇÃO - Densidade do ar
refrigerado "
h_ai=Enthalpy(AirH2O;T=t_ext;r=rh_cidade;P=101) " INFILTRAÇÃO - Entalpia do ar infiltrado "
rho_ai=Density(AirH2O;T=t_ext;r=rh_cidade;P=101) " INFILTRAÇÃO - Densidade do ar infiltrado"
F_mm = (2/(1+(rho_ar/rho_ai)^(1/3)))^1,5 " INFILTRAÇÃO - Fator de densidade "
q_sl = 0,221*A_por*(h_ai - h_ar)*rho_ar*((1-(rho_ai/rho_ar))^0,5)*((g_grav*H_por)^0,5)*F_mm
"INFILTRAÇÃO - Carga térmica sensível e latente"
D_t = (P_por*O_af + O_pa)/(3600*O_d) " INFILTRAÇÃO - Fator de tempo de
abertura das portas "

U_cg = (1/(x_1/k_1 + x_2/k_2 + x_3/k_3))/1000 " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE


PAREDES - Coeficiente global de transferência de calor "

"CÁLCULO FINAL DAS CARGAS TÉRMICAS"

Q_total_produto = (Q_prod)/(3600*temp_resf) " CARGA TÉRMICA DE PRODUTO - Calor


removido para resfriar a CENOURA de sua temperatura de entrada na câmara até sua temperatura
de armazenamento em kW "
Q_respiração = (m_p*c_resp)/1000000 " CARGA TÉRMICA DE RESPIRAÇÃO -
Calor desprendido devido a respiração de vegetais em kW "
Q_iluminação = (Taxa_ilum*Ap*Dto)/1000 " CARGA TÉRMICA DE ILUMINAÇÃO -
Calor dissipado pelas fontes de iluminação em kW "
Q_pessoas = (n_pes*q_pes)/1000 " CARGA TÉRMICA DE PESSOAS - Calor
gerado pelas pessoas dentro da câmara "
Q_infiltração = q_sl*D_t*D_f*(1 - E_efp) " CARGA TÉRMICA DE INFILTRAÇÃO -
Ganho de calor através de portas devido às trocas de ar (calor devido a infiltração de ar externo) "
Q_equip_elet = (Q_ee*n_ee)/1000 " CARGA TÉRMICA DE EQUIPAMENTOS
ELÉTRICOS - Calor total gerado pelos equipamentos elétricos dentro da câmaras [kW] "
Q_trans_cal = U_cg*A_tot*(t_ext - t_ap) " CARGA TÉRMICA DE TRANSMISSÃO DE
CALOR ENTRE PAREDES - Taxa de calor total transmitida para o espaço refrigerado "

"DADOS DE SAIDA - RESULTADO - CARGA TÉRMICA FINAL"

Q_final = Q_total_produto + Q_respiração + Q_iluminação + Q_pessoas + Q_infiltração +


Q_equip_elet + Q_trans_cal " CARGA TÉRMICA FINAL - Carga térmica total "
83

Q_final_kcal = Q_final*859,85
" CARGA TÉRMICA FINAL (2) - Carga térmica final em kcal/h"
Q_final_BTU = Q_final*3412,1416331279
" CARGA TÉRMICA FINAL (3) - Carga térmica final em BTU/h"
84

APÊNDICE E - Código computacional para cálculo de carga térmica de


congelamento do salmão rosado (EES)

"CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA NA CÂMARA FRIA DE ARMAZENAMENTO DE SALMÃO


ROSADO"

"DADOS DE ENTRADA"

m_p = 5000 [kg] " PRODUTO - Massa do SALMÃO ROSADO


"
c_p1 = 3,68 [kJ/kg*C] " PRODUTO - Calor específico do SALMÃO
ROSADO acima da temperatura de congelamento "
c_p2 = 2,17 [kJ/kg*C] " PRODUTO - Calor específico do SALMÃO
ROSADO abaixo da temperatura de congelamento "
t_ip = 25 [C] " PRODUTO - Temperatura inicial do
SALMÃO ROSADO (temperatura ambiente padrão)"
t_cp = -2,2 [C] " PRODUTO - Temperatura de congelamento
do SALMÃO ROSADO "
h_ps = 255 [kJ/kg] " PRODUTO - Calor latente de fusão do
SALMÃO ROSADO "
t_ap = -18 [C] " PRODUTO - Temperatura de
armazenamento congelado do SALMÃO ROSADO "
temp_resf = 2 " PRODUTO - Tempo para resfriamento do
SALMÃO ROSADO em horas "

Taxa_ilum = 10 [W/m^2] " ILUMINAÇÃO - Taxa de iluminação


indicada para câmaras frias "
Ap = 37,62 [m^2] " ILUMINAÇÃO - Área do piso da câmara do
SALMÃO ROSADO "
Dto = 6 " ILUMINAÇÃO - Fração de tempo
(referência de 24h) em que a iluminação encontra-se acesa "

n_pes = 5 " PESSOAS - Quantidade de pessoas


operando dentro da câmara "
q_pes = 272 - 6*(t_ap) " PESSOAS - Calor gerado POR PESSOA
dentro da câmara "

rh_p = 0,7635 " INFILTRAÇÃO - Umidade relativa do


SALMÃO ROSADO refrigerado (%)"
rh_cidade = 0,75 " INFILTRAÇÃO - Umidade relativa média da
cidade de Maceió - AL (%) "
t_ext = 30 " INFILTRAÇÃO - Temperatura média da
cidade de Maceió - AL "
A_por = 4,68 [m^2] " INFILTRAÇÃO - Área da porta da câmara "
g_grav = 9,81 [m/s^2] " INFILTRAÇÃO - Aceleração da gravidade "
H_por = 2,60 [m] " INFILTRAÇÃO - Altura da porta "
P_por = 400 " INFILTRAÇÃO - Número de passagens
pela porta "
O_af = 10 [s] " INFILTRAÇÃO - Tempo de abertura e
fechamento da porta "
O_pa = 15 [s] " INFILTRAÇÃO - Tempo que a porta
permanece aberta "
O_d = 24 [h] " INFILTRAÇÃO - Tempo de referência (24h)
"
D_f = 0,8 " INFILTRAÇÃO - Fator de fluxo da porta "
E_efp = 0,93 " INFILTRAÇÃO - Efetividade dos
dispositivos de proteção da porta "
85

n_ee = 2 " EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS - Número


de equipamentos elétricos dentro da câmara"
Q_ee = 776 [W] " EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS - Calor
gerado pelos equipamentos (tabelado) "

A_tot = 150,5 [m^2] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE


PAREDES - Área da parede, forro ou piso, transversal ao fluxo de calor "
x_1 = 0,01 [m] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Espessura da chapa interna "
k_1 = 0,5 [W/mK] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Condutividade térmica da chapa interna "
x_2 = 0,180 [m] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Espessura do isolamento "
k_2 = 0,017 [W/mK] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Condutividade térmica do isolante (poliuretano expandido) "
x_3 = 0,01 [m] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Espessura da chapa externa "
k_3 = 0,5 [W/mK] " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE
PAREDES - Condutividade térmica da chapa externa "

"CÁLCULOS INTERMEDIÁRIOS (PRODUTO; INFILTRAÇÃO; TRANSMISSÃO DE CALOR)"

Q_prod1 = m_p*c_p1*(t_ip - t_cp) " PRODUTO - Calor removido para resfriar o


SALMÃO ROSADO de sua temperatura inicial até sua temperatura de congelamento "
Q_prod2 = m_p*h_ps " PRODUTO - Calor removido para congelar
o SALMÃO ROSADO "
Q_prod3 = m_p*c_p2*(t_cp - t_ap) " PRODUTO - Calor removido para resfriar o
SALMÃO ROSADO desde a temperatura de congelamento até uma temperatura final abaixo desta "
Q_prod_emb = (Q_prod1 + Q_prod2 + Q_prod3)*1,1 " PRODUTO - Carga térmica do produto em
kJ, sem levar em consideração o tempo de resfriamento, mas com 10% de acréscimo considerando a
carga térmica da embalagem "

h_ar=Enthalpy(AirH2O;T=t_ap;r=rh_p;P=101) " INFILTRAÇÃO - Entalpia do ar refrigerado "


rho_ar=Density(AirH2O;T=t_ap;r=rh_p;P=101) " INFILTRAÇÃO - Densidade do ar
refrigerado "
h_ai=Enthalpy(AirH2O;T=t_ext;r=rh_cidade;P=101) " INFILTRAÇÃO - Entalpia do ar infiltrado "
rho_ai=Density(AirH2O;T=t_ext;r=rh_cidade;P=101) " INFILTRAÇÃO - Densidade do ar infiltrado"
F_mm = (2/(1+(rho_ar/rho_ai)^(1/3)))^1,5 " INFILTRAÇÃO - Fator de densidade "
q_sl = 0,221*A_por*(h_ai - h_ar)*rho_ar*((1-(rho_ai/rho_ar))^0,5)*((g_grav*H_por)^0,5)*F_mm
"INFILTRAÇÃO - Carga térmica sensível e latente"
D_t = (P_por*O_af + O_pa)/(3600*O_d) " INFILTRAÇÃO - Fator de tempo de
abertura das portas "

U_cg = (1/(x_1/k_1 + x_2/k_2 + x_3/k_3))/1000 " TRANSMISSÃO DE CALOR ENTRE


PAREDES - Coeficiente global de transferência de calor "

"CÁLCULO FINAL DAS CARGAS TÉRMICAS"

Q_total_produto = (Q_prod_emb)/(3600*temp_resf) " CARGA TÉRMICA DE PRODUTO - Calor


removido para resfriar o SALMÃO ROSADO de sua temperatura de entrada na câmara até sua
temperatura de armazenamento em kW "
Q_iluminação = (Taxa_ilum*Ap*Dto)/1000 " CARGA TÉRMICA DE ILUMINAÇÃO -
Calor dissipado pelas fontes de iluminação em kW "
Q_pessoas = (n_pes*q_pes)/1000 " CARGA TÉRMICA DE PESSOAS - Calor
gerado pelas pessoas dentro da câmara "
Q_infiltração = q_sl*D_t*D_f*(1 - E_efp) " CARGA TÉRMICA DE INFILTRAÇÃO -
Ganho de calor através de portas devido às trocas de ar (calor devido a infiltração de ar externo) "
Q_equip_elet = (Q_ee*n_ee)/1000 " CARGA TÉRMICA DE EQUIPAMENTOS
ELÉTRICOS - Calor total gerado pelos equipamentos elétricos dentro da câmaras [kW] "
86

Q_trans_cal = U_cg*A_tot*(t_ext - t_ap) " CARGA TÉRMICA DE TRANSMISSÃO DE


CALOR ENTRE PAREDES - Taxa de calor total transmitida para o espaço refrigerado "

"DADOS DE SAIDA - RESULTADO - CARGA TÉRMICA FINAL"

Q_final = Q_total_produto + Q_iluminação + Q_pessoas + Q_infiltração + Q_equip_elet + Q_trans_cal


" CARGA TÉRMICA FINAL - Carga térmica total "
Q_final_kcal = Q_final*859,85
" CARGA TÉRMICA FINAL (2) - Carga térmica final em kcal/h"
Q_final_BTU = Q_final*3412,1416331279 " CARGA TÉRMICA FINAL (3) -
Carga térmica final em BTU/h"
87

ANEXO A – Catálogos utilizados para seleção dos equipamentos de


refrigeração.

Figura 24 - Especificações de desempenho para seleção da unidade evaporadora da


câmara de tomates.

Fonte: TRINEVA (2019).

Figura 25 - Especificações de desempenho para seleção da unidade evaporadora da


câmara de cenouras.

Fonte: TRINEVA (2019).


88

Figura 26 - Especificações de desempenho para seleção da unidade evaporadora da


câmara do salmão.

Fonte: TRINEVA (2019).

Figura 27 - Especificações de desempenho para seleção da unidade condensadora


da câmara do tomate.

Fonte: Danfoss (2020).


89

Figura 28 - Especificações de desempenho para seleção das unidades


condensadoras das câmaras da cenoura e do salmão.

Fonte: Elgin (2020)

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