Ateliê397 - Bora Lá
Ateliê397 - Bora Lá
Ateliê397 - Bora Lá
Um convite para pensar a arte e o meio artístico e mostrar o que estamos produzindo nesse
momento de rearticulação do setor da cultura. O que precisamos, queremos e podemos fazer
para reconstruir nosso meio? Quais as temáticas, linguagens e interesses nos mobilizam hoje?
Depois de quatro anos de um governo devastador para artistas e demais profissionais do
meio, é hora de nos reorganizarmos. As ações do projeto "Bora lá" começaram no dia 1 de
julho e vêm acontecendo semanalmente na sede do Ateliê397. Trata-se de um conjunto de
atividades que inclui festas, debates, oficinas, textos que nos convocam a estarmos juntos e
refletindo.
Uma atividade central em meio às que estamos organizando é a realização de uma exposição
coletiva de arte com o título "Bora lá", abertura prevista para 19 de agosto e encerramento dia
24 de setembro. Estamos convidando artistas cuja produção nos parece fundamental para
ajudar a construir esse novo campo: artistas que trabalham numa perspectiva crítica ao
sistema da arte, artistas que abraçam os desafios de uma produção coletiva, artistas que
colocam em seus trabalhos abordagens - quer sejam temáticas, quer sejam de linguagem -
novas e instigantes.
Tomamos como ponto de partida o trabalho realizado pelo JAMAC - Jardim
Miriam Arte Clube, parceiro de longa data do Ateliê397, atuando há cerca de duas
décadas na periferia de São Paulo. Olhar para o Jamac é chamar a atenção para
questões como: reconhecer um vínculo intrínseco entre fazer arte e fazer política,
estabelecer diálogos com grupos sociais já atuantes em determinado território,
dar seguimento a uma pesquisa técnica, formal e prática contínua (que pode ser
observada no caso do Jamac no campo da pintura ampliada), esgarçar limites de
linguagem (rádio poste, publicações, saraus, cinema etc), compreender a
dimensão formadora da arte promovendo programas como oficinas, cursos, etc
que também investigam a possibilidade de ver "a arte como ofício", acolher
demandas de debates e produções que procuram um lugar para se estabelecer
(questões de gênero, raça, políticas públicas, entre outras), buscar um lugar de
troca com as esferas públicas (governos, prefeituras) e privadas (mercado,
galerias) criando relações produtivas para todos.
Como não temos nenhum recurso para a produção da mostra, não podemos remunerar
a participação de nenhum artista nem sequer arcar com custos de qualquer natureza
tais como produção de obras e transporte. Mas nos prontificamos a ajudar, na medida
das nossas possibilidades, a viabilizar os projetos pensando juntos formas e estratégias.
Vale lembrar que a dedicação da equipe curatorial também não será remunerada, assim
como a dedicação dos profissionais do Ateliê397 que se envolvem com o projeto
(designer, comunicação, bar, etc) também não prevê remuneração.
https://abacashi.com/p/bora-la
Ana Dias Batista
Exaustores enterrados, 2021
No telhado deste galpão havia cinco exaustores industriais: dois eólicos e três a motor,
acoplados a chaminés de fibra de vidro.
Cavamos valas no piso, projetando, em planta, a posição que cada peça ocupava. A
profundidade foi dada pela distância entre o topo das peças e a base da tesoura do
telhado. Posicionamos os exaustores de ponta-cabeça, espelhados. A terra foi devolvida às
valas e travou os exaustores. O trabalho foi executado pelos mesmos pedreiros que
reformaram o espaço, e a superfície recebeu o mesmo acabamento do piso original.
O galpão abrigou uma gráfica e uma confecção, e está sendo adaptado para sediar um
teatro. Os exaustores permanecerão sob os seus usos futuros.
Ana Raylander Mártis dos Anjos
Anos de tirania, série Primeira pessoa do singular, 2023
Duas peças de 200 x 10 cm; duas peças de 100 x 10 cm; duas peças de 50 x
10 cm; duas peças de 25 x 10 cm; duas peças de 12,5 x 10 cm.
R$ 25.000,00
Ana Raylander Mártis dos Anjos
Anos de tirania, série Primeira pessoa do singular, 2023 (detalhe))
R$ 25.000,00
Cinthia Marcelle. O dramaturgo, 2015, série Conjunção de fatores.
Impressão jato de tinta sobre papel Hahnemühle Photo Rag Ultrasmooth 305 gr, 103 x 103 cm (cada)
Com a participação de Eid Ribeiro. Fotografia de André Hauck.
coletivo Tem Sentimento
Loja de roupas e bolsas costuradas
pelo coletivo de mulheres cis, trans e
travestis
moletom R$ 120,00
camiseta R$ 25,00
cropped R$ 100,00
ecobag R$ 40,00
pano de prato R$ 25,00
bandeira R$ 20,00
porta-isqueiro R$ 20,00
https://www.joanawaldorf.com/ficamosporaqui
Joana Waldorf
Ficamos por aqui, 2023
Vídeo
(Trabalho em andamento)
(detalhe)
Luciana Monteiro
Entrelaces, 2022
Vídeo e ação de intervenção de bordado sobre fotografia
A artista convocará mais artistas mulheres negras para selecionarem
e bordarem reproduções de fotografias significativas de suas famílias
18'10"
Luiz83
#001, da série Oficio, 2016-2023
tecido, lâmpada led, fio elétrico
245 x 180 x 10 cm
Edição de 3 + 1 P.A.
(detalhe)
Luiz83
parabéns…!!!, 2023
Tecido, cano de ferro, plástico e caveira de vidro
com aromatizador de café e chocolate
200 x 70 x 70 cm
Edição de 40
Mauro Restiffe
Estacionamento
Oficina, 2014
Gelatina e prata
coleção privada
Mauro Restiffe
Evoé, 2023
Gelatina e prata
30 x 45 cm