Validação Da Implementação Da Ifs Food Na Paupério E Aplicação Da Mesma No Software Flowm
Validação Da Implementação Da Ifs Food Na Paupério E Aplicação Da Mesma No Software Flowm
Validação Da Implementação Da Ifs Food Na Paupério E Aplicação Da Mesma No Software Flowm
por
Marlene Sofia Sousa Araújo
Maio 2022
VALIDAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DA IFS FOOD
NA PAUPÉRIO E APLICAÇÃO DA MESMA NO
SOFTWARE FLOWM
por
Marlene Sofia Sousa Araújo
Maio 2022
2
RESUMO
A humanidade tem desenvolvido esforços para tornar o mundo cada vez mais globalizado e
rápido em diversas áreas. Ter a possibilidade de transportar alimentos entre diversos continentes
mantendo condições de segurança e qualidade é um dos exemplos passível de apresentar sobre
a globalização em curso. Atualmente o mundo enfrenta a revolução 4.0. No que se refere às
tecnologias de indústria 4.0 podemos apresentar a Manufacturing Execution System (MES),
um formato de software que pretende guiar os operadores de chão de fábrica pelos diversos
passos a percorrer na produção, assim como recolher e analisar os diversos dados que são
inseridos pelos mesmos em todo o processo produtivo. A Foodintech é uma empresa
especializada no desenvolvimento de sistemas MES, apresentando assim ao mercado o software
FlowM. Este software foi desenvolvido no sentido de apoiar todo o sector agroalimentar, entre
outros. No setor agroalimentar têm sido feitos esforços pela criação de regulamentos e normas
alimentares uniformizadas para as diferentes partes do mundo, como é o caso da IFS Food
(International Featured Standards Food).
A Paupério é uma empresa do sector das bolachas e biscoitos que utiliza o software FlowM
para revolucionar os seus níveis de produção, segurança e qualidade e certificar a sua produção
através da aplicação da norma IFS food versão 6. Ao longo do desenvolvimento deste trabalho,
foi sendo avaliada a desmaterialização da norma IFS Food no software FlowM. Este processo
de desmaterialização, foi acompanhado de formação, quer nos módulos da aplicação quer na
IFS Food, contemplando para isso os diferentes menus existentes no programa, assim como a
consulta de diversos documentos.
Os resultados obtidos perante a análise feita foram compilados em diversas tabelas e divididos
conforme os seis grandes temas que a norma contempla: Responsabilidade da gestão de topo,
Sistema de Gestão da Qualidade e Segurança alimentar, entre outros. Toda a análise confirmou
que todos os temas se encontram desmaterializados no software através dos seus diversos
menus. As duas interfaces do software (Back office e Front office) permitiram a obtenção de
respostas por parte dos utilizadores a vários níveis em tempo real. Por fim, sendo o software
um programa em constante desenvolvimento, poderão sempre ser efetuadas diversas melhorias
na parametrização e assim uma otimização constante na empresa em questão.
3
4
ABSTRACT
Humanity has made efforts to make the world increasingly globalized and fast paced in different
areas. Having the possibility of transporting food between different continents while
maintaining safety and quality conditions is one of the examples that can be presented about
the ongoing globalization. The world is currently facing the 4.0 revolution. Regarding industry
4.0 technologies, we can present the Manufacturing Execution System (MES), a software
format that aims to guide factory base operators through the various steps to be taken in
production, as well as collecting and analysing the several data that are inserted by them in the
entire production process. Foodintech is a company specialized in the development of MES
systems, thus introducing FlowM software to the market. This software was developed in order
to support the entire agri-food sector, and others. In the agri-food sector efforts have been made
to create uniform food regulations and standards for different parts of the world, such as the
IFS Food (International Featured Standards Food).
Paupério is a company in the biscuit and cracker sector that uses FlowM software to
revolutionize its production, safety and quality levels and certify its production by applying the
IFS food version 6 standard. In this work, the dematerialization of the IFS Food standard in
FlowM software was evaluated. This dematerialization process was accompanied by training
that contemplated the different menus existing in the program, as well as the consultation of
various documents.
The results obtained from the analysis carried out were compiled in several tables and divided
according to the six major themes covered by the standard: Top management responsibility,
Quality Management System and Food Safety, among others. The entire analysis confirmed
that all themes were dematerialized in software through its various menus. The two interfaces
software's (Back office and Front office) allowed users to obtain responses at various levels in
real time. Finally, since the software is a program in constant development, several
improvements can always be made in the parameterization and thus a constant optimization in
the company in question.
5
6
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer,
À minha orientadora, doutora professora Paula Teixeira que esteve sempre disponível para me
ajudar a atingir o objetivo pretendido desde o início deste trabalho.
Ao CEO Miguel Fernandes, pela oportunidade de estágio, à doutora Joana Cruz, orientadora na
empresa Foodintech, por todo o apoio e insistência prestados no processo de estágio e escrita
de relatório. Agradecer também à engenheira Carla e à Paupério por toda a disponibilidade
demonstrada ao longo do processo de estágio.
Aos meus pais, irmã, cunhado e afilhada por estarem presentes em todas as etapas de vida e me
apoiarem incondicionalmente.
À Nathalie Lopes pela paciência e apoio incondicional prestado nesta etapa de vida.
E por fim, à Dra. Fátima Brito Melo diretora técnica, todas as funcionárias e idosos da ERPI do
Lar de Santa Teresa amigos de uma nobre instituição por me ajudarem a conciliar todo o
trabalho e estudo nesta etapa de vida.
Obrigada de coração
7
8
ÍNDICE
RESUMO .................................................................................................................................. 3
ABSTRACT .............................................................................................................................. 5
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. 7
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ 11
LISTA DE TABELAS............................................................................................................ 12
LISTA DE ABREVIATURAS .............................................................................................. 14
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 15
1.1. Revolução industrial 4.0 ............................................................................................ 15
3.1.2. As interfaces........................................................................................................... 29
3.2.2. As interfaces........................................................................................................... 32
9
3.3. Gestão de recursos ..................................................................................................... 33
3.3.2. As interfaces........................................................................................................... 35
3.4.2. As interfaces........................................................................................................... 39
3.5.2. As interfaces........................................................................................................... 54
3.6.2. As interfaces........................................................................................................... 63
4. CONCLUSÕES ........................................................................................................... 66
5. TRABALHO FUTURO .............................................................................................. 69
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 70
ANEXO I ................................................................................................................................. 74
ANEXO II ............................................................................................................................... 76
10
LISTA DE FIGURAS
11
LISTA DE TABELAS
12
Tabela 16. Descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (Risco
de corpos estranhos /Controlo de pragas). ............................................................................... 49
Tabela 17. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de
produção (Rastreabilidade). ..................................................................................................... 50
Tabela 18. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de
produção (OGM). ..................................................................................................................... 51
Tabela 19. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de
produção (Alergénios). ............................................................................................................. 52
Tabela 20. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(Auditorias internas, inspeções no local de fabrico). ............................................................... 54
Tabela 21. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(Controlo de processos: Receção, Armazenamento, Contaminação e corpos estranhos). ....... 56
Tabela 22. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(Controlo de processos: Pesagem, Mistura, Modelagem, Levedação, Banho de Água, Recheio
e Cobertura). ............................................................................................................................. 57
Tabela 23. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(controlo de processos: Corte, Cozedura, Tostar, Arrefecimento e Rotulagem). .................... 58
Tabela 24. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(Controlo de processos: Embalamento, Preparação de encomenda e Transporte). ................. 59
Tabela 25. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(Calibração e verificação de equipamentos de medição e monitorização). ............................. 60
Tabela 26. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(Verificação metrológica da quantidade). ................................................................................ 61
Tabela 27. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(Análise ao produto). ................................................................................................................ 62
Tabela 28. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(Quarentena do produto e liberação do produto). .................................................................... 62
Tabela 29. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria
(Gestão de incidências e Ações corretivas). ............................................................................. 64
Tabela 30. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao Plano Food Defense. ......... 65
13
LISTA DE ABREVIATURAS
EA – Especificações Administrativas
FT – Especificações/Fichas Técnicas
IT – Instruções de Trabalho
MAT – Matrizes
NA – Não Aplicável
PG – Procedimentos de Gestão
PO – Procedimentos Operacionais
14
1. INTRODUÇÃO
Todos os dias a humanidade cria referências sobre acontecimentos que podem causar mudanças
profundas e mesmo revolucionar o mundo. No que diz respeito ao sector industrial, é possível
verificar que existiu uma grande evolução ao longo do tempo, passando por diferentes
revoluções industriais. A substituição em parte do trabalho manual por trabalhos com recurso
a motores a vapor, marcou a primeira revolução industrial iniciada em finais do século XVIII
(1). Posteriormente, a segunda revolução industrial abrangeu a produção em massa através do
uso de energia elétrica (2). No que se refere à terceira e quarta revoluções, ambas refletem
automatizações, informatização e interação de diversos sistemas (3). De entre todas as
revoluções reconhecidas, a quarta revolução (revolução industrial 4.0) foi a mais marcante a
nível mundial, destacando-se a Europa, Estados Unidos da América e alguns países da Ásia
como os principais continentes que sofreram mais mudanças significativas no setor industrial
(4).
Refletir sobre o impacto que a revolução 4.0 tem nas empresas, obriga a pensar de que forma é
feita a restruturação das funções dos negócios das empresas assim como das respetivas cadeias
de valor (5). Uma das características notáveis desta revolução consistiu na criação de sistemas
ciber-físicos, através de um conjunto de dados heterogéneos e integração de conhecimentos. Os
sistemas ciber-físicos são caracterizados por atender a requisitos ágeis e dinâmicos envolvidos
na produção, para assim conseguirem melhorar tanto eficácia como a eficiência da indústria
(1). Adicionalmente, várias outras tecnologias foram implementadas pela indústria 4.0 de modo
a influenciar o seu crescimento produtivo e inovação, nomeadamente inteligência artificial, big
data, internet of things, blockchain, entre outras. Consecutivamente a utilização destas
tecnologias, aceleram o ritmo das transformações tecnológicas assim como a
internacionalização das empresas (6).
O Manufacturing Execution Systems (MES) é mais uma ferramenta utilizada na indústria 4.0.
O MES tem como principal objetivo auxiliar a produção nas empresas através da gestão
15
(planeamento, controlo, equipamentos) online das atividades, que são efetuadas em chão de
fábrica (7). O mesmo começou a ser desenvolvido desde os meados dos anos 90, tendo a
capacidade de implementar e operacionalizar planos de produção, assim como originar
informações chave que ajudavam e ajudam as empresas a melhorar o seu desempenho (8). A
Foodintech é uma empresa especializada na produção de MES. Com mais de dez anos de
desenvolvimento empresarial a Foodintech, encontra-se sediada no UPTEC - Parque de Ciência
e da Tecnologia, Polo do Mar liderado pela Universidade do Porto, mais concretamente em
Leça de Palmeira. Esta empresa tem como primordial atividade desenvolver softwares,
dispositivos específicos, entre outros, para assim apoiar as empresas (9) . FlowM, é o software
desenvolvido pela Foodintech, que disponibiliza sistemas de gestão industrial – Manufacturing
Execution System – para rastrear e documentar a transformação de matérias-primas em produtos
finais (10) conjuntamente com QES – Quality Execution System (9). Este software é
implementado por empresas de diversos sectores empresariais de grande reconhecimento, tais
como Mistolin, Aquimisa, Hidrofer e Cinemas NOS (11). O fluxo de produção serve de
estrutura base ao FlowM, tendo a capacidade de refletir os diversos processos produtivos. Esta
estruturação é desenvolvida em diferentes módulos. O sistema em causa é dotado de duas
principais interfaces: o Back-Office, que permite parametrizar processos, registos, incidências
e outros módulos existentes no sistema e o Front-Office, que permite aos colaboradores
interagirem com o software permitindo a inserção de diversos dados em tempo real. A gestão
dos dados inseridos no software é feita através do Back-Office através de equipas especializadas
para o efeito em cada uma das empresas em que o FlowM está inserido (12). As figuras 1 e 2
apresentam o formato ilustrativo do software em ambas as interfaces. É importante referir que
cada uma das empresas que utiliza o software FlowM seleciona os módulos que pretende vir a
usar na sua empresa. Estes mesmos módulos são personalizados através dos diferentes fluxos
produtivos que existem em cada uma das empresas.
16
Figura 1. Imagem ilustrativa da interface Back-Office retirada do software de demonstração.
17
1.2. Segurança e Qualidade Alimentar
A população mundial tem vindo a crescer e a desenvolver-se, o que obrigou a que fosse feita
uma reflexão sobre os desafios que a população tem de enfrentar para atingir a sobrevivência.
Mudanças climáticas e sustentabilidade são exemplos de desafios para os quais a humanidade
tem de ser preparada. A segurança alimentar é o desafio que mais amplamente tem sido
explorado (13). Em 1963 a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
(FAO) conjuntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS) criaram a Comissão do
Codex Alimentarius (14). Através da coordenação entre diversos países são elaborados um
conjunto de normas, diretivas entre outros documentos que visam ir ao encontro de um bem
comum, a segurança e a qualidade dos alimentos (15). O uso destes documentos é transversal a
todos os países que estão integrados na comissão criada. O Codex Alimentarius acompanha
toda a cadeira alimentar desde o cultivo até ao consumidor final, pois tem a responsabilidade
de garantir que o alimento produzido é seguro e tem os padrões de qualidade necessários para
o consumo humano (16).
A OMS estima que no mundo ocorrem 600 milhões de casos e 420.000 mortes por ano devido
a doenças transmitidas pelos alimentos (17). Neste sentido todos os dias o tema segurança
alimentar tem de ser trabalhado e melhorado para atingir os objetivos a que é proposto e assim
diminuir os perigos que possam surgir ao consumidor. Os perigos podem ser classificados em
químicos, físicos ou biológicos. Os perigos químicos, tais como os resíduos de produtos de
limpeza, aditivos alimentares (exemplo: dosagens fora dos limites estabelecidos), ou mesmo
aditivos não autorizados (18), são exemplos de perigos que podem surgir durante o
processamento alimentar. Estes podem derivar da matéria-prima, através do processo produtivo
ou contaminação (19). A presença de Salmonella é um perigo biológico na produção de
biscoitos pelo comum uso de ovos nas diversas receitas (20). Por sua vez, quando existe
referência a perigos físicos, os mesmos podem ter várias fontes tais como, por exemplo, tinta
lascada, objetos pessoais, pedaços de madeira (21). Deste modo, o objetivo primordial da
segurança alimentar consiste em prevenir a entrada dos perigos no processo produtivo, através
da manipulação, controlo ou eliminação dos mesmos (22).
Portanto, diz-se que a segurança alimentar se encontra assegurada e presente, quando em todos
os momentos as pessoas têm acesso físico, social e económico aos alimentos, sendo estes
nutritivos e seguros, de forma a atingir as suas necessidades (23). Alimentos sem perigos,
biológicos, químicos ou físicos, ou que apresentem níveis aceitáveis dos mesmos, são
considerados alimentos seguros (24).
18
A figura seguinte apresenta os pontos estratégicos base de trabalho para progredir e otimizar a
segurança alimentar em qualquer empresa nas atividades do dia-a-dia (Figura 3) (25).
Qualidade alimentar é também um tema de extrema relevância tanto para empresas como
consumidores, estando diretamente conectada com os diferentes estágios de produção assim
como o tempo de vida útil do produto (26). Sendo um tema muito vasto são várias as
definições/objetivos que podem ser encontradas na literatura. Ir ao encontro ou mesmo superar
os requisitos dos clientes é o objetivo primordial da qualidade. Atingir novos segmentos de
mercado, produzir de forma uniforme e consistente são alguns dos exemplos quando se
apresenta a definição de qualidade (27)
19
produtos em causa e a sua distribuição, assim como identificar o uso pretendido e quais os
consumidores alvo. Para tal, terão de ser desenvolvidos e verificados diagramas de fluxo (31).
Vários autores apresentam os sete princípios em que se baseia o HACCP (Tabela 1) (21,30–
32).
Princípio Atividades
Processo de recolha e avaliação sobre perigos e fatores que
1) Análise de perigos levam à sua presença nos alimentos, assim como seleção de
medidas para controlo dos perigos identificados.
Identificar etapa ou etapas em que é necessária aplicação
2) Determinação de pontos
de controlo para assim prevenir, reduzir ou eliminar perigos
críticos de controlo (PCCs)
a níveis aceitáveis.
Estabelecer limites (máximos e/ou mínimos) para qual os
3) Estabelecimento de limites perigos (físicos, químicos ou biológicos) devem ser
críticos controlados para assim prevenir, eliminar ou reduzir a
níveis aceitáveis os mesmos.
Monitorizar o processo ou produto através de criação de
4) Estabelecimento de sistema
procedimentos (observação, medições, analises, entre
de monitorização de PCCs
outros).
Determinar medidas corretivas, para situações em que
5) Estabelecimento de medidas
pontos críticos de controlo se encontrem desviados do
corretivas
estabelecido.
Estabelecer processos, a realizar regularmente para
6) Estabelecimento de
verificação das medidas referidas no número 1 e 5 desta
procedimentos de verificação
tabela.
Estabelecer documentos (análises de risco, manuais) e
7) Estabelecimento de
registos (monitorização de temperatura) apropriados a
documentação e registos
todos os princípios apresentados anteriormente.
A formação da iniciativa global de segurança alimentar (GFSI) surge no ano de 2000 e tem
como objetivo primordial garantir a segurança dos alimentos, alcançando todos os
consumidores seja a níveis nacionais ou internacionais (34). Esta entidade privada sem fins
20
lucrativos, promove a aceitação mútua de diferentes referenciais de segurança alimentar,
promovendo assim a certificação e o seu reconhecimento perante as diferentes empresas (35).
A GFSI conta já com 20 anos de experiência, a desenvolver esforços para harmonizar os
diferentes sistemas de gestão de segurança alimentar que foram sendo criados ao longo da
história (35). Este trabalho foi sendo desenvolvido, pelo facto da indústria alimentar se ter
tornado extremamente dinâmica e veloz. A possibilidade de transportar bens alimentares para
as diferentes partes do globo, obrigou a que existisse por parte de fornecedores e revendedores
um comprovativo da existência de critérios de segurança alimentar entre parceiros, o que
originava uma duplicação de trabalho para atender ao cumprimento do objetivo (34). Carrefour,
Coca Cola, Danone, Tyson, são exemplos de alguns dos membros que pertencem à GFSI (22).
1.4. IFS
IFS mais concretamente, “International Featured Standards” tem na sua origem um grupo de
retalhistas da Alemanha. Este grupo de trabalho foi criado no sentido de desenvolver padrões
de qualidade uniformes que visassem a segurança alimentar (34). Os padrões desenvolvidos
através deste grupo de trabalho tem por objetivo ajudar as empresas a implementar sistemas
legais que apoiem no cuidado da segurança e qualidade dos alimentos e produtos que estas
mesmas produzem ao longo da cadeia de abastecimento (36). Através da certificação obtida
com a implementação dos padrões selecionados, as empresas garantem que atingem segurança
e qualidade através de processos rigorosos de auditorias feitos por empresas especializadas na
área (35). As áreas de certificação abrangidas pela IFS são várias: alimentação, logística,
produtos domésticos e de higiene, entre outras (37). Neste relatório de estágio, a área de
certificação da IFS é alimentar, mais concretamente a reconhecida “IFS food”. Desde a sua
criação já se encontra na sua sétima edição, sendo que a terceira edição foi a primeira a ser
implementada (38).
Na literatura, a história do biscoito remete-nos para o antigo Egipto, onde as margens do rio
Nilo eram zonas produtivas de cereais, como o caso do trigo. A necessidade foi obrigando a
que os povos do Egipto descobrissem novas formas de produzir produtos à base de trigo (39).
Através das experiências que foram sendo feitas surgiram os biscoitos. Com o avançar do
tempo, formas mais criativas e nutritivas deram origem a uma melhor produção de biscoitos.
21
Produtos predominantemente produzidos com farinha de trigo, cozidos e depois secos em forno
lento, são denominados de biscoitos. Através de derivação do latim e mais tarde do francês, o
nome “biscoito” significa cozido duas vezes (40). O grupo dos biscoitos, inclui biscoitos e
bolachas (41). Dentro do grupo dos biscoitos podem ser feitos diversos agrupamentos, os
mesmos podem ser baseados na textura, dureza, método de preparação da massa, moldagem
utilizada entre outros (42). Outra classificação a ser feita pode ser: biscoitos, biscoitos doces
duros e semi-duros, biscoitos de massa curta e bolachas (incluídas as bolachas recheadas)
(Figura 4) (40). Relativamente à composição dos biscoitos, farinha de trigo, açúcar, gordura,
água e sal são ingredientes que compõem na sua grande maioria a formulação dos biscoitos
(Figura 5) (43,44).
22
Figura 5. Descrição dos ingredientes intervenientes na produção dos biscoitos.
O consumo de biscoitos por diversas gerações e por todas as faixas etárias contribuem para que
esta família de produtos, esteja presente nos hábitos alimentares dos consumidores (45).
Características como vida útil mais longa, pronto a comer, conveniência, transforma os
biscoitos em produtos de panificação muito utilizados na dieta humana (46,47). A utilização de
biscoitos pode ser diversificada tais como lanches, produtos diatéticos, alimentos infantis e
presentes de luxo, o que obrigou ao desenvolvimento de melhorias na área de produção de
biscoitos e, consequentemente, à melhoria da qualidade nutricional, para assim atingir produtos
mais saudáveis, nutritivos e saborosos (47).
1.6. Paupério
A fábrica Paupério conta com mais de 145 anos de história, atravessando diversas gerações,
destacando-se Joaquim Carlos e António de Sousa como os sócios fundadores que deram
origem à história da Paupério. Supõe-se que em 1874 a sociedade tenha sido constituída por
acordo verbal, tendo por nome “Paupério & Companhia” e como objetivo “exploração da
indústria e comércio de pão e biscoutos” (48). A situação geográfica de Valongo contribuiu em
muito para a iniciação e desenvolvimento da empresa devido à proximidade entre indústria da
moagem, cidade, clientes e fornecedores.
23
A audácia apresentada pelos dois sócios fundadores, originou a utilização de novos meios de
publicidade, comunicação e transporte, atingindo assim um maior grupo de consumidores.
Adicionalmente, a inauguração da via-férrea em 1875 e as comunicações via postal foram
ferramentas muito importantes para conseguir que a empresa se expandisse por diferentes áreas
do país. Mais de 140 anos de história, indicam que a empresa passou por diversas fases,
expansão, reconhecimento do seu trabalho através da atribuição de prémios em diferentes
ocasiões, crises financeiras, risco de insolvência restruturações, entre outras (48).
A entidade Paupério Distribuição, nasce em 2007 através da divisão da Paupério & Companhia.
A divisão teve por objetivo responder a duas grandes necessidades: Paupério Distribuição
trabalhar na modernização da produção e desenvolver esforços para colocar a empresa em linha
com as tendências de consumo, enquanto Paupério & Companhia continuar a liquidar a dívida
que existia à época da divisão. Apesar de todos os contratempos e dificuldades a que a empresa
foi sujeita, a personalização única das embalagens contendo imagens antigas bem como as cores
selecionadas (dourado, amarelo trigo, verde-esmeralda entre outras), foram algumas das
ferramentas utilizadas para fomentar o design e assim evidenciar a personalidade de uma marca
que já conta com mais de 145 anos de existência. Recentemente, a Paupério destacou-se com a
conquista de novos mercados em diferentes países (Inglaterra, Bélgica, Canadá) e zonas do
globo (Timor, China, Japão), marcando novos caminhos para o desenvolvimento da marca. É
importante realçar que todo este progresso e sucesso da empresa Paupério contou com o apoio
de uma empresa de desenvolvimento de software especializada na Indústria ligada ao sector
agroalimentar, designada de Foodintech (48).
24
1.6.2. Missão
A Paupério tem como principal objetivo manter a tradição e assegurar a produção de produtos
de alta qualidade, dedicando-se à confeção e comercialização de biscoitos e bolachas, e ainda
ao fabrico sazonal do bolo-rei no Natal e do pão-de-ló na Páscoa (49).
1.6.3. Visão
1.6.4. Valores
1.7. Objetivos
Tendo este relatório de estágio por base a indústria de produção de biscoitos e bolachas, será
importante perceber de que modo é que a mesma tem evoluído ao longo do tempo, perceber
quais os sistemas implementados tecnologicamente pela empresa para melhoramento da
eficiência e qualidade, bem como detalhar todo o procedimento necessário para a obtenção do
produto final, assegurando todas as normas de segurança alimentar/IFS.
O objetivo principal deste estágio consiste em avaliar e validar toda a implementação da norma
IFS Food (versão 6.1) feita na empresa Paupério Distribuição Lda., assim como verificar e
validar se todos os processos e informação se encontram em desmaterialização através da
aplicação do software FlowM.
25
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Com base no objetivo deste relatório de estágio, realizou-se, semanalmente, uma análise
aprofundada de toda a documentação, de modo a verificar os requisitos que estavam
implementados e inseridos no software. A análise teve por base uma calendarização
definida previamente pela empresa Foodintech e sequencial, isto é, primeiramente ocorria
formação, seguindo de verificação de documentação existente na empresa e a sua
posterior aplicabilidade no software, respetivamente para cada requisito da norma IFS.
De modo a compilar toda esta análise foi gerada uma tabela informativa, em que se
responde a todos os critérios, mais precisamente, definindo se existia ou não
26
documentação para os respetivos módulos, bem como sua a aplicabilidade no software
FlowM.
27
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para uma melhor visualização dos resultados, a análise da documentação e do software foi
organizada pelos diversos pontos dos requisitos definidos na norma IFS Food, sendo estes
apresentados nas tabelas seguintes. Como apresentado anteriormente em Material e Métodos,
os documentos do SGSA da Paupério foram categorizados de forma específica, sendo que nas
tabelas serão apresentadas diversas siglas apresentadas no capítulo 2. No que se refere à
impossibilidade de aplicar alguns conteúdos no software a sigla escolhida foi a NA (não
aplicável). Não sendo o SGSA construído por documentos estáticos, foram utilizados os
documentos válidos à data do estágio, podendo de momento algum já se encontrar obsoleto.
O primeiro requisito apresenta as linhas normativas para que a equipa escolhida para direção
da empresa tenha possibilidade de definir metas dos valores em que a empresa se posiciona em
termos de políticas corporativas (Tabelas 2 e 3).
28
3.1.2. As interfaces
Sendo um trabalho desenvolvido na grande maioria pela equipa de gestão de topo dedicado aos
princípios e objetivos que a empresa pretende cumprir, as interfaces presentes no software
poderão dar respostas ao proposto na norma de diferentes formas.
Temas de trabalho que envolvem foco no cliente e revisão pela gestão tem a sua aplicabilidade
no software através da interface Back-Office. A inclusão de informação nos módulos de registos
e gestão documental proporcionará uma maior resposta à informatização da norma IFS. É
importante realçar que o requisito revisão pela gestão mesmo não aplicado no software na sua
totalidade, é construído e analisado com base em informação proveniente de vários módulos do
programa.
Tendo este requisito a necessidade de ser trabalhado de uma forma restrita através de uma
equipa, não existe de momento a necessidade da sua aplicabilidade em Front-Office.
29
Tabela 2. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à responsabilidade de gestão de topo (Política corporativa/ Estrutura corporativa).
Documentação a
Requisito Módulo/Funcionalidade Back-Office Front-Office Breve descrição
desenvolver/rever
EA.01.02 Política da Documento que apresenta de forma geral a
Sugestão: Gestão documental Sugestão: Documentos
corporativa
30
Tabela 3. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à responsabilidade de gestão de topo (Foco no cliente/ Revisão pela gestão).
Documentação a
Requisito Módulo/Funcionalidade Back-Office Front-Office Breve descrição
desenvolver/rever
Procedimento para estabelecer método de
Sugestão: Documentos PG.05.00 Foco no cliente Sub módulo: Gestão documental NA
avaliação de satisfação dos clientes.
Sugestão: Módulo registo para Documento que permite avaliar a
Mod.23.01 Avaliação de
Foco no cliente
31
3.2. Sistema de Gestão da Qualidade e Segurança alimentar
Os dados apresentados na tabela 4 são referentes a duas importantes áreas de gestão, sendo elas
qualidade e segurança alimentar. É de total importância ter o sistema devidamente documentado
e implementado. Analisando o requisito de gestão da qualidade, e todos os documentos/registos
presentes neste tópico, foi possível constatar a existência de um método eficaz para controlar
este requisito. Nesse mesmo processo de controlo foram sendo feitas pequenas
correções/melhorias para assim ir ao encontro do pretendido.
3.2.2. As interfaces
32
ou até mesmo criar um processo de incidência caso ocorra. A informação respondida em tempo
real através da interface Front-Office, foi a parametrizada anteriormente em Back-Office.
Todos os módulos apresentados nestes requisitos são intuitivos e de fácil preenchimento por
parte de qualquer colaborador desde que devidamente autorizado e com respetiva formação
dependendo da área em questão.
Gestão de recursos é constituído internamente por quatro requisitos, recursos humanos e sua
gestão, assim como formação, instalações e equipamentos necessários para o pessoal. Os
requisitos deste tema são apresentados nas tabelas 5,6 e 7. Sendo os recursos humanos uma
ferramenta essencial que contribui para o bom funcionamento de qualquer empresa é necessário
que todos os colaboradores possuam competências dentro dos cargos que assumem ou possam
a vir assumir.
33
Tabela 4. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao Sistema de Gestão da Qualidade e Segurança alimentar.
34
3.3.1. Documentação implementada
3.3.2. As interfaces
Módulo Documentação a
Requisito Back-Office Front-Office Breve descrição
Funcionalidade desenvolver/rever
Todos os colaboradores
deverão ter
Gestão de Mod.25 Avaliação
competências de
recursos NA de riscos recursos NA
formação. Terá de
humanos humanos
existir uma avaliação
de risco associada.
35
de dados, o software permite afirmar se existe ou não eficiência nos métodos utilizados.
Instalações sanitárias, equipamentos de higiene pessoal e instalações para o pessoal são
integrados no software através da sua parametrização em Back-Office. Através desta interface
são agendados processos de manutenção que visam manter as condições necessárias para a
realização de um bom trabalho nas instalações e na higiene dos colaboradores.
Um melhoramento no software para abranger de forma mais concreta estas e outras áreas de
trabalho, seria a inserção de um módulo de auditorias para um maior controlo. As mesmas de
momento são realizadas de forma regular por equipa interna e externa. Este módulo está
desenvolvido e funciona sendo, contudo necessária a aquisição deste módulo por parte da
Paupério, o que ajudaria a que a tarefa fosse realizada de forma mais rápida e eficaz.
36
Tabela 6.Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à Gestão de Recursos (Recursos humanos/ Instalações sanitárias, equipamento de
higiene pessoal, instalações para o pessoal).
Módulo
Requisito Documentação a desenvolver/rever Back-Office Front-Office Breve descrição
Funcionalidade
PO.05.01 Higiene e Saúde do Pessoal:
M.01 Manual de Boas Práticas
M.03 Regulamento visitas
IT.02 Regras de Conduta
IT.03 Regras de Higiene O módulo de documentos contém
Recursos humanos
37
3.3.2.2 Formação
De momento o software apenas consegue dar resposta a uma pequena parte do requisito de
formação(Tabela 7). Essa pequena percentagem é refletida através da presença de protocolo de
formação na área de documentos em Back-Office. É de salientar que é possível colocar o
procedimento em Front-Office caso seja necessário estar disponível aos colaboradores durante
um determinado período de tempo, mesmo sendo classificado como não aplicável neste
momento, uma vez que não há necessidade de colocar os documentos disponíveis aos
colaboradores.
Módulo Documentação a
Requisito Back-Office Front-Office Breve descrição
Funcionalidade desenvolver/rever
PO.01.01 Formação:
MAT.08 Plano da
formação
Mod.07 Plano de Módulo que apresenta
Na área reservada
sessão regras a implementar
a documentos
Mod. 08 Registo de para dar formação aos
apenas se
formação diversos
Formação Documentos apresenta neste NA
MAT.01 Controlo colaboradores, assim
momento o
de documentos como respetivas
procedimento de
Certificados formas de controlo
formação.
individuais de deste mesmo requisito.
formação
Documentos da
formação
Toda a documentação que suporta o desenvolvimento deste módulo foi devidamente construída
e é revista, quando necessário, pela equipa responsável pelo SGSA. Dos 21 requisitos existe
um que não é de momento aplicado em toda a sua amplitude, abordando este o tema de contratos
entre parceiros. No momento a Paupério, apenas produz marca própria, e não tem requisitos
impostos por clientes.
38
A abordagem feita aos requisitos de construção para áreas de produção e armazenamento, foi
um tema de grande importância, pela capacidade que a empresa teve de apresentar para ir
melhorando a sua instituição centenária. As estruturas foram sendo adaptadas e melhoradas
para assim cumprir o referencial da norma. O controlo é feito de forma manual com apoio de
manuais e procedimentos.
3.4.2. As interfaces
No que se refere a requisitos sem aplicação de momento no software, podemos indicar que são
uma pequena percentagem, mais concretamente cinco pontos do requisito global. Dois
primeiros tópicos abordam o tema sobre localização da fábrica e o seu exterior, sendo o terceiro
tópico “desenvolvimento do produto”, quarto “layouts da fábrica” e por último o “food fraud”.
A norma IFS apresenta, sobre a localização da fábrica e seu exterior, medidas que devem ser
tomadas em conta para que não exista um impacto negativo sobre a segurança e qualidade do
produto, no entanto não existe de momento capacidade do software para avaliar os parâmetros
pedidos neste tema. Aplicar no software a informação relativa ao desenvolvimento de novos
produtos, ainda não é possível devido à incapacidade de conjugar todas as alterações
(quantidades de ingredientes, embalagens, novos ingredientes, entre outras alterações
possíveis) nas experiências que vão sendo desenvolvidas para produzir novos produtos ou
mesmo reformulação dos produtos já existentes em mercado (Tabela 8).
Não tendo uma funcionalidade em que os layouts da fábrica (Tabela 9) possam ser devidamente
funcionais, a sugestão será realizar a sua inserção na gestão documental em ambos interfaces,
para que assim todos os colaboradores tenham acesso aos diferentes fluxos.
39
Tabela 8. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (Desenvolvimento do produto/ Localização
da fábrica/ Exterior da fábrica).
Requisito Módulo/Funcionalidade Documentação a desenvolver/rever Back-Office Front-Office Breve descrição
MAT.05 Comunicação
NA
Mod.18.01 Receita produtos
O requisito 4.3 apresenta todos os pontos a considerar no
Mod.19.00 Desenvolvimento do produto
desenvolvimento de novos produtos, desde análise de
NA NA
Mod.03 Ata ESA perigos até à obtenção de um produto seguro que possa ser
colocado no mercado.
Qualidade MAT.07 Plano de auditorias
Mod. 26 Avaliação de risco Requisito 4.7 da norma obrigações a realizar perante área
NA NA NA
infraestruturas externa da fábrica.
40
Tabela 9. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de
produção (Layouts da fábrica).
Relativamente ao tema food fraud (Tabela 10) ainda não é possível a sua aplicação no software
visto que existe uma complexidade de variantes de informação que é sujeita a diversos níveis
de avaliação (probabilidade de deteção, assim como probabilidade de ocorrência, ambos os
parâmetros com diversos níveis). Esta mesma avaliação e a compilação de diversa informação
através das experiências impossibilita de momento esta mesma informação para software.
Breve
Requisito Módulo/ Documentação a desenvolver/rever Back-Office Front-Office
Funcionalidade descrição
Procedimento
PO.32.00 Fraude Alimentar para analisar
Food
NA NA NA vulnerabilida
Fraude
Mod.53 Análise da vulnerabilidade à de da fraude
fraude alimentar alimentar
41
3.4.2.1 Especificações e fórmulas
No software, mais propriamente na interface Back-Office, são criados os produtos e processos, e a sua associação às fórmulas. As fórmulas podem
ser construídas com diversos objetivos, como por exemplo: fórmula de processo, fórmula de matéria subsidiária, fórmula de produto simples, entre
outras. O desenvolvimento destas fórmulas tem como objetivo ser a linha de condução de informação para os vários módulos que estão presentes
no programa.
Tabela 11. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (Especificações e fórmulas).
No requisito especificações ou fórmulas (Tabela 11) a interface de Back-Office proporciona a possibilidade de controlar e parametrizar todo o
processo envolvido nas receitas que a fábrica utiliza para dar origem aos seus produtos finais. Através das fórmulas desenvolvidas o Front-Office
desenvolve um papel de instrução para os passos que todos os colaboradores terão de desenvolver para dar origem aos produtos finais em causa.
Nesta vertente são respondidas todas as questões feitas ao longo do processo produtivo (pontos de controlo, conformidade de características físicas
e organoléticas entre outras) pelas quais é necessário ter em atenção para atingir o objetivo.
42
3.4.2.2 Compras, Embalagem do produto, Armazenamento e Transporte
Por forma a controlar a aquisição de matérias e serviços (Tabela12), a norma descreve alguns
pontos a ter em conta quando se efetuam as compras da empresa. Ter em conta a qualificação
de fornecedores será uma medida a assegurar. Assim sendo a interface Back-Office, dá a
possibilidade de parametrizar (processo de receção/ sub módulo compras) para assim
informatizar informações tais como: fornecedor, lotes, produtos, validades entre outras. Quando
estes dados se encontram em sistema é possível avaliar os mesmos a partir de relatórios que o
sistema gera. Sendo a receção de mercadorias uma tarefa realizada em chão de fábrica, os
colaboradores através do acesso ao Front-Office respondem às questões elaboradas sobre o
processo de receção anteriormente definidas em Back-Office.
Gerir o transporte de encomendas (Tabela 13) é também um passo importante para as empresas
para assim, darem respostas eficazes aos seus clientes. Neste sentido após parametrização em
Back-Office, o colaborador tem acesso às informações necessárias para gerir a preparação de
encomendas e o seu transporte. Quando seja necessário algum tipo de informação sobre
encomendas, o Back-Office permite a pesquisa e localização e ponto de situação das mesmas.
Este poder de informação em tempo real poderá ser importante no caso de ocorrer alguma não
conformidade com produtos que já possam estar no mercado.
43
Tabela 12. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (Compras/ Embalagem do produto).
Processos de receção MAT.07 Plano de auditorias configurados em tema para assim os para que os mesmos estejam de
fornecedor, lote, data,
Dados ao lote MAT.14 Lista de fornecedores colaboradores responsáveis terem acordo com os requisitos impostos.
produto, stock entre outras. O
Documentos acesso ao controlo deste tema. A Através da emissão e análise de
Mod. 15 Questionário de avaliação módulo de documentação
documentação apoia o colaborador relatórios de lote existe a
fornece informação para
em qualquer dúvida que possa surgir possibilidade de controlo de
Mod.16 Avaliação do fornecedor controlar este requisito.
ao longos dos procedimentos. mercadorias e seus stocks.
PO.11.04- Qualificação e avaliação de
fornecedores
MAT.01 Controlo de documentos No software ainda não é
possível realizar uma
Embalagem do produto
44
Tabela 13. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (Receção mercadorias e armazenamento/
Transporte).
[Receção]
No processo de receção o
Módulo de produção, sub
mesmo pode ser dividido em
módulos compras ou PG.04.02 Gestão de incidências A receção de matérias-primas ou
matérias-primas, embalagens. Receção de mercadorias
encomendas. embalagens é feita pelo colaborador
IT.06 Controlo de processo [receção] É possível aceder a todo o como armazenamento
Armazenamento módulo de responsável por essa função, e são
Guias de transporte / Faturas histórico de receção e compra são controladas por
produção sub módulos lotes inseridas todas as informações
da mercadoria, pontos de várias instruções de
ou produtos. Gestão PO.13.04 Controlo de processo necessárias ao processo,
controlo, incidências que trabalho que obrigam a
documental dá acesso às [Armazenamento] nomeadamente pontos de controlo
possam ocorrer no processo. controlar vários pontos
instruções de trabalho Mod.05 Lista de verificações do processo (conservação e limpeza,
Este controle pode ser de ambas seções.
necessárias para estes acondicionamento entre outras).
MAT.07 Plano de auditorias também consultado pelo sub
procedimentos.
IT.07 Controlo de Processo módulo de lotes.
[Armazenamento]
Mod.24 Controlo de temperatura-
Armazenamento
PO.25 Controlo de Processo
O sub módulo encomendas
[Preparação de Encomenda e O colaborador tem acesso às
Transporte
proporciona o controlo de
Transporte] quantidades necessárias para Controlo do processo de
Produção sub módulo pontos críticos de trabalho
IT.18.00 Controlo de Processo preparar encomenda e pontos de preparação e transporte
encomendas assim como de dados
[Preparação de Encomenda e controlo das mesmas na etapa de de encomendas.
tabelados referentes aos lotes
Transporte] preparação e transporte.
usados para encomendas.
PG.04 Gestão de incidências
45
3.4.2.3 Limpeza e desinfeção, Manutenção e equipamentos
Nos dois módulos acima identificados é essencial a utilização do módulo de registos (Tabela
14). Em ambos os temas, este módulo é devidamente parametrizado em Back-Office para
depois ser correspondido em Front-Office através dos colaboradores em chão de fábrica.
No que se refere ao tema de limpeza e desinfeção o módulo de registo proporciona uma resposta
muito abrangente, sendo dividido em duas partes: higiene das instalações e higienização dos
equipamentos/utensílios. A regularidade das tarefas e o seu estado de conformidade são
registadas no sistema.
46
Tabela 14. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (Limpeza e desinfeção/ Manutenção e
Equipamentos).
MAT.05 Comunicação
de registos, um denominado Os colaboradores inserem os O requisito apresenta várias
MAT.15 Controlo de produção (alergénios) de higienização e outro de dados para assim criar base medidas a ter em conta na limpeza
Registos PO.09 Controlo analítico higienização de instalações e de dados dos registos. As e desinfeção da empresa,
Documentos IT.01 Limpeza e desinfeção equipamentos. A gestão instruções de trabalho estão nomeadamente procedimentos,
documental permite a presentes no módulo instruções de trabalho, registos,
Mod.34 Registos de limpeza inserção das instruções de documentos. formas de avaliação entre outros.
Documentação técnica detergentes/ trabalho.
desinfetantes
O processo de qualidade
Manutenção e Equipamento
47
3.4.2.3 Resíduos, risco de material estranho e controlo de pragas
O subcapítulo que existe na norma sobre o tema resíduos (Tabela 15), é contemplado no
software apenas com a inserção de procedimento de trabalho na gestão documental para que os
colaboradores tenham acesso ao mesmo. A recolha é feita por uma empresa do município, não
existindo assim um controlo de quantidades, apenas separação em três categorias, cartão,
plástico ou resíduos orgânicos.
Sendo a Paupério uma empresa que utiliza diversos materiais, sejam matérias-primas, utensílios
de confeção ou mesmo armazenamento entre outros, existe o risco de contaminação ou
aparecimento de corpos estranhos no produto final. Após parametrização em Back-Office do
registo pertencente aos materiais quebráveis e suas áreas de trabalho, os colaboradores em
Front-Office elaboram o preenchimento dos mesmos. Para melhor desenvolvimento das suas
tarefas existe apoio documental em ambas as interfaces. Este controlo permite que exista uma
fiscalização mais atenta para ver o estado dos materiais e assim prevenir o aparecimento de
corpos estranhos nos produtos confecionados. Salientar que os colaboradores são formados no
sentido de realizarem constantemente inspeção visual, tanto a ingredientes como produtos para
assim diminuir ainda mais o risco de aparecimento de corpos estranhos. Os procedimentos para
controlo de pragas são executados por contratação de serviços externos, pelo que não existe
necessidade de colocar os registos desta atividade em Front-Office, apenas são efetuados
registos em Back-Office quando são entregues as conclusões dos estudos que vão sendo feitos
ao longo do tempo. Os dois temas apresentados nos parágrafos anteriores são apresentados na
tabela 16.
48
Tabela 16. Descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (Risco de corpos estranhos /Controlo de pragas).
49
3.4.2.4 Rastreabilidade
No seguimento de todo o processo produtivo, é necessário refletir sobre o poder de rastreabilidade (Tabela 17) da empresa e analisar de que forma
a norma pede que a mesma seja aplicada. A importância do poder de rastreabilidade, visa assegurar a interligação total entre lotes de produto final
e lotes de matéria-prima ou embalagens que estejam em contacto direto com o produto. Sendo um trabalho desenvolvido, por uma equipa restrita
selecionada para o efeito, no software não existe um módulo específico ou único. Todos os registos efetuados em Front-Office contribuem para a
rastreabilidade de matérias-primas, lotes de produtos, entre outros tópicos, que seja necessário desenvolver procura. Através do Back-Office e da
funcionalidade de pesquisa de lote, o software origina um relatório de dados que proporciona diversas informações tais como rastreio e utilização
do mesmo (ver anexo I). Através deste relatório de dados é possível perceber a origem do lote e onde foi utilizado. Analisando o conjunto de
processos envolvidos na pesquisa efetuada no software sobre o lote, ocorre uma complementação da informação já existente na rastreabilidade.
Desta forma, toda a análise da informação obtida pelo cliente confere um poder de rastreabilidade.
Tabela 17. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (Rastreabilidade).
Módulo/
Requisito Documentação a desenvolver/rever Back-Office Front-Office Breve descrição
Funcionalidade
A possibilidade de obter
PO.31.01 Controlo de processo [Rastreabilidade] relatórios de dados fornece Processo de pesquisa de
Rastreabilidade
O Flow tem uma rastreabilidade inata de acordo com os registos de Front-Office. No sentido de dar resposta à execução de um processo de
rastreabilidade mais rápido e objetivo, em resultado da evolução da Paupério ao nível da utilização do software, em estágio foi proposto o
desenvolvimento de uma filtragem de dados e respetivos conteúdos para assim dar origem a um possível relatório de rastreabilidade (ver anexo II).
50
3.4.2.5 Organismos geneticamente modificados (OGMs)
Outro tema pelo qual o consumidor tem cada vez mais preocupação é a utilização de organismos geneticamente modificados (OGMs). No momento
atual a empresa em questão não faz utilização de OGMs, neste sentido não existe no software controlo dos mesmos. No futuro, caso haja utilização
de OGMs, a sugestão será informaticamente incluir essa informação em Back-Office, para assim poder constar no sistema, e consequentemente
em relatórios ou qualquer documento informativo que possa ser emitido através do programa (Tabela 18).
Tabela 18. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (OGM).
Módulo/
Requisito Documentação a desenvolver/rever Back-Office Front-Office Breve descrição
Funcionalidade
Controle das fichas técnicas dos produtos NA
Sugestão: Dados ao lote; comprados, não tendo um procedimento Sugestão: Inserção de Requisito de controlo de produtos
OGM NA
Documentos implementado, a avaliação de risco de utilização de OGMs na constituídos de OGMs
corpos estranhos engloba os OGM caracterização de produtos
3.4.2.6 Alergénios
Na Paupério sendo a grande maioria das matérias-primas consideradas alergénios, existe um vasto grupo de medidas que visam criar um controlo
apertado para assim minimizar ou eliminar o risco destes produtos contaminarem ou serem contaminados por outros. No software em ambas as
interfaces está presente documentação que apoia os colaboradores nesta tarefa de controlo (Tabela 19). Para um controlo mais eficaz e preciso, a
empresa implementou uma diretiva de serviço, que tem por objetivo iniciar cada dia de produção, com o produto que tem menor quantidade de
ingredientes considerados alergénios, e ir aumentado gradualmente ao longo do dia de produção. Uma das vantagens no software, é as ordens de
produção serem apresentadas por ordem crescente de níveis de alergénios.
51
Tabela 19. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao planeamento e processo de produção (Alergénios).
Os colaboradores têm
PO.15.01 Controlo de Processos A grande maioria da acesso a toda a
[Contaminação e Corpos estranhos] Controlo de processos produtivos de
matéria-prima é documentação que
(Ponto 5.1 e 5.2.5) forma a anular/diminuir o risco de
Alergénios
Para um melhor desempenho de todos os pontos que necessitam de auditorias neste requisito desenvolvido a través do ponto 3.4, seria interessante
desenvolver trabalhos com o módulo de auditorias desenvolvido pela Flow, com a finalidade de apoiar nesta mesma tarefa e assim atingir melhores
resultados e informatizar uma grande parte da informação que consta em formulários manuais.
52
3.5. Medição análise e melhoria
No que se refere a reflexão sobre validação e controlo de processos, a empresa proporciona aos
colaboradores a possibilidade de interagir com os diferentes procedimentos que asseguram os
processos da mesma. Considerando apenas os produtos inseridos na norma foram elaborados
mais de 10 procedimentos que de forma minuciosa apresentam todos os pontos relevantes para
o trabalho a ser elaborado dentro dos padrões mais elevados de qualidade, assim como
instruções de trabalho.
53
3.5.2. As interfaces
No sentido de apoiar todo o processo da empresa externa, e melhorar continuamente os resultados obtidos pela empresa nas auditorias (Tabela 20),
a sugestão passaria por utilizar o módulo de auditorias existente no software FlowM. Através da integração deste mesmo módulo e suas
funcionalidades o controlo poderia ser feito mais vezes ao longo do ano, o que proporcionaria uma otimização empresarial em curto espaço
temporal. Este módulo proporcionaria o planeamento de atividades e suas devidas repetições, assim como participantes na mesma. Outra
funcionalidade possível seria criar listas de todos os pontos com necessidade de auditoria, diminuindo riscos de possíveis esquecimentos.
Tabela 20. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (Auditorias internas, inspeções no local de fabrico).
54
3.5.2.2 Controlo de processos
O módulo de produção tem na sua constituição vários submenus que dão resposta ao pretendido.
Alguns dos exemplos são o submenu de compras, ou lotes ou mesmo processos. Na interface
Back-Office ocorre um processo de parametrização destes diferentes sub módulos. Um caso de
exemplo é no sub módulo de Receções poder parametrizar fornecedor, associando o mesmo aos
artigos que fornece, prazos de entrega, preços, unidades base, entre outros. Os processos são
parametrizados em Back-Office, através do editor de processos. Esta tarefa é complexa devido
às diversas informações que são necessárias introduzir (sectores de execução, pontos de
controlo, custo, etiquetas), dependendo sempre dos processos em causa. Uma das vantagens no
software é a visualização dos processos em modelo árvore, como se pode verificar na figura
seguinte.
55
Tabela 21. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (Controlo de processos: Receção, Armazenamento,
Contaminação e corpos estranhos).
56
Tabela 22. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (Controlo de processos: Pesagem, Mistura, Modelagem,
Levedação, Banho de Água, Recheio e Cobertura).
57
Tabela 23. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (controlo de processos: Corte, Cozedura, Tostar,
Arrefecimento e Rotulagem).
PO.22.03 Controlo de processo A velocidade, temperatura e tempo de Apenas a tosta rainha necessita
O colaborador insere no
[Cozedura, Tostar e Arrefecimento] cozedura são parametrizados de forma de ser tostada, os restantes
software a resposta aos
Processo de parametrização especifica para cada produto. Controlo produtos são transformados
pontos parametrizados neste
de processos/ Documentação IT.16.04 Controlo de processo organolético, registo de quebras e corpos através de cozedura e
processo.
[Cozedura, Tostar e Arrefecimento] estranhos parametrizados por lote. arrefecimento.
A criação de dados tabelados neste
processo proporciona o controlo do O colaborador insere no As embalagens são rotuladas
PO.23 Controlo de processo mesmo. A inserção de documentação software a resposta aos por serviço externo, a empresa
[Rotulagem] neste módulo permite que os pontos parametrizados neste tem a função de controlar e
colaboradores tenham acesso às processo. retificar caso seja necessário.
instruções de trabalho.
58
Tabela 24. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (Controlo de processos: Embalamento, Preparação de
encomenda e Transporte).
tarefa de embalamento.
dados tabelados apresentam pontos em fábrica.
de controlo de processo (peso,
Processo de validade, fecho embalagem entre
parametrização de IT.17.02 Controlo de Processo [Embalamento] outros.
processos/ Documentação
São selecionados dados de controlo
de processo: matrícula, preparação A informação relativa a
O colaborador tem
PO.25 Controlo de Processo [Preparação de encomenda, disposição da palete, encomenda e transporte pode ser
acesso à informação
encomenda e Transporte] lista de produtos, quantidade do consultada em diversas
essencial para elaborar a
produto, integridade do produto e vertentes. Relatório de lote é um
tarefa de preparação de
identificação do produto. Já no exemplo que comtempla a
encomenda e transporte.
transporte, limpeza e conservação, informação deste processo.
IT.18.00 Controlo de Processo [Preparação de acondicionamento e odores.
encomenda e Transporte]
Através da informação parametrizada é possível a extração de relatórios de informação para controlar e avaliar os processos que vão sendo
desenvolvidos no decorrer do dia a dia da fábrica.
59
De forma geral a interface de Front-Office apenas permite aos colaboradores responder às questões, efetuar os registos, que são feitas ao longo de
qualquer um dos processos. Na sua grande maioria a resposta é baseada na escolha de conformidade ou não conformidade. Por outro lado, também
é possível a inserção de valores, como por exemplo validade de matéria rececionada em processo de receção. É importante realçar que a grande
maioria dos processos em causa foi parametrizada através de um trabalho conjunto entre Flow e Paupério em fase inicial de inserção do software
em chão de fábrica e postos administrativos que necessitavam de acesso ao software constantemente, sendo um dos exemplos a equipa responsável
pelo SGSA.
Analisando o tema de calibração/verificação de equipamentos de medição e monitorização (Tabela 25), é constatado que o software tem no menu
de qualidade a capacidade para que sejam elaborados registos relacionados com este tema, mas que de momento esse mesmo registo não é efetuado.
Importante referir que através deste menu são referenciados equipamentos que necessitem de manutenção.
Tabela 25. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (Calibração e verificação de equipamentos de medição
e monitorização).
60
3.5.2.4 Verificação metrológica da quantidade
A inserção de documentação em Flow possibilita a leitura de instruções e procedimentos para que os colaboradores possam realizar as tarefas de
verificação metrológica (Tabela 26) sem qualquer problema. Tendo a Paupério uma grande gama de produtos com diferentes pesos é necessário
que exista um controlo minucioso das verificações metrológicas das quantidades. Na atualidade os colaboradores de chão de fábrica comunicam
quantidades obtidas em embalamento à equipa que gere a qualidade e a mesma elabora registo em sistema informático.
Tabela 26. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (Verificação metrológica da quantidade).
Uma área de grande preocupação em qualquer empresa é a análise de produtos e resultados obtidos nesta matéria. No momento a empresa, tem
contrato externo com uma empresa especializada na área para elaborar a análise dos produtos. Em termos de aplicação deste tópico de trabalho, no
software o módulo de laboratório, poderia dar resposta ao mesmo, mas de momento não é utilizado pela empresa.
61
Tabela 27. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (Análise ao produto).
A gestão de lotes em quarentena pode ser feita via Back-Office como Front-Office, sendo possível colocar lotes em quarentena, retirar de quarentena
rejeitando o lote na sua totalidade ou rejeitando apenas parte. Em termos de localização o Flow obriga a que seja definido um armazém específico
de quarentena para que os produtos em quarentena fiquem ali “localizados”. Esta consulta é possível em Front-Office (lista de lotes em stock) ou
em Back-Office (lista de lotes em stock). Em termos de libertação de produto, se esta ação estiver associada a um processo existem parametrizações
ao produto/processo que apenas permitem a utilização (no Flow) do mesmo se não estiver em quarentena, garantido dessa forma o requisito da
norma.
Tabela 28. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (Quarentena do produto e liberação do produto).
62
3.5.2.4 Gestão de incidências
Proceder à gestão de incidências (Tabela 29), quer sejam por motivos de reclamações de
clientes, casos de recolhas ou retiradas ou produtos não conformes, requer por parte da empresa
a utilização do procedimento elaborado para o efeito. O menu de incidências foi parametrizado
de forma conjunta entre equipa de Flow e empresa Paupério, abrangendo as várias
possibilidades. Em Back-Office é elaborado um inquérito minucioso que inclui dados,
descrição, causa, ação corretiva, verificação de eficácia, entre outras questões. Em Front-Office
o processo é similar, mas com ligeiras diferenças, pelo facto de apenas informarem qual a
incidência e factos ocorridos. O desenrolar do processo é feito apenas em Back-Office e pela
equipa responsável por esta área.
A norma IFS contempla no seu conteúdo a defesa dos alimentos, mais concretamente o “Plano
Food Defense” (Tabela 30).
Desenvolver análise de perigos, avaliar riscos associados e procedimentos, são algumas das
tarefas que tem especial atenção quando se fala sobre documentação necessária para trabalhar
este tema.
3.6.2. As interfaces
63
Tabela 29. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes à medição análise e melhoria (Gestão de incidências e Ações corretivas).
64
Tabela 30. Apresentação e descrição dos requisitos inerentes ao Plano Food Defense.
Módulo/
Requisito Documentação a desenvolver/rever Back-Office Front-Office Breve descrição
Funcionalidade
Este módulo de momento não se
encontra em aplicação no software.
PG.06 Food Defense NA
Sugestão: Colocar o relatório de O requisito tem como
intrusão em registos objetivo pensar na defesa do
Plano Este modelo de avaliação de risco não alimento, realizar uma
Mod.32.01 Plano de Food Defense NA
Food NA é aplicável no FlowM avaliação de ameaças e
Defense MAT.07 Plano de auditorias Sugestão: Módulo de auditorias medidas que possam ser
Caso ocorram tomadas para prevenir o
A gestão de incidências é realizada alimento.
incidências as mesmas
PG.04 Gestão de incidências através de colaboradores no módulo de
são inseridas pelos
incidências
diferentes colaboradores
65
4. CONCLUSÕES
Todos os requisitos apresentados pela norma IFS Food versão 6.1 foram revistos e avaliados
por forma a validar toda a implementação do referencial. Tendo ocorrido por parte da empresa
uma tentativa de desmaterialização da mesma no software FlowM, este mesmo processo foi
também alvo de revisão e avaliação. Todo processo foi sendo desenvolvido em contexto
empresarial na empresa Paupério Lda assim como na empresa Foodintech através de formação
no respetivo software/documentação. Foi efetuada uma revisão de toda a documentação, assim
como propostas algumas melhorias em alguns documentos. Relativamente ao processo de
desmaterialização da norma no software, todos os requisitos foram revistos para assim
assegurar a sua aplicabilidade no mesmo.
Relativamente aos requisitos que reportam para a Responsabilidade da gestão de topo, foi
possível assegurar que a empresa tem uma política de trabalho devidamente documentada
assente em diversos alicerces, sendo os mesmos fortalecidos por objetivos específicos. No que
se refere ao software, toda a informação inserida no mesmo contribui para obter melhores
resultados neste tema de trabalho.
O sistema de gestão da qualidade e segurança alimentar caracteriza-se por ser o segundo ponto
de trabalho na norma utilizada. Considera-se que o conjunto de documentos presentes na
empresa correspondem a uma política de qualidade e segurança alimentar devidamente
implementada, existindo por parte da empresa o cuidado da mesma ser revista constantemente
para um melhoramento constante deste requisito. Através de vários módulos é possível
considerar que este requisito se encontra devidamente desmaterializado no software. Processos
produtivos, pontos de controlo, incidências, instruções técnicas são alguns dos exemplos
passíveis de serem encontrados no software.
A gestão de recursos da Paupério é desenvolvida por uma equipa multidisciplinar. Este requisito
comtempla um conjunto de manuais e instruções devidamente desenvolvidos. As instalações
para pessoal e sanitárias, assim como equipamentos, são monitorizados para poder apresentar
as melhores condições de trabalho aos funcionários continuamente. Obter formação e formar
colaboradores é também uma área em constante desenvolvimento. No que se refere ao
desenvolvimento deste tópico no software podemos considerar que a documentação se encontra
presente no mesmo, existindo por parte do módulo de qualidade a possibilidade de
monitorização de alguns dos parâmetros importantes neste tema.
66
O planeamento e processo de produção realizado diariamente na Paupério obriga a ter em
atenção diversas variáveis, entre as quais, pesos, medidas temperaturas, tempos de cozeduras,
entre muitos outros tópicos relacionados com esta área de trabalho. Ter informação organizada
e compartimentada sobre os diversos tópicos contribui em muito para que a empresa tenha os
seus processos de produção descritos de forma que seja de fácil compreensão para os diversos
colaboradores. Neste requisito de planeamento e produção quase todos os tópicos de trabalho
encontram-se inseridos no software, apenas 5 não são possíveis de inserir neste momento.
Módulo de qualidade, Documentos, Processos, são alguns dos exemplos que dão resposta ao
pretendido pela norma que a empresa utiliza para certificação.
Abordando o quinto tema da norma, concluímos que medições, análises e melhorias são tópicos
de trabalho que exigem monitorização constante para assim manter elevados níveis de
qualidade da empresa. Tendo todos os processos devidamente descritos, e sendo conhecidos
por todos os colaboradores de interesse, existe uma maior capacidade de controlo perante os
mesmos. No software existe a possibilidade de consultar todos os processos e respetivos pontos
de controlo, assim como informações que sejam importantes dentro destes mesmos processos.
Após análise é possível considerar que todos os requisitos deste tema se encontram
desmaterializados no software e que permitem que os colaboradores responsáveis pelas diversas
áreas de trabalho possam emitir relatórios que possibilitam a monitorização das diferentes áreas
de trabalho.
Avaliando o último capítulo inserido na norma, concluímos que o Plano food defense é
constituído por procedimentos, matrizes, avaliações de riscos e toda a documentação necessária
para trabalhar esta área de interesse, avaliando o software podemos considerar que apenas uma
pequena parte deste requisito se encontra no programa, mais concretamente a informação
relativa a incidências que possam ocorrer na área da food defense.
Concluímos que a versão 6.1 da norma IFS Food se encontra devidamente implementada na
Paupério, tendo atualmente uma pontuação de 96,67% com auditoria realizada à data de 16 e
17 de junho de 2021. Existe por parte de todos os colaboradores uma tentativa de controlo diária
dos diversos processos implementados nas diversas políticas de qualidade e segurança são
revistas periodicamente. Em termos globais o software FlowM construído pela Foodintech e
utilizado pela Paupério, abrange a grande maioria dos requisitos apresentados ao longo da
norma, possibilitando assim uma recolha de informação mais rápida e precisa.
67
Todo o desenvolvimento deste trabalho e relatório foi um desafio profissional e pessoal. A
possibilidade de trabalhar em parceria com empresas de indústria 4.0 possibilitou-me conhecer
as diversas vantagens/desvantagens, oportunidades e pontos fracos a nível profissional e
pessoal. Conhecer todo o processo industrial presente na Paupério e conseguir interligar o
mesmo como todo o conhecimento desenvolvido ao longo dos estudos académicos e estágio
proporcionou um enriquecimento pessoal de conhecimento e de análise da indústria. A
possibilidade de analisar todo o processo produtivo e responder a questões pertinentes que
possam surgir em tempo real, a diminuição de erro humano, controlo empresarial, a
possibilidade de integração dos colaboradores neste processo ativo são vantagens claras deste
processo em que trabalhei. Outra vantagem é a poupança ambiental que resulta de toda a
desmaterialização por não existir dossiês físicos e passarem a existir dossiês digitais de
informação. Por fim apresentar uma dificuldade a nível pessoal, de gestão de tempo, entre
desempenhar a minha função à data do processo de estágio, e consequentemente atrasar a
entrega de relatório de estágio. Esta dificuldade foi um aprendizado para em processos futuros
criar estratégias de gestão de tempo.
68
5. TRABALHO FUTURO
Tendo a norma IFS diversas avaliações de risco ao longo dos diversos capítulos, seria
interessante desenvolver trabalhos conjuntos entre a Paupério e a Foodintech para conseguir
encaixar essas mesmas avaliações de risco no sistema e assim informatizar uma parte
importante dos estudos que tem de ser revistos periodicamente.
Seria especial interesse perceber conjuntamente entre Paupério e Foodintech de que forma é
que o software poderá ser atualizado para ir ao encontro das necessidades que vão surgindo na
empresa com o passar dos tempos e de que forma é que possível tornar o software cada vez
mais dinâmico e interativo para com os colaboradores que o utilizam diariamente.
69
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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https://www.pauperio.pt/pauperio/sobre-nos/
73
ANEXO I
a) Representação da listagem de registos efetuados em Front-Office
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c) Representação da tabela “Rastreio“ através de pesquisa de lote número
L220124000030.
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ANEXO II
b) Tabela 2 – Stock
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c) Tabela 3 - “Origem da matéria-prima”
A tabela que apresentará o rastreio da matéria-prima, terá por base de pesquisa todos os
processos envolvidos na utilização da matéria-prima e seu respetivo lote.
Toda a informação relativa a esta tabela deverá ter origem nos lotes de saída utilizados na tabela
4. Esta tabela irá conter todos os lotes utilizados, quantidades, data de utilização, entidade onde
se encontra o produto
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