Livro Proprietario - Tecnologia Da Informacao
Livro Proprietario - Tecnologia Da Informacao
Livro Proprietario - Tecnologia Da Informacao
DA INFORMAÇÃO
autor do original
SAULO FRANÇA AMUI
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2015
Conselho editorial durval corrêa meirelles, luiz alberto g. belmiro, ornella pacífico
Diagramação fabrico
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2015.
Prefácio 7
Software do computador 68
Software de sistema 70
Software aplicativo 77
5. Telecomunicações, Internet e
Tecnologia sem Fio 128
7
1
Gestão da Informação
em uma Economia
Global
1 Gestão da Informação em uma Economia
Global
OBJETIVOS
• Aprender os conceitos sobre Gestão da Informação
• Conhecer a Gestão da Informação no mundo contemporâneo
• Compreender o papel do gestor e da gestão da informação
• Conhecer o método da gestão em quatro passos
VOCÊ SE LEMBRA?
Você já ouviu alguém falar ou mesmo já falou sobre algum destes termos?
• Tecnologia da Informação
• Conhecimento
• Computação
10 • capítulo 1
• Informação
• Sistemas
Já? Não?
Talvez nem todos?
Tudo bem, não tem problema. Vamos começar definindo alguns deles, cruciais no desen-
volvimento do nosso tema principal, que será apresentar a Tecnologia da Informação a vocês!
Bom trabalho a todos nós!
capítulo 1 • 11
[...] é um processo mediante o qual se obtém, desdobram ou utilizam recursos básicos
(econômicos, físicos, humanos, materiais) para conduzir a informação no âmbito da so-
ciedade a qual serve. Tem como elemento básico a gestão do ciclo de vida deste re-
curso e ocorre em qualquer organização. É própria também de unidades especializadas
que conduzem este recurso em forma intensiva, chamadas unidades de informação.
(PONJUÁN DANTE, 2004, p. 17-18).
12 • capítulo 1
O uso de tecnologias da informação nos negócios impulsionam a economia
e proporcionam maiores benefícios a áreas como atendimento ao consumidor,
finanças, vendas e marketing e outras áreas, como pode ser visto na figura 1.
capítulo 1 • 13
A gestão da informação mudou seu foco inicial de gestão de documentos e dados para
recursos informacionais [...] cuja principal finalidade é o acompanhamento eficiente de
processos, o apoio à tomada de decisões estratégicas e a obtenção de vantagem com-
petitiva em relação aos concorrentes. (TAPARANOFF, 2006, p. 23-24).
CONCEITO
Tecnologia
• 1 – teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instru-
mentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade humana (p.ex., indústria, ciência etc.). Ex.:
o estudo da t. é fundamental na informática.
14 • capítulo 1
Informação
Ato ou efeito de informar(-se)
• 1 – comunicação ou recepção de um conhecimento ou juízo
• 2 – o conhecimento obtido por meio de investigação ou instrução; esclarecimento, explica-
ção, indicação, comunicação, informe
• 8 – elemento ou sistema capaz de ser transmitido por um sinal ou combinação de sinais
pertencentes a um repertório finito
• 11 – Rubrica: informática.
mensagem suscetível de ser tratada pelos meios informáticos; conteúdo dessa mensa-
gem
• interpretação ou significado dos dados
• produto do processamento de dados
Computação
Ação ou efeito de computar
1 – Cômputo, cálculo, contagem; operação matemática ou lógica realizada
por regras práticas preestabelecidas.
Ex.: <c. de um prazo> <c. de uma dívida>
2 – Rubrica: informática.
m.q. processamento de dados.
3 – Derivação: por metonímia.
Ação ou atividade exercida por meio de computadores eletrônicos.
Sistema
2.1 – Derivação: por extensão de sentido.
Qualquer conjunto natural constituído de partes e elementos interdepen-
dentes.
Ex.: <s. planetário> <s. animal, vegetal, mineral etc.> <s. auditivo> <s. ner-
voso>
2.2 – Derivação: por extensão de sentido.
Arrolamento de unidades e combinação de meios e processos que visem à
produção de certo resultado.
Ex.: <s. eleitoral> <s. curricular> <s. educacional> <s. financeiro>
capítulo 1 • 15
2.2.1 – Derivação: por extensão de sentido.
Inter-relação das partes, elementos ou unidades que fazem funcionar uma
estrutura organizada.
Ex.: <s. computacional> <s. de irrigação> <s. de sinais de trânsito> <s. viá-
rio>
Informática
Ramo do conhecimento dedicado ao tratamento da informação mediante o
uso de computadores e demais dispositivos de processamento de dados
Processar
Rubrica: informática.
Submeter a processamento de dados; organizar dados, de acordo com a se-
quência de instruções codificada num programa
Automático
Rubrica: tecnologia.
Que funciona por si, dispensando operadores (diz-se de aparelho)
Ex.: arma a.
Pelas diversas definições que vimos, podemos agora escrever a nossa pró-
pria interpretação da Tecnologia da Informação. A minha é que a Tecnologia
da Informação reúne métodos e técnicas que se tornaram automáticos em sua
maioria e que servem para manipulação da informação. Por exemplo, o celular
é um dispositivo eletrônico que manipula informações de maneira automática
para prover ao seu usuário a capacidade de conversar com pessoas distantes de
si.
ATIVIDADE 1
Esta foi a minha definição. E a sua? Pense e escreva a sua própria definição para Tecnologia
da Informação. Depois disto, faça uma pesquisa na Internet (que será um dos assuntos do
nosso material) e veja se encontra novas definições. Faça comparações, discuta com seus
colegas e com seu professor!
16 • capítulo 1
CONEXÃO
Recomendações 1
Assista ao filme sobre a importância da informação de Waldez Ludwig, disponível em <http://
www.youtube.com/watch?v=IvJKT-92uDw>
Pessoas
Software
Hardware
Dados
Redes
capítulo 1 • 17
• As pessoas dependem da Tecnologia da Informação para manipular in-
formações (transmitir ou receber, guardar, recuperar etc).
• Esta manipulação da informação é feita por meio de software de compu-
tador. O software é a descrição das tarefas necessárias às pessoas, mas
uma descrição de forma que o hardware do computador entende.
• Já o hardware reúne os componentes eletrônicos, que farão o real “pro-
cessamento dos dados”.
• Os dados são a representação das informações das pessoas num formato
que possa ser armazenado.
• E tudo isto pode ser feito localmente (ou seja, isoladamente) ou usando
recursos e computadores remotos. Assim, no último caso, seria necessá-
ria uma infraestrutura de comunicação, também chamada de rede!
18 • capítulo 1
Segundo o Dr. Setzer, o dado é uma entidade matemática puramente sin-
tática, ou seja, os dados podem ser descritos por estruturas de representação.
Assim sendo, podemos dizer que o computador é capaz de armazenar dados.
Estes dados podem ser quantificados, conectados entre si e manipulados pelo
Processamento de Dados.
Podemos definir dado também como unidades básicas a partir das quais
as informações poderão ser elaboradas ou obtidas. São fatos brutos, ainda não
organizados nem processados.
Já a informação seria:
[...] uma abstração informal (isto é, não pode ser formalizada através de uma teoria lógica
ou matemática), que está na mente de alguém, representando algo significativo para
essa pessoa. Note-se que isto não é uma definição, é uma caracterização, porque “algo”,
“significativo” e “alguém” não estão bem definidos; assumo aqui um entendimento intui-
tivo (ingênuo) desses termos. Por exemplo, a frase “Paris é uma cidade fascinante” é um
exemplo de informação – desde que seja lida ou ouvida por alguém, desde que “Paris”
signifique para essa pessoa a capital da França (supondo-se que o autor da frase queria
referir-se a essa cidade) e “fascinante” tenha a qualidade usual e intuitiva associada com
essa palavra.
[...] Se a representação da informação for feita por meio de dados, como na frase sobre
Paris, pode ser armazenada em um computador. Mas, atenção, o que é armazenado
na máquina não é a informação, mas a sua representação em forma de dados. Essa
representação pode ser transformada pela máquina, como na formatação de um texto,
o que seria uma transformação sintática. A máquina não pode mudar o significado a
partir deste, já que ele depende de uma pessoa que possui a informação. Obviamente,
a máquina pode embaralhar os dados de modo que eles passem a ser ininteligíveis pela
pessoa que os recebe, deixando de ser informação para essa pessoa. Além disso, é pos-
sível transformar a representação de uma informação de modo que mude de informação
para quem a recebe (por exemplo, o computador pode mudar o nome da cidade de Paris
para Londres).
capítulo 1 • 19
Houve mudança no significado para o receptor, mas no computador a alteração foi pu-
ramente sintática, uma manipulação matemática de dados.
Assim, não é possível processar informação diretamente em um computador. Para isso
é necessário reduzi-la a dados. No exemplo, “fascinante” teria que ser quantificado,
usando-se por exemplo uma escala de zero a quatro. Mas então isso não seria mais
informação [...].
Organizar
Ribeirão
24°
Preto/ SP
Figura 3
Fonte: Adaptado de (CÔRTES, 2008)
Assim, o conjunto de dados inicial foi organizado de maneira que “faça sen-
tido” àqueles que o estiverem lendo. Isto os torna informação. No entanto, a
representação no computador é feita baseada nos dados.
Veremos mais detalhes disto no capítulo sobre Fundamentos da Inteligên-
cia de negócios: gerenciamento da informação e de banco de dados (Capítulo 5).
E como fica o conhecimento?
20 • capítulo 1
Caracterizo Conhecimento como uma abstração interior, pessoal, de algo que foi expe-
rimentado, vivenciado, por alguém. Continuando o exemplo, alguém tem algum conheci-
mento de Paris somente se a visitou.
[...] A informação pode ser inserida em um computador por meio de uma representação
em forma de dados (se bem que, estando na máquina, deixa de ser informação). Como
o conhecimento não é sujeito a representações, não pode ser inserido em um com-
putador. Assim, neste sentido, é absolutamente equivocado falar-se de uma “base de
conhecimento” em um computador. O que se tem é, de fato, é uma tradicional “base (ou
banco) de dados”.
Um nenê de alguns meses tem muito conhecimento (por exemplo, reconhece a mãe,
sabe que chorando ganha comida, etc.). Mas não se pode dizer que ele tem informações,
pois não associa conceitos. Do mesmo modo, nesta conceituação não se pode dizer que
um animal tem informação, mas certamente tem muito conhecimento. [...]
CONEXÃO
Recomendações 2
Leia na íntegra o artigo do Dr. Setzer em: <http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/dado-info.html>
capítulo 1 • 21
ATIVIDADE 2
Leia o artigo do Box Conexão 1.1.3, faça buscas de novas fontes e discuta este tema com
seus colegas. Depois, diga-me: Será que sistemas computacionais podem manipular o co-
nhecimento?
A função da TI
A função da TI é apoiar diretamente todas as áreas funcionais da organização, o que im-
plica fornecer, com responsabilidade, a informação que cada área funcional necessita
para a tomada de decisões. O objetivo geral da equipe de TI é ajudar usuários a aumen-
tar seu desempenho e a resolver problemas de negócios usando a TI. Para conseguir
este objetivo, o pessoal de TI precisa entender tanto das necessidades de informação
quanto da tecnologia associada a cada área funcional. Dada sua posição, entretanto,
eles precisam primeiramente pensar nas “necessidades de negócio” e depois na “tec-
nologia” (RAINER, 2012, p. 24).
22 • capítulo 1
formação (DSI) e usuários finais devem trabalhar juntos visando sempre à co-
operação de todos, já que o papel do DSI está mudando de uma abordagem
puramente técnica para uma visão mais administrativa e estratégica.
Assim, ainda segundo Rainer (2012, p. 53), as principais funções tradicio-
nais dos sistemas de informação são:
• administrar o desenvolvimento de sistemas e gerenciar projetos de sis-
temas;
• administrar as operações dos computadores, inclusive o centro de com-
putação;
• contratar, treinar e desenvolver funcionários com habilidades de SI.
• prestar serviços técnicos;
• planejar, desenvolver e controlar a infraestrutura.
capítulo 1 • 23
Caso 1 – Compra de equipamentos ou bens de consumo pelas pessoas
Sem a TI
No formato tradicional, você visitaria algumas lojas que comercializam o
produto que deseja. Perguntaria sobre preços, condições de pagamento, prazos
de entrega. Faria as devidas comparações, “choraria” por um descontinho, até
escolher e, enfim, realizaria a compra. Muitas vezes você sairia da loja com o
produto (depende do tamanho do produto e de a loja tê-lo à pronta entrega!).
Com a TI
Você entra on-line no site da loja que comercializa os produtos que deseja.
Através do site destas empresas, você pode comprar os itens diretamente e pedir
que sejam enviados à sua residência. Ou, então, você entra on-line em sites como
o Buscapé1 e solicita aos sistemas de busca do site que localizem as empresas que
vendam o produto da sua escolha. Então você recebe a informação na tela de seu
computador sobre os sites encontrados que vendem o seu produto, bem como
os valores, as condições de pagamento e os prazos de entrega de cada um deles.
Adaptado de (TURBAN, JR. e POTTER, 2005)
Figura 4
1 Disponível em www.buscape.com.br
24 • capítulo 1
Veja que, após a busca, vieram vários resultados, pois não especificamos
modelo.
Vamos clicar no segundo item (pois está mais barato!) e ver as comparações
das lojas que vendem este modelo. Na minha busca, este segundo item foi o
modelo LN40B530.
REPRODUÇÃO
Figura 5
Após clicar no segundo item (em “Compare Preços”), o site nos retornou di-
versas opções de loja vendendo determinado produto. Podemos verificar o que
os usuários acharam do produto (opinião dos usuários), fazer comparações, ve-
rificar a qualificação das lojas, dentre outros.
capítulo 1 • 25
REPRODUÇÃO
Figura 6
26 • capítulo 1
Caso 3 – Compra em supermercado
Sem a TI
Você vai ao supermercado de sua preferência, passeia por ele escolhendo
seus produtos. Às vezes você compra mais do que precisa (principalmente al-
gumas guloseimas!). Coloca tudo no carrinho de compras e vai para a fila dos
caixas. Lá, dependendo do dia, você espera um pouquinho ou espera muito!
Depois passa os itens pelo caixa, faz o pagamento em cheque, dinheiro, cartão
de crédito ou débito, coloca as compras em sacolas e leva para a casa. Alguns
supermercados oferecem a entrega das compras.
Com a TI
Alguns supermercados estão se reformulando para permitir que você leve
seus itens a um quiosque de autoatendimento, onde você passa o código de
barras de cada item em uma leitora. Depois de ter passado todos os seus itens,
o quiosque oferece instruções sobre como pagar, seja em dinheiro, cartão de
crédito ou de débito. Nestes cenários, a espera na fila do caixa tende a ser bas-
tante reduzida.
Adaptado de (TURBAN, JR. e POTTER, 2005)
capítulo 1 • 27
Com a TI
O controle pode ser feito pelo uso de sistemas de computador. O funciona-
mento dos procedimentos pode ser escrito nestes sistemas e, assim, fica mais
fácil aprender e passar adiante tais conhecimentos.
A TI pode ser usada desde o controle de entrada e saída dos funcionários
da empresa até para fazer previsões de lucros em investimentos da empresa.
Nas áreas financeiras e de contabilidade, a TI pode ser usada por gerentes para
previsão de receitas e despesas, para gerenciamento do fluxo de caixa, realizar
auditorias, entre outras atividades.
Em vendas, em marketing, os gerentes utilizam a TI para definir os preços
dos produtos e serviços, definir campanhas de vendas, acompanhar o anda-
mento das vendas, gerenciar o relacionamento com o cliente, entre outras ati-
vidades.
Adaptado de (TURBAN, JR. e POTTER, 2005)
CONEXÃO
Recomendações 1.4
Para se aprofundar mais sobre a importância da TI nas empresas, leia alguns artigos:
<http://tribunaemfoco.wordpress.com/2007/06/26/tecnologia-da-informacao-e-sua-
importancia-no-mundo-globalizado/>
<http://www.gestaodecarreira.com.br/coaching/blog-de-ti/a-importancia-do-ti-na-sua-
empresa.html>
28 • capítulo 1
1.2.2.1 Contabilidade
A Contabilidade foi uma das primeiras áreas a usar computadores. Desde a dé-
cada de 1950, com o lançamento dos primeiros computadores para uso comer-
cial, diversos foram os esforços no desenvolvimento de sistemas de informação
contábeis, como sistema para controle de folha de pagamento, livros de escri-
turação, dentre outros. Cada vez mais os contadores passaram a depender de
sistemas de informação para criação de registros financeiros, organização de
dados, análises financeiras, enfim, tarefas que podem (e podiam) ser realizadas
sem o uso de meios tecnológicos, mas que, face ao volume de informações hoje
existente, torna-se impraticável. Podemos enumerar algumas competências em
Tecnologia da Informação interessantes para os estudantes de contabilidade:
• Conhecimento das mudanças na Tecnologia da Informação que é usada
nas empresas, nos órgãos públicos, em consultorias. Estas mudanças es-
tão relacionadas a hardware, software e meios de telecomunicação.
• Compreensão das aplicações contábeis e financeiras para garantir que
as empresas mantenham registros contábeis corretos.
• Saber como usar os sistemas para emissão de relatórios financeiros cor-
porativos em escala nacional ou global.
• Como temos muitos sistemas que usam a internet como infraestrutura,
é interessante conhecer sobre transações on-line, ambiente de negócios
móvel, segurança de redes etc.
1.2.2.2 Administração
Os administradores desenvolvem ampla gama de atividades em todos os seto-
res da economia. Estas atividades incluem liderança, planejamento, coordena-
ção, organização e comunicação em equipes de trabalho. Também são respon-
sáveis pela operação eficiente das empresas e pela supervisão dos funcionários.
capítulo 1 • 29
Grande parte dos postos de trabalho atuais exige diploma universitário, capaci-
dade de liderança, habilidades de redação, apresentação e análise crítica.
Os conhecimentos sobre Tecnologia da Informação também são exigidos.
Cada vez mais o uso de tecnologias digitais como Internet, celulares e smartpho-
nes, e-mail etc. permitem aos administradores o monitoramento das ativida-
des, a coordenação do relacionamento com clientes e funcionários e a tomada
de decisões de maneira cada vez mais precisa.
O trabalho dos administradores foi e tem sido transformado pelo grande
uso de Tecnologia da Informação. Algumas competências aos estudantes de
administração que podemos citar em relação à TI são:
• conhecimento das novidades em hardware e software que possam ser
usadas na administração mais eficiente dos negócios;
• entender, por exemplo, por que bancos de dados desempenham uma
função importante na administração dos recursos de informações da
empresa;
• compreender os sistemas de informação corporativos para gestão de
produção, gestão das vendas, do relacionamento com clientes e forne-
cedores etc.;
• conhecer e compreender os sistemas que integram os sistemas anteriores.
1.2.2.3 Turismo
Os avanços na Tecnologia da Informação e comunicação nos últimos trinta
anos revolucionaram a maneira de comercializar produtos e serviços ligados
a viagens (MARÍN, 2004). São inúmeros os portais hoje existentes que permi-
tem ao consumidor final montar seu próprio pacote de viagens de férias, por
exemplo. O número de opções de sistemas tecnológicos disponíveis que pos-
sam auxiliar o agente de viagens é muito vasto. Por isso, algumas necessidades
importantes que podemos ressaltar são:
• compreender tanto as alternativas como a maneira de usar sistemas de
informação para melhor atender os clientes;
• compreender sistemas que auxiliem na montagem de pacotes específi-
cos para clientes;
• entender e conhecer sistemas de comunicação para auxiliar o cliente em
suas viagens, além de sistemas para pagamentos on-line, agendamentos
e reservas etc.;
• conhecer e compreender sistemas de buscas e sistemas de mapas on-line;
• conhecer e saber operar um Sistema Global de Distribuição (GDS).
30 • capítulo 1
1.2.2.4 Economia e finanças
O setor de serviços financeiros, imobiliários, securitários, acionários, bancá-
rios é um setor muito grande. O crescimento, no mundo e sobretudo no Brasil,
está acima da média. Com este crescimento, o aumento do número de postos
de trabalho também será muito grande. Para isto, os estudantes nesta área pre-
cisarão de sólidos conhecimentos nas ferramentas que os apoiarão no merca-
do de trabalho. Algumas habilidades que podemos citar são:
• conhecimento das tecnologias de hardware e software usadas em apli-
cações financeiras, gerenciamento de fluxo de caixa, gerenciamento de
riscos;
• compreender os sistemas on-line de transações;
• aprender e compreender sistemas que funcionem em tempo real, como
bolsas de valores etc.;
• domínio de ferramentas como relatórios financeiros, sistemas que usem
inteligência artificial ou descoberta de conhecimento em base de dados
para auxiliar na tomada de decisões etc.
1.2.2.5 Marketing
A Internet mostrou novos conceitos à área de marketing e publicidade. Alguns
destes surgiram com a própria Internet. O comércio eletrônico expande-se ra-
pidamente pela Internet e isto tem atraído diversos investimentos na área de
publicidade on-line. Seja qual for a categoria profissional de marketing, os co-
nhecimento em tecnologia da informação serão cruciais, pois atividades como
branding (Gestão de Marcas), promoção e relações públicas envolvem cada vez
mais o domínio de sistemas de informação e tecnologias relacionadas à Inter-
net. Algumas habilidades que podemos citar aos futuros profissionais são:
• capacidade para entender como as tecnologias de hardware e software
podem auxiliar nas atividades de marketing, como desenvolvimento de
marcas, promoção, vendas etc.
• conhecer e compreender as tecnologias relacionadas à Internet e como
elas influenciam em campanhas de marketing social, por exemplo;
• aprender o poder que os bancos de dados e as tecnologias para explora-
ção dos dados possuem na análise do comportamento do cliente;
• compreender como os sistemas corporativos e os sistemas de gerencia-
mento do relacionamento com os clientes podem ser usados no desen-
volvimento de produtos e análise de demanda.
capítulo 1 • 31
1.2.2.6 Gestão de Tecnologia da Informação e desenvolvimento de sistemas
A administração de tecnologias de informação e de sistemas de informação é
outra importante carreira a ser apresentada e discutida.
Caso o profissional dessa área seja um gestor de Tecnologia da Informação,
algumas habilidades essenciais serão:
• profundo conhecimento de hardware e software usados pelas empresas
para auxiliar na aquisição ou substituição, visando a maior eficiência e
eficácia nas operações dos processos organizacionais;
• profundo conhecimento sobre como os sistemas de informação corpo-
rativos podem afetar a gestão da empresa e a produtividade, sobre como
estes sistemas podem gerir o relacionamento com os clientes e com for-
necedores;
• capacidade de liderar projetos de implantação de novos sistemas de in-
formação, de integrar uma equipe com profissionais de diversas áreas,
entender as necessidades tecnológicas do negócio e traduzi-las em ne-
cessidades de equipamentos, softwares e processos de trabalho apoiados
pela TI;
• conhecimentos sólidos em redes de computadores, softwares, banco de
dados, sistemas integrados etc.
• caso o profissional desta área seja um desenvolver ou engenheiro de sis-
temas, precisará de habilidades como:
• capacidade de compreender problemas e traduzi-los em ferramentas de
hardware e software que automatizem a solução destes problemas;
• capacidade de desenvolver tecnologias que facilitem o cotidiano das pes-
soas, seja nas empresas, em casa, no lazer;
• capacidade de aprimorar conhecimento e tecnologias existentes usando
recursos computacionais;
• necessidade de aprendizagem de ferramentas que possibilitam o desen-
volvimento de software;
• entender profundamente sobre redes de computadores e telecomunica-
ção, bancos de dados, arquitetura de computadores e sistemas operacio-
nais, segurança da informação etc.
32 • capítulo 1
ATIVIDADE 3
Nós falamos da importância da TI em várias áreas e carreiras. Veja que não falamos todas,
pois são muitas! Faltou falar das engenharias, da arquitetura, da pedagogia! Será que a TI
pode ser usada na pedagogia? E na física? Na medicina? Viu? Existem diversas outras car-
reiras que envolvem aprender e usar Tecnologia da Informação. Por isto, sua tarefa agora
será responder a duas atividades:
Qual a importância da TI para a sua área? A carreira que está cursando e que em breve
estará apto a desempenhar no mercado de trabalho.
capítulo 1 • 33
ÁREA DESCRIÇÃO
Diretor de Tecnologia da O mais alto escalão de gerência de SI; responsável pelo planeja-
Informação (CIO) mento estratégico da organização.
Gerente de Centro de Gerencia os serviços de SI, como help desk, atendimento telefô-
Informações nico, treinamento e consultoria.
Gerente de Tecnologias
Prevê tendências tecnológicas, avalia e testa novas tecnologias.
Emergentes
34 • capítulo 1
ÁREA DESCRIÇÃO
Gerente de Auditoria ou
Gerencia o uso ético e legal dos sistemas de informação.
Segurança da Informação
[...] um processo que consiste nas atividades de busca, identificação, classificação, pro-
cessamento, armazenamento e disseminação de informações, independentemente do
formato ou meio em que se encontra (seja em documentos físicos ou digitais).
capítulo 1 • 35
1.4 O método da gestão em quatro passos
Uma ferramenta de gestão com foco em melhora contínua muito utilizada por
várias empresas em todo o mundo é o Ciclo PDCA, também conhecido por Ci-
clo de Deming.
De acordo com Pacheco (2006),
O Ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo de Shewhart, Ciclo da Qualidade ou Ciclo
de Deming, é uma metodologia que tem como função básica o auxílio no diagnóstico,
análise e prognóstico de problemas organizacionais, sendo extremamente útil para a so-
lução de problemas. Poucos instrumentos se mostram tão efetivos para a busca do aper-
feiçoamento quanto este método de melhoria contínua, tendo em vista que ele conduz
a ações sistemáticas que agilizam a obtenção de melhores resultados com a finalidade
de garantir a sobrevivência e o crescimento das organizações (QUINQUIOLO, 2002).
36 • capítulo 1
O estágio inicial do Ciclo PDCA é o planejamento da aação, para, em segui-
da, ser é executado tudo o que fora planejado inicialmente. Além do mais, são
realizadas verificações e novas ações. Por ser um ciclo, a cada vez os processos
são aperfeiçoados, contribuindo para a melhora contínua.
Periard (2011) descreve detalhadamente cada etapa:
Vale ressaltar que este ciclo pode seguir constantemente, sem ter a neces-
sidade de ter um fim determinado. O importante é efetuar as ações corretivas
quando terminar o primeiro ciclo e efetuar o planejamento do próximo ciclo já
realizando estes ajustes, promovendo a melhoria propriamente dita a cada ci-
clo. Caso uma etapa não seja respeitada ou não executada, o ciclo pode ser com-
capítulo 1 • 37
prometido de modo significativo, por isso estes processos devem ser conduzi-
dos de forma contínua, fazendo jus ao princípio deste método (PERIARD, 2011).
ATIVIDADE
1. Quanto vale a informação para você? Dê exemplos.
REFLEXÃO
Neste capítulo, nós falamos sobre definições acerca de temas relacionados à Tecnologia
da Informação, sobre informação, dado e conhecimento e o uso destes pela TI. Além disto,
falamos sobre as carreiras e a importância da TI nas empresas. Procure pensar, a partir da
leitura deste capítulo, como a TI influencia sua vida, sua carreira, seu lazer, enfim, qual o rela-
cionamento entre a TI e toda a sua rede social e de convivência.
LEITURA RECOMENDADA
Artigo – O papel da informação no processo de capacitação tecnológica das micro e peque-
nas empresas. Escrito por Paulo César Rezende de Carvalho Alvim.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0100-19651998000100004>
Livro – Administração de Sistemas de Informação, do autor Pedro Luiz Cortes. Livro muito
interessante e abrangente sobre o uso de sistemas de informação nas empresas. Aborda vá-
rios elementos que estudaremos vários capítulos. Para mais informações, veja as Referências.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIM, F. B.; TOMAÉL, M. I. Gestão da informação e gestão do conhecimento na prática organizacional:
análise de estudos de casos. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação; Campinas; V8,
n.2, 2011, p. 01-22.
38 • capítulo 1
BALTZAN, P. Sistemas de Informação. São Paulo: AMGH, 2012. 369p.
BARBOSA, R.; PAIM, I. In: PAIM, Isis(Org.). A Gestão da Informação e do Conhecimento. Belo Horizonte:
UFMG, 2003. Cap.1, p.7-31.
BUCKLAND, M. K. Information as thing. Journal of the American Society for Information Science, v.42,
n.5, p.351-360, 1991. Disponível em: http://people.ischool.berkeley.edu/~buckland/thing.html Acesso
em: 11 jun 2014.
CHOO, C. W. Gestão da informação para a organização inteligente: a arte de explorar o meio ambiente.
Lisboa: Caminho, 2003a.
DIAS, M. M. K.; BELLUZZO, R. C. B. Gestão da informação em ciência e tecnologia sob a ótica do cliente.
Bauru, SP: EDUSC, 2003. 186p.
O´BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. São Paulo: Editora
Saraiva. 2004.
capítulo 1 • 39
PERIARD, G. O Ciclo PDCA e a melhoria contínua. 2011. Disponível em: <http://www.sobreadministracao.
com/o-ciclo-pdca-deming-e-a-melhoria-continua/>. Acesso em: 15 jun. 2008.
RAINER, R. Introdução a sistemas de informação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. p. 454.
SILVA, T. E.; TOMAÉL, M. I. A gestão da informação nas organizações. Inf. Inf. Londrina, v. 12, n. 2, 2007.
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
Você já se perguntou como funciona um computador?
Sim? Ótimo!
Obteve a resposta? Não?
Sem problemas, pois nós vamos abordar este assunto no Capítulo 2, e você terá a oportuni-
dade de iniciar seus estudos e conhecer um pouco mais sobre Infraestrutura de TI, na visão
de hardwares. Vamos lá?
40 • capítulo 1
2
Infraestrutura de TI:
Hardware
2 Infraestrutura de TI: Hardware
As organizações tem investido em hardwares para ampliar a produtividade, a
receita e reduzir custos, oferecendo melhor serviço ao consumidor, com mais
velocidade, e propiciando o ambiente colaborativo entre seus funcionários.
Sem investimentos adequados na área de hardwares, muitas empresas acabam
ficando paradas com equipamentos obsoletos, sem confiança e sem poder tirar
proveito dos últimos recursos que os softwares podem proporcionar, compro-
metendo a vantagem competitiva da organização.
É importante que as pessoas tomadoras de decisão na empresa, ou seus ges-
tores, estejam alinhados com as necessidades e tendências em suas áreas, para
que possam efetuar boas escolhas na infraestrutura de TI, principalmente os
hardwares, e para que possam dar suporte ao bom funcionamento dos siste-
mas, softwares e garantir a estabilidade, consistência, segurança e performance
dos sistemas operados na organização.
OBJETIVOS
• Aprender sobre infraestrutura de TI, sob o ponto de vista do hardware
• Conhecer a história do computador e suas classificações;
• Identificar os principais componentes de hardware de um sistema de computador;
• Conhecer a arquitetura interna e o funcionamento de um computador.
VOCÊ SE LEMBRA?
Qual foi a última vez que você usou um computador? Foi hoje? Qual foi o tipo de computador
que você utilizou? Como funciona este computador? Você saberia explicar?
Você conhece alguma empresa moderna que não utiliza computadores?
Será que podemos trabalhar com tecnologia da informação sem considerar hardwares?
Note que que estamos rodeados de equipamentos. Além dos computadores tradicionais,
hoje praticamente todas as pessoas possuem um smartphone, que também são considera-
dos um tipo de computador. Vamos saber um pouco mais sobre hardware e computadores?
42 • capítulo 2
2.1 A infraestrutura de TI: Hardware
capítulo 2 • 43
A infraestrutura de TI proporciona toda essa base, ou plataforma, responsá-
vel pela sustentação dos sistemas de informação da empresa (LAUDON, 2011
p. 104). O hardware é um dos elementos principais desta infraestrutura de TI.
Para auxiliar na compreensão do que sejam hardwares, vamos ter uma ideia
de como funciona um computador iniciando por um pequeno histórico, co-
nhecendo seus principais componentes e um pouco de sua arquitetura e clas-
sificando-os.
44 • capítulo 2
2.1.1 Como funciona o computador
Figura 8 – ENIAC (Parte dele, na verdade, pois aqui vemos sua interface de operação.)
O ENIAC começou a ser desenvolvido por John Eckert e John Mauchly. O de-
senvolvimento iniciou-se em 1943, com financiamento militar, para ser usado na
Segunda Guerra Mundial, mas só se tornou operacional em 1946. Tinha cerca de
30 toneladas e ocupava 180 m2 de área. Em 1944, juntou-se ao grupo de pesquisa-
dores o engenheiro John von Neumann. Este criou a arquitetura (chamada de ar-
quitetura de von Neumann) que é usada até hoje nos computadores comerciais.
capítulo 2 • 45
WIKIMEDIA
Figura 9 – O ENIAC numa visão mais ampla
O ENIAC não tinha sistema operacional (no capítulo 3, falaremos mais so-
bre o que são estes sistemas) e todas as operações eram inseridas diretamente
na máquina usando códigos numéricos.
Foi produzido usando a tecnologia de válvulas a vácuo, que foi a tecnologia
inicial para computadores eletrônicos. Por isto, ele é o marco da Primeira Gera-
ção de Computadores. O problema das válvulas era o custo alto para manuten-
ção. Para você ter uma ideia, o ENIAC foi construído usando mais de 17 mil vál-
vulas e gastava mais de 200.000 watts, aquecendo muito! As válvulas eletrônicas
possuíam o tamanho aproximado de uma lâmpada elétrica.
A era da computação comercial iniciou-se no ano de 1951, quando o UNIVAC
(Universal Automatic Computer) foi entregue ao primeiro cliente: o escritório do
Censo do Estados Unidos para tabulação dos dados do censo do ano anterior.
Pode-se dizer que o UNIVAC foi o resultado de modificações positivas no ENIAC.
Em 1947, os cientistas John Bardeen, Walter H. Brattain e William Sho-
ckley desenvolveram o transistor. O transistor é um pequeno dispositivo que
transmite sinais eletrônicos usando um resistor. Os transistores revoluciona-
ram a eletrônica e a maneira de construir computadores. Além de serem muito
46 • capítulo 2
WIKIMEDIA
menores do que as válvulas, consumiam muito me-
nos energia e geravam menos calor. Também eram
mais rápidos e mais confiáveis do que as válvulas.
Um novo avanço, nesta mesma época, foi a criação
de uma linguagem simbólica para manipular ins-
truções das máquinas em vez de códigos numéricos,
e isto tornou um pouco menos ardil a tarefa de criar
programas para os computadores. Depois das lin-
guagens assembly (as linguagens simbólicas), surgi-
ram as linguagens de “mais alto nível”, como For-
tran e COBOL. São linguagens com comandos em
inglês, em vez de símbolos e marcações como nas
linguagens assembly. E esta foi chamada a segunda
geração dos computadores. Nesta época, os compu-
tadores ainda não atingiam as pessoas “comuns” da
sociedade, sendo usados apenas por universidades Figura 10 – Foto de uma
e por organizações do governo e militares. válvula eletrônica
ANNEDAVE / DREAMSTIME.COM
capítulo 2 • 47
ALEXSKOPJE / DREAMSTIME.COM
Figura 12 – Foto de circuitos integrados
48 • capítulo 2
nores, mais de 100 vezes menores que aqueles de primeira geração, mas um
único chip é mais poderoso que o próprio ENIAC. Para você ter uma ideia, em
1977 uma calculadora podia fazer cerca de 250 multiplicações por segundo,
custava de 300 a 500 dólares e pesava mais de 500 gramas. Hoje, uma calcula-
dora pesa muito pouco, custa 1 dólar ou menos às vezes (depende da cotação)
e realiza muito mais cálculos. Em comparação ao ENIAC, um Pentium de 150
MHz era capaz de mais de 300 milhões de operações de soma por segundo, en-
quanto que o ENIAC processa apenas 5.000 operações.
Dê uma olhada na figura a seguir.
Claro que a história mais recente dos computadores você já conhece, mas va-
mos apenas comentar um pouco sobre os computadores pessoais. Estes compu-
tadores mudaram completamente o paradigma do uso de computadores.
capítulo 2 • 49
O primeiro computador pessoal que foi disponibilizado ao público em ge-
ral foi o MITS Altair, produzido em 1975. Na época, foi “choque” grande, pois
os computadores só faziam sentido para empresas, universidades, o governo
ou os militares! Para que ter um computador em casa? Se fosse para investir,
investiria em maquinários, em ferramentas, mas um computador? Não teria
serventia! Esse seria um típico discurso de um pai cujo filho acabou de lhe fazer
um pedido naquela época!
SWTPC6800 / WIKIMEDIA
A evolução na velocidade dos microprocessadores é tida para alguns como a quinta gera-
ção dos computadores. O marco seria o microprocessador Intel 386, que permitia a execu-
ção de várias tarefas ao mesmo tempo.
Figura 16 – Apple I
50 • capítulo 2
VOLKER STEGER / SCIENCE PHOTO LIBRARY / SPL DC / LATINSTOCK
Figura 17 – Apple II
Figura 18 – IBM PC
capítulo 2 • 51
Não podemos nos esquecer de um nome importantíssimo no século pas-
sado. Claro, ainda é um nome muito importante: Microsoft. A hoje gigante
empresa de software forneceu o sistema operacional para o computador pes-
soal da IBM. Este software, chamado de MS-DOS, foi usado pela IBM e pelas
empresas que criaram computadores pessoais baseadas no padrão IBM PC.
Com grande expansão, a Microsoft logo evoluiu para novas versões de seu siste-
ma operacional até que “descobriram” e popularizaram a interface gráfica com
o sistema operacional Windows! Os sistemas Windows mudaram o conceito de
interface entre usuário e computador. Não foi a Microsoft que criou o conceito
de interface gráfica, mas foi uma das principais empresas (senão a principal) a
popularizá-lo!
ATIVIDADE 1
Nesta atividade, vou sugerir a você uma busca pelas informações do filme Piratas do Vale do
Silício (Pirates of Silicon Valley). Se gostar da dica, tente encontrá-lo numa locadora ou com
um amigo e assista a ele. Você ai gostar, pois o filme é muito bom!
CONEXÃO
Recomendações 1
Assista ao filme história do computador em minutos disponível em <www.youtube.com/
watch?v=F3qWg1JBPZg>
52 • capítulo 2
GOCE / DREAMSTIME.COM
Figura 19 – Uma Workstation PC
capítulo 2 • 53
2.1.2.3 Mainframes
São os chamados computadores de grande porte. São projetados para proces-
samento de grandes quantidades de dados a velocidades muito altas. Em geral,
são usados em grandes empresas, como bancos, indústrias, companhias aére-
as e de seguro. São computadores projetados para vários usuários (multiusuá-
rio) ao mesmo tempo e com custo bem elevado. Pelo alto custo, os mainframes
perderam muito espaço para os servidores baseados na arquitetura PC.
54 • capítulo 2
2.1.2.5 Supercomputadores
São os mais caros e mais poderosos computadores. Usados para grandes simu-
lações, como previsão do tempo, análise do mercado de ações, efeitos especiais
em produções cinematográficas. Também são muito usados por órgãos do go-
verno para tarefas que envolvam gigantesca manipulação de dados.
LEROY N. SANCHEZ, RECORDS MANAGEMENT / MEDIA SERVICES AND OPERATIONS / WIKIMEDIA
ATIVIDADE 2
Liste os computadores aos quais você tem ou teve acesso. Aponte o maior número de deta-
lhes possível sobre cada um deles.
capítulo 2 • 55
O funcionamento básico de um computador convencional acontece de
acordo com a figura abaixo:
Armazenamento secundário
A unidade central de
processamento (CPU)
executa instruções
O dispositivo
O dispositivo de computador
de saída
de entrada envia
disponibiliza
dados à unidade
os dados
central de
processados
processamento
A memória mantém (as Informações)
dados e programas em
uso no momento
56 • capítulo 2
2 3
1
6
capítulo 2 • 57
salvas no disco. Quando ligamos o computador, os programas necessários para
utilização dele, bem como aquele que desejarmos, são carregados do disco
para a memória RAM.
CONEXÃO
Recomendações 3
Veja o vídeo do Olhar Digital sobre o que considerar na hora de comprar um computador,
em <www.youtube.com/watch?v=vYo6IceDsVQ>
ATIVIDADE 3
Você consegue listar os componentes do seu computador? Se não tiver um em casa, pode
ser do trabalho, de um amigo. O importante é tentar! Vamos lá? Ah, não se esqueça de tentar
listar características dos componentes (ex. a marca da placa-mãe). Vamos tentar?
58 • capítulo 2
De maneira bem simples, ela funciona assim:
A unidade central de processamento (UCP) faz operações com
1. informações. Estas operações podem ser:
a) operações de entrada e saída, como leitura de dados do teclado e
escrever dados na tela. São operações para inserção de dados na
memória do computador ou para exibição de informações que es-
tejam armazenadas nesta;
b) operações aritméticas como adição, subtração, multiplicação e di-
visão de valores inteiros ou ponto flutuante (basicamente, núme-
ros reais representados num formato definido);
c) operações lógicas e relacionais como comparações, testes de con-
dições lógicas etc.;
d) movimentação de dados entre os vários componentes, ou seja, res-
gate e inserção de informação na memória ou em dispositivos de
entrada e saída;
2. Para fazer estas operações, necessitará de que as informações estejam
na memória. Trata-se de um componente eletrônico para armazenar
informações;
3. Além da memória, existem os dispositivos de entrada e saída, como te-
clado e mouse (entrada) ou monitor e impressora (saída), que emitirão
as informações num formato legível ao usuário do computador.
Unidade de
Dados
Dados
Entrada e
Saída
capítulo 2 • 59
Então, basicamente, na arquitetura de von Neumann, o que ocorre é que
uma máquina pode armazenar seus programas e executá-los numa unidade
responsável por diferentes operações.
Pela figura, pudemos ver que as informações podem ser dados ou infor-
mações de controle. As informações de controle são aquelas que dizem o que
deve ser feito com os dados. Por exemplo, se tivéssemos, de alguma maneira,
na memória a informação da expressão “5 + 7 < 10 ?”, saberíamos que estamos
tentando comparar a soma de 5 e 7 com o valor 10 e saber quem é maior. Logo,
5, 7 e 10 são dados e “+” , “<” e “?” são informações de controle. O computador
entenderia que deve somar os dados 5 e 7 (controle +) e verificar se o resultado
é menor que 10 (controle < e resultado ?).
As duas outras unidades da figura são a ULA (Unidade Lógica e Aritmética)
que serve para realizar as operações, efetivamente, e a UC (Unidade de Controle),
que serve para decodificar as operações, ou seja, entender o que precisa ser feito,
e disparar novas operações, caso necessário.
A UCP entende operações num determinado formato. Vamos aqui chamar
formato de linguagem, ok?
Bom, o computador entende a linguagem eletrônica que popularmente é
chamada de binária, devido à sua representação. Como um programador vai
escrever códigos que descrevam operações em binário? Não vai (geralmente)!
Nesse ponto, entrará em cena uma camada intermediária que cuidará disto
para ele! Um programador de hoje escreve código em linguagem de alto nível.
Isto quer dizer que a linguagem é de mais fácil compreensão humana!
2 Um algoritmo é uma forma de descrever a solução de um problema usando algum tipo de método e notação.
Por exemplo, uma receita de bolo é um algoritmo que ensina o que deve ser colocado num bolo e como prepará-lo.
60 • capítulo 2
7. o sistema operacional “sabe” como fazer o executável funcionar, usan-
do memória, dispositivos de entrada e saída etc.
8. O Windows, o Linux, o Solarix e o Unix, dentre outros, são exemplos de
sistemas operacionais (veremos mais sobre sistemas operacionais no
capítulo seguinte).
9. Mas sistema operacional – por exemplo Windows, não é aquela interface
que você vê com editores de texto e planilhas. Ele compreende os progra-
mas, as rotinas que estão por trás de todo o funcionamento de seu com-
putador (também veremos mais disto no capítulo seguinte).
CONEXÃO
Recomendações 4
Leia o artigo sobre o que é um algoritmo de computador em “How stuff works”, disponível
em informatica.hsw.uol.com.br/questao717.htm
ATIVIDADE 4
Faça uma busca (livros, Internet, amigos, etc) e me responda: A arquitetura de funcionamen-
to que vimos é a única existente? Existem (ou existiam) outras maneiras de um computador
funcionar?
capítulo 2 • 61
Você com certeza está habituado ao PC (personal computer – computador
pessoal), que é o computador de mesa. Se você trabalha com aplicativos avan-
çados com poderosos recursos gráficos, provavelmente terá uma Workstation,
que também é um computador de mesa, mas com poder superior a um PC.
Se sua empresa tem diversos computadores trabalhando em conjunto, ela
necessitará de um servidor. Servidores são computadores otimizados para pro-
ver recursos a outros computadores numa rede de computadores. São compo-
nentes importantes da infraestrutura de TI, pois fornecem plataformas, por
exemplo, para o comércio eletrônico.
Os mainframes são computadores de alto desempenho, capazes de proces-
sar enormes quantidades de informação. Surgiram por volta da década de 1960.
São usados em corretoras de ações, companhias aéreas, grandes bancos etc.
Um supercomputador é um projeto mais sofisticado, utilizado para cálculos
complexos. São usados em simulações como a previsão do tempo e em projetos
que exigem cálculos com milhares de variáveis e um tempo de resposta rápido.
Além disso, podemos unir computadores e formar supermáquinas virtuais.
Isto é possível por meio do clustering ou da computação em grade. Um cluster é
um agregado com diversos outros computadores trabalhando de maneira dedi-
cada, cumprindo tarefas de um computador de grande porte, como um main-
frame. Já a computação em grade envolve outros conceitos, como aproveitar a
ociosidade dos computadores pessoais numa rede.
A tabela abaixo mostra uma comparação entre alguns tipos de computado-
res. (LAUDON e LAUDON, 2007)
62 • capítulo 2
PROCESSADOR/
COMPUTADOR DESEMPENHO COMENTÁRIOS
VELOCIDADE
Servidor
(computador
de médio UltraSPARC 32 Giga Podem ser usados mais de 16
porte) SUN IV + 1.5 GHz FLOPS processadores.
Fire E4900
server
Mainframe
Z990 1 Tera Podem ser usados mais de 54
IBM Z990
1.2 GHz FLOPS processadores.
eServer
Obs.: para facilidade nos cálculos, considere um giga (230) como 1 milhão de
instruções e 1 tera (240) como 1 trilhão.
capítulo 2 • 63
Pelo que pudemos ver, o computador é um conjunto de componentes eletrô-
nicos que “reagem” à inserção de dados de entrada, seguindo alguma lógica. Esta
lógica é o programa, o software que dá vida ao computador!
ATIVIDADE 5
Acesse o site <www.top500.org> e apresente alguns dos mais rápidos e poderosos computado-
res do mundo, além do local onde são utilizados.
Para encerrar esse capítulo, vou deixar algumas questões a você. Pense criticamente
sobre elas, discuta com seus colegas, tutor e professor. Faça pesquisas e anote suas consi-
derações. Vamos lá?
ATIVIDADE
1. Os computadores tornam a vida das pessoas mais fácil ou mais difícil? Qual sua opinião?
Qual a opinião das pessoas que você conhece?
2. Discuta com seus colegas como os computadores são e serão usados na carreira que
você pretende seguir. Aponte exemplos detalhados.
3. Na sua opinião, se um computador falhar, a falha é humana? (Esta pergunta pode ser
polêmica e isto é muito bom!). Discuta a quem devem ser atribuídas as falhas em com-
putadores, principalmente aqueles usados em sistemas críticos como aviação, sistemas
médicos, etc.
4. Apresente ao menos duas carreiras que não precisem do uso de computadores. Discuta
seus resultados com seus colegas e faça um breve resumo da sua discussão.
64 • capítulo 2
REFLEXÃO
Vimos até aqui que há muito mais sobre computadores do que simplesmente entender como
eles funcionam. A história e a evolução dos computadores determinaram, de certa forma,
como as pessoas passaram a pensar em tecnologia e a “consumir” tecnologia. Mesmo que
você não se torne especialista na área de tecnologia da informação, é sempre importante
saber como funcionam os equipamentos que serão usados no dia a dia. Isto facilita o diálogo
entre nós e as novas tecnologias.
LEITURA RECOMENDADA
Artigo: Como os computadores funcionam?
<http://www.fazfacil.com.br/manutencao/computador_funcionamento.html>
Artigo: Entenda o funcionamento do computador
<http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2766u10.jhtm>
Livro: Introdução à Informática, de Capron e Johnson. Livro que aborda aspectos técnicos
e teóricos sobre o funcionamento do computador e dos softwares básicos para seu uso. Para
mais informações, veja as Referências.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPRON, H. L. e JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004.
LAUDON, K. C. e LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais. São Paulo: Prentice Hall. 2007.
RAINER, R. Introdução a sistemas de informação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 454p.
capítulo 2 • 65
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
No próximo capítulo, nós abordaremos os tipos específicos de softwares ou programas de
computador, dando o enfoque na infraestrutura de TI sob o ponto de vista do software. Vamos
entender que existem diferentes tipos de softwares para funções diferentes, assim como
existem ferramentas diferentes para tarefas diferentes. Mais uma vez, será de grande im-
portância habilitar-se neste conteúdo e favorecer-se do que a tecnologia oferece de melhor.
66 • capítulo 2
3
Infraestrutura de TI:
Software
3 Infraestrutura de TI: Software
O software dá vida ao hardware inanimado! É, a frase parece um pouco forte,
mas tente usar um computador sem um software! Como veremos, na verdade,
existem tipos de softwares, divididos em camadas. Há aqueles que “conversam”
com o hardware do seu computador e outros que conversam com estes softwa-
res (que já estão em contato com o hardware do computador). Pareceu muito?
Então, temos também softwares para criarmos outro softwares! Vamos enten-
der um pouco mais sobre eles?
OBJETIVOS
• Conhecer sobre software do computador;
• Conhecer e classificar os softwares de sistema;
• Aprender sobre softwares aplicativos e conhecer alguns softwares;
• Entender os principais conceitos de softwares para web.
VOCÊ SE LEMBRA?
Quais são os softwares de computador que você usa? E em seu ambiente de trabalho, há
softwares ou sistemas que precisam ser executados? Quando foi a última vez que usou um
software? Sabe o que é um sistema operacional? Para usar um software como um editor
de textos, você, com certeza, precisou usar um sistema operacional. Então, vamos ver a di-
ferença entre os tipos de software, saber um pouco mais sobre a infraestrutura de TI sob a
visão do software e compreender o que cada um deles faz!
Como falamos antes, para usar os recursos de hardware você precisará de sof-
tware. Sem o software, seu hardware apenas ficará inerte. Por meio do software,
o hardware recebe instruções detalhadas que dizem ao computador o que deve
ser feito. Basicamente, nós temos dois tipos de software. Antes, na época do
ENIAC, todo o software era escrito desde o começo, e o próprio software precisa-
va saber manipular tudo o que fosse necessário: tanto a informação quanto os
68 • capítulo 3
próprios componentes do computador. Os dois tipos de software hoje existen-
tes são o software de sistema e o software aplicativo.
ADAPTADO DE (LAUDON E LAUDON, 2007)
Software aplicativo
Software Aplicativo
Linguagens de programação
Linguagens de quarta geração
Pacotes de software e ferramentas de produtividade para PCs
capítulo 3 • 69
como o computador faz para escrever ou desenhar uma interface gráfica na tela
do seu monitor. Para isto, basta que ele solicite (escreva) isto no seu código, e
quem cuidará da execução deste tipo de tarefa é o sistema operacional.
70 • capítulo 3
informações que, por exemplo, entram pelo teclado, digitadas pelo usuário, e
devem ser escritas na tela do monitor. Além disso, também controlam dispo-
sitivos de armazenamento, como discos, CDs, pen drives etc. Já o gerenciador
do sistema de arquivos garante a manipulação de arquivos em dispositivos de
armazenamento, cuida para que os arquivos fiquem organizados e possam
ser acessados.
Estes componentes do sistema operacional, normalmente, não são visí-
veis ao usuário final. Digo normalmente porque, em sistemas com código
fonte aberto, como o Linux, é possível ao usuário não só ver como alterar os
códigos para os componentes do sistema operacional.
Para os usuários finais, a manipulação dos recursos oferecidos é feita por
meio de uma interface. Esta interface começou em seus primórdios, como a fa-
mosa “linha de comando” ou interface modo texto! E hoje evoluímos para inter-
faces gráficas (tão comuns para as novas gerações que já nasceram com a existên-
cia dela), interfaces por comandos de voz etc.
A seguir temos dois exemplos de interfaces no modo texto: uma no Linux
e outra no Windows.
Figura 26
Já as interfaces gráficas são bem comuns entre nós, mas vamos fazer um
levantamento de alguns tipos dessas para diferentes sistemas operacionais.
capítulo 3 • 71
Windows 7 e 8
O Windows 8 é o mais novo sistema Windows da Microsoft, lançado em ou-
tubro de 2012 com um novo conceito visual e adaptado para dispositivos com
sensibilidade ao toque. Sucedeu o estável Windows 7, que havia sido lançado
em 2009 com foco na eficiência e praticidade de uso.
Figura 27
Windows Vista
É um dos sistemas operacionais Windows da Microsoft. Tem aperfeiçoa-
mento em suas opções de segurança, como o Windows Defender, mecanismos
de busca interna, sincronização nativa com dispositivos móveis com o Mobile
Device Center, além de melhor suporte a vídeos e TV. Possui recursos visuais,
como transparência, e um sistema para troca de janelas usando o Aero.
Figura 28
72 • capítulo 3
Windows XP
O Windows XP é uma família de sistemas operacionais produzida pela Mi-
crosoft, para uso em computadores pessoais. É um sistema robusto, com ver-
sões para usuários domésticos e corporativos. Possui suporte para Internet,
multimídia, trabalho em grupo, gerenciamento de recursos de rede, segurança
e trabalho corporativo.
Figura 29
Windows CE
É o SO da Microsoft para dispositivos com pouca capacidade de armaze-
namento, como celulares, PDAs, smartphones etc. Isso mesmo! Existem sis-
temas operacionais específicos para celulares, smartphones, PDAs. Eles são
escritos para gerenciar recursos mais “escassos”, mas em geral tem todas as
funcionalidades dos sistemas operacionais mais robustos.
capítulo 3 • 73
Figura 30
Unix
Trata-se de um SO para PCs poderosos, estações de trabalho e servidores em
rede. Possui suporte para multitarefa, processamento multiusuário e trabalho
em rede, além de poder ser instalado em diversas plataformas de hardware.
Linux
Trata-se de uma alternativa grátis e confiável com relação ao Windows e ao
Unix. Pode ser instalado em diversas plataformas de hardware e possui código
fonte aberto. Isto significa que pode ser modificado por programadores e adap-
tado para necessidades de uma empresa, por exemplo.
Existem diversos “sabores” ou distribuições Linux. Cada uma tem caracte-
rísticas distintas, mas, em geral, o núcleo (ou kernel) do sistema é bem seme-
lhante.
Figura 31
74 • capítulo 3
Mac OS X
É o SO da Apple com uma interface com o usuário muito elegante, recursos
fáceis de encontrar e de utilizar. O sistema é bem robusto e tem recursos avan-
çados para vídeos, além do navegador Safari, que é muito rápido.
Figura 32
Além dos sistemas operacionais, temos também os softwares que fazem a tra-
dução de linguagem e os softwares utilitários. Os softwares de tradução conver-
tem o código escrito numa linguagem de programação (veja o tópico seguinte)
para a linguagem de máquina que será compreendida pelo hardware e usará
recursos administrados pelo sistema operacional.
Já os programas utilitários são aqueles que auxiliam o usuário na con-
figuração e no gerenciamento do sistema operacional de seu computador.
Um exemplo de programa utilitário é o Windows Explorer para Windows.
Trata-se de um gerenciador de janelas que permite ao usuário encontrar
seus arquivos no computador, como na figura a seguir.
capítulo 3 • 75
Figura 33
Figura 34
CONEXÃO
Recomendações 3.2
Se você quiser saber, detalhadamente, sobre o funcionamento do sistema operacional, aces-
se: <http://informatica.hsw.uol.com.br/sistemas-operacionais.htm>
76 • capítulo 3
3.3 Software aplicativo
100100100100100111
001100011111101011
Figura 35
capítulo 3 • 77
???
Mostre um número
na sua tela.
Figura 36
Figura 37
78 • capítulo 3
CONEXÃO
Recomendações 3 Veja mais informações sobre as linguagens e suas gerações em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o_de_quarta_
gera%C3%A7%C3%A3o>
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o>
FERRAMENTAS DE
LINGUAGEM DE DESCRIÇÃO EXEMPLO
QUARTA GERAÇÃO
WordPerfect
Orientada
Ferramentas de Pacotes de softwares de uso geral Internet Ex-
para o
software de PC para PCs. plores
usuário final
Access
Linguagens para extrair dados armaze-
Linguagens de nados em arquivos ou bancos de dados.
SQL
consulta Suportam requisições de informações
que não são predefinidas
Extraem dados de arquivos ou bancos
de dados para criar relatórios espe-
cíficos sob uma grande variedade de
formatos que não são produzidos por
Geradores de sistemas de informação.
Cristal Reports
relatórios Geralmente proporcionam maior
controle sobre a maneira como dos
dados são formatados, organizados e
apresentados do que as linguagens de
consulta.
Extraem dados de arquivos ou ban-
co de dados e os apresentam sob o
Linguagens formato de gráficos. alguns softwares SAS Graph
gráficas geradores de gráficos também pode Systat
executar operações aritméticas ou
lógicas com os dados.
capítulo 3 • 79
FERRAMENTAS DE
LINGUAGEM DE DESCRIÇÃO EXEMPLO
QUARTA GERAÇÃO
Tabela 2
80 • capítulo 3
Você, provavelmente, usa com frequência um software para edição de texto. Este tipo
de software serve para armazenar textos de maneira eletrônica, como arquivos no seu
computador. Além disso, este tipo de software oferece uma interface ao usuário para
que este possa editar o texto, adicionando informações, pode também formatar o texto
adicionando efeitos visuais, ou mesmo usar recursos mais avançados para criar figuras,
tabelas, malas-diretas, dentre outros.
Figura 38
capítulo 3 • 81
REPRODUÇÃO
82 • capítulo 3
cluem funções gráficas, que podem apresentar os dados em vários formatos de
gráficos (linhas, colunas, pizza). O Excel é o pacote mais conhecido e utilizado.
A seguir temos um exemplo de uma planilha que analisa o ponto de equilí-
brio1 e o seu gráfico correspondente.
CUSTO FIXO
19.000,00
TOTAL
CUSTO
VARIÁVEL POR 3,00
UNIDADE
PREÇO MÉDIO
17,00
DE VENDA
MARGEM DE
14,00
CONTRIBUIÇÃO
PONTO DE
1.357
EQUILÍBRIO
UNIDADES
0,00 679 1.357 2.036 2.714
VENDIDAS
CUSTO
0 2.036 6.107 6.107 8.143
VARIÁVEL
LUCROS/
(19.000) (9.500) 9.500 9.500 19.000
PERDAS
1 “Nome dado ao estudo nas empresas, principalmente na área da contabilidade, em que o total das receitas é
igual ao total das despesas.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_equil%C3%ADbrio
capítulo 3 • 83
Gravatas modelo tradicional
40
30
20
10
0
0,00 679 1.357 2.036 2.714
Unidades vendidas
Custo fixo Custo total Receita
Figura 41
Vamos ler um pouco sobre a Intuit e sobre o mercado de software para pe-
quenas empresas e consumidores finais.
ATIVIDADE 1
Nesta atividade, sugiro a você a leitura do texto:
84 • capítulo 3
cesso do final dos anos 1980 e 1990. Hoje, os softwares da Intuit, produtos como o
Quicken para finanças pessoais, o QuickBooks para pequenas empresas de contabi-
lidade e o TurboTax para a preparação de declarações de imposto são, sem dúvida,
os mais populares em seus mercados.
A revista FSB (Fortune Small Business ) conversou com Cook, então com 49 anos
e presidente do comitê da diretoria executiva.
Você foi o primeiro a perceber este mercado?
Não, já havia produtos desse tipo. Fomos quase a 25ª companhia a elaborar sof-
tware para finanças pessoais, com concorrentes como a Home Acco-unt, a Dollars &
Sense e o Managing Your Money de Andrew Tobias. Eu comprei o produto principal
esperando descobrir que “Oh, eles já resolveram problema”. Mas ele era tremen-
damente lento e difícil de usar. Todos eles eram terríveis, mas vendiam bem. Que
eu saiba, fomos a primeira companhia de software que fez o teste do consumidor.
A Procter & Gamble havia me ensinado a cultura da inovação voltada ao cliente;
aprender com os clientes e dirigir o produto e a organização para conquistá-los. Mas
se você retornar aos softwares tal como eram em 1983, quando começamos, você
vai ver que, na maioria das vezes, eles eram produtos projetados por engenheiros
e vendidos para corporações. Estávamos elaborando um produto de consumo. Por
isso os controles necessários para vender a clientes empresariais eram inúteis. En-
tão, quando estávamos a meio caminho do Quicken, recrutamos grupos de donas de
casa para trabalhar conosco em nossos laboratórios. Isso é comum hoje, mas prova-
velmente nós fizemos isso cinco anos antes dos outros.
Então, você nunca conseguiu qualquer fundo de capital de risco (VC)?
Não. Isso foi durante a enorme bolha dos softwares de 1982-1983. Mesmo
ideias verdadeiramente estúpidas, companhias realmente ruins estavam receben-
do dinheiro dos fundos de capital de risco. Tínhamos nosso produto pronto para
demonstração em 1984 e fomos em busca de fundos. Mas naquela altura o mercado
de software ruiu. O operador que me atendia, Tom LaFevre, disse: “Vamos falar com
algumas pessoas ricas”. Eu disse: “Eu não conheço nenhuma pessoa rica”. Ele disse:
“Bem, eu conheço duas”. Elas investiram um total de US$ 151.000. Mas estávamos
procurando US$ 3 milhões. Tivemos que recalcular nossos planos umas 20 vezes.
Não poderíamos gastar nada com marketing. Em vez de nós mesmos vendermos
o Quicken, começamos a vendê-lo por meio de bancos, seguindo a sugestão de um
amigo que conheci trabalhando em consultoria, o presidente do banco Wells Fargo.
Mas em maio de 1985, estávamos quase sem dinheiro. Paramos de pagar salários,
devolvemos nossos computadores e móveis alugados; paramos de pagar contas,
capítulo 3 • 85
com exceção de algumas, como as de telefone. Três pessoas nos deixaram; quatro de
nós trabalhávamos sem receber nada. Meu casamento quase ruiu. Minha tarefa era
vender aos bancos e eu vinha falhando nisso durante meses. Finalmente, em setem-
bro, eu comecei a contratar um banco por mês. Finalmente estávamos dando certo.
Ultrapassamos todos nossos concorrentes ao final de 1987. Foi tão rápido que quase
não vimos o final dos anos 1980 passar.
Como você lançou o QuickBooks?
Estávamos tão ocupados em atender aos pedidos do Quicken que nem o nota-
mos. Isso é uma história sobre o que torna os empreendimentos tão maravilhosos.
Tudo aconteceu por acidente. Tínhamos feito o Quicken para ser um produto uti-
lizado pelo consumidor em sua casa. Quando fizemos uma pesquisa com nossos
clientes, a metade deles – 48% – declarou ser uma pequena empresa. Eu ignorei isso;
pensei: “Deve haver um engano”. Então, fizemos a mesma pesquisa um ano e meio
mais tarde: 49%. Ignorei-a. Apenas bem mais tarde entendemos aquilo.
Como puderam não perceber?
Pensávamos, por que eles não estão comprando software de contabilidade? Em
resumo, a resposta era que a grande maioria de pequenas empresas não possui um
contador em seu pessoal. Não distinguem débito de crédito; acreditam que o livro-
-razão foi um herói da Segunda Guerra Mundial. Além disso, ninguém havia feito
um produto de contabilidade projetado apenas para eles. É o poder do paradigma.
Ele faz com que você torça e interprete mal os fatos, vendo apenas o que você quer
ver.
Qual é o perigo maior para a Intuit agora?
Os lucros operacionais (no ano que termina em 31 de julho de 2001) foram 42%
maiores, as receitas subiram 15%. A Intuit sentiu alguma pressão da recessão eco-
nômica, mas nem tanto quanto as outras companhias. Quase a metade de nossa
receita vem de atividades relacionadas a impostos. Você já ouviu falar que “apenas
a morte e os impostos são certos”, e a certeza dos impostos acarreta um grande e
crescente negócio para a Intuit — um negócio com volatilidade relativamente bai-
xa. Nosso maior risco seria a falta de inovações. Nosso maior negócio está fornecen-
do soluções para pessoas de pequenas em¬presas. Estas necessitam muito delas. A
maior tragédia seria, de alguma maneira, deixar de inovar.
86 • capítulo 3
3.3.4 Softwares para Web
capítulo 3 • 87
Para exemplificar o uso de EAI, imagine o caso do sistema financeiro de
um banco. Imagine que o sistema de transações internas é desenvolvido em
COBOL, uma linguagem um pouco antiga, mas muito poderosa para este tipo
de aplicações. Como este banco poderia prover que outras instituições reali-
zassem transações financeiras com ele? Por meio de um serviço, que poderia
ser fornecido usando serviços web, por exemplo, este banco poderia prover o
acesso a uma interface em que outras financeiras pudessem se conectar e reali-
zar transações. Esta interface traduziria as informações externas em transações
internas para os sistemas da empresa, tradicionalmente escritos em COBOL.
88 • capítulo 3
Como o mundo corporativo é cada vez mais dinâmico e integrar é uma das pa-
lavras da vez, todo processo usando EAI ou EDI pode ser muito caro e dispendioso.
Podemos pensar, então, em usar padrões abertos, ou seja, disponíveis para
qualquer um, a fim de otimizar essa integração. Geralmente, são mais fáceis de
aceitar, devido ao custo zero. Haja vista a própria internet e a Web. É claro que
existem mantenedores de padrões abertos para melhorar a divulgação e garantir
ótimas especificações, como o consórcio W3C (WWW Consortium), que é res-
ponsável pela evolução das especificações do padrão HTML (Hypertext Markup
Language), que permite a qualquer browser acessar e visualizar documentos.
Um ponto importante a ressaltar é que a Programação Orientada a Objetos
(POO) influenciou no surgimento de SOA. Um conceito importante inserido
pela POO foi o encapsulamento, em que os dados de um objeto ficam “protegi-
dos” e só podem ser acessados por métodos (interfaces). Isto melhora e docu-
menta o uso dos objetos por aplicações.
Métodos Variáveis
(comportamento) (estado)
Objeto
Figura 43 – Encapsulamento de dados
Figura 44 – Exemplos de objetos com dados (variáveis) e métodos (interfaces) bem definidos
capítulo 3 • 89
Outra vantagem da POO é que a comunicação entre objetos do sistema fica
mais bem definida através da troca de mensagens via interfaces dos objetos.
Infelizmente, embora o conceito fosse muito interessante, não se conse-
guiu, na prática, obter a desejada interoperabilidade entre os objetos de dife-
rentes tecnologias. Por exemplo, objetos escritos em Java não conseguem “con-
versar” com objetos escritos em C#, Python etc.
Maria José
90 • capítulo 3
A XML(eXtended Markup Language), ou linguagem de marcação estendida, é uma
“metalinguagem” baseada em marcadores com a função de descrever estruturas de
dados, oferecendo benefícios que não existem na linguagem HTML (Hipertext Markup
Language). O HTML, que também é uma linguagem de marcação, tem propósito
distinto do XML.
<html>
<head>
</head>
capítulo 3 • 91
Como você pode ver pela figura, caso o HTML seja exibido num navegador,
ele irá formatar a saída, enquanto que o XML não fará nada, a não ser tentar
processar a saída. Para que a aplicação possa entender o que o XML quer dizer,
é preciso um “Parser” ou interpretador, que associa o XML a um DTD (Docu-
ment Type Definition) ou XML Esquema. Não é nosso escopo entrar em detalhes
sobre isso, mas você pode ler mais a respeito na especificação do XML.
CONEXÃO
Saiba mais sobre XML em:
<www.gta.ufrj.br/grad/00_1/miguel/
<www.apostilando.com/sessao.php?cod=9>
<www.codigofonte.com.br/artigos/xml>
<www.webtutoriais.com/categorias.php?categoria=xml>
<www.dicas-l.com.br/dicas-l/20050326.php>
ATIVIDADE
1. Qual sistema operacional você conhece e/ou utiliza?
2. Qual sua opinião sobre os sistemas Windows, Linux e Mac OS? Algum deles leva van-
tagem? Em quais quesitos?
3. Você prefere a interface gráfica (GUI) ou a linha de comandos? Quais as diferentes ha-
bilidades que um usuário precisa ter para aprender a usar cada uma dessas interfaces?
92 • capítulo 3
3. Programas chamados ____________________________ gerenciam os recursos de
hardware, software e dados do sistema do computador durante sua execução dos
vários trabalhos de processamento de informações dos usuários.
4. A Microsoft introduziu o(a) _________________________________ em 1995. Trata-
se de um sistema operacional poderoso, multitarefa, multiusuário, que está sendo
instalado em servidores de rede para gerenciar redes de área local e em PCs com
requisitos de alto desempenho de computação.
5. Um sistema operacional contém programas de ____________ ________ que contro-
lam a criação, a anulação e o acesso de arquivos de dados e programas. Esses pro-
gramas também acompanham a localização física de arquivos em discos magnéticos
e outros dispositivos de armazenamento secundário.
capítulo 3 • 93
6. Qual das seguintes alternativas não é uma das principais categorias de linguagens
de programação?:
a) Linguagens de máquina
b) Sistemas operacionais
c) Linguagens assembler
d) Linguagens de alto nível
7. O programa tradutor de linguagem de programação conhecido como intérprete de-
sempenha a seguinte função:
a) Traduz os códigos simbólicos de instrução de programas escritos em uma lin-
guagem assembler para instruções em linguagem de máquina.
b) Traduz instruções de linguagem em alto nível.
c) Traduz e executa uma instrução de programa de cada vez.
d) Nenhuma das alternativas acima.
2. O software de sistemas atua como uma interface vital de software entre o hardware de
sistemas de computadores e os programas de aplicação dos usuários finais. Consiste
em programas que gerenciam e apoiam um sistema de computadores e suas atividades
de processamento de informações.
( ) Verdadeiro ( ) Falso
REFLEXÃO
Neste capítulo, vimos como o software de computador “dá vida” ao hardware, completando
o entendimento sobre infraestrutura de TI. Os programas que fazem com que o hardware
possa trabalhar e responder às necessidades humanas para as quais foram projetados. Pen-
94 • capítulo 3
se nos softwares e tente analisar quais deles envolvem você em seu dia a dia em casa, na
escola e no trabalho.
LEITURA RECOMENDADA
Artigo: Sistemas operacionais
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_operativo>
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Gerenciais. São Paulo: Prentice Hall. 2007.
O´BRIEN, J. A. Sistemas de Informação e as decisões gerenciais na era da Internet. São Paulo: Editora
Saraiva. 2004.
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
Agora que já aprendemos sobre os conceitos básicos de Tecnologia da Informação, infra-
estrutura de TI, com hardwares e softwares, que tal abordamos um assunto bem interes-
sante e útil às empresas? O gerenciamento de dados. Afinal, são estes dados que geram as
valiosas informações para as organizações. Assim, no nosso próximo capítulo veremos os
fundamentos da Inteligência de Negócios (BI) e o gerenciamento da informação e de banco
de dados. Vamos lá!
capítulo 3 • 95
4
Fundamentos da
Inteligência de Negócios:
Gerenciamento da
Informação e de Banco
de Dados
4 Fundamentos da Inteligência de Negócios:
Gerenciamento da Informação e de Banco de
Dados
Este capítulo introduz o conceito de informação dentro de uma empresa e sua
importância. Fazendo a distinção entre informações armazenadas em bancos
de dados transacionais e informações alojadas em sistemas corporativos de ar-
mazém de dados (data Warehouse, em inglês). O capítulo também apresenta
uma visão geral dos princípios dos bancos de dados e as etapas necessárias à
integração de vários bits de informação armazenados em múltiplos depósitos
operacionais com um repositório abrangente e centralizado de informações
resumidas, as quais podem se tornar uma poderosa inteligência de negócios.
Você deve entender a diferença entre informação transacional e informação
resumida e os diferentes tipos de questões que você responderia usando um
banco de dados transacional ou um armazém de dados corporativo. Você pre-
cisa estar ciente da complexidade de se armazenar dados em bancos e do nível
de esforço requerido para transformar dados operacionais em informações sig-
nificativas resumidas. Precisa também perceber o poder da informação e a van-
tagem competitiva que um armazém de dados traz a uma empresa em termos
de facilitação de inteligência de negócios. Compreender o poder da informação
ajudará você a se preparar para competir em um mercado mundial. Armado
com o poder da informação, você tomará decisões gerenciais inteligentes, atu-
alizadas e baseadas em dados.
OBJETIVOS
• Aprender sobre Inteligência de Negócios ou Business Intelligence (BI)
• Identificar os tipos de informações transacionais e analíticas
• Aprender sobre Mineração de Dados e BI
• Conhecer sobre a abordagem de banco de dados para gerenciamento de dados
• Aprender sistemas de gerenciamento de dados
• Aprender como usar banco de dados para melhorar o desempenho e a tomada de decisão
na empresa
• Aprender sobre gerenciamento dos recursos de dados
98 • capítulo 4
VOCÊ SE LEMBRA?
Qual foi a última vez que acessou algum tipo de dado em seu computador? Será que os
sistemas que você utiliza são dotados de bancos de dados? E os sites que acessa, você sabe
se possuem bancos de dados?
Sabemos que a informação é um ativo bem valioso para as empresas atualmente. Mas,
afinal, como essas informações são gerenciadas? Informações não são dados que foram
processados por sistemas? Pois bem, vamos aprender como esses dados são geridos e
conhecer sua potencialidade juntamente com a Inteligência de Negócios.
Analisar fatos e detectar tendências são um dos maiores desafios nas ativida-
des gerenciais voltadas à tomada de decisões e precisam ser realizados no mo-
mento certo. Esta é a ideia do BI (Business Intelligence), utilizar ferramentas
adequadas com dados disponíveis para conseguir extrair informações valiosas
a partir de um grande volume de dados.
A Inteligência de Negócios (BI, Business Intelligence) envolve as aplicações,
ferramentas e tecnologias que são utilizadas para a coleta, o acesso e a análise
de dados e informações com o foco principal nas tomadas de decisões. No livro
A Arte da Guerra, o autor Sun Tzu faz uma das primeiras referências à inteligên-
cia de negócios, pois afirma que, para se ter sucesso na guerra, é necessário ter
pleno conhecimento dos seus próprios pontos fortes e fraquezas, bem como
também dos de seus inimigos (BALTZAN, 2012 p. 234). Mas o conceito surgiu
na década de 1980 e é um termo do Gartner Group, uma consultora de negócios.
O BI necessita que os dados estejam devidamente organizados em um gran-
de repositório para que as informações possam auxiliar na tomada de decisão,
normalmente contidas em um data warehouse/data mart.
De acordo com Baltzan (2012) muitas empresas acham hoje ser quase im-
possível compreender suas próprias forças e fraquezas, e muito menos as de
seus inimigos, porque o enorme volume de dados organizacionais é inacessível
para todos, exceto para o departamento de TI. Dados da organização incluem
muito mais do que campos simples em um banco de dados; também incluem
capítulo 4 • 99
correio de voz, ligações telefônicas de clientes, mensagens de texto, clipes de
vídeo, juntamente com as inúmeras novas formas de dados.
Segundo Turban et al. (2008), o BI inicia-se no processo de transformação
de dados em informações, depois em decisões e, por fim, em ações.
As características e a finalidade do BI são inúmeras, mas poderíamos citar
a análise de dados contextualizados, a procura de relações de causa e efeito e o
uso da experiência aliado à hipóteses para tomada de decisões como importan-
tes utilização do termo. (LAUDON e LAUDON, 2007; TURBAN et al., 2008)
Na maioria das empresas, as decisões são baseadas em experiências, no co-
nhecimento acumulado e no princípio básico, mas às vezes também são basea-
das em fatos. Por exemplo, diariamente funcionários tomam decisões variadas,
podendo ser relacionadas à concessão de descontos a clientes, à produção de
novas peças, ao envio de campanhas por mala direta, à solicitação de materiais
adicionais, entre outros.
Estas ações podem representar um problema, pois a experiência, o conhe-
cimento e o princípio básico podem não ser padronizados entre funcionários
e levar anos para ser suficientemente desenvolvidos. Isso pode ter um grande
impacto no negócio, influenciando custos e receitas, o que sugere uma atenção
especial à qualidade das decisões. Para melhorar a qualidade dessas decisões,
os responsáveis pela área de TI podem fornecer a estes funcionários sistemas
de BI e outras ferramentas que sejam capazes de auxiliar na tomada de decisões
de qualidade, de forma eficiente, prática e segura, resultando em uma empresa
ágil e inteligente.
Baltzan (2012) cita algumas situações de uso do BI no auxílio a tomadas de
decisões mais inteligentes:
• Marketing: classificação de dados demográficos dos clientesque podem
ser usados para prever quais deles respondem a uma correspondência
ou compram um determinado produto.
• Varejo e vendas: prognóstico de vendas; determinação dos níveis de esto-
que corretos e horários de distribuição entre lojas e prevenção de perdas.
• Bancos: previsão de níveis de empréstimos ruins e utilização fraudulen-
ta do cartão de crédito; gastos com cartão de crédito de novos clientes e
quais tipos de clientes irão responder melhor (e se qualificar) à oferta de
um novo empréstimo.
100 • capítulo 4
• Gerenciamento de operações / previsão de falhas de máquinas: encon-
trar os fatores-chave que controlam a otimização da capacidade de pro-
dução.
• Serviços de corretagem e negociação de títulos: previsão de quando os
preços dos títulos irão mudar; prognóstico do intervalo de flutuação de
ações e do mercado global; e determinação de quando comprar ou ven-
der ações.
• Seguro: previsão do montante de dívidas e dos custos de cobertura mé-
dica; classificação dos elementos mais importantes no que se refere à
cobertura médica; prognóstico de quais clientes comprarão novas apó-
lices de seguro.
• Assistência médica: correlação dos dados demográficos de pacientes
com doenças críticas; desenvolvimento de uma melhor percepção sobre
os sintomas e suas causas e como fornecer tratamento adequado.
• Difusão: prever o que é melhor para ir ao ar em horário nobre e como
maximizar os retornos interpondo propagandas.
• Hardware e software: previsão da falha da unidade de disco; prognósti-
co de quanto tempo levará para criar novos chips; previsão de potenciais
violações de segurança.
capítulo 4 • 101
Já as informações do tipo analítica estão diretamente relacionadas à área
gerencial, envolvendo informações organizacionais que irão dar suporte e auxí-
lio à tomada de decisões importantes para finalidades específicas da empresa,
como, por exemplo, influenciar na decisão de contratação de pessoas para a
área de produção ou ainda ajudar no planejamento de vendas do próximo ano
(BALTZAN, 2012 p. 144).
As informações gerenciais, ou analíticas, são aquelas dotadas de qualidade
e organizadas de acordo com assuntos de interesse, alocadas em data warehouse
e Datamarts, com o propósito de auxiliar na tomada de decisão no menor tempo
possível, de maneira otimizada, capaz de identificar oportunidades ou amea-
ças relacionadas ao negócio para ajudar o gestor a tomar a melhor decisão (BO-
NEL, 2012).
Uma vez conhecidos os dois tipos de informações, transacionais e analíti-
cas, podemos visualizar sua aplicação nas fases do ciclo abaixo:
Coletar > ETL (Extração Transformação Carga) > Organizar > Monitorar >
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102 • capítulo 4
O valor da informação oportuna
capítulo 4 • 103
de Business Intelligence (BI), bem como o Data Warehousing e a análise OLAP
(On line Analytical Processing) (GONÇALVES, 2013).
A mineração de dados (data mining) é o processo de analisar dados para extrair in-
formações que não são fornecidas apenas pelos dados brutos. A mineração de dados
também pode começar em um nível de informação sumária (granularidade grossa) e
progredir mediante níveis crescentes de detalhes (drilling down), ou o contrário (drilling
up) (BALTZAN, 2012 p. 238).
104 • capítulo 4
A mineração de dados faz uso de tecnologias e algumas funcionalidades
especializadas em determinadas funções, como, por exemplo, ferramentas
de consulta, de análise mutltidimensional, de comunicação, na área estatís-
tica e também em agentes inteligentes (BALTZAN, 2012 p. 238).
A expressão “rico em dados, pobre em informação” é utilizada por vários
autores, como Han (2006), e apresenta a necessidade de se utilizar ferramentas
e técnicas adequadas para obter informações úteis a partir da coletas de dados,
o que torna a mineração de dados uma das tecnologias mais promissoras atu-
almente (LAROSE, 2005).
De acordo com os autores Camilo & Silva (2009, p. 2), a mineração de dados
pode ser aplicada de forma satisfatória em diferentes áreas, como pode ser vis-
to na tabela 3 a seguir:
capítulo 4 • 105
ÁREAS APLICAÇÕES DA MINERAÇÃO DE DADOS
106 • capítulo 4
Ainda segundo Baltzan (2012, p.239):
capítulo 4 • 107
e também a gestão do conhecimento. Vamos compreender melhor este fluxo
de dados, unindo um pouco do que já vimos até agora?
O processo geral dos dados está apresentado na figura 48. É um esquema
de Rainer (2012, p. 111) que nos mostra o processo iniciando-se com diversas
fontes de dados, a partir de diferentes bancos de dados (Dados A, Dados B, Da-
dos C), podendo ser dados internos, externos ou até mesmo pessoais. Após esta
coleta dos dados, eles são armazenados em bancos de dados e selecionados
para comporem a organização em um data warehouse ou em data marts para
serem então analisados. Na fase de análise, os dados podem ser acessados no
data warehouse ou por meio dos data marts, e estes irão oferecer condições para
que sistemas de informações gerenciais possam consultar os dados de maneira
organizada e global, representando todos os bancos de dados anteriores a ele,
permitindo, assim, o uso de ferramentas analíticas em busca de regras ou pa-
drões, caracterizando os sistemas inteligentes.
Metadados
Data warehouse
Data marts
Data marts
Resultados Visualização de
Decisões
Gestão do
dados conhecimento
Soluções Gerenciamento
SCM CRM E-commerce Estratégia
de documentos
108 • capítulo 4
Na fase de Resultados, que acontece após a fase de análise de dados, é pos-
sível ter acesso à visualização de dados, bem como já tomar decisões a partir
das informações que agora são emitidas e, consequentemente, pelo uso da in-
formação e aplicação do conhecimento, também é possível efetuar a gestão do
conhecimento.
A última fase, a de Soluções, ocorre a aplicação dessas decisões e conhecimen-
tos por meio de sistemas e práticas de gerenciamento, como nos sistemas de ge-
renciamento da cadeia de suprimentos (SCM), nos sistemas de gerenciamento do
relacionamento do cliente (CRM) e em outras frentes, como o gerenciamento de
documentos, comércio eletrônico (E-commerce), aspectos relacionados a estraté-
gias do negócio, entre outros.
Já que aprendemos o processo geral dos dados, vamos agora compreender
melhor o que seja um banco de dados.
De acordo com Laudon e Laudon (2011, p. 144), “um banco de dados é um
conjunto de arquivos relacionados entre si com registros sobre pessoas, luga-
res ou coisas”.
capítulo 4 • 109
CONEXÃO
Leia mais sobre redes de computadores em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_de_dados>
110 • capítulo 4
dos organizados e que minimizam alguns problemas como a redundância,
o isolamento e a incoerência dos dados. RAINER (2012, p. 111) ainda relata
que os sistemas de bancos de dados podem maximizar aspectos relaciona-
dos à segurança, integridade e independência dos dados.
Uma organização não pode concluir com sucesso a maior parte das atividades do ne-
gócio sem dados e sem a capacidade de gerenciá-los. Ela não poderia pagar os funcio-
nários, enviar contas, solicitar pedidos ao estoque ou produzir informações para auxiliar
os gerentes na tomada de decisão. Não esqueça: os dados são constituídos de fatos
brutos, como o número de funcionários e número de vendas. Para que os dados possam
ser convertidos em informações úteis, devem ser organizados de forma que tenham
significado (STAIR e REYNOLDS, 2012 p. 170).
capítulo 4 • 111
dos, em caso de falha do sistema. Por esses motivos, é recomendado que o seu
uso seja feito também por usuários qualificados e especializados, conhecidos
como administradores de banco de dados (DBA – database administrator).
112 • capítulo 4
Departamento Departamento Departamento
Vendas Financeiro RH
Sistema de Gerenciamento de
Banco de Dados
Vantagens
• Utilização estratégica aperfeiçoada dos dados corporativos: dados exa-
tos, completos e atualizados podem ser disponibilizados para os toma-
dores de decisão, quando, onde e na forma de que eles os necessitem. A
abordagem do banco de dados pode também dar maior visibilidade aos
recursos de dados da organização.
capítulo 4 • 113
• Redução na redundância de dados: o dado é organizado pelo SGBD e arma-
zenado em um único lugar, o que resulta em uma utilização mais eficiente
do espaço do sistema de armazenamento.
• Melhoria na integridade do dado: com a abordagem tradicional, algumas
mudanças não se refletiam em todas as cópias dos dados mantidas em
arquivos separados. A abordagem do banco de dados evita esse proble-
ma porque os arquivos separados não contêm cópias do mesmo dado.
• Modificação e atualização mais fáceis: o SGBD coordena as modificações
e atualizações dos dados. Os programadores e usuários não precisam
saber onde os dados estão fisicamente armazenados. O dado é arma-
zenado e modificado uma única vez. A modificação e a atualização são
também mais fáceis, porque o dado é normalmente armazenado em um
único lugar.
• Dados e independência do programa: o SGBD organiza os dados inde-
pendentemente do programa de aplicação, para que este programa não
seja afetado pela localização ou tipo de dado. A introdução de novos ti-
pos de dados irrelevantes para cada aplicação não exige uma reescrita
daquela aplicação para manter-se compatível com o arquivo de dados.
• Melhor acesso aos dados e informações: a maioria dos SBGD tem sof-
tware que torna fácil acessar e recuperar dados em um banco de dados.
Na maioria dos casos, os usuários dão comandos simples para obter
importantes informações. As relações entre registros podem ser mais
facilmente investigadas e exploradas e também facilitam as aplicações
combinadas.
• Padronização do acesso aos dados: uma abordagem padronizada, uni-
formizada de acesso ao banco de dados significa que todos os programa
de aplicação utlilizam os mesmos procedimentos gerais para recuperar
dados e informações.
• Estrutura para o desenvolvimento do programa: procedimentos padroni-
zados, de acesso ao banco de dados podem significar melhor padroniza-
ção do desenvolvimento do programa. Isso porque os programas passam
pelo SGBD para ganhar acesso aos dados no banco de dados. O acesso
padronizado ao banco de dados pode fornecer uma estrutura consisten-
te para o desenvolvimento do programa. Além disso, cada programa de
aplicação necessita voltar-se apenas para o SGBD, não para os arquivos
de dados reais, reduzindo o tempo de desenvolvimento de aplicação.
114 • capítulo 4
• Melhor proteção global dos dados: é mais fácil de monitorar e controlar
o acesso e a utilização de dados localizados centralmente. Os códigos de
segurança e as senhas podem garantir que apenas pessoas autorizadas
tenham acesso aos dados e às informações particulares no banco de da-
dos, assegurando, assim, a privacidade.
• Compartilhamento de dados e recursos de informação: o custo do har-
dware, do software e da equipe pode ser distribuído entre muitas aplica-
ções e usuários. Isso é uma característica primária do SGBD.
Desvantagens
• Maior complexidade: o SGBD pode ser difícil de implantar e operar. Mui-
tas decisões devem ser tomadas de forma devida para que o SGBD fun-
cione de forma eficaz. Além disso, os usuários precisam aprender novos
procedimentos para tirar proveito de todas as vantagens de um SGBD.
• Dificuldade de recuperação quando ocorrer falha: da abordagem tradi-
cional ao gerenciamento de arquivos, a falha em um arquivo afeta ape-
nas um único programa. Com um SGBD, uma falha pode fechar todo o
banco de dados.
• Custo elevado: a aquisição e a operação do SGBD podem ter custo ele-
vado. Esses custos incluem o custo do banco de dados e de equipe espe-
cializada, como um administrador, necessário para projetar e operar o
banco de dados. Hardware adicional também pode ser necessário.
capítulo 4 • 115
• Integração: a capacidade de ser integrado com outras aplicações e ban-
cos de dados.
• Fornecedor: a reputação e a estabilidade financeira do fornecedor do
banco de dados.
116 • capítulo 4
[...] ao analisar as informações das compras com cartão de crédito dos clientes, a Lou-
ise’s Trattoria, uma cadeia de restaurantes de Los Angeles, percebeu que a qualidade
era mais importante do que o preço para a maioria dos clientes, os quais tinham nível
universitário e apreciavam vinhos refinados. Agindo a partir dessa informação, a cadeia
introduziu pratos vegetarianos, estendeu as opções de frutos do mar e passou a ofere-
cer vinhos mais caros, o que elevou as vendas em mais de dez por cento (LAUDON e
LAUDON, 2011, p. 154).
Em uma grande empresa, com grandes bancos de dados ou sistemas para fun-
ções separadas, como manufatura, vendas e contabilidade, são necessários recur-
sos e ferramentas especiais para analisar vastas quantidades de dados e extraí-los
de múltiplos sistemas. Entre esses recursos estão o data warehousing (armazena-
mento de dados), o data mining (mineração de dados) e ferramentas para acessar
bancos de dados internos por meio da web.
De acordo com Baltzan (2012, p. 152), “as páginas em um website devem mudar
de acordo com o que o visitante está interessado em buscar”. Considerando
uma empresa que vende carros esportivos, por exemplo, é criado um banco de
dados com informações sobre todos os carros disponíveis no momento (marca,
modelo, detalhes do motor, ano, fotografias etc.). Se um visitante, por exemplo,
acessar um site que vende carros esportivos e selecionar a marca Porche, o ban-
co de dados exibirá as opções de carros desta marca e ainda poderá relacionar
outros carros com faixas de preços compatíveis à busca do interessado, fazendo
novas sugestões semelhantes. Dentro da área de administração segura no site, a
empresa pode modificar, adicionar ou remover carros do seu banco de dados.
capítulo 4 • 117
Um website baseado em dados é um site interativo constantemente atualizado e rele-
vante para as necessidades dos seus clientes mediante o uso de um banco de dados.
Esses websites são especialmente úteis quando o site oferece um grande número de
informações, bens ou serviços. Os visitantes, com frequência, irritam-se quando são
atolados de informações quando fazem buscas em um site. Um website baseado em
dados convida os visitantes a selecionar e visualizar, por meio de uma busca, o que eles
estão interessados. O website analisa a busca e, então, cria uma página personalizada
em tempo real que satisfaz a consulta (BALTZAN, 2012, p. 152).
118 • capítulo 4
• redução de custos de produção e atualização: um website baseado em da-
dos pode ser atualizado e “publicado” por um competente funcionário
da administração ou responsável pela entrada de dados. Além de serem
convenientes e mais baratas, mudanças e atualizações levarão uma fra-
ção do tempo em comparação com um site estático. Enquanto treinar
um programador competente pode levar meses ou até mesmo anos, con-
tratar um funcionário para realizar a entrada de dados pode ser feito em
30 a 60 minutos.
• mais eficiente: por natureza, os computadores são excelentes para man-
ter volumes de informação intactos. Como uma solução baseada em da-
dos, o sistema mantém registro dos modelos, para que os usuários não
tenham de fazê-lo. Mudanças globais de layout, de navegação ou da estru-
tura do site precisam ser programadas apenas uma vez, em um lugar, e o
próprio site toma conta da propagação dessas mudanças para as páginas
e áreas apropriadas. Uma infraestrutura baseada em dados melhora a
confiabilidade e a estabilidade do site, enquanto reduz, em grande parte,
a chance de ele ter um colapso quando novas áreas são adicionadas.
• estabilidade aperfeiçoada: qualquer programador que tenha de atualizar
um website de modelos estáticos deve ser bem organizado para não per-
der as fontes dos arquivos. Se um programador sair inadvertidamente, o
trabalho existente talvez tenha de ser refeito, no caso de esses arquivos
não serem encontrados. Além disso, se houver mudanças nos modelos,
um novo programador deve ter o cuidado de usar apenas a versão mais
recente. Com um website baseado em dados, há a tranquilidade de saber
que o conteúdo nunca estará perdido – ainda que o programador esteja.
capítulo 4 • 119
O que você faria se quisesse informações concisas e confiáveis sobre operações cor-
rentes, tendências e mudanças relativas à empresa inteira? Se você trabalha em uma
grande companhia, isso pode ser difícil, porque os dados geralmente são armazenados
em sistemas separados, como vendas, manufatura ou contabilidade Alguns dos dados
de que precisa estarão no sistema de vendas, e outros no de manufatura Para comple-
tar, muitos desses sistemas são legados com tecnologias de gestão de dados ultrapas-
sadas ou sistemas de arquivos nos quais a informação é de difícil acesso ao usuário.
Talvez você gaste dias e dias localizando e reunindo os dados necessários ou talvez
seja obrigado a tomar sua decisão com base em informações incompletas. Se estiver
pesquisando tendências, terá um problema adicional, porque a maioria das empresas
deixa apenas seus dados atuais imediatamente disponíveis, sendo difícil encontrar da-
dos sobre eventos passados. O data Warehousing combate todos esses problemas.
120 • capítulo 4
“O principal objetivo de um armazém de dados é agregar informações de uma empresa
em um repositório único, de maneira que os funcionários possam tomar decisões e
empreender atividades de análise de negócios”
(PHILIPS, 2012 p. 159)
Dados
operacionais
Dados de
clientes
Fontes
internas
Acesso e
Dados de Extrai e Data warehouse análise de
produção transforma dados
(ETL)
– Consultas e relatórios
Dados de – OLAP
clientes Diretório de – Data mining
informações
Empresas podem montar data warehouse organizacionais, nos quais um armazém cen-
tral de dados atende à organização inteira, ou podem criar armazéns menores, descen-
tralizados, denominados data marts. Data mart é um subconjunto de um data warehou-
se, no qual uma porção resumida ou altamente focalizada dos dados da organização é
colocada em um banco separado destinado a uma população específica de usuários.
Por exemplo, uma empresa pode desenvolver data marts de vendas e marketing para
tratar informações de clientes. Um data mart em geral focaliza uma única área de inte-
resse ou linha de negócios, de modo que pode ser montado com mais rapidez e a custo
mais baixo do que um data Warehouse de âmbito empresarial (LAUDON e LAUDON,
P. 2011 p. 155).
capítulo 4 • 121
Um data mart é um data warehouse pequeno, projetado para as necessida-
des do usuário final em uma unidade estratégica de negócios (UEN) ou um
departamento.
Os data marts são muito mais baratos que os data warehouses. Um data mart típico
custa algo em torno de R$ 100.000, enquanto que essa cifra sobe para a casa de R$
1 milhão ou mais para os data warehouses. Além disso, os data marts podem ser imple-
mentados mais rapidamente; em geral, em menos de 90 dias. Como contêm menos in-
formações que um data warehouse, os data marts fornecem uma resposta mais rápida
e são mais fáceis de entender e navegar. Finalmente, eles apoiam o controle local em
vez de central, conferindo poder ao grupo de usuários. Os data marts também permitem
que uma UEN construa seus próprios sistemas de apoio à decisão sem se apoiar em
um departamento de TI centralizado (RAINER, 2012 p. 126).
122 • capítulo 4
membros selecionados do departamento de Recursos Humanos e da folha de
pagamento teriam o direito de alterar e visualizar informações delicadas sobre
os funcionários, tais como número da Previdência Social ou salário, e esses de-
partamentos seriam responsáveis por assegurar a precisão de tais dados.
Caso trabalhe em uma empresa pequena, a política de informação talvez
seja estabelecida e implementada pelos proprietários ou gerentes. Em uma
grande organização, o planejamento e a gestão da informação como recurso
corporativo muitas vezes requerem uma função formal de administração de da-
dos. Esta área é responsável pelas políticas e pelos procedimentos específicos
pelos quais as informações podem ser gerenciadas como recurso organizacio-
nal. Essas responsabilidades incluem desenvolvimento da política de informa-
ção, planejamento de dados, supervisão do projeto lógico do banco de dados
e do desenvolvimento do dicionário de dados e monitoração de como os espe-
cialistas em sistema de informação e grupos de usuários finais utilizam essas
informações.
Uma grande organização também costuma ter um grupo de gestão e proje-
to de bancos de dados, dentro da divisão corporativa de sistemas de informação
responsável por definir e organizar a estrutura e o conteúdo do banco de dados e
também por sua manutenção. Em estreita colaboração com os usuários, o grupo
de projeto determina o banco de dados físico, as relações lógicas entre elementos
e as regras de acesso e procedimentos. As funções que o grupo desempenha são
chamadas de gestão de banco de dados.
ATIVIDADE
Vamos praticar um pouco os conceitos aprendidos. Responda às seguintes questões:
1. Explique as dificuldades do gerenciamento de dados.
2. Discuta os benefícios do data warehousing para os usuários finais.
3. Qual é a relação entre os bancos de dados e o data warehouse de uma empresa?
4. Estabeleça a diferença entre data warehouses e data marts.
5. Defina inteligência empresarial e como ela se relaciona com a tecnologia de banco de
dados.
6. Uma ferramenta de análise de informações que envolve a descoberta automatizada de
padrões e relações em um banco de dados é chamada de:
capítulo 4 • 123
a) armazém de dados.
b) análise preditiva.
c) mineração de dados.
d) inteligência de negócios.
e) data marts.
REFLEXÃO
Para refletir, quais seriam os princípios de um sistema de gestão de bancos de dados?
Um sistema de gestão de banco de dados (DBMS) é um software que permite a centra-
lização e a gestão de dados, de maneira que as empresas disponham de uma única fonte
consistente para todas as necessidades de informações. Um único banco de dados atende a
múltiplas aplicações. A mais importante característica do DBMS é sua capacidade de separar
as visões lógica e física dos dados.
Quais as principais ferramentas e tecnologias para extrair informações de ban-
cos de dados e, assim, melhorar o desempenho da empresa e a tomada de decisão?
As empresas dispõem de poderosas ferramentas para analisar e acessar as informações
dos bancos de dados. Um warehouse consolida dados atuais e históricos de vários sistemas
operacionais diferentes em um banco de dados central, projetado para proporcionar relató-
rios e análises. Os data warehouses suportam a análise multidimensional de dados, também
conhecida como processamento analítico on-line (OLAP). O OLAP representa os relaciona-
mentos entre os dados como uma estrutura multidimensional, que pode ser visualizada como
cubos de dados uns dentro dos outros, o que permite análises de dados mais sofisticadas O
data mining avalia grandes quantidades de dados, incluindo o conteúdo dos data warehouses,
a fim de encontrar padrões e regras utilizados para prever o comportamento futuro e orientar
a tomada de decisão. Ferramentas de mineração de texto ajudam as empresas a analisar
grandes conjuntos de dados formados por textos não estruturados Ferramentas de mine-
ração na web concentram-se na análise de parâmetros e informações úteis na World Wide
Web a partir da avaliação da estrutura dos sites, das atividades dos usuários na web e dos
conteúdos das páginas. Bancos de dados convencionais podem ser conectados à web ou a
uma interface da web para facilitar o acesso do usuário aos dados internos da organização.
124 • capítulo 4
LEITURA RECOMENDADA
O livro do casal Laudon apresenta vários casos com exemplos práticos seguidos de comen-
tários que irão fortalecer ainda mais seus conhecimentos. Leia principalmente o capítulo 10.
Outro livro que merece destaque é o do autor Rainer, em que, no capítulo 4, ele aborda
o assunto de gerenciamento de dados e gestão do conhecimento, trazendo também alguns
textos com casos de uso.
Entre vários sites existentes na internet, existe um rico de links e artigos, ferramentas e
grupos de discussão a respeito de inteligência nos negócios ou Business Intelligence. Confira
o endereço: <http://datawarehouse.inf.br>
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALTZAN, P. Sistemas de informação. São Paulo: AMGH, 2012. 369p.
CAMILO, O. C.; SILVA, J. C. Mineração de dados: conceitos, tarefas, métodos e ferramentas. UFGO,
Relatório Técnico, 2009. p. 28.
GONÇALVES, E. C. 2013. Data Mining – novos recusrsos nos sistemas de banco de dados. Disponível em:
<http://www.devmedia.com.br/data-mining-novos-recursos-nos-sistemas-de-banco-de-dados/5892>.
Acesso em: 11 jun. 2014.
HAN, J.; KAMBER, M. Data mining: Concepts and techniques. Elsevier, 2006.
LAROSE, D. T. Discovering Knowledge in data: an introduction to data mining. John Wiley and Sons, Inc,
2005.
LAUDON, K. C. e LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. 9. ed. São Paulo: Pearson Education
do Brasil. 2011.
capítulo 4 • 125
RAINER, R. Introdução a sistemas de informação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 454p.
STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação. 9ª ed. São Paulo: Cengage
Learning. 2012. 590p.
NO PRÓXIMO CAPÍTULO
Temos a certeza que você já ouviu falar em telecomunicações, infraestrutura de rede. Mas,
afinal, do que se trata? Qual sua real importância e como podemos analisar o impacto dessa
tecnologia nas nossas vidas, nas empresas e nos negócios?
É isso que abordaremos no próximo capítulo.
Até lá!
126 • capítulo 4
5
Telecomunicações,
Internet e
Tecnologia sem Fio
5 Telecomunicações, Internet e Tecnologia
sem Fio
Atualmente, praticamente tudo está conectado! Mas, afinal, quais são os meios
que as informações percorrem para deixar tudo integrado? Neste capítulo,
veremos o importante tema que define a infraestrutura de uma comunicação
numa rede. Abordaremos dois dispositivos físicos, as topologias de rede e o
funcionamento de uma rede, para que você possa compreender como as redes
conectam as pessoas. Veremos também a arquitetura de funcionamento da In-
ternet e iremos estudar seus principais conceitos.
OBJETIVOS
• Aprender sobre as telecomunicações e redes no mundo empresarial de hoje.
• Conhecer mais sobre redes de comunicação.
• Ver os principais conceitos sobre internet.
• Discutir sobre a revolução sem fio.
VOCÊ SE LEMBRA?
Será que é importante nos mantermos conectados atualmente, sob o ponto de vista empre-
sarial? Você já utilizou a internet hoje? Afinal, o que é mesmo a internet? Será que ela pode
ser considerada uma rede? Se sim, por onde estes dados trafegam e quais são as tecnolo-
gias envolvidas para que todo este volume de informação possa ser enviado a computadores
e realmente recebido por eles, em todo o mundo? Vamos compreender melhor estes concei-
tos para que possamos tirar o maior proveito dessas tecnologias e compartilhar ainda mais
informações de forma segura e eficiente na organização.
128 • capítulo 5
outras, surgiu a necessidade de melhorar a forma como estes computadores
trocavam dados. E, então, o conceito de interligação ou rede de computadores
passou a fazer muito sentido!
As empresas, no passado, usavam dois tipos de redes: redes telefônicas e
redes de computadores. Estas redes são (eram) fundamentalmente diferentes.
As redes telefônicas foram construídas ao longo do século XX por grandes com-
panhias no mundo todo. As redes de computadores foram sendo construídas e
interligadas por empresas que necessitavam interligar seus computadores para
trocas de informações.
Aos poucos, as duas redes foram se fundindo e, apesar de esta fusão ainda
não estar completa, hoje as redes de computadores e as redes de telefonias in-
terligam-se utilizando padrões da Internet para troca de informações.
ATIVIDADE 1
Antes de seguirmos, vamos fazer uma leitura sobre a importância da infraestrutura de comu-
nicações numa empresa.
capítulo 5 • 129
O McDonald´s planejou gastar US$ 1 bilhão por cinco anos para unir todas as suas ope-
rações em uma rede digital de tempo-real, global, baseada na Internet, chamada Innovate,
o projeto de Tecnologia da Informação mais dispendioso e extenso da história da empresa.
A sede queria criar um meio de controlar a qualidade fundamental que torna uma cadeia de
fast-food bem-sucedida: coerência. Portanto, os executivos precisavam saber o que estava
acontecendo nas lojas.
O Innovate foi projetado para ser uma rede baseada na Web com computadores e monito-
res conectados a cada equipamento de cada loja. As informações oferecidas instantaneamen-
te teriam dado aos executivos a capacidade de monitorar e possivelmente afetar, em tempo
real, a capacidade da empresa de levar um produto coerente para os clientes o mais rápido
possível. O Innovate também teria dado aos executivos uma visão geral do sistema inteiro a
qualquer minuto do dia. O McDonald’s esperava que o Innovate permitisse que seus execu-
tivos vissem, a qualquer momento do dia, como as vendas de qualquer produto em qualquer
loja estavam prosseguindo, onde os estoques de reserva estavam localizados, em qualquer
lugar entre suas lojas e as fábricas de seus fornecedores, e gerenciar suas lojas de acordo.
O centro do Innovate teria sido um sistema de planejamento de recursos empresariais
Oracle, que substituiria o sistema de contabilidade geral do antigo mainframe IBM da empresa
e os sistemas de finanças, gerenciamento da cadeia de fornecimento e recursos humanos da
empresa. A rede teria ligado todos os restaurantes da empresa e todos os seus mais de 300
fornecedores 24 horas por dia, sete dias por semana, ao sistema de back-office em sua sede.
O Innovate simplificaria o agendamento para os membros da equipe, pois o sistema diria
aos gerentes, por exemplo, exatamente quantos clientes pedem Big Macs ou Mac Fishes entre
rneio dia e 2 horas da tarde todos os dias da semana. O Innovate também agilizaria a remessa
de dados de treinamento e benefícios aos funcionários pela Web.
O McDonald’s esperava usar o Innovate para facilitar a vida para seus franqueados, gerando
automaticamente registros de temperatura, históricos para os relatórios de segurança de alimentos,
exigidos pelo FDA (Food and Drug Administradon). Ele também poderia alertar os proprietários no
evento de uma transação cancelada incomum no sistema de ponto de vendas da janela de drive-
-through (sugerindo que um membro da equipe poderia estar embolsando dinheiro em vez de
colocá-lo na caixa registradora).
Depois de apenas dois anos, porém, o McDonald´s perdeu US$ 170 milhões quando a
empresa descontinuou o Innovate. Embora a empresa tivesse mostrado pouca ou nenhuma
experiência em implementação de sistemas de informação em grande escala quando o Inno-
vate foi iniciado, seus executivos acharam que poderiam remodelar completamente toda a sua
infraestrutura básica de tecnologia.
130 • capítulo 5
O MacDonald´s se sentiu vítima das armadilhas clássicas que acontecem com corpora-
ções, tentando implementar e justificar projetos de sistemas de informação desse tamanho
pela primeira vez. A empresa tinha uma falta de experiência nessa área, pois nunca esteve na
ponta da tecnologia. Além do mais, seus executivos não entendiam de tecnologia e a tornaram
uma prioridade baixa para a empresa.
capítulo 5 • 131
Processadores de 4
Telecomunicações
1
2 3 2 5
Software de
Telecomunicações
PCs e
Outros Canais e Meios de Computadores
Terminais Telecomunicações
132 • capítulo 5
5.2.1 Classificação das redes quanto ao alcance
CONEXÃO
Recomendações 1
Leia mais sobre redes de computadores em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_computadores>
• PAN (Personal Area Network): trata-se de uma rede com alcance restrito.
Em geral, você pode conectar dispositivos numa PAN por meio de Bluetoo-
th (tecnologia de comunicação sem fio para dispositivos muito próximos
uns dos outros), por exemplo, ou por meio de infravermelho.
PAN
InfraRed
capítulo 5 • 133
• LAN (Local Area Network): uma LAN conecta computadores próximos e,
geralmente, internos a uma empresa. Um exemplo, na figura a seguir,
é a conexão de diversos subsistemas de uma empresa. Um sistema de
estoque, por exemplo, poderia solicitar ao setor de compras a compra de
mais materiais, pois o nível de estoque destes chegou a um valor crítico.
Um sistema de vendas poderia informar ao financeiro para efetuar a co-
brança de uma venda efetuada, à contabilidade para registros e à produ-
ção para iniciar a montagem do produto em questão.
Compras
Estoque
hub ou
switch
Contabilidade
Financeiro
Vendas
Produção
134 • capítulo 5
• MAN (Metropolitan Area Network): redes que cobrem cidades são cha-
madas de MAN. Em geral, conectam diversas LANs. Esta conexão pode
incluir tecnologias de comunicação diferentes e meios de transmissão
diferentes. No exemplo abaixo, temos uma rede que conecta diversos se-
tores de uma empresa. Veja que há meios de transmissão por cabo e sem
fio; além disso, há tecnologias de transmissão pela própria Internet ou
usando uma linha dedicada.
A Setor
Administrativo B Central de
Distribuição
Linha Dedicada
(fibra óptica, por exemplo)
C Fábrica D Fábrica
capítulo 5 • 135
• WAN (Wide Area Network): trata-se de uma rede que pode abranger cida-
des, estados, países ou um continente. Também chamada de rede geo-
graficamente distribuída. Nossa maior WAN existente é a Internet.
Manaus Belém
Recife
Salvador
Brasília
Belo Horizonte
ATIVIDADE 2
Faça uma pesquisa e apresente exemplos dos tipos de redes vistas. Por exemplo, podemos
dizer que um banco X possui uma rede metropolitana, pois suas operações se estendem a mais
de uma cidade. Apresente os exemplos com as devidas considerações e fontes das pesquisas.
136 • capítulo 5
CONEXÃO
Recomendações 2
Leia o artigo sobre rede metropolitana de alta velocidade em:
<http://www.rnp.br/newsgen/9911/rmav.html>
Rede em anel: todos os nós são unidos por uma cadeia circular. Todos os da-
dos percorrem um único sentido em torno do anel. Todos os dados são examina-
dos por cada nó para verificar se a ele pertence esta transmissão. Caso não per-
tença, é repassada ao próximo nó. Se um nó falha, o anel se rompe e a rede cai.
Figura 56
Fonte: Adaptado de (CÔRTES, 2008)
capítulo 5 • 137
Rede em barramento: existe uma linha única (BUS) em que todos os nós da
rede estão conectados. Os nós tentam enviar informações e, caso exista colisão
entre eles, simplesmente tentam de novo. Todos os nós “escutam” a rede e ve-
rificam se a informação a eles pertence. Em caso afirmativo, fazem uma cópia
dela. É possível adicionar e remover nós sem prejudicar o barramento.
Figura 57
Fonte: Adaptado de (CÔRTES, 2008)
CONEXÃO
Recomendações 3
Leia mais sobre estas diferenças em:
<http://www.infowester.com/Hubswitchrouter.php>
<http://www.abusar.org.br/Hub_e_switch.html>
138 • capítulo 5
Topografia em estrela
HUB
Figura 58
Fonte: Adaptado de (CÔRTES, 2008)
ATIVIDADE 3
Faça uma pesquisa e apresente exemplos das topologias de redes vistas. Qual topologia se
aplica à sua empresa ou ao seu local de trabalho? Por quê?
capítulo 5 • 139
A transmissão de sinais digitais envia dados como pulsos distintos (ou ligados ou desli-
gados) de uma maneira parecida como a forma de os dados trafegarem no computador.
No entanto, as redes de telefonia operam com sinais analógicos e, como boa parte da
infraestrutura da Internet se relaciona com estas redes, muitas vezes a conexão precisa
passar de um tipo de sinal para outro.
Digital signal
Analog signal
Figura 59
Para que um sinal digital possa ser enviado por uma linha telefônica (analó-
gica), por exemplo, é preciso que este sinal seja convertido na forma analógica.
Nesta conversão, podem ser alteradas a amplitude (altura da onda) ou a frequ-
ência (número de repetições num intervalo de tempo) do sinal. A conversão dos
sinais digitais em analógicos chama-se modulação, e o processo inverso cha-
ma-se demodulação. Para realizar a (de)modulação, é necessário um dispositi-
vo chamado modem.
No mundo da Internet, a função do modem não é apenas conversão de sinais.
Ele conecta você à rede mundial de computadores. O problema dos primeiros
dispositivos para este tipo de conexão foi, sem dúvida, a necessidade da trans-
missão de volumes maiores de dados num tempo menor. Os modems conven-
cionais mais modernos chegavam a uma taxa de 56.000 bps (bits por segundo).
140 • capítulo 5
Sinal Sinal Sinal
digital analógico digital
Modem Modem
Computador Terminal
capítulo 5 • 141
Dependendo da direção do fluxo de tráfego permitido, temos ainda as se-
guintes configurações:
• transmissão simplex: envia dados numa única direção apenas. Ex.: televi-
são, painéis de aeroportos (com chegadas e partidas) etc.
• transmissão half duplex: permite transmissões em qualquer direção, mas
apenas um sentido por vez. Ex.: conversa por rádio;
• transmissão full duplex: a transmissão pode ser feita em ambos os senti-
dos simultaneamente. Ex.: conversa telefônica.
142 • capítulo 5
BARAN IVO / WIKIMEDIA
Estação Estação
Emissora Emissora
de Micro-ondas de Micro-ondas
Estação Estação
Emissora Emissora
de Micro-ondas de Micro-ondas
capítulo 5 • 143
• transmissão por satélite: trata-se de uma outra forma de transmissão por
micro-ondas. Neste caso, o satélite age como uma estação de retrans-
missão. Assim, a estação terrestre envia e recebe sinais do satélite e um
transponder recebe e amplifica o sinal, modifica a frequência e retrans-
mite os dados. É uma forma útil quando os sinais devem percorrer mi-
lhares de quilômetros;
ADAPTADO DE (CAPRON E JOHNSON, 2004)
36 36
quilômetros
quilômetros
Estação Estação
terrestre terrestre
Terra
144 • capítulo 5
Como exemplo, vamos usar a seguinte situação descrita em (CAPRON e
JOHNSON, 2004) e que está relacionada à figura a seguir.
CONEXÃO
Recomendações 4
Veja mais sobre os padrões 802.11 em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/IEEE_802.11
<http://www.ieee802.org/11/>
Para a conexão das LANs, MANs, WANs, podemos usar os diversos tipos de meios com-
binando-os para cada necessidade específica.
capítulo 5 • 145
ADAPTADO DE (CAPRON E JOHNSON, 2004)
5
4
3
Sacramento
1 7
2
9
8
Savannah
146 • capítulo 5
• roteadores: são responsáveis por conectar grandes redes e decidir o ca-
minho de pacotes de dados até seu destino.
Protocolos de redes
Um protocolo de redes é um conjunto de normas para intercâmbio de dados
entre um dispositivo de rede e um computador ou entre dois computadores. Tra-
ta-se de um acordo sobre como se devem enviar dados e como o recebimento
deve ser confirmado.
Isto é necessário para que computadores de diferentes fornecedores se co-
muniquem. O exemplo mais “famoso” atualmente é o Transmission Control
Protocol/Internet Protocol (TCP/IP), que permite a qualquer computador comu-
nicar-se com a Internet.
Este acordo define, entre outras coisas, como será o padrão dos bits ou do sinal ana-
lógico que será lido e escrito nos transmissores e receptores (cabos, satélites etc).
ATIVIDADE 4
Você consegue dizer qual é o protocolo de rede para comunicação na Internet? É possível
definir apenas um protocolo?
capítulo 5 • 147
5.3 Software e redes
148 • capítulo 5
automático é um exemplo de EFT. Depósito direto de contracheques, cheques de be-
nefícios do governo etc. são uma aplicação de alto volume da EFT.
ATIVIDADE 5
Você consegue apresentar mais algum exemplo de aplicação sobre uma rede de computa-
dores?
5.4 Internet
capítulo 5 • 149
formações. Esta tecnologia também deveria ser resistente a falhas. O resultado
deste projeto foi a ARPANET, lançada em setembro de 1969. A ARPANET conec-
tava computadores em quatro localizações:
• UCLA;
• Stanford Research Institute;
• UC Santa Barbara;
• Universidade de Utah.
CONEXÃO
Recomendações 5
Assista aos vídeos sobre a história da Internet em:
http://videolog.uol.com.br/video.php?id=142573
http://www.youtube.com/watch?v=9hIQjrMHTv4&feature=player_embedded
150 • capítulo 5
• por meio de suas empresas, universidades ou centros de pesquisas que
tenham domínios próprios.
Backbone
Linha
telefônica
comum
capítulo 5 • 151
Figura 66
No Linux
Abra uma janela de terminal e digite nslookup.
Após isso, basta digitar o nome do domínio cujo IP deseja descobrir.
Figura 67
152 • capítulo 5
Quando um usuário envia uma mensagem a outro usuário da Internet, a men-
sagem é decomposta em vários pacotes por meio do TCP. Cada pacote contém
seu endereço de destino. Os pacotes são enviados a um servidor de rede, que
encaminha para quantos servidores forem necessários até que todos os pacotes
cheguem ao destino e a mensagem seja remontada.
Servidores
Como vai você? Como vai você?
A B C A B C
Z
C
A B C A
C B
C A B C
A B C Y
C A B C
X
C
C
Gateway Gateway
capítulo 5 • 153
Domínio-raiz
Domínios de
edu com gov org net primeiro nível
Domínios de
expedia google congress segundo nível
computer1.sales.google.com Computer 1
154 • capítulo 5
Para isso, a empresa precisa de uma arquitetura com sistemas back-end.
Esse tipo de sistema funciona no servidor como uma aplicação. Ele se conecta
a bases de dados, faz transações com outros sistemas etc. Além disso, você pre-
cisará de um servidor de aplicações que tratará o envio de informações de uma
aplicação cliente não apenas como requisições de páginas, mas como requisi-
ções de informações a programas.
Servidor
Servidor Sistemas
Cliente Internet Servidor de banco
de aplicativo back-end
de dados
PDA
• Navegador Web • Servidor
• Outro software Web (HTTP)
Cliente • Simple Mail Vendas
Transfer Produção
Protocol (SMTP) Páginas
Contabilidade
• Domain Name Web
RH
Serving (DNS)
• File Transfer
Protocol (FTP)
• Network News Arquivos
Transfer Protocol de
(NNTP) correio
capítulo 5 • 155
• comunicação instantânea (por texto ou voz);
• divulgação de notícias;
• gerenciamento de projetos;
• conectar aplicativos;
• etc.
CONEXÃO
Recomendações 6
Veja um menu interativo da Discovery com vários detalhes sobre a história da Internet.
<http://www.discoverybrasil.com/internet/interactivo.shtml>
156 • capítulo 5
Intranet da Filial
Internet
Intranet da Matriz
Extranet
Em geral, a conexão para uma extranet exige a chamada rede privada virtual
(VPN – Virtual Private Network).
Numa VPN, a conexão entre elementos computacionais é protegida. Assim,
você pode trafegar dados sobre a infraestrutura pública da Internet, protegen-
do-os com mecanismos de criptografia. Mesmo que algum “intruso” tente ob-
servar os dados, estes estarão “embaralhados” de maneira que não farão senti-
do algum.
capítulo 5 • 157
A C
Internet
Dados
Dados
Dados
Dados
B D
A World Wide Web (a web, www ou w3) é o que podemos chamar de o mais
conhecido serviço de internet. É um padrão universalmente aceito para arma-
zenar, recuperar, formatar e apresentar informações usando uma arquitetura
cliente / servidor. Neste padrão, páginas web são formatadas por meio do hiper-
texto que possui links, vinculando documentos.
Para “navegarmos” na web, precisamos de um browser (navegador). O sof-
tware faz requisições de objetos usando a arquitetura cliente / servidor na web.
O usuário precisa especificar um URL (Uniform Resource Locator), ou locali-
158 • capítulo 5
zador uniforme de recursos, para acessar um site que esteja disponível e aces-
sível na web. Por exemplo, o URL para o site da empresa Google seria: <http://
www.google.com>, sendo que HTTP significa protocolo de transferência de hi-
pertexto – Hypertext Transport Protocol, que é um protocolo de comunicação
de dados na web. O restante (www.google.com) representa o nome do domínio
que identifica o servidor web onde está armazenado o site em questão, enviado
como requisição a partir de um navegador (browser).
Com a Web 2.0, os serviços ficaram mais robustos e várias possibilidades
foram incrementadas, permitindo, principalmente, um ambiente colaborativo
com recursos de compartilhar informações entre usuários. Já a web 3.0, conhe-
cida como web inteligente ou web semântica, traz recursos capazes de interagir
ainda mais com os usuários, por meio de dados que, juntamente com os re-
cursos dos navegadores, permitem cada vez mais os sistemas conheçam seus
usuários, filtrando informações de acordo com seus interesses e executando
técnicas de inteligência artificial. Com isso, a web 3.0 torna-se paulatinamente
mais inteligente a ponto de “saber o que procuramos ou precisamos”.
capítulo 5 • 159
outros consumidores. O modo de fazer negócios, de estudar o concorrente, de
lançar produtos, de vender, de comprar, de praticamente qualquer coisa hoje
em dia foi seriamente impactado pelas tecnologias sem fio.
Vamos conhecer algumas noções sobre e-business e e-commerce; assuntos
responsáveis por movimentar cifras de bilhões de dólares num ritmo crescente
a cada ano.
ATIVIDADE 6
Amazon.com – o rei do e-tailing
(TURBAN, JR. e POTTER, 2005)
O Empreendedor e pioneiro no e-tailing Jeff Bezos, vislumbrando o imenso potencial para
vendas de varejo pela Internet, selecionou livros como o produto mais lógico para e-tailing.
Em julho de 1995, Bezos iniciou o Amazon.com, oferecendo livros por meio de um catálogo
eletrônico a partir de seu Web site. Os principais recursos oferecidos pela superloja “Amazon.
com” foram ampla seleção, preços baixos, busca e pedido fácil, informações úteis sobre o pro-
duto e personalização de produtos, sistemas de pagamento seguros e atendimento eficiente
do pedido. Logo cedo, reconhecendo a importância do atendimento do pedido, a Amazon.com
investiu centenas (e milhões de dólares na montagem de depósitos físicos projetados para
remeter pequenos pacotes a centenas de milhares de clientes).
No decorrer dos anos desde sua fundação, a Amazon.com melhorou continuamente seu
modelo de negócios, melhorando a experiência do cliente. Por exemplo, os clientes podem
personalizar suas contas Amazon e gerenciar pedidos on-line com o recurso de pedido “One-
Click” patenteado. Esse serviço personalizado inclui uma carteira eletrônica, permitindo que
os compradores façam um pedido de maneira segura, sem a necessidade de entrar com seu
endereço, número de cartão de crédito, e assim por diante, toda vez que eles comprarem. O
One-Click também permite que os clientes vejam Status de pedido e façam mudanças nos
pedidos que ainda não entraram no processo de envio.
Além disso, a Amazon acrescentou serviços e alianças para atrair clientes a fazerem mais
compras, Por exemplo, a empresa agora oferece bens especializados, como sua loja profissio-
nal e técnica. Ela também está expandindo suas ofertas além de livros. Por exemplo, em junho
de 2002, ela se tornou revendedor autorizado da Sony Corpo. para vender produtos Sony
160 • capítulo 5
on-line. Hoje, você pode encontrar quase todo produto que vende bem na Internet, desde
produtos de beleza até produtos esportivos e carros.
A Amazon possui mais de 500.000 parceiros afiliados que enviam clientes para Amazon.
com. A Amazon paga de 3% a 5% de comissão por qualquer venda resultante. Outra extensão
de seus serviços, em setembro de 2001 a Amazon assinou um acordo com a Borders Group
Inc., oferecendo aos usuários do Amazon a opção de apanhar livros, CDs etc. nas livrarias
físicas da Borders. A Amazon.com também está se tornando um contratante pela Web para
cadeias nacionais como Target e Circuit City.
Em janeiro de 2002, a Amazon.com declarou seu primeiro lucro – para o quarto trimestre
de 2001 – e isso veio acompanhando de um primeiro trimestre lucrativo de 2002. Mesmo as-
sim, seu sucesso financeiro de forma alguma estaria assegurado: a empresa sustentou perdas
operacionais no segundo e terceiro trimestres de 2002, embora elas fossem menores do que
as perdas nos mesmos trimestres dos anos anteriores. No quarto trimestre de 2002, a empre-
sa novamente obteve lucro; 2003 foi o primeiro ano com lucro em cada trimestre. Como todas
as empresas, e especialmente todas as empresas de e-tailing, a Amazon.com continuará a
caminhar pela tênue linha de lucratividade pelo futuro previsível.
capítulo 5 • 161
A figura a seguir exibe uma estrutura de e-commerce desenvolvida pela Sun
Microsystem e seus parceiros de negócio (O´BRIEN, 2004). Esta organização
lógica apresenta:
• A infraestrutura da rede de negócios (ou base do e-commerce) é baseada
em Internet, intranets e extranets.
• Os clientes possuem um conjunto de serviços como o catálogo de produ-
tos do comerciante, informações sobre a empresa, comunicações (como
notícias) etc.
• Os clientes também devem possuir um conjunto de serviços seguros
para processamento de transações (como a efetivação da compra, o pro-
cesso de pagamento etc.).
• Para isso, um dos pontos importantes é a autenticação do cliente,
ou seja, o cliente precisa possuir credenciais que o identifiquem no
sistema.
Bancos de dados em
multimídia
Funcionários Remotos Servidor de
Funcionários Comunicações
internos
Impulso de Informações Groupware /
Mensagens
Navegação / Pesquisa
Administração de
Clientes Perfis / Uso e análise documentos
da rede
Produtividade na rede
Propaganda e no escritório
Mensagens seguras
Servidor do comerciante
Autenticação
Catálogo
Informações Ferramentas de
Comunidade online Herança /
criação / Administração
Extranet
Banco de dados de
contas de clientes
162 • capítulo 5
• Os parceiros comerciais contam com a Internet e extranets para troca de
informações e transferência eletrônica de dados (EDI), além de conexão
de cadeias de suprimentos, conexões com bases de dados e sistemas fi-
nanceiros.
• Os funcionários da empresa contam com serviços e recursos disponíveis
na intranet da empresa, como ferramentas de colaboração para troca de
mensagens, administração de documentos, ferramentas de produtivida-
de no escritório, dentre outras.
• Além disso, a empresa conta com ferramentas de software como bancos
de dados de clientes, gerenciadores de cadeias de suprimento, sistemas
integrados, sistemas para apoio à decisão, que auxiliam na própria ges-
tão da empresa, seus clientes, seus parceiros, enfim, em todo o negócio.
capítulo 5 • 163
Em geral, associamos os sistemas de comércio eletrônico ao caso abaixo:
Servidor do
Navegador
Negociente
do Cliente
na Web
Veja que temos o cliente usando seu navegador para acessar o portal de co-
mércio eletrônico (e, assim, o servidor Web da empresa), escolher produtos, adi-
cioná-los em seu carrinho de compras e efetuar o pagamento dos mesmos para
poder efetivar a operação. O servidor de pagamento pode até ser um servidor de
terceiro, contratado pela empresa para gerenciamento de pagamentos apenas.
Para finalizar nossa discussão e falar sobre as novas tecnologias, vamos ler o
artigo a seguir.
164 • capítulo 5
ATIVIDADE
O Google conquista o mundo!
(LAUDON e LAUDON, 2007)
Quando podemos dizer que uma marca é um sucesso completo? Talvez quando a marca
em si substitui o propósito para o qual é utilizada. Alguns anos atrás, se você perguntasse a
um internauta norte-americano como encontrar o endereço de um site em particular, ele ou
ela provavelmente o aconselharia a usar uma máquina de busca. Hoje, a resposta seria sim-
plesmente “Procure no Google”.
A ascensão do Google foi rápida e avassaladora. Os fundadores da empresa, Sergey Brin
e Larry Page, conheceram-se em 1995, como colegas de faculdade da Universidade Stanford,
onde estavam fazendo o doutorado em ciência da computação. Eles descobriram um interes-
se em comum: o desafio de filtrar informações relevantes em grandes conjuntos de dados. Sua
colaboração resultou em uma máquina de busca, concebida em seus dormitórios no campus,
que eles denominaram BackRub, porque produzia resultados de busca com base em links
reversos, isto é, links que apontavam para trás (back) para uma página Web particular. A má-
quina combina as tecnologias do sistema PageRank, de Larry Page, que avalia a importância
de uma página com base nos links externos que apontam para ela, e o Web crawler de Sergey
Brin, que visita sites e registra um resumo de seu conteúdo.
Brin e Page incorporaram seus projetos sob o nome Google em 1998, após levantar 1
milhão de dólares entre amigos, familiares e investidores de risco. O primeiro escritório do
Google fora dos alojamentos da Stanford foi uma garagem em Menlo Park, Califórnia. No
fim de 1998, o Google, que ainda estava na fase de testes beta, recebia 10 mil consultas de
busca por dia. A reputação do Google como uma máquina de busca eficiente se disseminou
rapidamente boca a boca e, no primeiro semestre de 1999, o site já estava recebendo 500 mil
consultas por dia sem ter feito nenhuma propaganda.
Durante os anos seguintes, o Google continuou a se expandir e contratar os melhores espe-
cialistas em tecnologia da informação, muitos deles estudantes de pós-graduação do Departa-
mento de Ciência da Computação da Stanford. A AOL/Netscape escolheu o premiado serviço
para suas próprias buscas, aumentando a taxa de uso para 3 milhões de buscas por dia. No se-
gundo semestre de 1999, a empresa levou seus 39 funcionários para a nova sede Googleplex,
em Mountain View, Califórnia. A máquina de busca também saiu oficialmente do estágio beta.
Em 2000, o índice Google incluía 1 bilhão de páginas Web. Mas o seu escopo e popularidade
estavam apenas engatinhando.
capítulo 5 • 165
Desde a metade de 2005, o Google vasculha um índice com mais de 8 bilhões de páginas
Web. Esse índice também inclui 1 bilhão de imagens e 1 bilhão de mensagens de grupos de dis-
cussão Usenet. Além de buscar páginas Web, os usuários do Google.com podem buscar arquivos
PDF, PostScript, de texto, Microsoft Office, Lotus, PowerPoint e Shockwave. O Google diz ser um
dos cinco sites mais populares da Internet, com mais de 80 milhões de usuários únicos por mês e
mais de 50% do tráfego vindo atualmente de fora dos Estados Unidos. A empresa emprega mais
de 3 mil pessoas para cumprir sua missão de “organizar as informações mundiais e torná-las uni-
versalmente acessíveis e úteis”. Para encontrar as potenciais fragilidades na abordagem de negócios
do Google, é necessário examinar primeiro as forças da empresa. Duas fontes principais respondem
pela maior parte da receita do Google: a publicidade on-line e os serviços de busca on-line. A Google
Search Services possibilita às organizações incluir a máquina de busca Google em suas próprias
páginas Web. Trata-se de um contrato simples de licenciamento de tecnologia — algo não muito
original, mas lucrativo, considerando-se que a máquina de busca é tida por muitos como a melhor
entre as disponíveis. O lado do Google, que, na verdade, impulsionou seus lucros e seu cres-
cimento fenomenal, é o programa de publicidade. Em uma fração de segundo, a tecnologia
Google pode avaliar milhões de variáveis sobre seus usuários e anunciantes, correlacioná-las
com milhões de anúncios potenciais e apresentar a mensagem certa para o usuário com mais
probabilidade de reagir favoravelmente a ela. Como essa tecnologia torna os anúncios mais
relevantes, os usuários clicam em anúncios 50% a 100% mais frequentemente no Google do
que no Yahoo!, o que garante melhor retorno para os anunciantes. Em 2005, o Google faturou
mais de 6 bilhões de dólares com anúncios.
Em 2000, o Google lançou o AdWords, um programa de publicidade self-service ao qual
os fornecedores aderem on-line usando um cartão de crédito. Os anunciantes pagam para ter
seus anúncios exibidos na barra lateral dos resultados de buscas por palavras-chave específicas.
Em 2002, o AdWords Select introduziu o conceito de preço de custo-por-clique (CPC), para que os
anunciantes pagassem pelos anúncios apenas quando os usuários efetivamente clicassem sobre eles.
O Google determina a exibição dos anúncios por meio de uma combinação entre as taxas de CPC
e de click-through (número total de diques); assim, os anúncios mais relevantes para um conjunto de
palavras-chave aparecem nas posições mais destacadas. O AdWords oferece ampla exposição porque
os anúncios direcionados por palavra-chave aparecem por toda a Google Network, o que inclui America
Online, Netscape Netcenter, Shopping.com, Ask Jeeves, The New York Times na Web e mais de uma
dezena de sites com forte presença na Internet.
O número de anunciantes ativos do programa AdWords ultrapassou os 100 mil no início de 2003.
No entanto, o programa esteve sob fogo cruzado recentemente, por ser vulnerável a práticas mal-
-intencionadas de manipulação. Especificamente, empresas inescrupulosas podem usar uma
prática conhecida como “fraude do clique” para aumentar os custos dos anúncios de seus
166 • capítulo 5
concorrentes. Uma empresa cujo anúncio recebe centenas de diques de fontes que não têm
a intenção de fazer uma compra pode esgotar seu orçamento de marketing rapidamente, sen-
do obrigada a suspender qualquer forma de publicidade e ficando, assim, em desvantagem
competitiva.
O problema cresceu tanto que fez surgir empresas dedicadas a detectar diques fraudu-
lentos. Empresas que vendem a publicidade direcionada por palavra-chave, como o Google
e seu concorrente Yahoo!, reconhecem o problema, mas não lhe dão uma resposta objetiva.
O Google reembolsa os clientes pelos diques inválidos, além de manter um sistema para
detectar fraudes antes que os clientes sejam cobrados. Por questões de segurança, o Google
não divulga aos anunciantes detalhes sobre seus métodos antifraude. A empresa também
não quer expor a tecnologia de vigilância em uso, porque isso poderia dar aos infratores uma
vantagem a mais. Nem o Google nem o Yahoo! comentam casos específicos de fraude. Ambas
as empresas mostram-se dispostas a trabalhar com detectores de fraude independentes, mas
ainda são criticadas por sua irresponsabilidade e ineficiência diante do problema.
Enquanto os clientes de publicidade estão preocupados com os ataques fraudulentos da con-
corrência, o Google precisa ocupar-se com as ofensivas legítimas de seus próprios rivais — e não
são poucos. Pequenas e grandes empresas estão em posição de ataque para tirar a supremacia
do Google no mercado de máquinas de busca. Liderando a artilharia está ninguém menos do que a
desenvolvedora de software número um do mundo, a Microsoft. A Microsoft tem por hábito abalar e
destruir seus concorrentes, explorando o fato de que o seu sistema operacional Microsoft Windows
se encontra em 95% dos 6 bilhões de computadores pessoais existentes no mundo. Netscape
Navigator, Lotus 1-2-3 e WordPerfect foram todos derrotados dessa maneira. No entanto, o Goo-
gle mostrou-se um adversário tão formidável que Bill Gates, frustrado, está dirigindo pessoalmente
as reações estratégicas de sua empresa. Gates viu o Google suplantar a Microsoft como o nome
tecnológico do momento, e a ação tecnológica do momento, bem debaixo de seu nariz. Houve até
mesmo uma significativa migração de funcionários da Microsoft para o Google.
Na maior parte da sua existência, o MSN, o portal Web da Microsoft, terceirizou seus meca-
nismos de busca. A tecnologia de busca nunca foi considerada algo lucrativo, até que o Google
desenvolveu seu rentável programa de anúncios direcionados, de mãos dadas com sua renomada
máquina de busca. Em 2003, Chris Payne, um funcionário da Microsoft, convenceu Gates a apro-
var um projeto de 18 meses e 100 milhões de dólares para desenvolver a própria máquina de bus-
ca da Microsoft. O MSN Search foi lançado em novembro de 2004, com o auxílio de uma campa-
nha promocional de 150 milhões de dólares. No entanto, nos seis primeiros meses, o MSN Search
fez apenas um estrago marginal no mercado, respondendo por 13% das solicitações de busca em
todo o mundo. Contudo, esses 13% podem crescer facilmente para 25% com a introdução do
novo sistema operacional Windows Vista.
capítulo 5 • 167
A Microsoft planeja incorporar a tecnologia de busca no Windows Vista e nas futuras
versões do Office. Para a empresa, esses aperfeiçoamentos tornarão antiquada a ideia de ir a
uma página Web para fazer uma consulta e receber centenas de combinações possíveis. Duas
outras áreas nas quais a Microsoft pode desbancar o Google são as buscas contextualizadas
e as buscas na Web oculta. Ao personalizar sua tecnologia de busca, uma máquina de busca
pode retornar resultados que combinem precisamente com o contexto da consulta do usuário.
O Google lançou uma ferramenta de busca personalizada que leva em conta as buscas an-
teriores do usuário ao retornar os resultados. O efeito cumulativo se traduz em resultados mais
relevantes.
O conceito de Web oculta refere-se à imensa quantidade de documentos e dados que existem
nos servidores do mundo todo, mas não estão disponíveis para o público em geral e não podem
ser indexados pelas máquinas de busca. Alguns desses dados têm direitos autorais protegidos, en-
quanto outros estão simplesmente armazenados muitas camadas abaixo da superfície dos bancos
de dados, emergindo apenas quando solicitados especificamente por meio de um formulário de
site. Estima-se que a Web oculta seja 500 vezes maior que a Web visível. Como Gates dispõe de
capital para comprar os direitos do material protegido e sua empresa possui formidáveis softwares
de gestão de direitos digitais, a Microsoft é vista como uma boa candidata a se tornar uma porta
de acesso à Web oculta. Uma máquina de busca desenvolvida pela Dipsie, empresa com sede
em Chicago, alega poder rastrear uma grande parcela dos 99% da Web que a maior parte das
máquinas de busca não consegue acessar.
A lista de candidatos ao trono do Google também inclui pequenas empresas como Teoma e
Mooter. O Teoma, que pertence ao Ask Jeeves, não classifica os sites com base no número de links
que apontam para eles. Em vez disso, analisa as comunidades que se desenvolvem espontaneamen-
te em torno de um assunto particular na Web; depois, baseia suas classificações no número de pági-
nas sobre o mesmo assunto que apontam para determinado site. O Teoma acredita que essa técnica
torna os resultados mais abalizados, enquanto os do Google seriam mais propriamente uma disputa
de popularidade. O Teoma — ‘especialista’, em gaélico — foi criado por cientistas da computação da
Universidade Rutgers, liderados por Apóstolos Gerasoulis.
A Mooter, uma start-up australiana fundada por Liesl Capper, usa princípios de psicologia,
softwares e tecnologia de rede neural (veja o Capítulo 10) para tornar as buscas na Web mais
pessoais. Capper e seus sócios, Jondarr Gibb e John Zakos, criaram um algoritmo classificador que
aprende com as escolhas que um usuário faz ao trabalhar com os resultados de busca. Primeiro os
resultados são exibidos em grupos, de maneira que o usuário possa imediatamente afunilar a busca
até sua categoria de interesse. O Mooter se lembra de quais grupos o usuário escolheu e, então,
ajusta os resultados futuros para que obedeçam ao padrão de interesse.
168 • capítulo 5
A Microsoft difere desses empreendimentos menores na medida em que sua batalha pela
participação de mercado do Google vai além das máquinas de busca. Para a Microsoft, o Google
deixou de ser uma empresa de tecnologia de busca e é, hoje, uma empresa de software capaz
de ameaçar os mercados dominados por ela, como o de sistemas operacionais e produtividade
pessoal. No passado, a Microsoft driblou a concorrência fixando preços de maneira estratégica e me-
lhorando seus produtos; além disso, vinculava seus produtos de tal maneira que eles se tornavam os
mais convenientes de usar. A integração do navegador Web Internet Explorer ao sistema operacional
Windows, por exemplo, significou o fim da Netscape. Talvez não seja tão fácil para a Microsoft fazer o
mesmo com o Google. Outros fabricantes de software tiveram de confiar no Windows como a pla-
taforma sobre a qual rodam seus produtos. O Google está distribuindo seus programas baseados
em Linux gratuitamente, pela Internet.
O Google está sempre buscando novas maneiras de crescer. Seu programa AdSense vas-
culha páginas Web em busca de palavras-alvo e exibe anúncios apropriados, permitindo que os
operadores do site lucrem com ele. A empresa também lançou a barra de ferramentas Google, com
a qual o internauta pode usar o índice Google sem ter de visitar a home-page. A barra de ferramen-
tas também oferece uma das mais antigas proteções contra anúncios pop-up. O índice de busca
por imagens do Google foi lançado em 2001 com 250 milhões de imagens arquivadas (agora
são mais de l bilhão). Em 2002, nascia o Google Labs, permitindo que os usuários mais curiosos
testassem as novas iniciativas da empresa on-line, enquanto elas ainda estavam em desenvol
vimento. Ainda naquele ano, apareceu o Google News, que se tornou o primeiro serviço de notícias
da Internet compilado totalmente por algoritmos computacionais. Em seguida veio o Google News
Alerts, que permite aos assinantes receber alertas personalizados de notícias por e-mail.
Em abril de 2004, o Google anunciou o Gmail, um serviço de e-mail baseado na Web,
que oferece um gigabyte de armazenagem on-line gratuita, um espaço sem precedentes na
época. Graças a uma campanha de marketing virai, o Gmail se tornou uma cobiçada commo-
dity. Enquanto o serviço estava em versão beta, a única maneira de obter uma conta Gmail era
receber um convite de alguém que já fosse usuário. O Google voltou à boca do povo no fim
de 2004, quando lançou o Google Desktop Search, um programa que podia ser baixado e era
capaz de buscar arquivos pessoais no computador, incluindo e-mails, arquivos de produtivi
dade, históricos de navegação e mensagens instantâneas. Esse lançamento foi uma afronta
particular à Microsoft, que demorou dois meses para oferecer uma ferramenta parecida. Entre
outros serviços populares que o Google lançou estão o Froogle, um localizador de produtos
de consumo, e o Google Maps, que inclui mapeamento dinâmico on-line e fotos de satélite
para endereços que podem ser buscados. O Google também adquiriu e melhorou o software
de gerenciamento de fotos digitais Picasa, que pode ser baixado gratuitamente, e introduziu
capítulo 5 • 169
um serviço de comunicação por voz e mensagens instantâneas gratuito para computadores
pessoais, o Google Talk.
Nem todos os produtos Google foram recebidos com entusiasmo unânime. O Gmail, por
exemplo, atraiu a ira dos defensores da privacidade, porque usa a mesma tecnologia do Ad-
Sense para exibir anúncios ao lado das mensagens. A seleção de anúncios se baseia no texto
real das mensagens, o que significa que todas as mensagens do Gmail são lidas por um escâ-
ner automatizado. Em 2005, o Google irritou alguns membros da indústria de entretenimento
ao arquivar fotos de programas televisivos para testar seu novo serviço de busca Google
Vídeo. Segundo executivos do ramo de entretenimento, o Google havia sido desrespeitoso
por não pedir licença para usar materiais protegidos por direitos autorais. A empresa enfrentou
críticas similares quando pensou em digi-talizar o conteúdo de milhões de livros. Foi ainda
processada por uma agência de notícias francesa por possíveis violações de direitos autorais
no Google News.
Os planos de iniciar um serviço de pagamento eletrônico on-line indicam que a próxima meta
do Google é tornar-se um grande comerciante de mídia. Permitir que os usuários busquem e de-
pois reproduzam programas de TV, eventos esportivos, clipes e vídeos musicais pode requerer
estratégias de negócio que a empresa ainda não teve de empregar ao lidar com informações gra-
tuitas. O Yahoo! e a Microsoft já acumulam anos de experiência na negociação com provedores de
conteúdo, que se preocupam particularmente com a pirataria na era digital. Eric Schmidt, o CEO
do Google, diz que a busca de vídeo e seus respectivos direitos “serão a principal preocupação do
Google durante anos”. Nesse meio tempo, a empresa continuará a inovar em seu negócio central.
Schmidt estima que o Google levará 300 anos para organizar todas as informações do mundo.
170 • capítulo 5
ATIVIDADE
1. Descreva as características principais das redes de comunicação.
3. Por que podemos dizer que a Internet (e toda sua infraestrutura) facilita a comunicação
e o comércio?
REFLEXÃO
Nesse capítulo, vimos como a infraestrutura de conexão de redes de computadores pode
transmitir informações entre vários tipos diferentes de dispositivos. Por meio dessa infraes-
trutura, nós mantemos vários serviços importantes, e não apenas a nossa navegação na web.
Pense e pesquise como seria o mundo sem essa infraestrutura hoje. E se falhar? São
bancos, companhias de energia, órgãos do governo, todos conectados numa grande, muito
grande infraestrutura de comunicação.
LEITURA RECOMENDADA
Livro técnico: Redes de computadores, de Gabriel Torres. Para aqueles que quiserem
mais detalhes técnicos de funcionamento das redes de computadores, este é um livro inte-
ressante. Veja abaixo indicações no site do próprio autor (Clube do Hardware):
<http://www.clubedohardware.com.br/pagina/livro19>
capítulo 5 • 171
Livro: Sistemas de Informação e as decisões gerenciais na era da Internet, de O´Brien. Livro
também abrangente, com diversos temas relacionados à TI. Para mais informações, veja as
Referências.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à informática. São Paulo: Pearson Prentice Hall. 2004.
O’BRIEN, J. A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da internet. São Paulo: Editora
Saraiva. 2004.
RAINER, R. Introdução a sistemas de informação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 454p.
TURBAN, E.; JR., R. K. R.; POTTER, R. E. Administração de Tecnologia da Informação. Teoria e prática.
Rio de Janeiro: Campus. 2005.
172 • capítulo 5