Agropecuaria e
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Agropecuária
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
GEOGRAFIA
Agropecuária
Sumário
Júlio Santos
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Agropecuária.. ................................................................................................................................... 4
O Estudo da Agricultura. . ................................................................................................................ 4
Agricultura Mundial. . ..................................................................................................................... 10
Agricultura de Subsistência.. ........................................................................................................12
Agricultura Comercial ou Especulativa......................................................................................13
Agricultura Orgânica (Biológica)................................................................................................ 22
Permacultura.................................................................................................................................. 23
Agricultura Natural.. ...................................................................................................................... 24
Produtos Agrícolas no Mundo.. ................................................................................................... 28
Principais Países Líderes em Produção Agrícola.................................................................... 29
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Apresentação
Olá, caro(a) aluno(a)!
É o nosso oitavo, isso mesmo, oitavo encontro e já estamos na fase final do curso de Geo-
grafia Geral. Espero, do fundo do coração, que as aulas estejam sendo proveitosas. A aula de
hoje refere-se ao estudo da agropecuária: sistemas agrícolas, estrutura agrária, uso da terra,
agricultura e meio ambiente, produção agropecuária, comércio mundial de alimentos e a ques-
tão da fome. É importante destacar que a agricultura representa a base da economia brasileira,
apesar de a maior empregabilidade estar vinculada ao setor terciário (comércio e serviços) e
não à agropecuária, que se encontra no setor primário. A aula a seguir realça os tipos de siste-
mas agrícolas, a reforma agrária, os principais produtos agrícolas, o movimento de revolução
verde, do qual o nosso país é participante desde a segunda metade dos anos 1960. Lave o
rosto, vista o manto do entusiasmo, motive-se e mãos à obra.
Júlio Santos
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AGROPECUÁRIA
O Estudo da Agricultura
A agricultura é uma das atividades mais antigas da história do homem. Ele desenvolveu a
prática dela há cerca de 10 mil anos, quando se estimava no planeta uma população aproxima-
da de 5 milhões de habitantes.
A agricultura é uma atividade que envolve a produção de alimentos e tem uma íntima
relação com:
• capital;
• terras;
• mão de obra.
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Em uma análise preambular, podemos destacar que o vínculo entre o homem com o ambien-
te, desde seus primórdios até os dias atuais, permite distinguir essencialmente quatro etapas.
É a maior entre todas as etapas, iniciando há cerca de 500 mil anos. É um momento ímpar
na história do homem que fazia uso de ferramentas de pedra lascada e vivia em bandos nôma-
des, acompanhando rebanhos de caça.
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A “sociedade da pedra” era muito similar à de outros animais, distinguida pela habilidade
de manusear o fogo, possibilitando ocupar locais até então inóspitos para a sobrevivência. O
domínio do fogo pelo Homo erectus (primeiro hominídeo a abandonar a África, lar dos austra-
lopitecos e do Homo habilis) modificou os hábitos alimentares humanos, com a introdução da
caça e vegetais cozidos.
Os impactos antrópicos eram praticamente nulos antes do uso do fogo. A única preocupa-
ção do homem estava em fornecer calorias para sua manutenção diária, crescer e reproduzir. A
utilização sistemática do fogo desencadeia um novo tipo de consumo energético (segundo os
historiadores), em torno de 2.600 Kcal. O desgelo há cerca de 13 mil anos proporciona o apare-
cimento de uma fauna e flora exuberante, estabelecendo uma nova relação do homem com o
meio. É um período de enormes transformações com a fixação do homem nas margens de rios
e lagos, desenvolvimento do arco e flecha, além da construção de armadilhas e embarcações.
http://ssreis.blogspot.com/2011/12/o-homem-primitivo-hoje.html
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fica com uma população em torno de 8 milhões de habitantes. O impacto sobre o ambiente é
intensificado.
A fixação do homem em um local com o desenvolvimento da agropecuária permitiu uma
revolução em seu modo de vida, tornando-o sedentário e habitante de moradias permanentes,
ampliando a complexidade de sua vida social e cultural. É evidente que existiram outros gru-
pos humanos e que a houve exploração dos recursos naturais na ausência da agricultura. A
permanência humana em uma área específica, atrelada à oferta de alimentos, possibilitou o
nascimento dos aglomerados humanos, que passam a ser denominados de cidades.
Entre as cidades mais antigas, podemos destacar:
Os maiores aglomerados urbanos se originaram em vales de grandes rios, como Tigre, Eu-
frates, Nilo, Indo, Amarelo, já que possuíam excelentes condições para a agricultura.
3ª Etapa – A Urbanização
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É uma etapa ainda em consolidação com países em momentos bastantes distintos. Ini-
ciada com o advento da 2ª Revolução Industrial, ocorrida na França, Itália, Holanda, Japão e
Estados Unidos.
É um momento da consolidação do capitalismo financeiro (o capitalismo industrial reme-
te ao século XVIII, durante a 1ª Revolução Industrial), em que a busca incessante pelo lucro
acresce um consumo diário de caloria, chegando à média de 13.000 Kcal por pessoa. O uso de
novas fontes de energia como o petróleo e a eletricidade favorece o desenvolvimento tecno-
lógico em vários setores, tais como o automobilístico, siderúrgico, químico e da agropecuária.
A população mundial se aproxima de 1 bilhão de pessoas, intensificando cada vez mais os
impactos ambientais, já que não existe uma consciência global de preservação dos recursos
naturais para as gerações futuras.
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Agricultura Mundial
A agricultura é uma atividade que envolve a produção de alimentos, dividida em diversas
etapas, como a correção e preparação do solo, a disseminação das sementes, o uso de adu-
bos, a eliminação das pragas, a colheita e a venda dos produtos vegetais no mercado. As ativi-
dades agrícolas são divididas em agricultura comercial ou especulativa e de subsistência, sen-
do considerada como a base necessária para o estabelecimento da atual sociedade mundial.
É bom saber que a atividade agrícola brasileira tem uma íntima relação com o continente
europeu. Inicialmente, o Brasil era um grande produtor de cana-de-açúcar e café, atualmente,
um dos maiores produtores de grãos, frutas e cereais.
Entre outros aspectos, a produção de cana-de-açúcar no Brasil foi bem-sucedida pela pre-
sença de clima e solo favoráveis. O solo de massapê, muito comum na região Nordeste do
Brasil, é propício para esse tipo de cultura. Posteriormente, a produção de café também foi
destaque no Brasil, principalmente, na região sul do estado de São Paulo e norte do estado do
Paraná, regiões que possuem condições de solo e clima bastante favoráveis para esse tipo
de cultura.
Observe as imagens a seguir indicando o solo de terra roxa e o cultivo do café por imigran-
tes italianos.
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https://www.museucasadeportinari.org.br/exposicao-estacao-brodowski/cafe_e_imigrantes.html
Além disso, nessa região havia a presença de diversos imigrantes italianos, que assim
como os demais imigrantes, deixaram seu país basicamente por motivos econômicos e so-
cioculturais. A emigração, muito praticada na Europa, aliviava os países de pressões socioeco-
nômicas, além de alimentá-los com um fluxo de renda vindo do exterior, em nada desprezível,
pois era comum que imigrantes enviassem economias para os parentes que haviam ficado.
No caso específico da Itália, depois de um longo período de mais de 20 anos de lutas para
a unificação do país, sua população, particularmente a rural e mais pobre, tinha dificuldade
de sobreviver tanto nas pequenas propriedades que possuía ou onde simplesmente trabalha-
vam, quanto nas cidades, para onde se deslocavam em busca de trabalho. Nessas condições,
portanto, a emigração era não só estimulada pelo governo, mas era também uma solução de
sobrevivência para as famílias. Assim, é possível entender a saída de cerca de 7 milhões de
italianos no período compreendido entre 1860 e 1920. Esses imigrantes detinham o conheci-
mento necessário para cultivar o café.
Veja a chegada dos italianos no Brasil durante o ciclo do café.
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https://www.folhadevalinhos.com.br/artigos/alternativa/cultura/hoje-21-de-fevereiro-e-dia-do-imigrante-italiano
Agricultura de Subsistência
É aquela voltada para o consumo próprio (familiar) e está bastante presente na região nor-
te do estado de Minas Gerais e no sertão nordestino. É uma produção em pequena escala, em
que grande parte é consumida pelos próprios produtores. Em caso de excedentes, a produção
é vendida para o comércio local.
A agricultura de subsistência se caracteriza pela utilização de métodos tradicionais de
cultivo, realizados por famílias camponesas ou por comunidades rurais. Essa modalidade é
desenvolvida, geralmente, em pequenas propriedades e a produção é bem inferior se compara-
da às áreas rurais mecanizadas. Contudo, o camponês estabelece relações de produção para
garantir a subsistência da família e da comunidade a que pertence. Entre os principais produ-
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tos cultivados nas propriedades de subsistência estão o arroz, feijão, milho, mandioca, batata,
frutas, hortaliças, entre outros.
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/agricultura-subsistencia.htm
Obs.: a agricultura comercial pode ser aplicada e destinada para diferentes tipos de mercado.
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Vejamos alguns:
• desmatamento - segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agri-
cultura (FAO), a agricultura comercial foi responsável por cerca de 70% do desmatamen-
to na América Latina entre os anos de 2000 e 2010;
• utilização excessiva de produtos químicos;
• emissão de gases poluentes;
• grande gasto de água;
• risco de extinção de animais e diversas espécies de plantas.
https://agro20.com.br/agricultura-comercial/
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Sistemas Agrícolas
Agricultura Extensiva
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https://www.shutterstock.com/search/tree+plantation
Vamos lá!
Agricultura itinerante: é um dos métodos utilizados na agricultura. Consiste em atear fogo
na mata (queimada), para então seguir com o destocamento e semear a terra. É aplicada em
áreas de agricultura descapitalizada. A produção é feita em pequenas e médias propriedades,
como também em grandes latifúndios.
https://www.jornalcontabil.com.br/como-funciona-a-aposentadoria-do-trabalhador-rural/
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Fazenda 3 50 50 1,0
Agricultura Intensiva
É realizada nos chamados minifúndios e caracterizada pelo alto índice de tecnologia em-
pregada na produção. A agricultura intensiva tem grande produtividade e, muitas vezes, visa
apenas o mercado externo. Se, por um lado, os seus produtos são mais onerosos; por outro,
possuem uma maior qualidade. A agricultura intensiva emprega capitais, tecnologia, mecani-
zação e mão de obra qualificada. Em contraste ao sistema extensivo, é caracterizada por uma
elevada capitalização e por um alto índice de produtividade.
O sistema intensivo apresenta as seguintes características:
• uso permanente do solo, rotação de cultivos;
• uso de fertilizantes, seleção de sementes, seleção de espécies;
• mecanização, grande rendimento, alta produção por hectare e mão de obra qualificada.
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https://www.agron.com.br/publicacoes/mundo-agron/curiosidades/2018/09/17/057686/o-que-e-agricultura-in-
tensiva.html
Existem latifúndios marcados pelo alto índice de tecnologia empregada na produção (agri-
cultura comercial ou especulativa), além disso, há também minifúndios em que são emprega-
das técnicas mais rudimentares na produção (obsoletas, de baixa tecnologia).
O disposto acima não é uma regra, isso significa que a produção não é feita de acordo
com as características do clima, do solo, do conhecimento e da mão de obra, mas visa unica-
mente à lucratividade. Isso é feito ao se analisarem as carências de determinados produtos
no mercado.
Os sistemas agrícolas possuem em seu interior diversas modalidades de agricultura, tais
como a jardinagem, a rotação de terras e culturas, o plantation, a agricultura coletiva, a agricul-
tura nômade, os belts.
Jardinagem
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https://pt.slideshare.net/viniciuscoelho944/agricultura-de-jardinagem
Agricultura Coletiva
Rotação de Terras
A rotação de terras consiste em deixar parte da terra “descansando” entre uma safra e ou-
tra de modo a garantir a reabsorção de nutrientes pelo solo. Funciona da seguinte maneira: em
uma determinada área, é feita uma divisão em três ou quatro partes. Por exemplo, na primeira,
é plantado o milho; na segunda, a soja; a terceira permanecerá sem nenhum cultivo (essa área
é denominada pousio).
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Assim, depois da colheita do milho e da soja, o pousio receberá uma nova cultura de soja;
onde havia a soja será plantado o milho e a área em que foi plantado o milho permanecerá em
descanso, ou seja, se tornará o novo pousio. É um tipo de sistema muito adotado em latifún-
dios onde há grande disponibilidade de terras.
Veja:
A B A B A B
C C C
Rotação de Culturas
A rotação de culturas funciona de uma maneira semelhante à rotação de terras, mas a dife-
rença é que não há uma área de pousio. Nesse sistema, utilizam-se 100% das terras; contudo, a
cada safra, as culturas mudam de lugar, por exemplo: em uma área cultiva-se milho, soja e fei-
jão. Após a colheita, o plantio do milho será feito onde havia a soja, a soja será plantada onde
havia feijão e o feijão será plantado onde havia milho. Trata-se de um sistema muito utilizado
em propriedades menores.
Veja:
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Belts
São denominados de cinturões agrícolas e se destacam pelo elevado grau nível de meca-
nização. É a região de maior importância agrícola dos Estados Unidos, onde existem extensas
faixas de cultivo de produtos como:
• o trigo (wheat-belt), no Norte e no centro;
• o milho (corn-belt), no Nordeste e no centro;
• o algodão (cotton-belt), no Sul;
• o cinturão de laticínios (dairy-belt), com a criação intensiva do gado para leite no Nor-
deste.
A região dos belts forma uma zona de ocupação agrícola que vai desde as imediações dos
Grandes Lagos até as proximidades da fachada do Golfo do México. Nela, processam-se tam-
bém os cultivos de outros produtos, como soja e batata, sempre com alta tecnologia.
Veja:
https://www.geografiaopinativa.com.br/2015/09/estados-unidos-ii-manufacturing-belt-e.html
Plantation
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O plantation utilizava mão de obra escrava composta por indígenas até 1560 e, posterior-
mente, o uso de escravos oriundos do continente-mãe (África). Após cinco séculos, o planta-
tion continua a ser praticado no país caracterizado por ser uma monocultura de exportação
que não tem nenhum interesse ou melhora do país em que é estabelecido. Quase toda a produ-
ção era exportada e o que permanecia no país eram apenas os produtos de menor qualidade.
Ao “descobrir” as Américas, os europeus mantiveram aqui as chamadas colônias de ex-
portação, as quais caracterizavam-se por ser totalmente dependentes de seus colonizadores,
como se fossem propriedades deles. A presença do “plantation” era uma forte característica
das colônias de exploração, destacando-se:
A partir dessa realidade se instalou durante muito tempo o “plantation” em terras brasilei-
ras para o cultivo do açúcar ou café em momentos distintos em nossa história.
Veja:
https://www.estudopratico.com.br/plantation-definicao-sistemas-agricolas-caracteristicas-e-economia/
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https://thiagoorganico.com/hidroponia-cultivo-hidroponico/
Permacultura
Designa o processo agrícola integrado ao meio ambiente que envolve a produção de plan-
tas semipermanentes e permanentes, considerando, sobretudo, os aspectos energéticos e pai-
sagísticos.
A permacultura não está relacionada com formas de agriculturas naturais, embora esteja
envolvida com o comportamento do ambiente. É uma técnica que consiste em produzir plan-
tas permanentes contando com auxílio das atividades produzidas pelos animais.
A principal diferença da técnica às demais se encontra nas estratégias de cultivo que le-
vam em consideração aspectos energéticos e paisagísticos.
Veja:
https://blog.veganoshoes.com.br/2019/03/28/afinal-o-que-e-permacultura/
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Agricultura Natural
A agricultura natural é considerada uma prática de plantio que está de acordo com os pre-
ceitos do desenvolvimento sustentável. É mais presente em locais com maior incidência de
cultivos de subsistência, visto que grandes produtores na vontade do lucro constante não pos-
suem paciência para esperar a evolução do plantio orgânico. Nesse formato, há maior gasto
com os cuidados necessários para a evolução das espécies. Tudo isso tem base teórica nos
conceitos ecológicos.
Os sistemas de produção são semelhantes aos encontrados na natureza. As primeiras pala-
vras sobre o tema foram escritas pelo biólogo Masanobu Fujuosa no início da década de 1950.
Veja:
https://biogroweb.com/agricultura-ecologica/que-es-la-agricultura-natural-el-metodo-fukuoka/
O Brasil é o terceiro país do mundo em produção, atrás apenas dos EUA (por conta dos
belts) e Europa. Contudo, muitas vezes, a agricultura brasileira não se torna competitiva e o
motivo disso é o sistema de transporte para escoamento da produção, que é ineficiente e mui-
to vinculado ao rodoviarismo.
Entre os principais problemas da agricultura brasileira, podemos citar:
• armazenamento ineficiente e insuficiente;
• ausência da reforma agrária;
• queimadas (erosão);
• viabilidade econômica (subsídios ineficientes);
• questões ambientais e tecnológicas (resistência cultural).
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https://tudo-sobre.estadao.com.br/operacao-carne-fraca
Em resumo, a operação “Carne Fraca”, promovida pela Polícia Federal, investigou, dentre
outros aspectos, o processo de alteração da qualidade da carne produzida no Brasil com o uso
de produtos químicos. Essa operação acabou disseminada na mídia e isso impactou ostensi-
vamente a pecuária brasileira, uma vez que muitos países decidiram parar de consumir a carne
brasileira.
Essa queda nas exportações ocorreu durante um curto período, pois não houve nenhum
outro país com capacidade suficiente para suprir a lacuna deixada pelo Estado brasileiro, prin-
cipalmente na Europa e na Ásia.
Entre as principais consequências negativas, podem-se destacar:
• abalo na imagem e reputação do agro brasileiro, em especial, na área de proteínas ani-
mais, em que somos importantes produtores e exportadores;
• restrições às exportações envolvendo desde suspensão temporária de todas as carnes
até suspensão da exportação das unidades frigoríficas investigadas;
• demissões de trabalhadores do setor;
• redução do consumo interno, devido a questionamentos quanto a qualidade dos produ-
tos;
• suspensão da inclusão de produtos cárneos na merenda escolar;
• insegurança para os consumidores quanto a qualidade dos alimentos, em geral, produ-
zidos no Brasil.
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Em relação ao mercado externo, a soja produzida no Brasil vai principalmente para a Euro-
pa, sendo uma alternativa a proteína animal, muito onerosa devido à pequena extensão territo-
rial dos países europeus, o que provoca intensa especulação imobiliária.
A soja se adapta tão bem ao território brasileiro que acaba extrapolando as fronteiras esta-
duais e não fica apenas vinculada à Região Centro-Oeste por meio de um movimento que ficou
conhecido como fronteiras agrícolas.
Maior alvo dessa expansão foi a Região Norte, pois as terras são abundantes, o clima e o
solo são favoráveis, e a fiscalização reduzida. Contudo, vale lembrar que a cultura da soja na
região Centro-Oeste/Norte tem diminuído a biodiversidade do cerrado e da floresta Amazôni-
ca, um problema ambiental extremamente sério no território brasileiro.
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Entre os problemas pode-se destacar, em primeiro lugar, a macrocefalia urbana que ocorre
quando a cidade, devido ao aumento de seu contingente populacional, não consegue mais
prestar os serviços de primeira necessidade. Também há problemas com a violência urbana, o
processo de favelização e a falta da segurança pública nas áreas de conurbação urbana. Além
disso, ocorre também um processo de concentração de terras, pois, muitas vezes, o pequeno
produtor não consegue se inserir dentro do mercado e acaba incorporado pelos grandes lati-
fundiários ou pelas chamadas grandes transnacionais agrícolas.
Em termos ambientais, também ocorre o impacto na região do cerrado, pois cada vez mais
é reduzida a biodiversidade dessa região, fruto de um processo de queimadas que são feitas
para a preparação do solo que irá receber as monoculturas destinadas ao mercado europeu.
Particularmente, em relação à Região Norte do Brasil, ocorre uma área de intensa devasta-
ção denominada de arco do desmatamento:
https://florestapraque.wordpress.com/2014/06/10/como-preservar-as-florestas-do-brasil/
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• Arroz – 16,9%;
• Soja – 12,2%.
No entanto, quando ampliamos a produção para alimentos de uma forma geral, incluindo
também produtos da pecuária, a tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA), divulgada pela Foodnews, põe a cana-de-açúcar em primeiro lugar, veja:
• Cana-de-açúcar – 24%;
• Milho – 12,87%;
• Trigo – 8,99%;
• Leite de Vaca – 8,04%;
• Batata – 4,73%.
Estados Unidos
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Sete países concentram dois terços do número de pessoas que passam fome no planeta.
Apesar disso, em boa parte dos países em desenvolvimento, a agricultura continua sendo uma
das atividades econômicas mais importantes, compreendendo 30% do PIB.
A área usada pela agricultura, em países mais pobres, é um espaço que corresponde a
menos da metade do que em países mais ricos.
Nesse cenário, se os países pobres tivessem maior acesso a insumos agrícolas, ferramen-
tas e sementes, conseguiram acabar com a fome de mais de 100 milhões de pessoas.
Atualmente, 821 milhões de pessoas no mundo ainda passam fome, além de faltar comida
suficiente para a maior parte da população mundial manter uma vida saudável, de modo que
10% da população mundial está exposta à insegurança alimentar grave.
Disponibilidade de Alimentos
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Brasil
A agricultura brasileira tem como principais aspectos uma estrutura fundiária que concen-
tra muitas terras nas mãos de poucos, uma enorme heterogeneidade, uma produção voltada
aos interesses do mercado externo. A maior parte da produção é destinada à exportação, isso
se deve, sobretudo, à modernização do campo.
A origem do Brasil remete à atividade agrícola como a mais importante. No início, sua
característica eram as monoculturas na região nordestina, com mão de obra escrava e seus
produtos eram destinados à exportação, dando destaque à cana-de-açúcar, algodão e café. O
ciclo do café da primeira metade do século XVIII fez com que ampliasse as áreas para o restan-
te do país. Depois, os imigrantes (principalmente italianos) desembarcaram para o seu cultivo
em terras brasileiras, levando também ao cultivo de outros produtos, como a soja e laranja,
dando destaque ao Vale do Paraíba (entre o Rio de Janeiro e São Paulo).
As grandes propriedades de latifúndios estão nas mãos de poucos indivíduos, com maior
concentração de terras na Região Centro-Oeste do país. Os estados de São Paulo e Bahia são
grandes produtores de laranja, porém, mais do que isso, tem se destacado cada vez mais o
processo de semi-industrialização no Brasil no que se refere à transformação da laranja em
suco. Nessas regiões, também é bastante comum a presença do “boia-fria”, trabalhador rural
sem vínculo empregatício.
O cultivo da banana é comum nas regiões litorâneas e no estado do Amazonas. O café é
bastante explorado nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Também há a
produção de café de boa qualidade no sul do estado de São Paulo e no norte do estado do Pa-
raná, região denominada de “terra roxa”. A Região Nordeste do Brasil tem sofrido um processo
de semi-industrialização para a produção de sucos de frutas e isso tem promovido a geração
de empregos, o que acaba favorecendo o movimento de retorno dos nordestinos que migra-
ram para a Região Sudeste do país, principalmente nas décadas de 1970 e 1980. A cultura do
tabaco é forte, principalmente, na Região Sul do Brasil. Nessa região, também é forte a produ-
ção do couro.
A soja está relacionada ao movimento das fronteiras agrícolas. O álcool está vinculado ao
programa Proálcool, instalado durante os governos de Médici e Geisel, sendo uma alternativa
encontrada pelo governo brasileiro em virtude do aumento intensivo do preço do barril de pe-
tróleo ocorrido na década de 1970. Por fim, vale destacar duas atividades mais ligadas à pecu-
ária, que são a produção de carde de frango e a carne bovina. Estas foram afetadas por uma
crise recente devido à adulteração de sua qualidade, fato que acabou culminando na operação
“Carne Fraca” feita pela Polícia Federal.
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https://www.jornalgrandebahia.com.br/2015/10/nos-limites-do-estado-da-bahia-matopiba-e-considerada-nova-
-fronteira-agricola-do-pais/
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Agricultura x Transporte
A comparação é inevitável e, ao fazer uma análise, verificamos que o transporte da safra
custa quatro vezes mais no Brasil do que na Argentina. Em relação aos Estados Unidos tam-
bém não é diferente:
Assim, conclui-se que o sistema de transporte rodoviário é mais oneroso e ineficiente, fato
que acaba provocando um processo de exclusão, em termos de competição, do estado brasi-
leiro. O Brasil só não é mais competitivo atualmente devido ao fato de que o seu sistema de
transporte acaba elevando os custos da mercadoria brasileira juntamente com os custos das
tarifas alfandegárias que essas mercadorias recebem quando chegam ao seu destino. Tudo
isso faz com que, muitas vezes, as mercadorias brasileiras sejam excluídas de processos de
competição em mercados internacionais.
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https://renovamidia.com.br/86-das-estradas-do-brasil-nao-tem-asfalto/
Pecuária
A pecuária brasileira é considerada uma das melhores em todo o mundo, com áreas de
grande produção e produtividade. O Brasil é um dos países com os maiores patamares de
exportação de carne bovina, destacando-se também na criação de aves e suínos. O meio rural
brasileiro, a partir da segunda metade do século XX, passou por um amplo processo de mo-
dernização, resultante da industrialização intensa e urbanização acelerada da sociedade. Em
virtude disso, o meio rural passou a ser subordinado pela cidade, ao contrário do que ocorria
anteriormente, o que resultou em profundas transformações no meio produtivo.
Nesse sentido, a pecuária em nível nacional conheceu um salto produtivo, gerando mais
receita e intensificando a sua participação na produção de riquezas no país.
A criação de gado bovino no Brasil concentra-se, atualmente, em grandes propriedades,
mas pauta-se preferencialmente na produção de carne, haja vista que esse produto é o mais
valorizado e o mais voltado para a exportação. A produção de leite e seus derivados é mais
destacada em propriedades de pequeno e médio porte, uma vez que o seu mercado é somente
interno no país, geralmente regionalizado.
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O Brasil possui uma das maiores pecuárias do mundo, porém alguns fatores afetam o ren-
dimento da pecuária brasileira, tais como:
• inadequação da estrutura fundiária;
• grandes distâncias entre as áreas de criação e os portos;
• baixo nível tecnológico;
• alto preço dos medicamentos.
Classificação da Pecuária
Pecuária Extensiva
A pecuária extensiva consiste na criação a pasto, geralmente, sem grandes investimen-
tos e com a ocupação de grandes áreas, podendo ser realizada tanto em grandes latifúndios
quanto em pequenas áreas familiares. É caracterizada pelo gado solto, com certa liberdade,
considerado ideal para o chamado “gado de corte”. No Brasil, responde por quase 90% de toda
a atividade agropecuária realizada.
As principais vantagens da pecuária extensiva são:
• baixa necessidade de investimentos, embora ainda existam gastos com reposição mi-
neral e suplementação, a depender do tipo de animal que está sendo criado;
• as desvantagens são a necessidade de ocupação de grandes áreas, o que pode gerar
problemas ambientais, a disponibilidade de pasto e a carência que a alimentação do
gado nesse tipo de criação possui.
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https://radioalianca.com.br/momento-agro/aumento-no-consumo-mundial-de-carne-abre-oportunidades-ao-bra-
sil
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QUESTÕES DE CONCURSO
Observe o mapa e o texto a seguir:
001. O mapa acima representa o avanço da produção de soja no Brasil, cuja principal consequ-
ência socioespacial foi:
a) a democratização da estrutura fundiária pelo interior do país
b) a expansão da fronteira agrícola sobre as áreas do Cerrado
c) a ampliação de reservas florestais nas áreas do Centro-Oeste
d) a diminuição dos latifúndios improdutivos no território nacional
e) o crescimento da agricultura de subsistência
002. Ao longo da história econômica do Brasil, qual desses produtos agrícolas não fez parte de
uma prática monocultora ou de elevado impacto estrutural no país?
a) Soja
b) Cana-de-açúcar
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c) Café
d) Tabaco
“ONU declara 2014 como o ‘Ano Internacional da Agricultura Familiar. A ideia é promover uma
ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e entendimento dos
desafios que os pequenos agricultores enfrentam”.
(BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Disponível em: http://www.integracao.gov.br)
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006. O aumento crescente da demanda por produtos livres de agrotóxicos tem impulsionado
a agricultura orgânica no Brasil. Esse sistema agrícola que se apoia no manejo sustentável
dispensa o uso de agrotóxicos sintéticos, privilegia a preservação ambiental, a biodiversidade,
os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem. Com uma área plantada de 842 mil hec-
tares, o setor movimentou cerca de US$ 1 bilhão em 2003. O país tem 19 mil propriedades e
174 processadoras espalhadas em diversas regiões.
(Disponível em: www.agricultura.gov. br. Acesso em: 19 Jun. 2005.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre agricultura, considere as afirmativas a seguir.
I – Na agricultura orgânica, a forma de produzir demanda uma maior utilização de mão de obra
para colocar em prática o controle biológico e o manejo integrado de pragas, constituindo-se
em alternativa para o desenvolvimento da agricultura familiar.
II – O crescimento do mercado para os produtos orgânicos não se limita ao Brasil, o que tem
permitido aos agricultores aumentar a receita, por unidade de produção, a uma razão superior
à da agricultura convencional.
III – O crescimento do número de propriedades rurais em que se pratica a agricultura orgânica
invalida o debate sobre os impactos do consumo de agrotóxicos no Brasil.
IV – O sistema de agricultura orgânica é impraticável nas pequenas propriedades rurais, pois
a eliminação do uso de fertilizantes e de pesticidas químicos proporciona um aumento dos
custos de produção, o que, consequentemente, diminui a renda da unidade produtiva agrícola.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
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011. (PUC) Entre as explorações tradicionais do Nordeste, aquela tem sido mais bem aprovei-
tada pela indústria moderna é a:
a) de algodão mocó.
b) da cana-de-açúcar.
c) do couro.
d) do agrave.
e) da mandioca.
012. (FGV) O litoral sul da Bahia caracteriza-se pela presença da monocultura de:
a) cana-de-açúcar
b) algodão
c) amendoim
d) cacau
e) sisal
013. O produto que acusou uma rápida expansão nos últimos anos, estando entre os quatro
mais importantes atualmente exportados pelo Brasil é:
a) o arroz, cultivado principalmente no Rio Grande do Sul e Goiás;
b) o fumo, cultivado principalmente em Santa Catarina e Bahia;
c) o amendoim, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Mato Grosso;
d) o milho, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais;
e) a soja, cultivada principalmente no Rio Grande do Sul e Paraná.
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014. (OSEC) “Nas encostas montanhosas, onde a erosão é mais intensa devem-se cultivar (de
preferência em cima de terraços) produtos permanentes, como a arboricultura; os vales e as
planícies ficam reservados para as culturas temporárias.”
A principal ideia contida no texto é o fato de que:
a) As técnicas agrícolas variam de acordo com os tipos de cultivo.
b) As culturas, para defesa dos solos, devem-se distribuir de acordo com o relevo.
c) As técnicas agrícolas estão na dependência dos tipos de relevo.
d) O relevo não pode interferir na escolha dos cultivos.
e) A erosão é mais intensa nas áreas montanhosas do que nas planas.
015. As primeiras áreas de cultivo do café em São Paulo e Paraná foram respectivamente:
a) a Mogiana e o Planalto de Curitiba;
b) a Alta Paulista e o norte do Paraná;
c) o Vale do Paraíba e o norte do Paraná;
d) o Vale do Paraíba e o sul do Paraná;
e) o noroeste de São Paulo e do Paraná.
018. A Reforma Agrária é fruto de um amplo debate no Brasil desde a década de 1950. Sobre
Reforma Agrária, pode-se afirmar que:
a) foi implantada com sucesso no Brasil na década de 1990 e teve como resultado a igualitária
distribuição das terras no Brasil, bem como o fim dos latifúndios.
b) O INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) foi criado para a sua implan-
tação, porém foi extinto em 1998.
c) O MST, Movimento dos Sem-Terra, é um movimento camponês fundado para impedir a exe-
cução da reforma agrária no país.
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d) A Reforma Agrária no Brasil fracassou devido à grande influência dos grandes produtores
rurais no meio político brasileiro.
019. O crescimento da economia brasileira desenvolveu-se sob o signo dos grandes ______ e da
concentração de renda. A _______ da agricultura e a concentração ______ produziram o ________
acelerado, que se manifesta na formação das _______ urbanas. No campo, os novos padrões
de ______ impostos pelos complexos ______ continuam a provocar a ruína dos pequenos produ-
tores, configurando um quadro de verdadeira tragédia social.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto.
a) agroindustriais – produtividade – das periferias – consumo – favelas – monopólios – rurais.
b) agronegócios – produtividade – de renda – consumo – massas – investimentos – industriais.
c) monopólios – crise – de terras – crescimento – franjas – consumo – urbanos.
d) monopólios – modernização – fundiária – êxodo rural – periferias– produtividade –
agroindustriais.
e) capitalistas – proletarização – fundiária – enriquecimento –favelas – modernização –
agroindustriais.
020. “Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela pecuária –
cerca de 35% do rebanho nacional está na região – e que pelo menos 50 milhões de hectares
de pastos são pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a produtividade de 1
hectare de pastagem é de 2 mil reais, o custo para derrubar igual área de floresta é estimado
em 800 reais, o que estimula novos desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as
árvores de valor comercial que foram abatidas para a criação de pastagens. Os pecuaristas
sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restrições à pecuária nessas
áreas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi
proibido em áreas de floresta.”
(Revista Época, 3/3/2008 e 9/6/2008, com adaptações)
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021. O aumento crescente da demanda por produtos livres de agrotóxicos tem impulsionado
a agricultura orgânica no Brasil. Esse sistema agrícola que se apoia no manejo sustentável
dispensa o uso de agrotóxicos sintéticos e privilegia a preservação ambiental, a biodiversida-
de, os ciclos biológicos e a qualidade de vida do homem. Com uma área plantada de 842 mil
hectares, o setor movimentou cerca de US$ 1 bilhão em 2003. O país tem 19 mil propriedades
e 174 processadoras espalhadas em diversas regiões.
Disponível em: “<www.agricultura.gov.br.>” Acesso em: 19 Jun. 2005.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre agricultura, considere as afirmativas a seguir.
I – Na agricultura orgânica, a forma de produzir demanda uma maior utilização de mão de obra
para colocar em prática o controle biológico e o manejo integrado de pragas, constituindo-se
em alternativa para o desenvolvimento da agricultura familiar.
II – O crescimento do mercado para os produtos orgânicos não se limita ao Brasil, o que tem
permitido aos agricultores aumentar a receita, por unidade de produção, a uma razão superior
à da agricultura convencional.
III – O crescimento do número de propriedades rurais em que se pratica a agricultura orgânica
invalida o debate sobre os impactos do consumo de agrotóxicos no Brasil.
IV – O sistema de agricultura orgânica é impraticável nas pequenas propriedades rurais, pois
a eliminação do uso de fertilizantes e de pesticidas químicos proporciona um aumento dos
custos de produção, o que, consequentemente, diminui a renda da unidade produtiva agrícola.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e IV.
022. A agricultura extensiva corresponde a um sistema agrícola com pouco capital investido.
A produtividade é baixa, e a produção é voltada para abastecer o mercado interno. A mão de
obra é pouco qualificada e sobrepõe-se à mecanização.
Faça a correlação entre os tipos de agricultura e suas definições. Em seguida, assinale a alter-
nativa correta.
( 1 ) Agricultura tradicional
( 2 ) Agricultura moderna
( 3 ) Agricultura sustentável
( 4 ) Permacultura
( ) É o tipo de agricultura voltado às produções alternativas que visam à preservação do meio
ambiente, gerando menos impactos ambientais.
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( ) É o tipo de agricultura permanente que se baseia em uma ciência holística com o objetivo
de manter o homem na Terra.
( ) É o tipo de agricultura cuja produção é desenvolvida por famílias, que visam ao seu pró-
prio sustento.
( ) É o tipo de agricultura que cultiva um único produto (monocultura), produção essa que se
desenvolve em grandes extensões de terra.
a) 3-4-1-2
b) 4-3-1-2
c) 4-2-1-3
d) 3-4-2-1
024. “ONU declara 2014 como o ‘Ano Internacional da Agricultura Familiar. A ideia é promover
uma ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e entendimento
dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam”.
(BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Disponível em: http://www.integracao.gov.br)
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027. Em 1994, a FAO e o INCRA diferenciaram os dois principais modelos de produção agrope-
cuária do Brasil: patronal e familiar. Assinale a alternativa em que aparecem as características
que melhor representam o modelo familiar.
a) Trabalho e gestão intimamente relacionados / trabalho assalariado predominante / agricul-
tura de capital intensivo.
b) Ênfase em práticas agrícolas padronizáveis / tendência à especialização produtiva / a pro-
priedade é o local de residência.
c) Separação entre gestão e trabalho / lucro é o fator determinante de todas as ações / ênfase
na diversificação produtiva.
d) Agricultura de capital intensivo / trabalho assalariado predominante / prevalência de práti-
cas agrícolas padronizáveis.
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029.
a) ao arroz.
b) à soja.
c) à mandioca.
d) ao algodão.
e) ao milho.
Para superar os Estados Unidos e se tornar o principal produtor do mundo, o Brasil expandiu
por anos as lavouras destinadas ao produto. Só entre 2000 e 2014, a área destinada a plantar
essa commodity no interior do País em estados como Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão cres-
ceu 87%. Boa parte dela abrigava vegetação nativa, originalmente.
(https://super.abril.com.br/tecnologia/o-avanco -mapeado-pela-nasa/ Acesso em 18.05.2019. Adaptado)
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032. Leia o texto que descreve a organização de parte do espaço brasileiro nas décadas de
1970 e 1980. No imaginário coletivo de novos investimentos e empresários do Centro-Sul, vis-
lumbrava-se a perspectiva de novos investimentos e a expansão de suas atividades. No hori-
zonte camponês, as vítimas da seca do sertão nordestino e os expropriados pelo então recente
processo de mecanização das lavouras do Sul avistavam um pedaço de terra e o recomeço da
vida. O movimento migratório rumo ao Eldorado atinge proporções consideráveis e faz brotar
cidades no meio do nada.
(Daniel Monteiro Huertas, in http://www.teses.usp.br/ Acesso em 25.04.2019. Adaptado)
O texto descreve
a) a ocupação das áreas de cerrado no Matopiba.
b) a expansão da fronteira agrícola na Amazônia.
c) a integração do Pantanal às pastagens naturais do Centro-Oeste.
d) a penetração da agricultura familiar na zona da mata nordestina.
e) o avanço das lavouras canavieiras às margens da Belém- Brasília.
033. Na década de 60, a Região Centro-Oeste iniciou um processo de modificação de sua es-
trutura produtiva, impulsionada pela ação estatal [...]. Ocorreu a multiplicação de diversos no-
vos municípios nas áreas de fronteira, como é o caso do norte de Mato Grosso [...]. Diante
desta forma de ocupação populacional, surgiu um novo tipo de atividade agrícola [...] (CUNHA,
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2006). Sobre a produção agrícola que se desenvolveu neste momento, e que perdura até os
dias atuais, assinale a alternativa incorreta.
a) Produção de monoculturas
b) Utilização de sementes geneticamente modificadas
c) Proibição do uso de defensivos agrícolas
d) Utilização da agricultura mecanizada
034. O último recenseamento agropecuário foi realizado em 2006. Os doze anos que separa-
ram os dois censos não devem alterar o fato de que, no país, predominam
a) os cultivos permanentes fortemente mecanizados.
b) as terras produtivas ocupadas por posseiros.
c) as grandes propriedades rurais acima de mil hectares.
d) os minifúndios que ocupam metade das terras rurais.
e) as pastagens destinadas à criação de gado leiteiro.
035. A criação de gado foi a principal atividade econômica que consolidou a ocupação do mu-
nicípio de Boa Vista, no entanto, a partir de 2000, o rebanho bovino do município apresentou
significativo decréscimo, no qual perfazia um total de 42.000 cabeças; e, em 2013, o total de
bovinos no município foi de 27.778 cabeças (IBGE, 2013). Este decréscimo deveu-se, prin-
cipalmente:
a) ao deslocamento da pecuária, dos tradicionais campos e savanas para as áreas de florestas
do sul do estado, pois, atualmente nas áreas de savanas vem se consolidando o setor de agro-
negócios, especialmente o cultivo de soja.
b) ao deslocamento da pecuária para porção norte do estado, em especial para as terras indí-
genas São Marcos e Raposa Serra do Sol.
c) ao processo de modernização das instalações agropecuárias com certo nível de aplicação
tecnológica no sul do estado.
d) ao deslocamento da pecuária das áreas de florestas para as áreas savanas do sul do estado,
que vem se destacando com a produção de gado de corte.
e) ao incentivo da produção de gado leiteiro nas terras indígenas waimiri atroari, incentivada
pelas políticas de incentivo à produção indígenas e a facilidade de escoamento da produção
para o Amazonas, através da BR-174.
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Tendo como referência o texto precedente, julgue os itens seguintes, a respeito de questões
regionais e dos contrastes delas derivados.
036. O vale do São Francisco se destaca por seu potencial econômico, sendo reconhecido
como um grande produtor de frutas do país.
Julgue os itens subsequentes, a respeito da evolução da estrutura fundiária rural e dos movi-
mentos demográficos no território brasileiro.
A respeito da temática abordada no texto acima e de outros assuntos a ela relacionados, jul-
gue os itens a seguir.
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038. Um dos maiores exportadores de soja do mundo, o Brasil enfrenta gargalos logísticos
ligados ao armazenamento e ao escoamento.
A respeito da temática abordada no texto acima e de outros assuntos a ela relacionados, jul-
gue os itens a seguir:
039. Grande parte da produção agrícola brasileira é exportada por meio do porto de Parana-
guá, aonde chega por meio principalmente ferroviário, o que permite compensar as longas
distâncias que os grãos percorrem da lavoura ao litoral.
A respeito da temática abordada no texto acima e de outros assuntos a ela relacionados, jul-
gue os itens a seguir:
040. Quatro estados (Mato Grosso, Goiás, Paraná e São Paulo) destacam‐se na produção de
grãos, com cerca de dois terços do total nacional.
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A respeito da temática abordada no texto acima e de outros assuntos a ela relacionados, jul-
gue os itens a seguir:
041. Com os preços das terras elevados e um relevo não muito favorável à mecanização, a re-
gião do Matopiba, que foi difundida como nova fronteira agrícola nacional, já não é tão atrativa
para o grande produtor e para empresas rurais.
Caro(a) concurseiro(a), mais uma etapa vencida. Reitero meus votos de sucesso, pois se
chegou nesse ponto, já é vencedor(a) e o momento de sua consagração se avizinha cada vez
mais. Como já é de praxe, ao encerrar mais uma aula, renovo meus agradecimentos, meu muito
obrigado pela confiança depositada na equipe do Gran Cursos Online e até o próximo encontro.
Júlio Santos
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GEOGRAFIA
Agropecuária
Júlio Santos
GABARITO
1. b 37. C
2. d 38. C
3. c 39. E
4. e 40. E
5. e 41. E
6. a 42. C
7. c 43. C
8. b
9. e
10. b
11. a
12. d
13. e
14. b
15. c
16. e
17. e
18. d
19. d
20. e
21. a
22. a
23. c
24. c
25. e
26. b
27. e
28. b
29. b
30. b
31. b
32. b
33. c
34. c
35. a
36. C
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Lino Ribeiro - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Júlio Santos
Professor de geografia com quase 20 anos de docência. Graduado em História e Geografia. Professor de
cursos preparatórios para concursos e vestibulares.
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