Crimes Contra A Dignidade Das Pessoas 4grupo
Crimes Contra A Dignidade Das Pessoas 4grupo
Crimes Contra A Dignidade Das Pessoas 4grupo
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Discentes:
Acaina Aizeque
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO
Discentes:
Acaina Aizeque
Docente:
LICENCIATURA EM DIREITO
Chimoio, 2023
ÍNDICE
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO.................................................................................................6
1. Obectivo geral.............................................................................................................7
2. Objectivos específicos.................................................................................................7
3. Medologia....................................................................................................................7
1.1. Difamação............................................................................................................8
1.1.1. Conceito........................................................................................................8
1.2. Injúria...................................................................................................................8
1.2.1. Conceito........................................................................................................8
3. Partos supostos..........................................................................................................14
4.2. Artigo 264 (Constrangimento de menor a abandonar a casa dos pais ou tutores)
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IV. CONCLUSÃO...........................................................................................................17
V. BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................18
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO
Neste presnte trabalho pretende-se abordar em torno de três tipos de crimes já expostos no
Código Penal, com vista a fazer uma análise profunda, é importante salientar que o crime é
uma facto típico, ilícito e culposo, sendo assim se fará uma abordagem acerca dos crimes
contra a dignidade das pessoas, é neste que se destacará a injúria e a difamação,
estabelecendo para cada crime a sua moldura penal de acordo com o previsto na lei penal.
E também visa se fazer uma abordagem em relação aos crimes contra a reserva privada e por
último, tratar-se-á dos crimes contra a familia.
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1. Obectivo geral
O objectivo geral deste trabalho é compreender os crimes contra a dignidade das pessoas, a
reserva privada e contra a familia.
2. Objectivos específicos
Definir a difamação e a injúria;
Elencar os crimes contra a honra e estabelecer as suas molduras penais;
Destacar e expor os crimes contra a reseva privada e contra a familia.
3. Medologia
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CAPÍTULO II. CONTEXTUALIZÇÃO TEÓRICA
Difamação é um termo jurídico que consiste em atribuir à alguém fato determinado ofensivo
à sua reputação, honra objectiva, e se consuma, quando um terceiro toma conhecimento do
facto. De imputação ofensiva que atenta contra a honra e a reputação de alguém, com a
intenção de torná-lo passível de descrédito na opinião pública. A difamação fere a moral da
vítima, a injúria atinge seu moral, seu ânimo.
1. Quem difamar outrem publicamente, de viva voz, por escrito ou desenho publicado ou por
qualquer outro meio de publicação, imputando-lhe um facto ofensivo da sua honra e
consideração, reencaminhando ou reproduzindo a imputação, é punido com pena de prisão
até 1 ano e multa correspondente.
b) o agente provar a verdade da mesma imputação ou tiver tido fundamento sério para, em
boa-fé, a reputar verdadeira.
4. A boa-fé referida na alínea b) do número 2 exclui-se quando o agente não tiver cumprido o
dever de informação que as circunstâncias do caso impunham sobre a verdade da imputação.
1.2. Injúria
1.2.1. Conceito
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Injúria é um termo jurídico que consiste em atribuir à alguém qualidade negativa, que ofenda
sua honra, dignidade ou decoro. É um crime que consiste em ofender verbalmente, por escrito
ou fisicamente (injúria real), a dignidade ou o decoro de alguém, ofendendo o moral,
abatendo o ânimo da vítima.
1. O crime de injúria, não se imputando facto algum determinado, se for cometido contra
qualquer pessoa publicamente, por gestos, de viva voz, ou por desenho ou escrito publicado,
ou por qualquer meio de publicação, é punido com pena de prisão até 6 meses e multa
correspondente.
2. Na acusação por injúria não se admite prova sobre a verdade de factos que integrem a
reserva da intimidade da vida privada.
Se, nos crimes previstos nos artigos anteriores, não houver publicidade, a pena é de multa até
3 meses.
Se alguma ofensa corporal for publicamente cometida contra qualquer pessoa com a intenção
de a injuriar, será punida com a pena de difamação, cometida com circunstâncias agravantes,
salvo se à ofensa corresponder pena mais grave, que neste caso será aplicada como se no
crime concorressem também circunstâncias agravantes.
2. Os crimes de que trata o número anterior quando cometidos contra os titulares dos órgãos
de soberania e membros de organismos de administração da justiça são punidos com prisão
até 2 anos.
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1. Os crimes declarados no presente capítulo, cometidos contra o pai ou mãe, ou algum dos
ascendentes, são sempre punidos com o máximo da pena.
1. O crime de difamação ou injúria, cometido contra uma pessoa já falecida, é punido com
pena de prisão até 6 meses e multa correspondente, se houver participação do ascendente ou
descendente, ou cônjuge, ou irmão ou herdeiro desta pessoa.
2. A ofensa não é punível quando tiverem decorrido mais de cinquenta anos sobre o
falecimento.
Quem, sem ter fundamento para, em boa-fé, os reputar verdadeiros, afirmar ou propalar
factos inverídicos, capazes de ofender a credibilidade, o prestígio, a confiança ou o bom
nome que sejam devidos a organismo ou serviço que exerçam autoridade pública ou não,
instituição ou corporação, pessoa colectiva, sociedade ou ente equiparado, é punido com pena
de prisão até 6 meses e multa correspondente.
As penas previstas nos artigos anteriores são elevadas de metade nos seus limites máximos se
o facto for praticado:
a) para obter recompensa ou enriquecimento, para o agente ou para outra pessoa, ou para
causar prejuízo a outra pessoa ou ao Estado; ou
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1.9.3. Artigo 243 (Dispensa de pena)
2. O tribunal pode ainda dispensar de pena se a ofensa tiver sido provocada por uma conduta
ilícita ou repreensível do ofendido.
3. Se o ofendido responder, no mesmo acto, com uma ofensa a outra ofensa, o tribunal pode
dispensar da pena ambos os agentes ou só um deles, conforme as circunstâncias.
1. Em caso de condenação, ainda que com dispensa de pena, o tribunal pode ordenar, a
expensas do agente, o conhecimento público adequado da sentença, se tal for requerido, até
ao encerramento da audiência em 1ª instância, pelo titular do direito de queixa ou de acusação
particular.
2. O tribunal fixa os termos concretos em que o conhecimento público da sentença deve ter
lugar.
1. Quem, publicamente ofender outra pessoa ou dela escarnecer em razão da sua crença ou
função religiosa, por forma adequada a perturbar a paz pública, é punido com pena de prisão
até 1 ano ou com pena de multa até 6 meses.
2. Na mesma pena incorre aquele que profanar lugar ou objecto de culto ou de veneração
religiosa, por forma adequada a perturbar a paz pública.
É punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 6 meses, quem:
a) por meio de violência ou de ameaça com mal importante impedir ou perturbar o exercício
legítimo do culto de religião; ou
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b) publicamente vilipendiar acto de culto de religião ou dele escarnecer.
Quem, por meio de artifícios ou publicidade enganosa, aliciar crentes de uma religião ou
culto a alienar ou entregar dinheiro ou bens como contrapartida de sua participação ou
promessa para o enriquecimento, é punido com a pena de prisão de 1 mês a 2 anos e multa
correspondente.
2. Se o crime previsto no número anterior for cometido por meio de violência ou ameaça de
violência, com uso de arma ou por meio de arrombamento, escalamento ou chave falsa, de
noite ou em lugar isolado ou por duas ou mais pessoas, o agente é punido com pena de 1 a 2
anos de prisão e multa correspondente, se pena mais grave não couber por força de outra
disposição legal.
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1. É punido com pena de prisão até 1 ano e multa correspondente, quem, sem consentimento
e com intenção de devassar a vida privada das pessoas, designadamente a intimidade da vida
familiar ou sexual:
2. O facto previsto na alínea d) do número anterior não é punível quando for praticado como
meio adequado para realizar um interesse público legítimo e relevante.
1. Quem, sem permissão legal ou sem para tanto estar autorizado pelo proprietário, por outro
titular do direito do sistema ou de parte dele, invadir um dispositivo alheio, fixo ou móvel,
ligado ou não à rede de computadores, com o fim de obter informação não pública de correio
ou comunicações electrónicas privadas, acesso a dados privados, segredos comerciais ou
industriais, informações sigilosas ou o acesso remoto não autorizado do dispositivo, é punido
com prisão de 1 a 2 anos e multa até 1 ano.
2. Na mesma pena incorre quem, ilegitimamente, produzir, vender, distribuir ou por qualquer
outra forma disseminar ou introduzir num ou mais sistemas informáticos dispositivos,
programas, um conjunto executável de instruções, um código ou outros dados informáticos
destinados a produzir as acções não autorizadas descritas no número anterior.
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1. Quem, sendo casado, contrair outro casamento sem que se ache anulado ou dissolvido o
primeiro, comete o crime de bigamia, punido com pena de prisão até 2 anos e multa.
Quem dolosamente usurpar o estado civil de outrem, ou que, para prejudicar os direitos de
alguém, usurpar os direitos conjugais por meio de falso casamento, ou que para o mesmo fim
se fingir casado, ou usurpar quaisquer direitos de família, é punido com a pena de prisão de 1
a 2 anos.
3. Partos supostos
3.1. Artigo 261 (Parto suposto e substituição do recém-nascido)
1. A mulher que, sem ter dado parto, o der por seu, ou que, tendo dado parto filho vivo ou
morto, o substituir por outro, é punida com pena de prisão de 1 a 3 anos.
3. Os que para este crime concorrerem, são punidos como cúmplices, segundo as regras
gerais.
1. É punida com pena de prisão de 1 a 3 anos a falsa declaração dos pais de um recém-
nascido, feita ou com consentimento ou sem consentimento deles, perante a autoridade
competente e com o fim de prejudicar os direitos de alguém, e bem assim a falsa declaração
feita perante a mesma autoridade e com o mesmo fim, do nascimento e morte de uma criança
que nunca existiu.
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Quem, mediante violência ou fraude, tirar ou levar, ou fizer tirar ou levar um menor de doze
anos da casa ou lugar em que, com autorização das pessoas encarregadas da sua guarda ou
direcção, ele se achar, é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos.
1. Quem obrigar, por violência ou induzir por fraude, um menor de dezoito anos a abandonar
a casa de seus pais ou tutores, ou dos que forem encarregados de sua pessoa, ou a abandonar
o lugar em que por seu mandado ele estiver, ou o tirar ou o levar, é punido com a pena de
prisão até 2 anos, sem prejuízo da pena de sequestro, se tiver lugar.
1. Quem ocultar ou fizer ocultar, ou trocar ou fizer trocar por outro, ou desencaminhar ou
fizer desencaminhar um menor de doze anos, é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos.
2. Se o menor tiver mais de doze e menos de dezoito anos, é punido com a pena de prisão de
18 meses a 3 anos, salvas as penas de sequestro, se houverem lugar.
3. A mesma pena é aplicada aquele que achando-se encarregado da pessoa de um menor, não
o apresentar aos que têm direito de o reclamar, nem justificar o seu desaparecimento.
4. Em todos os casos até aqui enunciados na presente secção, aquele que não mostrar onde se
encontra o menor é punido na pena de prisão de 16 a 20 anos.
1. Quem expuser ou abandonar algum menor de doze anos em qualquer lugar que não seja o
estabelecimento público, destinado a recepção dos expostos, é condenado na pena de prisão
até 2 anos e multa correspondente.
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3. Se este crime for cometido pelo ascendente ou adoptante, ou tutor ou pessoa encarregada
da guarda ou educação do menor, é agravada a pena com o máximo da multa.
Quem, tendo a seu cargo a criação ou educação de um menor de doze anos, o entregar a
estabelecimento público, ou a outra pessoa, sem consentimento daquela que lho confiou ou
da autoridade competente, é punido com a pena de prisão de 1 mês a 1 ano e multa
correspondente.
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IV. CONCLUSÃO
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V. BIBLIOGRAFIA
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