Atscap 5
Atscap 5
Atscap 5
5.2. - Método exato: A rede de terra supõe-se composta de n sistemas de terra elementares. O
potencial de cada eletrodo é:
1 R 11 I1 R 12 I 2 R 13 I 3 ... R 1n I n
2 R 21 I1 R 22 I 2 R 23 I 3 ... R 2 n I n
3 R 31 I1 R 32 I 2 R 33 I 3 ... R 3n I n
. 5.4
.
.
n R n1 I1 R n 2 I 2 R n 3 I 3 ... R nn I n
Onde Ii é a corrente conduzida à terra pelo condutor "i", Rij é a resistência mútua entre os eletrodos "i"
e "j", com i j, Rii é a resistência própria do eletrodo "i". Como todos os eletrodos estão interligados
paralelamente, verificamos que: 1 = 2 = 3 = ... = n = 0. Na solução numérica do sistema de
equações dá-se a 0 um valor arbitrário, por exemplo 1 ou 100 para se obter as correntes proporcionais.
A resistência do sistema é:
0
R n0 5.5
I
Ii i 1
5.3. - Resistência de dois sistemas de terra em paralelo: De acordo com a equação 5.4, e a figura
5.2, temos:
R 11 I1 R 12 I 2 R 21 I1 R 22 I 2 5.6
5.4. - Resistência de duas hastes verticais: Conforme a figura 5.3., determinar-se-á o potencial total
na superfície do terreno. Os potenciais parciais de cada haste e respectivas imagens são:
Por simetria entre as hastes e suas respectivas imagens com relação à superfície temos y1 = y'1 e y2 =
dI I
y'2, e os seus respectivos valores y1 x 12 q s m 2 e y 2 x 22 q s m 2 como
2 2
dy l
I I I
ainda que dI1 1 dx 1 e dI 2 2 dx 2 . Podemos fazer a igualdade I1 I 2 . O potencial no ponto P
l l 2
é:
I dx 1
l l
dx 2 I l l
P arcsen h arcsen h
2
2l 2 0 y1 0 y 2 4l
q s 2 m2 q s 2 m
A equação do potencial permite calculá-lo em qualquer ponto do solo. O potencial do conjunto pode
ser determinado para m = 0 e q = (a + s):
I l l
0 arcsen h arcsen h 5.9
4l a 2s a
1 I l l 2 a 2s
2
2l I
0 Ln Ln 5.10
2 2l a 2l a 2s
Com base na equação 5.5, e ainda que 2s = D, e D >> a, temos:
1 2l l l2 D2
R Ln Ln 5.11
2 2l a 2l D
5.5. - Dois condutores horizontais em paralelo: Fios horizontais paralelos enterrados a uma
profundidade z, conforme a indica a figura 5.4 de comprimentos iguais à l e separados por uma
distância D << l.. Usando a mesma metodologia para as hastes verticais, temos que:
2l
R m Ln 1 5.12
l
D 2z D
2 2
5.6. - Fios Horizontais radiais: Fios horizontais radiais de comprimentos l1 e l2, separados por um
ângulo com o vértice em comum.
Ln
1
l2
Rm 1 Lnl 2 Ln 2 2Ln sen y 2 2l1 y cos l 2 l1 y cos dy
2l1 2 l2 0
A equação acima pode ser modificada com aproximação, considerando comprimentos iguais para:
1 sen
2
R m Ln 5.13
l
sen 2
2
Rm 2
8 l Ln l l 2 4R sen 2
2
0
Ln l 2 4hl 4h 2 4R sen 2 l 2h 5.15
2
Ln 4R 2 sen 2 Ln 4R sen 2 4h 2 2h d
2 2
Ln
2
Rm 2 l 2 2 R1 cos l R 2l 2 R1 cos
8 l 5.16
0
Figura 5.5. - Anel e haste vertical Figura - 5.6. - Anel e condutor horizontal
5.8.1 - Método de Laurent: A resistência de uma rede de terra de uma subestação de raio equivalente
r, construída sobre um solo homogêneo e que tem condutores enterrados de comprimento l, vide a
figura 5.7, pode ser expresso aproximadamente pela equação seguinte:
R 5.17
4r l
ou simplesmente, a resistência dos circuitos de terra de uma grande subestação, em solo homogêneo
difere ligeiramente do quociente entre a resistividade e o semi-perímetro da instalação
R .
Perimetro 2
Na equação 5.17, o primeiro termo é a resistência de uma placa superficial de raio r. O segundo
termo, que é geralmente muito menor, representa a divergência de uma rede de terra real comparada
I
com uma placa sólida. O potencial , que é proporcional, à corrente média que flui por metro linear
l
de condutor, representa, em igual proporção, a queda de potencial entre o condutor enterrado e o ponto
central de um retículo, conforme indica a figura 5.8.
5.8.2. - Método de Schwarz: A resistência de um "loop" retangular vem dado pela equação 5.18:
2l
R Ln N 1 5.18
l 2az
Onde N-1 tem um valor bem definido para cada proporção dos lados do retângulo, valor este que será
modificado com o acréscimo de condutores adicionais no interior do retângulo básico, até aproximar-
k
se ao valor da resistência de uma placa R 1 . Com o aumento do comprimento l no interior da
A
superfície A, o primeiro termo da equação 5.18 anula-se resultando:
2l k l
Lim R Ln lim N 1 1 k 1 5.19
l l A l A
l 2az l
0
De onde se deduz que o termo (N-1) é relacionado com as dimensões geométricas da área ocupada
l
pela rede , a equação 5.18 se transforma em:
A
2l
R Ln f 5.20
l 2az
uma equação geral pode ser obtida que satisfaz a equação 5.19 para . O estabelecimento de uma
equação correta de para os valores entre o máximo correspondente a uma placa, e o mínimo
correspondente ao "loop" retangular, depende somente de uma seleção adequada de coeficientes k2, k3,
.... Uma boa aproximação pode ser conseguida separando os dois primeiros termos da série e achando
k2 para a segunda condição limite: o "loop". Calculando o produto f(), N-1 = k1-k2 e determinado
l
o valor de para rede de terra formando um retângulo, , o que permite determinar a
A
resistência de terra de um malha:
2l l
R Ln k 1 k2 5.22
l 2az A
Em reticulados retangulares pode ser calculado com aproximação aceitável os valores de k1 e k2,
mediante as equações:
2,3z l
k 1 1,43 0,044 5.23
A w
8z z l
k 2 5,50 0,15 5.24
A Aw
I 1 1
4L L r r
1y dx 5.25
12
O quociente tem dimensão de impedância, e é a resistência mútua de L sobre L1; R12, que é igual
I
R21 para sistemas L e L1 unidimensionais. Empregando a equação 5.18 aplicada aos sistemas indicado
na figura 5.10, obtemos:
I 2l
k1 l k 2
1y Ln 5.27
L yy 2z A
O valor integrado entre os limites indicados na equação 5.26, e considerando que z < L1 e z << L,
obtém-se que a resistência mútua é:
2L L
R 12 R 21 R m Ln k 1 k 2 1 5.28
L L 1 A
Onde k1 e k2 tem os valores calculados pela equação 5.23 e equação 5.24 respectivamente.