Grupo I: Iologia Eologia NO
Grupo I: Iologia Eologia NO
Grupo I: Iologia Eologia NO
GRUPO I
1. Considerados durante séculos como esculturas divinas, os fósseis constituem preciosos documentos da
história da Terra, através dos quais é possível conhecer as diferentes formas de vida que existiram em épocas
remotas, muito antes de o Homem ter surgido no planeta.
Após as primeiras marteladas nas placas xistosas, algumas das relíquias do Período Câmbrico (que teve início
há 550M.a.) vêm à luz do dia. Como por milagre, surgem das lajes xistosas os restos fossilíferos das carapaças
duras de trilobites, organismos que proliferavam nos fundos marinhos de há 480M.a. A presença de fósseis de
animais marinhos num local em que a serra dista várias dezenas de quilómetros da costa leva a sugerir que
esses fundos constituíam a plataforma de um grande continente [Gondwana], instalado perto do Pólo Sul e do
qual as actuais serras da região de Valongo faziam parte integrante.”
Nos mares paleozóicos (era geológica compreendida entre 570 e 230M.a) de Valongo, não existiam apenas
trilobites, mas também outros organismos marinhos (moluscos, peixes, etc.), distintos dos que conhecemos
nos mares da actualidade, talvez antepassados de algumas das espécies actuais. Foi a grande diversidade de
seres vivos fossilizados que levou as serras de Valongo a serem consideradas importantes janelas para o
Paleozóico, permitindo conhecer melhor esta época remota da história do planeta.
1.1- A presença de lajes xistosas na Serra de Valongo sugere que essa zona foi sujeita a deformações
tectónicas, que provocou a _____ dos minerais devido a factores de _____.
(A) cristalização […] meteorização
(B) cristalização […] metamorfismo
(C) recristalização […] metamorfismo
(D) recristalização […] meteorização
1.2- As trilobites são considerados fósseis de _____ dado que viveram _____.
(A) ambiente […] numa curta distribuição espacial
(B) ambiente […] num curto período de tempo geológico
(C) idade […] numa curta distribuição espacial
(D) idade […] num curto período de tempo geológico
1.3- Os fósseis de trilobites são utilizados em métodos de datação _____, os quais ajudam a construir escalas
de tempo geológico, divididas em grandes unidades denominadas _____.
(A) absoluta […] Eras
(B) absoluta […] Períodos
(C) relativa […] Eras
(D) relativa […] Períodos
1.4 - Transcreva a alternativa que permite preencher os espaços e obter uma afirmação correcta.
Os seres vivos fossilizados nas serras de Valongo permitem considerá-las importantes janelas para o
Paleozóico, constituindo um método _____ para o conhecimento do interior da Terra, e constituem um bom
argumento _____.
(A) directo […] paleoclimático
(B) directo […] paleontológico
(C) indirecto […] paleoclimático
(D) indirecto […] paleontológico
1
1.5- Transcreva a alternativa que completa correctamente a afirmação seguinte.
Os fósseis de idade são utilizados em métodos de datação…
(A)… absoluta, dado que apresentam uma distribuição geográfica ampla.
(B)… absoluta, dado que resultaram de seres que viveram em condições ambientais restritas.
(C)… relativa, dado que resultaram de seres que viveram num período de tempo geológico curto.
(D)… relativa, dado que apresentam uma distribuição geográfica muito restrita.
1.6- Classifique como Verdadeira (V) ou Falsa (F) cada uma das seguintes afirmações relativas à datação
relativa e absoluta da idade da Terra.
A. Segundo o princípio da sobreposição, numa sequência estratigráfica intacta as camadas mais recentes são
as inferiores.
B. As falhas podem alterar o princípio da sobreposição dos estratos.
C. Rochas em localizações geográficas distintas podem apresentar o mesmo registo fóssil.
D. As datações radiométricas baseiam-se no facto de os isótopos radioactivos serem estáveis.
E. Todos os fósseis podem ser utilizados em datações relativas dos estratos.
F. Um encrave no seio de um estrato argiloso é mais recente do que o estrato.
G. As divisões da escala de tempo baseiam-se, essencialmente, em fenómenos de extinção em massa.
H. Segundo o princípio da inclusão, uma falha que corte um conjunto de estratos é mais recente que estes.
2. Os fósseis são excelentes documentos da história da Terra que se encontram maioritariamente em rochas
sedimentares e numa pequena percentagem em rochas metamórficas de baixo grau de metamorfismo. Tendo
em conta as condições essenciais à fossilização, explique a presença de fósseis apenas nos tipos de rochas
citados.
GRUPO II
2
1.1. Seleccione a alternativa que permite completar a afirmação seguinte.
Os detritos que constituem as rochas A e B são, respectivamente, ...
(A) ... argila e areia. (B) ... argila e silte.
(C) ... balastros e blocos. (D) ... blocos e balastros.
GRUPO III
1. A Rocha da Pena localiza-se no Algarve, próximo de Salir, no concelho de Loulé, e está referenciada como
Sítio Classificado, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 392/91, de 10 de Outubro. Trata-se de um património geológico
que importa valorizar e divulgar como um georrecurso cultural, não renovável, e que deve ser preservado e
legado como herança às gerações futuras. Apresenta diversas unidades litoestratigráficas, entre elas, a
formação de Mira, constituída por xistos argilosos, o complexo vulcano-sedimentar, constituído por piroclastos,
tufos vulcânicos, brechas vulcânicas, escoadas de basaltos e intrusões magmáticas, e a formação de
Picavessa, constituída por calcários e brechas com fósseis de corais e de gastrópodes.
3
1.1. Seleccione a alternativa que permite obter uma afirmação correcta.
As formações calcárias da Rocha da Pena apresentam um modelado que é devido…
(A) ao facto de a água da chuva adquirir menor acidez ao atravessar as diferentes camadas da atmosfera.
(B) a um processo lento e natural de abertura de fracturas através da dissolução do carbonato de cálcio.
(C) ao enriquecimento dos calcários da formação de Picavessa em dióxido de carbono atmosférico.
(D) à introdução de águas enriquecidas em iões de cálcio no núcleo das deformações em anticlinal.
1.3. A formação de Picavessa, que constitui as escarpas da Rocha da Pena, apresenta litologias indicadoras
de que aqueles materiais tiveram origem em plataformas marinhas carbonatadas de águas quentes, límpidas
e pouco profundas.
Explique, utilizando o príncípio das causas actuais, de que modo a presença de fósseis de corais permite
deduzir o paleoambiente em que foi originada a formação de Picavessa.
2. Faça corresponder a cada uma das letras (de A a E), que identificam afirmações relativas à
estratigrafia, o número (de I a VIII) da chave que assinala o princípio ou conceito geológico em que elas se
baseiam.
Afirmações
A- Numa sequência não deformada de estratos, aqueles que se encontram no topo são os mais recentes.
B- Permite identificar o período durante o qual se formou um único estrato, independentemente da comparação
com outras sequências fossilíferas da região.
C- A ocorrência de balastros graníticos no seio de sedimentos marinhos mostra que estes são posteriores à
formação do granito.
D- Torna possível a identificação das idades relativas entre um filão e as rochas que este atravessa.
E- Permite caracterizar as condições físicas e/ou químicas do ambiente em que ocorreu a deposição.
4
Chave
I- Princípio da inclusão
II- Princípio da sobreposição
III- Fóssil indicador de idade
IV- Princípio da identidade paleontológica.
V- Princípio da continuidade lateral
VI- Fóssil de fácies
VII- Princípio da horizontalidade inicial
VIII- Princípio da intersecção
Ambientes de sedimentação
A- Deserto B- Lago C- Glaciar D- Delta E- Praia F- Plataforma continental
G- Mar profundo H- Mar pouco profundo I- Lago salgado J- Pântano
5
GRUPO IV
Fraturação hidráulica
1.1 - Ordene as expressões identificadas com as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência correta
de acontecimentos relacionados com a exploração de gás de shale num determinado local.
A. Perfuração horizontal ao longo da camada com interesse económico.
B. Avaliação da presença de gás de shale em formações geológicas com potencial interesse.
C. Perfuração vertical das camadas rochosas até atingir a camada de shale.
D. Fraturação hidráulica das rochas a grandes profundidades.
E. Injeção, a elevada pressão, de uma mistura de água, areia e aditivos químicos.
1.2 - A exploração intensiva de gás a partir de shale é uma solução energética que apresenta vantagens
e desvantagens. Explique de que modo a exploração de gás de shale em larga escala poderá contribuir, a
médio prazo, para problemas ambientais relacionados com os recursos hídricos e com o aquecimento global.
6
1.3 Na resposta a cada um dos itens, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1.3.1. A existência de gás de shale na Formação de Brenha resulta da atividade de seres que se
desenvolveram
.
(A) na ausência de oxigénio, em ambiente de elevado hidrodinamismo
(B) na presença de oxigénio, em ambiente de baixo hidrodinamismo
(C) na ausência de oxigénio, em ambiente de baixo hidrodinamismo
(D) na presença de oxigénio, em ambiente de elevado hidrodinamismo
1.3.6. No processo de fracking, para criar uma zona de alta permeabilidade nas fissuras, os grãos de
areia devem ser
.
(A) rolados e bem calibrados
(B) angulosos e bem calibrados
(C) rolados e mal calibrados
(D) angulosos e mal calibrados
7
Grupo V
SALINAS DE RIO MAIOR
As salinas de Rio Maior situam-se a cerca de 30 km do oceano Atlântico, num vale onde abundam
rochas evaporíticas – sal-gema e gesso do Jurássico Inferior, intercaladas por argilas e por carbonatos
do também Jurássico Inferior: a Formação de Dagorda.
O conjunto de unidades sedimentares da região de Rio Maior começou a depositar-se na Bacia
Lusitaniana durante as etapas iniciais de abertura do Atlântico, a partir do Triásico – há cerca de 225
M.a. –, no contexto do afastamento das placas Euro-Asiática e Norte‑Americana. A evolução deste
processo levou a que, no início do Jurássico, a sedimentação tenha ocorrido num ambiente de pouca
profundidade, em lagoas alimentadas por águas marinhas, onde se depositaram intercaladamente
níveis de argilas e de sal- gema. Hoje, o nível aflorante é formado por argilas residuais dessas
intercalações.
As características do sal-gema contribuíram para que grandes massas de sal tivessem ascendido de
níveis mais profundos até próximo da superfície, através de falhas, essencialmente, sob a ação da
pressão das rochas sobrejacentes. Essas massas, que constituem o núcleo de dobras em U invertido,
denominam-se domos salinos. O núcleo dessas dobras, agora erodidos, originou depressões
características – os vales tifónicos.
A água salgada, que é captada ao longo dos vales tifónicos da região, provém da extensa massa de
sal-gema existente em profundidade, a qual é atravessada por água doce subterrânea. Pensa ‑se que
o maciço calcário da serra dos Candeeiros seja a zona de infiltração principal da água meteórica que
alimenta o aquífero.
Os domos salinos são ainda matéria de interesse na prospeção petrolífera, dado que muitas
concentrações de hidrocarbonetos correspondem a reservatórios armadilhados (imobilizados) em no
interior de dobras em U invertido.
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 6., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. O alargamento do oceano Atlântico resultou de um rifte associado a vulcanismo do tipo
(A) fissural, com formação de litosfera continental.
(B) central, com ascensão de magma rico em aluminossilicatos (material granítico).
(C) fissural, com ascensão de magma rico em minerais ferromagnesianos (material astenosférico,
basáltico).
(D) central, com formação de litosfera oceânica.
2. A evolução tectónica e geográfica da Bacia Lusitaniana contribuiu para a formação de sal-gema, que
resultou da precipitação de
(A) halite, por evaporação da água. (B) gesso, a partir de soluções
sulfatadas.
(C) calcite, a partir de soluções carbonatadas. (D) sílica, por evaporação da água.
4. Na área das salinas de Rio Maior, a ocorrência natural de águas cloretadas sódicas com salinidade
elevada está relacionada com a
(A) contaminação das águas do aquífero por águas oceânicas.
(B) acumulação de água fóssil com cerca de 195 M.a.
(C) infiltração de águas meteóricas através das argilas.
(D) dissolução de rochas quimiogénicas por águas subterrâneas.
8
5. o longo do curso de um rio, a velocidade da corrente tende, geralmente, a
(A) aumentar, sendo os detritos sucessivamente menos arredondados.
(B) aumentar, sendo os detritos sucessivamente mais grosseiros.
(C) diminuir, sendo os detritos sucessivamente mais finos.
(D) diminuir, sendo os detritos sucessivamente menos calibrados.
GRUPO VI
1. Durante o Ordovícico ocorreu uma glaciação responsável pelo declínio das trilobites, não
diretamente relacionado com a variação da temperatura da água. Explique de que forma a glaciação
contribuiu para o declínio das trilobites.